CENTRO DE ESTUDO EM TERAPIA COGNITIVOCOMPORTAMENTAL SILVIA MARIA FORTI O TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓSTRAUMÁTICO NA ABORDAGEM DA TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL SÃO PAULO 2014 SILVIA MARIA FORTI O TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓSTRAUMÁTICO NA ABORDAGEM DA TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL Monografia apresentada ao Centro de Estudo em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC) – Curso de Especialização, para a obtenção do título de Especialista em Terapia CognitivoComportamental. Orientadora: Profª. Msc. Eliana Melcher Martins Coorientadora: Profª. Drª. Renata Trigueirinho Alarcon SÃO PAULO 2014 Fica autorizada a reprodução e divulgação deste trabalho, desde que citada a fonte. Forti, Silvia Maria O tratamento do transtorno de estresse pós-traumático na abordagem da teoria cognitivo comportamental / Silvia Maria Forti, Eliana Melcher Martins, Renata Trigueirinho Alarcon – São Paulo, 2014. 39 f + CD-ROM Trabalho de Conclusão de Curso (especialização) – Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC). Orientação: Profª. Msc. Eliana Melcher Martins a Coorientação: Profª. Dr . Renata Trigueirinho Alarcon 1. Teoria cognitivo comportamental. 2. Ansiedade. 3. Transtorno de estresse pós-traumático. I. Forti, Silvia Maria. II. Martins, Eliana Melcher. III. Alarcon, Renata Trigueirinho. IV. Título. SILVIA MARIA FORTI O TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO NA ABORDAGEM DA TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL Monografia apresentada ao Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental como parte das exigências para obtenção do título de Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. BANCA EXAMINADORA Parecer: ____________________________________________________________ Profa. Msc. Eliana Melcher Martins _____________________________ Parecer: ____________________________________________________________ Profa. Dra. Renata Trigueirinho Alarcon ________________________ São Paulo, ___ de __________________ de 2014. DEDICATÓRIA Com muito amor, dedico este trabalho às minhas três filhas que silenciaram para eu poder aprender, para que eu conseguisse atingir o meu ideal desde há muito tempo...que sempre me incentivaram nesta jornada, cada uma a seu modo! À minha primeira filha Natália, à segunda Xixa e à terceira Zara! AGRADECIMENTOS A Deus por ter me dado a oportunidade da vida ao nascer... a segunda, por renascer e me transformar como a Fênix, a terceira por Ele me proteger em todos os sentidos, para eu conseguir ultrapassar todos os obstáculos que a vida me apresenta dia a dia, com suas tristezas e alegrias...Por Ele ter me dado inteligência e sabedoria para que eu aprenda e ajude mais e mais! A todos os professores que acompanharam a minha vida de estudante, que ajudaram a enriquecer o meu conhecimento com paciência, carinho e bom humor. Em especial a professora Eliana, Elcio e Renata! À minha Natália que percorre todos os meus caminhos desde as entranhas ao nascimento...sempre me dando força, coragem, otimismo...ensinando-me a viver! Muito obrigada! RESUMO Este trabalho abordou o tratamento do transtorno de estresse pós-traumático na terapia cognitivo-comportamental. A demonstração da eficácia do tratamento de traumas pela abordagem cognitivo-comportamental significa reforçar e valorizar ainda mais a Psicologia como ciência com métodos, técnicas e resultados baseados em evidências, desmistificando preconceitos e tabus para aqueles que a desconhecem, para os que temem o que outros pensam ou que saibam sobre seu problema mental e abolir a preocupação do estigma de que são loucos. O objetivo geral foi de demonstrar evidências da eficácia do tratamento do transtorno de estresse pós-traumático na abordagem da teoria cognitivo-comportamental. A metodologia utilizada foi uma revisão bibliográfica, na língua portuguesa e inglesa, no período de 2003 a 2013. É importante salientar que nem todos os indivíduos que sofrem o trauma desenvolvem o TEPT, o que pode estar relacionado com uma resposta individual ao estressor ou uma predisposição única do indivíduo. O estudo do TEPT por apresentar uma diversidade de traumas e estressores, e por ser complexo na sua etiologia, sugere que a TCC por si só não é totalmente eficaz. Acredita-se na necessidade de novas pesquisas e o emprego de novas técnicas para o tratamento do transtorno, assim como um delineamento específico para a população tratada. Palavras-Chave: Teoria cognitivo comportamental. Ansiedade. Transtorno de estresse pós-traumático. ABSTRACT This work addressed the treatment of post-traumatic stress disorder in cognitivebehavioral therapy. The demonstration of the effectiveness of the treatment of trauma by cognitive-behavioral approach means strengthening and further enhance the Psychology as a science with methods, techniques and results based on evidence, demystifying prejudices and taboos for those that are unaware, for those who fear what other people think or know about your problem is mental and abolish the concern the stigma that they are foolish. The overall objective was to demonstrate evidence of the effectiveness of the treatment of post-traumatic stress disorder in theory approach cognitive-behavioral. The methodology used was a literature review, in Portuguese and English, in the period of 2003 to 2013. It is important to emphasize that not all individuals who suffer the trauma develop TEPT, which may be related to an individual response to stressor or a predisposition of single individuals. The study of TEPT by presenting a variety of traumas and stressors, and be complex in its etiology, suggests that TCC alone is not fully effective. It is believed in the need for further research and the employment of new techniques for the treatment of panic disorder, as well as a specific design for the population treated. Keywords: Cognitive Behavioral Theory. Anxiety. Post-traumatic stress disorder. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................... ....................8 2 OBJETIVO ..................................................................................10 2.1 Objetivos Específicos ...............................................................10 3 METODOLOGIA .........................................................................11 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................12 4.1 Referencial Teórico ...................................................................12 4.1.1 Conceito de teoria cognitivo comportamental .............................12 4.1.2 Medo e ansiedade .......................................................................13 4.1.3 Diferenças entre o transtorno de ansiedade agudo e o transtorno de estresse pós-traumático .........................................................15 4.2 Revisão da Literatura e Discussão ..........................................17 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................23 ANEXOS 8 1 INTRODUÇÃO O interesse em focar esse estudo no Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) foi despertado pelo contexto atual do século XXI que retrata situações de violência que acontecem no cotidiano das pessoas, com agressão física ou psicológica, envolvendo risco de morte, dentro de suas próprias casas, nas famílias, no trabalho, nas ruas, nos centros urbanos, nas instituições escolares, independente de sexo, idade, origem de nascimento, condição social ou país. Essas situações despertam medo, tensão, e a vida das pessoas é colocada em risco, com os seus pensamentos e sentimentos sendo afetados, comprometendo-as em várias facetas de suas vidas. O século XXI mostra-se visivelmente violento ao mundo, comunicando uma ampla variedade de notícias turbulentas, agressivas que podem ser internalizadas ao cotidiano de algumas pessoas, com pouco ou nenhum significado, fazendo parte de uma condição natural e contingente da vida. Os acidentes naturais, tais como, terremotos, tsunamis e os causados pelo homem por acidente com transportes terrestres, aéreos, marítimos, e também as guerras, assassinatos, suicídios, roubos, sequestros, estupros, abusos sexuais podem afetar ou ocasionar prejuízo à saúde mental e física do ser humano e comprometer a qualidade de vida de uma população. Os estudos indicam que os traumas e os estressores originados por estas variáveis acima citadas podem causar diversos transtornos às vítimas, tais como, os transtornos agudos e TEPT, com necessidade de tratamento medicamentoso e psicológico (SERAFIM e MELLO, 2010). O conhecimento sobre a teoria cognitivo comportamental, os transtornos, a identificação dos estressores, dos sintomas, e ainda, o tratamento com técnicas adequadas deveria ser um pré-requisito para os profissionais da área da saúde que trabalham com vítimas da violência, identificando os primeiros sinais do trauma, informando, orientando e movimentando os vários segmentos da sociedade, tais como, órgãos públicos e particulares, principalmente, os da saúde e educação, para motivar ações focadas em estudos dirigidos de prevenção à saúde física e mental do indivíduo. 9 A demonstração da eficácia do tratamento de traumas pela abordagem cognitivo-comportamental significa reforçar e valorizar ainda mais a Psicologia como ciência com métodos, técnicas e resultados baseados em evidências, desmistificando preconceitos e tabus para aqueles que a desconhecem, para os que temem o que outros pensam ou saibam sobre ter um problema mental, e abolir a preocupação do estigma de que são loucos. No Brasil, o transtorno de estresse agudo e o TEPT não tem recebido a devida consideração, apesar de ser um dos países onde se registra o maior número de casos de violência em comparação a outros (LEAHY, 2011). O tema do presente estudo tem sua fundamentação teórica na abordagem da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que pode ser aplicada nos vários transtornos mentais, tais como, depressão, humor, ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo, personalidade, esquizofrenia, psicoses, alimentares, e também, aplicada nas áreas educacional, trabalho, e desenvolvimento pessoal, em adolescentes e adultos de todas as idades, com atendimento individual e de grupo. As técnicas são planejadas e adequadas a cada paciente de acordo com o diagnóstico apresentado. Uma das características importantes da TCC é a sua flexibilidade e criatividade que precisam integrar o perfil do terapeuta ou profissional que a aplica. Sendo assim, se apresenta como uma teoria que objetiva aliviar de imediato o sofrimento do paciente, considerada muito esclarecedora, pois o paciente é informado e recebe explicações de cada procedimento realizado com ele. A TCC exige também uma estreita e ótima relação terapêutica com o paciente e o profissional empenhados em atingir metas com resultados promissores e eficientes, requerendo do terapeuta e do paciente uma atitude ativa, convencidos pela credibilidade nos métodos e na teoria. 10 2 OBJETIVO Demonstrar evidências da eficácia do tratamento do TEPT na abordagem da TCC. 2.1 Objetivos Específicos - fazer um breve embasamento teórico sobre TCC e TEPT; - verificar como a TCC está sendo utilizada no tratamento e sua eficácia. 11 3 METODOLOGIA O trabalho consistiu em uma revisão bibliográfica de artigos publicados no âmbito nacional e internacional. A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, Siello, Bireme, Medline. A pesquisa foi realizada com as palavras-chave: Teoria Cognitivo-Comportamental; Ansiedade; Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Os critérios de inclusão foram artigos na língua inglesa e portuguesa que utilizaram a TCC para tratamento de TEPT, publicados entre os anos 2003 e 2013. Foram excluídos trabalhos que não englobaram esse tema. Dos 38 artigos levantados, foram encontrados 13 que preencheram os critérios de inclusão. Além disso, para o embasamento teórico sobre TCC e TEPT, foram utilizados livros teóricos referências sobre o assunto e artigos, sem especificação de busca. 12 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Referencial Teórico 4.1.1 Conceito de teoria cognitivo comportamental Entre 1950 e início da década de 1960, Aaron Beck, o fundador da TCC, testou seu modelo psicanalítico em pacientes com depressão que apresentavam hostilidade a si mesmo, e que nos seus sonhos apresentavam conteúdos relacionados ao fracasso, privação e perda. Esses conteúdos, também, se apresentavam nos pacientes que permaneciam acordados e cujos pensamentos eram de livre associação e pensamentos rápidos de qualificação sobre si mesmo (BECK, 2013). Beck questionou seus pacientes deprimidos sobre seus pensamentos e percebeu que todos apresentavam um tipo de pensamento, isto é, automático e negativo. Estes pensamentos estavam ligados à emoção, então, ele passou a ajudar estes pacientes a identificar, avaliar e responder aos pensamentos não adaptativos e irreais, e percebeu que seus resultados eram imediatos e melhoravam rapidamente (BECK, 2013). Em 1977, Beck publicou os ensaios clínicos randomizados que realizou com pacientes deprimidos e ansiosos, ensinando-os a avaliar o risco das situações, e trabalhar seus recursos internos e externos, diminuindo os comportamentos de esquiva, enfrentando situações que temiam e testando as suas predições através de seus comportamentos (BECK, 2013). Beck desenvolveu esta terapia se valendo de inúmeras fontes, tais como, a filosofia de Epíteto e outros teóricos como Karen Horney, Alfred Adler, George Kelly, Albert Ellis, Richard Lazarus e Albert Bandura, sendo que seu trabalho foi ampliado para teóricos e pesquisadores dos Estados Unidos e do exterior (BECK, 2013). A TCC de Beck incorpora técnicas de outras psicoterapias dentro de uma estrutura cognitiva, onde o modelo cognitivo avalia os pensamentos disfuncionais que influenciam a emoção e o comportamento, sendo comuns a todos os transtornos psicológicos e psiquiátricos. 13 A TCC se baseia em uma formulação em desenvolvimento contínuo dos pacientes e uma conceituação individual em termos cognitivos requerendo uma harmonia terapêutica sólida. Beck a denominou de Terapia Cognitiva, usada atualmente como TCC, para a depressão e ansiedade, sendo uma terapia que segue um protocolo de curta duração, com foco no presente, voltada para a ajuda ao paciente na solução dos problemas atuais e reestruturação de crenças, pensamentos, sentimentos e comportamentos disfuncionais ou inadequados (BECK, 2013). O tratamento está baseado em uma conceituação ou compreensão de cada paciente, com suas crenças específicas e padrões de comportamento, e o terapeuta procurando produzir de diversas formas uma mudança cognitivo comportamental, ou seja, uma modificação no pensamento e no sistema de crenças do paciente para alcançar uma mudança emocional e comportamental duradoura (BECK, 2013). A TCC e suas adequações se aplicam a pessoas de diferentes níveis sócioeconômicos, cultura, idade, e também, pode ser usada em diversas instituições, tais como, escolas, várias especialidades na área da saúde, dentre outros, sendo útil em atendimentos individuais, grupais, casal e família. 4.1.2 Medo e ansiedade Para compreender o TEPT é necessário entender a diferença entre medo e ansiedade. O medo é um instinto de proteção, nasce com o ser humano, o protege contra as ameaças e perigos, servindo para a preservação da vida e da espécie. Ele faz parte da vida e conduz o organismo a manter a sua sobrevivência, ou seja, é necessário e saudável se a sua intensidade for adequada. Na evolução biológica e história do homem a ansiedade está presente, sendo semelhante ao medo. O medo passa a ser patológico quando a emoção se manifesta de maneira irracional e se não há perigo real se transforma em transtorno ansioso (LEAHY, 2011). As principais características de um transtorno ansioso são a presença da ansiedade e o comportamento de esquiva. O medo exagerado com característica de terror pode conduzir a pessoa a correr, se esconder, o coração apresentar alterações de ritmo, vertigem, sudorese, urgência para urinar, evacuar, nervosismo, 14 inquietação, dificuldade de concentração, irritabilidade, insegurança, sobressaltos, insônia, entre outros (SERAFIM e MELLO, 2010). De acordo com Leahy (2011), os transtornos reconhecidos que derivam da ansiedade são: - transtorno de pânico – medo das próprias reações fisiológicas e psicológicas, ou seja, um ataque de pânico; - transtorno obsessivo compulsivo (TOC) – a pessoa tem pensamentos repetitivos ou imagens, ou seja, obsessões, que considera interessante, - transtorno de ansiedade generalizada (TAG) – tendência da pessoa se preocupar continuamente com tudo; - transtorno de ansiedade social (TAS) ou Fobia Social – medo de ser julgado pelos outros em situações sociais; - transtorno de ansiedade agudo (TA) – exposição como vítima ou testemunha de eventos ou situações que colocam em risco a vida da pessoa, causando medo, tensão, terror, impossibilidade de fuga com respostas fisiológicas e psicológicas à vítima do trauma. Todas as revivências traumáticas causam intenso sofrimento psicológico devido a estímulos internos ou externos que simbolizam ou se assemelham aos acontecimentos, e para evitar o sofrimento, a pessoa se esquiva do estímulo ou situações que lhe causou o trauma. Outros sintomas são os dissociativos quando a vítima não se lembra do fato ocorrido ou alguns aspectos dele, apresentando também, restrição de afeto, embotamento emocional e incapacidade ao prazer (SERAFIM e MELLO, 2010). Um dado relevante para que o TA se configure como Transtorno de Estresse Agudo é que os sintomas de revivência do trauma, tais como, a esquiva, o medo, a insônia, apareçam nos primeiros dias após o trauma, ou até no máximo no período de um mês. Para que o TA não evolua para o TEPT é primordial que a intervenção ou tratamento seja realizado nos primeiros dias após o trauma ou no máximo no período de um mês. Há estudos que indicam também, que este transtorno pode se manifestar após vários anos do trauma ocorrido quando alguns eventos relacionados ao trauma propiciam ao seu aparecimento. Os profissionais precisam avaliar realmente, se o paciente apresenta os sintomas de TA, ou se os mesmos estão em fase de elaboração normal da vivência traumática (SERAFIM e MELLO, 2010). 15 A característica principal do TEPT é a exposição da pessoa a um evento traumático em que haja uma ocorrência ou ameaça consistente de morte ou ferimentos graves para si e para os outros, associadas a respostas de medo e intenso pavor. A pessoa é vítima ou testemunha de situações que a coloca em risco de vida vivenciando momentos de extrema tensão, estresse, situações de ameaça à vida, à dignidade, sofrendo pressões psicológicas, agressões físicas, verbais, morais do agressor ou vivendo situações com ameaça de morte a ela ou a um ente querido, inclusive a perda de uma parte de si mesma. Há casos em que a vítima sobrevive a catástrofes naturais ou acidentes provocados pelo homem, os quais são vivenciados com intenso estresse. Após a ocorrência do trauma, a pessoa revive a situação através de pesadelo, flashback, insônia, tremor, calafrio, esquiva a situações ou estímulos que relembrem o trauma (BROWN-BOWERS et al., 2012). O TEPT é o único transtorno que para ser caracterizado como tal precisa se apresentar na presença do estímulo traumático. 4.1.3 Diferenças entre o transtorno de ansiedade agudo e o transtorno de estresse pós-traumático No TA existe a exposição como vítima ou testemunha de eventos ou situações que colocam em risco a vida da pessoa causando medo, tensão, terror, impossibilidade de fuga com respostas fisiológicas e psicológicas à vítima do trauma. Os sintomas físicos são suor, taquicardia, insônia, entre outros. Os sintomas psicológicos são medo, ansiedade, esquiva a sinais que lembrem o trauma, incapacidade ao trabalho, revivência do trauma através de pensamentos recorrentes e intrusivos que causam sofrimento, e o conteúdo se relacionando ao evento, tais como, imagens, pensamentos, percepções e sonhos. Os sintomas dissociativos são aqueles que a vítima não se lembra do fato ocorrido ou alguns aspectos dele. As vítimas apresentam restrição de afeto e incapacidade ao prazer (FORNERIS et al., 2013). Para que o transtorno seja configurado como agudo, os sintomas necessitam aparecer nos primeiros dias ou até no máximo no período de um mês. Os estudos apontam que a intervenção e tratamento do transtorno precisam ser realizados nos primeiros dias para a prevenção do desenvolvimento do TEPT, ou 16 ainda, observar se os primeiros sinais fazem parte da elaboração normal da vivência traumática (BARREIRA et al., 2013). O TEPT é o único transtorno que ocorre com a presença de um estressor ou trauma. O reexperimentar do evento traumático, a evitação de estímulos a ele associados e a presença persistentes de sintomas, tais como, irritabilidade, insônia, sobressalto excessivo, hipervigilância, queixas somáticas como fadiga, tremores, hipermotilidade gástrica, pseudo crises epilépticas e tonteiras são as três dimensões dos sintomas a serem consideradas (BADDELEY e GROS, 2013). A característica principal do TEPT é o desenvolvimento dos primeiros sintomas após, aproximadamente, período superior a um mês da exposição da pessoa como vítima ou expectador de um ou mais eventos traumáticos, tais como, medo, desespero, horror com risco de vida (DORREPAAL et al., 2010). Em algumas pessoas predominam sintomas de humor disfórico e cognições negativas, e em outras há excitação, sintomas dissociativos, ou casos em que aparece a combinação de todos os sintomas (KOWALIK et al., 2011). Os eventos traumáticos podem incluir a exposição à guerra como combatente civil, ameaça ou agressão física, ameaça ou ocorrência de violência sexual, eqüelas , ser mantido refém, ataque terrorista, tortura, prisioneiro de guerra, ou desastres naturais ou provocados pelo próprio homem, acidentes automobilísticos graves, entre outros. Em crianças, eventos sexuais violentos ou inapropriados à idade, mesmo sem violência ou lesão (VAN DER OORD et al., 2010). Nos casos de ataque pessoal violento ou suicídio, acidente ou lesão grave, apenas é considerado como TEPT se for um evento que ocorra com parentes ou amigos, não se qualificando quando há morte por causas naturais (MELLO et al., 2013). O evento traumático pode ser revivido por lembranças recentes, diferente das ruminações depressivas. São as lembranças involuntárias ou intrusivas decorrentes do evento, denominadas de flashbacks, com sintomas desde intrusões visuais ou sensoriais breves, sem perda da realidade, onde a pessoa se comporta como se o evento estivesse ocorrendo naquele exato momento, até a perda do senso da realidade parcial ou total, associadas às vezes, com sofrimento prolongado e excitação elevada (MONSON et al., 2012). Em outros casos ocorre um evento precipitador parecido em algum aspecto com o evento traumático causando reações fisiológicas, sensações físicas. As 17 situações ou estímulos que estão associados ao trauma são evitados sempre, podendo ser uma lembrança, pensamento ou pessoas que desencadeiam a lembrança do evento, ocorrendo situações em que a pessoa não consegue se lembrar, apresentando alterações de humor. Esta amnésia não possui causas fisiológicas, tais como, traumatismos cranianos, abuso de álcool ou drogas (RESICK et al., 2012). Em crianças pequenas a encenação de acontecimentos relacionados ao trauma pode aparecer em brincadeiras ou estados dissociativos, com um intenso sofrimento psicológico (SHEMESH et al., 2011). O TEPT pode se manifestar, ainda, de outras maneiras, conforme o evento traumático, como uma mudança negativa na identidade percebida desde o trauma; cognições errôneas persistentes a respeito da causa do evento traumático; estado persistente de humor negativo; menor participação em atividades que antes eram prazerosas, menor interesse nas pessoas, incapacidade de apresentar emoções positivas; irritação fácil, agressividade com pouca ou nenhuma provocação; hipersensibilidade a ameaças potenciais representadas ao estímulo e não propriamente relacionadas ao evento traumático; sobressaltos intensos ou tensão/nervosismo a ruídos elevados ou movimentos inesperados, dificuldades de concentração; problemas para iniciar e manter o sono; sintomas dissociativos persistentes de distanciamento do próprio corpo (despersonalização), ou do mundo ao redor (SCHEERINGA et al., 2011). 4.2 Revisão da Literatura e Discussão A amostra desta revisão bibliográfica totalizou 38 artigos, dos quais 13 preencheram os critérios de inclusão, conforme Tabelas 1 a 13 (Anexo I). Na pesquisa de Kowalik et al. (2011), os participantes tinham idade até 18 anos, sendo que a maioria sofreu abuso sexual, apresentando TEPT ou com alto risco, sendo aplicadas então, terapias não-estruturadas de apoio, tratamento de suporte não-diretivo e terapias centradas na criança, porém poucos detalhes foram notificados sobre o número de sessões e duração do tratamento, variando de doze semanas a dois anos de sessões, com taxas de desistência variando de 10 a 40%. 18 Após a leitura do artigo concluiu-se que a TCC foi eficaz no tratamento do TEPT, tratando sinais e sintomas de maneira enérgica. Notou-se algumas limitações na avaliação, incluindo os critérios de inclusão questionáveis e a incapacidade de avaliar sistematicamente a validade do estudo, podendo significar que os achados dos autores podem não ser confiáveis. Brown-Bowers et al. (2012) relatam a situação de um casal com um trauma partilhado, de uma criança natimorta, e ainda destacam que o TEPT está associado à uma íntima relação de angústia e divórcio. Embora haja psicoterapias individuais eficazes para TEPT, estes tratamentos não melhoram os problemas de relacionamento íntimo. Sendo assim, notou-se que para ajudar no tratamento, é importante empregar a TCC para melhorar o relacionamento, a saúde e bem-estar do casal. Van Der Oord et al. (2010) avaliaram a eficácia da TCC em 23 crianças, com idades entre 8 e 18 anos, diante de uma série de experiências traumáticas individuais e recorrentes, abrangendo a reestruturação cognitiva e o compartilhamento social, onde verificaram TEPT, sintomas depressivos e problemas de comportamento relacionados com o trauma. As crianças foram avaliadas por seis meses, com uma quantidade média de cinco sessões de tratamento. Diante do exposto se observou que em curto prazo o TCC é uma intervenção eficaz para crianças traumatizadas, se mostrando um tratamento promissor que pode ser utilizado na prática clínica. Para Barreira et al. (2013) apesar de haver eficácia nos tratamentos individuais para TEPT, quanto aos grupos de TCC há evidências de serem mais eficientes para indivíduos com TEPT, apesar de os atritos serem maiores nos tratamentos em grupo. Mesmo assim, notou-se que Barreira et al. (2013) apoiam o uso da terapia em grupo, pois ela se apresenta como opção de tratamento promissora para o TEPT. Mello et al. (2013) compararam a eficácia da TCC com outros tratamentos, tais como, aconselhamento, terapias de suporte, que apesar de serem eficazes para terapias individuais, ainda o TCC mostra resultados interessantes. O estudo de Mello et al. (2013) apresentou um total de 2.713 participantes, com idade média de 49 anos, com efeitos traumáticos relacionados com guerra, acidentes, violência física, sexual, doenças graves/cirurgias, terrorismo, catástrofes naturais, com abordagens baseadas em reestruturação cognitiva, não indicando um 19 único tratamento para TEPT, porque os pacientes podem se beneficiar de forma diferente a partir de cada tipo de terapêutica, pois enquanto reestruturar as cognições pós-traumáticas desafiadoras podem ser uma mais eficazes para alguns, outros indivíduos melhoram acentuadamente através do processamento da carga emocional associada com a ativação do medo. Portanto, notou-se a necessidade de mais testes de acompanhamento com os tratamentos, porque a terapêutica não é a única influência na melhora clínica, havendo fatores individuais e relacionais que podem influenciar o resultado da TCC. De acordo com Monson et al. (2012), o TEPT é uma condição comum associada aos problemas de relacionamento íntimo, então sugerem a realização de terapia conjunta para aumentar a satisfação do relacionamento, onde analisaram 40 casais em 15 sessões. Os resultados dos diagnósticos apresentaram que a terapia de casal com TEPT resultou na diminuição da intensidade dos sintomas e um aumento da satisfação dos pacientes. Segundo Forneris et al. (2013) são cada vez mais prevalentes os eventos traumáticos em todo o mundo e as vítimas de trauma procuram ajuda, por isso é essencial usar intervenções eficazes para prevenir o TEPT. Eles avaliaram 19 pacientes com TEPT empregando a TCC, a qual foi mais eficaz do que o aconselhamento de apoio na redução dos sintomas. Sendo assim, concluiu-se que, a TCC pode reduzir a gravidade dos sintomas do TEPT em pessoas com estresse agudo ajudando a diminuir a gravidade dos sintomas pós-lesão. Resick et al. (2012) avaliaram 171 mulheres, vítimas de estupro, em 10 sessões, com diagnósticos de depressão. Essas apresentaram redução nos sintomas por causa do tratamento com TCC, mesmo depois de longo período após o ocorrido, pois muitas dessas mulheres continuaram a experimentar eventos de vida que podiam afetar os sintomas do TEPT. Porém, notou-se que a psicoterapia em conjunto com medicação foram associados com piores resultados, com alta taxa de recaída e sintomas de longa duração. Mas, no geral, os pacientes apresentaram melhoras significativas nos sintomas de TEPT. Dorrepaal et al. (2010) testaram um protocolo de tratamento com 36 pacientes com história de abuso na infância, em 20 sessões, com melhoria significativa entre o pré e pós-tratamento, sendo que no período de seguimento não resultou numa melhoria. Porém, constatou-se que a recuperação total dos pacientes com TEPT não foi alcançado e outras opções de tratamento precisam ser consideradas. 20 Serafim e Mello (2010) explicam que o TEPT é uma condição específica causada pela violência, com repercussões biológicas, psicológicas e sociais, e criaram um programa para atender e estudar a violência (Prove), onde foram realizados 1.445 atendimentos, em 6 sessões, sendo que os eventos traumáticos mais frequentes foram assalto, seqüestro, assassinato de um familiar e abuso sexual. Concluiu-se que, medicar com ansiolíticos as vítimas de violência e fazer com que falem sobre o ocorrido demonstraram ser atitudes prejudiciais, futuramente, aos pacientes, aumentando as chances de desenvolver TEPT. Para Scheeringa et al. (2011), a TCC para tratar o TEPT na adolescência é limitada às vítimas de abuso sexual, e sendo assim, estudaram a eficácia do tratamento em 64 crianças, entre três e seis anos de idade, em 12 sessões. Constatou-se que o efeito do tratamento com TCC melhorara a depressão dos pacientes, sugerindo que a TCC é viável e eficaz para os sintomas do TEPT, com efeito durador. Shemesh et al. (2011) investigaram a segurança da TCC em 60 pacientes que sofriam de TEPT após um evento cardiovascular, em 5 sessões de terapia, utilizando a entrevista clínica estruturada, averiguando os efeitos do tratamento sobre os sintomas do TEPT e depressão. Concluiu-se que as intervenções da TCC nos pacientes com TEPT apontaram resultados positivos. Há pouquíssimos estudos que associam a intervenção da TCC ao TEPT se considerando quando o foco é prevenção deste transtorno, incitando a necessidade de mais estudos sobre novas metodologias em pesquisas que possam comprovar os resultados do tratamento do TEPT baseados na intervenção da TCC. Há uma necessidade de maior valorização sobre os fenômenos da violência, prioridade de expansão de estudos científicos, mobilização a um número maior de profissionais e instituições que se dediquem a cuidar deste assunto, demonstrando também a necessidade de se criar mais instituições particulares e governamentais que se interessem pelo assunto, pela saúde da população e pela melhor qualidade de vida. Há de se prestar atenção a mais benefícios advindos do estudo visando melhorar a qualidade e produção do trabalho, a melhora da qualidade profissional das vítimas de traumas. A maioria dos artigos encontrados faz referência ao estudo do TEPT, vinculado a violência em geral, contra a mulher, criança, abuso sexual, estupros e 21 violência em família, e poucos artigos com homens. As guerras, homicídios, acidentes naturais também são consultados e alguns que tratam dos causados por violência no trânsito. Para o estudo do tema foi considerado o contexto do século XXI, cenário político, social e econômico que retrata o fenômeno da violência associada ao TEPT e intervenções com fármacos, ou TCC ou a associação de ambos. Foram encontrados alguns estudos sobre a violência na América do Norte (Estados Unidos), América do Sul (Chile, Bolívia, Peru, Brasil) considerando apenas uma pequena área, com a referência da cidade de São Paulo. É importante salientar que nem todos os indivíduos que sofrem o trauma desenvolvem o TEPT, o que pode estar relacionado com uma resposta individual ao estressor ou uma predisposição única do indivíduo. 22 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo do TEPT por apresentar uma diversidade de traumas e estressores, e por ser complexo na sua etiologia, sugere que a TCC por si só não é totalmente eficaz. Acredita-se na necessidade de novas pesquisas e o emprego de novas técnicas para o tratamento do transtorno, assim como um delineamento específico para a população tratada. A metodologia considerada para o estudo do tema proposto e realizada para avaliar os resultados da intervenção da TCC no TEPT apresentou resultados favoráveis à eficácia do tratamento, porém com questões a considerar, tais como, a população estudada, a idade, a origem de nascimento, a própria história do indivíduo, o contexto, o tipo de trauma e estressores. As pesquisas com controle de casos randomizados ou que demonstrem o resultado do estudo de um só caso ou alguns casos ao longo de um determinado período de tempo, reunidos por determinados caracteres sugerem a perspectiva de mais pesquisas com outras metodologias que demonstrem efetivamente a eficácia da TCC como teoria eleita para o TEPT. 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BADDELEY, J. L.; GROS, D. F. Cognitive behavioral therapy for insomnia as a preparatory treatment for exposure therapy for posttraumatic stress disorder. Am J Psychother. 2013, v. 67, n. 2, p. 203-14. BARREIRA, T. L.; MOTT, J. M.; HOFSTEIN, R. F.; TENG, E. J. 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VAN DER OORD, S.; LUCASSEN, S.; VAN EMMERIK, A. A.; EMMELKAMP, P. M. Treatment of post-traumatic stress disorder in children using cognitive behavioural writing therapy. Clin Psychol Psychother. 2010, v. 17, n. 3, p. 240-9. 25 ANEXO I Tabela 1 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, percurso metodológico, resultados e conclusão. TÍTULO DO ARTIGO FONTE AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO OBJETIVO PERCURSO METODOLÓGICO Cognitive behavioral therapy for insomnia as a preparatory treatment for exposure therapy for posttraumatic stress disorder PubMed – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23909060 Baddeley JL, Gros DF 2013 Descrever o tratamento psicológico de um paciente com insônia, comorbidade e TEPT. Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. RESULTADOS O paciente inicialmente se recusou a terapia de exposição para TEPT. Assim, a TCC para insônia foi um tratamento de primeira etapa. Depois de seis sessões, o paciente completou sete sessões de terapia de exposição específica do trauma. Na conclusão do tratamento e em 90 dias de acompanhamento, o paciente demonstrou reduções significativas na insônia e sintomas de TEPT. CONCLUSÃO Os resultados suportam a utilização segura e eficaz de TCC em pacientes com insônia, comorbidade,para melhorar o sono e facilitar a entrada em terapia de exposição para TEPT. Fonte: Acervo pessoal da aluna. 26 Tabela 2 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, percurso metodológico, resultados e conclusão. TÍTULO DO ARTIGO FONTE AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO OBJETIVO PERCURSO METODOLÓGICO A meta-analytic review of exposure in group cognitive behavioral therapy for posttraumatic stress disorder PubMed – USA – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23123568 Barrera TL, Mott JM, Hofstein RF, Teng EJ 2013 Realizar uma revisão sistemática da suporte empírico para TCC no tratamento de TEPT e comparar protocolos TCC que incentivam a divulgação de detalhes do trauma através da exposição em sessão com protocolos TCC que não incluem sessão. Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. RESULTADOS Ensaios clínicos randomizados que avaliaram a eficácia da TCC para TEPT foram incluídos na meta-análise. Um total de 651 participantes com TEPT foram incluídos nas condições de tratamento da TCC elegíveis, em 12 sessões. Não foram encontradas diferenças significativas nos tamanhos de efeito entre os tratamentos de TCC, que incluiu exposição em grupo e aqueles que não o fizeram. Embora a taxa de atrito foi maior nos tratamentos que incluíram a exposição em grupo, esta taxa é comparável a taxas de atrito em tratamentos individuais e farmacoterapia para TEPT. CONCLUSÃO Os resultados desta meta-análise sugerem que as preocupações sobre o potencial impacto negativo da exposição grupo pode ser injustificada, e apoiar o uso de TCC baseado na exposição como uma opção de tratamento promissora para TEPT. Fonte: Acervo pessoal da aluna. 27 Tabela 3 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, percurso metodológico, resultados e conclusão. TÍTULO DO ARTIGO FONTE AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO OBJETIVO PERCURSO METODOLÓGICO Cognitive-behavioral conjoint therapy for posttraumatic stress disorder: application to a couple’s shared traumatic experience PubMed – Canadá – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22504612 Brown-Bowers A, Fredman SJ, Wanklyn SG, Monson CM 2012 Fornecer uma visão geral do tratamento, uma revisão da pesquisa de resultados, e uma ilustração de caso de um casal com um trauma partilhado (uma criança natimorta), em 15 sessões. Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. RESULTADOS A fase 1 incluiu a psicoeducação sobre as influências recíprocas de sintomas de TEPT e relacionamento, exercícios para promover e afetar os comportamentos positivos, e as habilidades de gestão de conflitos. Na Fase 2, os métodos comportamentais são utilizados para tratar evitação e entorpecimento emocional e aumentar a satisfação do relacionamento. Na fase 3 centra-se em avaliações de trauma específicos e cognições que mantem os problemas de TEPT e de relacionamento. CONCLUSÃO A TCC para o TEPT é projetado para melhorar os sintomas de TEPT e melhorar o ajuste relacionamento íntimo. Fonte: Acervo pessoal da aluna. 28 Tabela 4 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, percurso metodológico, resultados e conclusão. TÍTULO DO ARTIGO FONTE AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO OBJETIVO PERCURSO METODOLÓGICO Stabilizing group treatment for Complex Posttraumatic Stress Disorder related to childhood abuse based on psycho-education and cognitive behavioral therapy: a pilot study PubMed – Países Baixos – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20303592 Dorrepaal E, Thomaes K, Smit JH, van Balkom AJ, van Dyck R, Veltman DJ, Draijer N 2010 Testar um protocolo de tratamento estabilizante concebido para a gestão das sequelas a longo prazo do abuso de 36 crianças, em 20 sessões, ou seja, o TEPT. Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. RESULTADOS Foi encontrada melhora para TEPT e sintomas limítrofes. CONCLUSÃO Este estudo indicou tanto a viabilidade de se investigar o resultado do tratamento e da eficácia inicial de tratamento estabilizante em um grupo em pacientes graves com TEPT relacionado a abuso na infância. Fonte: Acervo pessoal da aluna. 29 Tabela 5 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, percurso metodológico, resultados e conclusão. TÍTULO DO ARTIGO FONTE AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO OBJETIVO PERCURSO METODOLÓGICO Interventions to prevent post-traumatic stress disorder: a systematic review PubMed – Carolina do Norte – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23683982 Forneris CA, Gartlehner G, Brownley KA, Gaynes BN, Sonis J, CokerSchwimmer E, Jonas DE, Greenblatt A, Wilkins TM, Woodell CL, Lohr KN 2013 Avaliar a eficácia, efetividade comparativa, e danos farmacológico e intervenções emergentes para evitar TEPT. do psicológico, Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. RESULTADOS Foram investigados dezenove pacientes, em 12 sessões, com vários tipos de traumas e intervenções. Meta-análises de três ensaios (da mesma equipe) para pessoas com transtorno de estresse agudo e breve, TCC com foco em trauma foi mais eficaz do que o aconselhamento de apoio na redução da gravidade dos sintomas de TEPT (moderada resistência); estas duas intervenções tiveram resultados semelhantes para incidência de TEPT (baixa resistência); gravidade da depressão (baixa resistência); e gravidade da ansiedade (moderada-força). A gravidade dos sintomas do TEPT após a lesão diminuiu mais com o cuidado colaborativo do que o cuidado usual. Não reduziu a incidência ou gravidade de TEPT ou sintomas psicológicos em traumas (baixa resistência). Evidências sobre os resultados relevantes não estava disponível para muitas intervenções ou era insuficiente devido a deficiências metodológicas. CONCLUSÃO A TCC pode reduzir a gravidade dos sintomas do TEPT em pessoas com transtorno de estresse agudo; cuidado colaborativo pode ajudar a diminuir a gravidade dos sintomas pós-lesão. Fonte: Acervo pessoal da aluna. 30 Tabela 6 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, percurso metodológico, resultados e conclusão. TÍTULO DO ARTIGO FONTE AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO OBJETIVO PERCURSO METODOLÓGICO Cognitive behavioral therapy for the treatment of pediatric posttraumatic stress disorder: a review and meta-analysis PubMed – New York – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21458405 Kowalik J, Weller J, Venter J, Drachman D 2011 Examinar a eficácia da TCC no tratamento de TEPT pediátrica, em 229 pacientes, em 12 sessões, com dados de resultados do Child Behavior Checklist (CBCL). Revisão integrativa de literatura. RESULTADOS A bibliografia comentada revelou eficácia em geral do TCC no TEPT pediátrico. CONCLUSÃO A eficácia da TCC no tratamento de TEPT pediátrica foi apoiado pela bibliografia comentada e meta-análise, contribuindo para melhores práticas de dados. Fonte: Acervo pessoal da aluna. 31 Tabela 7 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, percurso metodológico, resultados e conclusão. TÍTULO DO ARTIGO FONTE AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO OBJETIVO PERCURSO METODOLÓGICO An update on the efficacy of cognitive-behavioral therapy, cognitive therapy, and exposure therapy for posttraumatic stress disorder PubMed – Brasil – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24922986 Mello PG, Silva GR, Donat JC, Kristensen CH 2013 Atualizar conclusões sobre a eficácia da TCC, a Terapia Cognitiva (TC), e a Terapia de Exposição (ET) para o TEPT, com 2.713 pacinetes, em 12 sessões, quando comparado com outros tratamentos ou condições bem estabelecidas, sem tratamento ativo. Revisão integrativa de literatura. RESULTADOS A amostra final continha 29 artigos, que mostraram ser os tratamentos eficazes individualmente quando comparadas às condições apenas de avaliação, não havendo diferença encontrada entre os tratamentos. CONCLUSÃO Mais pesquisas precisam esclarecer os efeitos duradouros, eficiência e outros benefícios comparativos de cada protocolo. Fonte: Acervo pessoal da aluna. 32 Tabela 8 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, percurso metodológico, resultados e conclusão. TÍTULO DO ARTIGO FONTE AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO OBJETIVO PERCURSO METODOLÓGICO Effect of cognitive-behavioral couple therapy for PTSD: a randomized controlled trial PubMed – Canadá – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22893167 Monson CM, Fredman SJ, Macdonald A, Pukay-Martin ND, Resick PA, Schnurr PP 2012 Comparar a TCC para TEPT, com 2 pacientes, em 15 sessões (a terapia de casal manual entregue a pacientes com TEPT e os seus outros significativos para tratar simultaneamente sintomas de TEPT e aumentar a satisfação do relacionamento) com a condição de lista de espera. Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. RESULTADOS A severidade dos sintomas do TEPT foi significativamente mais aprimorado na condição de terapia de casal que na condição de lista de espera. Da mesma forma, a satisfação íntima da relação do paciente foi significativamente mais melhorada em terapia de casal que na condição de lista de espera. O tempo de efeito de interação × condição no modelo multinível prevendo sintomas do TEPT e satisfação com o relacionamento relatado pelo paciente revelou superioridade da terapia de casal em comparação com a lista de espera. CONCLUSÃO Entre os casais em que um dos parceiros foi diagnosticado como tendo TEPT, uma terapia de casal específica do distúrbio, em comparação com uma lista de espera para a terapia resultou na diminuição da gravidade dos sintomas de TEPT, gravidade dos sintomas de comorbidade do paciente e aumento da satisfação do paciente. Fonte: Acervo pessoal da aluna. 33 Tabela 9 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, percurso metodológico, resultados e conclusão. TÍTULO DO ARTIGO FONTE AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO OBJETIVO PERCURSO METODOLÓGICO Long-term outcomes of cognitive-behavioral treatments for posttraumatic stress disorder among female rape survivors PubMed – Boston – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22182261 Resick PA, Williams LF, Suvak MK, Monson CM, Gradus JL 2012 Comparar a terapia de processamento cognitivo com a exposição prolongada para o TEPT, com 171 pacientes, em 10 sessões. Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. RESULTADOS Diminuições nos sintomas devido ao tratamento, como evidenciado por poucas mudanças ao longo do tempo de pós-tratamento através de follow-up. Não houve diferenças significativas surgiram durante o tratamento. CONCLUSÃO Ocorreram mudanças na TEPT e sintomas relacionados com duração superior a um período prolongado de tempo para vítimas de estupro do sexo feminino com extensas histórias de trauma. Fonte: Acervo pessoal da aluna. 34 Tabela 10 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, percurso metodológico, resultados e conclusão. TÍTULO DO ARTIGO FONTE AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO OBJETIVO PERCURSO METODOLÓGICO Trauma-focused cognitive-behavioral therapy for posttraumatic stress disorder in three-through six year-old children: a randomized clinical trial PubMed – New Orleans – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21155776 Scheeringa MS, Weems CF, Cohen JA, Amaya-Jackson L, Guthrie D 2011 Examinar a eficácia e viabilidade de TF-CBT para o tratamento de TEPT com 64 crianças de seis anos de idade, em 12 sessões, expostas a tipos heterogêneos de traumas. Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. RESULTADOS No desenho randomizado do grupo de intervenção melhorou significativamente os sintomas de TEPT, mas não sobre a depressão, ansiedade de separação, os transtornos desafiante, ou déficit de atenção/hiperatividade. Após o período de espera, foi oferecido tratamento a todos os participantes. CONCLUSÃO A TF-CBT é viável e mais eficaz do que uma condição de lista de espera para os sintomas de TEPT. Também pode haver benefícios para redução dos sintomas de várias comorbidades. Vários fatores podem explicar o elevado atrito, e estudos futuros devem sobreamostras dados demográficos para entender melhor essa população pouco estudada. Fonte: Acervo pessoal da aluna. 35 Tabela 11 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, percurso metodológico, resultados e conclusão. TÍTULO DO ARTIGO FONTE AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO OBJETIVO PERCURSO METODOLÓGICO Transtornos de estresse agudo e pós-traumático Pepsic – Brasil – http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S180669762010000300006&script=sci_arttext Serafim PM, Mello MF 2010 Avaliar os transtornos de estresse agudo e pós-traumático Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. RESULTADOS São quadros graves, com repercussões biológicas, psicológicas e sociais profundas. Foi criado programa para atender e estudar a violência (Prove), em 2004. A partir de maio de 2009, houve mudança do atendimento que passou a ser multidisciplinar. Foram realizados 1.445 atendimentos dessa data até novembro de 2009 e incluídos 76 novos pacientes adultos e 27 crianças, em 6 sessões. CONCLUSÃO Os eventos traumáticos mais frequentes foram assalto e sequestro (adultos) e assassinato de um familiar e abuso sexual (crianças). O sistema multidisciplinar é efetivo e apresenta alta adesão (87%/6 meses). Fonte: Acervo pessoal da aluna. 36 Tabela 12 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, percurso metodológico, resultados e conclusão. TÍTULO DO ARTIGO FONTE AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO OBJETIVO PERCURSO METODOLÓGICO A randomized controlled trial of the safety and promise of cognitive-behavioral therapy using imaginal exposure in patients with posttraumatic stress disorder resulting from cardiovascular illness PubMed – New York – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20441725 Shemesh E, Annunziato RA, Weatherley BD, Cotter G, Feaganes JR, Santra M, Yehuda R, Rubinstein D 2011 Investigar a segurança física de TCC usando exposição imaginária em pacientes com TEPT após um evento cardiovascular com risco de vida. Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. RESULTADOS Não houve diferenças significativas entre os grupos experimentais e de controle e entre a exposição e sessões em qualquer uma das medidas de segurança. Melhorias não significativas foram encontradas em todas as medidas psiquiátricos no grupo experimental, com uma melhora significativa nos sintomas de TEPT com 60 pacientes, em 2 sessões, com eventos cardiovasculares agudos não programados e altos sintomas de TEPT basais. CONCLUSÃO A TCC é segura e promissora para o TEPT em pacientes com doenças cardiovasculares que estão traumatizados por sua doença. Fonte: Acervo pessoal da aluna. 37 Tabela 13 – Distribuição das publicações sobre o Tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental, segundo bases de dados, títulos, fontes, autores, ano de publicação, objetivo, percurso metodológico, resultados e conclusão. TÍTULO DO ARTIGO FONTE AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO OBJETIVO PERCURSO METODOLÓGICO Treatment of post-traumatic stress disorder in children using cognitive behavioural writing therapy PubMed – Países Baixos – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20013756 Van der Oord S, Lucassen S, Van Emmerik AA, Emmelkamp PM 2010 Avaliar a eficácia da TCC da escrita com 23 crianças (idade 8-18 anos), em 5 sessões, que experimentaram uma série de experiências traumáticas individuais e recorrentes. Revisão integrativa de literatura e estudo de caso. RESULTADOS No pós-teste, houve uma redução significativa de todos os sintomas, e este efeito foi mantido em 6 meses de seguimento. A quantidade média de sessões de tratamento necessário foi de 5,5. CONCLUSÃO Este estudo mostrou que a curto prazo é uma intervenção potencialmente eficaz para crianças traumatizadas clinicamente referidos. Fonte: Acervo pessoal da aluna. 38 ANEXO II Termo de Responsabilidade Autoral Eu, Silvia Maria Forti, afirmo que o presente trabalho e suas devidas partes são de minha autoria e que fui devidamente informado da responsabilidade autoral sobre seu conteúdo. Responsabilizo-me pela monografia apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em Terapia Cognitivo Comportamental, sob o título “O Tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático na Abordagem da Teoria Cognitivo Comportamental”, isentando, mediante o presente termo, o Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC), meu orientador e coorientador de quaisquer ônus consequentes de ações atentatórias à "Propriedade Intelectual", por mim praticadas, assumindo, assim, as responsabilidades civis e criminais decorrentes das ações realizadas para a confecção da monografia. São Paulo, __________de ___________________de______. _______________________ Silvia Maria Forti