HISTÓRIA DO BRASIL – PROFº RODRIGO SIMÃO HISTÓRIA III 1º PARTE Introdução: A Formação de Portugal e a Expansão Marítima Capítulo I – O interesse pelo Oriente Período pré-colonial (1500 – 1530) – O “Achamento” As primeiras expedições O pau-brasil Exercícios Capítulo II – Estruturas produtivas da Cana de Açúcar O Período Colonial Introdução Motivos para a implantação da Cana O sistema de produção da Cana Tipos de engenhos A Escravidão Negra Principais motivos dessa substituição O Quilombo de Palmares (1580-1694) Pacto colonial Sociedade Colonial do Ciclo da Cana Atividades complementares A pecuária Drogas do Sertão O tabaco O algodão Capítulo III – Administração colonial As Capitanias Hereditárias Motivos para sua implantação Principais características do processo de implantação das capitanias Documentação / Legislação Principais motivos para o relativo fracasso das capitanias As Câmaras Municipais Definição Principais características das Câmaras Municipais O Governo-Geral A estrutura Política e Jurídica Os principais governadores A Companhia de Jesus no Brasil A União Ibérica (1580-1640) Definição Professor Rodrigo Simão 1 HISTÓRIA DO BRASIL Conseqüência da União Ibérica Ordenação Filipina 1603 A restauração Monárquica Exercícios Capítulo IV – Invasões Estrangeiras As invasões estrangeiras As invasões francesas França Antártica (1555-1567) França Equinocial (1612-1615) As invasões Holandesas Principais Motivos Invasões Holandesas a Salvador-Bahia (1624-1625) Invasões Holandesas a Recife-Pernambuco (1630-1654) Governo Nassau Primeira Insurreição Pernambucana ou Guerra da Luz Divina (1645-1654) Conseqüência da expulsão Exercícios Capítulo V – expedições para o interior e Ciclo do Ouro Entradas e Bandeiras A Exploração Aurífera Introdução Os impostos O tratado do século XVIII A administração do Marquês de Pombal (1750-1777) A cultura do século XVIII Capítulo VII – As Revoltas da crise da Sistema Colonial As Revoltas Nativista Aclamação de Amador Bueno (São Paulo 1641) A Revolta de Beckman (Maranhão 1681-1684) Guerra dos Emboabas (Minas Gerais 1708-1709) Guerra dos Mascates (Pernambuco 1710) Olinda X Recife Revolta da Vila Rica (Minas Gerais 1720) Revoltas Separatistas ou Emancipacionistas Conjuração Mineira (1789) Conjuração Carioca (1794) – Conjuração Fluminense ou Revolta do rio de Janeiro Conjuração Baiana (1798) – “Revolta dos Alfaiates” Revolução Pernambucana 2 1434, o navegador Gil Eanes conquista a região do Cabo Bojador, tendo à sua frente as ilhas Canárias. Paralelamente, as ilhas do Atlântico africano (arquipélagos de Madeira, Açores e Cabo Verde), vão sendo anexadas por Portugal. Nesses arquipélagos, Portugal introduziu a agricultura açucareira e a pecuária, com mãode-obra escrava e sistema de capitanias hereditárias. Na costa sul-africana, o português Diogo Cão atinge a foz do rio Congo e a região de Angola em 1485. Este contorno da África foi completado em 1488, quando Bartolomeu Dias atingiu o Cabo da Boa Esperança, anteriormente chamado de Cabo das Tormentas. No entanto, o apogeu do "ciclo oriental", ocorre somente quando Vasco da Gama atinge a costa da Índia em 1498, seguida pela expedição cabralina, que chega ao Brasil em 1500. Com a intenção de formar um grande império no Oriente, os portugueses, ainda atingem a região do Golfo Pérsico (Aden), prosseguindo pela Índia até a ilha do Ceilão e atingindo a Indonésia, onde foi conquistada a importante ilha de Java. Com a conquista de Macau no litoral da China, os portugueses firmaram diversos acordos com importantes centros comerciais da China e do Japão entre 1515 e 1520. A corrupção administrativa e os excessivos gastos burocráticos e militares, associados à queda nos preços dos produtos orientais, foram determinantes para o declínio do comércio português no Oriente, a partir da década de 1530. Com a penetração de outros países no comércio oriental, o império lusitano, já controlado pela Espanha, conhecerá seu desmantelamento entre os séculos XVI e XVII. INTRODUÇÃO: A Formação de Portugal e a Expansão Marítima. 1° – O Pioneirismo Português Se fizermos um paralelo entre a realidade sócio-político-econômica de Portugal e Espanha encontraremos a resposta para o pioneirismo português na expansão marítima, mesmo porque, esse pioneirismo deve ser explicado, frente ao atraso da Espanha. Em primeiro lugar deve ser destacada a precoce formação de uma Monarquia Nacional em Portugal (desde 1385 com a Revolução de Avis – formação do 1º Estado Nacional), enquanto a Espanha somente alcançará essa condição em 1469, com o casamento dos reis católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela. A situação de paz externa e interna do reino português e uma dinâmica burguesia mercantil aliada ao Estado, também foram fatores decisivos para o pioneirismo marítimo luso. Os reinos da Espanha ainda continuavam participando da longa Guerra de Reconquista contra os mouros, que terminou somente em 1492 com a derrota muçulmana em Andaluzia na cidade de Granada. Além desses fatores, temos o apoio do Estado português aos estudos náuticos a cargo do infante D. Henrique, que transformou a cidade de Sagres em um grande centro de estudos náuticos por volta de 1418, surgindo a Escola de Sagres (centro de informações náutica de Portugal). Destaca-se ainda a posição geográfica privilegiada de Portugal, situado na rota e na escala mar Mediterrâneo-Atlântico, que atinge o mar do Norte e valiosos centros comerciais dessa região. Vale ressaltar que a pesca do bacalhau nos mares do norte colaborou decisivamente com o desenvolvimento da tecnologia de navegação portuguesa promovendo a criação de uma das embarcações mais versáteis da época da expansão marítima, a caravela. O desenvolvimento da caravela, a assimililação de tecnologias como a bússola e o astrolábio, a busca por metal (interesses mercantilistas), as crises européias, associados a superação de inúmeros mitos colaboraram definitivamente com o processo de expansão marítima. 3° - O Ciclo Ocidental e os Novos Horizontes. Após a chegada de Colombo a América em 12 de outubro de 1492, os espanhóis prosseguiram em sua expansão em busca de um novo caminho marítimo para as Índias. Nesse contexto, o almirante Vicente Pinzón, um dos companheiros de Colombo, atingiu a foz do rio Amazonas entre 1499 e 1500. O navegador florentino Américo Vespúcio realiza quatro viagens à América, confirmando que Colombo havia chegado em um novo continente, mas esteve sediado na parte insular do “Novo Mundo”. O objetivo de atingir o oceano Pacífico, efetiva-se somente em 1513, com Vasco Núnes Balboa. Os resultados deste feito não foram os esperados, pois além da distância com o Oriente ser considerável, nesta ocasião, os portugueses já formavam um vasto império na região oriental. A primeira viagem de circunavegação da terra é iniciada em 1519 pelo navegador Fernão de Magalhães(contratado pela Espanha), sendo concluída pelo espanhol Sebastião del Cano em 1522. A primeira área importante para o colonialismo espanhol, foi o antigo Império Asteca, conquistado sob o comando de Fernão Cortéz ou Hernán Cortéz, seguido por Francisco Pizarro, que conquistou o Império Inca. Nessas regiões, inicia-se uma grande exploração de OBS: Em 1415 os portugueses venciam os mouros e tomavam a cidade de Ceuta no norte da África. Em 1492 a Espanha, através do navegador genovês Cristóvão Colombo chagava na parte insular da América Central (República Dominicana/São Salvador). Dois marcos importantes que inauguram a expansão ultramarina, liderada por Portugal e Espanha. 2° - O Ciclo Oriental ou Périplo Africano Conhecido como "ciclo oriental" os empreendimentos marítimos portugueses prosseguem rapidamente pela costa atlântica africana após a tomada de Ceuta, quando em 2 metais valiosos, paralelamente a um grande extermínio das populações indígenas pelas tropas espanholas. posse da terra em nome do rei de Portugal, o principal interesse da monarquia estava voltado ao Oriente, onde estavam as tão cobiçadas especiarias. Além disso, a não descoberta de ouro imediatamente no Brasil impedia o desvio dos investimentos rentáveis com as especiarias para iniciar a colonização do Brasil. Por esse motivo o Brasil sofreu um relativo abandono durante os anos dos primeiros contatos entre nativos e europeus. No entanto, a decadência das especiarias, o medo de perder as terras americanas e a descoberta de ouro na América espanhola forçou Portugal a iniciar a colonização por meio da expedição de Martim Afonso de Souza e com apoio da iniciativa privada. 4° - A Divisão das Novas Terras A inevitável rivalidade entre Portugal e Espanha, pela disputa das terras recém descobertas, determina uma série de acordos entre os reinos ibéricos. Pelo Tratado de Toledo em 1480, Portugal cedia à Espanha as ilhas Canárias e recebia o monopólio do comércio e navegação no litoral africano ao sul da linha do Equador sendo estabelecido um paralelo passando exatamente pelas Ilhas Canárias e estabelecendo que todas as terras por serem descobertas abaixo das Canárias seriam portuguesas, protegendo os interesses portugueses quanto ao Périplo Africano. Em 1492-93 o papa Alexandre VI de nacionalidade espanhola estabeleceu para a Bula Inter Coetera, um meridiano divisório, que passaria 100 léguas a oeste de Cabo Verde, onde a Espanha ficaria com as terras situadas a oeste (recebendo toda América), enquanto que Portugal ficaria com a porção leste (Oceano Atlântico). Essa pseudo divisão provocou uma forte reação de Portugal, dando origem a rejeição da Bula e a criação do tratado de Tordesilhas, que estabelecia uma nova linha imaginária (meridiano) passando, agora, 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. Para as terras orientais foi assinado o tratado de Saragoza em 1529, criando também uma linha imaginária e divisória que passaria pelas proximidades da região das ilhas Molucas. Na prática era uma espécie de extensão do tratado de Tordesilhas pelo restante do globo, uma vez que àquela data a esfericidade da terra já havia sido provada. Essa série de acordos, provoca uma forte reação das regiões marginalizadas, como Inglaterra, França e Holanda, que a partir do século XVI, iniciam uma série de saques e invasões das possessões ibéricas, inclusive do Brasil. Atenção queridos alunos, aqui é o professor Rodrigo Simão para avisar que os assuntos específicos de Brasil começam agora. OBS: Existem muitas polêmicas quanto ao descobrimento do Brasil, mas sabe-se que no ano de 1498 o diário de bordo de Duarte Pacheco já registrava as terras brasileiras. Esse documento acabou editado e posteriormente ganhou o título de “Esmeraldo de Situ Orbis”. Período Pré-Colonial (1500-1530) – O “Achamento” A Carta de Pero Vaz de Caminha fala em “achamento” destas terras, não fala em “descobrimento” ou “casualidade”. Atualmente defende-se a teoria da “Intencionalidade”, ou seja, que o Brasil foi descoberto intencionalmente. A antiga teoria da “Casualidade”, atualmente já não é aceita pela maioria dos historiadores. Capítulo I – O interesse pelo Oriente “Na terça-feira à tarde, foram os grandes emaranhados de “ervas compridas a que os mareantes dão o nome de “rabo-de-asno”. Surgiram flutuando ao lado das naus e sumiram no horizonte. Na quarta-feira pela manhã, o vôo dos fura-buchos – uma espécie de gaivota – rompeu o silêncio dos mares e dos céus, reafirmando a certeza de que a terra se encontrava próxima. Ao entardecer, silhueta dos contra o fulgor do crepúsculo, delinearam-se os contornos arredondados de “um grande monte”, cercado por terras planas, vestidas de um arvoredo denso e majestoso”. Pedro Álvares Cabral A historiografia hoje indica que a armada de Pedro Álvares Cabral, possuía duas missões: garantir os interesses portugueses nas Índias e tomar posse em caráter oficial das terras portuguesas na América. Apesar de ter tomado 3 Era 22 de abril ale 1500. Depois de 44 dias de viagem, a frota de Pedro Álvares Cabral vislumbrava terra - mais com alívio e prazer do que com surpresa ou espanto. Nos nove dias seguintes, nas enseadas generosas rio sul da Bahia, os 13 navios da maior amada já enviada às índias pela rota descoberta por Vasco da Gama permaneceriam reconhecendo a nova terra e seus habitantes. O primeiro contato, amistoso como os demais, deu-se já no dia seguinte, quinta-feira, 23 de abril. O capitão Nicolau Coelho, veterano das Índias e companheiro de Vasco da Gama, foi a terra em um batel e deparou-se com 18 homens “pardos, nus, com arcos e setas nas mãos”. Coelho deu-lhes um gorro vermelho, uma carapuça de linho e um sombreiro preto. Em troca, recebeu um cocar de plumas e um colar de contas brancas. O Brasil, batizado Ilha de Vera Cruz – depois Terra de Santa Cruz e finalmente Brasil -, entrava, naquele instante, no curso da História Europeia. Os Tupiniquins: Ao longo dos dez dias que passou no Brasil, a armada de Cabral tomou contato com cerca de 500 nativos. O primeiro grupo indígena que acabou entrando em contato com os europeus foram os Tupi-Guarani, pois habitavam a zona litorânea e naturalmente foram os primeiros silvícolas aculturados, dizimados ou expulsos das terras que habitavam. o tratado de Tordesilhas que demarcava as possessões portuguesas na América. Sarcasticamente o rei francês lhe retornou um comunicado perguntando: “onde estava o testamento de Adão que dizia que o mundo seria repartido entre Portugal e Espanha?” Finalmente, a expedição de Martim Afonso de Souza iniciou a colonização do Brasil, zarpando em 1530 de Portugal e fundando a primeira Vila, São Vicente, em 1532 (litoral de São Paulo). Antes de fundar a Vila de São Vicente, Martim Afonso teve que concluir outras missões como: fazer uma vistoria no litoral brasileiro, organizar expedições ao interior, ir até a foz da Bacia Platina e colocar um marco português no local (dando a entender que aquela região era uma possessão portuguesa) e finalmente então retornou até o litoral paulista para fundar a primeira Vila. O Pau-Brasil As primeiras atividades econômicas concentraram-se na extração do pau-brasil segundo o regime de estanco, isto é, sua exploração estava sob regime de monopólio régio (do rei). Como era costume, o rei colocou em concorrência o contrato de sua exploração (era o arrendamento da exploração do paubrasil ou concessão do direito de estanco), que foi arrematada por um consórcio de mercadores de Lisboa chefiado pelo cristão novo Fernão de Noronha, em 1502. No ano seguinte (1503) Fernão de Noronha montou uma expedição para a extração do pau-brasil e fez o primeiro carregamento do produto. Vale lembrar que a concessão do direito de exploração só era feita mediante o comprometimento dos exploradores com o pagamento de 1/5 do valor explorado como imposto. As Primeiras Expedições OBS: Cristãos Novos eram geralmente os judeus recém convertidos ao cristianismo. Esses indivíduos controlavam boa parte da economia portuguesa, mas mediante a perseguição que sofriam muitos abandonaram Portugal e suas antigas ocupações foram transferidas para nobres portugueses, muitas vezes não tão competentes. Desenho épico de uma Caravela Primeiras expedições: Entre 1501 e 1502, Portugal enviou a primeira expedição com a finalidade de explorar e reconhecer o litoral brasileiro (Expedição Exploradora). Com certeza, nessa expedição viajou o florentino Américo Vespúcio, que, posteriormente, em carta ao governante de Florença, Lourenço de Médici, irá declarar que não encontrou aqui nada de aproveitável. Apesar disso, constata a existência do pau-brasil, madeira tintorial conhecida dos europeus desde a Idade Média e de alto valor no mercado. Outro tipo de expedição foram as “Guarda-Costas”. Esse modelo de expedição era voltada à defesa do litoral da ação de corsários no saque do pau-brasil, principalmente. Destacam-se as expedições de Cristóvão Jacques em 1516 e 1526. Em 1526 Cristóvão Jacques capturou corsários franceses saqueando o litoral brasileiro. Esse evento levou o rei português a enviar uma carta ao rei da França questionando se ele por ventura não sabia sobre No Brasil, foram estabelecidas então as feitorias, que eram lugares fortificados e funcionavam, ao mesmo tempo, como depósito de madeira. Na África as feitorias funcionaram como mecanismos para o início da colonização, já no Brasil elas não assumiram essa finalidade, pois tinham caráter itinerante (não se fixavam) e isso impedia a formação de núcleos populacionais definitivos. O pau-brasil era explorado através do escambo, no qual os indígenas forneciam a mão-de-obra para corte, transporte e embarque da madeira, em troca de objetos de pouco valor para os portugueses, as bugigangas ou quinquilharias, que eram basicamente: espelhos, pentes, miçangas, tecidos coloridos, punhais, machadinhas. 4 OBS: Através de acordos diplomáticos, como o Tratado de Tordesilhas, Portugal tentou garantir o controle sobre vastas regiões no Atlântico Sul – destaque para a teoria do “Mare Clausum” (mar fechado). Por essa teoria os portugueses tentavam justificar que nenhuma nação deveria transitar pelo Atlântico Sul, já que Portugal controlava tanto a costa leste (África), quanto a costa oeste (Brasil). No final ninguém respeitou mesmo... b) por não poderem participar dos altos cargos políticos, os chapetones (descendentes de espanhóis) iniciaram intensos conflitos com os indígenas. c) os criollos enquanto espanhóis legítimos, ou seja, nascidos na Espanha realmente, nunca agrediram os indígenas na América. d) através do escambo, portugueses e indígenas efetivaram uma relação pacífica, pelo menos no início da colonização. e) o estanco era um comércio baseado na troca de bugigamgas por pau-brasil. EXERCÍCIOS 4. (UVV) "... Diziam os mareantes, que depois desse cabo não há nem gente nem povoado algum; a terra não é menos arenosa que os desertos da Líbia, onde não há água, nem árvores, nem erva verde; e o mar é tão baixo, que a uma légua da terra não há fundo mais que uma braça." O texto faz referência à época: 1. (UFES) Dentre as principais razões para o pioneirismo português na Expansão Marítima dos séculos XV e XVI podemos destacar: a) a assinatura do Tratado de Tordesilhas, que determinava uma colonização de exploração para o Brasil com predomínio do catolicismo e com direito à miscigenação. b) a conquista de Constantinopla pelos portugueses e turcos em 1453. c) a Revolução de Avis e a grande influência da burguesia. d) O forte interesse português em áreas litorâneas, diferente dos espanhóis que preferiam zonas interioranas. e) um Estado Liberal descentralizado, voltado para a atividade da guerra contra os mouros. a) das Grandes Navegações no início da Idade Média; b) da Revolução Industrial na Idade Contemporânea; c) do expansionismo marítimo lusitano; d) das navegações fenícias; e) do neocolonialismo. 5. (UFES) A esquadra enviada por D. Manuel, rei de Portugal, às Índias, sob o comando de Pedro Álvares Cabral, tinha como objetivo: 2. (FGV) Ir às Índias era o grande objetivo de Portugal com o Périplo Africano, mas o descobrimento do Brasil também foi parte do plano imperial da Coroa Portuguesa, no século XV. Marque a opção correta com relação ao estabelecimentos dos domínios portugueses: a) tomar posse oficialmente do Brasil e estabelecer uma sólida relação comercial e política com os povos do Oriente; b) procurar outro caminho que conduzisse ao Oriente sem utilizar o Mediterrâneo; c) combater a pirataria nas Colônias portuguesas na costa oeste da África; d) confirmar a existência de minas de metais preciosos no sul da Ásia; e) verificar as possibilidades de exploração de mão-de-obra escrava. a) A França nunca foi uma rival na corrida colonial durante o século XVI, daí a falta de interesse português em firmar acordos com franceses. b) O Tratado de Tordesilhas estabelecia a divisão territorial americana entre Portugal e França. c) A esquadra de Cabral seguia a mesma rota de Colombo para chegar às Índias. d) a posse de terras no Atlântico ocidental consolidava a hegemonia portuguesa neste Oceano – o controle do Atlântico sul por Portugal ficou conhecido como “Mare Clausum”. e) Cabral chegou ao Brasil através de uma grande casualidade. A descoberta do Brasil foi mero acaso, provocado pelas intempéries que desviaram a esquadra da rota da Índia. 6. (FAESA) Destaca-se como resultado das descobertas e da expansão luso-espanhola nos tempos modernos a: a) diminuição do comércio entre Europa e Novo Mundo, com a hegemonia do mar Mediterrâneo; b) formação de novos impérios na África e na Ásia, com a ampliação do comércio entre os dois continentes; c) defesa das culturas nativas das Américas pelo Clero e pelo Estado; d) abertura de uma nova era de navegação e comércio, não mais concentrada no Mediterrâneo e sim no Oceano Atlântico com destaque para a tentativa portuguesa de controle do mesmo. 3. (UFMG) Marque a opção correta quanto ao relacionamento entre índio e portugueses durante os primeiros contatos: a) contatos marcados pela agressividade violência por parte dos silvícolas. e 5 e) preservação da autonomia política das nações conquistadas, a exemplo do México e do Peru. população que aqui se estabelecia, sobretudo na zona litorânea. Motivos para a implantação da cana: 7. (UnB) Pelos dados do mapa abaixo, entendemos A. alto valor do produto no mercado europeu B. clima e solo favorável no Brasil (destaque especial para o solo massapê) C. experiência portuguesa na produção de cana nas ilhas atlânticas (Açores e Madeira) D. forte influência do capital holandês – os holandeses/batavos/flamengos/neerlandeses participaram da produção de açúcar no Brasil financiando os engenhos, fazendo o frete do produto até a Europa, compravam grande parte do açúcar português, refinavam, revendiam e obtinham altos lucros. E. a cana-de-açúcar também fixaria o colono à terra. tratar-se: O sistema de produção da cana: A. Plantation – sistema produtivo voltado para o barateamento da produção. B. subdivisões do Plantation: monocultura, latifúndio, mão-de-obra escrava e produção voltada para o mercado externo. C. O Feitor: o feitor era uma espécie de capataz encarregado do bom andamento da agromanufatura da cana. Estavam sob sua responsabilidade o gerenciamento dos escravos, o funcionamento da casa de purgar, a moagem e, em alguns casos, até mesmo a captura de escravos fugitivos – trabalho classicamente feito pelo capitão do mato. a) do roteiro de Martin Afonso de Sousa; b) da viagem de Cabral; c) da expedição exploradora de Gaspar de Lemos; d) de uma das expedições guarda-costas de Cristóvão Jacques; Capítulo II - Estrutura Produtiva da Cana-de-Açúcar. O Período Colonial Tipos de engenhos: A. Engenhocas: caracterizado pela produção de cachaça B. Trapiches: caracterizado pelo uso da força motriz animal C. Engenhos Reais: caracterizado pelo uso da roda d’água (estrutura mais tecnologicamente avançada para a produção de açúcar). OBS: o engenho era basicamente composto por uma casa grande (casa do senhor), senzala (dormitório dos escravos), capela (núcleo religioso) e pela moenda (local da agromanufatura da cana). As Comunidades Nativas Mapa das capitanias hereditárias Introdução A colonização do Brasil foi iniciada fundamentada no plantio da cana-de-açúcar entregue à iniciativa privada, pois a Coroa portuguesa não possuía recursos para financiar tamanho empreendimento. Por isso mesmo vamos estudar dentro do período colonial cada um dos métodos desenvolvidos pela Coroa portuguesa para a implementação da agromanufatura da cana e para gerenciar a Histórico As comunidades indígenas chegaram ao continente americano muito antes dos portugueses, mas ainda não recebem a devida atenção no reconhecimento de seu legado histórico, talvez até mesmo porque reproduzimos, em grande parte, a visão etnocêntrica portuguesa. 6 1º - Atualmente existem duas teorias sobre a chegada dos primeiros habitantes ao continente americano: a teoria de Bering (entre 50 mil e 12 mil anos atrás) e a do Pacífico ou Tansoceânica (cerca de 10 mil anos atrás, mas existem controvérsias). Brasil, todos no município de Aracruz. Essas comunidades brasileiras eram fundamentadas em uma economia de subsistência, viviam em propriedades comunais, não tinham divisões de classes sociais, eram politeístas animistas (elementos da natureza), o trabalho era dividido por sexo e idade – homens cuidam da caça, da guerra, enquanto as mulheres cuidam das crianças, da agricultura, desenvolviam atividades artesanais e preparavam os alimentos. O pajé e o cacique, geralmente homens mais velhos da tribo, garantiam a transmissão dos conhecimentos (oralidade) e dividiam tarefas. 5º - Inicialmente as comunidades indígenas tiveram uma relação pacífica com os colonizadores (ou conquistadores?) através do escambo. No entanto, após o breve momento inicial, acabaram escravizados ou submetidos culturalmente. Vale lembrar que quando foi ratificado o Tratado de Tordesilhas, Espanha e Portugal não levaram em consideração interesses dos gentios, portanto temos aí a visão europeia: os interesses dos ameríndios não faziam parte dos ideais dos povos “civilizados”. As vezes ainda fazemos o mesmo com alguns seguimentos sociais de pouca representatividade política. Por fim a escravidão indígena sofreu restrições e os religiosos acabaram beneficiados, pois submeteram os nativos aos seus interesses (não era escravidão) e ampliaram sua força militar, suas capacidades produtivas e suas posses. Apesar de todas as restrições impostas pelos colonizadores, o legado cultural indígena à sociedade brasileira está vivo nos nossos hábitos mais cotidianos, como o hábito de dormir em redes, na nossa dieta alimentar baseada em frutas, peixes, batatas e milho, bem como nas numerosas palavras indígenas agregadas ao nosso vocabulário, entre outras inúmeras contribuições. 2º- Os índios (ou gentios, ou ameríndios, ou silvícolas, ou nativos) estavam espalhados por todo continente americano no momento do contato com os europeus e existem indícios de que seriam cerca de 80 milhões de nativos, que estavam em várias classificações de complexidades sociais. Algumas tribos receberam destaque como: Astecas, Maias e Incas. Essas comunidades mantinham grandiosas estruturas administrativas, arquitetura rebuscada e dominavam grandiosas extensões territoriais. No entanto, a maioria das comunidades nativas americanas não possuíam as mesmas características de Astecas, Maias e Incas. No Brasil, os nativos estavam enquadrados em condições sociais referentes ao Paleolítico e o Neolítico, viviam basicamente da caça, pesca e coleta, apenas parte das comunidades já haviam desenvolvido a agricultura e podiam ser enquadrados como sedentários. Portanto não podemos generalizar essas comunidades e talvez seja preciso rever nossos padrões de referência e entender que cada tribo pode possuir características únicas. A Escravidão Negra O trabalho escravo do índio foi utilizado nos primórdios da colonização, mas com a implantação do Governo-Geral, começa um processo de substituição do gentio pelo negro africano enquanto escravo no Brasil. Atenção queridos alunos, aqui é o professor Rodrigo Simão para avisar que as questões de etnia são sempre muito importantes para o ENEM. 3º - A antiga visão de um nativo que vivia em equilíbrio com o meio atualmente é questionada, pois alguns estudiosos entendem que o gentio também depredava, mas em escala menor. Essas comunidades são geralmente dividas em troncos linguísticos como: Jês, Nuaruaques, Caraíbas e Tupis. Estes, os Tupis, foram os primeiros a entrar em contato com os portugueses e, portanto, os primeiros aculturados, acometidos por doenças, massacrados em conflitos ou que fugiram para o interior. Principais motivos dessa substituição: A. 1° motivo: o alto lucro gerado pelo tráfico de escravos à burguesia metropolitana (“O tráfico justificava a escravidão negra”). B. 2° motivo: o interesse da Igreja em manter o índio livre e usá-lo como mão-de-obra em suas atividades (não como escravo). 4º - Atualmente existem cerca de 220 grupos tribais no Brasil e em torno de 50 ainda não fizeram contato. No Espírito Santo temos núcleos como Comboios, Caieiras Velha e Pau- Bantos, sudaneses e malês principais grupos trazidos para 7 foram os o Brasil. Resistiam à escravidão fugindo, formando quilombos, matando seus senhores, provocando abortos, suicidando e pelo banzo (espécie de morte por depressão). autoestima e ainda fixava padrões sociais que não prestigiavam as comunidades negras. 3º - Ainda vale destacar que a Constituição de 1988 ratificou o racismo como crime inafiançável e imprescritível, o que abriu uma série de questionamentos, que apesar das polêmicas, procuram encontrar um caminho para uma sociedade mais justa. O Quilombo de Palmares (1580 – 1694): A. localizado na Serra da Barriga – Alagoas B. formado por um aglomerado de núcleos populacionais chamados de mocambos. C. o mocambo mais famoso foi o de Cerca Real dos Macacos (espécie de capital de Palmares) era autossuficiente e teve seu auge durante as invasões holandesas (a instabilidade facilitava a fuga dos escravos). D. líderes: Ganga-Zumba e Zumbi (Ganga – Zumba tentou fechar um acordo com o governo, que consistia na entrega dos escravos recém chegados à Palmares aos seus devidos “proprietários”. Em troca, o governo concederia a garantia de liberdade aos escravos nascidos no quilombo. Não concordando com o acordo, Zumbi e seus seguidores assumiram a liderança do quilombo). E. Domingos Jorge Velho foi bandeirante que destruiu Palmares em 1694, mas só matou Zumbi em 1695 – 20/11/1695 é o dia da morte de Zumbi, atualmente o dia 20 de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra, pela forte simbologia que a figura de Zumbi tem no movimente de luta pelos direitos dos negros no Brasil. O Histórico da Escravidão Negra Justificativas da Discriminação: e Pacto Colonial Forma de subordinação da colônia aos interesses da metrópole. A colônia só podia vender e comprar da metrópole. Essa relação também é conhecida como “Exclusivo Metropolitano”. as 1º - A escravidão ganhou força após o contato entre europeus e africanos, sobretudo durante o Périplo Africano. Os europeus entraram em contato inicialmente com o norte da África, região dominada por povos muçulmanos, e justificaram a escravidão nesse momento como uma oportunidade de doutrinação cristã. A escravidão trouxe muitos lucros e logo a inicial referencia religiosa deixou de ter peso, pois os nativos das áreas centro e sul da África não conheciam a religião muçulmana. Foi então que surgiu a questão da cor como justificativa, na prática, a questão financeira sempre foi o maior interesse. Sociedade Colonial do Ciclo da Cana (séculos XVI e XVII) SENHORES 2º - O legado de discriminação que recaiu sobre as comunidades negras ainda pode ser percebido quando alguns relacionam a religião africana com práticas demoníacas, ou seja, utilizam uma cultura religiosa de herança europeia para classificar outra que não compreendem (Eurocentrismo). Outra relevante manifestação desse legado de discriminação era o papel desempenhado por negros em novelas ou filmes. Geralmente ocupavam papéis como empregados domésticos, motoristas, entre outros. Essa massificação não colaborava com a ESCRAVOS Principais Características: a) bipolar (sem mobilidade social – estratificada e estamental) b) rural; c) patriarcal; 8 d) e) f) g) aristocrática; escravista; não há desenvolvimento de mercado interno; baixo índice populacional (entre 150 e 300 mil habitantes) A. Ocupava o segundo lugar na pauta de produtos exportados pela colônia. B. Fumo, aguardente e armas de fogo eram os principais produtos utilizados no escambo por escravos na África. C. Seu cultivo era feito em áreas específicas do litoral da Bahia e Alagoas. D. Era frequentemente plantado em currais, pois desgastava o solo facilmente e o estrume colaborava como um fertilizante no plantio. Agregados: eram trabalhadores livres, como carpinteiros, ferreiros, artesãos, boiadeiros, mestres de engenho. Não chegaram a formar oficialmente uma classe social; viviam flutuando na sociedade bipolar da cana. O Algodão: A. Papel secundário na economia do século XVI – fornecia apenas roupa para escravos. B. Produção centralizada na capitania de Itamaracá – mínima exportação C. Com a Revolução industrial no século XVIII a procura pelo algodão aumentou significativamente, principalmente após a independência dos EUA em 1776 (ex-colônia da Inglaterra e seu maior fornecedor de matéria-prima até então). Atividades Complementares A Pecuária: A. Desenvolvida no interior do Nordeste (implantada como auxílio à produção de cana, no litoral, acabou sendo realmente expressiva durante o ciclo da cana no interior da região Nordeste). B. Servia como força motriz no engenho (mover a moenda), transporte, comida e vestimenta. C. Era uma atividade voltada para o mercado interno (por isso não interessa tanto à burguesia metropolitana). D. Desenvolvida geralmente com mão-de-obra de índios ou mestiços. E. Mão-de-obra geralmente livre F. Pagamento “in natura” (pagamento em mercadorias – em reses / rebanhos) G. Destaque para a pecuária desenvolvida ao longo do rio São Francisco – também conhecido como “Rio dos Currais”. H. No Nordeste a pecuária criou uma sociedade conhecida como “Civilização do Couro”, enquanto à partir do século XVIII se desenvolveu no centro-sul a chamada “Charqueada”, uma nova atividade pecuarista que ocupava os pampas gaúchos e usava tanto mão-de-obra livre, quanto escrava. EXERCÍCIOS 1 – (FDV – Modificada) A única forma de ocupação do Brasil por Portugal era através da colonização. Era necessário colonizar simultaneamente todo o extenso litoral. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da: a) criação do sistema de governo geral; b) criação e distribuição de sesmarias; c) criação das capitanias hereditárias; d) doação de terras a colonos; e) sistema de parceria. 2. (UFMG) O pelourinho, a Igreja, o Forte e a Cadeia são elementos que caracterizam a função de uma vila colonial. A primeira vila assim fundada no Brasil foi a de: Drogas do Sertão: A. Definição: produtos valiosos no mercado europeu, caracteristicamente tropicais, também conhecidas como “Novas Especiarias” ou “Especiarias Americanas” (urucum, guaraná, ervas medicinais como a salsaparrilha, castanhas...). B. A exploração se desenvolveu por toda região do Norte brasileiro até o Maranhão (destaque para a exploração ao longo do vale amazônico). C. Destaque para a atuação jesuítica na exploração das drogas do sertão (os jesuítas tinham isenção de impostos para explorarem as drogas do sertão, alegavam que os produtos extraídos eram para fazer caridade na Europa). D. Utilização, em grande parte, da mão-de-obra livre indígena. a) São Vicente b) Salvador c) Olinda d) Porto Seguro e) n.d.a. 3. (UFRJ) Atividade econômica desenvolvida ao longo do vale amazônico com forte participação de religiosos, sobretudo jesuítas: a) b) c) d) e) Pecuária Drogas do Sertão Algodão Tabaco Cana-de-açúcar 4. (UFPR – verdadeira: O Tabaco: Modificada) Marque a opção I – Quilombos eram núcleos de foragidos autosuficientes. 9 II – Zumbi foi o maior líder do quilombo de Palmares. III – Domingos Jorge Velho destruiu Palmares no século XVIII. a) b) c) d) e) Somente Somente Somente Somente I, II e III economia portuguesa devido a queda do comércio das especiarias) B. Também era uma forma de garantir o início da colonização efetiva e preservar o território para os portugueses. a I é correta. a II é correta. a III é Correta. I e II são corretas. são corretas. Principais características do processo de implantação das capitanias: A. Primeiro sistema político-administrativo implantado no Brasil B. Sistema anteriormente utilizado na colonização da África. C. O Brasil foi dividido em 15 lotes, com 14 capitanias, entregue a 12 donatários. D. Somente São Vicente e Pernambuco podem ser consideradas prósperas economicamente. E. Apesar do relativo fracasso econômico, as capitanias cumpriram seu objetivo primário: o início da colonização efetiva do litoral brasileiro. F. Todo donatário tinha o direito de doar lotes de terra chamados de “sesmarias” (o donatário agia como uma espécie de governador / administrador da capitania e recebia uma sesmaria particular para plantar cana-de-açúcar – no Espírito Santo essa sesmaria de Vasco Fernandes Coutinho ficou conhecida como Sítio do Ribeiro, em Vila Velha). 5. (UVV – Modificada) A sociedade do Ciclo da Cana pode ser classificada como: a) rural, estratificada e com mobilidade social. b) bipolar, com mercado interno desenvolvido e urbana. c) bipolar, rural e patriarcal. d) estamental, urbana e rural. e) marcada por uma classe intermediária, escravista e aristocrática. 6. (UFF - modificada) O Plantation foi desenvolvido para garantir maior produtividade e lucratividade para a Coroa no plantio da canade-açúcar e consistia basicamente em: a) monocultura, minifúndio e escravidão. b) policultura, latifúndio e escravidão. c) Produção voltada para o mercado interno e mão-de-obra livre. d) Latifúndio, mão-de-obra livre e latifúndio. e) Escravidão, latifúndio e monocultura. Capítulo III COLONIAL – Documentação / Legislação: A. Carta de Doação – garantia ao donatário o direito de usufruto da terra. B. Foral – estabelecia os direitos e deveres do donatário - Os donatários recebiam poderes políticos, judiciários e administrativos de que lhes advinham vantagens econômicas como a fundação de Vilas, concessão de sesmarias, redízima (1/10) das rendas da Coroa, vintena (5%) sobre o valor do pau-brasil explorado e da pesca da capitania, cobrança de tributos sobre todas as salinas, moendas de água (rodas d´água) e engenhos (só podiam ser construídos com a sua licença). ADMINISTRAÇÃO As Capitanias Hereditárias OBS: Apesar de ter o poder descentralizado, o sistema de capitanias hereditárias não pode ser confundido com o sistema feudal, pois os donatários eram obrigados a prestar obediência a Portugal e todas suas funções eram exercidas em nome do rei. No Brasil a mão-de-obra era escrava e a produção voltada para o mercado externo, enquanto na Europa feudal a mãode-obra era servil e a produção predominantemente de subsistência. Principais motivos para o relativo fracasso das capitanias: Capitanias e seus respectivos donatários A. Falta de contato entre as capitanias (dificultava a solicitação de ajuda). B. Ataques de índios e corsários. C. Escasso número de colonos. D. A grande distância da metrópole encarecia os fretes. Motivos para sua implantação: A. Intenção da Coroa em transferir o início da colonização para a iniciativa privada devido a falta de recursos da Coroa (decadência da 10 E. Falta de recursos da Coroa e dos donatários. (Padroado Real) na época. O Primeiro Bispo do Brasil foi D. Pero Fernandes Sardinha; Trouxe para o Brasil os primeiros padres jesuítas, destaque para Manuel da Nóbrega, líder da Companhia de Jesus no Brasil (Anchieta chegou com o segundo governador, Duarte da Costa). Implementou a agricultura de Cana-deaçúcar, autorizando a importação de gado da áfrica para dar suporte à produção. Permitiu a escravização de índios considerados rebeldes (era o conceito da “Guerra Justa” – quando as comunidades tribais lesavam financeiramente os colonos, era aprovada a decretação de uma ação de extermínio ou escravização daquela tribo). As Câmaras Municipais: Definição: núcleo de poder local (como eram vários núcleos, a administração se caracterizava como descentralizada). Principais características municipais: das câmaras A. Formada pelos “homens bons” (proprietários rurais) B. Elegiam um representante dos interesses locais: o juiz ordinário C. O caráter descentralizador das Câmaras Municipais não interessava à Coroa portuguesa. B. Duarte da Costa (1553-1558) Em seu governo houve conflitos entre jesuítas e colonos. O motivo: a escravização indiscriminada de índios. Outros padres jesuítas chegaram ao Brasil, entre eles José de Anchieta; Os índios organizaram a Confederação dos Tamoios, com o objetivo de combater os portugueses escravizadores e, se aliaram aos franceses invasores no Rio de Janeiro. Em 1555, os franceses, ajudados pelos tupinambás, invadiram a região do Rio de Janeiro, onde fundaram uma colônia denominada França Antártica. Essa colônia era para ser um núcleo calvinista na América. Em 1554, os jesuítas fundaram no Planalto de Piratininga, o Colégio de São Paulo de Piratininga que daria origem à cidade de São Paulo. Atenção queridos alunos, aqui é o professor Rodrigo Simão para avisar que os temas administrativos são cobrados mais supeficialmente, geralmente. C. Mem de Sá (1558-1572) Diante da resistência dos índios em relação ao trabalho nas lavouras de cana, o governador proibiu a escravização indiscriminada de silvícolas. Com essa medida deu início ao processo de desarticulação da Confederação dos Tamoios. Enfraquecendo a Confederação dos Tamoios, minava a base de apoio que os franceses tinham no Rio de Janeiro. Para compensar a defasagem de mão-deobra na lavoura canavieira, incentivou a escravidão de negros nessas áreas. Com a ajuda de Estácio de Sá, centralizou os combates contra os franceses no Rio de Janeiro, a partir da fundação do Forte de São Sebastião do Rio de Janeiro, que daria origem à cidade de mesmo nome. Expulsou os franceses em 1567; OBS: com o advento da implantação do GovernoGeral, a Coroa iniciou a substituição dos juízes ordinários pelos juízes de fora (um reinol – oriundo de Portugal) como forma de preservar seus interesses sobre cada instância na colônia – clara tentativa de promover centralização administrativa. O Governo-Geral: Modelo administrativo criado através do Alvará de 1548. Entrou em vigor no Brasil com a chegada do primeiro governador-geral em 1549 – Tomé de Souza. Foi criado com o objetivo de centralizar a administração da colônia sem acabar com as capitanias hereditárias e tinha também a atribuição de dar suporte aos capitães donatários. Pela primeira vez o governo português se fez representar oficialmente no Brasil. OBS: A instalação do Governo-Geral do Brasil não implicou na extinção das capitanias hereditárias. As capitanias privadas seriam definitivamente extintas pelo Marquês de Pombal, em 1759. A Estrutura Política e Jurídica: Estava baseada no Regimento Geral, documento que continha todas as atribuições dos governadores-gerais. Os auxiliares dos governadores eram: O Provedor-Mor (Encarregado da Administração) O Ouvidor-Mor (Encarregado da Justiça) O Capitão-Mor (Encarregado da Defesa) Os Principais Governadores: OBS: Mem de Sá governaria até 1572, quando morreu na Bahia. Após sua morte o Brasil foi dividido em dois governos: o Governo ou Repartição do Norte, com capital em Salvador, e o Governo ou Repartição do Sul, com capital no Rio de Janeiro. Em 1578 voltou- se ao governo único. A. Tomé de Sousa (1549-1553) Fundou a cidade de Salvador para ser a sede do Governo-Geral, em 1549. Criou o Primeiro Bispado do Brasil, reflexo da relação entre Portugal e a Igreja Católica 11 A Companhia de Jesus no Brasil portuguesa e tomando a Coroa portuguesa. Segundo Filipe tomou o poder por força de seu sangue português, palavras, armas e dinheiro. Juramento de Tomar: Portugal assinou um acordo com a Espanha exigindo ser reconhecido como uma nação aliada e não subjugada, preservando sua língua e os interesses da burguesia lusa. Com essa união Portugal atraía para si os inimigos da Espanha (Inglaterra, França e Holanda). Conseqüência da União Ibérica A. Perda de valor do Tratado de Tordesilhas. B. Intensificação das expedições ao interior. C. Expansão da pecuária. D. Domínio mais efetivo de Portugal sobre o Norte e Nordeste do Brasil (graças a acordos e a construção de fortes para impedir possíveis invasões francesas) E. Invasão Francesa no Maranhão – França Equinocial (1612 – 1615). F. Invasões Holandesas (1ª 1624 – 1625 / 2ª 1630 – 1654) G. Perda portuguesa da maior parte de sua frota em combates contra os inimigos da Espanha. H. Perda colonial portuguesa na África, Ásia e provisoriamente no Brasil. Representação jesuítica do século XVI A Companhia de Jesus, cujos membros são conhecidos como Jesuítas, foi fundada em 1534 por Inácio de Loyola. Inicialmente seu objetivo era "desenvolver trabalho de acompanhamento hospitalar e missionário em Jerusalém, ou para ir aonde o Papa nos enviar, sem questionar". Era uma organização rigidamente disciplinada, enfatizando a absoluta auto-abnegação e a obediência ao Papa e os superiores hierárquicos (perinde ac cadaver, disciplinado como um cadáver, nas palavras de Inácio). O seu grande princípio tornou-se o lema dos jesuítas: "Ad Majorem Dei Gloriam" (tudo por uma maior glória de Deus). Enquanto instituição fundada no contexto da Contra-Reforma, acabou assumindo um perfil militar, voltada a garantir os interesses da Santa Igreja Católica. No Brasil, sobretudo, através da catequese. O primeiro líder da Companhia de Jesus no Brasil foi Manuel da Nóbrega e o segundo, José de Anchieta. Ordenações Filipinas 1603 A. Conjunto de leis instauradas por Filipe II, em substituição às Ordenações Manuelinas (apesar de ser uma espécie de reforma, seguia à risca os costumes e tradições portuguesas, quase como uma cópia das Ordenações Manuelinas) B. Essas novas leis criavam as províncias do Maranhão e do Grão-Pará em 1621/ regiões já a oeste de Tordesilhas. Fundavam a cidade de Santa Maria do Belém do Pará na foz do rio Amazonas / vigiavam a via que podia levar corsários até as minas de Potosí, na Bolívia (território dos aliados dos portugueses, os espanhóis). A União Ibérica (1580-1640) A Restauração Monárquica A. A Restauração Monárquica é o momento final da União Ibérica e início de uma dinastia portuguesa e “independente” (na verdade os portugueses poderiam ter um rei próprio, mas se tornaram extremamente dependentes da Inglaterra com o fim da União Ibérica). B. Uma nova política surgiu em Portugal após a União Ibérica: surgiram novos órgãos como o Conselho de Guerra, Conselho ou Junta dos Três Poderes, Conselho Ultramarino 1642 (órgão responsável por cuidar dos interesses “ultramar” ou “além-mar” portugueses colônias). A união entre Espanha e Portugal. Definição: Período de união entre Portugal e Espanha. O rei de Portugal, D. Sebastião, foi dado como desaparecido na batalha de Alcacer-Quibir, no norte da África, em 1578. Como não deixou herdeiros, seu tio-avô, D. Henrique (cardeal), assumiu o trono. Dois anos depois, D. Henrique morre e o trono português vai ser reivindicado pelo rei da Espanha, Filipe II. Este como tio de D. Sebastião acaba subjugando a elite EXERCÍCIOS 1. (UFPE – 2006) No período da expansão marítima portuguesa, as conquistas de novas terras modificaram hábitos e relações sociais. 12 Houve uma euforia em face da exploração e da conquista de riquezas. Procurou estabelecer, com o sistema de capitanias hereditárias, o domínio sobre suas terras na América. Esse sistema: ( ) foi muito bem sucedido na descoberta do ouro e da prata, e propiciou o enriquecimento do governo português e da sua poderosa burguesia. ( ) fracassou, frustrando Portugal em seus objetivos e levando-o a abandonar as terras conquistadas. ( ) não foi amplamente bem sucedido, mas garantiu maior posse sobre as terras conquistadas e a consolidação de poderes para a Metrópole. ( ) na região Norte, fracassou; mas obteve sucesso nas outras regiões com a lavoura açucareira. ( ) no século XVIII, conseguiu êxito, graças à ajuda da Espanha durante a União Ibérica (1580-1640). (16) A Igreja no século XVII e, posteriormente, a Medicina no século XIX exerceram importante papel no rompimento com o preconceito racial do qual os afrodescendentes foram alvo no Brasil. (32) No Brasil Colônia imperava o patriarcalismo, definido como a autoridade exercida pelas mulheres sobre os homens naquela sociedade. (64) a exploração do escravo em atividades manuais fez com que estas fossem consideradas impróprias para um homem livre, preconceito que perdurou durante muito tempo no Brasil. SOMA: ____________ 3. (UFMG – 2006) Em pouco mais de cem anos, a ênfase passa do controle dos moradores para o dos escravos fugidos, do olhar metropolitano ao colonial, e uma figura central emerge: a do capitão-do-mato [...]. O termo capitão-do-mato já aparece em diversos documentos coloniais desde meados do século XVII [Contudo o cargo foi normatizado apenas no início do século XVIII.] Que terá acontecido no período que vai de meados do século XVII às primeiras décadas do século XVIII para que essa ocupação se estabelecesse tão firmemente na vida colonial? 2. (UFSC – 2006) Maria Diamba Para não apanhar mais Falou que sabia fazer bolos Virou cozinha. Foi outras coisas para que tinha jeito. Não falou mais. Viram que sabia fazer tudo, Até mulecas para a Casa-Grande. Depois falou só, Só diante da ventania Que ainda vem do Sudão; Falou que queria fugir Dos senhores e das judiarias deste mundo Para o sumidouro. REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos (Orgs.). "Liberdade por um fio". São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p.85. Considerando-se as informações desse texto, é CORRETO afirmar que o crescente fortalecimento do cargo de capitão-do-mato, entre meados do século XVII e início do século XVIII, se explica como conseqüência da a) interiorização da população em direção à área das drogas do sertão, o que resulta numa ocupação desordenada desses espaços produtivos por brancos e negros. b) explosão demográfica ocorrida na região das minas dos Goiases e de Cuiabá, que implica um adensamento populacional propício às desordens e violência, sobretudo as praticadas por escravos fugidos. c) urbanização do Nordeste, derivada da crise açucareira, gerada pela expulsão dos holandeses, crise que promove, nas vilas e arraiais, a concentração de escravos, que, até então, trabalhavam nos engenhos. d) dificuldade das campanhas para a destruição do quilombo de Palmares e a possibilidade do surgimento de novos e resistentes núcleos de quilombolas tanto no Nordeste quanto em outras áreas de interesse metropolitano. (LIMA, Jorge de . Poemas Negros. In: "Os melhores poemas". São Paulo: Global, 1994. p. 60) Sobre a escravidão no Brasil, é CORRETO afirmar que: (01) A escravidão de africanos destinou-se a fornecer mão-de-obra para a indústria, em crescente expansão no Brasil do século XVII. (02) O mercado de escravos provocou a desagregação social dos grupos de africanos que foram transportados para o Brasil. (04) Algumas tribos africanas exerciam papel ativo o tráfico, facilitando o comércio de escravos pelos europeus e trocando prisioneiros de nações rivais por mercadorias. (08) Os quilombos, como Palmares, foram locais de refúgio e socialização dos escravos que conseguiam escapar de seu cativeiro. 4. (UNIFESP – 2006) Para um homem ter o pão da terra, há de ter roça; para comer carne, há de ter caçador; para comer peixe, pescador; para vestir roupa lavada, lavadeira; ... e os que não podem alcançar a tanto número de escravos, ou 13 passam miséria, realmente, ou vendo-se no espelho dos demais lhes parece que é miserável a sua vida. (Padre Vieira, 1608-1697) III. Na América, a Coroa portuguesa reconheceu a liberdade dos índios, mas na África estimulou o negócio negreiro. IV. Possibilitou a colonização da África como concorrencial em relação à colonização do Brasil. V. Estimulou o intercâmbio alimentar e de costumes entre a África e a América, deixando um legado cultural aos povos americanos. O texto mostra que, para se viver bem na Colônia, seria preciso ter, sobretudo, a) escravos. b) terras. c) animais. d) cultura. e) habilidades. Estão corretas as afirmações: a) I, II e III, apenas. b) II, III e IV, apenas. c) I, III e V, apenas. d) II, III, IV e V, apenas. e) I, II, IV e V, apenas. 5. (PUCCAMPINAS – 2005) Em sua obra, se acentuam os contrastes de requinte e fartura das casas-grandes com a promiscuidade e a miséria das senzalas, a sensualidade desenfreada e a subserviência dos homens do eito. Mas há também o homem e a paisagem. Certamente a observação se concentra na zona açucareira do Nordeste, rica de tradições que datam do século XVI, no momento em que se decompõe essa estrutura tradicional por força de uma nova ordem econômica. 7. (UFRJ – 2004) As Câmaras municipais foram instituições fundamentais em todos os lugares onde houve a presença do Império ultramarino lusitano. Na América portuguesa não foi diferente, pois nas principais aglomerações urbanas elas exerciam um papel político essencial. (Antonio Candido & José Aderaldo Castello. "Presença da Literatura Brasileira - Modernismo". 6.ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Difel, 1977). Considere as seguintes afirmações, referentes à caracterização dessas instituições. O texto refere-se a um período da evolução histórica brasileira em que I. Eram os canais de expressão política das elites locais, dos "homens bons" residentes nas diferentes vilas coloniais. Através da ocupação dos cargos na Câmara, essas elites expressavam suas demandas junto aos poderes centrais, como os governadores e a própria Coroa. II. Eram órgãos legislativos dedicados à aplicação das Ordenações Filipinas, sendo a eleição para os cargos camarários feita pelo voto direto e democrático do conjunto da população. III. Eram corpos deliberativos para os quais podia ser elegível a maior parte da população, excetuando-se somente os escravos africanos e os indígenas. a) o poder político do senhor de engenho era assegurado pela monarquia portuguesa através da sua designação para os mais altos cargos da administração colonial. b) a sociedade brasileira caracterizava-se pelas relações de cordialidade entre senhores e escravos, forjando os princípios essenciais da democracia racial no país. c) o universo social, marcado por uma rígida estratificação, limitava o desenvolvimento dos demais segmentos da população situados entre a camada senhorial e os escravos. d) a adoção de formas de trabalho compulsório no litoral brasileiro constituiu uma adaptação dos tradicionais institutos de servidão e vassalagem às áreas coloniais. e) as dificuldades de adaptação às áreas coloniais levaram os europeus a organizar uma sociedade com mínima diferenciação entre os seus vários segmentos. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas III. c) Apenas I e II. d) Apenas I e III. e) Apenas II e III. 6. (UFSCAR – 2004) Sobre o tráfico negreiro, consolidado pelos portugueses no Atlântico, são apresentadas as afirmações seguintes. Capítulo IV ESTRANGEIRAS – INVASÕES As Invasões Estrangeiras I. Garantiu o poder da metrópole no Brasil, assegurando a transferência da renda do setor produtivo para o setor mercantil. II. II. Reduziu-se ao comércio de africanos entre a África e a América, sem modelar o conjunto da economia, da sociedade ou da política da América portuguesa. Países como França e Inglaterra nunca aceitaram a forma como se operou a partilha de terras, descobertas e a se descobrir, entre Portugal e Espanha (Tratado de Tordesilhas); 14 As invasões holandesas função da União Ibérica; ocorreram em França Equinocial (1612-1615) A. Foi fundada no Maranhão por uma leva de franceses comanda por Daniel de La Touche. B. O interesse francês por essa região ligava-se à entrada natural (Rio Amazonas) que levava ao Vice-Reinado do Peru, grande centro de exploração de prata da América Espanhola, ainda tinham interesse na exploração das drogas do sertão, peles e madeira. C. Os franceses fundaram no Maranhão o Forte de São Luís, em homenagem ao rei Luís XIII. Mais tarde, depois de tomado pelos portugueses, esse forte daria origem à cidade de São Luís. D. Em 1615, Jerônimo de Albuquerque, liderando forças luso-espanholas, expulsou os franceses da região (os franceses entram em comum acordo com espanhóis e portugueses e vão para a margem esquerda do rio Oiapoque – atualmente é a Guiana Francesa). As Invasões Francesas Os franceses eram antigos freqüentadores do litoral brasileiros desde a época do Período Pré-colonial. Envolveram-se com os índios e chegaram a fundar feitorias ao longo do litoral, onde, armazenavam o pau-brasil que exploravam. França Antártica (1555-1567) OBS: As Invasões Inglesas: ao contrário dos franceses, os ingleses não fundaram colônias no Brasil. Os ataques desses corsários limitaram-se às pilhagens de vilas ao longo do litoral, assim como o roubo de navios que partiam carregados de açúcar para a Europa. As Invasões Holandesas Principais Motivos A. Rompimento das boas relações entre Portugal e Holanda após a União Ibérica. B. O histórico conflito entre Holanda e Espanha C. Adoção do protestantismo na Holanda e, a partir daí passamos a ter, de fato, uma situação de conflito: uma metrópole católica e uma possessão protestante. D. Na segunda metade do século XVI as províncias dos Países Baixos se rebelaram contra a opressão política, tributária e as perseguições religiosas impostas por Filipe II, o fanático rei da Espanha católica. Apesar da repressão violenta e cruel, e das províncias do sul (atual Bélgica) desistirem da luta, as províncias do norte (Holanda) resistiram e proclamaram sua independência em 1581, só reconhecida definitivamente pela Espanha em 1648. E. Numa tentativa de minar o poderio mercantilista dos holandeses, Filipe II proibiu o comércio entre batavos e as colônias lusoespanholas. A esta proibição deu-se o nome de embargo espanhol. Do ponto de vista econômico o embargo prejudicou sensivelmente as finanças da Espanha, na medida em que as companhias de comércio criadas pelos holandeses passaram a atacar as colônias espanholas. Em 1602, protegidos e apoiados pelo Estado, vários empresários holandeses se uniram e criaram a Companhia das Índias Orientais, que conquistou algumas possessões espanholas na Ásia e na África. A política da Companhia das Índias Orientais acabou por gerar astronômicos prejuízos aos Mapa francês da área invadida na Baía da Guanabara A. Finalidade: Garantir um local seguro para um grupo protestante discriminado na Europa. Foi fundada no Rio de Janeiro por um grupo de calvinistas huguenotes que fugiam de perseguições na França. Foram liderados por Nicolau Durand de Villegaignon. B. Os franceses se aproveitaram da guerra que existia entre índios e portugueses (durante o governo de Duarte da Costa - os portugueses passaram a escravizar, de forma indiscriminada, os silvícolas, desrespeitando a legislação da época). Os calvinistas fizeram uma aliança com uma confederação indígena inimiga dos portugueses, conhecida como “Confederação dos Tamoios”(em tupi – os mais antigos do local). C. No governo de Mem de Sá, a Confederação dos Tamoios passou a ser desarticulada e os franceses perderam grande parte do seu apoio no Rio de Janeiro (assinatura do Tratado de Paz de Iperoig 1563 – restringia a escravidão indígena; acabou diminuindo as hostilidades entre índios e portugueses; foi negociado entre os silvícolas e os jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nóbrega) D. Em 1567, com a ajuda de Estácio de Sá, o governador-geral, Mem de Sá, funda o núcleo que daria origem à cidade do Rio de Janeiro e expulsa os franceses. 15 espanhóis e forçou o governo espanhol a assinar com a Holanda a chamada Trégua dos Doze Anos (1609-1621). Findo esse período de paz, em 1621 os holandeses fundaram a importantíssima Companhia das Índias Ocidentais (WIC, de West Indische Compagnie), responsável pelas invasões holandesas das colônias espanholas na América e inclusive o Brasil, propriedade dos aliados dos espanhóis. Afinal, o açúcar brasileiro contribuía em escala considerável para a sustentação da economia holandesa, que poderia ir à exaustão com o embargo espanhol. Bahia, de vários navios carregados de açúcar, pau-brasil, algodão e tabaco. Capturou também, nas Antilhas, a frota espanhola que transportava ouro e prata em grande quantidade. A captura dos navios e da valiosa carga possibilitou aos donos da Companhia das Índias Ocidentais organizar a invasão de Pernambuco, então a mais rica região açucareira do mundo. As forças luso-brasileiras lideradas por Matias de Albuquerque, concentradas no Arraial do Bom Jesus, resistiam. Nos primeiros anos que se seguiram à invasão, a resistência luso-brasileira, organizada mais uma vez em grupos de guerrilhas,conhecidas como “Companhias de Emboscadas”, conseguiu a duras penas evitar o absoluto domínio dos holandeses. Contudo, o auxílio de cristãos-novos, negros e mestiços como Calabar, facilitaram a destruição da resistência. Domingos Fernandes Calabar havia lutado ao lado de Matias de Albuquerque na defesa do Arraial do Bom Jesus. Profundo conhecedor do terreno, o mulato nascido em Alagoas passou para o lado holandês, ajudando os invasores a abrir caminho para a conquista de várias regiões. Em 1635 caiu o Arraial do Bom Jesus, principal centro de resistência. Matias de Albuquerque fugiu para Alagoas, onde prendeu e executou Calabar. Atenção queridos alunos, aqui é o professor Rodrigo Simão para avisar que Invasão Holandesa é a mais cobrada. Primeira Invasão Holandesa: Salvador – Bahia (1624 – 1625) A. O governador foi preso e enviado à Holanda. Os holandeses conquistaram e dominaram toda a zona urbana de Salvador. Entretanto, no interior, a elite agrária organizou a resistência e escolheu para líder Matias de Albuquerque. B. As ações se davam através de guerrilhas, mas em 1625 Matias de Albuquerque e seus homens receberam ajuda de uma forte esquadra enviada por Portugal e Espanha (contexto da União Ibérica), composta por 52 navios e mais de 12.000 homens. Essa esquadra Ficou conhecida como a Jornada dos Vassalos, sendo sua ajuda decisiva para a expulsão dos holandeses da Bahia (o conflito assumiu uma conjuntura cruzadística, pois era uma guerra entre nações católicas contra os “infiéis” protestantes). Governo de Nassau (1637-1644) A consolidação das relações amistosas entre a aristocracia canavieira e os holandeses se deu durante a administração de João Maurício de Nassau, nomeado pela Companhia das Índias Ocidentais para governar os domínios holandeses no Brasil (conhecida como Nova Holanda). Hábil administrador, o conde de Nassau assegurou aos senhores de engenho proteção, respeito às propriedades, liberdade religiosa - os holandeses eram protestantes - e abertura de novos créditos para a recuperação das plantações, reequipamento dos engenhos e compra de escravos. Segunda Invasão Holandesa: Recife – Pernambuco (1630 – 1654) Domínio holandês – A Nova Holanda No intervalo de cinco anos que vai da expulsão da Bahia à invasão de Pernambuco, o holandês Piter Heyn, a serviço da Companhia das Índias Ocidentais, apoderou-se, no litoral da Maurício de Nassau Com os novos empréstimos, a empresa açucareira se reergueu e a Companhia se 16 recuperou dos prejuízos. Nassau assegurou também a participação de membros da aristocracia nos Conselhos de Escabinos, órgãos administrativos holandeses que substituíram as Câmaras Municipais. Remodelou e urbanizou Recife e mandou construir a Cidade Maurícia. Construiu canais e pontes. Do ponto de vista cultural e artístico, a época de Nassau foi marcante. Vivia cercado por intelectuais, artistas e cientistas como o naturalista Jorge Marcgrav, o médico Willem Piso e os pintores Frans Post e Albert Eckhout, que retrataram em famosas telas a óleo aspectos da flora, da fauna e da vida humana na colônia. Nassau completou a conquista holandesa do Sergipe ao Maranhão. Além disso, durante sua estada no Brasil a Companhia das Índias Ocidentais ocupou várias regiões africanas fornecedoras de escravos como, por exemplo, São Jorge de Minas, a Ilha de São Tomé, na Guiné, e São Paulo de Luanda, em Angola. Estava assegurado o abastecimento de mão-de-obra negra para o Brasil holandês. O Brasil estava livre, porém a Holanda continuava mantendo suas pretensões de domínio sobre a colônia e sobre as regiões africanas conquistadas de Portugal. Esse impasse gerou novo conflito armado entre portugueses e holandeses. Portugal recebeu o imediato apoio da esquadra britânica, o que forçou a abertura de negociações diplomáticas entre Holanda e Portugal e, finalmente, a assinatura da Paz de Haia, em 1661. Pela Paz de Haia, Portugal ficava obrigado a pagar à Holanda uma indenização de quatro milhões de cruzados em dinheiro, açúcar, tabaco e sal, e a restituir aos holandeses toda a artilharia tomada no Brasil. Para o Brasil, a conseqüência mais séria da expulsão holandesa foi a decadência da empresa açucareira. Os holandeses, após sua expulsão do Brasil, foram plantar cana e produzir açúcar nas Antilhas, valendo-se da experiência que haviam adquirido na cultura canavieira do Brasil. EXERCÍCIOS Primeira Insurreição Pernambucana ou Guerra da Luz Divina (1645-1654) Em 1640 Portugal restaurou sua independência e nascia, com D. João IV, a dinastia de Bragança. Era o fim do domínio espanhol. Entretanto arruinado financeiramente, Portugal não tinha condições de expulsar os holandeses do Brasil. Daí o governo português ver-se obrigado a assinar um acordo de paz com a Holanda. O acordo estabelecia que os holandeses não podiam ampliar seus domínios sobre posses portuguesas. Essa determinação não foi plenamente obedecida pelos holandeses que, contrariando-a, conquistaram em 1641 áreas da África portuguesa e anexaram o Maranhão. A WIC passava por problemas financeiros devido às guerras européias nas quais a Holanda estava envolvida. Procuraram então explorar ao máximo seus domínios no Nordeste: aumentaram o preço do transporte e os impostos sobre o açúcar, e passaram a exigir o pagamento das dívidas, ameaçando os senhores com o confisco dos engenhos caso não as quitassem no prazo estipulado. Nassau aconselhou os donos da WIC a mudar seu comportamento em relação aos senhores de engenho. Os donos da Companhia, entretanto, não lhe deram ouvidos e o acusaram de pretender criar no Brasil um império particular. As tensões se avolumaram quando foram criadas leis de restrições de pagamento de dízimos. Nassau, em desacordo com a WIC, foi demitido e voltou à Holanda em 1644. No ano seguinte explodiu a Insurreição Pernambucana, que só acabaria em 1654 com a expulsão dos holandeses após a segunda batalha dos Guararapes. O início da guerra entre Holanda e Inglaterra, em disputa pela liderança marítima, criou as condições ideais para a vitória final da insurreição. 1. (UFMG 2003) Durante a fase colonial, o Brasil foi alvo de vários ataques estrangeiros, sendo um deles em Pernambuco, marcado pela administração de João Maurício de Nassau. Este representava: a) Os interesses da burguesia inglesa que avançava na sua acumulação primitiva de Capital, ao explorar o açúcar brasileiro. b) A reação dos judeus portugueses interessados em manter o exclusivo comércio do pau-brasil. c) Os interesses dos holandeses, que, através da Companhia das Índias Ocidentais, queriam voltar a ter o controle do comércio do açúcar, perdido com a União Ibérica. d) A tentativa dos protestantes franceses de fundarem uma colônia de povoamento. e) A intenção da Coroa Portuguesa de garantir a efetiva exploração aurífera na região. 2. (UFF 2000) A União Ibérica durou 60 anos e teve influência na colonização portuguesa do Brasil. Durante o período da união entre Portugal e Espanha, o Brasil: a) atingiu o auge da sua produção açucareira com ajuda de capitais espanhóis. b) foi invadido pela Holanda, interessada na produção do açúcar. c) conviveu com muitas rebeliões dos colonos contra o domínio espanhol. d) registrou conflitos entre suas capitanias, insatisfeitas com a instabilidade econômica. e) conseguiu ficar mais livre da pressão dos colonizadores europeus. 3. (FUVEST 2007) Este quadro, pintado por Franz Post por volta de 1660, pode ser corretamente relacionado Conseqüências da Expulsão 17 6. (FGV 2005) A administração de Maurício de Nassau sobre parte do Nordeste do Brasil, no século XVII, caracterizou-se a) por uma forte intolerância religiosa, representada, principalmente, por meio do confisco das propriedades dos judeus e dos católicos. b) pela proteção às pequenas e médias propriedades rurais, o que contribuiu para o aumento da produção de açúcar e tabaco em Pernambuco. c) por uma ocupação territorial limitada a Pernambuco, em função da proteção militar efetuada por Portugal nas suas colônias africanas. d) por inúmeras vantagens econômicas aos colonos e pela ausência de tolerância religiosa, representada pela imposição do calvinismo. e) pela atenção aos proprietários lusobrasileiros, que foram beneficiados com créditos para a recuperação dos engenhos e a compra de escravos. a) à iniciativa pioneira dos holandeses de construção dos primeiros engenhos no Nordeste. b) à riqueza do açúcar, alvo principal do interesse dos holandeses no Nordeste. c) à condição especial dispensada pelos holandeses aos escravos africanos. d) ao início da exportação do açúcar para a Europa por determinação de Maurício de Nassau. e) ao incentivo à vinda de holandeses para a constituição de pequenas propriedades rurais. 4. (UFRJ 2001) A exploração açucareira, ocorrida durante o século XVI e início do século XVII, envolvia dois países que lucraram com a imensa riqueza gerada pela produção do açúcar: 7. (PUC – Campinas 2005) Dentre os muitos observadores do país, que se dedicaram a fazer tomadas diretas da paisagem, do índio e dos grupos sociais nascentes, temos artistas holandeses como Frans Post e Albert Eckhout. Tais artistas vieram ao Brasil, no século XVII, em função da a) Portugal e Inglaterra b) Inglaterra e Holanda c) Portugal e Holanda d) Cuba e Portugal e) Paraguai e Holanda 5. (FATEC 2006) Em relação ao período da ocupação holandesa no Nordeste brasileiro, afirma-se: I. A invasão deveu-se aos interesses dos comerciantes holandeses pelo açúcar produzido na região, interesses esses que foram prejudicados devido à União Ibérica (1580-1640). II. Foi, também, uma conseqüência dos conflitos econômicos e políticos que envolviam as relações entre os chamados Países Baixos e o Império espanhol. III. As medidas econômicas de Nassau garantiam os lucros da Companhia das Índias Ocidentais e os lucros dos senhores de engenho, já que aumentaram a produção do açúcar. IV. A política adotada por Nassau para assentar os holandeses na Bahia acabou por deflagrar sua derrota e o fim da ocupação holandesa, graças à resistência dos índios e portugueses expulsos das terras que ocupavam. a) Companhia de Jesus, que estimulou a difusão de obras artísticas que retratavam a beleza do Brasil, a fim de desmistificar a idéia de "selvageria" associada à natureza e ao indígena. b) administração pombalina, que valorizou a produção artística e científica desenvolvida por estrangeiros, no Brasil, exercendo o chamado "despotismo esclarecido". c) chamada Missão Francesa, que foi constituída por artistas e cientistas de várias nacionalidades, encarregados de registrar a geografia, as raças, a flora e a fauna brasileiras. d) Companhia das Índias Ocidentais, que se empenhou em avaliar economicamente a riqueza natural brasileira, para atender aos interesses comerciais da Coroa Portuguesa. e) administração nassauviana, que procurou desenvolver a vida cultural da "Nova Holanda", patrocinando a vinda e a produção de artistas, cientistas, escritores e teólogos. São verdadeiras as proposições: a) I e II. b) I, II e III. c) II, III e IV. d) I, III e IV. e) II e IV. 8. (UFES) Recife Não a Veneza americana Não a Maurício dos amadores Ocidentais Não a Recife dos Mascates 18 das Índias Nem mesmo a Recife que aprendi a amar depois Recife das revoluções libertárias Mas o Recife sem história nem literatura Recife sem mais nada Recife da minha infância entradas, em geral respeitavam a linha de Tordesilhas, eram de cunho oficial e antecederam as bandeiras, de iniciativa de particulares que não se preocupavam com as demarcações firmadas entre Portugal e Espanha. As bandeiras, fenômeno tipicamente paulista que datam do início do século XVII e marcam o começo de uma consciência nativista e antiportuguesa. Os documentos dos séculos XVI e XVII chamam os bandeirantes de armador ou armadores. A palavra bandeira só aparece nos documentos do século XVIII. Para designar toda e qualquer espécie de expedição era comum empregar-se: entrada, jornada, viagem, companhia, descobrimento e, mais raramente, frota. Bandeira é nome paulista e, por isso mesmo, bandeirante tornou-se sinônimo do homem paulista, adquirindo uma conotação heróica, ao juntar no mesmo vocábulo o arrojo e a tenacidade com que se empenharam na conquista do território, na descoberta do ouro e no povoamento de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. (Manuel Bandeira, "Evocação do Recife, Libertinagem") A Companhia das Índias Ocidentais a que o poema se refere faz parte de um momento da História brasileira e foi a) marcada por um conjunto de medidas que impulsionou a expansão da colonização portuguesa na América e a descoberta das áreas mineradoras no planalto central. b) formada com capitais públicos e privados lusos; sua finalidade era apoiar a luta pela expulsão dos holandeses do Nordeste e recuperar o comércio da colônia com a metrópole. c) organizada com a clara intenção de promover a centralização política, administrativa e jurídica da colônia nas mãos dos representantes enviados pelo governo holandês. d) criada pelo governo e por grupos mercantis e financeiros neerlandeses com o objetivo de dominar a produção e o comércio de açúcar, assim como o tráfico de escravos. e) responsável pela elaboração de leis, normas e regras sobre toda administração pública e sobre a justiça que deveriam ser seguidas no reino e nas colônias portuguesas. Capítulo V – Expedições Interior e o Ciclo do Ouro. para Principais Tipos de Bandeiras Embora as bandeiras tenham tido três ciclos clássicos em sua história -- o da caça ao índio(Apresamento ou Preamento), o do Sertanismo de Contrato (extermínio de negros e índios) e o da mineração (Prospecção ou Prospectora) -- o bandeirante manteve sempre as suas características, vivendo em condições extremamente difíceis. Calcula-se que 300.000 índios foram escravizados até 1641, quando o bandeirantismo de apresamento declinou e deu lugar a expedições cada vez maiores em busca de ouro e pedras preciosas. Durante a caça ao índio os choques com os missionários foram intensos, desdobrando-se em um movimento conhecido como “A Bota dos Padres Fora”. Os religiosos que não se submetiam, eram exterminados se não fugissem. Os bandeirantes paulistas atacavam seguidamente as missões jesuítas, uma vez que o índio catequizado, vivendo nessas aldeias, era presa fácil e por ser aculturado, ainda era mais valorizado em um mercado de escravos indígenas que se desenvolveu durante a ocupação holandesa de zonas fornecedoras de escravos negros aos portugueses. A escassez de escravos negros viabilizou a comercialização de índios. o Entradas e Bandeiras OBS: De todos os feitos bandeirantes, o mais notável, sem dúvida, é o de Antônio Raposo Tavares, que ao começar sua última aventura, em 1648, tinha cinqüenta anos de idade. Partiu à frente de uma bandeira de mais de 200 paulistas e mil índios, realizando uma das maiores jornadas de que há notícia na história universal. Raposo Tavares se internou pelo Paraguai, em 1648, percorreu grande parte da região amazônica e ressurgiu em Gurupá, na foz do Amazonas, em 1652. Desenho clássico de um bandeirante – essa representação é mais adequada para o indivíduo classificado como “emboaba”. Entradas e bandeiras foram os nomes dados às expedições dos colonizadores que resultaram na posse e conquista definitiva do Brasil. As 19 administração especial nomeada de “Intendência de Minas”, a fim de dirigir todos os trabalhos referentes à exploração das jazidas de ouro, fiscalizá-los, além de cobrar tributos (dentre eles, o quinto). Toda essa máquina administrativa estava estreitamente subordinada ao governo metropolitano de Lisboa, capital do império português, sem a participação de qualquer autoridade procedente da Colônia. Desse modo, a descoberta de uma jazida aurífera devia ser, obrigatoriamente, comunicada à Intendência. O guarda-mor ou intendente dirigia-se, então, ao local, ordenando a demarcação do terreno a ser explorado. Este era distribuído por meio de sorteios, dividido em lotes (“datas”); em seguida, cada um deles era entregue a um minerador. No dia da distribuição das “datas”, os contemplados deviam comparecer no local, não se admitindo a interferência, nas negociações, de qualquer procurador ou representante do minerador. O descobridor da jazida não só tinha o direito de escolher uma “data”, bem como o de receber um prêmio em dinheiro. Em seguida, a Intendência separava uma “data” para si, vendendo-a, posteriormente, em leilão público. As “datas” restantes eram sorteadas entre os presentes interessados no empreendimento. Uma vez encerrado o sorteio, caso restassem terras auríferas, era realizada uma distribuição suplementar. Caso contrário, em se tratando do excessivo número de interessados, reduziam-se as áreas das “datas” consoante a proporção de interessados. De qualquer modo, as “datas” compunham-se de pequenos lotes de terra, com no máximo 50 metros de largura e algumas variáveis em comprimento. Além da Intendência de Minas ou das Minas também foi criada a Intendência dos Diamantes, órgão responsável pela exploração desse mineral, com destaque especial para a região do Arraial do Tejuco que passou a chamar-se Distrito Diamantino e que atualmente é Diamantina em MG. Outros Grandes Bandeirantes Fernão Dias Pais comandou a mais importante das bandeiras em busca de ouro. Empregou nessa empreitada toda a sua fortuna, à época a maior de São Paulo. Auxiliado pelo genro Manuel de Borba Gato e pelo filho Garcia Rodrigues Pais, explorou uma grande área da região centro-sul do país. Durante sete anos, entre 1674 e 1681, Fernão Dias percorreu a região e com sua bandeira nasceram os primeiros arraiais mineiros. Aos 73 anos, sem ter encontrado o ouro e acometido pela febre que já matara muitos de seus homens, o velho bandeirante morreu a caminho do arraial do Sumidouro. Borba Gato e Garcia Pais fixaram-se em Minas Gerais, que continuava a atrair bandeirantes, como Antônio Rodrigues Arzão, em 1693, e Bartolomeu Bueno de Siqueira, em 1698, que encontraram o sonhado metal em grande escala na última década do século XVII. Depois da chamada guerra dos emboabas, as expedições mudaram de rota, na direção de Mato Grosso e Goiás. Iniciou-se um novo período de bandeirismo: o das monções. Eram expedições de caráter mais comercial e colonizador, usavam canoas e através de vias naturais como o rio Tietê e a Bacia Platina, abasteciam com mercadorias longínquas regiões como Cuiabá. Entre as monções, encerrando o ciclo das entradas e bandeiras, destacou-se a de Bartolomeu Bueno da Silva, o segundo Anhangüera (Diabo Velho), que saiu de São Paulo em 1722, comandando 152 homens, à procura da Serra dos Martírios, onde segundo a lenda a natureza esculpira em cristais a coroa, a lança e os cravos da paixão de Jesus Cristo. Depois de três anos de procura, o sertanista localizou ouro, a quatro léguas da atual cidade de Goiás. A Exploração Aurífera Introdução Antônio Rodriguez Arzão foi o primeiro explorador a encontrar ouro em abundância no território brasileiro. A localização mais precisa desse achado foi o extremo oeste da antiga capitania do Espírito Santo, atualmente são as cidades mineiras de Caeté e Sabará. Por ocasião dos insignificantes achados de ouro na região de São Vicente, a Coroa criara um extenso regulamento, no qual, dentre os princípios fundamentais, destacava-se o estabelecimento da livre exploração, submetido exclusivamente à fiscalização do império português, reservando para si a quinta parte de todo ouro extraído da Colônia. Logo que foram descobertas as primeiras jazidas de ouro nas Minas Gerais, a Coroa publicou, em 1702, o “Regimento dos Superintendentes”, constituído por GuardaMores e Oficiais-Deputados, visando a administração das minas de ouro. Por conseguinte, criou-se, na verdade, uma Cama do século XVIII Guarda-roupa Baú / século XVIII 20 ocorreu dentro proposta). do padrão ao qual foi Vestimenta típica – século XVIII OBS: As Casas de Fundição: implantadas em 1720, tinham a responsabilidade de tirar de circulação o ouroem-pó, dificultando o contrabando. Ainda deveriam quintar o ouro recolhido, fundi-lo e selá-lo com o brasão da Coroa portuguesa. A SOCIEDADE DA MINERAÇÃO SENHORES HOMENS LIVRES Formas Diferentes de Extrair o Ouro Os melhores lotes eram chamados de lavras, enquanto os lotes de menor concentração aurífera eram conhecidos como faiscação ou faisqueiras. A lavra era marcada pela alta produtividade, pelo uso intenso da mão-de-obra escrava negra, que ultrapassava centenas de escravos trabalhando em um mesmo lote. Esse segmento da exploração aurífera ainda usava algumas técnicas de exploração, muito diferente da faiscação. A faiscação ou faisqueira era a zona de baixa produtividade, utilizava mão-deobra geralmente livre e praticamente não possuía técnicas de exploração, bastando apenas uma picareta e uma bateia para que qualquer um pudesse iniciar a exploração em uma faiscação. No Brasil a lavra acabou muito rápida. Já na segunda metade do século XVIII, o esgotamento das lavras já chamava a atenção do governo, revelando uma verdade amarga, a queda na arrecadação de impostos era inevitável. Como no Brasil predominava o ouro de aluvião, ouro encontrado, geralmente, na faiscação, o modelo da baixa exploração vingou por bem mais tempo que a lavra, caracterizando a exploração aurífera brasileira. ESCRAVOS OBS: século XVIII – Cerca de 3,3 milhões de pessoas distribuídas pela colônia – na maioria reinóis esperançosos com a “febre do ouro”. A sociedade da mineração era marcada por uma nova configuração social: Os Impostos A. Quinto: 1/5 ou 20% do ouro extraído deveria ser entregue à Coroa portuguesa como imposto. B. Capitação: devido à sonegação contínua do quinto, a Coroa decidiu criar um imposto que incidia sobre cada cabeça de escravo (a capitação). A medida gerou muita insatisfação, sobretudo com os donos das lavras, que intercederam, substituindo a capitação por uma cota mínima (finta) de 100 arrobas anuais em ouro, pagas por toda zona mineradora à Coroa portuguesa. C. Derrama: cobrança violenta dos impostos atrasados. Quando a cota anual de 100 arrobas não fosse atingida, a Coroa poderia decretar uma derrama (a derrama nunca A O aumento populacional gerou desenvolvimento do comércio interno. B O aumento populacional também promoveu o desenvolvimento dos núcleos urbanos. C Durante esse período também surgiu a perspectiva de mobilidade social. D A sociedade continuava patriarcal, aristocrática e com grande concentração de terras e riquezas nas mãos de poucos. E Uma nova classe, a dos homens livres, surgia durante o período e era composta por: comerciantes, clérigos, soldados, profissionais liberais – médicos, advogados, professores, etc. o Atenção queridos alunos, aqui é o professor Rodrigo Simão para avisar que aspectos sociais devem ser valorizados. 21 Os Tratados do Século XVIII Tratado de Methuen 1703: também conhecido como “Tratado dos Panos e Vinhos”, foi ratificado entre Portugal e Inglaterra, obrigando os portugueses a comprarem os manufaturados britânicos, sobretudo os tecidos, enquanto os ingleses passariam a privilegiar a entrada de vinho português em seu país. Esse acordo tornou a economia portuguesa amplamente dependente da economia britânica, pois proibia Portugal de desenvolver manufaturas, criando um significativo déficit na economia portuguesa devido às importações. A dependência portuguesa gerou a transferência de significativas porções de ouro proveniente do Brasil para os cofres britânicos, devido ao pagamento luso pela compra de mercadorias ou prestações de empréstimos. Dessa forma, podemos afirmar que o ouro brasileiro colaborou decisivamente com a Revolução Industrial inglesa, pois garantiu aos britânicos a acumulação primitiva de capital necessária ao investimento no maquinário e na tecnologia usada no período. Frase clássica do período: OBS: Os jesuítas espanhóis de Sete Povos das Missões não aceitaram entregar suas reduções (o mesmo que missões) aos portugueses e iniciaram uma violenta guerra contra as determinações do Tratado de Madri. Esse conflito ficou conhecido como “Guerras Guaraníticas” e impediu a posse portuguesa sobre o atual Rio Grande do Sul, antiga região de Sete Povos das Missões. Os desdobramentos dessa guerra tanto desencadearam a assinatura de novos acordos entre Portugal e Espanha, quanto uma conspiração que vai acusar jesuítas espanhóis e portugueses de tentarem formar um Estado Teocrático (administração divina) na América, culminando na expulsão dos jesuítas dos domínios portugueses e espanhóis. COMPLEMENTAR: A aplicação das determinações do Tratado de Madri sofreu muita oposição, principalmente por parte dos índios guaranis, insuflados pelos jesuítas. Antes da sua confirmação, ocorrida em Badajós (1801), os seguintes Tratados intermediários ocorreram: Tratado de El Pardo (1761): suspende o de Madri parcialmente. É iniciada uma fase de rivalidades acirradas entre Portugal e Espanha. Além disso, a Colônia do Sacramento volta para Portugal e Sete Povos das Missões é restituída à Espanha. Tratado de Santo Ildefonso (1777): a Colônia do Sacramento e Sete Povos das Missões passam à Espanha. Portugal recebe de volta a Ilha de Santa Catarina, atualmente Florianópolis, que havia sido invadida e tomada por espanhóis (momento de fragilidade em Portugal devido a morte do rei D. José I e a demissão do Marquês de Pombal). Tratado de Badajoz (1801): põe fim à um novo momento de hostilidades entre Portugal e Espanha (Guerra das Laranjas). Confirma, finalmente, o Tratado de Madri. Sete Povos das Missões ficava com Portugal e o Sacramento com a Espanha. “A exploração aurífera do século XVIII deixou buracos no Brasil, igrejas em Portugal e indústrias na Inglaterra” O Tratado de Madri 1750: esse acordo foi assinado entre Portugal e Espanha e eliminou definitivamente o Tratado de Tordesilhas, ampliando de forma significativa o território português na América. Alexandre de Gusmão, negociador português no acordo, evocou o princípio do “Uti possidetis, ita possideatis” (quem colonizou a terra tem direito a ela). Utilizando mapas de bandeirantes como Antônio Raposo Tavares, os portugueses conseguiram comprovar sua presença nos territórios a oeste, legitimando o domínio sobre a região. Pelo Tratado de Madri ainda ficava ratificado que a região espanhola de Sete Povos das Missões (parte do Rio Grande do Sul) passaria para o domínio português, enquanto a colônia portuguesa conhecida como Sacramento (atual Uruguai), deveria passar para o domínio espanhol. A Administração do Marquês de Pombal (1750 – 1777) Sebastião José de Carvalho e Melo, também conhecido como Conde de Oeiras, foi incumbido pelo rei D. José I de reverter os desastrosos efeitos do Tratado de Methuen. Para tanto, Pombal recebeu uma autonomia política significativa, o que lhe rendeu a referência de “Déspota Esclarecido” (espécie de administrador autoritário, mas comprometido com os ideais burgueses – liberais). Pombal tomou uma série de iniciativas para concretizar os interesses portugueses. As principais foram: Criou companhias de comércio portuguesas para dar manutenção ao exclusivo comercial 22 luso. Os ingleses já tinham adquirido tantos privilégios comerciais sobre o Império português que se tornava mister criar alguma instituição para fiscalizar as atividades comerciais inglesas nos territórios portugueses. Expulsou os jesuítas do Império luso em 1759, acusando-os de tentarem formar um “Estado Teocrático” (Estado de Administração Divina). O nível da educação acabou despencando no Brasil e o governo criou o “Subsídio Literário”, espécie de imposto para garantir as “Aulas Régias” (aulas patrocinadas pelo governo). Eliminou as capitanias particulares, tornandoas capitanias reais. Com essa medida, Pombal visava ampliar o poder da Coroa no Brasil, pois havia comprado as antigas cartas de doação que vinham passando hereditariamente, eliminando a poderosa figura do donatário de capitania definitivamente. Transferiu a capital de salvado para o Rio de Janeiro em 1763 visando ampliar o controle metropolitano sobre a região mineradora, além de aproximar a sede administrativa do novo eixo econômico, a região centro-sul. Incentivou o desenvolvimento de manufaturas no Brasil como forma de reduzir as importações de produtos ingleses, geradas em grande parte pelos acordos de Methuen. Instituiu a Derrama como forma de garantir os interesses portugueses sobre o cumprimento da cota anual de 100 arrobas de ouro. Criou novas políticas de integração e proteção do gentio contra a escravidão. Incentivou a imigração. Vieram os primeiros sírios, libaneses, persas, egípcios - quase todos nacionais do Mediterrâneo oriental, que engloba-se sob o nome genérico de "turco". Tordesilhas. No período colonial, os fatores que mais contribuíram para a referida expansão foram: a) criação de gado no vale do São Francisco e desenvolvimento de uma sólida rede urbana. b) apresamento do indígena e constante procura de riquezas minerais. c) cultivo de cana-de-açúcar e expansão da pecuária no Nordeste. d) ação dos donatários das capitanias hereditárias e Guerra dos Emboabas. e) incremento da cultura do algodão e penetração dos jesuítas no Maranhão. 2. (FUVEST) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) As distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformouse em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígenes e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor." (Stuart B. Schwartz, SEGREDOS INTERNOS) A partir do texto pode-se concluir que: a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento fundamental da sociedade brasileira colonial. b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade européia nos séculos XV e XVI. c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial. d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros, tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade colonial. e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros, não alterou em nenhum aspecto as A Cultura no Século XVIII O Arcadismo: valorização da obra literária nacional que começa a tomar rumos diferentes do europeu. Caracterizado pelo sentimento nativista e a valorização do índio como herói. Destaque para Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga. O Barroco: chegou ao Brasil ainda durante o ciclo da cana, mas seu auge foi na mineração. Enquanto movimento importado da Europa, no Brasil ganhou características próprias, como anjos negros ou mulatos. O maior destaque foi Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. EXERCÍCIOS 1. (UNESP) A partir de 1750, com os Tratados de Limites, fixou-se a área territorial brasileira, com pequenas diferenças em relação a configuração atual. A expansão geográfica havia rompido os limites impostos pelo Tratado de 23 concepções medievais dos durante os séculos XVI e XVII. portugueses impondo-lhes suas concepções geopolíticas na América. 3. (FUVEST) No século XVIII a produção do ouro provocou muitas transformações na colônia. Entre elas podemos destacar: a) a urbanização da Amazônia, o início da produção do tabaco, a introdução do trabalho livre com os imigrantes. b) a introdução do tráfico africano, a integração do índio, a desarticulação das relações com a Inglaterra. c) a industrialização de São Paulo, a produção de café no Vale do Paraíba, a expansão da criação de ovinos em Minas Gerais. d) a preservação da população indígena, a decadência da produção algodoeira, a introdução de operários europeus. e) o aumento da produção de alimentos, a integração de novas áreas por meio da pecuária e do comércio, a mudança do eixo econômico para o Sul. 6. (UFMG) Todas as alternativas contêm afirmações corretas sobre a tributação do ouro nas Minas no período colonial, EXCETO: a) A Derrama era a cobrança dos impostos atrasados quando não eram preenchidas as cotas anuais. b) A tributação do ouro se verificou inicialmente sob a forma de cobrança por bateias. c) O imposto da Capitação recaía sobre todo escravo empregado nos trabalhos auríferos. d) O ouro passou a ser quintado somente a partir da instalação das Casas de Fundição. e) O quinto correspondia a uma porcentagem sobre a produção paga pelos mineradores. 7. (UFF) No processo histórico de Portugal o Tratado de Methuen consolidou a: a) subordinação econômica de Portugal à Inglaterra. b) prosperidade da indústria nacional portuguesa. c) liberdade de comércio entre as colônias portuguesas e inglesas. d) posse das terras situadas além do meridiano de Tordesilhas. e) supremacia da França como principal parceira comercial de Portugal. 4. (UFES) Sobre os jesuítas, intimamente relacionados com a expansão européia e a realidade colonial, é correto afirmar que: a) foram expulsos de Portugal e do Brasil no reinado de D. José I. b) respeitaram as culturas alheias, mas fizeram da educação uma das tarefas menos constantes na América, na Ásia e na África. c) a Ordem dos Jesuítas nunca foi reconhecida pela Santa Sé e pelos monarcas absolutos. d) deliberadamente buscaram aniquilar os guaranis catequizados. e) foram indispensáveis na luta contrareformista, mas não estavam sujeitos a um modelo de organização hierarquizada militarmente. Capítulo VI - As Revoltas da Crise do Sistema Colonial. As Revoltas Nativistas Rebeliões nativistas: primeiras revoltas que aconteceram no Brasil, combatiam o domínio Português, de caráter nacionalista mas não pensavam em independência, apenas queriam algumas mudanças administrativas. Aclamação de Amador Bueno Revolta de Beckman Guerra dos Emboabas Guerra dos Mascates Revolta de Vila Rica 5. (FGV) Entre 1750, quando assinaram o Tratado de Madrid, e 1777, quando assinaram o Tratado de Santo Ildefonso, Portugal e Espanha discutiram os limites entre suas colônias americanas. Neste contexto, ganhou importância, na política portuguesa, a idéia da necessidade de: a) defender a colônia com forças locais, daí a organização dos corpos militares do centrosul e a abolição das diferenças entre índios e brancos. b) fortificar o litoral para evitar ataques espanhóis e isolar o marquês de Pombal por sua política nitidamente pró-bourbônica. c) transferir a capital da Bahia para o Rio de Janeiro, para onde fluía a maior parte da produção açucareira, ameaçada pela pirataria. d) afastar os jesuítas da colônia por serem quase todos espanhóis e, nesta qualidade, defenderem os interesses da Espanha. e) aliar-se política e economicamente à França para enfrentar os vizinhos espanhóis, Aclamação de Amador Bueno (São Paulo 1641) O Rei D.João IV (dinastia de Bragança), assume o trono e se preocupa mais com o nordeste. Os Paulistas estavam insatisfeitos com os Jesuítas e desencadearam um movimento de agressão conhecido como “Bota dos Padres Fora” (boa parte das bandeiras de apresamento se desenvolveram nesse contexto). Como o rei não se pronunciava os paulistas resolvem protestar e aclamar Amador Bueno (comerciante local) como Rei, mas Bueno não aceita ser coroado temendo retaliações violetas de Portugal. A aclamação entra para a História pelo fato de ser a primeira tentativa de se contestar a autoridade Portuguesa. 24 nunca dos ricos comerciantes de Recife. Já Recife, em ascensão econômica, crescia com a chegada de portugueses que passaram a controlar o comércio (esses comerciantes eram conhecidos como mascates). Recife passa a pleitear sua emancipação de Olinda, o que a tornaria com status de Vila. Os olindenses não aceitam tal medida e se inicia um confronto entre as duas cidades, que só foi sufocado com a intervenção do governo, que, em seguida, concedeu a autonomia desejada por Recife. A Revolta de Beckman (Maranhão 1681-1684) O principal produto comercializado era o algodão com a mão-de-obra escrava do índio. Atendendo a pedidos dos Jesuítas, em 1680, a Coroa cria leis especiais, proibindo a escravidão indígena no Maranhão, essa atitude desagrada os proprietários de terras. A coroa responsabiliza a Cia. de Comércio do Maranhão (instituição metropolitana) pelo não abastecimento devido de mão-de-obra escrava negra na região. Sendo que a Cia. havia se comprometido em fornecer 500 escravos ao ano para o Maranhão. Liderados pelos irmãos Beckman, os colonos locais pegam em armas e dominam o Maranhão, mas a revolta é abafada pela coroa e seus líderes foram executados. Revolta de Vila Rica (Minas Gerais 1720) Mesmo a rígida administração portuguesa na zona mineradora não conseguia evitar o contrabando de ouro e diamantes. Alguns escravos eram treinados desde meninos para engolir pepitas e passar pelos fiscais. Os suspeitos eram obrigados a tomar fortíssimos purgantes para expelir a pedra. A lei de implantação das casas de fundição desencadeou uma forte onda de protestos. Um grupo de insatisfeitos que tinham a sua frente o minerador Felipe dos Santos, saiu às ruas promovendo manifestações contra a decisão metropolitana. Usando artifícios para ganhar tempo, o governador da capitania, conde de Assumar, pôde estudar a situação, para, em seguida, desfechar violenta repressão contra os rebeldes. Os líderes foram presos, e suas casas queimadas. Felipe dos Santos foi prontamente enforcado e esquartejado. Guerra dos Emboabas (Minas Gerais 1708-1709) Inúmeros portugueses, da metrópole ou da própria colônia, tão logo souberam da descoberta do ouro, dirigiram-se para o local das jazidas. Os paulistas sentiam-se injustiçados com a ambição portuguesa, principalmente pelos critérios de exploração aurífera que privilegiavam os portugueses, como os melhores lotes que sempre eram entregues aos maiores proprietários de escravos negros que eram portugueses, em sua maioria. O desprestígio dos paulistas causou o início do conflito (esse conflito ficou definido como uma disputa pelo controle da zona mineradora). Os portugueses eram conhecidos como emboabas, palavra de origem tupi que servia para designar os que não haviam nascido na região, os forasteiros (ou uma ave engraçada com penas nas pernas). Em 1709, ocorreu uma sangrenta matança de diversos paulistas, no chamado Capão da traição. Um exercito de emboabas de 1000 homens, comandados por Bento do Amaral Coutinho foi o responsável pela chacina. Bento do Amaral lhes ofereceu a rendição mediante a entrega das armas e, em seguida a entrega das armas, não cumpriu o acordo, eliminando os paulistas. Procurando acabar com o conflito, a cora portuguesa interveio na região e passou a exercer austero controle econômico das minas. Em julho 1711, D. João V elevou São Paulo à categoria de cidade, separando-a administrativamente das regiões das minas. O final da guerra dos Emboabas foi desfavorável aos paulistas e fez com que se lançassem à procura de novas jazidas de ouro em outras regiões do Brasil, pois foram proibidos de retornar à Minas Gerais. Isso teve como conseqüência a descoberta de ouro na região Centro-Oeste, em Goiás e em Mato Grosso. Revoltas Separatistas ou Emancipacionistas Inconfidência Mineira (1789) Causas Econômicas: Fintas e Derrama: medidas autoritárias provocaram descontentamento desencadeando a revolta os proprietários mineiros. Ameaçados de uma derrama violenta, preferiram articular contra a Coroa portuguesa para defender seus interesses materiais. Ideológicas: Influenciados pelo: Iluminismo Francês e pela Independência dos EUA em 1776. Destaque para o estudante brasileiro José Joaquim da Maia que, em Paris, entrou em contato com Thomas Jefferson, representante do governo dos EUA na França, para solicitar o apoio dos norte americanos ao movimento de rebelião contra a dominação portuguesa, que estava prestes a eclodir no Brasil. Em uma das cartas mais famosas de Maia a Thomas Jefferson, o estudante brasileiro escreveu: "Sou brasileiro e sabeis que minha desgraçada pátria geme em um espantoso cativeiro, que se torna cada dia menos suportável, desde a época de vossa gloriosa independência...” Guerra dos Mascates Olinda X Recife (Pernambuco 1710) Olinda capital de PE estava fracassada com a queda do açúcar e endividados, os senhores de engenho olindenses dependiam mais do que 25 Objetivos Lutam pela independência local de Minas Gerais e a capital seria São João Del Rey. Implantar uma Republica Presidencialista ( inspiração na Constituição de George Woshingon 1787). Pretendiam implantar universidades em Minas (o fato deve-se a alguns lideres serem intelectuais). Modernização com Indústrias: a preocupação era conseqüência do documento Alvará de 5 de janeiro de 1785, assinado pela Rainha D.Maria I (a louca),que proíbe a instalação de indústrias no Brasil. Segundo ela, as indústrias iriam desviar a atenção e mão-deobra da mineração e da agricultura, atividades que eram mais importantes para Portugal. Na verdade os motivos reais eram as pressões Inglesas. OBS: A inconfidência Mineira foi uma revolta típica de proprietários, extremamente elitista no seus objetivos, não apresenta proposta para mudar a estrutura social do Brasil, em nenhum momento atacou a escravidão, ainda queriam a criação de um centro universitário em Vila Rica e a liberalização das manufaturas. Conjuração Carioca (1794) - Conjuração Fluminense ou Revolta do Rio de Janeiro Surgiu no Rio uma "arcádia", sociedade literária em que os escritores se reuniam com o objetivo de difundir as idéias da revolução francesa ( igualdade, liberdade, fraternidade ). Mas não pensavam em revolução, a Arcádia foi fechada e os lideres foram presos porque as idéias dos poetas e escritores contrariavam Portugal. Desdobramento O primeiro movimento emancipacionista não saiu do papel. Joaquim Silvério, traiu o movimento delatando a revolta que ocorreria durante a cobrança da derrama ao governador Visconde de Barbacena, em troca de favores pessoais. A derrama foi cancelada e todos os envolvidos foram presos, e assim começa a devassa que envolvia o julgamento dos participantes. O processo se arrastou por 2 anos, um dos principais lideres, Cláudio Manoel da Costa, morre supostamente torturado, mas na versão oficial se suicidou. Durante a devassa, o Alferes (aspirante a militar) Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) que seria o mais humilde e apaixonado pela revolta, foi condenado a pena de morte, enquanto os demais participantes sofreram penas de degredo e foram incumbidos de indenizações à Coroa portuguesa. Tiradentes foi enforcado no dia 21/04/1792 no Rio de Janeiro. Após esquartejado, as partes do seu corpo foram espalhadas para exemplificar o destino dos opositores da Coroa à sociedade – sua casa foi demolida e o terreno salgado, para demonstrar infertilidade de sua atitude. OBS: Essa conjuração foi mais um movimento elitista formado por intelectuais e muito semelhante à Conspiração do Suassuna 1801(P.E). Conjuração Baiana (1798) – "Revolta dos Alfaiates" “Animai-vos Povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade: o tempo em que todos seremos irmãos: o tempo em que todos seremos iguais." (in: RUY, Afonso. A primeira revolução social do Brasil. p. 68.) Ao contrário das anteriores, tem origem e liderança popular, tinha os mesmos objetivos mais amplos que das anteriores, buscavam principalmente mudanças sociais e foi o primeiro movimento no Brasil a se posicionar contra a escravidão(apesar disso, contou com apoio de intelectuais e até alguns integrantes da elite baiana). Em 1797 foi aberta a loja maçônica "Cavaleiros da Luz", idealizada por Cipriano Barata (medico dos pobres). Cipriano procurava divulgar as idéias da Revolução Francesa, assim como os ideais liberais iluministas, a Independência dos EUA, a Revolução Haitiana e a Inconfidência Mineira, todos movimentos influenciadores da Conjuração Baiana. Lideres mulatos de classe baixa que viviam na periferia de salvador influenciados pelas idéias da revolução começam a planejar a revolta, mas ingênuos espalham cartazes chamando as pessoas para a luta. Com isso, o governo invade a loja maçônica Cavaleiros da Luz, prendendo muitos integrantes do movimento, que acabaram denunciando os líderes. Ao final muitos foram condenados ao degredo e à morte. Finalmente, no dia 8 de Novembro de 1799, procedeu-se à execução dos condenados à pena capital, por enforcamento, na seguinte ordem: 26 1. soldado Lucas Dantas do Amorim Torres; 2. aprendiz de alfaiate Manuel Faustino dos Santos Lira; 3. soldado Luiz Gonzaga das Virgens; e 4. mestre alfaiate João de Deus Nascimento. e) a introdução do trabalho livre em substituição à mão-de-obra escrava e a indenização aos grandes proprietários escravagistas era defendida pelos inconfidentes. O quinto condenado à pena capital, o ourives Luís Pires, fugitivo, jamais foi localizado. Pela sentença, todos tiveram os seus nomes e memórias "malditos" até à 3a. geração. 2. (UFMG) Leia este trecho de documento: "Pernambucanos [...] o povo está contente, já não há distinção entre Brasileiros, e europeus, todos se conhecem irmãos, descendentes da mesma origem [...] Um governo provisório iluminado escolhido entre todas as ordens do Estado, preside a vossa felicidade [...] Vós vereis consolidar-se a vossa fortuna, vós sereis livres do peso de enormes tributos, que gravam sobre vós; o vosso, e nosso País [= Pernambuco] subirá ao ponto de grandeza, que há muito o espera, e vós colhereis o fruto dos trabalhos e do zelo dos vossos Cidadãos. Ajudaios com [...] a vossa aplicação à agricultura, uma nação rica é uma nação poderosa. A Pátria é a nossa mãe comum, vós sois seus filhos, sois descendentes dos valorosos Lusos, sois Portugueses, sois Americanos, sois Brasileiros, sois Pernambucanos." Revolução Pernambucana (1817) A mais importante, se considerarmos que foi levada à luta armada. Não se apóia nos extremos, nem elitista demais nem popular demais, formada por diversos setores sociais ( comerciantes, profissionais liberais vinculados à maçonaria - Loja : "Areópago de Itambé"). A fome provocada por uma grande seca em 1816 impulsionou setores mais populares a participarem da revolta. O Seminário de Olinda foi uma das fontes intelectuais do movimento, sustentando ideais nacionalistas como um hábito rebelde de brindar com cachaça (e não vinho – produto português) com um sonoro grito: morte à Portugal. Dentre os lideres principais destaca-se o comerciante capixaba de Itapemirim, Domingos Martins que vivia em P.E na época da Revolução e acabou fuzilado. Domingos Martins foi executado em 12/06 na Bahia e entra para a história como herói capixaba. A revolta armada estoura em março de 1817, os revoltosos pegam em armas e chegam a dominar o poder, assumindo o governo local com uma junta revolucionária, mas foi por pouco tempo. A resposta de Portugal foi rápida porque o Rei D. João estava no Brasil e ordena uma violenta repressão. Atenção queridos alunos, aqui é o professor Rodrigo Simão para lembras que as revoltas separatistas são prioridade. Proclamação do Governo Provisório Revolucionário de Pernambuco, em 9 de março de 1817. Considerando-se os princípios que fundamentam a Revolução Pernambucana de 1817, é INCORRETO afirmar que seus participantes a) consideravam irrelevantes as questões tributárias e desigualdades existentes entre "Brasileiros", "Pernambucanos" e "Portugueses". b) entendiam que a riqueza tornava uma nação poderosa, sendo a agricultura vista como uma atividade econômica importante para a Pátria. c) promoveram a constituição de um Governo Provisório em Pernambuco, em oposição ao Governo Monárquico chefiado por D. João. d) reconheciam como identidades coletivas os "Pernambucanos", os "Portugueses" e os "Brasileiros", defendendo que todos eles eram filhos da Pátria. EXERCÍCIOS 1. (UFPI) Acerca da Inconfidência Mineira (1789), é correto afirmar que: a) a Coroa Portuguesa, diante da possível vitória do movimento, negociou com os inconfidentes e propôs a anistia total aos revoltosos. b) o projeto dos inconfidentes, com o objetivo de deslocar mão-de-obra para as minas, incluía o fechamento de engenhos e de fábricas de tecidos. c) a maior parte da direção do movimento era formada por pessoas pobres, e em suas propostas havia a defesa da extinção da propriedade privada. d) a rebelião ocorreu em um contexto no qual acontecia a diminuição da produção do ouro e o aumento na cobrança de imposto por parte da Coroa Portuguesa. 3. (UFES) No final do século XVIII, a colônia brasileira foi palco de dois movimentos que atestaram a Crise do Antigo Regime. Acerca das influências filosóficas e ideológicas da Inconfidência Mineira (1789) e da Conjuração Baiana (1798), é correto afirmar que: I. os movimentos em questão foram conseqüências da expansão napoleônica, principalmente no que se refere à educação básica no mundo colonial. II. estavam presentes o ideal de liberdade econômica e de igualdade jurídica do pensamento iluminista. III. o nacionalismo defendido como princípio básico da Revolução Francesa não estava presente. 27 De acordo com as proposições anteriores, assinale: a) se todas estiverem corretas. b) se apenas a proposição I estiver correta. c) se apenas a proposição II estiver correta. d) se somente a proposição III estiver correta. e) se as proposições II e III estiverem corretas. estendendo-se também a Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. IV. A revolta foi sufocada apenas dois anos depois por tropas aliadas, reunindo forças armadas portuguesas, francesas e inglesas. V. Propunha a República, com a igualdade de direitos e a tolerância religiosa, mas não previa a abolição da escravidão. 4. (UNICAMP) A respeito da caracterização dos inconfidentes, tema presente em todo o Romanceiro, considere o texto adiante. A análise da extração social dos revolucionários indica, claramente, que em Minas a inquietação está lastreada pela prosperidade (de lavras, terras de lavoura, de gado e de escravos): a revolução é intentada por homens de posse. É correto apenas o afirmado em a) I, II e III. b) I, III e V. c) I, IV e V. d) II, III e IV. e) II, III e V. (Carlos Guilherme Mota. "A idéia da revolução no Brasil (1789-1801)". São Paulo: Cortez, 1989, p. 115) GABARITO Capítulo I 1. C 2. D 3. D 4. C 5. A 6. D 7. A A medida da Coroa que incidiu sobre essas posses e acirrou os desejos de rompimento com a metrópole foi a a) resolução da rainha, D. Maria I, de proibir a agricultura de subsistência na região de Minas Gerais. b) ameaça da Derrama, cobrança de 100 arrobas de ouro anuais a todos os habitantes, de forma indiscriminada. c) nomeação de Contratadores, encarregados de cobrar todos os tributos destinados à metrópole. d) oficialização do Quinto, imposto que incidia sobre a produção mineradora, da qual 20% destinava-se a Portugal. e) instituição da Devassa, apuração dos proprietários suspeitos de conspirarem contra a Coroa. Capítulo II 1. C 2. A 3. B 4. D 5. C 6. E Capítulo III 1. F - F - V - F – F 2. 02 + 04 + 08 + 64 = 78 3. D 4. A 5. C 6. C 7. A 5. (UFES) A Conjuração Baiana (1798) diferenciou-se da Conjuração Mineira (1789), entre outros aspectos, porque aquela: a) envolveu a alta burguesia da sociedade do Nordeste. b) pretendia a revogação da política fiscal do Marquês de Pombal. c) aglutinou a oficialidade brasileira insatisfeita com seu soldo. d) teve um caráter popular, com preocupações sobretudo sociais. e) ficou também conhecida como "revolta dos marinheiros". Capítulo IV 1. C 2. B 3. B 4. C 5. B 6. E 7. E 8. D Capítulo V 1. B 2. D 3. E 4. A 5. A 6. D 7. A 6. (UFES) Leia os itens a respeito da Revolução Pernambucana de 1817. I. Possuiu forte sentimento anti-lusitano, resultante do aumento dos impostos e dos grandes privilégios concedidos aos comerciantes portugueses. II. II. Teve a participação apenas de sacerdotes e militares, não contando com o apoio de outros segmentos da população. III. Foi uma revolta sangrenta que durou mais de dois meses e deixou profundas marcas no Nordeste, com os combates armados passando de Recife para o sertão, Capítulo VI 1. D 2. A 3. C 4. B 5. D 6. B 28 29