AULA 3 - Keilla Lopes

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AULA 3
Assunto:
ORIGENS DOS RECURSOS PARA
INVESTIMENTOS
Professora Keilla Lopes
Graduada em Administração pela UEFS
Especialista em Gestão Empresarial pela UEFS
Mestre em Administração pela UFBA
Origem dos recursos para
projetos
1 - Capital próprio
2 - Capital de terceiros (bancos, mercado de
capitais,etc)
Balanço Patrimonial
ATIVO
PASSIVO
 AC
Disponibilidades (cx (empresa e
bancos), invest. disponíveis)
Contas a receber
Estoques
 PC
 Ativo realizável a longo prazo
 Ativo permanente
Investimentos.
Imobilizado.
Diferido (despesas pré-operacionais)
 Passivo exigível a longo prazo
 Patrimônio Liquido
Capital social integralizado
Reservas de capital
Reserva de Lucros
Lucros ou prejuízos acumulados
Gestão de caixa
1.1 - Como se administra o caixa de uma empresa?
Resposta: com planejamento.
O planejamento do caixa tem como principal instrumento a projeção de
caixa. Também denominado Orçamento ou Previsão de caixa.
O orçamento, previsão ou projeção de caixa é conhecido, também, como
sangue da empresa.
Este instrumento permite a empresa não somente calcular as entradas e
saídas de caixa, mas, também, o saldo remanescente que diante da
sua interpretação identifica a necessidade de financiamento ou a
disponibilidade para investimentos.
Geralmente o orçamento de caixa é elaborado para um ano com intervalos
mensais ou como exigir a natureza do negócio (trimestrais,semestrais,
anuais,etc).
1.2 - Composição do orçamento de caixa
(Recebimentos;pagamentos;fluxo liquido de caixa;saldo final em caixa)
1.2.1 - Recebimentos:
a)Vendas à vista
b) Cobranças: vendas em meses anteriores que serão recebidas
neste período. Já abatido índice médio de inadimplência.
c)
Outros
recebimentos
(dividendos;juros;vendas
de
equipamentos;vendas de ações ou títulos;aluguéis;franquias)
1.2.2 - Pagamentos:
Compras à vista
Duplicatas
Aluguéis
Salários
Aquisição de equipamentos
Dividendos (em dinheiro)
Pagamentos de juros
Leasing
Recompra de ações
Empréstimos
1.2.3 - Fluxo liquido de caixa
Obtém-se pela subtração dos recebimentos e pagamentos em
cada período.
1.2.4 - Saldo final de caixa
Somando o saldo inicial de caixa ao fluxo liquido chega-se ao
saldo final de caixa para o período em questão.
Obs> Não estão incluídas no orçamento de caixa despesas
que não envolvem desembolso, como: depreciação,
amortização e exaustão. Para efeito de orçamento de
caixa, o administrador financeiro está mais preocupado com
os fluxos de caixa do que com os lucros líquidos apurados
na demonstração do resultado
INTERPRETAÇÃO DO ORÇAMENTO DE
CAIXA
1.2.5 - Financiamento necessário ou saldo excedente de
caixa
Finalmente subtraindo do saldo final de caixa o saldo mínimo ou
apropriado de caixa chega-se a um financiamento necessário
ou a um saldo excedente de caixa. Se o saldo final de caixa
for menor que o saldo apropriado de caixa requer-se um
financiamento. Se o saldo final de caixa for maior que o saldo
apropriado há um saldo excedente de caixa que deverá ser
investido.
Obs>Vale salientar que o tipo de financiamento ou
investimento escolhido pela empresa requer uma
análise minuciosa posterior.
1. 3 Modelos para calculo de saldo apropriado
ou mínimo de caixa
Para determinar o saldo apropriado de caixa pode-se de utilizar tanto de
abordagens subjetivas como de modelos quantitativos. Mas, a escolha
dentre as diversas abordagens depende muito mais da estratégia
financeira da empresa (agressiva ou conservadora).
A) 10% da previsão de vendas para o período seguinte.
B) Média da diferença entre as entradas e saídas do mesmo período (dia, mês
ou ano anterior).
C) Previsão de recebimentos para o período abatida do índice médio de
inadimplência.
D) Percentual de PDD
E) Desembolsos totais de caixa esperados no período dividido pelo giro de
caixa do mesmo período. (nada mais que o saldo médio)
Obs: O administrador financeiro deve considerar os riscos e/ou as incertezas
próprias do seu negócio na escolha dentre os diversos modelos de
definição do saldo apropriado de caixa, como: sazonalidade; a própria
geração de lucro ao longo do exercício; custo de oportunidade
(remunerações financeiras ao longo do período;etc.
E quando não temos o valor das
vendas (recebimentos)?
Quando não temos o valor das
vendas (recebimentos) usamos a
Previsão de Vendas
A Previsão de vendas é um item meramente
informativo. Não é transcrito no orçamento de
caixa. Contudo, é um componente básico que
serve como subsídio as projeções de
recebimentos e pagamentos nos meses
projetados que compõe o orçamento de caixa.
A previsão de vendas pode ser:
a) Interna (projetada pelos canais de
vendas da empresa);
b) Externa (baseadas em indicadores
econômicos);
c) Combinada (combinações de dados
projetados internos e externos).
Quem pode exemplificar cada uma?
RISCOS E INCERTEZAS DO
ORÇAMENTO DE CAIXA
O orçamento de caixa,embora pareça uma técnica exata, é
impossível eliminar totalmente as variáveis incertezas e
riscos. Mas, alguns fatores podem favorecer a convivência
com estas variáveis:
 È necessário muita cautela no preparo das previsões de
vendas e outras estimativas incluídas no orçamento de caixa.
 Uma alternativa pra se reduzir os riscos no orçamento de
caixa é elaborar vários orçamentos. Ao menos três cenários
devem ser respeitados: pessimista; provável; otimista. Diante
destes três cenários o administrador financeiro faz a escolha
de um deles ou ao menos se prepara para as três situações
com antecedência.
 O uso de inúmeras alternativas (orçamentos de caixa)
possibilita ao administrador financeiro uma percepção
do risco das alternativas de modo que possa tomar
decisões financeiras racionais a curto prazo.
 Computadores e planilhas eletrônicas simplificam
enormemente tais análises supra citadas.
 Os fluxos de caixa apresentados no orçamento são os
totais mensais e não o fluxo diário de recebimentos e
pagamentos da empresa. Assim, não é possível
garantir que há caixa suficiente para pagar as contas
no vencimento. È necessário monitorar diariamente os
fluxos de caixa.
O ORÇAMENTO DE CAIXA PERMITE:
 Controlar o capital de giro;
 Identificar, com antecedência, o volume de fundos que
será procurado em fontes de créditos;
 Captar a confiança dos credores ao procurá-los com
antecedência;
 Controlar os eventuais desvios identificados, em
relação aos planos traçados;
 Prever possíveis aplicações para excesso de fundos e o
uso eficiente e racional dos recursos disponíveis.
 Estudar a viabilidade de um projeto de investimento.
POR QUE ALGUMAS EMPRESAS
IGNORAM O ORÇAMENTO DE CAIXA?
 Sua elaboração é difícil,
acompanhamento diário.
exige
tempo
e
 Cada empresa tem sua própria metodologia e
dinâmica de previsão de entradas e de saídas o que
dificulta fazer previsões adequadas.
CONSIDERAÇÕES
 Geralmente a gestão de caixa é obrigação da tesouraria que
está ligada ao departamento financeiro. Contudo, para uma
eficiente gestão de caixa há uma necessidade latente de um
trabalho conjunto com os departamentos que fornecem
informações
(vendas;contabilidade,sistemas;etc)
e
os
departamentos que se utilizam dos dados encontrados no
planejamento de caixa(estoques,controles,orçamentos;etc).
 Manter níveis mais baixo possíveis de saldo em caixa é um
fato possível através do controle de pagamentos e
recebimentos.
 Em empresas que atuam em diversos países a variação
cambial é mais um fator a ser acompanhado no planejamento
de caixa e conseqüentemente no planejamento financeiro. As
vezes, recebe-se em uma moeda e paga-se com outra e nem
sempre as transações entre países são on line
 Mesmo no cenário atual (baixas taxas de juros) dormir
com sobras de caixa (float) pode prejudicar a
rentabilidade da empresas ou representar certos
prejuízos. Diante deste fato percebe-se a importância do
planejamento de caixa.
 Ao gestores de caixa fica a necessidade de ter base
contábil;
conhecimento
geral
do
negócio(cobrança;vendas;habilidade no campo de
tecnologia de informação; bom relacionamento
interpessoal.
 Caixa é o centro dos resultados para tomada de decisões
financeiras pois representa a disponibilidade imediata de
recursos. Daí a origem do apelido de sangue da empresa.
 O lucro de uma empresa pode ser diferente do resultado
financeiro que é geração de caixa.
 No mercado financeiro utiliza-se o termo Cash-flow para
designar o fluxo de caixa.
 Qualquer empresa,seja ela de micro, pequeno, médio ou
grande porte,deve utilizar o fluxo de caixa. Este não é uma
ferramenta restrita às grandes empresas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Assaf Neto, Alexandre. Finanças corporativas e valor.
Ed 2. São Paulo. Atlas,2006
 BRAGA,Roberto . Fundamentos e técnicas de
administração financeira. São Paulo:Atlas,1989.
 GITMAN, Lawrence J. Principios de administração
Financeira. Ed 10. São Paulo: Pearson Addison
Wesley,2004
ATIVIDADE DE CLASSE I
(Adaptada do livro Finanças Corporativas e Valor de Alexandre Assaf Neto)
1) Descreva resumidamente o formato básico de um orçamento de caixa.
2) Com base nos dados abaixo descritos sobre uma empresa elabore
CINCO orçamentos de caixa para o segundo semestre deste ano. Cada
orçamento deve considerar um dos modelos expostos em sala de aula
para calculo do saldo apropriado (mínimo) de caixa.
3) Em cada orçamento, demonstre o saldo final de caixa e comente sobre
a necessidade da empresa de financiamento ou de investimento.
Guarde estes dados que serão reutilizados em uma outra aula.
 Empresa Anjos Empreendimentos Imobiliários
a) O saldo de caixa existente no inicio do semestre era de R$ 1.800,00.
b)Vendas previstas de R$ 15.000,00.
c) As compras de estoque previstas para o período serão R$ 6.000,00.
d) As despesas operacionais desembolsáveis somam R$ 3.000,00.
e) Despesas financeiras de R$ 3.000,00
f) No período terá uma integralização de capital de R$ R$ 1.800,00.

Dados extras que podem ser necessários para calculo do
saldo apropriado (mínimo) de caixa:
a)Previsão de vendas para o próximo semestre:
Cenário otimista é de 15.000,00.
Cenário favorável é de 13.000,00.
Cenário pessimista 11.000,00
b) No segundo semestre do ano anterior a diferença entre os
pagamentos e os recebimentos foi de R$ 1.000,00
c) Inadimplência média 3% sobre as vendas.
d) PDD 1% sobre as vendas
e) Desembolsos totais de caixa esperados no período será de
R$ 12.000,00 e o giro de caixa é mensal
( seis vezes no semestre).
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