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Revista de Medicina e Saúde de Brasília
Rev Med Saude Brasilia
Volume 4
ISSN 2238-5339
Suplemento 1
Agosto 2015
 Editor Chefe Osvaldo Sampaio Netto (Brasília ‐ DF)  Editores Vitor Laerte Pinto Júnior (Brasília ‐ DF) Fábia Aparecida Carvalho Lassance (Brasília ‐ DF)  Editores Associados Clayton Franco Moraes (Brasília ‐ DF) Antonio Carlos de Souza (Brasília ‐ DF) Diaulas Costa Ribeiro (Brasília ‐ DF) Ana Claudia Cavalcante Nogueira (Brasília ‐ DF) Antônio Sérgio Torloni (Mayo Clinic ‐ USA)  Conselho Editorial Alfredo Inácio Fiorelli (São Paulo ‐ SP) Armando José China Bezerra (Brasília ‐ DF) Cristiane da Cruz Lamas (Rio de Janeiro ‐ RJ) Demétrio Antônio Gonçalves da Silva Gomes (Brasília ‐ DF) Francisco Romão Ferreira (Rio de Janeiro ‐ RJ) Heinrich Bender Kohnert Seidler (Brasília ‐ DF) João Bosco Dupin (Ipatinga‐ MG) José Cerbino Neto (Rio de Janeiro ‐ RJ) Ledismar José da Silva (Goiânia ‐ GO) Liana Lauria Pires (Brasília ‐ DF) Lucy Gomes Vianna (Brasília ‐ DF) Mirna Danitza Ugarte Antezana (Brasília ‐ DF) Neuza Lopes Araujo Faria (Brasília ‐ DF) Otoni Moreira Gomes (Belo Horizonte ‐ MG) Parizza Ramos de Leu Sampaio (Brasília ‐ DF) Roberto José Bittencourt (Brasília ‐ DF) Tânia Torres Rosa (Brasília ‐ DF)  Coordenadora da Editora Universa Angela Clara Dutra Santos  Suporte ao Portal de Revistas Eletrônicas Paulo Jose Medeiros Moraes Editora Universa
QS 07 Lote 01 EPCT Sala N 101
71966-700 Taguatinga - DF
e-mail: [email protected]
Revista de Medicina e Saúde de Brasília
QS 07 Lote 01 EPCT Sala C 104
71966-700 Taguatinga - DF
e-mail: [email protected]
Acesso eletrônico: http://portalrevistas.ucb.br Os conceitos e opiniões emitidas nos artigos são de inteira responsabilidade dos autores.
Para os artigos aprovados para publicação, a revista não deterá o direito autoral, mas
sempre deverá ser citada a fonte quando o artigo for mencionado.
O manuscrito poderá ser redigido em português, espanhol ou inglês de acordo com as
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QUALIS/CAPES (B4: Saúde Coletiva; B5: Interdisciplinar e Educação Física). Revista de Medicina e Saúde de Brasília X CONGRESSO MÉDICO DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA (X CMUCB) PROGRAMA 17/08/2015 AUDITÓRIO DO BLOCO CENTRAL 19:30 Credenciamento 20:00 Abertura Prof. Dr. Osvaldo Sampaio Netto Prof. Dra. Thalita Ramos Ribeiro Raphaela Mendes Moreira Guilherme dos Santos Queiroz Auro Vieira de Paiva Júnior 20:30 Judicialização da Medicina e Gestão Jurídica do Risco na Atividade Médica Dr. Raul Canal 18/08/2015 08:00 – 09:00 09:00 – 10:00 10:00 – 10:30 10:30 – 12:30 12:30 – 14:00 14:00 – 14:50 15:00 – 16:00 16:00 – 16:30 16:30 – 17:30 17:30 – 19:30 18/08/2015 08:00 – 09:00 09:00 – 10:00 10:00 – 10:30 10:30 – 12:30 12:30 – 14:00 14:00 – 14:50 AUDITÓRIO M Temas livres Cirurgia Cardiovascular ‐ Circulação Extracorpórea Dr. Paulo Victor Alves Tubino Coffee break Oncologia Ginecológica ‐ Caso Angelina Jolie Dr. Evandro Oliveira da Silva e Dra. Lucimara Priscila Campos Veras Temas livres e Feira de Saúde Medicina Investigativa – IML Dr. Malthus Fonseca Galvão Médico em Foco: Lidando com o Esgotamento Físico e Mental da Profissão Lucas Carvalho de Rezende Coffee break Como Prestar um Serviço de Qualidade no Sistema de Saúde Atual Dr. Fernando José Silva de Araújo e Dr. Christiano Carvalho Miranda Peres Flores Curso das Ligas Acadêmicas ‐ LIM e LCUCB ‐ Condutas em Ginecologia Oncológica AUDITÓRIO K Temas livres Uso da Biologia Molecular na Dermatologia Dr. Ciro Martins Gomes Coffee break A Importância do Diagnóstico Precoce e Tratamento da Hanseníase Dr. Eugênio Galdino de Mendonça Reis Filho, Dr. Carlos Bernardo Tauil e Dr.Ciro Martins Gomes Temas livres e Feira de Saúde Residências Médicas ‐ Residentes Egressos Dr. Hélio Henrique Medeiros Pires; Dr Roberto Luiz Bisol; Dr. Christopher Seo Min Bae; Dr Alex Julio Tramontini; Dra Vanessa Barto Pfeilsticker Dra Rosana de Paula Laurindo 2 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília 15:00 – 16:00 16:00 – 16:30 16:30 – 17:30 17:30 – 19:30 19/08/2015 08:00 – 09:00 09:00 – 10:00 10:00 – 10:30 10:30 – 12:30 12:30 – 14:00 14:00 – 17:30 17:30 – 19:30 19/08/2015 08:00 – 09:00 09:00 – 10:00 10:00 – 10:30 10:30 – 12:30 12:30 – 14:00 14:00 – 17:30 20/08/2015 08:00 – 09:00 09:00 – 10:00 10:00 – 10:30 10:30 – 12:30 12:30 – 14:00 14:00 – 15:00 15:00 – 16:00 16:00 – 16:30 Cirurgia Plástica ‐ Próteses e Câncer de Mama Dr. Ismar Ribeiro Junior Coffee break Saúde Emocional do Acadêmico de Medicina Dra. Mônica Cristina de Melo Curso das Ligas Acadêmicas ‐ LAPED e LIDEM ‐ Abordagem de Crianças e de Adolescentes Vítimas de Violência Sexual AUDITÓRIO M Temas livres Uso Indiscriminado de Lentes e Colírios Dra. Letícia Fernandes Barroso Coffee break Palestra Laboratório Sabin Temas livres e Feira de Saúde Temas livres Cursos das Ligas Acadêmicas LICOR‐ Sessão Clínico‐prática em Cardiologia LIDERMA‐ Tumores Cutâneos Epidérmicos‐Cirurgia Mohs AUDITÓRIO K Temas livres Acupunturiatria: Informações Básicas Essenciais e Neurofisiologia de sua Ação Dra Dinamara Kran Rocha Coffee break Parto Humanizado ‐ Vantagens e Riscos Dr. Fábio Santana dos Passos e Dr. Alberto Carlos Moreno Zaconeta Temas livres e Feira de Saúde Temas livres AUDITÓRIO M Medicina do Esporte Dr.Jose Juan Blanco Herrera Câncer da Tireoide: Epidemia da Doença ou do Diagnóstico? Dra. Valéria Cunha Campos Guimarães Coffee break Processos Bariátricos Dra. Patrícia Sales Marques da Cruz Rodrigues e Dr. Gustavo de Sousa Arantes Ferreira Temas livres Bases da Angiologia Dr. Múcio Lopes da Fonseca Interpretação de Hemogramas Dra. Nadia Cristina de Sousa Misael Coffee break 3 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília 20/08/2015 08:00 – 09:00 09:00 – 10:00 10:00 – 10:30 10:30 – 12:30 12:30 – 14:00 14:00 – 15:00 15:00 – 16:00 16:30 – 17:30 17:30 – 18:30 AUDITÓRIO K Novas Condutas e Diagnóstico em Oncologia Dra. Cejana De Mello Campos e Dra. Adriana Castelo Caracas de Moura Urgência e Emergência em Cardiologia ‐ Dor Torácica Dra. Thasiely Moura Faria Coffee break Reabilitação em Trauma Dra. Mariana Gonçalves Ferrer, Dra. Joseane Brostel Figueiredo e Dr. José Inácio de Almeida Neto Temas livres Atualidades na Nefropediatria Dra. Laila Pinto Coelho Transplante Renal Pediátrico Dra. Keilla Mayumi Castelo Branco Uchoa A Atenção Primária à Saúde na Prática Dra. Tatiana Fonseca da Silva, Dr. Thiago Sousa Neiva e Dra. Talita Lemos Andrade Encerramento e Premiações Prof. Dr. Osvaldo Sampaio Netto Profa. Dra. Tatiana Fonseca da Silva Guilherme dos Santos Queiroz Auro Vieira de Paiva Júnior Sara Cardoso Paes
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília X CONGRESSO MÉDICO DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA (X CMUCB) Comissão Central
Osvaldo Sampaio Netto
Raphaela Mendes Moreira
Comissão cientifica
Thalita Ramos Ribeiro
Guilherme dos Santos Queiroz
Ana Carolina Franco Cabral
Ana Raquel Souza de Azevedo
Danielle Rabelo Gonzalez Vildman
Gabriela Silva Esper
Fernanda Guedes Ferreira
Eduarda Vidal Rollemberg
Nathália Telles da Costa
Camila Braz Prudente
Lara de Souza Moreno
Camila Pereira Rosa
Fillipe Ferreira Rodrigues
Matheus Castilho Corrêa
Comissão de Temas Livres
Greice de Campos Oliveira
Ludmila Borges Eckstein Canabrava
Camila Dias Rodrigues
Sara Cardoso Paes
Milla Carolina Costa Lafetá Araújo
Izabela Rodrigues Figueiredo
Josiane Aparecida Duarte
Brunna Cintra de Azevedo
Bruna Gabriel Heinen
Natália de Andrade Castro
Melissa de Andrade Baqueiro
Thamara de Oliveira Vasconcelos
Comissão de Certificação
Lais Dutra de Freitas
Vinicius Martins Vilela
Gabriela Cavalcante Pires Basto
Pedro Henrique de Souza Tavares
Heloisa Yukie Arake Shiratori
Moisés Elias de Souza Alves
Vítor de Carvalho Neiva Pinheiro
Arthur Ney Alves Donato
Comissão de Divulgação
Rosalvo Streit Júnior
Laís Carvalho de Freitas
Bruna Miclos de Oliveira
Barbara Guimarães Avelar
Matheus Castilho Corrêa
Tesouraria
Alessandra de Souza Rocha
Allana Laís Rocha Pereira
Ana Carolina Borges Garcia
Lorena Bessa Freire Rolim
Comissão de inscrição
Rodrigo Pereira Pio
Amanda de Castro Machado
Alessandra de Souza Rocha
Luísa Villela Biazon
Mariana Carolina Braga
Lis Rocha Campos
Matheus Silveira Carneiro Idelfonso Dourado
Leonardo Kenzo Takashima de Almeida
Diego Vinicius Gonçalves Santana
Guilherme Miguel Thomé de Carvalho
Comissão de Infraestrutura
Auro Vieira de Paiva Júnior
Allana Tamires Bonfim Nogueira
Amanda Batista Alves
Ana Raquel Nascimento Lawall
Anna Flávia Magalhães Castrillon de Macêdo
Danillo Ferreira Amaral
Débora Luiza Albano Fulgêncio
Deborah Roberta L. Raupp
Everaldo Tavares de Brito
Francisca Joelma Rodrigues de Lima
Gabrielle Everton Sousa
Guilherme Meneses Dourado
Isabella Miranda Guimarães
Izabella Maranhão Monteiro
Jéssica Acosta Alves Freitas
Júlia de Andrade Figueiredo
Juliana Faleiro Pires
Lara de Paula Sousa
Marcela Santos Vilela
Mariana Quaresma Cavalcante
Marina Souza Rocha
Maysa Siqueira Lopes de Oliveira
Pamella Renata Marinho Miranda
Raphael Andrade Gonçalves Borges
Rayssa Carvalho Teodoro
Tainá Alves Martins Cordeiro
Tamise Dal Secco Casioca
Tayane Oliveira Pires
Vinícius Oliveira Domingues
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: A aplicabilidade do protocolo de tratamento Neonatal da Sífilis Congênita em Hospital de
Médio Porte
Guilherme dos Santos Queiroz
Ana Raquel Souza de Azevedo
Izabela Rodrigues Figueiredo
Aline Magalhães Rodrigues
Renato da Silva Cordeiro Colenghi
Marcelo Joaquim Barbosa
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Revelar a eficácia de um protocolo aplicado de forma adequada e dentro dos prazos
preconizados,a fim de melhorar o quadro de saúde do recém nascido com sífilis congênita(SC) em
hospital de médio porte no Distrito Federal.
Material e métodos: Estudo observacional de caráter transversal e retrospectivo de pacientes com SC
de janeiro de 2012 a dezembro de 2104 no Hospital Regional de Ceilândia-DF.
Discussão: A Sífilis Congênita(SC) é ainda hoje uma doença de importância epidemiológica e de
notificação compulsória no Brasil desde 1986.Atualmente, o Ministério da Saúde preconiza a
realização do VDRL(VeneralDiseasesResearchLaboratories) no sangue periférico do recém-nascido,
hemograma completo, radiografia de ossos longos, exame de líquor(LCR) e a pesquisa de outras
infecções congênitas de transmissão sexual em todos os neonatos filhos de mães soropositivas para
sífilis.Em virtude de casos cada vez mais preocupantes para a saúde pública, o foco passa a ser
também o Pós-Natal, de forma em que um pré-natal mal elaborado, acarreta conseqüências para o
processo de desenvolvimento da criança.Cerca de 89,39% dos 66 casos de recém-nascidos com SC
utilizaram devidamente o protocolo de tratamento.Há uma forte necessidade de enfatizar para mães e
comunidade, que o devido Pré-Natal otimiza a qualidade de vida da criança, e reduz gastos no que se
refere à assistência.
Conclusão: Por meio da análise dos dados pesquisados, vê-se que aqueles pacientes cujas mães não
realizaram um Pré-natal adequado, tiveram como consequência um maior tempo de internação, mas
apresentaram um desfecho clínico favorável com um grande número de altas hospitalares.Este
fato,evidencia a aplicabilidade do protocolo para tratamento Pós-Natal no hospital.No entanto, é
notória a importância da atenção ao pré-natal, uma vez que os casos de SC geram gastos e deve ser
prioridade na assistência.
Email: [email protected]
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: A casa perfeita para prevenção de quedas em idosos
Camila Luz Costa
Lucas Henrique De Souza Lopes
Francisco Caetano Rosa Neto
Pamella Renata Marinho Miranda
Kelsen Mota Moura
Demétrio Antonio Gonçalves
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Esse trabalho objetiva analisar os fatores extrínsecos em domicílios mais prevalentes nas
quedas de idosos (60 anos ou mais), a partir de estudos já realizados.
Metodologia e fonte de dados: No trabalho realizado foi utilizado o método exploratório, com
revisão bibliográfica em bases de dados, como Medline, Pubmed e Scielo, em línguas inglesa e
portuguesa entre os anos de 2009‐2014. Como critérios de busca definiram‐se as seguintes palavras
chave: acidentes por quedas, domicílios, fatores de risco, idoso, prevenção.
Discussão: Na população de idosos estudados, houve maior prevalência de quedas em casa, com
mais de 50% em todos os estudos. O que é esperado, tendo-se em vista, que os idosos passam mais
tempo em casa. A área das casas com alto índice de irregularidade são os banheiros, que na maioria
das vezes não possui barras de apoio, tanto ao redor do vaso sanitário como na área do box e, o piso
muitas vezes não é antiderrapante, tornando-se um ambiente propício para quedas principalmente
durante e após o banho. A área externa, como a garagem, é a que possui maior prevalência de queda,
principalmente pela irregularidade e desníveis do piso e, iluminação inadequada. Assim, merece uma
atenção especial, e mudanças como um piso áspero, antiderrapante e uma superfície plana. A analise
desses dados, nos mostra a necessidade de mudanças nas casas, que visam prevenir possíveis quedas
de idosos por fatores extrínsecos, risco ambientais definidos como elementos físicos. O que tornaria
o domicílio um local menos susceptível a quedas. Algumas das mudanças que podem diminuir o
risco que quedas de idosos, em domicílios são: a instalação de barras de apoio na região do banheiro;
iluminação adequada de todos os cômodos da casa; instalação de interruptores em lugares
estratégicos; utilização de tapetes antiderrapantes; e se houver escada, instalação de corrimão nas
laterais e faixas antiderrapantes nos degraus.
Conclusão: Nesse estudo foi verificado que a maior prevalência de quedas em idosos foi dentro de
casa e que algumas mudanças podem evitar as quedas por fatores extrínsecos, além de tornar a casa
um local mais seguro. Mostrando a importância de conhecer a relação entre as quedas e seus fatores
de risco passíveis de intervenção. Pois assim, pode-se agir de forma objetiva prevenindo futuras
quedas e suas consequências, como a perda de autonomia e independência dos idosos.
Email: [email protected]
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: A Composição do Laboratório de Habilidades do ICDF Taguatinga na Formação Médica da
UCB
Paulo D'Arcadia de Brito Neto
Douglas Fernando Corrêa
Antonio Carlos Souza
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Expor o ambiente de treinamento das habilidades da prática médica do ICDF –
Taguatinga, por meio de fotos e descrição dos cenários, a fim de elucidar a importância do
laboratório de Habilidades na formação médica.
Material e métodos: O método utilizado neste trabalho se baseou em fotografar os ambientes
montados no ICDF Taguatinga e posterior comparação com as normas de composição dos
Laboratórios de habilidades. Posteriormente, a exposição de fotos dos ambientes das salas de
exercícios práticos servirá para enfatizar o objetivo de cada cenário e como se dão as práticas de
cada local.
Discussão: O Laboratório de habilidades consiste numa alternativa de apoio pedagógico, atuando
como uma atividade antecipatória das práticas de treinamento de habilidades com o paciente. Para o
bom funcionamento do laboratório de habilidades é necessária a concepção de pequenas salas,
denominadas estações, separadas por vidros e interligadas, a fim de proporcionar o treinamento dos
alunos. Os cenários do ICDF Taguatinga contam com vários modelos de manequins para treinar
todas as habilidades necessárias à formação do médico generalista, como punção venosa superficial
e profunda, toracocentese, exame ginecológico, além de simuladores computadorizados de alta
tecnologia, que permitem grande versatilidade de uso, sendo utilizados para simular cenários de
trauma, medicina intensiva e centro cirúrgico. Baseado nesses fatos e na ótima estrutura que a UCB
possui, achamos necessária essa exposição dos ambientes, para que a sua divulgação favoreça seu
uso, a fim de melhorar nossa formação médica.
Conclusão: O ambiente de aprendizado disponibilizado pela Universidade Católica de Brasília no
ICDF possui recursos que podem integrar graduação, extensão, pesquisa e pós-graduação, recebendo
pessoal de todas as áreas da saúde, além de preparar o aluno para o cotidiano médico antes de inserilo nesse mundo de forma insegura. Logo, esses ambientes podem servir de campo de treinamento
para o Ensino Baseado em Simulação dedicado a estudantes da graduação em medicina.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: A conexão entre sistema nervoso e sistema imune: a descoberta dos vasos linfáticos
meningeais
Pedro Guilherme Cabral
Adriana Hanai Cieslinski Tavares
Camila Pereira Rosa
Higor Nogueira Paes
Lara Mundim Alves de Oliveira
Flávia Toledo Simões
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Realizar uma revisão crítica sobre os potenciais efeitos que a descoberta dos vasos
linfáticos do sistema nervoso central pode gerar no tratamento de doenças neurológicas.
Metodologia e fonte de dados: Foi utilizado o método de busca com pesquisa em artigos acadêmicos,
indexados na base de dados PubMed. O trabalho foi confeccionado a partir de publicações de 20102015. Foram utilizadas as seguintes palavras chave: “lymphatic vesse ls” e “central nervous system”.
Discussão: O cérebro é um órgão que sempre foi associado à ausência da atividade do sistema
imunológico devido à falta de vasos linfáticos na região. No entanto, algumas patologias causadas
por alterações imunes, como a esclerose múltipla, ficavam sem ter uma etiologia muito bem
definida. Nessa perspectiva, foram encontrados vasos linfáticos funcionais revestindo os seios da
dura-máter, capazes de transportar células imunes e líquido cefalorraquidiano (LCR). Há pouco
entendimento em relação aos mecanismos controladores da entrada e da saída de células imunitárias
no sistema nervoso central, porém essa descoberta revela que o sistema imune está intimamente
associado ao sistema nervoso. Com essa informação, pode-se suspeitar que o mau funcionamento
dos vasos linfáticos da meninge pode ser o causador de uma variedade de doenças neurológicas que
têm suas manifestações de natureza imunológica. A doença de Alzheimer, por exemplo, é causada
pelo acúmulo de aglomerados de proteínas dentro (proteína tau) e fora (beta-amilóide) dos
neurônios. Acredita-se que esse acúmulo ocorre porque a remoção pelo sistema linfático não está
funcionando de maneira adequada. Esclerose múltipla e algumas formas de linfedema primário
também podem estar associados a esse mau funcionamento. Isso abre a possibilidade de testes
mecânicos com essas doenças e da criação de novos tratamentos médicos.
Conclusão: A presença de um sistema linfático no sistema nervoso central pode causar uma
reavaliação em princípios da neuroimunologia, como a classificação do cérebro como sítio imunoprivilegiado, e proporcionar um novo caminho para o aprendizado e o desenvolvimento de
tratamentos médicos para doenças neuroinflamatórias e neurodegenerativas associadas à disfunção
imunológica.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: A dor no recém-nascido e sua classificação
Mariana Quaresma Cavalcante
Arnaud Macedo de Oliveira Filho
Ícaro Pinto Silva
Luciana Cardoso Reis
Luísa Villela Biazon
Pedro Guimarães Pascoal
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Esse trabalho tem como objetivo apresentar aos profissionais de saúde a importância de
entender a dor em pacientes neonatais e classificá-la corretamente a partir de parâmetros fisiológicos
e comportamentais.
Metodologia e fonte de dados: Para a elaboração desse trabalho realizou-se pesquisas em livros
textos, documentos científicos da Sociedade Brasileira de Pediatria e artigos científicos disponíveis
nas plataformas SciELO, PubMed e LILACS.
Discussão: A dor, muitas vezes, é expressa por meio da verbalização. A partir do momento em que
um indivíduo não possui essa capacidade, a identificação dessa é um desafio para o profissional da
saúde, como é no caso dos neonatos. Por muito tempo acreditou-se que o recém-nascido não tinha a
capacidade de sentir dor devido à imaturidade do Sistema Nervoso Central e à ausência de memória
para dor, estudos mais recentes demonstram que o desenvolvimento do sistema nervoso inicia-se na
sexta semana de gestação, ressaltando que além do desenvolvimento anatômico há a produção de
substâncias endógenas envolvidas com a informação da dor. Na vigésima semana de gestação as vias
nociceptoras ascendentes se tornam funcionais, enquanto as vias responsáveis pela modulação e
inibição da dor encontram-se imaturas no nascimento. A partir do conhecimento sobre a capacidade
de sentir dor dos recém-nascidos é possível fazer a sua classificação partindo de dois parâmetros: os
fisiológicos e os comportamentais. Os comportamentais, como expressão facial e choro, por serem
mais subjetivos, precisam de uma relação mais atenta entre o profissional e o paciente, já os
fisiológicos que são mais concisos, como frequência respiratória e cardíaca, podem não refletir o
momento da dor. Esses parâmetros devem ser utilizados de forma conjunta para que o profissional
consiga mensurar a dor do paciente a partir de escalas.
Conclusão: Logo após o nascimento, o recém-nascido é submetido a diversos procedimentos
dolorosos que devem tentar ser amenizados pelos profissionais, para isso é importante que esses
saibam do mecanismo da dor e que também consigam mensurá-la, só assim será possível dar o
cuidado necessário, como por exemplo, indicação de analgesia e evitar futuros danos psicológicos no
desenvolvimento da criança.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: A gestação e o uso de aparelhos eletrônicos
Ana Raquel Souza de Azevedo
Larissa Araújo Dutra de Carvalho
Izabela Rodrigues Figueiredo
Monique de Almeida Vaz
Ana Raquel Nascimento Lawall
Fábio Santana dos Passos
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Avaliar a relação da exposição de grávidas ao uso de aparelhos celulares com o risco de
complicações na gravidez.
Metodologia e fonte de dados: O estudo é uma revisão de literatura baseada em artigos dos anos de
2010 a 2015 oriundos da plataforma Pubmed. As palavras-chave utilizadas foram “pregnancy” e
“eletronic devices”.
Discussão: O modo como os aparelhos eletrônicos são utilizados tem se modificado ao longo dos
últimos anos e o número de usuário, até 2010, eram de, aproximadamente, 5,2 bilhões de usuários no
mundo. Por ser a gestação um período de formação do feto e um momento de riscos de complicações
em todas as suas fases, principalmente, no 1º trimestre, um estudo de caso-controle realizado na
cidade de Tehran demonstrou uma importante relação entre o tempo de chamadas realizadas/dia com
o índice específico de absorção, um parâmetro fornecido pelos fabricantes de aparelhos celulares que
indica a quantidade de ondas eletromagnéticas absorvidas pelos tecidos humanos, em mulheres que
sofreram abortamento espontâneo com menos de 14 semanas de gestação. O risco relativo variou de
1,07 - 1,16%, sugerindo uma relação entre a exposição e o abortamento espontâneo. Outro estudo
realizado com 52.680 crianças na Dinamarca aponta o impacto dessa exposição durante e após a
gestação no desenvolvimento de cefaleia do tipo migrânea. O risco relativo em crianças que foram
expostas nessas duas fases foi de 1,30.
Conclusão: Estudos apontam uma relação significativa entre a exposição ao uso do aparelho celular
e complicações na gravidez e na saúde do concepto, entretanto ambos os estudos apresentados
reconhecem que há a necessidade de maiores pesquisas sobre o tema. Como há discordâncias em
relação ao risco envolvido nessa exposição, medidas de prevenção deveriam ser consideradas e
adotadas, como manter o aparelho longe do corpo quando não está sendo utilizado.
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11 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: A História da Anestesiologia
Guilherme Fleury Costa
Armando José China Bezerra
Everaldo Tavares de Brito
Geovanna Godinho de Sousa Teixeira
Luciana Cardoso Reis
Pedro Guimarães Pascoal
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Dissertar acerca do significado da palavra anestesia e narrar a sua história, evidenciando
todas as dificuldades existentes antes dela, mas também seus aprimoramentos ao longo do tempo,
relatando fatos históricos que marcaram a evolução não só da anestesia em si, mas de toda a
medicina.
Metodologia e fonte de dados: Uma revisão de literatura foi realizada sobre a história da anestesia,
evidenciando fatos ímpares ocorridos e suas melhorias na medicina. Obras de arte, através do livro:
Admirável mundo médico - a arte na história da medicina, e também pesquisas em bibliotecas
virtuais, foram utilizados para relatar a história da anestesia com uma maior riqueza. Palavras‐
chaves: Anestesia, História, Obras, Arte.
Discussão: No grego, an- significa ausência e aisthēsis, sensação, a palavra anestesia deriva desses
dois termos gregos, ou seja, significa ausência de sensação, mas também é considerada como a
condição de ter a sensibilidade (também a dor) inibida ou temporariamente removida. A história da
anestesia começa com Hipócrates, o pai da medicina, relatos provenientes da Grécia Antiga indicam
que ele utilizava a esponja soporífera embebida em substâncias sedativas e analgésicas extraídas de
plantas. Após o pai da medicina, aparece Dioscórides como figura importante na história da
anestesia, descobrindo os efeitos anestésicos da mandrágora, e posteriormente de muitos outros
vegetais. Antes da anestesia, operações cirúrgicas como uma amputação, eram necessárias várias
pessoas só para segurar o paciente durante por causa da dor. Por muito tempo, congelar a região a ser
operada e embriagar o paciente, foram recursos usados para aliviar a dor. Ate que em 16 de outubro
de 1846 o dentista William Thomas Morton, conduziu a primeira demonstração pública da anestesia
por inalação do éter. Após ser bem sucedido em sua operação e realizá-la sem o paciente sentir dor,
o éter passou a ser usados em vários procedimentos. Desde então, técnicas foram surgindo até que a
anestesia moderna pudesse oferecer segurança e conforto tanto a pacientes como a médicos,
revolucionando a medicina e salvando muito mais vidas.
Conclusão: Observa-se o quanto a anestesia foi importante para a medicina, bem como para a sua
evolução, pois sem ela alguns procedimentos cirúrgicos seriam quase impossíveis de serem
realizados sem quase ocasionar o óbito do paciente. Percebe-se o quanto ela faz diferença no mundo
hoje, ao comparar com tempos onde a anestesia nem existia, evidenciando assim a importância da
anestesia atualmente por meio da sua história e evolução em conjunto com a medicina.
Email: [email protected]
12 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: A história da arquitetura hospitalar
Isac César Roldão Leite
Rebeca Marques Margot
Kellen Karenine Pinho de Medeiros
Wendel Silva Issi
Marcelo Ribeiro Artiaga
Paulo Juvêncio Gomes Tubino
Instituição: Faciplac
Objetivo: Objetiva apresentar aos congressistas a importância da arquitetura hospitalar no auxílio a
manutenção e promoção da saúde no Brasil e no mundo, no desenvolvimento de diversos grandes
hospitais e ambiente de saúde além de sua interferência e influência no controle das infecções
hospitalares.
Metodologia e fonte de dados: Esta revisão histórica e bibliográfica utiliza como fonte básica de
dados as diversas bibliotecas virtuais disponíveis ao público, como lilacs, bireme e SciELO. E os
livros História Ilustrada da medicina e Personagens da História da Medicina de Silva ADS. A
pesquisa foi realizada com os seguintes termos chaves: História da Arquitetura hospitalar e
arquitetura contra infecções.
Discussão: Iniciando no Egito e Índia, a arquitetura hospitalar compõe a base contra a infecção no
meio. Na Grécia antiga e em Roma, hospitais eram templos de culto aos deuses locais, tendo como
mais conhecido o Templo Grego de Epidauro. A medicina como ciência concreta e racional surge
com Hipócrates, 500 a.C., com os primórdios da arquitetura nos templos hospitais. No século IX há
a criação dos Hospitais que eram casas de repouso para viajantes construídas próximo as rotas
comerciais e mosteiros. Com o surto de hanseníase, nos séc. XII e XIII iniciaram-se a construção de
hospitais fora das cidades com a intenção de isolar os doentes. Na Idade Média tinham-se os
hospitais mal arejados e planejados, escuros, com doentes juntos, não havendo separação por
categorias, facilitando a ocorrência das infecções cruzadas. No século XVII surge o Hospital Hôtel
Dieu em Paris, sendo o primeiro com arquitetura mais planejada, com água canalizada e quente,
padaria e lavanderia própria. No século XVIII o Hospital Lariboissière foi o primeiro a dividir as
alas de acordo com as doenças, abolindo as camas coletivas, reduzindo os casos de infecção
hospitalar, e apresentando uma arquitetura seguida por diversos hospitais. Atualmente a arquitetura
hospitalar apresenta série de portarias e legislações preconizando ambiente aberto e arejado, com
superfícies monolíticas para evitar acúmulo de microorganismos.
Conclusão: A arquitetura hospitalar atua junto à medicina desde os primórdios de sua utilização.
Busca fornecer aos seus pacientes e equipe de saúde ambientes agradáveis, funcionais e seguros no
que tange à infecção hospitalar. Com as preconizações legais na Arquitetura hospitalar foi possível
realizar a separação por categorias de doenças diminuindo os casos de infecções cruzada, sendo
auxiliado pelas características físicas macro e microvisuais adotadas pelos hospitais.
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13 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: A história dos transplantes de órgãos
Marcelo Ribeiro Artiaga
Isac César Roldão Leite
Rebeca Marques Margoto
Kellen Karenine Pinho de Medeiros
Wendel Silva Issi
Paulo Juvêncio Gomes Tubino
Instituição: Faciplac
Objetivo: O objetivo deste trabalho é proporcionar aos acadêmicos de medicina informações
históricas sobre os transplantes. Mostrando as dificuldades superadas por grandes médicos do
passado, por meio de muita dedicação, para que a técnica se tornasse viável como tratamento.
Metodologia e fonte de dados: Este trabalho é uma revisão histórica. Foram utilizados diversos
artigos nacionais e internacionais buscados nas bibliotecas públicas virtuais BIREME e LILACS.
Discussão: A ideia de transplantes de órgãos ou partes do corpo é tão antiga quanto à humanidade.
Na própria Bíblia, a formação de Eva a partir de uma costela de Adão, descrita no livro Gênesis,
esclarece bem esse fato. Com o desenrolar da história, as necessidades no campo médico
relacionadas à falência de órgãos vitais começaram a fortalecer a concretização do que antes era
visto apenas como arbitrário. A maior dificuldade em tornar possível a substituição de um órgão
falho por um sadio foram às rejeições relacionadas ao sistema imunológico do receptor. Por isso,
apenas no final do século XX com o advento dos imunossupressores os transplantes puderam passar
de um campo relativamente estagnado para um de grandes conquistas orientadas para o
prolongamento da vida. Nesse meio tempo, diversas tentativas foram realizadas destacando a
ousadia e perspicácia dos cientistas envolvidos em promover avanços na área.
Conclusão: O conhecimento das tentativas e obstáculos na história dos transplantes de órgãos
contribuem de forma positiva para o entendimento desse tipo de tratamento. Hoje, graças aos
grandes nomes associados a essa longa caminhada de conquistas na área dos transplantes, órgãos
como: pâncreas, fígado, pele, pulmão, rim, medula óssea, córnea, intestino e até mesmo coração são
comumente transplantados em quase todo o mundo.
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14 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: A Importância do Laboratório de Habilidades e Simulação na formação Médica
Paulo D'Arcadia de Brito Neto
Douglas Fernando Corrêa
Antonio Carlos Souza
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Explanar sobre a função e importância do laboratório de habilidades médicas na formação
dos alunos de medicina, além de esclarecer quais os materiais necessários para a composição e
funcionamento destes cenários.
Metodologia e fonte de dados: Consiste no método dialético de leitura e explanação baseada em
livros, sites e artigos publicados no Pubmed e Scielo. Além de exposição de fotos dos ambientes das
salas de exercícios práticos, explicitando o objetivo de cada cenário e como se dão as práticas de
cada local.
Discussão: Segundo o Instrumento de Avaliação do Curso de Medicina - produzido em 2010 pela
Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes) - em que são definidos os
indicadores, conceitos e critérios de avaliação de competências, conhecimentos, habilidades e
atitudes dos alunos dos cursos das escolas médicas do país, os Laboratórios de Habilidades são
requeridos para sua qualificação. Um laboratório de habilidades pode permitir a interação entre o
ensino da formação acadêmica e a pesquisa do desenvolvimento. Baseado no assunto, foi escolhido
o laboratório morfofuncional do ICDF – Taguatinga como ambiente de pesquisa para o presente
trabalho, a fim de valorizar o ambiente de ensino da Universidade Católica de Brasília e descrever,
por meio de fotos, a infraestrutura do local, e analisar sua composição baseado em uma revisão de
literatura. Serão apresentadas fotos das salas de sutura e paramentação, monitorização, vias aéreas,
ginecologia, trauma e RCP, punção venosa e anatomia funcional.
Conclusão: O ambiente de aprendizado disponibilizado pela UCB no ICDF possui recursos que,
além de preparar o aluno para o cotidiano médico antes de inseri-lo nesse mundo de forma insegura,
está de acordo com as normas técnicas estabelecidas. Logo, esse ambiente pode servir de campo de
treinamento para o Ensino Baseado em Simulação dedicado a estudantes da graduação em medicina.
Isso coloca a UCB em um nível privilegiado, pois são poucas as escolas de medicina com esses
espaços.
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15 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: A importância do pit stop do paciente durante o check-out e trânsito no hospital em momento
pós-cirúrgico
Maysa Siqueira Lopes de Oliveira
Arivaldo Bizanha
Bárbara Guimarães Avelar
Letícia Cardoso Morales
Clara Roriz Fernandes
Naira Coutinho Oliveira Rocha
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O artigo versa sobre a importância de uma rotina da equipe multiprofissional de centro
cirúrgico durante o trânsito de seus pacientes dentro do hospital. É fundamental ter um check out
bem acompanhado, além de um sistema de pit stop aos pacientes durante a anestesia e intervenção
cirúrgica.
Metodologia e fonte de dados: Este artigo é resultado de um estudo teórico com utilização de
procedimentos da pesquisa bibliográfica nas bases de dados PubMed e MedLine bem como, a
percepção clínica do cuidado necessário ao paciente durante a rotina acadêmica em centro cirúrgico.
Discussão: Compreender todos os estágios pelo qual um paciente deve passar dentro de um hospital
ou entidade clínica durante a sua internação é de fundamental importância para a equipe
multiprofissional que está preparada para recebê-lo. Um problema comum relatado na abordagem
médica é a possibilidade de haver complicação de um paciente durante o seu transporte pós-cirúrgico
do Centro Cirúrgico (CC) para UTI. Tendo em vista tais ocorrências, os grandes centros médicos
tem adotado um sistema de pit stop no CC. Trata-se de um método integrativo com toda a equipe de
saúde especializada, onde incluem-se as seguintes etapas: 1- anterior à ida do paciente ao centro
cirúrgico, são checadas salas preparadas, com o material e kit cirúrgico específicos, enfermeiro,
anestesiologista e cirurgião prontos para o procedimento, revisão da história clínica e confirmação da
cirurgia. 2- intervenção cirúrgica acompanhada por pelo menos 1 anestesiologista, 1 enfermeiro, 1
instrumentador e 1 cirurgião. 3- anterior à saída do paciente do CC, o anestesiologista deve
certificar-se da retomada pós-anestésica, preparação do paciente para saída com ventilação
mecânica, chamar o elevador com antecedência e transitar com o paciente sem paradas nos
corredores. 4- na chegada do paciente à UTI, é dever da equipe repassar aos médicos intensivistas o
histórico do paciente bem como sua resposta em relação ao procedimento no CC.
Conclusão: É considerado um procedimento cirúrgico bem realizado todo aquele que ocorre por
inteiro sem complicações. Embora a medicina tenha avançado ao ponto de serem evitadas grande
parte das complicações, qualquer intervenção cirúrgica ainda envolve riscos. À equipe médica, cabe
a função de colaborar para que sejam diminuídos os riscos durante o acompanhamento do paciente
em todo o seu processo, desde à chegada até a anestesia, cirurgia e pós-cirúrgico.
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16 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: A influência da infecção pelo Papiloma Vírus Humano no desenvolvimento do câncer de
cabeça e pescoço
Diego Vinícius Gonçalves Santana
Daniela Mitsue Suzuki
Ana Rosa Costa Melo
Camila Valadares Santana Rech
Fellipe Marques da Silva Araujo
Keydson Augustine Sousa Santos
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Demonstrar a importante relação entre a infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) e o
desenvolvimento de câncer (CA) de cabeça e pescoço.
Metodologia e fonte de dados: O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura que utilizou
como base de dados as plataformas de pesquisas do PUBMED e Scielo. Utilizaram-se as palavraschave: “HPV”, “head and neck cancer” e “Head and neck cancer and causes”. Não teve limitação
quanto ao ano da publicação.
Discussão: O câncer de cabeça e pescoço (CCP) é o quinto tipo mais comum de CA. Os principais
fatores de risco são o álcool e fumo, mas outros fatores, como a infecção pelo HPV, podem
influenciar o desenvolvimento deste tipo de CA. Certos tipos HPVs estão envolvidos na gênese de
doenças malignas como os CAs genitais, bem como CCP, sendo fator de risco em 25% dos casos
deste. Kreimer et al demonstraram que os tipos mais comuns eram 16 e 18, assim como nos tumores
genitais. Esta relação foi comprovada pela detecção de DNA de HPV em lavados orais e anticorpos
HPV específicos em casos de CCP. Mork et al descobriram que os pacientes com sorologia positiva
HPV16 teve mais de 14 vezes o risco de CA de orofaringe em comparação com os com sorologia
negativa. Apesar do modo de transmissão do HPV no CCP não ter sido elucidado, o comportamento
sexual foi associado à maior risco. Estima-se que 65-100 % dos adultos sexualmente ativos foram
expostas ao HPV em qualquer local anatômico. Atualmente a classificação dos CCP não se leva em
conta apenas sua localização e tamanho, mas também a presença da infecção pelo HPV. O CA HPVnegativo tem o desenvolvimento semelhante ao tipo tradicional de carcinoma epidermóide do trato
aerodigestivo superior, em que a exposição a longo prazo aos fatores de risco leva à malignidade. Já
o HPV-positivo pode se desenvolver independentemente da exposição a outros fatores.
Conclusão: A relação entre a infecção pelo HPV e o CCP ganhou destaque nos últimos tempos
devido à campanha de vacinação contra o HPV. Sabe-se que está ocorrendo um aumento importante
da infecção pelo HPV, o que pode determinar um aumento no número de casos de CA a ele
relacionados. Desse modo há necessidade de fortificar as ações preventivas contra infecção pelo
HPV e de estudos adicionais para completa compreensão do desenvolvimento do CCP, o que irá
fornecer melhora na intervenção e terapêutica.
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17 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: A influência da mudança do estilo de vida no tratamento das dislipidemias
Diego Vinícius Gonçalves Santana
Thais Reggiani Cintra
Frederico Moraes
Rodrigo Pereira Pio
Tainá Alves Martins Cordeiro
Gibran Antônio Garcia Daher
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Salientar a importância da mudança do estilo de vida (M.E.V.) e sua ação na alteração dos
parâmetros lipídicos em pacientes portadores de dislipidemias.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de uma revisão da literatura que utilizou como base de dados
as diretrizes de dislipidemias da Sociedade Brasileira de Cardiologia e as plataformas de pesquisas
do PUBMED e Scielo. Utilizaram-se as palavras-chave: “dyslipidemia” e “diet”. Não teve limitação
quanto ao ano da publicação.
Discussão: A dislipidemia é uma morbidade com alta prevalência em nossa população, e se
configura como uma das causas fundamentais de doenças coronarianas ateroscleróticas. Pode ser
classificada em hipercolestorolemia isolada ou mista (CT ou LDL-C), hipertrigliciridemia (TG) e
baixa do colesterol ligado à HDL (HDL-C). Além do tratamento medicamentoso, o tratamento não
medicamentoso também é de grande importância na mudança dos parâmetros lipídicos, sendo até
mesmo utilizado como única opção terapêutica em alguns casos. Este tratamento conhecido como
“MEV” inclui as mudanças dietéticas, perda de peso, prática de atividades físicas e cessação do
tabagismo. Sabe-se que os níveis séricos de CT e TG são aumentados em função do consumo
exagerado de alimentos ricos em colesterol, carboidratos, ácidos graxos (AG) saturados, AG trans e
calorias. Portanto a redução da ingesta desses alimentos, combinados com o aumento da ingesta de
fitoesteróis, fibras solúveis e soja podem ajudar na redução da hipercolesterolemia. Já a perda de
peso possui efeito nos três tipos de dislipidemias, com uma magnitude maior na redução do TG. A
prática de atividades físicas regulares possui nível de evidência A no tratamento dos três tipos, com
uma magnitude maior no aumento do HDL-C e diminuição do TG. Por fim, a cessação do tabagismo
possui uma maior magnitude no aumento do HDL-C, com provado nível de evidência B.
Conclusão: Devido à alta prevalência da dislipidemia e das graves consequências associadas a essa
doença, o tratamento não medicamentoso torna-se essencial para o controle do perfil lipídico destes
pacientes, e sempre deve estar presente, independente da necessidade do tratamento medicamentoso.
A resistência dos pacientes na adoção dessas “mudanças no estilo de vida” pode ser um dos fatores
limitantes desse tipo de tratamento, algo que deve ser muito bem trabalhado pelo clínico.
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18 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: A influência das condições socioeconômicas na incidência da dengue no Distrito Federal
Natália Gontijo Ribeiro
Henrique Freitas Araújo
Carlos Bernardo Tauil
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Correlacionar a incidência de casos de dengue com aspectos socioeconômicos das Regiões
Administrativas do Distrito Federal.
Material e métodos: Realizou-se uma análise comparativa entre os indicadores socieconômicos das
31 Regiões Administrativas do Distrito Federal (DF) e a taxa de incidência da dengue no ano de
2014 no DF. O indicador socioeconômico utilizado foi o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH), obtido através do site Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil com dados de 2010. Para
os valores da incidência de dengue no DF, utilizou-se o Informativo número 46 da Secretaria de
Vigilância Sanitária do DF. O cálculo da correlação entre IDH e a incidência de dengue foi feito
através da função PEARSON do MS EXCEL.
Discussão: Observa-se que a menor incidência dos casos de dengue ocorreu na Região
Administrativa (RA) do Sudoeste/Octogonal que, embora não possua o maior Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), possui um dos maiores índices do Distrito Federal (DF). Já a
maior incidência ocorreu na RA da Fercal, que possui o menor IDH do DF. Estes dados já apontam
para uma relação inversamente proporcional entre o IDH e a incidência dos casos de dengue. Com o
cálculo do coeficiente de correlação de Pearson, encontrou-se uma correlação inversa moderada
entre esses dois indicadores: -0,487.
Conclusão: Pode-se afirmar que as condições socioeconômicas - mensuradas pelo IDH - são fatores
protetores quanto à incidência dos casos de dengue no Distrito Federal, embora não sejam seu
principal determinante. Assim, ações que visem melhorias nas condições socioeconômicas devem
refletir positivamente no combate à dengue.
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19 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: A pesquisa em animais e seus aspectos éticos
Natália Pierdoná
Daniela Vinhaes dos Reis
Larissa Araújo Dutra de Carvalho
Natália Cristina Moreira Neves
Nathália Gomes Mialichi
Armando José China Bezerra
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Fazer uma breve revisão sobre o uso de animais para fins de pesquisa ao longo da história,
relacionando à criação de leis de proteção a esses animais, e destacar os aspectos éticos envolvidos
neste contexto.
Metodologia e fonte de dados: Realizou‐se uma revisão de literatura tendo por base artigos
científicos disponíveis na base de dados SciELO, publicados a partir de 2005, utilizando-se as
palavras-chave:“Research in animalsethicalaspects”. Também foramaproveitadas informações
disponíveis em sites confiáveis que discorrem sobre o assunto.
Discussão: O uso de animais com a finalidade de pesquisa tem sido feito e debatido desde a
Antiguidade, e essas discussões há muito envolvem as questões éticas desta prática. Já no século
XIX, o grande fisiologista Claude Bernard dizia ser parte da postura do cientista indiferente ao
sofrimento dos animais de laboratório. Posteriormente, ainda no século XIX, surgiram as primeiras
sociedades protetoras dos animais e a primeira lei a regulamentar o uso de animais em pesquisa, que
foi proposta no Reino Unido, em 1876. Em 1959 Russell e Burch publicaram um livro no qual
explicaram os princípios para a utilização de animais em pesquisa. No livro, a tese deles ficou
conhecida como “princípio dos 3 Rs” e engloba: Replace, Reduce e Refine. Essa tese faz uma
adequação no sentido de humanizar a utilização de modelos animais em experimentação. Em 1978, a
UNESCO, estabeleceu a Declaração Universal dos Direitos dos Animais. Neste documento foram
lançados os grandes temas de discussão sobre este assunto. Atualmente, no Brasil, a lei nº 11.794/08
(Lei Arouca), estabelece procedimentos para o uso científico de animais. Dentre as principais
mudanças que esta lei estabeleceu, está a criação do CONCEA (Conselho Nacional de Controle de
Experimentação Animal) e a obrigatoriedade da constituição das CEAUs (Comissões de Ética no
Uso de Animais) em instituições com atividades de ensino ou pesquisa com animais.
Conclusão: As pesquisas que utilizam modelos animais para sua realização não foram questionadas
por muito tempo porque tinham um alto impacto social, possibilitando avanços científicos de grande
relevância para a medicina. Atualmente, entretanto, quem deseja trabalhar com animais deve ter um
conhecimento das leis em vigência no país e tentar ao máximo segui-las. Os direitos dos animais
devem ser respeitados para que os avanços em pesquisas possam caminhar lado a lado com os
aspectos éticos desta prática.
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20 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: A polêmica do aborto provocado: papel do médico x questões ético-legais
Natália Cristina Moreira Neves
Yasmine Oliveira Vieira
Hilana Renata Moreira Araújo
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Objetiva-se trazer esclarecimentos sobre a questão do abortamento induzido que é um
tema que está muito em evidência nos últimos tempos. Foi enfatizado a real função do médico e o
ponto de vista legal sobre esse assunto.
Metodologia e fonte de dados: Para confecção desta revisão de literatura utilizou-se a busca de
artigos científicos presentes na base de dado Scielo entre os anos de 2010 a 2014, bem como
documentos encontrados no site do Ministério da Saúde. As palavras-chave pesquisadas foram:
aborto provocado, aborto induzido e abortamento.
Discussão: Conceitua-se abortamento como o término de uma gestação cujo feto tenha menos de
500g ou idade gestacional inferior à 20-22 semanas, podendo ser um ato desejado ou involuntário. O
aborto induzido é crime segundo os artigos 124 a 127 do Código Penal Brasileiro. Existem apenas
duas situações que há amparo legal para esta prática: quando a gestante corre risco de vida ou em
caso de estupro, se a mulher desejar interromper a gravidez. Atualmente, o aborto é visto como um
problema de saúde pública devido aos níveis elevados de morbimotalidade materna. O papel do
médico frente a um aborto provocado é fornecer a assistência adequada a fim de garantir a sobrevida
e evitar complicações. Neste caso, apesar de ser um ato ilegal não cabe ao médico julgar ou
condenar a paciente pelas suas escolhas. Cumprindo-se o atendimento, torna-se fundamental
fornecer orientações sobre o planejamento familiar para que se evite novos abortamentos futuros. O
médico deve zelar pelo sigilo profissional garantido pelo Código de Ética Médica (Resolução CFM
nº 1.931/09), estando impedido de denunciar a paciente para qualquer autoridade, seja ela policial,
judicial ou o Ministério Público. Se houver descumprimento do que é preconizado pela legislação, o
mesmo poderá responder por infringir a lei vigente no país.
Conclusão: Por se tratar de uma prática executada clandestinamente, o abortamento provocado é
responsável pela quarta causa de morte materna. O médico deve prezar pelo respeito aos direitos
humanos das mulheres, agindo com imparcialidade e afastando qualquer tipo de discriminação,
independente de crenças religiosas ou ideologias pessoais. Ou seja, espera-se que ele garanta a
privacidade no atendimento e a confidencialidade das informações.
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21 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Abdominoplastia tardia para tratamento de sequelas pós-correção de extrofia vesical
Higor Nogueira Paes
Flávia Toledo Simões
Camila Pereira Rosa
Pedro Guilherme Cabral
Lara Mundim Alves de Oliveira
José Egídio Novais Simões
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Realizar uma revisão crítica sobre os potenciais efeitos da abdominoplastia como uma
abordagem para a correção de deformidades na parede abdominal inferior em pacientes que já foram
submetidos a um tratamento primário da malformação urogenital em questão.
Metodologia e fonte de dados: Foi utilizado o método de busca com pesquisa em artigos acadêmicos,
indexados nas bases de dados PubMed, Scielo e Revista Brasileira de Cirurgia Plástica. O trabalho
foi confeccionado a partir de publicações de 2009-2013. Foram utilizados os seguintes descritores:
“Bladder exstrophy”, “Urogenital surgery” e “Abdominoplasty”.
Discussão: Uma das malformações mais graves do trato gênito-urinário é a extrofia vesical e na
maioria das vezes são quadros de extrema complexidade para cirurgiões pediátricos e urologistas
normalmente sendo necessários vários estágios de reconstrução. Apresenta prevalência de 2,3
meninos para cada menina e incidência por volta de 1:50.000 nascidos vivos. Por se tratarem de
quadros complexos, as abordagens cirúrgicas para a correção podem ser controversas, e para uma
boa avaliação dos casos são levados em conta três aspectos essenciais: função fisiológica; aparência
cosmética e imagem física; e adaptação social e psicológica. Após o tratamento primário realizado
nos primeiros anos de vida com objetivo funcional, os pacientes que portam malformações do
complexo extrofia-espispádia, incluindo extrofia vesical, podem se apresentar para correções de
sequelas e deformidades abdominais gerados após o tratamento inicial. Considerando o crescimento
e definição da distribuição pilosa e adiposa, bem como após a finalização do tratamento urológico, a
correção secundária se faz importante. A correção secundária não trata apenas de aspectos
funcionais, mas também engloba a estética, e consequentemente o estado psicológico dos
indivíduos.
Conclusão: A reconstrução estética precedida pela funcional, de fato contribui para uma melhora na
qualidade de vida de pacientes que obtiveram sequelas e deformidades geradas pela correção
primária e protocolo nos casos de extrofia vesical. Devido às diferentes manifestações clínicas, há a
necessidade de adaptar os procedimentos cirúrgicos. Este trabalho pretende relatar a importância da
técnica cirúrgica estabelecida e “otimizada” para a correção das paredes abdominais desses
pacientes.
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22 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Abortamento- Relato de caso
Douglas Fernando Corrêa
Maisa da Silva Dulci Medeiros
Rayanne Garrido Monteiro de Andrade
Paulo D'Arcadia de Brito Neto
Rafael Pontes Almeida
Maria Edineide Monteiro de Andrade
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Descrever sobre as medidas tomadas em um caso de abortamento, a fim de esclarecer o
que é e não é permitido, preparando as pessoas da área da saúde nas decisões que devem ser
adotadas numa situação semelhante.
Descrição do caso: EJM, feminino, 31 anos, hígida, primigesta, G1P0A0, não soube referir DUM,
realizou sua primeira USG na 8º semana de gestação, evidenciando feto de 1,6 centímetros,
compatível com a idade gestacional, com 146 bfpm, sem evidências de anormalidade. A paciente
então foi orientada a retornar na 12º semana gestacional. Na 10º semana gestacional, sentiu dor
súbita em fisgada na região pélvica, de pequena intensidade, aliviada com compressa de água morna,
sem fator de piora e sintomas associados. Há 3 dias, expeliu muco viscoso, de coloração amarelo
escuro, de aproximadamente 1 mL, sem sangramentos. Há 2 dias, acordou com corrimento vaginal,
de grande quantidade, de coloração amarelo escuro, procurando a emergência do HRC, evidenciando
colo uterino fechado, sendo diagnosticada com aborto retido. A conduta foi aguardar a expulsão
espontânea do embrião.
Discussão: Abortamento é a morte ovular ocorrida antes da 22º semana de gestação e o processo de
eliminação deste produto conceptual é chamado de aborto. Aborto retido é a morte ovular sem
eliminação de qualquer parte fetal ou placentária. O diagnóstico é feito pela clínica (colo fechado,
útero incompatível com atraso menstrual, sangramento ausente ou presente em pequena quantidade),
por exame laboratorial (testes de gravidez) e por ecografia pélvica transvaginal, que é o método de
padrão ouro. As condutas preconizadas para este caso são a expectante (eliminação fisiológica) e a
ativa (curetagem uterina). A conduta médica tomada, foi insegura devido a paciente estar exposta a
um maior risco de infecções além de a paciente ser liberada após prescrição de Methergin, indicado
na prevenção e tratamento da hemorragia pós-parto e pós-aborto, devido à atonia uterina, porém esse
não era o caso da paciente.
Conclusão: O conhecimento das condutas indicadas e as situações na qual devemos tomá-las é
essencial para favorecer um melhor prognóstico dos pacientes nessa situação. A importância deste
trabalho está baseada nesses aspectos, uma vez que a prática clínica muitas vezes tem costumes
errôneos, portanto, é importante se atualizar para que as complicações sejam reduzidas. Isso é
claramente notado neste relato de caso.
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23 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Achados de H. pylori em pacientes assintomáticos: tratar ou não?
Mariana Mai Akaishi
Thamara de Oliveira Vasconcelos
Camila Valadares Santana Recch
Fellipe Marques da Silva Araujo
Daniela Mitsue Suzuki
Heinrich Seidler
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Determinar o tratamento ou não de erradicação do Helicobacter pylori (H. pylori) em
pacientes infectados assintomáticos e analisar suas vantagens e desvantagens.
Metodologia e fonte de dados: Para a realização do estudo, foi realizada uma revisão de literatura a
partir de artigos disponíveis nas plataformas Scielo, Pubmed e Lilacs no período de 2009 a 2015.
Também foi utilizado o II Consenso Brasileiro sobre Helicobacter pylori.
Discussão: O H. pylori é considerada a bactéria de maior prevalência mundial e sua presença está
relacionada a várias patologias gastrointestinais como gastrites, úlceras duodenal e gástrica, linfoma
tipo MALT e adenocarcinoma gástrico. Tem destaque na oncologia pois é a única bactéria
carcinógena conhecida e segundo um estudo caso-controle (NOMURA et al 1991), indivíduos
infectados por H. pylori tem de três a seis vezes mais chance de desenvolver câncer gástrico. A
maioria dos pacientes apresenta-se assintomático e por isso não existe um consenso que preconize o
tratamento indiscriminado da erradicação da bactéria. Existem estudos (RODRIGUES et al, 2012)
que mostram que a presença do H. pylori pode proteger ou não ter efeito sob outras doenças como a
doença do refluxo esofágico e asma. Por outro lado, há estudos (FORD, 2014) que demonstram que
a erradicação da bactéria reduz a incidência de câncer gástrico em pacientes assintomáticos. A única
concordância entre os profissionais de saúde é de que a erradicação do H. pylori está indicada em
todos os pacientes com úlceras pépticas pois existe uma associação com as recidivas. O II Consenso
Brasileiro sobre H. pylori não obteve consenso sobre a indicação do tratamento na dispepsia
funcional mas sugere a erradicação nas úlceras, linfoma MALT, risco de câncer gástrico e em
pacientes com uso de AINES.
Conclusão: O H. pylori é uma bactéria que oferece um grande risco para a saúde por ser causadora
de várias doenças gastrointestinais e extraintestinais. Por outro lado, por se apresentar na maioria das
vezes assintomática, existe uma polêmica sobre sua erradicação, pois pode conferir a proteção contra
outras doenças. Desse modo, o tratamento depende do conhecimento do profissional de saúde, do
tipo de doença que a bactéria irá causar e da escolha do paciente.
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24 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Acidente vascular encefálico hemorrágico após enxerto de prótese biológica de valva aórtica
Carolina Fernandes de Almeida
Camila de Lima Vieira
Aressa Leal Feitosa
Fillipe Ferreira Rodrigues
Marcelo Ribeiro Artiaga
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar caso de valvoplastia aórtica com colocação de prótese biológica que apresentou
como complicação pós-operatória acidente vascular encefálico hemorrágico, incidente infrequente
na operação de colocação de enxertos biológicos.
Descrição do caso: SCB, masculino, 53 anos, branco, casado. Possui história de hipertensão arterial
sistêmica e troca valvar aórtica por cardiopatia reumática há 7 anos, com uso de prótese metálica,
cursando bem após a alta. Em novembro de 2014, foi admitido no Hospital de Base do Distrito
Federal com suspeita de endocardite bacteriana. Com piora do quadro evidenciada radiológica e
laboratorialmente, realizou outra troca valvar em 06/01/2015 no Instituto do Coração do Distrito
Federal, com prótese biológica. No pós-operatório, realizou-se anticoagulação profilática. No 15º dia
pós-operatório, apresentou acidente vascular encefálico hemorrágico em topografia de fossa
posterior (cerebelar), apresentando urgência neurocirúrgica de descompressão por derivação
ventricular externa. A evolução pós-operatória foi lenta, porém o paciente recebeu alta
assintomático.
Discussão: O acidente vascular encefálico é a segunda principal causa de morte e a maior causa de
incapacidade em todo o mundo. É classificado em hemorrágico e isquêmico cujos fatores de risco
podem não contemplar ambos concomitantemente e, portanto, a prevenção deve ser direcionada para
cada um deles de maneira distinta. No caso supracitado, o paciente apresenta hipertensão arterial
sistêmica e uso de anticoagulação profilática no pós-operatório como fatores de risco para o acidente
vascular encefálico hemorrágico (AVEh). Em contrapartida, os possíveis eventos tromboembólicos
resultantes da cardiopatia reumática e da valvoplastia aórtica com colocação de prótese biológica,
são fatores de risco para um acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi). Observa-se, portanto
que, os fatores de risco para o AVEh suplantaram os demais, corroborando para o desfecho de um
caso característico.
Conclusão: A incidência de eventos vasculares e tromboembólicos em pacientes submetidos a trocas
valvares é alta e tem relevância no pós-operatório desses indivíduos. A história pregressa de
hipertensão arterial é fator de risco para hemorragias intracranianas. A escolha pela profilaxia do
embolismo e, por conseguinte, do AVEi pode resultar em AVEh apesar dos acidentes isquêmicos
serem os mais comuns no pós-operatório.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Acidente vascular encefálico isquêmico em paciente com agenesia de cerebral anterior
contralateral
Thiago Nunes Figueiredo Cabral
Karlos Jennysson Sousa Soares
Carolina Lopes Iwakami
Thiago Vicente Ferro
Karina Mezalira
Instituição: FACIPLAC
Objetivo: Relatar um caso de acidente vascular encefálico isquêmico de artéria cerebral anterior
(ACA) associado a uma anomalia vascular do polígono de Willis com artéria cerebral anterior
contralateral ausente.
Descrição do caso: Mulher, 44 anos, vem ao pronto-socorro com história de cefaleia de início súbito,
leve-moderada, pulsátil, sem irradiações, frontal, intermitente, com melhora espontânea há 3 dias.
Sem história de febre ou vômitos. Exame físico: sinais vitais estáveis, lentificação psicomotora,
paraparesia leve (força grau IV), sem sinais meníngeos ou alterações de pares cranianos. Tomografia
computadorizada de crânio sem contraste, evidenciou área hipodensa nas porções mediais dos lobos
frontais. Ressonância magnética de crânio comcontraste evidenciou hipersinal no Flair e T2,
cortico/subcortical nas porções mediais dos lobos frontais, com extensão às cabeças dos núcleos
caudados, parte do putamen e da cápsula externa à esquerda e tálamos, com realce pelo contraste,
com extensão até o bulbo olfatório, compatível com lesão isquêmica em território de ACA.
Angioressonância cerebral evidenciou agenesia de ACA direita.
Discussão: Variações na ACA são mais comuns nos segmentos distais. Foram descritas variações de
comprimento e diâmetro. A hipoplasia corresponde a 10%, enquanto que a aplasia de segmento
proximal da artéria cerebral anterior (A1),corresponde a 1-2% dos exames pós-morte. Hipoplasias e
aplasias estão relacionadas a dilatação ou deposição de ateroma do segmento A1 contralateral da
ACA. Este caso, descreve ausência de A1 direita, onde os segmentos distais da artéria cerebral
anterior (A2) estavam sendo fornecidos pela A1 esquerda. A anomalia vascular de A1 ipsilateral
causou alteração da dinâmica de fluxo, conduzindo ao surgimento de placa de ateroma, facilitando a
ocorrência de acidente vascular isquêmico no território desta artéria.
Conclusão: Anomalias vasculares no Polígono de Willis frequentemente estão associadas com
acidente vascular encefálico, devendo ser investigados em pacientes com queixas neurológicas e
tratadas respeitando sua anatomia, variações e preferências do paciente.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Agenesias uterina, ovariana e renal na Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser: relato
de caso
Ludmila Borges Eckstein Canabrava
Greice de Campos Oliveira
Bruna Gabriel Heinen
Camila Dias Rodrigues
Raphaela Mendes Moreira
Demétrio Gonçalves Gomes
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar caso de uma paciente jovem diagnosticada com Síndrome de Mayer-RokitanskyKuster-Hauser após realização de exames de imagem que evidenciaram agenesias renais e
ginecológicas.
Descrição do caso: C.L.L.S., 16 anos, feminino, relata ausência de menarca. Desde os 14 anos, sente
dor abdominal baixa mensal. Refere coitarca há 2 meses, mas sem penetração completa. Ao exame
físico, colo não visualizado e não palpável, vagina curta (3 cm) e palpação de membrana vaginal
transversa. Diante do exposto, solicitou-se rotina pré-operatória para plastia de septo e
ultrassonografia (US) pélvica para confirmação diagnóstica. Na US, útero e ovários não foram
visualizados. Realizou-se ressonância magnética pélvica e abdome, que confirmaram agenesia do
útero e dos 2/3 superiores do canal vaginal, agenesia do rim direito e ausência de ovário direito. O
novo diagnóstico foi Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser. Solicitou-se cariótipo e
encaminhamento da paciente para psicologia.
Discussão: A Síndrome de Rokitansky é uma forma de agenesia mülleriana caracterizada por
agenesia parcial ou completa da vagina e anormalidades uterinas e tubárias. É a segunda causa mais
comum de amenorreia primária. O cariótipo é 46,XX e os caracteres secundários são normais. Os
ovários estão normais em até 80% dos casos, mas outras malformações podem ocorrer, sendo as
renais as mais comuns. O quadro clínico é caracterizado por amenorreia primária, impossibilidade de
coito, dispareunia, e, em alguns casos, cólicas cíclicas, que decorrem da dor da ovulação. Ao exame
físico, há vagina em fundo cego, reduzida ou ausente e não palpação de colo e corpo do útero. O
diagnóstico comumente ocorre na adolescência com exames de imagem, cariótipo e investigação de
possíveis malformações associadas. O tratamento clínico consiste em dilatação do canal vaginal e o
tratamento cirúrgico em criação de neovagina.
Conclusão: A Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser é uma doença que, apesar de rara,
deve ser conhecida pelos profissionais de saúde, pois sua suspeita possibilita um diagnóstico precoce
podendo, portanto, minimizar as repercussões psicológicas e os conflitos de autoimagem que a
doença possa ocasionar.
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27 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Alimentação e Câncer: Da Prevenção ao Tratamento
Luiz Guilherme Henrique Sales Batista
Octávio Luiz Franco
Ettore Mendes Azenha
Gabriel Veloso Cunha
Guilherme Meneses Dourado
Rosalvo Streit Junior
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O presente trabalho visa tornar a terapêutica e o combate ao câncer por meio da
alimentação um conhecimento público, uma vez que reunirá inúmeras dietas propostas juntamente
com uma série de alimentos que realizam a prevenção e o tratamento, de forma menos agressiva, do
câncer.
Material e métodos: Foram utilizados dados da BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), artigos
científicos (MedLine, Scopus, Scielo e outros), os livros “Anticancer” e “The Cihina study” e dietas
propostas por cientistas no período de 2000 a 2015, a fim de propiciar uma ampla área de estudos
para se obter êxito e embasamento científico acerca das dietas e alimentos propostos.
Discussão: O câncer é um dos principais males que assolam a sociedade contemporânea.
Posteriormente a inúmeras tentativas de tratamentos convencionais não constatou-se, em muitos
casos, um progresso significativo do paciente. Todavia, ao voltar-se para tratamentos conjuntos por
meio de hábitos alimentares pôde ser percebida uma melhora no prognóstico do paciente. A
prevenção por intermédio da alimentação mostra resultados extremamente interessantes, como no
caso de um paciente masculino de 35 anos com quadro de emagrecimento, história de câncer de
peritônio, adenocarcinoma intestinal e pâncreas, que após submeter-se a dietoterapia por 24 dias
obteve melhora clínica do quadro abdominal e da desnutrição calórica proteica. Percebe-se, portanto,
que a terapia nutricional pode ser introduzida como tratamento adjuvante durante a terapia
anticâncer.
Conclusão: A partir da realização do trabalho, nota-se que os alimentos são poderosos fatores de
alteração na prevenção e tratamento do câncer, seja para melhora ou piora dele. Deve-se, portanto,
atentar-se a essa questão e propagar as informações para a sociedade, a fim de diminuir os casos de
câncer e tratá-los de maneira concomitante com a metodologia tradicional.
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28 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Alimentos light e diet na gestação
Ana Raquel Nascimento Lawall
Ana Raquel Souza de Azevedo
Izabela Rodrigues Figueiredo
Larissa Araújo Dutra de Carvalho
Monique Almeida Vaz
Fábio Santana dos Passos
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Abordar aspectos da alimentação durante a gestação, incluindo alimentos light e diet com
as respectivas indicações e contraindicações.
Metodologia e fonte de dados: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica em livros e artigos de revisão
nas bases de dados: Scielo, LILACS, PubMed, MEDLINE e com as palavras chave: “alimentos”
associada a “light”, "diet", "gestação” e seus correlatos em inglês, publicados nos últimos 12 anos.
Período da pesquisa: junho de 2015.
Discussão: Durante uma gravidez normal, são consumidas em média 300 kcal a mais por dia. Para
que o balanço energético esteja dentro do esperado, a ingesta calórica deve estar dentro de 30 a 35
kcal/kg/dia, não sendo necessária uma quantidade excessiva de calorias. A alimentação deve incluir
frutas, carboidratos e gorduras, de preferência poli-insaturadas. A paciente deve estar atenta para a
utilização de alimentos light e diet. Os alimentos diet têm restrição de um grupo de alimento ou
mesmo de sódio, mas não possuem restrição de calorias. Já os alimentos light têm restrição de no
mínimo 25% do valor calórico e/ou de carboidratos, gorduras, colesterol e sódio, comparando com
outro produto tradicional, segundo o Ministério da Saúde. O termo diet deve ser utilizado para
alimentos de fins especiais, como dietas com restrição de nutrientes, controle de peso e ingesta
controlada de açúcares. A Food and Drug Admnistration (FDA) estabelece alimentos considerados
de alto e de baixo risco para utilização na gravidez.
Conclusão: O curso adequado de uma gestação depende de uma alimentação balanceada. O
profissional de saúde tem que estar capacitado para orientar a paciente e estar atento a alguns sinais e
sintomas relacionados à alimentação inadequada para essa fase importante da vida.
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29 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Alterações da fisiologia cardiovascular durante a gestação e suas possíveis complicações
Cristina Abbad Oliveira de Castro
Mariana Quaresma Cavalcante
Gibran Antônio Garcia Daher
Raphael Andrade Gonçalves Borges
Mário de Souza Brandão Neto
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo do presente trabalho é demonstrar a importância do conhecimento das
modificações cardiovasculares durante a gestação de mulheres cardiopatas e alertar os profissionais
da saúde para as consequências de tais modificações.
Metodologia e fonte de dados: Para a elaboração desse trabalho realizou-se pesquisas em livros
textos e artigos científicos disponíveis nas plataformas SciELO, PubMed, LILACS e Google
Acadêmico.
Discussão: Mudanças hemodinâmicas são características durante a gravidez e o trabalho de parto,
entretanto, em mulheres cardiopatas, podem acarretar na piora de seu quadro clínico. As doenças
cardíacas que atingem futuras mães são notáveis causas indiretas de óbito materno entre a gravidez e
o puerpério. Fisiologicamente o corpo materno precisa adaptar-se à nova condição; para tanto,
ocorre o aumento da volemia e do débito cardíaco, além da redução da resistência vascular sistêmica
e reatividade vascular. O aumento da volemia tem início na sexta semana de gestação e tende a
manter o aumento de 30% a 40% na última metade da gestação. Esse mecanismo é responsável pelo
suprimento do útero hipervascularizado e atua no controle da perda sanguínea durante o trabalho de
parto. A hipervolemia propicia um maior retorno venoso, o que será causa das modificações na
contratilidade e distensão do ventrículo esquerdo. A frequência cardíaca também sofrerá aumento e,
em conjunto com a hipervolemia e o aumento do volume sistólico secundário, afetará diretamente no
aumento progressivo do débito cardíaco. Demonstrou-se diminuição do débito cardíaco quando
assumida a posição supina, isso se deve à compressão da veia cava inferior pelo útero gravídico, o
que diminui o retorno venoso, gerando hipotensão, bradicardia e síncope, sendo denominada, assim,
síndrome da hipotensão supina.
Conclusão: No período gestacional, as alterações cardiovasculares ocorrem de maneira progressiva
e, por isso, não costumam ser causa de problemas em mulheres saudáveis, que suportam bem as
adaptações a serem sofridas. Mulheres cardiopatas, por sua vez, requerem uma equipe com domínio
completo das alterações durante a gestação, para que a forte exigência sobre o sistema
cardiovascular seja tolerada.
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30 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Anafilaxia: reação alérgica potencialmente fatal
Marina Estábile do Patrocínio
Allana Tamiris Bonfim Nogueira
Brenda de Castro Canêdo
Sarah Rocha Estábile do Patrocínio
Natália Pierdoná
André Moraes Nicola
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo do trabalho é demostrar a importância da suspeita clínica, do correto
diagnóstico e do início precoce do tratamento para a anafilaxia, uma vez que se trata de uma
emergência médica.
Metodologia e fonte de dados: Esta revisão foi feita a partir da exploração de sites de sociedades
médicas brasileiras, além de artigos científicos publicados no SciELO e no PubMed.
Discussão: De acordo com a Associação de Alergia e Imunopatologia e a Sociedade Brasileira de
Anestesiologia, a anafilaxia é uma reação de hipersensibilidade sistêmica grave com risco de morte.
Apresenta quadro de evolução muito rápido, com alteração de pele e mucosas, do aparelho
respiratório, do trato gastrointestinal, do sistema cardiovascular, e/ou do sistema nervoso central.
Durante um episódio agudo, a suspeita clínica e a identificação da etiologia são fundamentais para
abordagem segura e adequada dos pacientes. Os mecanismos que levam à anafilaxia podem ser
imunológicos ou não imunológicos, mas é muito difícil fazer a distinção clinicamente. A anafilaxia
resulta da liberação de mediadores biologicamente ativos após a reexposição a um desencadeante.
Os episódios de anafilaxia podem ter surgimento rápido e ser unifásicos; ter surgimento tardio, ou,
ainda, ser bifásicos. O diagnóstico de anafilaxia é baseado em critérios clínicos definidos. Os
principais desencadeantes são: medicamentos, alimentos e veneno de insetos da ordem
Hymenoptera. Quanto à gravidade das reações de hipersensibilidade generalizadas, classifica-se em:
leve, moderado e grave. O tratamento de primeira linha consiste na aplicação intramuscular, de
adrenalina. É crucial também garantir a entrada de oxigênio, em alto fluxo, com máscara em
reservatório.
Conclusão: Sabe-se que a anafilaxia é subdiagnosticada, principalmente quando é o primeiro
episódio do paciente. Pela sua rápida evolução para óbito, é essencial que qualquer profissional da
área da saúde esteja familiarizado com seu diagnóstico e tratamento.
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31 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Análise da mortalidade por Silicose no Brasil: Série Histórica (1996-2013)
Amanda de Castro Machado
Vinícius Pinheiro Nogueira de Almeida
George Alencastro de Carvalho Paes Landim
Milla Carolina Costa Lafetá Araújo
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Realizar estudo epidemiológico referente à mortalidade da silicose no Brasil em pacientes
do SUS.
Material e métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo, utilizando
como base dados do DATASUS que citavam a Silicose como causa básica de óbito. Foi escolhida a
Classificação Internacional de doenças, CID-10, compreendendo os anos de 1996 até 2013. Os
indicadores de Mortalidade foram comparados de acordo com Região, Unidade da Federação,
gênero e faixa etária.
Discussão: A análise compreendeu o período de 1996 a 2013, no qual foram registrados 1921 óbitos.
De acordo com as regiões, houve predominância do sudeste com 1111 óbitos (57,8%), seguido do
nordeste 426 óbitos (22,2%), sul 241 óbitos (12,5%) , centro-oeste 125 óbitos (6,5%) e norte 18
óbitos (0,1%). Dos estados, o que apresentou maior mortalidade foi Minas Gerais 495 óbitos
(25,8%), seguido de São Paulo 455 óbitos (23,7%). É uma comorbidade quase exclusivamente
masculina com 1857 ocorrências desse gênero (96,7%), que atingiu predominantemente a faixa
etária dos 40 aos 79 anos com 1498 óbitos (77,9%), sendo 294 óbitos dos 40-49 anos (15,3%), 427
óbitos dos 50-59 anos (22,2%), 451 óbitos dos 60-69 anos (23,5%), 326 óbitos dos 70-79 anos
(16,9%).
Conclusão: A análise dos dados permitiu observar que, apesar do maior conhecimento adquirido em
relação à doença e do aumento do uso do equipamentos de proteção individual por parte dos
trabalhadores, houve um aumento da mortalidade por silicose no Brasil nos últimos anos com
predominância do sexo masculino na faixa etária dos 40 aos 79 anos. A região com maior taxa de
mortalidade foi o Sudeste, com Minas Gerais e São Paulo representando cerca de metade dos óbitos
relacionados à causa.
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32 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Análise de aspectos gerais da Gangrena de Fournier
Harlen Ferreira Soares Rodrigues
Thamara de Oliveira Vasconcelos
Lis Rocha Campos
Arivaldo Bizanha
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Abordar aspectos gerais da epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento da
gangrena de Fournier, visando delimitar a relevância clínica desta grave patologia, apesar de sua
raridade.
Metodologia e fonte de dados: Esta revisão foi realizada a partir da análise de artigos científicos
publicados entre os anos de 2012 e 2014, obtidos através das bases de dados PubMed e Scielo. As
palavras-chave utilizadas na busca foram "gangrena de Fournier", "fasciite necrosante", "Fournier's
gangrene" e "necrotizing fasciitis".
Discussão: A gangrena de Fournier, ou fasciite necrosante, é uma entidade clínica rara que acomete
1,6 a cada 100.000 homens, ocorrendo mais frequentemente na faixa etária entre 50 e 60 anos e 10
vezes mais no sexo masculino, sendo esporádicos os casos femininos. Apesar de incomum, esta
patologia possui uma elevada taxa de mortalidade que varia entre 20 e 40%. É caracterizada por uma
infecção polimicrobiana da região perineal, seguida de necrose da pele, tecido subcutâneo e tecidos
adjacentes, podendo afetar fáscias e músculos. A infecção por múltiplos microrganismos provoca
endarterite obliterante e trombose de vasos do subcutâneo, induzindo isquemia tecidual. A redução
do fluxo sanguíneo local associada à ação de enzimas bacterianas, como a colagenase, heparinase e
hialuronidase, leva à necrose perineal. Pacientes debilitados ou imunodeprimidos podem evoluir
para sepse, a causa mais frequente de morte na gangrena de Fournier. O diagnóstico desta doença é
clínico, sendo sua síndrome caracterizada por febre e edema escrotal, acompanhados por crepitações,
dor e eritema locais. Também é necessário levar em consideração os fatores de risco: obesidade,
diabetes mellitus, alcoolismo, imunodepressão e traumas regionais. O tratamento consiste em
debridamento cirúrgico e uso de antibióticos de amplo espectro, visando remover o tecido necrótico
e cessar o processo infeccioso.
Conclusão: A partir deste estudo é possível concluir que a gangrena de Fournier é uma entidade
clínica relevante. Apesar de sua raridade, ela apresenta elevadas taxas de complicações e
mortalidade, que podem ser reduzidas através do diagnóstico correto e precoce, seguido de
tratamento adequado.
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33 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Anemia Perniciosa: uma abordagem prática
Letícia Nogueira Dias
Ana Paula Lottici de Brito
Pedro Henrique Rosa Silveira
Carolina Fernandes de Almeida
Feliph Miqueias Alcantara de Souza
Hélio Henrique Medeiros Pires
Instituição: Escola Superior de Ciências da Saúde
Objetivo: A eritropoiese pode ser predicada pela ausência da vitamina B12. A principal causa de
déficit dessa vitamina no organismo é a Anemia Perniciosa. Esse estudo objetiva realizar uma
revisão bibliográfica sobre o tema, a fim de apresentar a fisiopatologia, diagnóstico e tratamento da
Anemia Perniciosa.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de uma revisão da literatura científica referente à
fisiopatologia, ao diagnóstico e ao tratamento da Anemia Perniciosa. As informações foram colhidas
de artigos científicos e guidelines encontrados a partir de pesquisa nas bases de dados (PUBMED e
Scielo), através das palavras-chave: “anemia perniciosa”, “vitamina B12”, “vitamin B12 deficiency”,
“pernicious anemia”.
Discussão: A anemia perniciosa é uma doença de natureza autoimune caracterizada pela falta de
fator intrínseco no trato gastrointestinal, normalmente secretado pela mucosa gástrica (célula
parietal). Esse fator atua na absorção de vitamina B12, cuja ausência prejudica a eritropoiese.
Mantém íntima relação com a gastrite atrófica autoimune, envolvendo a ação de anticorpos antiparietais e anticorpos anti-fatorintrinseco, além de relação com outras doenças de caráter autoimune
(tireoidite de Hashimoto, doença de Addison, vitiligo). Os principais sintomas são fraqueza,
palpitações, cefaleia, glossite atrófica, parestesia em extremidades, marcha atáxica, perda de
sensibilidade profunda. Exames laboratoriais podem revelar anemia megaloblástica, neutropenia,
plaquetopenia, hiperssegmentação dos neutrófilos, anisocitose e poiquilocitose. O mielograma é
caracterizado por uma medula hipercelular, eritroblastos com aumento de seu tamanho e assincronia
núcleo-citoplasma. Outros achados incluem o acúmulo sérico de ácido metilmalônico e
homocisteína. O diagnóstico requer a dosagem sérica de cobalamina, de maneira que concentrações
acima de 300pg/ml são considerados normais e valores inferiores a esse devem ser investigados. O
tratamento é realizado com a contínua reposição via parenteral(intramuscular) de vitamina B12 e
possui a capacidade de reverter os sintomas anêmicos e neurológicos.
Conclusão: A anemia perniciosa é uma doença com alta incidência, cujas consequências clínicas
podem ser reversíveis com o tratamento adequado. Para tal, é necessário que haja conhecimento do
quadro clínico e laboratorial da doença, afim de que se diagnostique e trate todos os doentes com
esse distúrbio.
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34 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Anestesia em Cirurgia Plástica Estética
Vinícius Oliveira Domingues
Arnaud Macedo de Oliveira Filho
Alisson Leandro Camillo Pereira
Fernanda Caroline Moura Garcez
Guilherme Fleury Costa
Ícaro Pinto Silva
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Esse trabalho tem como objetivo explanar sobre o emprego da anestesia na cirurgia
plástica estética, delineando sobre a relação médico-paciente, consulta pré-anestésica, indução
anestésica, monitorização, recuperação e possíveis complicações.
Metodologia e fonte de dados: Realizou-se revisão bibliográfica em livros textos e artigos científicos
disponíveis nas plataformas SciELO, PubMed, BVS e LILACS. Foram utilizadas as seguintes
palavras-chave para a busca: anestesia, cirurgia plástica/estética, cuidados operatórios, consulta préanestésica, sedação em cirurgia plástica.
Discussão: A crescente busca por procedimentos de cirurgia plástica estética exige maior habilidade
e capacidade técnica dos profissionais envolvidos. O anestesista como parte da equipe de cirurgia
deve estar preparado. Quase sempre os procedimentos estéticos são cirurgias eletivas que permitem
aos profissionais o planejamento cirúrgico. A consulta pré-anestésica é de fundamental valor como
ferramenta de identificação e minimização dos riscos. Nada mais falso que a higidez dos pacientes
de cirurgia plástica. A faixa etária de muitos pacientes que procuram os procedimentos estéticos
pode estar associada à comorbidades que devem ser analisadas com cuidado. Frequentemente são
portadores de problemas físicos, metabólicos, psíquicos e sociais. A boa anamnese e o exame físico
completo, mais exames complementares, são guias para orientar a conduta anestésica. A maioria dos
serviços de anestesia preconiza jejum de 6 horas para alimentos sólidos e 2 horas para fluidos. A
monitorização do paciente deve ser completa. A sedação a ser empregado irá depender do tipo de
procedimento que será realizado. As drogas escolhidas pelo profissional devem atender com eficácia
as necessidades do procedimento. É comum o emprego de benzodiazepínicos, opióides e os
agonistas alfa-2-adrenérgicos. Deve-se estar sempre atento ao risco de hipotermia, principalmente
em pacientes idosos.
Conclusão:A anestesia para procedimentos de cirurgia plástica eletivos geralmente é muito segura. A
alta anestésica é concedida na sala de recuperação, após o paciente estar com respiração espontânea,
saturação de oxigênio a 96%, aquecido, sem tremores, já tendo urinado, alimentando e sem vômitos.
As complicações que podem ocorrer são vômitos, acidentes vasculares, trombose venosa profunda,
insônia, insuficiência ventilatória, hipotensão arterial, hematomas, infecção e alopecia.
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35 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Anomalias de Personagens Circenses na História da Medicina
Alice Garbi Novaes
Armando José China Bezerra
Leticia Fernandes de Sousa
Lis Rocha Campos
Pedro Guimarães Pascoal
Eduardo Resende Sousa e Silva
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Descrever os casos clínicos de personagens circenses que tiveram repercussão na história
da medicina e obtiveram fama por meio de apresentações em Companhias de Circo e Shows de
Horrores, desde a criação do circo moderno na Inglaterra do século XVII aos dias atuais.
Metodologia e fonte de dados: Estudo descritivo e documental, realizado mediante revisão da
literatura de artigos e documentos publicados na base de dados Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), da Biblioteca Virtual da Saúde (BIREME) e livros textos,
realizada no período de fevereiro a maio de 2015.
Discussão: As exibições de humanos, dotados de algum tipo de anomalia, ocorriam frequentemente
em circos entre os anos de 1840 até 1970, em apresentação denominadas “Show de Horrores”. A
apresentação de artistas com anomalias foi uma das maneiras encontradas por comerciantes para
fortalecer as atividades culturais propiciadas pelo circo e aumentar seus patrimônios particulares.
Contudo, como não se sabiam as causas destas deformações físicas e anomalias, as apresentações
provocavam curiosidade, não só no público, como também em médicos e cientistas da época.
Pesquisadores passaram a estudar essas pessoas, resultando em avanços na medicina, sobretudo
relacionados à má formações congênitas, hormonais e seus tratamentos. Os casos clínicos e
etiológicos de Annie Jones (“A Mulher Barbada” – hirsutismo), Joseph Merrick (“O Hom em
Elefante” – síndrome de Proteus), Fedor Yevtishche (“O Homem Cachorro” – hipertricose), Fanny
Mills (“A Menina do Pé Grande” – doença de Miloy), Prince Randian (“O Homem Lagarto” –
deformação congênita) e Josephine Myrtle Corbin (“A Mulher de Quatro Pernas” – deformação
congênita) serão descritos e ilustrados neste trabalho.
Conclusão: A apresentação de pessoas em Show de Horrores marcou a história da humanidade.
Como não se sabia as causas destas variações físicas, esses artistas eram considerados por muitas
pessoas aberrações da natureza e despertavam a curiosidade do público. O estágio atual de estudo
das ciências médicas possibilita o entendimento de muitas das alterações encontradas nesses artistas.
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36 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Anticoncepcionais hormonais orais e enxaqueca
Natália da Silva Araújo Borges
Polyana de Oliveira Santana
Ana Carolina Franco Cabral
Sulani Silva de Souza
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar caso de uma mulher jovem que apresentou exacerbação da enxaqueca após uso de
contraceptivo hormonal oral,e ainda assim, continuou com o método contraceptivo, potencializando
os fatores de riscos associados.
Descrição do caso: Mulher de 29 anos, casada, estudante, refere cefaleia há dois anos, de caráter
latejante em região frontal e parietal direita, de forte intensidade. Geralmente a dor é precedida por
alterações visuais, como escotoma e flashes de luz. Afirma piora no dia que antecede a menstruação,
com exposição à luz e ingestão de alimentos gordurosos. Apresenta melhora momentânea após
vômito e alívio progressivo com a menstruação. Durante esse período, afirma administração de mais
de um tipo de contraceptivo oral, dentre os quais recorda-se: Cerazette®, Diminut®, Iumi®. Afirma
piora significativa dos sintomas da cefaleia após o uso do Diminut®. No momento, refere a
suspensão de contracepção hormonal oral e afirma melhora da intensidade e frequência da cefaleia.
Discussão: A enxaqueca caracteriza-se por cefaleia unilateral, latejante e, geralmente seguida de
fotofobia e vômitos. Quando há sinal neurológico focal é dita com aura. O uso de contraceptivo oral
pode determiná-la, induzi-la, modificá-la ou desencadear a crise inicial. O etinilestradiol presente
nos contraceptivos orais combinados (COC) aumenta o risco de tromboembolismo, assim há maior
risco de acidente vascular cerebral em mulheres com enxaqueca que usam COC, sobretudo quando
há aura. Segundo os critérios de elegibilidade, mulheres com enxaqueca sem aura e idade inferior a
35 anos podem iniciar o uso de COC. Entretanto, caso desenvolvam enxaqueca com aura durante
uso de COC, este deve ser interrompido. Já as que têm enxaqueca com aura, em qualquer idade, não
devem utilizá-lo. Os contraceptivos de progestagênio isolado não aumentam o risco de
tromboembolismo, assim podem ser considerados.
Conclusão: O uso de contraceptivo hormonal por mulheres com enxaqueca requer cautela. A
paciente do caso relatado obteve exacerbação da enxaqueca e desenvolveu sinais neurológicos focais
durante uso do contraceptivo oral combinado e, mesmo assim, continuou utilizando-os, o que a
expôs a um maior risco de acidente vascular cerebral. O conhecimento das peculiaridades dos
métodos contraceptivos possibilita uma conduta médica adequada, assim, riscos potencialmente
fatais, como de trombose, podem ser reduzidos.
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37 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Apendicite na gravidez - quando intervir?
Camila Temporim de Alencar
Ingrid Wallau
Fábio Santana dos Passos
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Analisar as características clínico e cirúrgicas e complicações materno-fetais das pacientes
com apendicite aguda na gestação. E também abordar o assunto sobre qual a melhor forma e
momento da abordagem cirúrgica na gestante.
Material e métodos: Análise retrospectiva de dez casos de apendicite aguda que ocorreram durante a
gestação em um período de nove anos, no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências
Médicas da Santa Casa de São Paulo. A idade das pacientes variou entre 19 e 31 anos(média de 25
anos). Analisou-se os principais achados da história clínica, de exame físico e de exames
complementares, da cirurgia, assim como o uso de antibióticos ou tocolíticos e os tipos de evolução
da gestação. Semelhante correlação foi estabelecida em relação à presença de perfuração do
apêndice cecal.
Discussão: No terceiro semestre ocorre maior dificuldade no diagnóstico, pois o útero gravídico
desloca o apêndice cecal para uma posição mais elevada na cavidade abdominal, podendo assim
provocar um ponto doloroso abdominal mais alto. As contrações de Braxton-Hicks, mais frequentes
no final da gestação, dificultam a formação de aderências e o consequente bloqueio apendicular. Há
maior complicação no diagnóstico devido ao retardo do aparecimento dos sintomas no terceiro
trimestre. Quando analisados os exames complementares, observaram-se casos em que o ultrassom e
o hemograma não foram fidedignos, ou seja, os resultados não foram compatíveis com a clínica e/ou
diagnóstico.Mas concluiu-se que com a Ressonância Nuclear Magnética sem radiação houve o
melhor resultado. Todos os casos foram submetidos a laparotomia exploradora. Tipo de acesso
cirúrgico mais utilizado: incisão de Mc Burney (60%), Incisão paramediana direita em 30%, Incisão
transversa em 10%. Desses casos houve 30% de perfurações apendiculares, 70% outras formas.
Conclusão: O procedimento cirúrgico deve ser indicado o mais precocemente possível, a fim de
contribuir para a redução da morbi-mortalidade materno-fetal. Pode ser realizado o procedimento
cirúrgico por meio de videolaparoscopia, mas recomenda-se que esse seja até o fim do 2° trimestre.
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38 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Arte do Teatro Clown no cuidado às crianças hospitalizadas
Alessandra de Souza Rocha
Allana Laís Rocha Pereira
Luciana Cardoso Reis
Lara Mundim Alves de Oliveira
André Martins
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo da pesquisa foi averiguar os efeitos da utilização da arte do Teatro Clown no
prognóstico das crianças hospitalizadas, a partir de atividades desenvolvidas por alunos de curso de
graduação da área da saúde, visando tornar o tempo do paciente no ambiente hospitalar menos
traumático.
Metodologia e fonte de dados: Para a realização desta revisão, foi utilizado o método exploratório
por meio de consultas de artigos acadêmicos, livros, dissertações e relatos de profissionais que
trabalham na área pediátrica. Palavras-chaves utilizadas: “hospitalização infanto-juvenil”; “Teatro
Clown”; “enfermaria pediátrica”.
Discussão: Em 1986, um convidado a participar de um evento em um hospital resolveu satirizar a
rotina médica. Para a surpresa de todos, as crianças presentes que se apresentavam decaídas e tristes,
participaram da brincadeira e se mostraram ativas e felizes. Assim nasceu o Clown Care Unit. Em
1988, um ator trouxe a iniciativa para o Brasil e assim nasceu o “Doutores Da Alegria”, que visa
tornar os dias de crianças e adolescentes nos hospitais menos traumáticos, através de música,
mágica, histórias e o próprio Teatro Clown, cujos integrantes se caracterizam com roupas
chamativas e interagem com as crianças. O foco do projeto é mostrar que crianças, mesmo que
hospitalizadas, devem brincar para se adaptarem melhor àquela realidade, trazendo uma melhor
aceitação por parte das crianças e acompanhantes, médicos e outros profissionais que trabalham em
tal ambiente. O hospital que utiliza da filosofia da humanização contempla o respeito à dignidade
humana, seja ela do paciente, do acompanhante ou dos profissionais da saúde. Avanços tecnológicos
na área médica trazem grandes benefícios para o tratamento do paciente, porém ainda não são
capazes de explicar certos casos de doenças e hospitalização. Assim, percebe-se que a artes e a
filosofia são fundamentais para um tratamento mais amplo e específico, pois elas permitem um
maior contato com a realidade humana, o mundo individual e coletivo.
Conclusão: A doença e internação tiram o espaço da criança de se desenvolver. O hospital não é um
ambiente apenas de dor e sofrimento, nele há um espaço para a esperança, e a magia da vida. O
Teatro Clown proporciona um contato diferenciado entre os integrantes do grupo Cia do Riso e os
pacientes. O projeto tornou a ala pediátrica um lugar de recreação, e desenvolvimento infantil. A
humanização do ambiente hospitalar não se reflete apenas nos pacientes, mas também na equipe que
trabalha com essas crianças.
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39 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Artrite Reumatoide: uma revisão da literatura
Matheus Castilho Corrêa
Brunna Joyce Borges de Lacerda
Maisa da Silva Dulci Medeiros
Marianna Miotto Cintra
Tayane Oliveira Pires
Andre Moraes Nicola
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo deste trabalho é compreender e estudar a artropatia reumatoide, desde sua
fisiopatologia, até as manifestações clínicas, formas de diagnóstico e tratamento.
Metodologia e fonte de dados: Foi realizada pesquisa bibliográfica nas bases de dados SciELO,
MEDLINE, Bireme e LILACS, através da consulta a artigos publicados nos últimos 4 anos (2011 a
2014). O foco da pesquisa foram os aspectos gerais em relação a artrite reumatoide. Na busca, foram
utilizados as palavras-chave: “artrite reumatoide”. O levantamento bibliográfico foi realizado no
período de abril a maio do ano de 2015.
Discussão: A Artrite Reumatoide é uma doença inflamatória sistêmica autoimune e crônica com
prevalência mundial em torno de 0,5 e 1% da população mundial, mais incidente entre os 30-40
anos, em mulheres. Caracteriza-se pelo acometimento da membrana sinovial articular, o qual pode
levar a destruição progressiva e simétrica de cartilagens e ossos de pequenas e grandes articulações,
sendo mais frequente nas mãos e nos pés. Manifesta-se clinicamente por dor, edema, calor e rubor,
bem como deformações articulares do tipo boutonnière ou em “pescoço de cisne”, nos casos não
tratados. Além das articulações, pode estar associada a síndrome de Sjögren, necrose com
proliferação de fibroblastos e histiócitos epiteliais, nódulos reumatoides, complicações cardíacas ou
infecções. O diagnóstico é clínico, laboratorial e radiográfico, feito através de pesquisa de fator
reumatoide, anticorpos anti-CCP, ressonância magnética, radiografia de mãos e pés. O tratamento
inclui educação do paciente e de sua família, fisioterapia, apoio psicossocial, terapia ocupacional e
abordagens cirúrgicas. Além disso, as terapias medicamentosas com uso de anti-inflamatórios não
hormonais (AINH), corticoides, drogas modificadoras do curso da doença (DMCD) sintéticas e
biológicas e drogas imunossupressoras são úteis para melhora dos sintomas.
Conclusão: A Artrite Reumatoide como doença autoimune e crônica, possui caráter agressivo e
debilitante, podendo levar a importante limitação funcional, perda da capacidade laboral e da
qualidade de vida, além de estar associada a uma menor sobrevida em seus portadores. Nisso
consiste a gravidade dessa doença. Assim, se faz necessário um diagnóstico precoce, a fim de que se
possa aumentar consideravelmente as chances de um bom prognóstico, as perspectivas de melhora e
remissão da doença.
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40 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Aspectos da epidemiologia da Hanseníase
Gustavo Simão Souza
Marcus Vinícius Lobo Lopes
Caroline Ferrari
Paula Azevedo Costa
Instituição: Universidade Católica De Brasília
Objetivo: Analisar a incidência, prevalência e mortalidade da Hanseníase no território brasileiro com
dados do período de 2000 a 2011.
Metodologia e fonte de dados: Este estudo foi realizado por meio de pesquisas bibliográficas nas
bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, DATASUS, Scielo e
BIREME.
Discussão: A Hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional e
de investigação obrigatória. Constitui importante problema de saúde pública no Brasil, que continua
sendo um dos grandes reservatórios para a disseminação da doença e é o segundo em número de
casos no mundo. O Brasil é o único país que não atingiu a meta de eliminação da doença como
problema de saúde pública, definida pela prevalência menor que 1 caso/10.000 habitantes. Em 2011,
33.955 novos casos foram detectados, com coeficiente de prevalência de 1,54/10.000 habitantes,
sendo 228.474 casos no mundo. Observa-se que, em termos temporais, o coeficiente geral de
detecção, bem como o coeficiente em menores de 15 anos, sofreramredução contínua no período de
2007 a 2011, passando de 19,7 casos por 100 mil habitantes para 16,49 casos, sendo esse valor 24%
maior no sexo masculino. Engers e Morel estimaram que, no mundo, ocorram cerca de 4.000 óbitos
por Hanseníase a cada ano. No Brasil, foram notificados no Sistema de Informações sobre
Mortalidade (SIM), 1.858 óbitos com a Hanseníase como causa básica, correspondendo a uma média
de 232 óbitos anuais, no período de 2000 a 2007. De 2004 a 2009, a causa básica de óbito mais
frequente foi Hanseníase não especificada (74%), seguida de sequelas da doença (11,5%).
Conclusão: Foi previsto que até 2005 todos os países endêmicos para a Hanseníase tivessem seus
níveis de prevalência reduzidos a menos de 1 caso por 10 000 habitantes. O Brasil foi o único país a
não atingir esse objetivo, demonstrando que os esforços para notificação dos doentes são precários.
Conclui-se, então, que diante de uma doença curável, observam-se altos índices de incidência,
prevalência e mortalidade, mostrando que são necessários esforços em pró da detecção e tratamento
precoces.
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41 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Aspectos diagnósticos e terapêuticos da Doença de Addison
Brenda de Castro Cânedo
Marina Estábile do Patrocínio
Natália Pierdoná
Nathália Freire Bandeira
Sarah Rocha Estábile do Patrocínio
André Moraes Nicola
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Fazer uma revisão de literatura sobre a doença de Addison com a finalidade de abordar os
principais aspectos de seu diagnóstico e tratamento adequados.
Metodologia e fonte de dados: Pesquisa de artigos científicos disponíveis nas bases de dados
SciELO e PubMed, além de informações presentes no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do
Ministério da Saúde.
Discussão: A doença de Addison, também conhecida como insuficiência adrenal primária, pode ser
definida como a falência do córtex da glândula adrenal em produzir os hormônios cortisol e
aldosterona. Para que a doença ocorra, pelo menos 90% do córtex da adrenal deve estar
comprometido. No diagnóstico clínico, temos duas formas de apresentação: aguda e crônica, cujas
manifestações dependem da velocidade de perda funcional do córtex da adrenal. Os pacientes de
ambas formas ficarão deficientes em corticoides adrenais. Quanto às exteriorizações clínicas,
predominam: dor abdominal, astenia, emagrecimento, hiperpigmentação cutânea, hipotensão
postural, hipercalemia, hiponatremia, acidose metabólica e anemia. No diagnóstico laboratorial
haverá queda nos níveis de cortisol e aumento nos de hormônio adenocorticotrófico (ACTH). A
doença é confirmada quando o cortisol estiver <3mcg/dl e o ACTH >45pg/ml, ou por meio do teste
rápido com ACTH, no qual se deve observar um aumento nos níveis séricos de cortisol e aldosterona
após administração do ACTH. A finalidade do tratamento é suprir a deficiência de glicocorticóide e
mineralocorticoide, sendo sua duração por toda a vida do paciente. Os principais glicocorticoides
utilizados são a prednisona e a prednisolona, administradas via oral, em dose única diária. Entre os
mineralocorticoides, o principal utilizado é a fludrocortisona, também por via oral em dose única
diária.
Conclusão: Os benefícios esperados do tratamento são a prevenção da morte iminente, melhora dos
sintomas de deficiência dos hormônios adrenais, avanço da qualidade de vida e redução das
complicações relacionadas à doença. É de extrema importância que um médico generalista conheça a
doença de Addison para diagnosticá-la e trata-la adequadamente, pois apesar de rara, é um
importante diagnóstico diferencial dentro das imunopatologias.
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42 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Aspectos fundamentais para a abordagem clínica da Equinococose: uma revisão
Izabela Rodrigues Figueiredo
Nathália Telles da Costa
Valéria Nogueira Naves
Ana Carolina Andrade Canut
Lara de Paula Sousa
José Gabriel Rodrigues Junior
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Realizar revisão acerca dos aspectos fundamentais da Equinococose na prática clínica,
com enfoque nos achados clínicos, diagnose e propedêutica, além da abordagem epidemiológica e
preventiva que condiz a esta zoonose.
Metodologia e fonte de dados: Foi realizado levantamento bibliográfico nos portais indexados às
bases de dados Medline, Lilacs, Scielo que incluiu artigos científicos condizentes à pesquisa das
palavras-chave “Equinococose”, “Hidatidose”, “Equinococose cística e alveolar”, “zoonoses
negligenciadas, prevenção, epidemiologia” e seus correlatos nas línguas inglesa e espanhola.
Discussão: A Equinococose ou Hidatidose é uma doença causada pelas formas larvárias do gênero
Equinococcus que infectam o homem ocasionalmente em seu convívio com cães parasitados.
Quando instalada a infecção, o parasita em sua migração circulatória retém-se em órgãos como
fígado, pulmões, rins e cérebro, e produz uma coleção líquida esférica, chamada cisto hidático.
Conforme o órgão, a expansão da lesão é razoavelmente bem tolerada até que cause disfunção
expansiva. Além da necrose dos elementos em sua periferia, o cisto pode comprimir os canais
hepáticos, brônquios, vasos sanguíneos e elementos nervosos, causando hepatomegalia, dor, tosse,
dispneia, hemoptise, hematúria e convulsões. Se ocorrer ruptura, a liberação súbita de seu conteúdo
pode resultar em anafilaxia. A diagnose dá-se, sobretudo, pela análise epidemiológica e presença de
tumoração com aspecto cístico confirmada por métodos de imagem. Os ensaios imunológicos são
úteis somente para o diagnóstico presuntivo, uma vez que alguns pacientes não apresentam resposta
imune detectável devido ao sequestro de antígenos de equinococos na integridade do cisto. O
tratamento da Equinococose esteve baseado na remoção cirúrgica dos cistos, no entanto, a
quimioterapia com benzimidazólicos e, mais recentemente, a aspiração percutânea com injeção
química e re-aspiração têm completado ou mesmo substituído a cirurgia como terapêutica
preferencial.
Conclusão: A Equinococose causa morbimortalidade no mundo inteiro, essencialmente nos países
subdesenvolvidos, e está na lista da Organização Mundial da Saúde das doenças tropicais mais
negligenciadas. Os resultados positivos dos programas de controle já desenvolvidos somente
mostraram significância a nível local e não alteraram significativamente a distribuição global e
importância para a saúde pública da Equinococose, fato que corrobora a real necessidade de forças
maiores serem voltadas à sua causa.
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43 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Aspectos Imunopatológicos e Clínicos da Dermatite Atópica
Allana Tamiris Bonfim Nogueira
Christian de Magalhães Pereira
Leandro Lúcio de Aguiar
Marina Estábile do Patrocínio
André Morais Nicola
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Revisar os aspectos imunopatológicos e clínicos da Dermatite Atópica, bem como as
principais condutas terapêuticas disponíveis para o seu adequado manejo clínico.
Metodologia e fonte de dados: Foi utilizado o método exploratório, com revisão bibliográfica no
banco de dados da LILACS, SCIELO e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram enfatizadas as
observações adotadas pelo Guia Prático para o Manejo da Dermatite Atópica, elaboradas por
especialistas em alergologia da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia e da Sociedade
Brasileira de Pediatria.
Discussão: A Dermatite Atópica (DA) é uma doença inflamatória da pele, de caráter crônico e
natureza pruriginosa e eczematosa, que quase sempre se manifesta na primeira infância, seguindo
um curso de remissões e recidivas que podem se perpetuar ao longo da vida. Ela decorre da interrelação complexa de fatores ambientais e imunológicos e costuma ser precipitada ou agravada em
decorrência de infecções, estresse psicológico, mudanças sazonais/climáticas, irritantes e alérgenos.
Sua associação com outras manifestações atópicas como a asma e a rinite alérgica é frequente. As
características da doença variam com a idade. Lactentes tem eczema facial ou corporal localizado ou
generalizado, já adolescentes e adultos têm nas áreas de flexão e nas mãos. Embora o padrão de
herança seja desconhecido, os dados disponíveis sugerem origem poligênica. Não há um único
parâmetro clínico, histopatológico ou laboratorial para o diagnóstico da doença, mas sim uma série
de características indicativas de DA. Sendo assim, se faz o diagnóstico quando o paciente possui três
ou mais das critérios maiores e três ou mais menores, considerando-se que cada paciente é único,
com uma combinação exclusiva de critérios. Neste contexto, o manejo clínico da DA envolve uma
séria de abordagens terapêuticas, ressaltando-se a restauração da barreira cutânea e controle da
inflamação.
Conclusão: A Dermatite Atópica acarreta transtornos em toda a estrutura familiar do paciente,
comprometendo desde o desempenho escolar às atividades laborais e de lazer, portanto, é importante
compreender melhor esta doença para que se possa diagnosticar e propor o tratamento mais
adequado a cada indivíduo. Além disso, é necessário informar ao paciente sobre a necessidade de se
adotar precauções diárias, a fim de melhorar sua qualidade de vida.
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44 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Assistência circulatória e manejo do paciente cardiopata em centro cirúrgico
Maysa Siqueira Lopes de Oliveira
Gustavo de Sousa Arantes Ferreira
Bárbara Guimarães Avelar
Giovanna da Silva Vecchi
Letícia Cardoso Morales
Naira Coutinho Oliveira Rocha
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo deste artigo é fazer uma revisão comparada dos algoritmos de manejo do
paciente cardiopata no centro cirúrgico, com especificidade da conduta em cirurgia cardíaca.
Metodologia e fonte de dados: A partir da análise comparada de publicações científicas nas bases de
dados PubMed e Lilacs, bem como, da revisão teórica a respeito do manejo de pacientes em Centro
Cirúrgico, foi possível a elaboração deste artigo.
Discussão: É de evidência geral da comunidade médico-científica que a realização de qualquer
procedimento cirúrgico envolve riscos. Sendo que há riscos e complicações previsíveis e outros
relativamente incertos. É papel da equipe de saúde zelar pela segurança de seu paciente e atuar com
o menor risco evidente. Quando tratamos de cirurgia cardíaca, tal manejo pode ser pautado em
algoritmos precisos de parâmetros clínicos para cuidado do paciente. Dentre eles destacam-se: (1) o
transporte eficaz ao centro cirúrgico (CC);(2) a técnica anestésica adequada; (3) o manejo
hemodinâmico viável; (4) o manejo de coagulação e transfusão; (5) o suporte ventilatório contínuo
(cuidado com o risco de trombose, desvio de septo, disfunção doventrículo direito e tamponamento
cardíaco); e (6) o manejo de disfunções orgânicas para evitar a hipervolemia. O gerenciamento dos
riscos envolve julgamento clínico, testes laboratoriais clássicos, além dos testes point of care; sendo
que a monitorização apresenta o maior grau de evidência de colaboração na redução dos riscos no
CC. Neste caso, o algoritmo abrange o monitoramento com temperatura> 36ºC; pH> 7,2;
cálcio>1,0mmol/L e hemoglobina>8g/dL.A boa admissão e acompanhamento de um paciente no CC
inclui mais que tecnologia e trabalho em equipe, trata-se de uma questão de organização processual e
capacitação multiprofissional.
Conclusão: A formação da equipe médica é de fundamental importância no manejo de qualquer
paciente em centro cirúrgico. Quando se trata de cardiopatas, o algoritmo de cuidados envolve
parâmetros volêmicos além do próprio julgamento clínico. Ainda assim, a equipe deve estar
habilitada em garantir a continuidade do tratamento do paciente, haja visto seu processo de
transferência e manutenção das responsabilidades de cada profissional.
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45 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Associação entre danos hepáticos e consumo de produtos Herbalife®
Moisés Elias de Souza Alves
Felipe Alencar Monteiro Borges
Guilherme Miguel Thomé de Carvalho
Rodrigo Pereira Pio
Lara de Paula Sousa
Pedro Henrique Rosa Silveira
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo principal relatar sobre intoxicação e danos hepáticos
decorrentes do uso de produtos Herbalife®.
Metodologia e fonte de dados: Trata‐se de uma revisão de literatura. As pesquisas para a produção
deste trabalho foram feitas baseadas em artigos eletrônicos indexados ao PubMed.
Discussão: Produtos à base de plantas são populares e considerados seguros por serem supostamente
“naturais”. Dessa forma, a marca Herbalife® se tornou gigante multinacional, de popularidade tão
grande que está presente em mais de 90 países. Seus produtos “naturais” que prometem qualidade de
vida e emagrecimento são vendidos livremente, sem prescrição ou supervisão médica. Contudo,
foram publicados estudos relatando casos de insuficiência hepática associado ao uso de produtos da
marca. Os estudos foram publicados no Journal of Hepatology e incluíram 22 casos. Os prejuízos
hepáticos presentes vão desde hepatite até falência hepática fulminante. Pode-se reforçar uma
relação causal entre os danos hepáticos e o uso de Herbalife® devido aos casos terem ocorridos
concomitantemente com o consumo dos produtos e principalmente pelo fato de após os pacientes
cessarem o consumo, teve-se a normalização das enzimas hepáticas. Apesar dessa constatação de
causa decorrente dos produtos Herbalife®, não foi descoberto qual dos componentes é o responsável
por esses efeitos adversos, isso se deu devido aos rótulos dos produtos não descreverem com
exatidão a composição do mesmo.
Conclusão: Considerando a livre comercialização, grande consumo e sobretudo, grande potencial
hepatotóxico, os produtos da linha Herbalife® necessitam de maior atenção dos órgãos reguladores
em relação a qualidade dos produtos, exigir descrição detalhada e exata da composição dos mesmos.
Necessita-se também de uma atenção por parte dos profissionais, para diagnosticar a causalidade e
reportar casos como esses além de aconselhar quanto aos prejuízos decorrentes do consumo desses
produtos "naturais".
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46 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Atualização sobre a eficácia da eletroconvulsoterapia nos episódios maníacos do transtorno
bipolar
Monique Almeida Vaz
Felipe Rocha Silva
Bruna Evellyn de Lima Alves
Nathália Freire Bandeira
Lourival de Paiva Grillo Júnior
Daniele Oliveira Ferreira da Silva
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O presente trabalho visa analisar as evidências da eletroconvulsoterapia (ECT) no
tratamento dos episódios maníacos do transtorno bipolar, a fim de verificar sua eficácia, visto que há
uma escassez de estudos acerca do tema em questão.
Metodologia e fonte de dados: Realizou-se uma revisão bibliográfica em artigos científicos no
período de 2005-2015, indexados nas bases de dados PubMed, LILACS e SciELO, utilizando os
descritores "Electroconvulsive Therapy", "Bipolar Disorder" e "Mania". Obteve-se 37 resultados e,
após a exclusão de relatos de casos e revisões de literatura, 4 artigos foram incluídos, segundo os
critérios de seleção.
Discussão: O transtorno bipolar (TB) é uma desordem de humor caracterizada por episódios
maníacos, hipomaníacos e depressivos. A mania é um estado no qual o indivíduo, além de apresentar
humor expansivo ou irritado, pode manifestar também autoestima elevada, loquacidade,
hipotenacidade, baixa necessidade de sono, agitação psicomotora, pensamento acelerado e
comportamentos potencialmente danosos. Seu tratamento convencional é a farmacoterapia. A ECT é
um procedimento realizado em ambiente hospitalar, mediante o consentimento por escrito do
paciente. É administrada sob anestesia geral e sob uso de bloqueadores neuromusculares, sendo que
a convulsão deve ser registrada por eletroencefalograma. Um dos efeitos adversos mais comuns do
procedimento é a cefaleia, que ocorre em até 48% dos casos, sendo a amnésia retrógrada o efeito de
maior preocupação. Todos os estudos analisados mostraram-se favoráveis ao uso da ECT nos
pacientes com episódios maníacos. Dois estudos clínicos randomizados apontaram que ambos os
grupos submetidos a ECT apresentaram significativa resposta aos critérios de tratamento, sendo a
técnica bifrontal a melhor opção de escolha para episódios de mania agudos. Foram encontrados
desfechos positivos em relação ao uso combinado de ECT e antipsicóticos, bem como para sua
administração em pacientes gestantes.
Conclusão: Compreende-se que há estudos clínicos consistentes que apresentam evidências acerca
do uso da ECT em episódios maníacos do transtorno bipolar, sendo que esta técnica já é aplicada,
atualmente, com benefícios comprovados para o tratamento de episódios depressivos desta desordem
de humor. Assim, busca-se desmistificar o preconceito relacionado à administração da ECT em
pacientes psiquiátricos e difundi-la como uma técnica viável e eficaz para o tratamento dos episódios
maníacos.
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47 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Avaliação da amamentação de binômios mãe/filho internados em uma maternidade
credenciada ao SUS
Ana Carolina Ferreira Borges
Nathália Alfaix Martins Palheiro Vicente
Jaqueline Mendonça Gondim
Felipe Rodrigues Braz
Efigênia Aparecida Maciel de Freitas
Marília Borges Carneiro
Instituição: Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos – Araguari
Objetivo: Avaliar a técnica de amamentação de binômios mãe/filho internados em uma maternidade
credenciada ao Sistema Único de Saúde de Araguari-MG.
Material e métodos: Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e exploratório com a população
constituída por 100 puérperas internadas em hospital público de Araguari-MG. Os dados foram
coletados pelos acadêmicos durante o ano de 2014 e 2015 por meio de um questionário composto
por dados epidemiológicos e critérios de mamada recomendados pela Organização Mundial de
Saúde que foram marcados de acordo com a observação dos pesquisadores do aleitamento materno.
Os dados foram revisados, codificados e analisados no pacote estatístico SPSS (Statistical Package
for Social Sciences) com intervalo de confiança de 95% e nível de significância 5%.
Discussão: As 100 puérperas analisadas tinham idade entre 14 e 39 anos, com predomínio da faixa
etária de 20 a 29 anos (56,6%), 69,4% eram não casadas e 54,1% tinham entre 08 e 11 anos de
estudo. Do total, apresentou no momento da amamentação 65% uma ótima posição corporal, 41%
uma boa resposta do bebê a amamentação e 73% obtiveram um ótimo estabelecimento de laço
efetivo. Percebeu-se em 68% das mães uma mama preparada e 83% deixavam seus filhos
amamentarem até largarem a mama. A média de amamentação foi de 19,76 minutos e 52% dos
recém nascidos tinham bons sinais de sucção. As principais dificuldades encontradas foram
relacionadas 33% a posição corporal da mãe e do bebê, 47% a pega inadequada, 18% não
demonstravam algum laço afetivo com o recém-nascido, 31% tinham problemas na mama, 65% dos
recém nascidos apresentaram algum problema com a sucção e 17% retiravam o bebê do peito.
Conclusão: A pesquisa demonstrou os riscos potenciais de uma amamentação inadequada. A má
pega foi um dos pontos mais evidentes no que se refere às dificuldades da amamentação. Portanto,
torna-se de extrema necessidade a intervenção dos profissionais de saúde na orientação à técnica
adequada para o aleitamento materno. Sugere-se que o formulário de observação da mamada da
OMS seja utilizado na rotina do setor de maternidade como ferramenta para identificação e correção
de inadequações na amamentação.
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48 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Balanopostite por herpes genital, cândida e infecção secundária em paciente diabético
descompensado
Felipe Alencar Monteiro Borges
Lara de Paula Sousa
Guilherme Miguel Thomé de Carvalho
Rodrigo Pereira Pio
Moisés Elias Souza Alves
Clayton Franco Moraes
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo deste trabalho é relatar um caso de balanopostite em um paciente com Diabetes
Mellitus tipo 2 descompensado e portador de fimose.
Descrição do caso: S.T., 44 anos, masculino, procura atendimento no Centro de Testagem e
Aconselhamento (CTA) de Santo Antônio do Descoberto-GO, com queixas de inflamação e dor na
glande há 7 dias. Ao exame, apresentava prepúcio edemaciado com hiperemia intensa, dor à
palpação e acúmulo de secreções esbranquiçadas e amareladas, fétidas. Notava-se também
hipertrofia prepucial com impossibilidade de retração (fimose). À exposição da glande, notavam-se
três lesões vesiculares, circunscritas, associadas à hiperemia, hiperestesia e edema local. Paciente
relatou disúria e manutenção da atividade sexual desprotegida com sua esposa, mesmo após o início
dos sintomas. Refere diagnóstico de diabetes tipo 2, em uso de dose única de Insulina Regular pela
manhã, sem monitoramento da glicemia. Foi prescrito tratamento com Aciclovir, Fluconazol e
Azitromicina e marcado retorno para acompanhamento e exame de sua esposa.
Discussão: A hipertrofria prepucial com incapacidade de retrair a glande é classificada como fimose.
Essa condição interfere na qualidade da higienização do pênis. A urina e outras substâncias
potencialmente irritantes como o esmegma – secreção proveniente das Glândulas de Tyson – podem
ficar retidas na região prepucial, formando um ambiente com condições ideais para o
desenvolvimento de infecções locais e urinárias. O quadro infeccioso pode ser agravado quando os
resquícios de urina ali presentes são ricos em glicose – quadro conhecido por glicosúria frequentemente encontrado em pacientes diabéticos tipo 2 descompensados. Balanopostite é o nome
dado à inflamação e infecção (viral, bacteriana e/ou fúngica) do prepúcio e glande. O tratamento das
infecções no portador e na(s) parceira(s), o controle glicêmico e o estímulo ao uso de preservativos
são condutas fundamentais nesses casos.
Conclusão: Ao exame físico, as lesões vesiculares indicam infecção pelo vírus Herpes simplex tipo
II, conhecida por Herpes Genital. A secreção amarelada e fétida indica infecções bacterianas
secundárias e a secreção esbranquiçada, por sua vez, indica infecção pelo fungo Cândida albicans,
conhecida por Candidíase. O relato de caso, portanto, indica uma Balanopostite por Herpes Simples,
Cândida e Infecção Secundária associada à diabetes e fimose, que deverá responder devidamente à
prescrição médica.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Bexsero: uma nova vacina
Aline Silva Valadares
Maisa da Silva Dulci Medeiros
Denise Nogueira da G. Cordeiro
Lucas Danilo Soares da Silva Nascimento
Iara Cristina Arruda Vale
Brunna Joyce Borges de Lacerda
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Avaliar o impacto de uma nova vacina para a Meningite meningocócica, bem como revisar
seu histórico de formulação e o processo de aprovação em outros países e as perspectivas de
aprovação da vacina no Brasil.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de uma revisão de literatura realizada nos sites da
Associação Espanhola de Pediatria e artigos pesquisados na base de dados PubMed. Foram usados
os seguintes descritores: vacina meningococo B e Meningococo tipo B.
Discussão: A Doença meningocócica é uma infecção bacteriana aguda, fatal, causada pela Neisseria
meningitidis, de alta letalidade e caracterizada como problema de saúde pública. Os sorotipos A, B,
C, Y e o W135 causam mais frequentemente a doença. No Brasil, a vacina Meningocócica C
conjugada foi incluída no calendário de vacinação. Recentemente, a vacina Meningocócica sorotipos
ACWY foi licenciada no Brasil revelando uma inestimável conquista na prevenção da doença.
Devido à variabilidade na distribuição dos sorotipos, um desafio para a prevenção da doença está na
formulação da vacina contra o sorotipo B, pois o polissacarídeo capsular do Meningococo B tem
estrutura antigênica similar a tecidos neurais embrionários, impossibilitando que essas vacinas sejam
imunogênicas e tendo o risco de reação auto-imune. Uma perspectiva nessa busca encontra-se na
formulação de vacinas que utilizam os componentes não-capsulares do meningococo B, baseadas em
proteínas de membrana externa (OMV) ou por uma via alternativa pelo sequenciamento genômico
da bactéria identificando possíveis imunógenos. Em 2013, foi formulada pela empresa Norvatis, a
vacina Bexsero, aprovada em 34 países. Constituída por proteínas de N. meningitidis a partir de
células de Escherichia coli por tecnologia de DNA recombinante e inclui a OMV, possuindo eficácia
de cerca de 80% na Europa. No Brasil, aguarda aprovação pela ANVISA.
Conclusão: A formulação de uma vacina para o Meningococo estirpe B tem um grande impacto para
a população ao prevenir uma doença que é letal em 20% dos casos. Visando o impacto positivo que
causará, ela se configura uma arma profilática e é a única que abrange diversas faixas etárias.
Estudos mostraram que a reação vacinal se assemelha à mesma encontrada em outras vacinas. A
limitação da vacina se dá na ausência de estudos que apontem eficácia para todas as estirpes
meningocócicas do grupo B circulantes.
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50 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Capacitação de agentes comunitários de saúde sobre a aplicação do genograma
Ana Carolina Ferreira Borges
Nathália Alfaix Martins Palheiro Vicente
Jaqueline Mendonça Gondim
Felipe Rodrigues Braz
Efigênia Aparecida Maciel de Freitas
Instituição: Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos – Araguari
Objetivo: Analisar os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) após capacitação sobre o genograma
nas Estratégias de Saúde da Família (ESFs).
Material e métodos: Este trabalho apresenta um estudo exploratório quantitativo, utilizando amostra
censitária e análise estatística descritiva. O tipo de abordagem dessa pesquisa foi pessoal por meio da
aplicação de questionários, um antes do curso teórico-prático (capacitação de ACSs para a aplicação
do genograma) e o outro questionário após o curso. Este estudo foi realizado com base na resolução
do conselho nacional de saúde (CNS) 196/1996, sendo que as atividades desempenhadas respeitaram
os princípios que norteiam esta resolução como, autonomia por meio do termo de consentimento
livre e esclarecido, beneficência e não maleficência, justiça, privacidade e confidencialidade.
Discussão: O resultado foi obtido através da análise dos questionários. Foi visto que antes 57,14%
conheciam seu conceito e, após, passou a ser 100%; quanto à importância do genograma, antes do
curso 71,5% dos ACSs julgaram ser importante e 28,5% não responderam, após, 100% julgaram ser
importante; em relação aos motivos dessa importância, o auxílio no diagnóstico clínico, a visão de
conflitos familiares e a busca de aspectos de repetição foram maioria antes e após o curso. Sobre o
mecanismo utilizado para a construção do genograma, 85,71% das ACS responderam antes do curso
que devem ser utilizados símbolos padronizados e 14,29% que devem ser utilizados desenhos
subjetivos, após 100% responderam símbolos padronizados; o que não pode faltar em um
genograma, antes do curso, 71,4% responderam a representação gráfica de uma constelação de
família multigeracional, enquanto 28,6% responderam que é o ambiente em que a família está
inserida, após 100% responderam representação gráfica.
Conclusão: Foi possível demonstrar a grande importância do Genograma aos profissionais de saúde
da Unidade de Saúde da Família. Conseguiu-se demonstrar que o genograma tem grande
importância para a análise da estrutura e dinâmica familiar, das doenças mais comuns dos membros
familiares e que a partir dele, é possível traçar planos e metas para promover a saúde e o bem estar
dessa família e da população como um todo.
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51 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Carcinoma epidermóide bem diferenciado de laringe
Carolina Lopes Iwakami
Karlos Jennysson Sousa Soares
Thiago Vicente Ferro
Thiago Nunes Figueiredo Cabral
Karina Mezalira
Humberto Alves de Oliveira
Instituição: Faculdades Integradas do Planalto Central – FACIPLAC
Objetivo: O câncer de laringe é um dos mais comuns a atingir a região da cabeça e pescoço,
representando cerca de 25% dos tumores malignos que acometem esta área e 2% de todas as doenças
malignas. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso de Carcinoma Epidermóide bem
diferenciado de Laringe.
Descrição do caso: Homem de 52 anos, motorista, natural de Picos-PI e procedente de Santa MariaDF, procura Pronto Socorro do HRG com queixa de falta de ar há 1 mês. Relata quadro de dispneia
progressiva ao repouso há um mês, sem fatores de melhora ou piora; disfonia progressiva, tosse
contínua, odinofagia e crescimento progressivo de massa na região cervical anterior. Refere perda
ponderal de 30 kg nos últimos 3 meses. Nega febre e hemoptise. Etilista há 30 anos e tabagista há 38
anos. Realizou Tomografia computadorizada da região cervical que evidenciou lesão infiltrante,
expansiva e vegetante em infraglote, com erosão das cartilagens cricóide e tireoide; com
linfonodomegalia pré-traqueal a direita medindo 23mm. Encaminhado à Otorrinolaringologia, que
realizou biópsia evidenciando carcinoma epidermóide bem diferenciado de laringe. Encaminhado à
Oncologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HBDF.
Discussão: A associação de tabagismo, etilismo e o desenvolvimento de carcinoma epidermóide do
tubo aéreo-digestivo superior tem se mostrado muito clara. As doenças localmente avançadas,
especialmente aquelas com invasão de linfonodos são pouco controladas por cirurgia, radioterapia
ou tratamento combinado. A persistência no tabagismo e etilismo reduz a resposta ao tratamento e
aumenta a chance de recidiva do tumor.
Conclusão: Concluimos que a melhor maneira de combater o câncer de cabeça e pescoço é evitar o
seu desenvolvimento com ações preventivas de redução dos seus fatores do risco na população.
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52 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Cardiomiopatia Periparto
Débora Vilela Cunha
Nayara Santos Soares
Ana Carolina de C. Almeida
Ingrid Wallau
Camila Temporim de Alencar
Fábio Santana dos Passos
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo deste trabalho é informar a sociedade acadêmica sobre como diagnosticar e
conduzir o tratamento de uma paciente com Cardiomiopatia Periparto, por meio de uma revisão
bibliográfica.
Metodologia e fonte de dados: Pesquisa nos sites PubMed, scielo e biblioteca virtual em saúde com
as palavras chaves “cardiomiopatia periparto”, “insuficiência cardíaca em gestantes” e
“complicações cardíacas na gestação”. Buscou-se também por informações no site no ministério da
saúde e no site da federação brasileira de ginecologia e obstetrícia (Febrasgo).
Discussão: A cardiomiopatia periparto (CMPP) é uma forma específica de cardiomiopatia dilatada,
caracterizada pelo desenvolvimento de insuficiência cardíaca sistólica no período entre o último mês
da gravidez e o puerpério, de causa desconhecida e sem a presença de doença cardíaca prévia. Os
principais fatores de risco são a idade materna avançada, multiparidade, raça negra, gestação
gemelar, pré-eclâmpsia e hipertensão arterial sistêmica. As manifestações clínicas mais frequentes
são dispneia, dispneia paroxística noturna, ortopneia, fadiga, tosse e dor abdominal, sintomas que se
confundem com a sintomatologia no final de uma gestação normal, porém, a dispneia paroxística
noturna deve levantar a suspeita de descompensação cardíaca. Não há critérios clínicos específicos
para diferenciação entre tais sintomas de uma gravidez em estágio final e insuficiência cardíaca. Por
isso, o diagnóstico de CMPP baseia-se em um alto índice de suspeição, em associação com o período
de desenvolvimento dos sintomas e identificação ecocardiográfica de disfunção sistólica ventricular
esquerda. A terapia inclui a restrição de sódio e de ingesta hídrica com mudanças do estilo de vida.
O tratamento farmacológico tem como objetivo a redução da pré-carga e a pós-carga, além de
aumentar a contratilidade cardíaca. Não há contra-indicação em relação ao parto normal.
Conclusão: Como foi descrito, A CMPP é uma doença rara, mas leva a consequências graves, para a
mãe e o concepto. O prognóstico é pior em pacientes com cardiomiopatia persistente com disfunção
após seis meses do diagnóstico indicando cardiomiopatia irreversível e menor sobrevida. Portanto, o
obstetra deve estar atento a essa condição clínica, tanto no final da gravidez quanto no puerpério e
deve-se ressaltar que o diagnóstico precoce e o manejo adequado são cruciais para o benefício da
paciente.
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53 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Cardiopatia Reumática Crônica e suas complicações: um relato de caso
Priscila Lessa Carnielli Villela
Felipe Chagas Toledo
Amanda Kleszcz de Carvalho
Lucas Benjamin de Souza Abreu
Camila de Lima Vieira
Rosana de Paula Laurindo
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: A proposta deste estudo é relatar um caso observado no Instituto do Coração do Distrito
Federal (ICDF) em fevereiro de 2015 e apresentar uma revisão da patologia em questão, com
enfoque no acometimento cardíaco da doença e suas complicações.
Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, previamente hígida, apresentou acidente vascular
encefálico isquêmico. Foi então encaminhada para o Hospital de Base do Distrito Federal(HBDF)
onde permaneceu internada por treze dias e realizou terapia trombolítica. Em investigação etiológica
foi identificado estenose mitral com indicação cirúrgica. Paciente teve alta da neurologia-HBDF para
seguimento ambulatorial e foi encaminhada ao serviço do ICDF. Foi identificada: dupla lesão mitral
com estenose acentuada e insuficiência moderada, insuficiência tricúspide moderada e aumento
acentuado de átrio esquerdo, sendo proposta cirurgia para troca de TV mitral e plastia de tricúspide.
Paciente desconhecia ser portadora de cardiopatia antes do acidente vascular encefálico isquêmico
(AVEi). Paciente realizou a cirurgia, foi encaminhada para UTI cirúrgica onde permaneceu por 3
dias e não apresentou complicações.
Discussão: Devido a sintomatologia foi realizado investigação etiológica no período em que se
encontrou internada no HBDF. Em ecografia transtorácica realizada foi evidenciado dupla lesão
mitral e insuficiência tricúspide, característico de acometimento prévio por febre reumática. Entre as
lesões valvares adquiridas, a EM está associada com maior risco de tromboembolismo sistêmico.
Trombo mural em átrio esquerdo é um achado comum. Entretanto, trombo móvel é uma rara
complicação da EM, reconhecida há longa data, que pode provocar obstrução aguda da valva mitral
ou causar eventos embólicos, tanto cerebrais quanto sistêmicos. No caso da paciente foi a
complicação que a levou a hospitalização e possibilitou o diagnóstico da cardiopatia ainda que
tardio. A cirurgia de reparo proposta para o paciente de troca de valva mitral e plastia de tricúspide,
sem intercorrências.
Conclusão: A CRC, principal complicação da FR, ainda é motivo de desafio para todos os
profissionais de saúde e possui altos índices de morbimortalidade, custos sociais e econômicos. As
profilaxias primária e secundária constituem a base do tratamento e prevenção. Programas de saúde
em medicina preventiva, voltados para o pronto atendimento das infecções de vias aérea superiores
são a chave para a prevenção de futuras complicações.
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54 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Ciclopia
Mariane Weizenmann da Matta
Ana Carolina Ribeiro Costa
Camila Bomfim Gomes Feitosa Lima
Eduarda Pedroso Barboza Mauro
Paulo Juvêncio Gomes Tubino
Instituição: Faculdades Integradas do Planalto Central – FACIPLAC
Objetivo: Elucidar o diagnóstico da ciclopia a partir do desenvolvimento da face ao correlacionar a
embriologia humana com a monstruosidade descrita desde a mitologia grega (séc. VIII a.C).
Metodologia e fonte de dados: O trabalho desenvolvido seguiu os preceitos do estudo exploratório,
por meio de uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados eletrônicas BIREME, LILACS, PubMed
e Scielo acerca do tema em artigos científicos de 2000 a 2014. Os descritores utilizados foram
ciclopia, sinoftalmia e probóscides. Além dessas fontes, o livro Embriologia Clínica (Moore, 2013)
também foi consultado.
Discussão: Ciclope, termo derivado de Kýklops, do grego, significa olho redondo e refere-se a uma
anomalia da formação facial. Na mitologia, representa-se por Polifemo da obra Odisseia, o gigante
assustador. Além do misticismo, a percepção de monstruosidade se perpetua até hoje, já que as
alterações do período embrionário são evidentes. O desenvolvimento da face, entre a 4ª e a 8ª
semana embrionária, decorre da proliferação das células da crista neural que formam as saliências
derivadas do 1º par de arcos faríngeos. Normalmente, os 5 brotos formados dispõem-se em torno do
estomodeu, sendo que o broto frontal origina a testa; os maxilares, maior parte do lábio superior e
parte posterior do palato, e os brotos mandibulares formam o queixo, o lábio inferior e as regiões
inferiores da bochecha. Na ciclopia, o broto frontal não desce corretamente ao encontro dos outros,
então os brotos maxilares se aproximam modificando a posição dos olhos. Consoante a isso, a
anomalia rara (1 em 100.000 nascimentos) é caracterizada por um olho mediano em única órbita por
fusão, parcial ou total, dos olhos (sinoftalmia), e geralmente, há um probóscide, nariz tubular não
funcional superior ao olho. A ciclopia é uma herança recessiva não compatível com a vida e passível
de diagnóstico pré-natal pela ultrassonografia.
Conclusão: A correlação dos conhecimentos específicos e gerais, como a embriologia, anatomia e
história é fundamental para a eficácia diagnóstica. A ciclopia embora seja uma monstruosidade rara
não deve ter uma importância reduzida já que é uma condição grave de saúde, permite um
aprendizado acerca do desenvolvimento do corpo e a sua detecção precoce.
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55 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Circulação colateral em paciente com lesão obstrutiva grave em coronárias: um relato de caso
Priscila Lessa Carnielli Villela
Rosana de Paula Laurindo
Felipe Chagas Toledo
Patricia de Araujo Teixeira
Amanda Kleszcz de Carvalho
Camila de Lima Vieira
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo do presente relato é exemplificar e discutir o caso de um paciente que, apesar
do alto grau de comprometimento coronariano, mantém sua qualidade de vida sem modificar suas
atividades cotidianas.
Descrição do caso: Paciente masculino, 59 anos, casado, autônomo, procedente de Sítio do
Mato/BA. Há 2 anos paciente apresenta dispneia e dor precordial aos pequenos esforços, do tipo "em
aperto", que não irradia e alivia ao repouso. O primeiro episódio ocorreu há dois anos enquanto
dormia. Foi avaliado e desde então faz uso diário de Atenolol e AAS; porém abandonou
acompanhamento médico regular. Há 2 meses procurou o HRT para realização de um "check up",
quando foi imediatamente internado devido a comprometimento coronariano grave. Foi submetido a
um cateterismo sem intercorrências. Após 45 dias, foi submetido a uma Cirurgia de
Revascularização do Miocárdio (CRVM) para implantação de pontes safenas. Durante todo o
período de internação assim como no pós-operatório da CRVM, o paciente permaneceu
assintomático. Segue em uso de Isossorbida, Atenolol, AAS, Anlodipino e Sinvastatina.
Discussão: Embora já se tenha muito conhecimento acerca dos fatores de risco associados ao infarto
agudo do miocárdio (IAM), não estão bem esclarecidos quais fatores são determinantes para o
surgimento dos sintomas em cada paciente. Em 1986, Oliver propôs um esquema dos três fatores
essenciais para o surgimento de sintomas associados a eventos isquêmicos cardiovasculares: a
presença de aterosclerose, o surgimento de "gatilhos" e a vulnerabilidade cardíaca. Em uma análise
mais bem detalhada, cada um desses fatores está fatalmente relacionado a capacidade de organismo
de desenvolver circulação colateral, criando um caminho alternativo para passagem do fluxo
sanguíneo que supre o miocárdio.
Conclusão: Os estudos mostram que pacientes que possuem circulação colateral coronariana mais
desenvolvida tem o miocárdio mais “protegido” contra eventos isquêmicos agudos e crônicos.
Felizmente os avanços científicos têm proporcionado o desenvolvimento de novas estratégias de
tratamento aos pacientes com DAC, criando uma nova perspectiva para (talvez) um futuro próximo.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Cirurgia plástica e seus fatores preditivos de complicações
Higor Nogueira Paes
Flávia Toledo Simões
Camila Pereira Rosa
Pedro Guilherme Cabral
Lara Mundim Alves de Oliveira
José Egídio Novais Simões
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Realizar uma revisão crítica sobre a associação entre os fatores de risco presentes na
população em geral e a ocorrência de complicações em procedimentos de cirurgia plástica.
Metodologia e fonte de dados: Foi utilizado o método de busca com pesquisa em artigos acadêmicos,
indexados nas bases de dados PubMed e Revista Brasileira de Cirurgia Plástica. O trabalho foi
confeccionado a partir de publicações de 2012-2014. Foram utilizados os seguintes descritores:
“Segurança em Cirurgia Plástica” e “Fatores Preditivos de Segurança em Cirurgia Plástica”.
Discussão: Os procedimentos de cirurgia plástica mais requisitados atualmente são cirurgia de
mamas, abdominoplastia, lipoaspiração e cirurgias faciais. Historicamente, a cirurgia plástica
estética é considerada um procedimento seguro, mas como toda e qualquer cirurgia ela apresenta
seus riscos e possíveis complicações que podem ser sinalizados tanto por fatores adquiridos quanto
fatores genéticos. Os fatores preditivos mais influentes são: tempo cirúrgico, área corporal afetada,
pré-registro de fenômenos tromboembólicos, Índice de Massa Corporal (IMC) e o risco do paciente
em relação à anestesia. Ciente da complexidade, o cirurgião plástico deve avaliar o paciente
seguindo os mesmos parâmetros rigorosos adotados nos demais tipos de cirurgias, incluindo as
avaliações pré-operatórias, trans e pós-cirúrgicas detalhadas, exames físicos e laboratoriais. As
complicações decorrentes do processo cirúrgico são uma preocupação tanto para o médico quanto
para o paciente, e como o número absoluto de procedimentos não para de crescer, as taxas de
complicações pós-operatórias também não deixam a desejar, trazendo para si a necessidade de mais
estudos que aprimorem a prática. Em suma, é necessária a elaboração de um escore preditivo de
complicações que auxilie o cirurgião a definir condutas preventivas, permitindo um melhor diálogo e
cuidado com seus pacientes.
Conclusão: Os parâmetros de segurança em procedimentos de cirurgia plástica analisados a partir de
um “escore preditivo” aumentam as chances de um procedimento ser bem-sucedido, pois
demonstraram que o planejamento pré-operatório, a seleção adequada do paciente e os cuidados
profiláticos têm contribuído para diminuição da incidência de complicações graves.
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57 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Cisto de Thornwaldt causando sintomas limitantes do cotidiano sendo tratado com Laser de
Diodo
Anna Paula Oliveira Machado
Diego Silva Wanderley
Renato Nascimento Araújo
Leandro Moreira Amaral
Fernando Reis Esselin Melo
Giovanna Scotta Silva Cendron
Instituição: Faculdades Integradas do Planalto Central – FACIPLAC
Objetivo: Relatar presença de cisto de Thornwaldt sintomático, restrito a linha média e obstruindo
30% da sua parte superior da rinofaringe, sendo tratado por Laser Diodo.
Descrição do caso: Paciente RRP, masculino, 55 anos, foi ao serviço de otorrinolaringologia com
queixa de rinorréia posterior e tosse associada à halitose há 6 meses. Negava obstrução nasal,
rinorréia anterior, cefaleia, disfonia e alterações otológicas ou gastrointestinais. Vinha utilizando
anti-histamínicos, corticoide tópico nasal e sistêmico durante todo este período, algumas vezes usou
amoxicilina associada ao clavulanato de potássio sem melhora definitiva. Na nasofibroscopia,
durante a visualização da região de rinofaringe foi identificado a presença de lesão do tipo cística
restrita a linha média, preenchida por um líquido de coloração citrina e recoberta por tecido mucoso
que obstruía apenas 30% da parte superior da rinofaringe, não chegando ao óstio faríngeo da tuba
auditiva. Após suspeita clínica e endoscópica do diagnóstico de cisto de Thornwaldt, foi solicitado
como exame de imagem a Ressonância.
Discussão: O cisto de Thornwaldt é uma lesão decorrente de falha na regressão da notocorda, com
persistência de remanescente na parede posterior da rinofaringe. Apresenta uma incidência de 3% na
população adulta. A maioria dos casos são diagnosticados entre 15 e 65 anos, com maior prevalência
no sexo masculino. Por ser uma lesão benigna, os cistos assintomáticos não necessitam de
tratamento. No caso deste paciente, a hipótese de doença puramente atópica ou infecciosa foi sendo
cada vez mais afastada a medida que vários tratamentos vinham sendo realizados sem sucesso. Além
disso, o paciente apresentava sintomas mais evidentes em região posterior da cavidade nasal,
diferindo da maioria das atopias, onde as queixas são mais difusas. Neste caso, após o preciso
diagnóstico e tendo em vista sintomas que estavam atrapalhando o cotidiano, foi instituído
tratamento com Laser de Diodo.
Conclusão: Os cistos de Thornwaldt são na maioria dos casos assintomáticos, porém, alguns
pacientes por vezes apresentam queixas como rinorréia, halitose, cefaleia occipital e outros. No
paciente em questão os sintomas estavam atrapalhando suas atividades cotidianas e foi feita a
Cirugia com Laser de Diodo, que apresentou bons resultados no caso em questão. O presente caso é
de valia para publicação, pois traz um paciente sintomático.
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58 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Coarctação aórtica em neonato: diagnóstico, riscos e indicação cirúrgica
Rodrigo Pereira Pio
Felipe Alencar Monteiro Borges
Lara de Paula Sousa
Moisés Elias de Souza Alves
Guilherme Miguel Thomé de Carvalho
Hélio Henrique Medeiros Pires
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar a importância e a dificuldade do diagnóstico precoce de coarctação da aorta em
neonatos e os principais riscos e complicações cirúrgicas que isso implica.
Descrição do caso: Paciente masculino, ao nascer evoluiu sem intercorrências e recebeu alta com 48
horas de vida, após 6 semanas, apresenta quadro de dispneia, desconforto respiratório, chiado no
peito, febre e recusa das mamadas há 3 dias, recebendo diagnóstico de bronquiolite viral aguda.
Após 7 dias de internação, o exame físico indica extremidades bem perfundidas e sem edema,
ausculta-se sopro sistólico (2+/6+), levando o paciente a realizar um ecocardiograma que revela
coarctação da aorta de grau acentuado, após avaliação de cardiopatia, indica-se intervenção
cirúrgica. Há 15 dias paciente aguarda leito de UTI neopediátrica do ICDF.
Discussão: O paciente, mesmo sendo portador de cardiopatia, recebeu alta médica com 48 horas de
vida. Apresentou quadro assintomático de coarctação da aorta e o sopro sistólico de baixa
intensidade foi o único sinal que indicou a realização do ecocardiograma. A indicação cirúrgica foi
imediata após avaliação da coarctação de aorta acentuada. O diagnóstico precoce da coarctação de
aorta é fundamental para evitar a exposição de neonatos aos riscos que essa patologia causa, como
hipertensão e baixa perfusão de membros inferiores. O paciente pode demonstrar-se assintomático à
cardiopatia, levando a um difícil diagnóstico da patologia pelo pediatra, por isso é essencial a
suspeita de coarctação em pacientes que evoluam com hipertensão arterial sistêmica e redução de
pulsos em membros inferiores após o fechamento do canal arterial.
Conclusão: O pediatra deve estar atento a sopros no précordio e deve avaliar os 4 pulsos periféricos
diariamente. O ecocardiograma demonstrou ser um método de diagnóstico por imagem útil para
avaliação dessa cardiopatia, porém, a espera da cirurgia de correção implica um constante risco na
vida do neonato.
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59 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Colangite tardia em paciente portador de atresia de vias biliares após portoenterostomia
Hermany Aguiar Carvalho
Luciana Freitas Velloso Monte
Ana Maria Faria Esteves
Suziane Soares Gonçalves
Rafael Sanches Moreno Gomes
Yuri Matheus Becker Bauer
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar complicação tardia e atípica em paciente portador de atresia de vias biliares após a
portoenterostomia de Kasai e frisar a importância de atenção e acompanhamento rigorosos em
lactentes que apresentem quadro de colestase.
Descrição do caso: A. P. L. P. V., 1 e ano 9 meses, diagnosticada com atresia de vias biliares extrahepática aos 3 meses, submetida a portoenterostomia de Kasai aos 4 meses e em acompanhamento
no Hospital de Base (HBDF) desde então. Evoluiu com melhora da colestase e bom ganho pônderoestatural. Há 5 meses, apresentou prurido insidioso, persistente, com piora progressiva, sem fatores
de melhora, desencadeantes ou de piora. Buscou o HBDF para investigação clínica. Ao exame
mostrava-se em bom estado geral, ictérica, com hepatomegalia de 2 cm do rebordo costal direito,
fibroso, esplenomegalia de 3 cm do rebordo costal esquerdo. Exames laboratoriais evidenciaram
aumento de TGO, TGP, gama GT e fosfatase alcalina muito acima do normal e hiperbilirrubinemia
às custas de bilirrubina direta. Foi aventada a hipótese de colangite, sendo iniciada antibioticoterapia
e rifampicina, com melhora do quadro em uma semana.
Discussão: A portoenterostomia de Kasai é a cirurgia de escolha para tratamento de atresia de vias
biliares extra-hepáticas, uma das principais causas de colestase neonatal. No entanto, a cirurgia não é
curativa, havendo progressão para cirrose biliar meses ou anos após a cirurgia, de caráter variável e
impacto clínico imprevisível. Complicação comum dessa cirurgia é a colangite, inflamação dos
canalículos biliares, que pode se manifestar sob a forma de quadros recorrentes de colestase, febre
ou apenas alterações laboratoriais. É mais comum por volta de seis meses a um ano após a cirurgia.
A paciente apresenta apenas alterações laboratoriais. Como não foi relatado colúria ou acolia pela
mãe, descarta-se quadros colestáticos. A colangite se desenvolve devido a fibrose periportal
progressiva que continua mesmo após a cirurgia, levando a redução e estase do fluxo biliar, que
causam a colangite.
Conclusão: A AVBEH requer atenção e monitorização rigorosa de infantes que tenham sido
submetidos à cirurgia de Kasai. Devido ao caráter não curativo da cirurgia, o prognóstico é
imprevisível e as complicações são relativamente comuns e podem ser fatais se não houver
intervenção precoce e agressiva. É, portanto, imprescindível observar quadros de colestase
recorrentes, febre ou outras complicações que essas crianças venham a apresentar.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Conflitos de interesse nos relacionamentos de laboratórios e médicos
Nathália Telles da Costa
Iara Cristina Arruda Vale
Rafaella Pereira Marques
Mayara Vasconcelos Carvalho
Nathália Gomes Miliachi
Armando José China Bezerra
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Analisar os problemas éticos envolvidos na relação entre o médico e a indústria de
medicamentos, suas causas e consequências para os pacientes, exemplificando com estudos de casos
reais.
Metodologia e fonte de dados: Revisão de literatura norteada pelos diversos conflitos de interesse
existentes na relação entre médicos e a indústria farmacêutica. Foram realizadas pesquisas nos
bancos de dados: Scielo e Pubmed com as seguintes palavras-chaves: “Deontologia Médica”,
“Indústria Farmacêutica” e “Bioética”. Os filtros de busca ativados foram “free full text” e “5 years”.
Discussão: Os médicos e a indústria de medicamentos estão vinculados por mútua necessidade e essa
interação é complexa porque há interesses envolvidos, inclusive financeiros, que podem vir a
comprometer a independência do médico na formulação de suas prescrições. Uma vez que a
prescrição de medicamentos é incentivada por intensa propaganda e por doações da indústria que –
veladamente – têm o objetivo final de angariar prescrições, a prática clínica acaba por ser
diretamente afetada, pois é exatamente a expectativa de reciprocidade que pode motivar a doação.
Parece claro que, visando ao bem em suas ações, o médico fundamente suas escolhas terapêuticas na
melhor evidência científica disponível de eficácia e tolerabilidade. Porém, quando essa atitude ideal
for contaminada por interesses secundários, ou seja, quando a prescrição for influenciada pela
interferência de elementos alheios à evidência científica, passa a existir conflito de interesse. Por
isso, a independência absoluta do médico é amplamente desejável na realização das suas prescrições,
para benefício do objeto a que visa: a vida. Os conflitos de interesse são extremamente danosos à
vida do paciente e ameaçam a atividade investigativa, suscitando a desconfiança do público nos
resultados produzidos.
Conclusão: Na prática, as pessoas não conseguem manter a objetividade, o que indica que o viés do
auto interesse é involuntário. Portanto, a liberdade e independência de fazer escolhas não são
totalmente plenas, especialmente quando falta o conhecimento devido para tal. Isso não diz respeito
ao fato de que certas escolhas podem ser feitas com a interferência de interesses secundários, mas de
que, em certas circunstâncias, pode faltar o conhecimento para discernir a natureza e integridade da
informação.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Convulsões sem etiologia definida
Mariana Fonseca Giani Delfino
Milla Carolina Costa Lafetá
Luciana Cardoso Reis
Helena Barroso Bernal
Marina Tani Gomes
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Este trabalho tem como objetivo apresentar e discutir as hipóteses diagnósticas e ampliálas dentro de um caso raro, uma vez que o tétano atualmente tem se tornado uma patologia rara,
frente ao sucesso da vacinação.
Descrição do caso: Paciente relata ter tido tétano há sete meses, causado por um corte no pé, no qual
apresentou rigidez muscular, posição opistótona e várias convulsões como quadro clínico. Procurou
o hospital no qual foi diagnosticado com tétano e tratado após três semanas do início do quadro. Há
uma semana relata estar na faculdade quando de repente sentiu um choque nos lábios ao usar o
bebedouro, perdendo subitamente a consciência. Acordou somente dentro da ambulância onde
novamente sofreu mais três convulsões. Acordou no Hospital das Forças Armadas – DF. No HFA
apresentou 24 episódios convulsivos de causa desconhecida ou idiopática, dor torácica difusa, de
forte intensidade, em queimação, mialgia dos membros (MMSS E MMII) e cefaleia. Apresentou
também hipoacusia, acúfeno, diminuição visual bilateralmente, hiporreflexia e tonturas. Paciente
nega uso de drogas antiepiléticas como medida profilática.
Discussão: Tal caso nos trás inúmeras hipóteses diagnósticas. Paciente relatou ter tido o tetáno no
nono ano após a vacinação. Sendo assim, o tétano pode ter intrínseca relação com o novo quadro
assim como a demora do diagnóstico do paciente há sete meses atrás, o que pode ter deixado muitas
sequelas no sistema neurológico. É importante ressaltar que paciente foi submetido à tomografia,
ressonância magnética, EEG, exame toxicológico, hemograma e exame de urina sendo que todos não
apresentaram nenhuma alteração. Pela ausência de alterações fisiológicas, foi levantada a hipótese de
tratar-se de um transtorno conversivo, isto é, sintomas somáticos simbolizando um conflito
psicológico inconsciente, o que nos coloca diante de um quadro psiquiátrico.
Conclusão: Paciente continua com quadro convulsivo, mas sem ser diagnosticado corretamente para
sua causa e ainda permanece internado. Relata ter tido as seguintes hipóteses de diagnósticos:
epilepsia, neurocisticercose e recidiva do tétano. Porém, todos os diagnósticos foram descartados.
Sendo assim, chegou-se ao diagnóstico final de transtorno conversivo, devido à ausência de sinais
orgânicos.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Coqueluche, Uma Revisão de Literatura
Manoel Antonio Braga Rezende
Mauro Santos Neves
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: A coqueluche é uma morbidade infecciosa causada por bactérias do gênero Bordetella,
cuja incidência diminuiu após a implementação de uma vacina na década de 40, entretanto, tem
reaparecido com sintomatologia diferenciada nos dias atuais, o que nos leva a revisar os conceitos
presentes na literatura.
Metodologia e fonte de dados: Foram utilizadas, para o desenvolvimento deste trabalho, fontes de
pesquisa como artigos científicos dos portais sCielo e PubMed, disponíveis gratuitamente na
internet. Uma compilação acerca do tema foi minuciosamente coletada a fim de se obter uma revisão
de literatura concisa, de modo a garantir ao meio médico interessado informações pertinentes à
clínica e ao diagnóstico da morbidade.
Discussão: A coqueluche é uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Bordetella (B.
pertussis e B. parapertussis – 5% dos casos -), sendo caracterizada por tosses secas paroxísticas.
Afeta indivíduos de todas as idades, sendo bem mais comum em lactentes menores que 6 meses de
idade. Gotículas de saliva expelidas por pacientes portadores da doença, eliminadas por meio da fala
ou da tosse, são o meio de transmissão. A doença dura classicamente de 6 a 8 semanas, e possui 3
fases bem estabelecidas de curso clínico: catarral (rinorreia, lacrimejamento, tosse leve e
possibilidade de febre baixa), paroxística (fase em que o diagnóstico geralmente ocorre,
caracterizada por crises incontroláveis de tosse que surgem subitamente, ocorrendo de 5-10
episódios de tosse em apenas uma expiração, além do clássico ruído em ‘’guincho’’, que pode ou
não se fazer presente) e de convalescença (os paroxismos de tosse diminuem gradativamente em
frequência e em intensidade). A doença é bem mais grave em jovens e lactentes do que em
adolescentes, adultos e idosos. A pneumonia é a complicação que mais leva ao óbito na coqueluche,
muito embora este acontecimento seja raro. O tratamento é feito com antibioticoterapia, sendo os
macrolídeos (especialmente a azitromicina) os fármacos de primeira escolha. A prevenção com
profilaxia é feita com os mesmos fármacos usados para o tratamento, na mesma dose.
Conclusão: Apesar de a coqueluche ter sido bem mais dramática no passado e, nos dias de hoje, estar
relativamente bem controlada após o advento da vacina DTP (Difteria, Tétano e Pertussis), sua taxa
de ataque é bastante alta (70-100%), e surtos epidêmicos ocorrem a cada 2-3 anos, mesmo com o
avanço no diagnóstico e manejo clínico. Novas formas de apresentação clínica estão surgindo, o que
aponta para a necessidade de manter os estudos acerca desta doença, que com frequência reaparece
nos hospitais.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Correção cirúrgica minimamente invasiva de pseudoaneurisma de ventrículo esquerdo.
Relato de caso
Rodrigo Pereira Pio
Ricardo Barros Corso
Isaac Azevedo Sicua
Helmgton José Brito de Souza
Tainá Alves Martins cordeiro
Camila de Lima Viera
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar um caso de pseudoaneurisma de ventrículo esquerdo tratado com aneurismectomia
por técnica cirúrgica mini-invasiva.
Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 69 anos, diabética, hipertensa, dislipidêmica, com
diagnóstico prévio de doença arterial coronariana, passado de infarto agudo do miocárdio (IAM) e
de cirurgia de revascularização do miocárdio em 2013. Em 2014 sofreu novo IAM e foi submetida à
angioplastia coronária transluminal percutânea. Paciente evoluiu com quadro de insuficiência
cardíaca congestiva (ICC). Ecocardiograma revelou um pseudoaneurima de ventrículo esquerdo
gigante. Ressonância magnética revelou colo do pseudoaneurisma de 9 mm e grande
pseudoaneurisma de 70 x 33 mm. Foi realizada correção cirúrgica do pseudoaneurisma com o
auxílio da circulação extracorpórea, por meio de técnica mini-invasiva, via mini-toracotomia
esquerda e sem pinçamento aórtico. EuroScore II pré-operatório de 17,96% de mortalidade. Não
houve intercorrências no período peri-operatório e alta hospitalar em 6 dias.
Discussão: O pseudoaneurisma de ventrículo esquerdo é uma complicação grave e rara do infarto do
miocárdio. O tratamento cirúrgico está sempre indicado pelo alto risco de ruptura. O presente caso
revelou a eficácia na técnica cirúrgica mini-invasiva associada à toracotomia esquerda, sem a
necessidade de pinçamento aórtico. A ecocardiografia transtorácica mostrou-se útil e precisa no
diagnóstico desta complicação. O tratamento cirúrgico convencional dos pseudoaneurismas implica
em esternotomia mediana para a instalação da circulação extracorpórea e clampeamento aórtico. A
técnica utilizada no caso relatado via toracotomia esquerda com a instalação da circulação
extracorpórea via vasos femorais evitou os riscos da reoperação trans-esternal e possível lesão de
enxertos coronarianos pérvios, além de facilitar o acesso ao pseudoaneurisma. A técnica miniinvasiva permitiu uma recuperação mais rápida.
Conclusão: A cirurgia mini-invasiva via toracotomia esquerda com instalação femoral da circulação
extracorpórea, sem a necessidade de pinçamento aórtico, para a correção do pseudoaneurisma de
ventrículo esquerdo, em um paciente com operação de revascularização do miocárdio prévia, parece
simplificar o procedimento, reduzir o trauma cirúrgico e facilitar a recuperação pós-operatória.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Depressão Puerperal: características e impactos
Natália Cristina Moreira Neves
Daniela Vinhaes dos Reis
Larissa Araújo Dutra de Carvalho
Natália Pierdoná
Nathália Gomes Mialichi
Hilana Renata Moreira Araújo
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Objetiva-se mostrar as peculiaridades da depressão pós-parto e as possíveis consequências
que ela pode trazer para a mãe, o bebê e a para a família em geral. Ressalta-se também a importância
do diagnóstico, que apesar de ser difícil, deve-se fazê-lo por se tratar de uma patologia que requer
conduta.
Metodologia e fonte de dados: Utilizou-se para confecção desta revisão de literatura a busca de
artigos científicos presentes nas bases de dados Sacelo e Lilacs, bem como artigos em PDF
encontrados em: Revista Eletrônica de Enfermagem, Revista Panorâmica On-Line e Revista de
Enfermagem UNISA 2003. As palavras-chave pesquisadas foram: “depressão puerperal”,
“depressão pós-parto” e “transtornos psiquiátricos no puerpério”.
Discussão: O puerpério é um período de grandes mudanças na vida da mulher, o que as deixa mais
susceptíveis a desenvolverem transtornos psiquiátricos. A Depressão Puerperal é uma síndrome de
causa multifatorial que repercute em modificações emocionais, cognitivas, comportamentais e
físicas. Há suposições de que o fator causal tenha relação com as mudanças hormonais
características deste momento da vida das mães. Epidemiologicamente, acomete 10 a 20% das
puérperas. Aparece, mais comumente, nas duas primeiras semanas do pós-parto e em até três meses
desta data. Está associada com uma relação materno-fetal negativa e familiar desagradável. O quadro
clínico cursa com estado de depressão do humor, falta de entusiasmo no desenvolvimento de
atividades cotidianas, mudanças no peso, apetite e na qualidade do sono, agitação ou retardo
psicomotor, fadiga, sensação de culpa ou inutilidade, concentração ou tomada de decisões
dificultadas e até, mais raramente, ideias de morte ou suicídio. Há uma certa dificuldade em se fazer
o diagnóstico, uma vez que os sintomas iniciais podem ser confundidos com processos fisiológicos
do pós-parto imediato. Porém, se o quadro persistir, deve-se atentar para uma possível depressão
puerperal que é uma situação patológica e requer manejo terapêutico adequado. O tratamento
consiste em uso de antidepressivos e psicoterapia.
Conclusão: A depressão pós-parto é um quadro frequente e muitas vezes subdiagnosticado. Os
profissionais de saúde devem atentar-se para tal situação a fim de não deixar uma paciente suspeita
sem investigação e tratamento. Não se sabe exatamente a causa etiológica. Está associada com o
risco de depressão posteriormente e de novos casos de depressão puerperal em outras gestações. Ela
compromete o desenvolvimento infantil no seu âmbito emocional, social e cognitivo e ameaça a
estrutura afetiva familiar.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Depressão Unipolar Moderada - Relato de Caso
Douglas Fernando Corrêa
Juliana da luz Araújo
Rayanne Garrido Monteiro de Andrade
Paulo D'Arcadia de Brito Neto
Maisa da Silva Dulci Medeiros
Maria Edineide Monteiro de Andrade
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de Depressão Unipolar Moderada em
uma mulher de 53 anos com fatores de risco desde a infância e que desenvolveu tal transtorno após a
morte de sua mãe.
Descrição do caso: RNSS, 53 anos, feminino, parda, casada, do lar. Refere vida conturbada desde a
infância. Alega ainda, após o falecimento de sua mãe há 4 anos, episódios de crises de choro, humor
depressivo, sensação de solidão, insônia de frequência diária associada à sonolência diurna e passou
a ingerir 1400 ml de cerveja diariamente. No último mês os sintomas se somaram a fatigabilidade e
aumento do apetite fazendo com que ela ganhasse 10kg e procurasse atendimento no HPAP. Na
primeira consulta foi solicitado o exame laboratorial de TSH e T4 livres o qual excluiu a hipótese de
hipotireoidismo. Em sequência realizou-se o teste de duas questões associado ao critério CID-10,
diagnosticando-a com depressão unipolar moderada. Foi prescrito Venlafaxina 37,5mg/dia uso
contínuo, Zolpidem 5mg/dia antes de dormir por duas semanas e Terapia Cognitivo Comportamental
semanal. A paciente teve remissão dos sintomas.
Discussão: É um transtorno crônico, recorrente, acomete mais mulheres, altamente incapacitante,
associado a alto risco de suicídio. Para o diagnóstico afasta-se a hipótese de hipotireoidismo e
transtorno depressivo bipolar. Depois são aplicados o questionário de rastreamento e o critério
diagnóstico segundo o CID-10. Na fase aguda (3 primeiros meses) caso o grau seja leve a terapia se
restringe à Terapia cognitivo comportamental, se for moderado associa-se à medicação, sempre com
a menor dose eficaz; e se grave apenas a medicação. É feito acompanhamento médico semanal para
verificar a eficácia da dose, adaptação do paciente e diminuir os riscos de suicídio, o qual aumenta
nas primeiras semanas. Se o paciente não tem recaída na fase de continuação (4-6meses seguintes) é
considerado recuperado e a medicação é suspensa, se houver cinco ou mais recorrências ele entra
para a fase de manutenção (duração indeterminada).
Conclusão: A Depressão Unipolar é um transtorno de curso crônico que interfere diretamente na
produtividade e qualidade de vida. É fundamental o correto diagnóstico e classificação do grau em
que o indivíduo se encontra para que o manejo terapêutico seja adequado. Ainda, é fundamental o
acompanhamento médico semanal no início do tratamento e também, quando indicado, a terapia
cognitivo comportamental para uma melhor resposta e adaptação à nova condição de vida.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Desafio de Diagnosticar Colangiocarcinoma a partir de Síndrome Ictérica
Rayssa Carvalho Teodoro
Thamara de Oliveira Vasconcelos
Arivaldo Bizanha
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Esse trabalho tem por objetivo elucidar por meio da análise de um relato de caso a
importância de se pesquisar o diagnóstico (Dx) de Colangiocarcinoma (CCA) em pacientes com
síndrome ictérica como sintoma inicial.
Descrição do caso: Trata-se de paciente feminina, 51 anos, natural do DF, com histórico de
colecistite crônica calculosa, nódulos intra-hepáticos, HAS e DM2. Referia dor em HD, vômitos e
icterícia há 15 dias; sem febre, acolia e colúria. Ao Exame físico: BEG, LOTE, ictérica 3+/4+,
hidratada, hipocorada 1+/4+, eupneica. Abdome: globoso, pouco doloroso à palpação, RH normais.
AC: RCR, 2T, BNF, SS, PA=140x90mmHg e FC=92 bpm. AR: MVF normal. Laboratório: Hb
14,2u; Hct 42,5%, WBC 7.300 s/ desvio, Neutrófilo 63,95%; Plt 263.000; Cr 0,8, Glicemia de jejum
112, Ureia 36, GGT: 886u, TGO 39, TGP 298, BT 14,3; BD 5,88; BI 8,42; amilase 35. Imagem: TC,
colangioRM e colangiografia. Resultados: vesícula biliar distendida e hidrópica, cálculos em
infundíbulo, dilatação de vias biliares intra-hepáticas E, obstrução de 5cm de DHC. Diagnóstico:
CCA. Conduta: drenagem percutânea com stent e implantação de dreno biliar.
Discussão: O Dx de síndrome ictérica é desafiador, uma vez que engloba várias doenças benignas e
malignas. Por conseguinte, deve-se lançar mão de história clínica, exames de imagem e
histopatologia, sem descartar nenhum Dx antes de uma propedêutica minuciosa. No caso de CCA, o
Dx é difícil devido à evolução lenta da doença que cursa com sintomas gerais de obstrução biliar.
Sendo assim, é fundamental que ele seja cogitado em todo caso de síndrome ictérica; principalmente
em homens entre 70-80 anos, asiáticos, hispânicos ou com fatores de risco como síndrome
metabólica e doenças císticas do ducto biliar. À ColangioRM, que é o método de escolha, revelou
CCA Peri-hilar ou tumor de Klatskin o qual é o tipo mais prevalente. Sendo então submetida à
drenagem percutânea com stent, objetivando alívio dos sintomas de obstrução colestática e
corroborando com a conduta para tumores inoperáveis.
Conclusão: O CCA é raro, corresponde a 15% das neoplasias hepáticas e a 2% de morte/ano por
câncer no mundo. No entanto não deve ser descartado de imediato, principalmente por possuir
prognóstico reservado, com uma sobrevida de 17% em cinco anos. O ideal seria acompanhar
periodicamente os pacientes de risco visando diagnóstico precoce e melhora na sobrevida. Porém, a
raridade da doença, associada à quantidade de pessoas predispostas dificultam o rastreamento.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Descriminalização do aborto: uma questão de humanidade
Rafaella Amaral Marques
Rafael da Silva Santiago
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O artigo busca compreender as reflexões acerca do abortamento por intermédio de uma
visão interdisciplinar, no intuito de fornecer elementos mais precisos para uma análise adequada de
sua descriminalização.
Metodologia e fonte de dados: Nessa pesquisa, empregou-se métodos de abordagem bibliográfica e
documental por meio de artigos encontrados nas bases de dados Scielo e Lilacs. PALAVRASCHAVE: descriminalização do aborto, abortamento e legalização do aborto.
Discussão: O aborto tem, por definição, a interrupção dolosa da gravidez. A sua prática, portanto,
fere o direito fundamental à vida do nascituro. Considerando a norma penal brasileira, a prática
abortiva é, penalmente, punível com pena de detenção e reclusão. No entanto, este discurso é
extremamente superficial, já que leva em consideração apenas o ato do nascimento, razão pela qual
uma análise mais profunda do tema deveria ser feita, visando o futuro dessa criança que terá sido
rejeitada desde o ventre de sua mãe. Desse modo, na perspectiva da descriminalização, o direito ao
aborto deve ser defendido como um direito inerente à autonomia privada do indivíduo quanto a
questões que dizem respeito a seu próprio corpo; outro argumento se refere à proteção da saúde da
mulher. Sendo o aborto um dado da realidade, e sendo sua prática proibida, excetuando-se em casos
específicos, é sabido que inúmeras mulheres acabam por procurar serviços de saúde não
especializados e clandestinos para a realização da prática em questão, colocando em risco sua
própria vida. Ademais, as situações socioeconômicas desfavoráveis também representam um fator
contribuinte a aludida legalização. O não apoio no seio familiar, a recusa de auxílio por parte do
parceiro, o desemprego, a dificuldade financeira vivida pela mulher e a inadequação da habitação
para o recebimento de uma nova vida, são preocupações legítimas.
Conclusão: Não se deseja, com isso, tornar o aborto uma simples prática contraceptiva e banalizada.
Pelo contrário, o que se contesta é a intervenção do Estado no corpo feminino, bem como a
doutrinação moral e religiosa que lhe é realizada. Sendo assim, em defesa à mulher, a
descriminalização pode e deve lhe oferecer o direito de escolha.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Diagnóstico acidental de Bloqueio Átrio Ventricular Total Congênito em paciente adulto
Andrea Zappala Abdalla
Lorena Taveira Amaral
Nathalia Gomes Mialichi
Mariana Mendes Pacheco de Freitas
Ricardo Barros Corso
Emanuel Dantas Rodrigues
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Este artigo tem como objetivo relatar um caso de bloqueio atrioventricular total congênito.
Uma patologia rara, por este motivo, passível de ser relatado e discutido.
Descrição do caso: MOL, masculino, 19 anos, solteiro, natural de Luziânia - Goiás, que deu entrada
no hospital com queixas de tontura, cefaleia occipital de intensidade 8 de 10, que evoluiu com
quadro de hemiplegia à direita. Referia ainda vômitos, negava febre. Após exames físico e
complementares, foi diagnosticado com tumor cerebral, passível de ressecção cirúrgica. Diante da
realização dos exames pré-operatórios, foi evidenciado um bloqueio atrioventricular total congênito
(BAVTC). Foi discutido com equipe da hemodinâmica, sendo indicada a implantação do dispositivo
de marca passo, antes da cirurgia para remoção do tumor cerebral.
Discussão: O bloqueio atrioventricular total (BAVT) é definido como bradiarritmia, em que o ritmo
de base é idioventricular de escape, fixo e totalmente dissociado da atividade atrial. Esta tem
frequência maior que a ventricular e nenhum estímulo atrial despolariza os ventrículos. O BAVT
adquirido, por cardiopatia ou degeneração senil do sistema de condução, é sintomático, enquanto o
BAVT congênito, tem características suficientes para manter o paciente assintomático por muitos
anos. Esta é uma patologia rara, estimando-se uma incidência de 1/20.000 nascidos vivos. A
etiologia não é completamente compreendida. O diagnóstico pré-natal pode ser feito através de
ecocardiografia fetal e o pós-natal, através de eletrocardiograma, eletrocardiograma dinâmico de 24
horas e ergometria. Este diagnóstico é de extrema importância, já que tal patologia está associada a
alta incidência de morte súbita.
Conclusão: Concluímos que devido ao diagnóstico de tumor cerebral, foi possível identificar
acidentalmente o BAVT de características congênitas em paciente assintomático, que tem grande
incidência de morte súbita, sendo assim, possível tomar as devidas condutas para evitá-la.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Diarreia crônica em paciente HIV positivo
Raquel Scafuto Barbosa
Evelyn Jacome Obeid
Marcelo Alencar da Fonseca
Cynthia Lorena de Moura
Camila Valadares Santana Recch
Camilla Garcia de Oliveira
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar caso de paciente, 52 anos, HIV positivo há menos de 1 ano, com quadro de diarreia
mucossanguinolenta, início há 2 anos e perda ponderal de 15kg em 3 meses. Diagnosticada com
pancolite ulcerativa intensa e sorologia HIV positivo. Após antibioticoterapia, remissão total dos
sintomas.
Descrição do caso: Mulher, 52 anos, iniciou, há 02 anos, quadro de diarreia crônica, 20
evacuações/dia, caráter mucossanguinolento, associado à distensão e dor abdominal em hipogastro.
Procurou atendimento após piora dos sintomas gastrointestinais e perda de 15 kg em 03 meses.
Durante investigação clínica, foi diagnosticada com pancolite ulcerativa intensa em colonoscopia
com biopsia e sorologia HIV positivo em duas amostras e Western Blot positivo. Após
antibioticoterapia, apresentou remissão dos sintomas e recebeu alta médica. Após 48 dias,
apresentou recidiva do quadro clínico, sendo posteriormente internada. Fez uso de sulfassalazina,
prednisona, azitromicina, TARV e amtriptilina. Apresentou completa remissão dos sintomas no
segundo mês de internação. Alta médica no 3º mês de internação devido a sintomas depressivos e
acompanhamento com psiquiatria durante internação médica.
Discussão: Diarreia crônica é indicação para tratamento hospitalar do paciente. Os patógenos mais
sugestivos de diarreia no HIV são: Citomegalovírus, Herpes e Clostridium difficile. Devido ao uso
frequente de antibióticos, os pacientes apresentam maiores taxas de super proliferação bacteriana no
intestino delgado, cursando com diarreia crônica e má absorção. Causas não infecciosa devem ser
consideradas durante investigação clínica como o efeito colateral de medicamentos, principalmente
inibidores de protease. Apesar dos antirretrovirais poderem levar ao quadro diarreico, muitas
patologias permanecem ativas se não houver a reconstituição do sistema imune ocasionada por essas
medicações. Por isso, a retirada dos antirretrovirais deve ser efetuada apenas em casos específicos,
tentando-se o tratamento com sintomáticos.
Conclusão: A diarreia é manifestação frequente da infecção pelo HIV desde a sua fase inicial e é
uma das mais importantes causas de desnutrição em pacientes HIV. A caracterização da diarreia com
todas as suas características é de extrema importância para a melhor propedêutica a ser utilizada.
Ainda que o vírus HIV afete o organismo como um todo, o trato gastrointestinal parece ser um dos
principais alvos da doença. Vários estudos associam diarreia crônica e perda de peso a uma menor
sobrevida.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Distúrbios Do Equilíbrio Ácido-Básico
Marina Tani Gomes
Nathália Telles da Costa
Gabriela de Campos Araújo
Milla Carolina Costa Lafetá Araújo
Mariana Fonseca Giani Delfino
Antonio Aurelio de Paiva Fagundes Junior
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Realizar uma revisão de literatura acerca das questões relacionadas ao estado ácido-básico
do sangue, com fornecimento de dados essenciais ao manejo mais eficiente de pacientes em
enfermarias e em Unidades de Terapia Intensiva.
Metodologia e fonte de dados: Discutir conceitos básicos e alterações primárias relacionados ao
equilíbrio ácido-base, além da fisiologia do controle do pH sanguíneo, e a aplicação desse
conhecimento em quadros de distúrbios primários do equilíbrio ácido-básico, abrangendo a
fisiopatologia e o diagnóstico destes. A revisão foi feita apoiada em bases de dados bibliográficos
online (Scielo, Bireme, Medline e Lilacs).
Discussão: Acidose e alcalose são alterações do pH sanguíneo devido ao aumento ou à diminuição
da concentração sanguínea de íons H+. Para manter a homeostase, utilizam-se mecanismos
regulatórios. O sistema tampão é a primeira linha de defesa e utiliza substâncias capazes de doar ou
receber íons H+. O componente pulmonar utiliza a eliminação ou retenção de CO2. Já o componente
renal é o terceiro componente na linha de defesa e atua pela excreção de urina ácida ou básica. Os
distúrbios do equilíbrio podem ser respiratórios e/ou metabólicos. A acidose metabólica ocorre com
redução do HCO- ou com aumento de H+, enquanto a alcalose metabólica ocorre com aumento do
HCO- ou com redução de H+. Já a acidose respiratória ocorre quando há aumento da PCO e a
alcalose respiratória, quando a PCO estiver diminuída. Estes distúrbios desencadeiam resposta
compensatória, que tende a manter o pH o mais próximo do normal. Quando a normalização não
ocorre, os distúrbios metabólicos levam a compensações respiratórias e os distúrbios respiratórios
levam a compensações metabólicas. Pode haver, ainda, distúrbios mistos, com alterações
metabólicas e respiratórias, que ocorrem quando o grau de compensação não é adequado ou quando
a resposta é maior que a esperada. A análise dos valores obtidos da gasometria arterial possibilita o
diagnóstico dos desvios do componente respiratório e do componente metabólico.
Conclusão: O aprendizado dos conceitos elementares acerca das desordens do equilíbrio ácidobásico permite uma análise mais eficiente dos quadros trazidos a enfermarias e Unidades de Terapia
Intensiva. Por isso, é fundamental para alcançar diagnósticos mais precisos visando a redução dos
riscos de óbito e disfunção de órgãos e sistemas de pacientes internados.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Divertículo de Meckel
Byannkah Abrão Ferreira Mendes
Marcelo Ribeiro Artiaga
Kellen Karenine Pinho de Medeiros
Huri Brito Pogue
Izabela Luíza de Azevedo de Souza
Armando José China Bezerra
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo deste trabalho é fazer com que os futuros médicos e profissionais de saúde
tenham contato e saibam lidar com a anomalia congênita mais comum do trato gastrointestinal: o
divertículo de Meckel.
Metodologia e fonte de dados: Esse trabalho é uma revisão de literatura e sua fonte de pesquisa
consiste em artigos científicos da base de dados Scielo tendo como palavras-chave "Divertículo de
Meckel".
Discussão: Divertículo é uma herniação de uma víscera oca. Pode ser classificado como verdadeiro
ou falso. O verdadeiro contém todas as camadas do órgão, já o falso, ou pseudodivertículo, consiste
apenas de uma protrusão das camadas mucosa e submucosa através da camada muscular. O
Divertículo de Meckel trata-se de um divertículo verdadeiro, proveniente da obliteração incompleta
do ducto onfaloentérico, o qual deveria ser obliterado até a 10ª semana de gestação. Esse ducto
comunica a alça do intestino médio com o saco vitelínico e caso ocorra o divertículo de Meckel
poderá ou não ter consequências clínicas que precisará de intervenção cirúrgica. O divertículo de
Meckel é um tipo de persistência de canal onfaloentérico em que em geral se apresenta como uma
evaginação pequena, de boca larga na borda antimesentérica do íleo terminal localizando-se a 40-60
cm da válvula ileocecal, porém há outros tipos de divertículos resultados também de persistência de
canal onfaloentérico. A persistência pode ser total ou parcial. A total apresenta fístula e há
extravasamento de fezes pelo umbigo. As parciais podem se apresentar de várias formas, sendo uma
delas o próprio divertículo de Meckel.
Conclusão: O divertículo de Meckel, apesar de ser a anomalia congênita mais comum do trato
gastrointestinal, é de ocorrência rara sendo importante o seu conhecimento tanto para saber do que se
trata em achados intraoperatórios quanto para se fazer diagnóstico diferencial de outra enfermidade
que podem se confundir com o divertículo sintomático como apendicite.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Doença da vesícula biliar na população idosa: uma revisão terapêutica
Renato da Silva Cordeiro Colenghi
Camila Valadares Santana Recch
Luigia Peixoto Salvador
Thamara de Oliveira Vasconcelos
Fellipe Marques da Silva Araujo
Marcelo Joaquim Barbosa
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Avaliar as possibilidades atuais de condutas terapêuticas – quanto ao tipo, indicação e
momento de intervenção – mais adequadas para o paciente idoso com colelitíase, com vistas ao
melhor perfil de morbimortalidade do paciente nesse contexto.
Metodologia e fonte de dados: O estudo é uma revisão de literatura terapêutica abrangendo os
estudos mais relevantes dos últimos 17 anos, com busca realizada nas bases de dados indexadas ao
portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) a partir da busca
das seguintes palavras-chave: colelitíase, colelitíase idoso, cholelithiasis, gallstone e gallstone
elderly.
Discussão: Os estudos revisados referem grande incidência de doença da vesícula biliar na
população idosa, e, apesar de o tratamento padrão ouro para doença sintomática ser cirúrgico, há
grande relutância em submeter os pacientes idosos a esse tipo de procedimento. O que todos os
estudos revisados apontam, contudo, é que a idade avançada não é por si só um fator de risco para a
cirurgia, mas sim a variedade de comorbidades que a acompanham, o que se observa com mais
clareza nos pacientes muito idosos (mais de 80 anos). A mortalidade associada ao tratamento
cirúrgico em idosos é, sim, maior, quando comparada à dos jovens, Bromberg et al (1998) citam
fontes que apontam: 0,3% abaixo de 50 anos; 1,6% entre 50 e 64 anos; e 4,9% acima de 65 anos.
Quando se observa esse dado apenas na população idosa quanto a situação de eletividade ou
urgência o que se observa é taxa de mortalidade de 0 a 4,4% na primeira contra 3,8 a 19% na
segunda. Por outro lado, o estudo de Ferrarse et al (2013), avaliando a colecistectomia laparoscópica,
não encontrou evidência estatística de diferença no que concerne uma abordagem imediata ou tardia
quanto a complicações, tempo de operação ou taxa de conversão para cirurgia aberta, a única
vantagem observada na abordagem imediata foi menor tempo de internação.
Conclusão: Abordagem definitiva precoce pode ser mais efetiva em evitar complicações e cirurgias
de urgência, que estão associadas a taxas mais altas de morbimortalidade, mas a partir do estudo de
Ferrarse et al (2013), há necessidade de maior investigação. A colecistectomia laparoscópica é um
procedimento aplicável e seguro, mas há necessidade de mais e maiores estudos no que concerne à
escolha do método cirúrgico em situações mais específicas do quadro de doenças da vesícula biliar.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Doença de Behçet e Aneurisma da Artéria Mesentérica Superior
Marcus Vinícius Silva Ferreira
Antônio Carlos de Souza
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar o caso de um paciente com Doença de Behçet (DB) que desenvolveu aneurisma do
segmento inicial da artéria mesentérica superior (AMS) envolvendo a aorta, tratado com
procedimento híbrido.
Descrição do caso: Homem de 50 anos com dispepsia há 6 meses e diagnóstico de Doença de Behçet
(DB) há dois anos, devido a úlceras orais e perianais recorrentes, artralgia e inflamação ocular, em
uso de omeprazol, azatioprina e aspirina. Evoluiu, em 2 meses, com dor abdominal difusa não
anginosa com piora progressiva e perda ponderal, apresentando-se emagrecido com úlceras orais e
anais, e tumoração epigástrica dolorosa, pulsátil e expansiva à palpação. A angiotomografia
demonstrou aneurisma de AMS de 3x2 cm com envolvimento da parede anterior da aorta e com
presença de trombo interno. Foi submetido a cirurgia híbrida em dois tempos: no primeiro tempo,
realizou-se laparotomia mediana transcolônica com ligadura da AMS e revascularização retrógrada
com enxerto de Dacron®; e no segundo implantou-se endoprótese de aorta abdominal com extensão
Talent™. O paciente evoluiu bem e segue assintomático.
Discussão: A DB é uma vasculite inflamatória sistêmica caracterizada por episódios recorrentes de
úlceras orais e genitais, lesões cutâneas, lesões oculares podendo estar associada a manifestações
vasculares, gastrointestinais e neurológicas. O acometimento vascular está presente em 7-49% dos
casos, 3 a 16 anos após o início dos sintomas, com maior frequência em homens, contudo o
aneurisma de AMS é uma manifestação rara da DB, com pouco relatos na literatura. Existem relatos
de casos secundários a processos inflamatórios como pancreatite, que devem compor o diagnóstico
diferencial. Os aneurismas de AMS são lesões que acarretam risco à vida e que representam um
desafio sobre o ponto de vista do tratamento cirúrgico. A ligadura é a principal modalidade de
correção cirúrgica, porém nos casos envolvendo a origem da artéria não há colo proximal, sendo
necessárias alternativas terapêuticas.
Conclusão: O acometimento da AMS não define os casos de DB, contudo deve ser considerado em
pacientes com sintomas gastrointestinais no diferencial com manifestações ulcerosas presentes em
seu espectro clínico. O acometimento da origem das artérias viscerais com envolvimento da aorta
representa um desafio adicional à terapia cirúrgica por inviabilizar a ligadura do colo proximal,
sendo a cirurgia híbrida uma opção a ser pensada nessas situações.
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74 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Doença de Hansen
Thainá de Araújo Rodrigues
Keny Soares Rodrigues
Marina Machado M. Cardoso
Geovanna Godinho de Sousa Teixeira
Raphael Andrade Gonçalves Borges
Rodolfo Raposo de Lima
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O trabalho tem como objetivo reconhecer a Doença de Hansen como sendo de suma
importância, além de seu histórico e manifestações a fim de fechar um diagnóstico com precisão e
encaminhar o paciente para o tratamento mais precoce e corretamente.
Metodologia e fonte de dados: AZULAY, Rubem David. Dermatologia. 6ª Ed. Editora Guanabara
Koogan. SAMPAIO, Sebastião; RIVITTI, Evandro. Dermatologia. 3ª Ed. Editora Artes Médicas.
KUMAR, V; ABBAS, A. K; FAUSTO, N. Robbins & Cotran: Patologia – Bases Patológicas das
Doenças. 7ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
Discussão: A doença de Hansen recebe esse nome devido a Gerhard Henrick Armauer Hansen que
defendeu a hanseníase como uma doença infectocontagiosa e não hereditária. A doença se
caracteriza por ser uma infecção lenta e progressiva que se manifesta quando o indivíduo com grau
de imunidade comprometido entra em contato com o Mycobacterium leprae que afeta pele e nervos,
resultando em deformidades impactantes. Suas manifestações clínicas se caracterizam pelas lesões
neurais e cutâneas que se dividem em: hanseníase indeterminada, tuberculoide, lepromatosa ou
virchowiana e dimorfa. As reações hansênicas se dividem em tipo 1 ou Reação reversa, que está
relacionada a lesões já preexistentes e aparecimento de novas lesões, hiperestesia e neurite aguda
com possível deficiência motora permanente, e a do tipo 2 ou Eritema Nodoso Hansênico que se
caracteriza por ser do tipo virchowiana com pápulas, nódulos, placas e necrose central, além de
febre, mal-estar, hiporexia, perda de peso, neuropatia, orquiepidimite, glomerulonefrite, miosite e
outras manifestações clinicas. O diagnóstico da doença de Hansen é feito pelo dermatologista, e
envolve a avaliação clínica do paciente, com aplicação de testes de sensibilidade, palpação de
nervos, avaliação da força motora entre outros.
Conclusão: A Doença de Hansen apresenta no Brasil, uma frequência de 45 casos para cada 100 mil
habitantes e por isso é necessário o conhecimento da doença assim como seu diagnóstico e
tratamento para uma melhor atuação médica em relação ao paciente.
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75 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Doença de Kawasaki e a morte súbita em crianças
Alisson Leandro Camillo Pereira
Luciana Cardoso Reis
Tayane Oliveira Pires
Matheus Castilho Corrêa
Helena Barroso Bernal
Everaldo Tavares de Brito
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Conhecer mais sobre a Doença de Kawasaki (DK), abordando sua etiopatogenia,
patologia, diagnóstico, tratamento e de como essa doença pode evoluir para morte súbita em
crianças.
Metodologia e fonte de dados: Com o intuito de obter informações para a realização desse trabalho,
foram feitas pesquisas em bibliotecas virtuais de artigos científicos como Scielo e em dados de um
trabalho realizado pelo serviço de dermatologia do Hospital Universitário de Brasília.
Discussão: A doença de Kawasaki atinge todas as faixas etárias pediátricas predominantemente
crianças abaixo de cinco anos. Sua causa ainda é desconhecida, porém, devido suas características
clínicas e epidemiológicas, suspeita-se que sua causa seja por um agente infeccioso não identificado.
A presença de febre persistente durante cinco dias ou mais, associada à conjuntivite não purulenta,
língua em framboesa, eritema e edema de mãos e pés com descamação periungueal, exantema e
linfonodomegalia cervical fecha o diagnóstico de DK. As alterações patológicas encontradas na DK
consistem em vasculite sistêmica generalizada, afetando predominantemente vasos de médio calibre
com preferência pelas artérias coronárias. Nas artérias coronárias há alterações inflamatórias em toda
parede do vaso e necrose das células musculares causando a perda da integridade da parede do vaso,
o que contribui para formação de aneurismas. Com a formação de aneurismas o risco de que ocorra a
ruptura do vaso é fator preocupante, pois como as artérias coronárias irrigam o miocárdio, caso essa
ruptura aconteça, ocorrerá uma isquemia miocárdica, o que poderá causar a falência daquele órgão.
O tratamento da DK varia de acordo com estágio em que a mesma se encontra: Em sua fase inicial,
visa prevenir vasculites e suas consequências e em sua fase mais avançada o objetivo é prevenir a
isquemia miocárdica e o infarto.
Conclusão: Como a doença de Kawasaki é fator de grande risco para sequelas cardíacas e morte
súbita em crianças, o monitoramento cardiovascular por meio de exames de imagem é
imprescindível.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Doença de Raynaud
Amanda de Castro Machado
Natalia da Costa Meireles
Vinícius Pinheiro Nogueira de Almeida
Milla Carolina Costa Lafetá Araújo
Gabriela de Campos Araújo
Bruno Eduardo de Morais Santos
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Realizar revisão de literatura sobre a Doença de Raynaud, elucidando suas causas,
achados, patogênese, epidemiologia e tratamentos.
Metodologia e fonte de dados: Pesquisa bibliográfica de artigos da Scielo e sociedade brasileira de
reumatologia.
Discussão: A doença de Raynaud é uma doença caracterizada por resposta anormal dos vasos
terminais ao frio ou situações de stress intenso, que decorre com vasoespasmos com consequente
redução do fluxo sanguíneo e isquemia. É mais comum nos dedos das mãos mas pode acometer pés,
nariz, língua e lóbulo da orelha. Evolui com palidez, seguida e cianose e rubor. Existem dois tipos do
fenômeno de Raynaud, o primeiro não está associado a nenhuma doença pré-existente, que é a
doença de Raynaud, o segundo tipo é consequência de uma doença prévia, mais comumente
reumática. Outras causas para o aparecimento do fenômeno de Raynaud do tipo 2 são drogas e
agentes tóxicos, doenças endócrinas, trauma ou lesão de grandes vasos, doenças arteriais, desordens
hematológicas e neoplasias. A patogênese inclui a ruptura da resposta termorregulatória dos vasos
sanguíneos da pele com hiperatividade dos receptores simpáticos α2C dos vasos sanguíneos,
causando uma resposta exacerbada a temperaturas frias e liberação anormal de vasoconstritores
(endotelina) ou a produção diminuída de vasodilatadores (prostaciclinas e NO). É mais comum em
mulheres, indivíduos jovens e membros da mesma família, acomete de 3,5 a 15% da população
mundial e a idade média de início é aos 14 anos. O tratamento inclui evitar frio e situações
estressantes, e o uso de vasoconstritores e tabagismo, em casos mais severos é feita simpatectomia.
Conclusão: A doença de Raynaud é comum e possui diagnóstico fácil, a partir da resposta
característica ao frio, a qual evolui com palidez, cianose e rubor. Pode se manifestar sozinha ou estar
associada a outras doenças, normalmente doenças reumáticas como esclerose, LES, artrite
reumatoide e vasculites. O tratamento inclui profilaxia, evitando o frio, medicamentos como
bloqueadores de canais de cálcio, inibidores de ECA, nitratos e outros, em casos mais graves há
indicação cirúrgica de simpatectomia.
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77 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Dor em pacientes queimados: a visão do paciente e do profissional da saúde
Alisson Leandro Camillo Pereira
Arnaud Macedo Oliveira Filho
Everaldo Tavares de Brito
Fernanda Caroline Moura Garcez
Guilherme Fleury Costa
Vinícius Oliveira Domingues
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Refletir sobre a participação do profissional da saúde na assistência à dor do paciente
queimado, identificando as percepções dos pacientes mediante à dor provocada pela queimadura.
Metodologia e fonte de dados: Revisão de publicações recentes referidas na base de dados da
Medline e Scielo, livros de anestesiologia e dor que abordem a temática sobre a dor em pacientes
queimados.
Discussão: A dor da queimadura terá origem quando houver estimulação direta das terminações
nervosas da pele pelo calor em consequência da destruição das camadas superficiais da pele e
exposição das terminações nervosas sensitivas. Um trauma decorrente de queimaduras sobre a pele
produz várias alterações locais que resultarão no aparecimento de dor física e psicológica como
também em alterações definitivas na aparência. Essa dor está geralmente relacionada com atividades
específicas tais como desbridamento, higienização da ferida e fisioterapia e por esse motivo, a dor é
de maior incidência durante as primeiras fases da queimadura, onde esses procedimentos são
realizados com mais frequência e maior intensidade. O grau e a duração da dor que um paciente
suporta durante seu tratamento estão relacionados a alguns fatores: extensão e localização da
queimadura, nível de ansiedade e de tolerância à dor, experiências anteriores, cultura, faixa etária e
estado emocional. Segundo o estudo, a maioria dos pacientes possuem as mesmas queixas: dor
durante o banho, troca de curativos, fisioterapia e dificuldade para encontrar posição para dormir. O
profissional da saúde, antes de iniciar esses procedimentos deve estar preparado para lidar com a dor
do outro e com o fato de que os procedimentos médicos podem potencializar a dor.
Conclusão: A dor relacionada à queimadura possui impacto significativo durante a internação de um
paciente queimado. O profissional de saúde deve sempre levar em consideração que aquele paciente
está desestabilizado tanto fisiologicamente como psicologicamente. Sendo assim, uma abordagem
psicológica e física da dor contribui para o sucesso do procedimento em geral.
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78 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Dor fantasma
Luciana Cardoso Reis
Arnaud Macedo Oliveira Filho
Geovanna Godinho de Sousa Teixeira
Ícaro Pinto Silva
Mariana Quaresma Cavalcante
Vinícius Oliveira Domingues
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O artigo tenta explicar a origem da dor do membro fantasma, mostrando que se pensava
ser uma dor de origem psíquica, mas já se sabe que é também uma dor fisiológica. É relatado que a
dor pode ter origem no abalo psicológico sofrido pelo paciente, assim como a não aceitação da perda
do membro.
Metodologia e fonte de dados: Na realização do artigo foram utilizados relatos de casos de pessoas
que passaram por amputação de algum membro (superior, inferior, órgãos ou a mama), lesão no
plexo braquial e até mesmo em pacientes tetraplégicos nos quais relatavam sentir a presença ou
mesmo sensação dolorosa do membro inativo. Foram utilizados artigos científicos do Scielo e
endereços eletrônicos para a composição da revisão.
Discussão: As maiorias das informações sensoriais que apresentamos estão relacionadas com áreas
bem específicas do córtex, de maneira que construímos mapas sensorial, sendo o principal o mapa
somato-sensorial. Como consequência dessa construção, cada pessoa apresenta uma imagem interna
de si mesma que é representada pelo seu físico, ou seja, a construção da “imagem corporal”. Esta
imagem é criada a partir de nossas próprias percepções, ideias e emoções que temos sobre nosso
corpo juntamente com suas experiências, que podem constantemente ser alteradas. Após alguma
perda sensorial a organização cortical é alterada, ou seja, antes áreas que estavam ativas no membro
amputado passam a ser invadidas por terminações nervosas de áreas que não sofreram alterações,
desde que essas áreas estejam localizadas próximas do córtex. Tal fator mostra a capacidade de
plasticidade do sistema nervoso. Pacientes que tiveram lesão no plexo braquial apresentam além da
dor a sensação de perda do membro, mesmo não havendo a perda física. Sendo assim, o membro
fantasma é como se fosse uma reativação do seu padrão de percepção dados, principalmente, pelas
forças emocionais. Indivíduos amputados sofrem grandes abalos psicológicos e com isso relutam em
aceitar a perda do membro, tentando inconscientemente manter a integridade do corpo.
Conclusão: Mesmo não tendo certeza da origem da sensação ou dor do membro fantasma, tem-se
certeza que ele é tanto de origem psicológica quanto de origem fisiológica. Também se sabe que não
há tratamento específico para este fenômeno. Porém existem terapias e alguns medicamentos que
ajudam na redução da dor, mas não apresentam eficácia para a cura. Por não existir cura muitas
pessoas que sofrem com o membro fantasma aprendem a conviver com essa situação.
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79 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Dor visceral e suas peculiaridades
Luísa Villela Biazon
Arnaud Macedo de Oliveira Filho
Everaldo Tavares de Brito
Geovanna Godinho de Sousa Teixeira
Luciana Cardoso Reis
Mariana Quaresma Cavalcante
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Discorrer acerca da dor visceral e da importância de seu conhecimento pelos profissionais
da saúde.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de revisão de literatura de livros texto e artigos publicados na
Revista Dor acerca da dor visceral e sua fisiopatologia, disponíveis na plataforma Scielo.
Discussão: A dor visceral é muito frequente e por isso deve ser conhecida pelos profissionais da
saúde. Seu mecanismo não é completamente elucidado devido ao número limitado de estudos e à
dificuldade de estudá-la em humanos. Nem todas as vísceras respondem à dor, como os parênquimas
pulmonar, hepático e renal. Vísceras ocas como o estômago, intestino, ureteres e bexiga são quase
insensíveis ao corte e à queimadura, porém, são sensíveis à distensão, isquemia ou inflamação. Esse
tipo de dor é complexo, pois possui localização geralmente difusa que pode ser tanto próxima ao
órgão afetado quanto distante: uma dor de origem cardíaca pode se manifestar no membro superior
esquerdo, por exemplo. Isso ocorre porque os estímulos viscerais se juntam com fibras originadas
em estruturas somáticas em vários níveis do corno posterior da medula espinal. A intensidade das
dores é variável, geralmente com períodos de piora seguidos de melhora, provavelmente
correspondendo à contração da musculatura lisa. Outros sintomas característicos são palidez, malestar, sudorese, aumento do peristaltismo e hiperalgesia. A dor pode se tornar mais localizada
quando a doença acomete nervos somáticos, como ocorre na apendicite, que inicialmente é
caracterizada por dor abdominal difusa e depois por dor localizada na fossa ilíaca.
Conclusão: A dor visceral é peculiar, sendo caracterizada principalmente pelo seu caráter difuso e
pela sensibilização à distância. Costuma estar associada a reflexos motores e autônomos exagerado.
Sua fisiopatologia diferente da dor somática, apesar das fibras entrarem próximas na medula espinal.
Pacientes que relatam esse tipo de dor devem ser examinados com cautela, pois essas dores podem
dizer muito a respeito da causa da doença.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síndrome de Cushing endógena e Síndrome de retirada.
Luciana Cardoso Reis
Helena Barroso Bernal
Matheus Castilho Corrêa
Tayane Oliveira Pires
Alisson Leandro Camillo Pereira
Bruno Menezes Krasny Gonçalves
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo do artigo é mostrar os efeitos do uso crônico de cortisol. Mostrando os efeitos
no metabolismo intermediário, no balanço hidroeletrolítico, na pressão arterial sanguínea, na
resposta imunológica e inflamatória, no sistema reprodutor e entre outros. Também se fala da
síndrome de retirada.
Metodologia e fonte de dados: A revisão se baseou no artigo “Síndrome de cushing endógena:
características clínico-laboratoriais em 73 casos”. No qual foram utilizados dados laboratoriais,
como: níveis de cortisol sérico, urinário, níveis de ACTH entre outros e também o acompanhamento
desses pacientes por 10 anos. Também foram usados artigos eletrônicos (Scielo) na pesquisa da
síndrome exógena e em livros de endocrinologia.
Discussão: A síndrome de Cushing (SC) consiste em uma exposição prolongada a níveis elevados de
glicocorticoides que pode ser de origem exógena (relatada apenas como a síndrome de retirada) e de
origem endógena (na qual altera os mecanismos de retroalimentação de eixo hipotálamo-hipófisesuprarrenais). A SC quando de origem endógena é classificada em ACTH-dependente, na qual causa
a Doença de Cushing na maioria dos casos por causa de um adenoma hipofisário, neoplasias não
endócrinas e excesso de ACTH gerando uma hiperplasia da suprarrenal; e os ACTH-independentes
que são neoplasias próprias do córtex suprarrenal. Os principais sintomas relacionados com a
Síndrome são: obesidade centrípeta, face de lua cheia, giba dorsal, víbices vinhosas, hirsutismo,
acnes faciais, hipertensão arterial sistêmica, hipotrofia e fraqueza muscular, efeitos no sistema
reprodutor e ganho de peso. A SC de origem exógena apresenta a síndrome de retirada, na qual está
relacionada com a suspenção do medicamento, porém ela apresenta efeitos danosos como a
insuficiência adrenocortical secundária (supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal). A síndrome
de retirada apresenta como sinais: anorexia, letargia, náuseas, artralgias, fraqueza, mas apresenta a
integridade do eixo. Seus mecanismos de ocorrência são desconhecidos. Observou-se também a
predominância de ocorrência no sexo feminino.
Conclusão: A SC de origem endógena apresenta três causas principais, nas quais apresentam sinais e
sintomas parecidos, por isso os estudos para diferenciá-las devem ser bem analisados para melhor
tratamento. Os sinais são bem característicos da como a fácies cushongóide, a giba dorsal e a
obesidade centrípeta. A SC de origem exógena apresenta sinais e sintomas bastante semelhantes a
forma endógena, mas se deve preocupar é com a síndrome de retirada, uma vez que ela interfere no
eixo hormonal do organismo.
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81 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Endocardite infecciosa relacionada à complicação de Hemodiálise por Cateter Femoral
Lucas Benjamin de Souza Abreu
Felipe Chagas Toledo
Patrícia de Araújo P. Teixeira
Camila de Lima Vieira
Priscila Lessa Carnielli Vilella
Rosana de Paula Laurindo
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Neste relato, documentamos caso de endocardite infecciosa resultante da infecção de
cateter venoso central. Sendo a endocardite a quarta principal doença infecciosa que leva ao óbito e
em casos relacionada ao uso de cateteres buscamos evidenciar possíveis fatores que podem predispor
esse desfecho.
Descrição do caso: Paciente com neuropatia diabética dialítica relata que há 3 meses apresentou
quadro de febril de predomínio noturno, cefaleia holocraniana, tremores e sudorese. Nega dor
torácica, dispneia, síncope ou palpitações. Foi diagnosticada com endocardite infecciosa, por
imagem em ecocardiograma que apresentava imagem heterogênea móvel em átrio direito. Recebeu
tratamento e se manteve internada por 2 meses fazendo uso de antibioticoterapia durante todo o
período e então encaminhada para o para realização de procedimento cirúrgico cardíaco para
abordagem da massa em átrio direito. A cirurgia foi realizada onde encontraram vegetação em região
de veia cava inferior projetando-se para átrio direito. Foi retirada, levada para biópsia e realizada
cultura do material e do cateter da diálise. Realiza diálise diária, por meio de cateter jugular. A
cultura cateter e da massa evidenciaram S. pyogenes.
Discussão: Sendo a endocardite a quarta principal doença infecciosa que leva óbito cada vez mais
sua incidência relaciona-se ao uso de cateter. De forma geral a endocardite relacionada a cuidados
intra-hospitalares alcança a prevalência de 7-29%. Essa tendência é paralela ao uso difundido de
cateter venoso central. Doença valvar preexistente não é necessariamente presente, a endocardite
pode resultar do dano presumido ao tecido endocárdico induzido pelo cateter propriamente dito. A
apresentação clínica geralmente é a mesma de endocardite aguda, com febre persistente, sudorese
noturna, e sopro cardíacos. Endocardite infecciosa em pacientes em hemodiálise apresentam mau
prognóstico, com altas taxas de mortalidade, 46-75%, em 1 ano. O diagnóstico se faz por meio de
critérios clínicos, laboratoriais e ecocardiográficos. O Stafilococos aureus é o patógeno mais
frequente relacionado ao quadro.
Conclusão: A tendência da endocardite infecciosa de resultar em óbito e situações de morbidade tem
aumentado apesar do avanço do diagnóstico e das estratégias terapêuticas. Por ser uma complicação
com altas chances de levar à morbidade e ao óbito deve ser sempre lembrada. Por ser uma
complicação possível do uso prolongado de cateter venoso central deve-se buscar intensificar as
medidas preventivas de contaminação ao manipular o cateter,evitando assim contaminação do
cateter e miocárdica.
E-mail: [email protected]
82 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Endometriose: uma nova visão sobre sua origem e tratamento
Izabela Luíza de A. de Souza
Fernanda Guedes Ferreira
Thais Reggiani Cintra
Geovana Murta Gomes
Jorge Rocha de Souza
Alysson Zanatta
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Discorrer sobre uma nova hipótese para a origem da endometriose, abordando seu
tratamento, especialmente nos casos em que há ocorrência de endometrioma ovariano, e analisar
possíveis condutas médicas para a paciente infértil devido à endometriose.
Metodologia e fonte de dados: Para a confecção desse estudo, foi utilizada a base de dados PubMed,
para a busca por artigos acadêmicos indexados, além de outras dissertações e livros. Foram
utilizadas as seguintes palavras-chave: “endometriosis”, “fertility”, “endometriomas”, e
“endometrial receptivity” e 2 artigos dos últimos 5 anos foram utilizados. Quando colocadas as
palavras-chave “fetal” e “endometriose”, 39 artigos foram identificados, dos quais 4 citam casos de
endometriose em fetos e são do período de 2009 a 2015.
Discussão: A endometriose deve-se à presença de um tecido semelhante ao endométrio em órgãos
como trompas, ovários, intestino, e bexiga. Pode causar fortes dores e subfertilidade. Segundo a
Sociedade Brasileira de Endoscopia Ginecológica e Endometriose, seis milhões de brasileiras têm a
doença, e, apesar do alto índice, esta ainda é uma doença subdiagnosticada. O diagnóstico precoce é
um desafio para a comunidade médica e possibilitaprognósticos melhores. No entanto, o fato de a
real causa ainda não estar estabelecida dificulta desde o diagnóstico precoce até a prescrição e o
desenvolvimento de tratamentos mais efetivos. Pesquisadores da Fundação Italiana para a
Endometriose relatam que a doença pode ser encontrada em aproximadamente 10% dos fetos
femininos, evidência que pode derrubar a tese de que a origem da doença seja a menstruação
retrógrada, ou que determinado estilo de vida contribua para o surgimento da doença. Em relação ao
seu tratamento, já se sabe que o uso de pílulas não previne as formas mais avançadas da doença,
tampouco o surgimento de novos focos de endometriose, mas apenas controla os sintomas de dor.
Vale ressaltar, ainda, que o tratamento mais efetivo para o endometrioma ovariano, um forte
indicador de endometriose profunda, é a sua remoção cirúrgica por laparoscopia, tecnologia
minimamente invasiva e que cada dia ganha mais espaço no âmbito médico.
Conclusão: Visto que a endometriose é um problema que afeta muitas mulheres, causando-lhes dores
constantes na pelve fora do períodomenstrual, dismenorréia, disparêunia e visto que está muito
relacionada à fecundidade reduzida, é de suma importância que sua causa seja estabelecida, a fim de
que haja realização de diagnóstico precoce, desenvolvimento e prescrição de tratamentos efetivos.
Email: [email protected]
83 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Enfoque farmacológico do paciente anginoso: um relato de caso
Lourival Paiva Grillo Júnior
Samuel de Sousa Alencar
Bruno Oliveira Leite
Iara Cristina Arruda Vale
Monique Almeida Vaz
Eloá Medeiros
Objetivo: Analisar a conduta farmacológica, baseada em Diretrizes da Sociedade Brasileira de
Cardiologia, de um paciente internado por angina instável (AI) no Hospital Regional de Ceilândia
(HRC).
Descrição do caso: ARL, masculino, 61 anos, previamente dislipidêmico, sedentário e ex-tabagista
há 10 anos. Refere episódio de dor precordial excruciante, crescente, em repouso e irradiando para
pescoço, ombro e braço esquerdos. A dor foi avaliada em 9 pontos numa escala 0-10, com duração
de aproximadamente 15 minutos, pela manhã. Nega dispneia, mal estar, confusão mental e síncope.
Na admissão, FC: 126 BPM, PA 170 X 110 mmHg, reflexos preservados e taquipneico. Paciente foi
classificado como baixo risco (Classe IIIB), sendo prescrito Dinitrato de Isossorbida sublingual 5 mg
a cada cinco minutos por três vezes com alívio da dor, AAS (200 mg) e oxigenoterapia. Foi
solicitado ECG, dosagem de enzimas (CK-MB e troponina) e Raio-X de tórax, os quais estavam
inalterados. Paciente apresentou melhora do quadro álgico e foi encaminhado para teste ergométrico.
Discussão: O tratamento clínico intensivo dos pacientes com AI inicia-se na emergência com nitrato
(vasodilatador) sublingual (dinitrato de isossorbida 5 mg), não ultrapassando 3 comprimidos/5
minutos. É contra-indicado na presença de hipotensão arterial ou uso prévio de sildenafil nas últimas
24 horas. Caso não haja alívio da dor pode-se fazer nitroglicerina IV e, se ainda persistir, usa-se
sulfato de morfina intravenoso (1 a 5 mg). O uso de Beta-Bloqueadores (Metoprolol 5 mg - máximo
15mg) está indicado pois diminuem o consumo de oxigênio pelo miocárdio. O uso do AAS
(antiplaquetário) deve sempre ser prescrito, exceto em casos de sangramento gastro-intestinal ou
genito-urinário. A dose inicial recomendada é de 200 mg/VO mastigada e dose de manutenção como
profilaxia de 100 mg/dia. A prescrição para alta deve ser feita da seguinte forma: Atenolol,
Carvedilol e AAS para evitar recidiva.
Conclusão: A Angina Instável é uma das maiores causas de admissão hospitalar, e sua ocorrência
está correlacionada com aumento da mortalidade tanto a curto como a longo prazo. O profissional de
saúde deve estar preparado para lidar com ela. No âmbito farmacológico, pode-se concluir que o
tratamento para o caso apresentado foi adequado conforme preconiza a diretriz da Sociedade
Brasileira de Cardiologia.
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84 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Espondilite Anquilosante em mulher jovem
Karina Mezalira
Karlos Jennysson Sousa Soares
Carolina Lopes Iwakami
Thiago Nunes Figueiredo Cabral
Thiago Vicente Ferro
Martha Mariana A. S. Arruda
Instituição: FACIPLAC
Objetivo: Relatar um caso de Espondilite Anquilosante (EA) em mulher jovem. A EA é um distúrbio
inflamatório e afeta 2% da população e 80%-90% dos portadores apresentam antígeno HLA-B27.
Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 34 anos, previamente hígida, relata dor lombar em
pontada, intermitente, moderada, inicialmente unilateral à D, posteriormente alternante, irradiada
para MMII, piores com o repouso e com o decúbito dorsal, melhores com o movimento e com uso de
AINES, associada a rigidez matinal de até uma hora com dificuldade para levantar da cama, há 6
anos. Ao exame físico apresentava mucosas hipocoradas (+/4+) e dor à compressão do tendão do
calcâneo bilateralmente. Já havia passado por vários médicos e realizado tratamento com
corticoesteróides, sem melhora doquadro (sic). Hemograma com valores normais, VHS e PCR
normais, fator reumatóide negativo, FAN negativo, HLA-B27 positivo e radiografia de coluna
lombo-sacra evidenciando sacroileíte. Foi iniciado tratamento com etoricoxib e etanercept (25mg,
SC, 2x/sem).
Discussão: A Espondilite anquilosante (EA) é um distúrbio inflamatório de causa desconhecida que
afeta principalmente o esqueleto axialque evolui com rigidez e limitação funcional progressiva do
esqueleto axial. A EA acomete principalmente homens (3:1) de cor branca, com idade entre 20 e 40
anos. Apesar de ser uma doença inflamatória sistêmica, geralmente não há aumento de VHS e PCR,
como na paciente em questão e o antígeno de histocompatibilidade HLA-B27 está presente em 80 a
98% dos doentes. O diagnóstico é confirmado em pacientes com dor lombar há mais de 3 meses,
idade menor que 45 anos com evidência de sacroileíte na imagem e mais uma característica da
doença ou HLA-B27 positivo mais 2 características. A EA é uma das únicas doenças em que é
indicado o uso crônico de AINHs e se não houver melhora, utiliza-se medicamentos biológicos
inibidores do TNF-a, associado a fisioterapia.
Conclusão: A dor lombar é a segunda queixa mais frequente nos ambulatórios médicos e possui
inúmeros diagnósticos diferenciais, por isso deve sempre ser investigada com um exame físico
detalhado e exames complementares quando necessários. Na espondilite anquilosante, assim como
na maioria das doenças reumatológicas, o paciente demora em média 3 anos do início dos sintomas
até o fechamento do diagnóstico. Esta deve ser tratada precocemente, pois leva a limitação
progressiva e irreversível do esqueleto axial.
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85 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Estatísticas de pacientes com fissuras lábio palatais operados no HRAN-Hospital Regional da
Asa Norte
Eduarda Vidal Rollemberg
Camila Valadares Santana Recch
Marcelo Ribeiro Artiaga
Marconi Delmiro
Lucas Henrique de Souza Lopes
Diderot Rodrigues Pereira
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo:Analisar e produzir estatística da prevalência dessa anomalia no DF, com os dados colhidos
no HRAN. As fissuras orais (labias, palato-labiais, palatinas) são as malformações congênitas mais
comuns dentre as anomalias de cabeça e pescoço. Não se sabe ao certo a etiologia de tal
malformação.
Material e métodos:Foram analisados entre agosto de 2012 a abril de 2015, 340 prontuários,
pacientes de ambos os sexos, dados colhidos do livro de registro da sala de recuperação pósanestésica. Todos os procedimentos cirúrgicos foram realizados pela equipe nesse período analisado.
Discussão: As cirurgias realizadas foram Queiloplastia - 162 (48%), Palatoplastia -125 (37%),
Rinoplastia - 22 (6%), Rinosseptoplastia - 5 (1%), outras cirurgias - 26 (8%). As cirurgias foram
classificadas apenas com um procedimento, ou seja, os procedimentos cirúrgicos que tiveram duas
ou mais reparações, como, palatoplastia e enxerto ósseo num mesmo tempo foram incluídas em
“outros tipos de cirurgia”. Crianças que nascem com fissuras lábio-palatinas necessitam de mais de
uma cirurgia reparadora, uma vez, que a correção não pode ser feita em um tempo só. Inicialmente,
fecha-se a fissura labial após os 3 meses de idade. A contenção labial realiza tração na fissura
palatina e impede uma maior expansão da mesma. O segundo tempo cirúrgico realizado é a
palatoplastia, confirmando os dados do presente estudo. E finalmente, a cirurgia reparadora do nariz,
rinoplastia, que só pode ser realizada de forma definitiva após o desenvolvimento facial completo,
por volta dos 16 anos.
Conclusão: Devido à desconfiguração que a lesão causa, há comprometimento da fala, respiração e
também da deglutição. A correção desse defeito é fundamental para o desenvolvimento emocional,
físico, social da criança.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Estenose de esôfago: uma abordagem biopsicossocial
Júlia de Andrade Figueiredo
Bruna Gomes Ribeiro
Fábio Daniel Barbosa da Silva
Esther Agnes Pereira Lanna da Costa
Auro Veira de Paiva Junior
Heinrich Bender Kohnert Seidler
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar um caso de estenose de esôfago salientando a causa dessa patologia e a sua
repercussão na fisiologia, psique e bem-estar social do paciente. Buscando a melhor forma de
conduta.
Descrição do caso: J.O.D, 34 anos, masculino, pardo, ex-tabagista(15 maços/ano), residente e
procedente de Brasíia-DF, internado em 21/08/2014 no Hospital Regional de Ceilândia(HRC).
Refere que durante 3 meses, após a ingestão exagerada de bebidas alcoólicas e de um copo de
“vodka rosa”(sic), iniciou quadro de disfagia para alimentos sólidos, associada à regurgitação.
Interrompendo o consumo de bebidas alcoólicas e carnes; 2 meses depois, alterou a sua dieta para
líquida e perdeu 6 Kg de peso, devido à progressão da disfagia. Nega odinofagia, pirose, soluços,
hematêmese e febre. Refere que um quadro de engasgo intenso durante refeição o fez procurar
assistência em um hospital particular, realizando exame de endoscopia de vias digestivas altas com
biópsia do tecido, revelando estenose de esôfago médio sem evidências de tecido neoplásico e
infecção fúngica. Sem melhora do quadro procurou o HRC 2 dias depois.
Discussão: Estenose de esôfago pode ser originada por uma causa congênita como lesões nos anéis e
membranas, ou adquirida por um câncer, doença do refluxo gastroesofágico e ingestão de
substâncias cáusticas. O principal sintoma dessa patologia é a disfagia podendo ou não ser associada
à odinofagia sendo a disfagia progressiva normalmente correlacionada com câncer de esôfago. O
caso relatado primeiramente nos faz pensar em uma estenose adquirida por um câncer de esôfago,
porém os resultados dos exames do paciente nos levam a descartar essa hipótese. O que nos faz
pensar na possibilidade da causa ter sido a ingestão de uma substância cáustica, no caso a “vodka
rosa” (sic), visto que os sintomas se iniciaram após a sua ingestão e que esse dado só foi fornecido e
com ênfase depois de várias abordagens da equipe de saúde com o paciente. Levando se a questionar
uma possível tentativa de suicídio.
Conclusão: Saber a causa da estenose é fundamental para o correto tratamento e eliminação da causa
do problema. Excluir o diagnóstico de câncer e confirmar nesse caso que a causa foi à ingestão de
substância cáustica é primordial. Pois, caso se confirme a tentativa de suicídio é fundamental
encaminhar e iniciar tratamento psiquiátrico para estabilizar o humor do paciente e melhorar sua
saúde biopsicossocial.
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87 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Estereótipos dos idosos nos filmes de desenho animado ocidentais
Yasmine Oliveira Vieira
Josiane Aparecida Duarte
Lucy Gomes Vianna
Armando José China Bezerra
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Avaliar o poder dos filmes de animação de influenciar o comportamento das crianças e as
suas atitudes em relação aos idosos. Analisar como o idoso é retratado nos filmes de desenho
animado para criança na filmografia ocidental, avaliando os estereótipos presentes.
Material e métodos: Foram pesquisados filmes no site www.adorocinema.com, desde o ano 1937 até
2013. Foram incluídos filmes de longa metragem ocidentais, do gênero animação, direcionados para
crianças, em que houvesse um ou mais idosos em algum personagem, incluindo plantas ou animais
idosos com comportamento humano. A análise dos filmes foi realizada pela observação dos
estereótipos presentes com base na Escala para Avaliação de Atitudes em Relação ao Idoso (Escala
Neri), uma escala com 30 pares de adjetivos opostos que fazem parte de 4 domínios fatoriais: 1Cognitivo, refere-se a capacidade deprocessar informações; 2- Agência, avalia autonomia e
instrumentalidade; 3- Relacionamento social, examina a interação social dos idosos; 4- Persona,
avalia rótulos sociais do idoso.
Discussão: Foram analisados 51 filmes, nos quais prevaleceu o aparecimento de imagens positivas
dos idosos. Cada um dos 30 estereótipos positivos analisados aparece em 40 a 85% dos filmes,
destacando-se as imagens de idoso sábio, bem-humorado, independente, alerta, sociável e
concentrado. Apesar dos estereótipos negativos variarem em porcentagem menor, de 1 a 25% dos
filmes, a presença dessas imagens negativas é muito forte e muitas vezes faz-se uso desses
estereótipos de maneira exagerada para obter o humor na trama, fazendo com que o telespectador
absorva ainda mais essas imagens. Os estereótipos mais marcantes, que foram corroborados com
falas nos filmes foram: idoso doentio, rejeitado, desvalorizado, distraído, confuso, mal-humorado e
retrógrado; são exemplos de falas encontradas: “Ele é só um velho caduco”, “Chega, sou um velho,
horrível, cansado e acabado”, “Essa velha tá doida gente!”, “Nos livramos da coroa maluca!“A vovó
é um peso morto.”, “Cuidado! Seu velho desastrado!”.
Conclusão: Conclui-se que, apesar do idoso ser representado nos desenhos infantis com imagens
positivas na maioria das vezes, a presença dos estereótipos negativos é marcante e assim prejudica a
imagem do idoso diante das crianças. Isso também gera um impacto negativo nos próprios idosos,
que muitas vezes aceitam essas imagens negativas como verdade, não enxergam suas qualidades e
seus potenciais, o que leva ao predomínio de baixa autoestima.
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88 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Titulo: Estimativa da frequência de realização de densitometria óssea
Vinicius Martins Vilela
Laís Dutra de Freitas
Henrique Freitas Araújo
Mariana Carneiro Figueiredo
Parizza Ramos de Leu Sampaio
Osvaldo Sampaio Netto
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Estimar o tempo de perda de densidade mineral óssea com o objetivo de relacionar a
frequência de realização de densitometria óssea para um determinado valor de T-score.
Material e métodos: Avaliação de T-scores diferentes com perda óssea rápida ou perda óssea
associada ao envelhecimento a partir da calculadora de perda óssea da International Society for
Clinical Densitometry (ISCD) aplicada à 50 exames de densitometria para investigação de
osteoporose realizados no Hospital das Forças Armadas (DF) no período de fevereiro a maio de
2015. O critério de exclusão consiste na presença de artefatos ou técnica mal realizada. A ferramenta
determina valores fixos de 10%, 20% e 25% de perda de massa óssea para os T-scores de -1, -2 e 2,5, respectivamente. Partindo desse princípio, o valor inserido é subtraído dos valores de T-score
limite, dividido por 100 e depois pela taxa de perda de massa óssea anual mínima e máxima,
retornando
uma
estimativa
para
perda
de
massa
óssea
limiar.
Discussão: A aplicação da calculadora aos exames de densitometria de 50 pacientes do HFA
permitiu observar que para um T-score de -1,0 um paciente com perda óssea rápida irá atingir um Tscore de -2,0 em um prazo de 5 – 10 anos, enquanto que um paciente com perda relacionada
estritamente ao envelhecimento terá esta perda em 10–20 anos. Se fizermos o cálculo para um
paciente com T-score de -2,0, aquele com perda óssea rápida irá atingir um T-score de -2,5,
alcançando níveis de osteoporose, em um prazo de 2,5 – 5 anos, enquanto que um paciente com
perda relacionada estritamente ao envelhecimento terá esta perda em 5 – 10 anos. Resultados
mostraram que uma perda de 1% da densidade mineral óssea ocorre em 0,5–1 ano em pacientes com
perda óssea rápida e em 1–2 anos com perda relacionada estritamente ao envelhecimento.
Geralmente os equipamentos de densitometria possuem um coeficiente de variação de 1-1,5% e esta
variação deve ser levada em consideração quando se estima a perda óssea de cada paciente.
Conclusão: O coeficiente de variação do método e a perda óssea do paciente devem ser levados em
consideração para o acompanhamento da densidade mineral óssea. A calculadora de perda óssea
determina quando repetir a densitometria utilizando o T-score do paciente. Em um paciente com
perda óssea rápida, a realização de densitometria deve ter um intervalo mínimo de seis meses a um
ano enquanto que em um paciente com perda relacionada estritamente ao envelhecimento o intervalo
mínimo deve ser de um a dois anos.
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89 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Estudo descritivo da Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva
Auro Vieira de Paiva Júnior
Guilherme dos Santos Queiroz
Guilherme Miguel Thomé de Carvalho
Letícia Nogueira Dias
Pedro Henrique Rosa Silveira
Hélio Henrique Medeiros Pires
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Apresentar uma doença oportunista causada pelo “papovavirus JC”.É desmielinizante do
sistema nervoso central, acometendo imunossuprimidos. Gera sintomatologia que pode confundir
outros diagnósticos. Este presente estudo é uma revisão de literatura com ênfase em manifestações
clínicas e diagnósticos.
Metodologia e fonte de dados: O estudo trata-se de uma revisão da literatura científica referente ao
conceito e evolução clínica da leucoencefalopatia multifocal progressiva. As informações foram
colhidas de 9 artigos e guidelines publicados entre 1998 e 2015 encontrados a partir de pesquisa nas
bases de dados:PUBMED, Scielo, Medline. Palavras-chave: “LEMP”, “Leucoencefalopatia
multifocal progressiva”, “SIDA”, “HIV”, “Evolution of HIV”, “JC virus".
Discussão: A LEMP é uma doença viral rara de adultos imunossuprimidos, fatal, que acomete
células do SNC, gerando desmielinização progressiva.Geralmente associada com imunodeficiência
por neoplasias e iatrogenias, atualmente afeta de 5 a 10% dos pacientes com Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (SIDA). É válido ressaltar que as lesões da LEMP na SIDA são mais
extensas e necrosantes.A apresentação clínica é insidiosa e a manifestação depende da localização da
lesão e também se é focal ou multifocal, sendo as manifestações mais comuns os déficits motores,
alterações cognitivas e distúrbios oftalmológicos.A RNM de crânio revela áreas de hipossinal em T1
e hipersinal em T2.Tais lesões têm, geralmente, caráter assimétrico.A dosagem sérica e no líquido
cefalorraquiano de anticorpos JC vírus contribuem para o diagnóstico, porém a biópsia cerebral
fornece o diagnóstico de certeza, especialmente em casos com realce ao contraste na TC de
crânio.Dos diagnósticos diferenciais destacam-se:toxoplasmose cerebral, linfoma cerebral, infarto
cerebral e encefalopatia pelo HIV.A LEMP evolui progressivamente levando o paciente ao óbito em
6 a 9 meses após o início do quadro, uma vez que não existe tratamento eficaz.Algumas drogas
podem retardar discretamente a progressão da doença, tais como a Zidovudina (AZT), interferon e
citarabina, porém poucos são os pacientes que têm algum benefício com essas drogas.
Conclusão: A LEMP é uma doença oportunista, subaguda e desmielinizante do SNC, que deve ser
lembrada sempre que o paciente apresentar imunossupressão relacionada a manifestações
neurológicas focais e tem grande importância por conta de sua alta mortalidade. Não há tratamento
eficaz atualmente, porém alguns pacientes apresentam remissão espontânea do quadro. O
reconhecimento desta condição é de fundamental importância, assim como o correto tratamento da
SIDA, para que os pacientes não desenvolvam a LEMP.
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90 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Estudo do boletim epidemiológico do DENGUE/2015
Lara de Souza Moreno
Guilherme dos Santos Queiroz
Ana Carolina Franco Cabral
Ana Raquel de Souza Azevedo
Marcelo Joaquim Barbosa
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Analisar o Boletim Epidemiológico da Dengue no ano de 2015,ressaltando o aumento no
número de casos principalmente na região Centro-Oeste.Tem se tornado motivo de preocupação na
saúde pública, em virtude de o seu vetor,Aedes aegypti, também ser transmissor de doenças como
febre amarela e chikungunya.
Metodologia e fonte de dados: Estudo analítico de dados extraídos do Boletim Epidemiológico do
Dengue do ano de 2015 divulgados pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde
em seu portal online. Análise de suas tabelas e gráficos, com destaque para dados de estados da
região Centro-Oeste.
Discussão: Dados do Ministério da Saúde revelam que de 2014 para 2015, o número de casos de
dengue no Centro-Oeste aumentaramem aproximadamente 40% (51.618 para 85.340 casos), assim
como sua incidência, que passou de 339,2 por mil habitantes para 560,7 por mil habitantes.Com
exceção do Distrito Federal, que reduziu o seu número de casos (de 4.652 para 3.578 casos, uma
redução de 30%),o aumento da doença nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás foi
expressivo, com taxas aumentadas em, respectivamente, 86% (de 1.746 para 12.125 casos), 39% (de
3.934 para 6.434 casos) e 35%(de 41.286 para 63.203 casos).Além disso, duas cidades do Goiás se
destacaram com maior incidência de dengue no Brasil durante o período de Janeiro a Abril de
2015.São elas: Aparecida de Goiânia,com 5782 casos acumulados, em 2ª posição na categoria de
População com 500 a 999 mil habitantes, e Goiânia,com 19220 casos acumulados, na 2ª posição
entre as cidades com População superior a 1 milhão de habitantes. Na região Centro-Oeste em
geral,observou-se a redução de casos graves, que passaram de 69 em 2014 para 58 em 2015, assim
como dos casos com sinais de alarme, que saíram de 491 para 348 e dos óbitos, que diminuíram de
42 para 21. Porém, houve, no Estado de Goiás,um aumento no número de casos graves,de 43 em
2014 para 48 em 2015. Nos outros estados, os números se estabilizaram ou diminuíram.
Conclusão: Foi observado no estudo, que no Distrito Federal houve um empenho na redução dos
números de casos de Dengue, entretanto, no estado de Goiás, ainda percebe-se uma carência na
assistência com esta virose, logo, necessita de maior atenção das entidades públicas. Isso acaba por
sobrecarregar o sistema de saúde da capital federal, que recebe pacientes do estado vizinho.É preciso
de forma geral, na região Centro-Oeste, empenho na prevenção do Dengue.
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91 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Etiologia da Endocardite Infecciosa em paciente com Troca Valvar Aórtica prévia
Camila de Lima Vieira
Felipe Chagas Toledo
Patrícia de Araújo P Teixeira
Lucas Benjamin de Souza Abreu
Rosana de Paula Laurindo
Amanda Kleszcz de Carvalho
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo do relato é expor as prováveis causas infecciosas da patologia descrita e
apontar fatores preventivos. A partir do patógeno evidenciado, Staphylococcus epidermidis,
questiona-se a origem da Endocardite Infecciosa, avaliando-se as condições para contaminação
hospitalar ou comunitária.
Descrição do caso: SCB, 53 anos, branco, desempregado, casado, com história de cardiopatia
reumática há 7 anos (2008), quando realizou troca valvar aórtica, com prótese metálica. No pósoperatório, apresentou febre, deiscência e coleção serossanguinolenta retroesternal. A hemocultura
apresentou Staphylococcus epidermidis. Após tratamento recebeu alta com orientações para
seguimento, assintomático. Em novembro de 2014, referiu febre, calafrios, mialgia, astenia e malestar geral, sendo internado no HBDF com suspeita de endocardite bacteriana. O ecocardiograma
transesofágico feito na admissão evidenciava vegetação em prótese, associado a aumento dos
gradientes transprotéticos. Foi tratado com gentamicina e oxacilina por duas semanas, quando novo
ecocardiograma transesofágico revelou aumento da lesão. A hemocultura mostrou S. epidermidis
sensível apenas a linezolida, tetraciclina e vancomicina.
Discussão: A Endocardite Infecciosa (EI) está em destaque nas últimas décadas devido às mudanças
no seu perfil epidemiológico. A incidência desta patologia vem apresentando crescimento gradativo,
devido principalmente ao aumento do monitoramento hospitalar invasivo, o crescimento do índice
de pacientes usuários de drogas e a elevação do número de procedimentos de troca valvar. O
Staphylococcus epidermidis é um dos patógenos menos comuns na EI. Outros patógenos, como
Streptococcus sp., Staphylococcus aureus, Haemophilus sp., dentre outros, possuem perfil etiológico
mais comum para EI. O S. epidermidis de alta resistência sugere infecção nosocomial, pois sua
infecção geralmente é oportunista e está associada ao uso de agulhas, catéteres e sondas em ambiente
hospitalar. Esta condição torna-se relevante neste caso, pela anticoagulação realizada no seguimento
de pacientes com prótese valvar mecânica.
Conclusão: Após verificar o perfil etiológico da endocardite bacteriana relatada, conclui-se que a
prótese mecânica aórtica justificaria o quadro infeccioso, principalmente por exigir anticoagulação
permanente, com acompanhamento contínuo hospitalar. O S. epidermidis (com perfil de resistência
alto) favorece também a possibilidade da infecção nosocomial em detrimento da adquirida na
comunidade. Este caso ilustra uma das adversidades existentes na escolha pela valva não-biológica.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Eutanásia e o direito à morte
Juliana da Luz Araújo
Aline Silva Valadares
Gabriella Maria Lucena Viana
Rayanne Garrido Monteiro de Andrade
Maisa da Silva Dulci Medeiros
Diaulas Costa Ribeiro
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Conhecer o termo eutanásia e o que ele representa no Brasil. Além disso, entender seu
benefício nos casos em que os pacientes têm maus prognósticos e estão no limite de sua dignidade.
Metodologia e fonte de dados: Para a realização dessa revisão de literatura foi utilizado o método
exploratório, tendo como fonte de pesquisa bibliográfica 6 artigos publicados entre os anos de 2006
e 2012 nas bases de dados Bireme e Scielo. As palavras chaves utilizadas foram: "eutanásia",
"eutanásia e bioética", "eutanásia e direito à morte", "eutanásia e direito à vida".
Discussão: A palavra eutanásia é derivada do grego "eu"(bom) e "thanatos"(morte), referindo-se à
vontade de pôr fim a uma condição de vida sub-humana, que gera intenso sofrimento, superando
qualquer vontade de manter-se vivo.Muito se tem relacionado à Resolução nº 1.995/2012 do
Conselho Federal de Medicina, que se refere à antecipação da vontade do paciente em relação a
tratamentos a que será submetido quando não estiver em sua plena capacidade.Essas diretivas,
entretanto, não têm aplicação para a eutanásia, prática proibida no Brasil, mesmo a pedido do
paciente ou do seu representante legal, sendo punida como homicídio.Constitucionalmente, a vida é
considerada o primeiro direito fundamental, do qual derivam todos os demais. Por isso, ela é regida
pelos princípios da inviolabilidade e da irrenunciabilidade, conferindo ao cidadão o direito à vida e
não o direito de dispor dela. Entretanto, a eutanásia não deve ser tratada como uma ameaça à
vida.Quando há o desejo de realizá-la já não se tem autonomia plena para gozar outros direitos.Optar
pelo fim da vida é uma decisão complexa em sociedades com tradição no cristianismo, que tem por
dogma a sacralidade da vida.Mas quando esse fim se torna lento, doloroso e agonizante, em meio a
tubos e aparelhos, com esgotamento físico e mental do paciente e de seus familiares, a morte pode
ser a única alternativa a preservar a dignidade da pessoa humana.
Conclusão: É necessário debater o direito à morte digna como forma de se aceitar o fim da vida, sem
a prolongar sofrimento insuportável. Deve-se romper a visão de que a morte é um fracasso
profissional do médico. O ser humano é mortal, e, naturalmente, a morte é parte dessa condição, não
devendo ser tratada como a inimiga a ser sempre combatida. Há pacientes, com determinados
quadros, para os quais a morte é a solução mais amiga.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Eutanásia e suas discussões legais, éticas e sociais.
Letícia Cardoso Morales
Maysa Siqueira Lopes de Oliveira
Bárbara Guimarães Avelar
Clara Roriz Fernandes
Giovanna da Silva Vecchi
Joaquim Nicolau do Nascimento
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo apresentar revisão de literatura sobre a eutanásia,
analisando brevemente princípios constitucionais da inviolabilidade do direito a vida frente à
execução da eutanásia.
Metodologia e fonte de dados: No âmbito da vida acadêmica, utilizou-se a metodologia de busca nas
bases de dados MedLine, CAPES, Lilacs e Scielo a partir das palavras-chave eutanásia, ortotanásia,
Código Penal Brasileiro, Constituição Federal do Brasil.
Discussão: Eutanásia é a forma de eliminação do sofrimento de um doente, atingido por afecção
incurável que produz dores intoleráveis ou por sofrimentos psíquicos, por meio da “boa morte”. Em
seu sentido amplo, ela promove uma ideia com significativo valor moral, cujo objetivo é evitar o
prolongamento do sofrimento do doente. É classificada como: ativa e passiva. A Constituição
Federal (CF) afirma, em seu quinto artigo, que: “Todos são iguais perante a lei(...)garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida(...)”(Brasil, 2005),
enfatizando que o direito a ela está garantido e que não deve ser violado, como o poderia ser quando
se aspira à eutanásia como forma de findar o sofrimento de terceiros. O Código Penal Brasileiro
(CP) não prevê pena específica para quem a assiste, mas a atitude se enquadra no artigo 121,que tem
como teor principal o homicídio. O Conselho Federal de Medicina (CFM) se pronunciou por meio
da Resolução número 1.805/2006 a respeito, apenas, da ortotánasia, propondo:“Art.1º É permitido ao
médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente em fase
terminal, de enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante
legal”(CFM,2006). Apesar disso, o CFM não regulamenta, assim como a CF e o CP, a eutanásia
ativa.
Conclusão: A breve análise sobre o assunto demonstra que valores éticos e morais dividem espaço
com valores de Estado, já que a regulamentação da eutanásia não se fez completa, mas também não
é criminalizada integralmente. Na mesma linha de raciocínio, observa-se que a ortotanásia é
assegurada pelo Código de Ética Médica e ampara o médico quando da opção de interromper
procedimentos sem transpassar a bioética.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Evolução do estudo da anatomia
Natália da Silva Araújo Borges
Ana Carolina Franco Cabral
Polyana de Oliveira Santana
Armando José China Bezerra
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Analisar o histórico do uso de cadáveres no estudo da medicina a fim de compreender sua
lenta evolução e reconhecer as limitações do seu uso no ensino médico.
Metodologia e fonte de dados: Foram pesquisados artigos científicos da base de dados Scielo,
encontrados mediante as palavras “morte na medicina”, “cadáver na educação médica”, “história da
anatomia”. Foram utilizados os quatro artigos mais relacionados ao tema em questão e os mais
recentes.
Discussão: O estudo da anatomia é essencial para o ensino da medicina. É por meio dele que o corpo
torna-se um instrumento da ciência para investigar a vida e a morte. As primeiras dissecações
públicas de animais e humanos registradas ocorreram na Escola de Alexandria. A partir do século
XIV, na Europa, as dissecações passaram a fazer parte do ensino médico, sendo uma ferramenta de
verificação de estudos já estabelecidos. Artistas renascentistas tiveram muito interesse pela
anatomia. Leonardo da Vinci, por exemplo, representou com precisão esqueleto, músculos, nervos e
vasos. No século XVI, durante o movimento renascentista, Andreas Vesalius publicou a obra De
humani corporis fabrica, na qual foi estabelecida as bases da anatomia enquanto ciência. Na tentativa
de vencer as dificuldades para adquirir cadáveres para estudo, Vesalius fez desenhos anatômicos e
construiu o primeiro esqueleto articulado. O modo inovador de demonstrar o corpo reflete a aliança
estabelecida da ciência com a arte, fato este pode ser observado no quadro “A lição de Anatomia do
Dr. Tulp” de Rembrandt. Hoje, o estudo acadêmico de cadáveres é permitido, mas há limitações
quanto a essa prática, pois ela requer respeito à dignidade humana e necessita de autorização
familiar, ainda há dificuldade quanto ao número de corpos e a conservação desses. Assim, outras
alternativas podem ser usadas, como manequins simuladores.
Conclusão: O uso de cadáveres é importante na formação acadêmica de um médico, essa prática
possibilita uma experiência benéfica que extrapola os conhecimentos adquiridos só com a leitura de
livros. Contudo, esse uso requer cautela, pois é necessário sempre respeitar a dignidade dos homens.
Além disso, devem-se considerar as limitações relacionadas ao estudo da anatomia, como a restrição
do número de corpos disponíveis nas universidades e a conservação precária que muitos apresentam.
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95 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Evolução histórica da Síndrome do Piriforme e sua relação com o músculo piriforme e o
nervo ciático
Camila Bomfim Gomes Feitosa Lima
Ana Carolina Ribeiro Costa
Eduarda Pedroso Barboza Mauro
João Batista Tajra
Mariane Weizenmann da Matta
Instituição: FACIPLAC
Objetivo: A presente revisão de literatura visa analisar os conhecimentos acerca da história da
relação anatômica do nervo ciático e do músculo piriforme com a síndrome do piriforme.
Metodologia e fonte de dados: Realizou‐se levantamento bibliográfico nas bibliotecas virtuais
BIREME, LILACS, SCIELO e PubMed acerca do tema em artigos científicos de 2001 a 2015,
utilizando os descritores variações anatômicas, nervo ciático, síndrome do piriforme. Foram
encontrados 82 trabalhos com os descritores anteriormente citados.
Discussão: As relações anatômicas entre o músculo piriforme e o nervo ciático e suas variações têm
sido descritas e relacionadas com a síndrome do piriforme, caracterizada por distúrbios sensitivos,
motores e tróficos na área de inervação do nervo ciático causados por sua compressão pelo músculo
piriforme. As primeiras descrições do músculo piriforme como fator etiológico de ciatalgia e
lombociatalgia datam de 1928, por Yeoman. Contudo, foi em 1947 que Robinson caracterizou e
denominou a compressão do nervo ciático pelo músculo piriforme como sendo a “Síndrome do
Piriforme”. A incidência dessa síndrome na população é de 6%, sendo mais comum nas mulheres do
que em homens. Apesar da baixa incidência, esta síndrome é muito estudada atualmente devido à
sua importância clínica, especialmente pela falta de um diagnóstico específico causando semelhança
com outros diagnósticos da ciatalgia e lombociatalgia. Estudos ao longo do século XIXmostram que
três variações anatômicas do nervo ciático tem relação com a síndrome. No tipo I, parte do nervo
ciático passa pelas fibras do piriforme; no tipo II o nervo ciático se divide passando sobre a margem
superior e inferior do músculo piriforme e no tipo III não há divisão do nervo que atravessa o ventre
do piriforme. Contudo, a literatura científica mostra que a síndrome do piriforme pode ser de causa
idiopática, inflamatória ou por algum traumatismo.
Conclusão: Desde a descrição de 1928 a variação anatômica relacionando o nervo ciático com o
músculo piriforme é um provável fator etiológico para o desenvolvimento da síndrome do piriforme,
por isso é importante conhecê-la e considerá-la para obter um diagnóstico clínico e complementar
correto. 50 trabalhos mostram relação anatômica, sendo 46 do tipo 1, 3 do tipo 2 e 1 do tipo 3.
Assim, a variação mais comum associada à síndrome é a do tipo 1. As demais variações obtiveram
um percentual de 8 %.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Fardo do cuidador familiar de idoso com demência de Alzheimer: consequências em sua vida
conjugal
Bárbara Das Neves Linhares
Lucy Gomes Vianna
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O trabalho tem como objetivo analisar as consequências da sobrecarga na vida
sentimental, pessoal e conjugal de cuidadores familiares de pacientes com doença de Alzheimer na
forma moderada e grave.
Material e métodos: Trata-se de estudo qualitativo analítico exploratório, em população constituída
por 40 cuidadores familiares de idosos com demência de Alzheimer, que participaram do programa
de Terapias Expressivas realizado no Hospital Universitário da Universidade Católica de Brasília.
Identificou-se o sexo e o grau de parentesco dos cuidadores e aplicou-se o Inventário do Fardo do
Cuidador, analisando-se prioritariamente 6 das 22 perguntas constituintes. Após, realizou-se
entrevistas semi-estruturadas em três cuidadores, abordando as consequências provocadas em sua
vida conjugal pela sobrecarga do cuidado do familiar dementado.
Discussão: A demência é uma das principais causas de incapacidade na senilidade, além de ter um
impacto para suas famílias e a sociedade. A doença de Alzheimer é o tipo mais comum de doença
neuro-degenerativa e caracteriza-se por um acometimento é progressivo, que com o tempo exige a
presença constante de um cuidador, que geralmente é um membro da família. Nesse estudo,
observou-se que os cuidadores familiares eram predominantemente do sexo feminino, sendo que da
totalidade dos cuidadores a maioria sentia que quase sempre não tinha tempo para si e sentiam-se
divididos entre os cuidados de seu parente e outras responsabilidades familiares ou do trabalho. Com
relação ao relacionamento sexual do cônjuge cuidador, observou-se uma diversidade de ocorrências,
havendo casos com mudanças positivas, negativas e casos sem alterações após o início dos cuidados.
De forma geral, avaliando-se todos os aspectos da atividade de cuidador, o fardo foi avaliado como
moderado pela maioria dos cuidadores.
Conclusão: A vida social, familiar e conjugal dos cuidadores familiares pode ser afetada com
intensidade variada, devido ao tempo dedicado ao cuidado. No entanto, apesar das exigências da
tarefa de cuidar de paciente dementado, que comumente superam os limites físicos e emocionais do
cuidador, há um apreço em cuidar do familiar. Assim, é necessária a criação de grupos de apoio para
esses familiares, a fim de diminuir sua sobrecarga e melhorar sua qualidade de vida.
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97 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Félix Babinski e o Sinal de Babinski
Mayara Vasconcelos Carvalho
Rafaella Pereira C. A. Marques
Nathália Gomes Mialichi
Nathália Telles da Costa
Iara Cristina Arruda Vale
Armando José China Bezerra
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Este trabalho tem por objetivo discorrer a respeito da vida e dos estudos realizados por
Félix Babinski, enfatizando a descoberta do sinal de Babinski e a sua importância no campo da
neurologia. Também demonstra a representação deste sinal em grandes obras das artes plásticas em
diferentes épocas.
Metodologia e fonte de dados: O presente trabalho teve por metodologia a pesquisa exploratória e
bibliográfica sobre os diversos materiais que abordam informações a respeito de Félix Babinski, suas
conquistas e descobertas no campo da neurologia e a representação de suas manifestações nas obras
de arte. Foram utilizados 5 artigos de revisão entre os anos de 2010 a 2014 das bases de dados lilacs
e scielo para a formulação desta revisão de literatura. Palavras-chave: Babinski; sinal de Babinbski,
neurologia; artes.
Discussão: Dentre os estudos neurológicos de Babinski destaca-se a descoberta do sinal de Babinski.
Joseph Jules François Félix Babinski nasceu em 1857. Por ser filho de uma polonesa com um
diplomata francês servindo em Lima, Peru, muitos autores importantes acreditam que ele seja de
nacionalidade peruana. Contudo, dados biográficos mais consistentes definem que ele tenha nascido
em Paris. Babinski cursou medicina na Universidade de Paris e se formou em 1884. Em pouco
tempo, juntou-se a seu professor Charcot no Hospital Salpêtrière, tornando-se seu aluno preferido.
Com a morte de Charcot, Babinski passou a se dedicar à neurologia clínica. Em 1896, demonstrou
pela primeira vez o sinal que levaria seu nome, consistindo na extensão do hálux e na abertura em
leque dos demais dedos, em decorrência de um estímulo plantar do pé. Tal sinal pode identificar
doenças da medula espinhal e do cérebro e também pode existir como reflexo primitivo dos bebês.
Na pintura, diversos quadros importantes ilustram tal reflexo realizado pelos pré-escolares, dentre
eles estão as obras: Virgem Maria e o Menino Jesus, de Verrocchio; a Virgem e o Menino, de Rogier
van der Weyden; Madona e a Criança com os Oito Anjos, obra pintada por Botticelli e Madona e
Criança, de Rafael Sanzio.
Conclusão: A representação do Sinal de Babinski nas obras de grandes artistas simboliza somente a
representação de um reflexo, considerando que eles não tinham a noção científica do significado. No
entanto, sua representação evidenciava a capacidade de observação, inerente aos grandes artistas.
Sendo considerado um gênio da neurologia, Babinski faleceu em 1932. Nos últimos anos de sua
vida, ele discorreu a respeito do Mal de Parkinson e viveu o suficiente para ver a importância de seus
estudos reconhecida.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Feocromocitoma – uma bomba relógio biológica
Daniela Mitsue Suzuki
Kelma Luana Abreu de Siqueira
Mariana Mai Akaishi
Julia Beluco Ferreira
Fellipe Marques da Silva Araujo
Lenita Mayumi Suzuki
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Destacar os aspectos fundamentais dos feocromocitomas, com enfoque em seus principais
achados clínicos, diagnóstico e tratamento.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de um estudo de revisão da literatura científica, utilizando
livros didáticos e a base de dados da SciELO e Medline. Palavras-chave: Feocromocitoma,
hipertensão arterial secundária, tumor suprarrenal, catecolaminas.
Discussão: O feocromocitoma é um tumor que se origina de células cromafins da medula renal,
produtor de catecolaminas. Homens e mulheres são igualmente afetados, com incidência máxima de
casos esporádicos entre 40 e 50 anos. Possui uma tríade clássica, composta por: cefaleia, sudorese
profusa e palpitações. A hipertensão está presente em 90% dos casos, podendo ser episódica ou
sustentada, e a presença da tríade em pacientes hipertensos faz-se obrigatória a investigação deste
tumor com uma confirmação bioquímica (catecolaminas e metanefrinas) e localização da lesão. Este
tumor foi descrito como uma
“bomba relógio biológica” devido a seus efeitos cardiovasculares potencialmente fatais, por causa
dos compostos bioativos secretados. A cirurgia por videolaparoscopia é o tratamento curativo de
escolha, pois tem recuperação mais rápida, menor tempo de internação (cerca de dois dias), promove
pouco sangramento e tem menor risco de complicações. As alterações hemodinâmicas
perioperatórias adversas que são mais comumente observadas com o feocromocitoma são a
hipertensão intraoperatória e a hipotensão pós-operatória. A incidência de feocromocitoma maligno
varia de 2,5 a 40%. Sem critério histopatológico, a malignidade é definida pelo desenvolvimento de
metástases. Os sítios mais comuns são o esqueleto axial, os linfonodos, o fígado, os pulmões e os
rins.
Conclusão: O diagnóstico do feocromocitoma é fundamental, uma vez que se trata de uma causa
curável de hipertensão, com maiores chances de malignização e morte precoce do portador, se não
tratado, além de ter associação com outras neoplasias. Em sua conduta cirúrgica, é preciso realizar
uma monitoração hemodinâmica invasiva e o manejo dos fluidos deve ser meticuloso. A
manipulação do tumor precisa ser reduzida ao mínimo, para evitar as alterações adversas que podem
complicar a vida do paciente.
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99 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Feocromocitoma: suspeita clínica, diagnóstico e opções terapêuticas.
Letícia Nogueira Dias
Ana Paula Lottici de Brito
Feliph Miqueias Alcântara de Souza
Henrique Freitas de Araújo
Auro Vieira de Paiva Júnior
Hélio Henrique Medeiros Pires
Instituição: Escola Superior de Ciências da Saúde
Objetivo: Apresentar uma revisão de literatura sobre o feocromocitoma, explicitando a clínica, o
diagnóstico e o tratamento dessa condição; haja vista que o feocromocitoma é um tumor de suprarenal caracterizado hiperprodução de catecolaminas e sintomas como hipertensão arterial, e é
passível de cura quando tratado corretamente.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de uma revisão da literatura científica referente à
fisiopatologia, ao diagnóstico e ao tratamento do Feocromocitoma. As informações foram colhidas
de 6 artigos científicos e guidelines escritos entre 2010 e 2014, encontrados a partir de pesquisa nas
bases de dados (PUBMED e Scielo), através das palavras-chave: “feocromocitoma”, “células
cromafins”, “catecolaminas”.
Discussão: As glândulas supra-adrenais possuem, na camada medular, células cromafins que após
estímulo nervoso simpático produzem as catecolaminas (dopamina, norepinefrina e epinefrina).
Esses hormônios são responsáveis por uma grande quantidade de alterações sistêmicas e
cardiovasculares, como aumento da frequência cardíaca, pressão arterial e contratilidade cardíaca.
Feocromocitomas são tumores das células cromafins, cursando com produção excessiva de
catecolaminas. O sinal mais frequente é a hipertensão arterial (paroxística ou sustentada) de difícil
controle, podendo ocorrer também crises adrenérgicas (forte batimento cardíaco, palidez, tremor e
cefaleia). Em longo prazo, observa-se comprometimento em vasos, rins, coração e cérebro. O
diagnóstico é obtido através da dosagem bioquímica de catecolaminas e metanefrinas fracionadas em
urina ou plasma. Caso os valores obtidos estejam alterados, deverá ser realizado exame de imagem
(Tomografia Computadorizada de abdome) para avaliar a presença de massa em região supra-renal.
A abordagem terapêutica envolve o bloqueio alfa e beta adrenérgico pré-operatório e em seguida a
ressecção cirúrgica. Haja vista que cerca de 90% dos feocromocitomas são tumores benignos, o
tratamento cirúrgico é resolutivo em grande maioria dos diagnósticos.
Conclusão: O feocromocitoma é uma doença cujas repercussões clínicas podem diminuir a
qualidade e expectativa de vida do doente, através de agravos durante crises hipertensivas ou mesmo
devido à evolução crônica da hipertensão arterial. O diagnóstico e a terapêutica adequados
possibilitam a cura para tal patologia, sendo então muito importante que haja suspeita clínica e
posterior investigação laboratorial.
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100 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Fissura labiopalatina: desenvolvimento embrionário, aspectos clínicos, diagnósticos e
terapêuticos
Larissa Neves Cordeiro Gomes
Barbara das Neves Linhares
Kellen Karenine Pinho De Medeiros
Wendel Silva Issi
Victor Yuri Santos Ramos
Paulo juvencio Gomes Tubinho
Instituição: FACIPLAC/UCB
Objetivo: O trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre fissura
labiopalatina englobando sua formação embriológica, etiologia, prevalência, classificação,
diagnostico pré-natal, conduta e tratamento.
Metodologia e fonte de dados: Trata‐se de uma revisão bibliográfica, realizada nos livros de
embriologia e cirurgia pediátrica disponíveis nas bibliotecas da universidade católica de Brasília e
das faculdades integradas da união educacional do planalto central e por meio de base eletrônica de
dados (PubMed), utilizando como descritor: fissura labiopalatina. Foram selecionados artigos de
livre acesso. Pesquisa realizada de março à maio de 2015.
Discussão: No Brasil a cada 800 a 1000 nascimentos há um caso de fissura labiopalatina. Essa
malformação ocorre devido a falta de fusão das proeminências maxilar e nasal, levando a uma
comunicação entre a cavidade nasal e oral. 30% são sidrômicas e as não sindrômicas tem origem
multifatorial. Mães primigestas abaixo dos 20 anos ou doentes crônicas; determinados remédios,
tabagismo, alcoolismo, contato com produtos químicos agrícolas e industriais podem contribuir para
a forma sinérgica. Fatores genéticos são determinantes e 3 a 14 genes estão envolvidos, entre eles
variantes do gene interferon regulador do fator 6 (IRF6) e uma variante no fator de crescimento
derivado de plaquetas C (PGF- C). A classificação das fissuras labiopalatais mais comumente
utilizada no Brasil é a de Spina, que usa como referencia o forame incisivo dividindo-as em: préforame, transforame, pos-forame. O diagnóstico pré-natal pode ser realizado pela avaliação da face
fetal no exame ultrassonográfico morfológico. Apesar do alto custo e da imprecisão permite traçar
uma estratégia de orientação e aconselhamento aos pais baseado na experiência de programas de
tratamento. A conduta envolve cuidados especiais com a amamentação, com o desenvolvimento
recorrente de otites medias e a acessória conjunta de fonoaudiólogo, fisioterapeuta, psicólogo,
cirurgião pediatra e ortodontista. A cirurgia só é recomendada após oito meses.
Conclusão: As fissuras orofaciais são a segunda maior causa de anomalias congênitas em nascidos
vivos, portanto agregar informação quanto a malformações desse tipo é de grande importância para o
devido aconselhamento dos pais e planejamento do acompanhamento fornecido a eles e a criança.
Melhorar o aspecto psicológico do tratamento e possibilitar uma abordagem positiva da família
frente ao neonato melhora sua aceitação familiar e sua adesão a tratamentos multidisciplinares.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Fístula dural secundária à Trombose venosa cerebral - Relato de caso
Lucas Figueiredo Lacerda
Natália Gontijo Ribeiro
Carolina Ferreira Colaço
Talyta Cortez Grippe
Henrique Freitas Araújo
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo desse trabalho é mostrar a associação existente entre a Trombose Venosa
Cerebral (TVC) e a formação de fistulas com enfoque em seu quadro clínico, diagnóstico precoce,
tratamento efetivo, visto que um diagnóstico precoce é de extrema importância para um tratamento
adequado.
Descrição do caso: A.L.I.G.D, feminino, 33 anos, apresentou há 1 ano quadro de cefaleia occipital
súbita com outros sintomas neurológicos caracterizando Síndrome de Hipertensão Intracraniana e
aumento de pressão de abertura em punção liquórica. Fora diagnosticada
com TVC e encontradas duas fístulas durais há nove meses e, embora orientada, não deu seguimento
ambulatorial. Há cinco meses, houve recidiva do quadro anterior. Evidenciou-se trombose extensa
em seios transversos sem possibilidade de intervenção, porém com drenagem sanguínea pelos
demais seios cranianos, e fístula dural secundária à TVC que fora embolizada por onix. Há quadro
dias relata cefaleia occiptal pulsátil de forte intensidade, amaurose de olho direito, perda
significativa da visão de olho esquerdo, tendência de desvio do olhar para direita, com reflexo
cutâneo plantar em flexão. Após punção lombar paciente relata melhora significativa.
Discussão: Fístula arteriovenosa dural é uma rara conexão anormal entre as veias durais e os ramos
durais ou parameningeais das artérias cerebrais. Ocorre em aproximadamente 1,6% dos pacientes
com trombose venosa cerebral e corresponde de 10 a 15% das malformações arteriovenosas
intracranianas. Apesar de ser uma condição rara, é importante identificar seus sinais e sintomas e
realizar um diagnóstico precoce. O quadro clínico é caracterizado por oftalmoplegia, dor retroorbital,
proptose, zumbido pulsátil, diminuição da acuidade visual. A maioria das fístulas arteriovenosas
durais estão localizados nos seios transverso, sigmoide e cavernoso e tem como principal causa
idiopática, ou secundária a traumas, craniotomia trombose venosa, anomalias no sistema venoso. A
angiografia é o método de escolha no diagnóstico e classificação de fístula dural.
Conclusão: A paciente apresentou, em menos de um ano, três episódios de déficits neurológicos.
Apresenta trombose extensa em seios transversos inoperáveis, que é uma das causas de fístulas
durais. Conclui-se assim que a chance de recidivas é bastante grande em pacientes nesta situação. A
colocação de um Dreno Ventricular Peritoneal ajudaria a minimizar os sintomas de um novo
episódio.
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102 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Furunculose causada por germes infrequentes em paciente diabética
Alexandra Lordes Saliba
Vitorino Modesto dos Santos
Tereza R. de C. Vieira de Melo
Isabella Augusta Barros
Iara Machado Motta
Vanesa Blanger
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo é relatar o caso de paciente hipertensa e diabética com furunculose disseminada
causada por germes incomuns e enfatizar a importância de dupla abordagem com a parceria de
Clínica Médica e Cirurgia Geral.
Descrição do caso: Mulher, 60 anos, hipertensa, diabética do tipo 2 e antecedente de TVP (há 06
anos), apresentou furunculose em região perineal há 40 dias, foi atendida no P.S e medicada com
cefalexina, sem melhora. Dois dias após, procurou o HFA já com diagnóstico de sepse grave de foco
cutâneo, sendo encaminhada à UTI, onde recebeu reposição volêmica e antibioticoterapia. Na TC de
abdome com contraste observou-se extensa coleção laminar na parede abdominal lateral direita,
estendendo-se da base do tórax até região inguinal. Paciente permaneceu internada dois meses e foi
tratada com diversos antibióticos, além de drenagens e debridamentos da parede abdominal.
Também, foram realizadas sessões de oxigênioterapia hiperbárica. Nova TC de abdome revelou
ausência de coleções e a paciente teve alta para acompanhamento ambulatorial.
Discussão: Durante a internação em UTI, recebeu vários esquemas de antimicrobianos. Como
hemocultura evidenciou Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenêmicos e colistina, foi
iniciado meropenem, linezolida e gentamicina, com proposta terapêutica de 42 dias. Apresentava-se
com lesões abertas em abdome inferior acometendo até a fáscia muscular. TC de abdome superior e
pelve revelou duas coleções líquidas na parede abdominal ântero-lateral direita, uma com 85ml e
outra, multiloculada, com 40ml. Cultura de coleção purulenta evidenciou: Enterobacter aerogenes
(sensível a gentamicina) e Enterococcus faecalis ( sensível a meropenem). Prescritos meropenem,
gentamicina e unasyn. Após tratamento, nova USG mostrou ausência de coleções nos planos
adjacentes e a paciente recebeu alta para acompanhamento ambulatorial.
Conclusão: No presente caso, ocorreu uma série de furúnculos interconectados no tecido
subcutâneo, condição usualmente causada por Staphylococcus aureus. Entretanto, houve
comprovação laboratorial de Klebsiella pneumoniae, Enterobacter aerogenes e Enterococcus faecalis
como agentes etiológicos, uma condição considerada bastante incomum.
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103 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Gastrosquise e onfalocele
Leandro Lúcio de Aguiar
Armando José China Bezerra
Allana Tamiris Bonfim Nogueira
Christian de Magalhães Pereira
Matheus Castilho Corrêa
Tayane Oliveira Pires
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Analisar as malformações congênitas da parede abdominal, denominadas gastrosquise e
onfalocele, elucidando suas semelhanças e diferenças quanto à sua definição, epidemiologia,
anomalias associadas, diagnóstico, método de parto e tratamento.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de uma revisão de literatura. Foi consultada a obra de Keith
L. Moore e T. V. N. Persaud, bem como dois artigos pesquisados na Scientia Medica e Scielo entre
os anos de 2006 e 2013. Foram utilizadas as seguintes palavras chaves: "onfalocele”, “gastrosquise”,
“malformação congênita” e “parede abdominal”.
Discussão: Onfalocele e gastrosquise constituem malformações congênitas da parede abdominal. A
onfalocele decorre de um defeito de fechamento da parede abdominal ao nível do anel umbilical e da
não reintegração da alça umbilical primitiva, levando à herniação das vísceras abdominais revestidas
por membrana interna e externamente. Já a gastrosquise resulta de um defeito lateral ao plano
mediano da parede abdominal anterior, que permite a extrusão das vísceras abdominais, sem o
envolvimento do cordão umbilical. A incidência da onfalocele é de 2,5 em 10 mil nascidos vivos,
enquanto a da gastrosquise é de 1 a 2,11 em 10 mil. As principais anomalias associadas a onfalocele
são estruturais ou cromossômicas. A gastrosquise associa-se a malformações intestinais. Realizandose a ecografia pré-natal, é possível diagnosticar ambas as malformações após a 13º semana
gestacional. O método de parto recomendado é o vaginal, somente existindo indicação obstétrica
para a cesariana quando houver onfalocele com fígado extracorpóreo ou gastrosquise com
complicações. As duas anomalias possuem tratamento cirúrgico. Quando não é possível o
fechamento primário, faz-se o uso do silo, que consiste em uma técnica de redução gradual com
posterior fechamento da cavidade abdominal.
Conclusão: No Brasil, as anomalias congênitas têm aparecido como a segunda causa mais comum de
morte infantil. Dentre essas anomalias, encontram-se as malformações na parede abdominal. Graças
aos grandes avanços no diagnóstico pré-natal de malformações fetais, bem como ao
desenvolvimento de técnicas cirúrgicas para a reversão de tais anomalias, é possível o tratamento
eficaz da gastrosquise e da onfalocele.
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104 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Gêmeos Siameses
Mariana Thees. Perillo Rodrigues
Ana Letícia Argentino Bononi
Felipe Pinheiro Irineu
Henrique L. Fidelis de Farias
Paulo Juvencio Gomes Tubino
Victor Cordeiro Murad
Instituição: FACIPLAC
Objetivo: Relatar sobre as relações embriológicas da anomalia rara que ocorre em gêmeos
monozigóticos que são unidos por uma determinada região do corpo, conhecidos como gêmeos
siameses. Informar também sua história, epidemiologia e seus diferentes e principais tipos.
Metodologia e fonte de dados: A pesquisa a ser realizada neste trabalho, classificada como revisão
de literatura, é indireta. Quanto à metodologia, o trabalho em mãos faz a opção pelo método
indutivo. Esta opção se justifica pois o método escolhido é aquele que parte de verdades menores,
pontuais, para generalizações. A pesquisa utilizar-se-á de livros, artigos e sites científicos.
Discussão: Os gêmeos conjuntos mais populares da história foram Chang e Eng Bunker (18111874). Eles eram unidos pelo processo xifóide, localizado na extremidade inferior do osso esterno, e
por isso eram chamados xifópagos. Eles tinham também os fígados conectados. Esses tipos de
gêmeos são denominados de acordo com as regiões a que estão aderidos. Alguns tipos: craniópagos,
onfalópagos, toracópagos, raquípagos, isquiópagos. Gêmeos siameses são muito raros. A incidência
é de cerca de 1 em 50.000 a 1 em 100.000 nascimentos. O diagnóstico precoce desta anomalia pela
execução de um ultrassom torna mais segura uma gravidez de siameses. Quanto à embriologia,
ocorre que quatro dias após a fertilização, o trofoblasto se diferencia. Se a divisão ocorre antes deste
tempo, os gêmeos monozigóticos se originam de blastocistos separados, cada um com seu próprio
córion e âmnio. Oito dias após a fertilização, o âmnio se diferencia. Se a divisão ocorre entre os dias
4 e 8, os gêmeos irão compartilhar o mesmo córion, mas tem âmnios separados. Se uma divisão
ocorre após o 8º dia e antes do 13º dia, os gêmeos irão compartilhar o mesmo córion e âmnio. O
disco embrionário começa a se diferenciar no 13º dia, ainda no estágio de blastocisto. Se a separação
ocorre após o 13º dia, os gêmeos irão compartilhar partes do corpo, além do córion e âmnio,
formando vários tipos de gêmeos siameses.
Conclusão: Identifica-se que o quadro estudado se trata de uma monstruosidade, visto que o erro
ocorre no período embrionário. Ainda não se sabe o motivo pelo qual não ocorre a divisão do disco
embrionário ou o porquê eles se fundem culminando na formação desses gêmeos. Antigamente,
antes do século XX, era inviável a separação de gêmeos siameses. No entanto, com o avanço das
técnicas cirúrgicas, tornou-se possível fazer a separação em alguns casos de maneira que ambos
sobrevivam.
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105 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Gluteoplastia de aumento
Vinícius Oliveira Domingues
Francisca Joelma Rodrigues de Lima
Nathália Telles da Costa
Nathália Freire Bandeira
Iara Cristina Arruda Vale
Glycon Cardoso
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Esse trabalho tem como objetivo apresentar aos profissionais da saúde sobre a
gluteoplastia de aumento, delineando sobre a relação médico-paciente, as técnicas de cirurgia
plástica empregadas, recuperação e possíveis complicações.
Metodologia e fonte de dados: Realizou-se revisão bibliográfica em livros textos que versam sobre
cirurgia plástica e artigos científicos disponíveis nas plataformas SciELO, PubMed, BVS e LILACS.
Foram utilizadas as seguintes palavras-chave para a busca: cirurgia plástica, cirurgia
plástica/estética, cuidados operatórios, consulta pré-operatoria e gluteoplastia.
Discussão: Durante anos, o conceito de beleza e apelo feminino estava ligado principalmente em
duas áreas: as glândulas mamárias e região glútea. As nádegas possui função secundária de cunho
sexual, considerada zona erógena, e atualmente seu poder de atração decorre busca pelo corpo
perfeito. A crescente procura por procedimentos de cirurgia plástica, tais como a gluteoplastia de
aumento, traz a necessidade de aperfeiçoamento das técnicas a serem empregadas. As nádegas tem
seu volume principal oriundo do músculo glúteo máximo, porém, anterolateralmente, o músculo
glúteo médio é superficial e contribui para o contorno da região. Cada uma das técnicas ou a
combinação certa dos mesmos resultam esteticamente em belas nádegas femininas. Aescolha das
técnicas cirúrgicas mais adequadas para atingir o melhor contorno das nádegas envolve uma
avaliação abrangente. Os implantes glúteos são uma excelente alternativa para corrigir o contorno
das nádegas, e por isso, o plano de inserção de tecidos e/ou prótese é de fundamental importância
para o bom resultado estético da cirurgia. A gluteoplastia está indicada em situações como a
reparação de deformidades adquiridas (sequelas de acidentes, perdas de substância, sequelas
cicatriciais, etc.) ou congênitas (agenesias, desenvolvimento incompleto). O aumento das nádegas
tem finalidade estética de restaurar contorno, forma e volume da nádega.
Conclusão: Os resultados apresentados pela gluteoplastia de aumento para correção do contorno das
nádegas tem se mostrado uma técnica eficaz e com resultados satisfatórios. Cabe ao médio cirurgião
plástico oferecer as informações adequadas acerca da cirurgia para o paciente. Dentre as possíveis
complicações temos o mau resultado estético decorrente do uso inadequado dos implantes. Também
é possível ocorrer deiscência e seroma extracapsular. A gluteoplastia de aumento mostra-se eficaz na
correção dos contornos das nádegas e aumento da autoestima do paciente.
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106 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Halsted: Um nome a ser lembrado no meio médico
Yasmine Oliveira Vieira
Natália Cristina Moreira Neves
Danillo Ferreira Amaral
Armando José China Bezerra
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Revisar as várias contribuições de William Stewart Halsted para a medicina, bem como
aspectos relevantes de sua trajetória, haja vista ser ele um dos maiores nomes da cirurgia de todos os
tempos.
Metodologia e fonte de dados: Para realização desse trabalho, foi realizada uma revisão bibliográfica
por meio de busca eletrônica de artigos nas bases de dados Lilacs, Pubmed, e Scielo, nas línguas
inglesa e portuguesa.
Discussão: William S. Halsted (1852-1922) é considerado o fundador da cirurgia moderna, praticada
no século XX. Ao unir o conhecimento científico ao método rigoroso de executar procedimentos,
enfatizando a técnica asséptica, Halsted transformou a cirurgia numa disciplina científica. Halsted
foi o primeiro chefe do Departamento de Cirurgia do Hospital Johns Hopkins em 1889, cirurgiãochefe em 1890 e Professor de Cirurgia em 1892 com a abertura da Escola de Medicina da
Universidade Johns Hopkins. Ele criou a Residência Médica em 1889, transformando o aprendizado
dos cirurgiões com um método eficaz de treinamento médico após a graduação, com a doutrina do
“aprender fazendo”. Contribuiu também com o início do uso de luvas cirúrgicas, pois inusitadamente
solicitou a confecção de luvas de borracha para a chefe de enfermagem cirúrgica e sua futura esposa,
Miss Caroline Hampton, cujas mãos se irritavam com os desinfetantes químicos. Desenvolveu
técnicas para mastectomia radical, reparação de hérnia inguinal e anastomoses intestinais. Também
desenvolveu a anestesia tópica com cocaína. Foi ainda, um dos primeiros defensores da hemostasia,
manipulação suave do tecido, pontos pequenos e de baixa tensão, entre outras contribuições médicas
e cirúrgicas, perpetuando seu nome em vários epônimos na medicina.
Conclusão: Por meio deste trabalho, podemos observar o quanto Halsted influenciou o crescimento
da medicina e da cirurgia em particular. Ele foi um grande estudioso, professor e cirurgião. Com
suas descobertas, Halsted forneceu subsídios para que a cirurgia se desenvolvesse e se consolidasse
como uma especialidade médica. É um nome que deve ser lembrado e conhecido no meio médico.
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107 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Hanseníase: aspectos clínicos e epidemiológicos de uma doença endêmica no Brasil
Felipe Alencar Monteiro Borges
Lara de Paula Sousa
Guilherme Miguel Thomé de Carvalho
Moises Elias Souza Alves
Rodrigo Pereira Pio
Pedro Henrique Rosa Silveira
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Abordar como é realizado o diagnóstico da Hanseníase evidenciando as formas clínicas,
aspectos do quadro clínico e epidemiológico dessa doença no Brasil.
Metodologia e fonte de dados: Para a realização do trabalho, foram selecionados artigos científicos e
documentos oficiais indexados ao Scielo, publicados entre os anos de 2008 e 2015. Essas fontes
abordavam o tema Hanseníase relacionando aspectos característicos da doença e como é realizado o
diagnóstico da mesma. A partir da leitura, houve discussão e confecção do trabalho.
Discussão: A Hanseníase, doença infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae, compromete o
tecido cutâneo, mucoso e nervoso periférico, principalmente nas regiões dos olhos, mãos e pés.
Trata-se de uma doença sistêmica e determina alterações que podem ser causadas pela presença
direta da bactéria ou por estados reacionais. A doença, que ainda é endêmica no Brasil, com maior
frequência de casos na região Norte (4,02/10.000 habitantes), é caracterizada pela evolução lenta,
baixa patogenicidade e alta infectividade, afetando principalmente homens entre a 3ª e 4ª década de
vida. A Hanseníase se apresenta nas formas indeterminada, tuberculoide, virchowiana e por reações
hansênicas e as manifestações clínicas são variadas entre elas. A Hanseníase indeterminada
apresenta máculas hipopigmentadas e pode evoluir para as demais formas. Na forma tuberculoide,
destaca-se a presença de placas eritematosas bem delimitadas e comprometimento neural precoce; na
Virchowiana, comumente é encontrado polimorfismo entre as lesões, que evoluem de discretas
máculas a lesões papulo-nodulares. As reações hansênicas são caracterizadas por reativação de
lesões preexistentes ou pelo surgimento de eritema nodoso hansênico. O diagnóstico é realizado por
meio das características clínicas e exames complementares: pesquisa de sensibilidade, reação de
Mitsuda, exames bacteriológico e anatomopatológico.
Conclusão: A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa com evolução lenta, de notificação
compulsória, endêmica no Brasil, sendo ainda um problema de saúde pública. A prevenção da
doença consiste no diagnostico precoce, sendo que ao confirmar o diagnostico do paciente, seus
familiares deverão ser examinados. A Hanseníase tem cura, sendo importante para isso que haja
promoção de conhecimento a respeito da doença.
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108 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Hemotransfusão e autonomia: Considerações bioéticas
Naira Coutinho Oliveira Rocha
Joaquim Nicolau do Nascimento
Bárbara Guimarães Avelar
Clara Roriz Fernandes
Giovanna da Silva Vecchi
Maysa Siqueira Lopes de Oliveira
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo do presentetrabalhoé fazer uma revisão comparada acerca dos critérios que
devem ser utilizados na prática médica para a realização de procedimentos de hemotransfusão, bem
como as discussões éticas, políticas, sociais e religiosas, que implementam barreiras aos pacientes
mais críticos.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de artigo de revisão realizado no período de junho de 2015.
Buscaram-se dados nas bases de dados da Literatura Latino Americana em Ciências da Saúde
(LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO), por meio dos descritores: testemunhas de
Jeová e Jehovah’s Witness. Foram selecionados 6 artigos entre eles.
Discussão: Para realizar qualquer procedimento, os profissionais da saúde são regidos por princípios
éticos, morais, técnicos, bioéticos e legais. No intuito de preservar o direito à autonomia do paciente,
são estabelecidos: o Art. 46-“(É vedado ao médico) efetuar qualquer procedimento médico sem o
esclarecimento e o consentimento prévios do paciente ou de seu responsável legal, salvo em
iminente risco de vida” e o Art. 56- (É vedado ao médico) desrespeitar o direito do paciente de
decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de
iminente risco de vida”. Ao ser considerada a hemotransfusão, também deve-se manter o direito de
autonomia e de crença do paciente. Para aqueles que seguem a doutrina de Testemunhas de Jeová,
isso implica a recusa ao procedimento. Para tais fieis, a Bíblia proíbe a hemotransfusão de acordo
com as palavras de Gênesis 9:4, Levítico 7:25 e 17:12 e Atos 15:29. Todavia, quando a
hemotransfusão é impreterível e inexiste decisão consensual entre médico-paciente, deverá procederse a transfusão. E havendo ou não risco de vida, é preciso esclarecer os riscos e os benefícios da
hemoterapia e a testemunha de Jeová ou seu representante deverá assinar o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido.
Conclusão: Embora seja um tema muito discutido e já bastante referenciado, é de suma importância
à vida profissional e ao exercício médico. O conhecimento de todos os aspectos na decisão do uso de
determinado procedimento, evita que, por ignorância de direitos e deveres dos técnicos, enfermeiros
e médicos, se infrinja o direito do homem de tomar decisões sobre seu corpo e o dever do médico de
preservar a vida.
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109 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Hepatite Autoimune: estudo clínico e diagnóstico
Lara de Paula Sousa
Ana Carolina Andrade Canut
Marine Gontijo Freitas
Izabela Rodrigues Figueiredo
Nathália Telles da Costa
José Gabriel Rodrigues Júnior
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Apresentar os aspectos clínicos, laboratoriais, e da resposta ao tratamento para a Hepatite
Autoimune (HAI).
Metodologia e fonte de dados: Para a realização do trabalho, foram selecionados artigos científicos e
documentos oficiais indexados ao Scielo, publicados entre os anos de 2012 e 2015. Essas fontes
abordavam o tema Hepatite Autoimune, relacionando aspectos característicos da doença, assim
como o manejo clínico da mesma. A partir da leitura, houve discussão e confecção do trabalho.
Discussão: Na última década, observou-se crescente número de diagnósticos de HAI, principalmente
na faixa etária pediátrica. A doença, que atinge com maior frequência o sexo feminino e indivíduos
de até 18 anos de idade, apresenta enquanto manifestações clínicas, sintomas inespecíficos e de
intensidade variável, como fadiga, mal-estar, anorexia, náuseas, desconforto no quadrante superior
do abdômen, artralgia e prurido. Em mulheres, podem estar presentes ainda manifestações
relacionadas ao sistema endócrino: amenorreia, hirsutismo, estrias e acne. Com relação aos exames
laboratoriais para diagnóstico, o aumento das aminotransferases é o achado que predomina. O
quadro ainda pode ser acompanhado de hiperbilirrubinemia, aumento discreto de gamaglutamiltransferase (GGT) e da fosfatase alcalina. A pesquisa de auto-anticorpos e a ocorrência de
hipergamaglobulinemia, associado a características clínicas e exclusão de outras hepatopatias, é de
fundamental importância para firmar o diagnóstico de HAI. O tratamento baseia-se na
imunossupressão e as duas linhas principais são a monoterapia com corticoide ou associação de
baixas doses de corticoide com azatioprina. A normalização das aminostransferases é o objetivo
terapêutico inicial e os pacientes que o alcançam têm o melhor prognóstico.
Conclusão: A HAI apresenta formas de manifestação clínica variadas. Trata-se de uma doença
caracterizada pela presença de auto-anticorpos, elevação das aminotransferases e
hipergamaglobulinemia. Há predomínio histopatológico de cirrose incipiente ou definitiva com
inflamação portal. O tratamento realizado com corticoesteroides e azatioprina frequentemente é
efetivo, porém o uso de corticoesteroides determina a ocorrência de efeitos colaterais indesejáveis.
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110 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Hérnia Diafragmática Congênita
Lara de Paula Sousa
Marina Machado M. Cardoso
Diego Vinícius Gonçalves Santana
Thaina de Araújo Rodrigues
Marina Souza Rocha
Armando José China Bezerra
Instituição: Universidade Católica Brasília
Objetivo: Discorrer sobre hérnia diafragmática congênita. Evidenciar os tipos, as causas, as
complicações e o tratamento dessa falha no tecido do músculo diafragmático.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de uma revisão de literatura. As pesquisas realizadas para a
produção do trabalho tiveram como base artigos acadêmicos eletrônicos indexados ao LILACS –
Bireme, utilizando-se de palavras-chave como “hérnia diafragmática” e “hérnia diafragmática
congênita”.
Discussão: A hérnia diafragmática congênita é uma falha, ou seja, orifício, no diafragma, que ocorre
pela contribuição de genes dos pais associada a fatores ambientais. O diafragma é uma camada de
tecido muscular que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal. Deste modo, o conteúdo
abdominal da criança pode passar total ou parcialmente pelo orifício. Existem dois tipos: 1)
Bochdalek: orifício na parte posterior do diafragma e em geral do lado esquerdo, acarretando
hipoplasia pulmonar do lado afetado; 2) Morgagni: orifício na frente do diafragma, potencialmente
capaz de causar comprometimento do pulmão. Pode ser diagnosticada ainda na vida uterina, por
meio de ultrassonografia ou após o nascimento, quando o bebê apresentar problemas respiratórios.
No caso da hérnia de Bochdalek, pode estar associado também cianose, taquipnéia, dispneia e
abdome escavado. As complicações podem ser doença pulmonar crônica, refluxo gastroesofágico,
intestinos subdesenvolvidos, problemas no crescimento e atrasos no desenvolvimento
neuropsicomotor. Após o nascimento, o bebê deve ter o problema respiratório estabilizado, por
exemplo, com a ECMO (extracorporeal membrane oxygenation) de modo adequando para que
posteriormente seja realizada a cirurgia visando correção da hérnia.
Conclusão: É um problema grave, entretanto com os avanços no tratamento tem apresentado bom
prognóstico. A cirurgia faz o reparo da hérnia e retorna o estômago, intestino ou outros órgãos para a
cavidade abdominal. O pós-operatório conta, muitas vezes, com assistência respiratória, o que requer
o desmame do respirador. É inevitável que haja mortalidade já que coexistem anomalias associadas.
Mas felizmente, na maioria dos casos, com os cuidados adequado no pré e pós-operatório há uma
boa evolução.
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111 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Hipersexualidade em pacientes com demência
Flávia Toledo Simões
José Egidio Novais Simões
Camila Pereira Rosa
Pedro Guilherme Cabral
Lara Mundim Alves de Oliveira
Higor Nogueira Paes
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Realizar uma revisão crítica sobre a hipersexualidade presente em pacientes com
demência, abordando, principalmente, os tratamentos mais utilizados no controle deste distúrbio
comportamental.
Metodologia e fonte de dados: Foram utilizados artigos científicos indexados nas bases de dados
PubMed, Scielo e The British Journal of Psychiatry (BJPsych Advances). O trabalho foi
confeccionado a partir de publicações de 2005-2013. Os descritores seguintes foram usados:
“hypersexuality”, “dementia” e “Sexually inappropriate behaviour”.
Discussão: É comum que pacientes com demência apresentem distúrbios comportamentais, um deles
é a hipersexualidade. O comportamento sexual inadequado pode incluir respostas verbais e/ou
físicas. A hipersexualidade na demência é mais comum em homens. Além disso, este distúrbio é
mais frequente na demência frontotemporal, seguida pela demência vascular. É necessário que seja
feita uma avaliação completa do comportamento anormal apresentado e do contexto em que ele
ocorre, além de analisar como era o comportamento do paciente antes do acometimento da doença.
Para o controle da hipersexualidade há o tratamento comportamental e o farmacológico. O
tratamento comportamental é pouco efetivo, mas é possível orientar os cuidadores a tomarem
algumas medidas que ajudam, como estimular atividades manuais que distraiam e acalmem o
paciente. Caso o tratamento comportamental não funcione, a terapia farmacológica pode ser
necessária. Ainda não há um consenso sobre quais os fármacos mais eficientes no controle da
hipersexualidade em pacientes com demência. Porém, baseado na prática clínica, há algumas classes
de medicamentos que têm se mostrado eficazes: neurolépticos, antiandrogênicos, estrógenos,
análogos de hormônios liberadores de gonadotropinas, antidepressivos, inibidores seletivos da
recaptação de serotonina e antidepressivos tricíclicos.
Conclusão: Apesar da hipersexualidade ser comum em pacientes com demência, existem poucos
estudos que abordam tal tema. É necessário que novas pesquisas sejam feitas para que o controle
desse distúrbio seja mais eficiente, pois ele prejudica a qualidade de vida do paciente, de seus
cuidadores e de seus familiares.
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112 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Hipertensão Arterial e Óbito Fetal: A importância da prevenção
Bruna Gomes Ribeiro
Júlia de Andrade Figueiredo
Auro Paiva Júnior
Sulani Silva de Souza
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Apresentar caso ginecológico referente a óbito fetal na 30ª semana gestacional, bem como
discutir a conduta médica seguida com base nas condições do atual Sistema Único de Saúde.
Descrição do caso: Paciente feminina, parda, 30 anos, procurou o HRT dia 14/03/2015, com queixa
de sangramento vaginal e cefaleia iniciados no mesmo dia. Encontrava-se na 30ª semana gestacional
e havia procurado o pronto socorro uma semana antes, referindo cólica intensa em baixo ventre. Ao
exame físico (EF), apresentou pico pressórico. Recebeu alta com prescrição de captopril e pedido de
ecografia gestacional (EG). Foi orientada a realizar acompanhamento para hipertensão arterial. Após
uma semana, retornou ao hospital com a queixa supracitada, adicionada de dor abdominal. Resultado
da EG: Feto de apresentação cefálica, Batimentos cardíacos de 122bpm, Placenta prévia total. EF dia
da internação: Pressão Arterial - 148x89mmHg. Cérvice dilatada em 5 cm. EG dia da internação:
Movimentos fetais e batimentos cardíacos ausentes, peso fetal de 1400g, placenta com presença de
hematoma, líquido amniótico normal.
Discussão: Óbito fetal é a morte do feto que ocorre antes da completa expulsão ou extração do
produto conceptual a partir de 22 semanas completas de gestação. Dentre as principais causas
maternas encontram-se as síndromes hipertensivas. A presença de placenta prévia total constitui-se
em uma das principais causas de hemorragia gestacional, entretanto, sua presença não está
necessariamente associada ao óbito fetal. No presente caso, a conduta adotada foi indução do parto
por via vaginal, tendo a paciente feito uso de ocitocina, bem como de misoprostol intravaginal.
Todavia, nota-se que o tratamento para hipertensão arterial foi deficitário, o que seria o ponto chave
para evitar um fim desfavorável. De acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, a
paciente possuía Hipertensão Gestacional, cujo tratamento para casos graves preconiza hidralazina
endovenosa.
Conclusão: É possível notar que durante a primeira visita ao hospital, deveria ser realizado melhor
acompanhamento com relação à hipertensão arterial sistêmica. Entretanto, devido às condições
precárias do serviço público de saúde, tais como a falta de medicamentos, os profissionais, por
vezes, são incapazes de oferecer tratamento adequado aos pacientes. A melhoria dessas condições é
necessária para que casos como o descrito no presente trabalho sejam evitados com maior
frequência.
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113 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: História da Medicina na Ditadura Militar Brasileira
Rebeca Marques Margoto
Isac César Roldão Leite
Kellen Karenine Pinho de Medeiros
Wendel Silva Issi
Marcelo Ribeiro Artiaga
Paulo Juvencio Gomes Tubino
Instituição: Faciplac
Objetivo: O objetivo deste trabalho é conscientizar a classe médica a respeito das atitudes que foram
feitas pela classe com a população da época, apresentando os atos praticados e suas consequências,
assim como resultados sociais e psicológicos nas vítimas.
Metodologia e fonte de dados: nesta revisão histórica foram utilizados diversos artigos e livros de
autores renomados nacional e internacionalmente acerca do assunto, de forma a apresentar um
consenso encontrado na analise sistemática das obras.
Discussão: Durante a Ditadura diversos médicos atuaram ativamente com o Regime Militar,
participando de operações e atos hoje repudiados por sua classe. Quebrando o Juramento de
Hipócrates, praticaram crimes contra a vida e a honra de presos políticos, realizando diversas
torturas, aconselhamentos e fraudes de evidências. A tortura foi aplicada de forma indiscriminada
durante esse período, indiferente à idade, sexo ou situação moral, física e psicológica em que se
encontravam os suspeitos de atividades subversivas. Como a diversidade de torturas é muito grande,
elas foram divididas em: psicológicas, físicas e atípicas. Tortura psicológica é qualquer tipo de
sofrimento mental, causado por um desequilíbrio emocional alcançado por fatores externos, sendo o
método mais frequente por meio de ameaças visando o medo. Certamente não houve vítima de
tortura que escapou de sofrer coações físicas, dentre as mais frequentes estão o “pau-de-arara”, a
“pimentinha” com dobradores de tensão, entre outras. As torturas atípicas são aquelas que,
geralmente, causam mais espanto nas pessoas, podendo ser tanto físicas quanto psicológicas, como
fuzilamento simulado; tortura da família e em crianças, mulheres e gestantes e era justificada pela
urgência de se obter informações, visando imprimir à vítima a destruição moral pela ruptura dos
limites emocionais pelas relações afetivas de parentesco.
Conclusão: O período do Regime Militar no Brasil foi um momento tenebroso para os cidadãos e
para a medicina. A medicina passou por um momento marcado pela conivência ou até mesmo
auxílio nas práticas ilegais de interrogação e tortura, incluindo falsificação de laudos médicos
oficiais, omissão de corpos e tratamento visando o prolongamento de interrogatórios. Em 1988, na
elaboração da Constituição Federal foram levados em consideração os atos deste período para a
realização do código de Ética Médica.
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114 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: História do transplante cardíaco
Rebeca Marques Margoto
Isac César Roldão Leite
Kellen Karenine Pinho de Medeiros
Wendel Silva Issi
Marcelo Ribeiro Artiaga
Paulo Juvencio Gomes Tubino
Instituição: Faciplac
Objetivo: Este trabalho tem como objetivo relatar como começaram os transplantes cardíacos,
descrever os diferentes tipos desse transplante, mostrar e definir quando cada um dos tipos deve ser
feito e mostrar sua importância.
Metodologia e fonte de dados: Análise sistemática de diversas obras nacionais e internacionais
acerca do assunto obtidas por meio das bibliotecas virtuais Bireme, LILACS, SciELO e
CAPES/MEC.
Discussão: Quando o coração de uma pessoa apresenta problemas, pode haver insuficiência cardíaca.
Geralmente, essa insuficiência é ocasionada por doenças coronárias, alta pressão sanguínea,
cardiomiopatia, etc. Existem dois tipos de transplantes de coração: o ortotópico e o heterotópico. O
ortotópico é pela remoção do coração doente e substituição por um saudável. Em 1960 foi relatado o
primeiro caso com sucesso em cão e após o exame histológico post-mortem observaram sua rejeição
pelo sistema imunológico do receptor. O primeiro transplante de coração humano foi realizado pelo
Dr. Christian N. Barnard no dia 3 de dezembro de 1967. O transplante cardíaco heterotópico é
realizado quando o coração danificado não pode ser removido, dessa forma o paciente permanecerá
com o seu coração doente e com o coração saudável, que servirá como uma bomba auxiliar. Ele é
utilizado em situações em que o coração danificado não pode ser removido, por exemplo quando a
pressão do sangue nas artérias é anormalmente elevada e não mostra tendência de queda aos níveis
normais. A primeira tentativa foi com Demikhov, em 1940, quando ele transplantou um coração na
região inguinal de gatos, entretanto, parou com seus estudos durante a Segunda Guerra Mundial. Em
março de 1968 foi realizado o primeiro transplante cardíaco homólogo ortotópico em humano no
Brasil, em São Paulo, pelo Professor Zerbini.
Conclusão: Se formos levar em conta uma antiga lenda celta de aproximadamente 2000 anos, desde
cedo foram feitos transplantes de coração. Além disso, há relatos de transplante de coração em torno
de 430 a.C, na China, por Pien Ch’iao. Duraram anos, ou até mesmo séculos, para que um
transplante de coração em animais fosse bem sucedido e, apenas depois disso, começaram a fazê-los
em humanos, sendo que tais técnicas desenvolvidas são utilizadas até hoje.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: HPV, lesão intraepitelial e o câncer de colo uterino
Iasmin Côrtes Mânica Teles
Gilmária Borges Sousa
Gustavo Henrique Campos de Sousa
Mayara M. Guerra Curvina
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Esse trabalho tem como objetivo elucidar as características e gravidade da infecção pelo
Papiloma Vírus Humano (HPV) e a importância de sua prevenção devido à associação com o câncer
de colo uterino.
Metodologia e fonte de dados: Foi feito uma revisão bibliográfica utilizando os seguintes livros:
Lopes, A. C. Clínica Médica: diagnóstico e tratamento, 2013 e Tratado de Ginecologia, Berek &
Novak, 2012. Também foram utilizados artigos das seguintes bases de dados: Scielo, PubMed,
Bireme e Projeto Diretrizes, entre os anos de 2000 a 2015 , utilizando as palavras-chave: HPV,
câncer de colo uterino e vacinação.
Discussão: A infecção HPV é uma doença sexualmente transmissível (DST) e o vírus é responsável
por causar condiloma acuminado e neoplasias de colo uterino. Possui mais de 100 subtipos, dentre
eles os subtipos 16 e 18 são os mais frequentes causadores de neoplasias de colo uterino. No Brasil,
cerca de 137mil casos/ano de infecção pelo HPV são registrados pelo Ministério da saúde. Tem
como principais fatores de risco a promiscuidade sexual, sexarca percoce, substituição do
preservativo por contraceptivos orais e demais métodos hormonais. A infecção acomete a junção
escamocolunar, onde se encontram as lesões precursoras ou a própria lesão cancerígena. A
prevenção vacinal está disponível pelo Ministério da Saúde, no ano de 2015, para meninas de 9 – 11
anos pela vacina quadrivalente. O diagnóstico é feito pelo exame preventivo (papanicolau) com
confirmação histopatológica, onde pode ser eviden ciado o condiloma acuminado, as lesões
intraepiteliais e o próprio carcinoma invasor. São classificadas como: Lesão intraepitelial de baixo
grau = HPV, NIC 1, ASC – US; Lesão intraepitelial de alto grau = NIC 2 e 3, ASC – H, AGUS e
Carcinoma invasor. Sendo as lesões de baixo grau acompanhas com exame preventivo a cada 6
meses, as de alto grau complementa-se o diagnóstico com colposcopia e biópsia e o carcinoma
invasor deve ser biopsiado e estadiado para conduta.
Conclusão: O câncer de colo uterino é uma patologia grave, porém de fácil prevenção pela
realização do exame papanicolau 1 vez por ano a partir de 25 anos. Como o câncer tem um curso
lento, a maioria dos casos podem ser diagnosticados em estágios iniciais podendo alcançar a cura
terapêutica. Com a implementação da vacina quadrivalente pelo Ministério da Saúde e
conscientização da população sobre riscos de DSTs acredita-se que diminuirá ainda mais a
incidência de infecção pelo HPV e o câncer.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Ictiose Arlequim: Eritrodermia Ictiosiforme não bolhosa
Isac César Roldão Leite
Rebeca Marques Margoto
Kellen Karenine Pinho de Medeiros
Wendel Silva Issi
Marcelo Ribeiro Artiaga
Paulo Juvêncio Gomes Tubino
Instituição: Faciplac
Objetivo: Apresentar pesquisas de autores renomados sobre a Eritrodermia Ictiosiforme não bolhosa
a fim de analisar a abordagem em estudos dos últimos 30 anos, traçando um perfil histórico da
doença e apresentando suas características gerais, avanços e retrocessos no diagnóstico e terapêutica.
Metodologia e fonte de dados: Análise sistemática de 20 artigos publicados internacionalmente sobre
Ictiose Lamelar, por autores renomados, entre 1978 e 2008, apresentando os principais achados
literários acerca da História, da base genética recém-revelada, embriológica , diagnóstica e
terapêutica. Os artigos foram buscados principalmente nas bibliotecas virtuais BIREME, LILACS,
SciELO e pelo Portal de Periódicos da CAPES/MEC.
Discussão: Descrita como uma desordem autossômica recessiva com incidência de 1:300.000,
proporção de sexo de 1:1. O termo vem do grego ichthys, peixe, pelo aspecto escamoso da pele. O
primeiro caso foi descrito em 1750 pelo Reverendo Oliver Hart, pastor da Igreja Batista em
Charleston, nos EUA. O Recém-nascido apresenta espessamento acentuado da pele levando a uma
anormalidade da orelha externa (pavilhão auricular), nasal, ocular e bucal, com ectrópio e eclábio,
além de provocar deformidades em flexão dos membros e gangrena digital. A fisiopatologia mais
aceita é a anormalidade no metabolismo lipídico dos queratinócitos, especialmente das células
granulares. Em 2005, a base genética foi descrita. O gene foi mapeado ao cromossomo 2q35,
conhecido como ABCA12 e codifica uma proteína transmembrana reguladora envolvida no
transporte lipídico. Na década 90 a análise bioquímica de fragmentos de pele revelou um defeito na
conversão de pro-filagrina em filagrina, sugerindo que alterações na fosfatase da epiderme pudessem
ser responsáveis pela doença. Estudos recentes, demonstraram que a principal causa de Ictiose
Arlequim é a deficiência de transglutaminase I, enzima responsável pela formação do envelope das
células córneas. Mutações no gene de TGM1, codificador de Tgase 1, e consequentemente a redução
da expressão de Tgase 1, tem sido as alterações mais comuns encontradas nos doentes.
Conclusão: Anteriormente à década de 1980, os neonatos acometidos pela doença evoluíam a óbito
nos primeiros dias de vida e, no presente, ainda são poucos os casos de pacientes com Ictiose
Arlequim que sobrevivem ao primeiro ano de vida. Porém após série de estudos tem-se avançado no
tratamento oferecendo maior qualidade de vida aos neonatos.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Identificação e diagnóstico de indivíduos psicopatas
Nathália Freire Bandeira
Ulysses Rodrigues de Castro
Monique Almeida Vaz
Vinícius Oliveira Domingues
Francisca Joelma Rodrigues de Lima
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Os psicopatas não são psicóticos ou doentes mentais. São conhecidos pelo desprezo às
obrigações sociais e pela falta de consideração aos sentimentos. Seus atos não resultam de uma
mente perturbada, mas de uma racionalidade fria e calculista, sendo, portanto, interesse desse
trabalho, reconhecê-los.
Metodologia e fonte de dados: Realizou-se revisão bibliográfica em livros textos que versam sobre
Psiquiatria Forense e artigos científicos disponíveis nas plataformas SciELO, PubMed , BVS e
LILACS. Foram utilizadas as seguintes palavras-chave para a busca: psicopatas, diagnóstico e escala
Hare.
Discussão: As características mais notórias dos indivíduos psicopatas são o egocentrismo, frieza,
insensibilidade, manipulação, transgressão às regras sociais, e apesar de saberem exatamente o que
estão fazendo, não aprendem com as experiências, por serem desprovidos de sentimento de empatia,
culpa ou remorso. A necessidade em reconhecê-los perpassa pelo Direito Jurídico em face à
criminalização de seus atos e pelo estudo de seus critérios diagnósticos, por vezes, tão complicados.
No DSM-5 (2014), a classificação se dá por Transtorno de Personalidade Antissocial, “(...) um
padrão global de indiferença e violação dos direitos dos outros, o qual surge na infância ou no início
da adolescência e continua na idade adulta" (p. 659). Já Robert Hare, especialista canadense em
psicologia criminal e psicopatia, criou o Psychopathy Checklist (PCL), que gera um perfil rico e
detalhado para este transtorno de personalidade. Tal escala elenca vinte características referentes aos
psicopatas e, utilizando uma pontuação para cada sintoma listado com julgamento clínico de um
especialista, foi determinado um mínimo de escore que, ao ser atingido, configura a psicopatia do
indivíduo. Tem sido o meio mais utilizado para diagnóstico de psicopatia e o primeiro exame
padronizado exclusivo para o uso no sistema penal do Brasil.
Conclusão: A avaliação de transtornos de personalidade tem sido um desafio para a Psicologia
Forense, pelo falta de instrumentos para avaliação e, também, devido à tendência em negar ou
manipular os atributos pessoais, característica fundamental do Transtorno de Personalidade
Antissocial e/ou traços psicopatas. Por isso, a importância da utilização de instrumentos de avaliação
psicológica para o trabalho com psicopatas.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Impacto da epilepsia sobre a gestação
Bruno Oliveira Leite
Lourival de Paiva Grillo Júnior
Samuel de Sousa Alencar
Luigia Peixoto Salvador
Bárbara Senna Moraes Gratão
Camilla Oliveira Leite
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Realizar uma abordagem geral dos efeitos da epilepsia na gestação, avaliar as
complicações maternas e fetais e sintetizar alguns aspectos terapêuticos das drogas antiepilépticas e
seu uso na gestação.
Metodologia e fonte de dados: Trata–se de uma pesquisa bibliográfica por meio de um estudo
descritivo, onde foram usados artigos científicos tendo como fonte de informação na web: LILACS,
IBECS, MEDLINE, Biblioteca Cochrane, SciELO e PUBMED.
Discussão: A epilepsia é um distúrbio crônico caracterizado pela recorrência de convulsões
tipicamente não provocadas e em geral imprevisíveis. São classificadas como crises parciais ou
focais, que decorrem de descarga neuronal excessiva numa região cortical localizada, representada
pelo foco epiléptico, geralmente tônico-clônicas. Estima-se que 0,3 a 0,6% das gestações ocorram
em mulheres epilépticas. Estas são consideradas de alto risco por apresentarem maiores
complicações materno-fetais. A gravidez pode alterar o curso da epilepsia e a frequência das crises,
por exemplo. Por outro lado, a epilepsia e as drogas antiepilépticas podem apresentar impacto na
gestação. Atualmente, se reconhece que devem ser consideradas simultaneamente as inter-relações
entre epilepsia materna, metabolismo de anticonvulsivantes, teratogenicidade e efeitos perinatais. A
literatura mostra que se as crises são bem controladas antes, o risco será menor na gestação e o não
controle eleva a probabilidade de as crises se agravarem. O aumento da taxa de malformações
congênita é controverso. Não está estabelecido se a epilepsia por si só causa malformação, se as
drogas anticonvulsivantes, com sua potencialidade teratogênica, associadas a predisposição genética
são responsáveis pela malformação. Estudos mostram que entre as epilépticas o risco de
malformações fetais é duas a três vezes maior que na população geral.
Conclusão: Diante das prerrogativas discutidas fica evidente que mulheres grávidas com epilepsia
apresentam risco maior para uma variedade de complicações. Então, torna-se necessário que na
mulher epiléptica a gravidez seja cuidadosamente planeada e vigiada a fim de minimizar os riscos
maternos e fetais; daí a importância da realização de um estudo sobre a relação entre a epilepsia e
gravidez.
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119 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Impacto do diagnóstico tardio de defeito de septo atrioventricular de forma total em lactente
Lorena Taveira Amaral
Amanda Kleszcz de Carvalho
Andrea Zappala Abdalla
Emanuel Dantas Rodrigues
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Esse relato tem como objetivo a apresentação de um caso de lactente com defeito de septo
atrioventricular (DSAV) de forma total não associado à Síndrome de Down. A paciente teve
diagnóstico tardio, porém com resolução cirúrgica definitiva.
Descrição do caso: Lactente, feminina, 8 meses, nascida a termo de parto cesárea por macrossomia,
sem dismorfismos. Ao nascer, apresentava-se em boas condições de vitalidade, eupneica, acianótica,
não foram auscultados sopros e teste do coraçãozinho normal (saturação de 98% e 96% em membros
superior e inferior direitos, respectivamente). Com 4 semanas, em consulta no centro de saúde, mãe
negava queixas de cianose, dispneia ou cansaço, porém foi identificado sopro sistólico em foco
mitral e iniciada investigação. Realizou Ecocardiograma aos 3 meses, que evidenciou DSAV total,
com grande repercussão hemodinâmica. Aos 5 meses foi internada para resolução de quadro de
Pneumonia e desnutrição grave, e devido à descompensação hemodinâmica manteve-se internada
para aguardar leito em unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIPed) para correção cirúrgica do
DSAV – realizada aos 7 meses, sem intercorrências.
Discussão: As cardiopatias congênitas são divididas em cianóticas e acianóticas. Dentre estas, as
mais prevalentes são a comunicação interatrial, comunicação interventricular (CIV), persistência do
canal arterial e DSAV. O DSAV é uma má formação que representa 3% das cardiopatias congênitas,
sendo mais comum sua associação com a Síndrome de Down. A história natural e a mortalidade
estão associadas à insuficiência cardíaca congestiva (ICC), por doença vascular pulmonar oclusiva,
com tempo de sobrevida de 54% aos 6 meses e de 15% aos 2 anos. Esse defeito possui algumas
variantes morfológicas e são facilmente detectadas pela ecografia fetal, com a presença de uma valva
atrioventricular comum, com defeito interatrial do tipo ostium primum e uma CIV de via de entrada
(DSAV total). O quadro clínico se caracteriza, basicamente por manifestação precoce de hiperfluxo
pulmonar e a conduta é cirúrgica.
Conclusão: Conclui-se com esse relato que uma avaliação pré-natal minuciosa pode modificar o
prognóstico e a sobrevida de um paciente com uma má formação cardíaca. A suspeita diagnóstica
não modificará, necessariamente, a conduta durante a gestação ou a via de parto, porém deixará a
mãe e o pediatra preparados para uma intervenção mais precoce da anomalia.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Implante Contraceptivo como Método de Primeira Escolha
Polyana de Oliveira Santana
Natália da Silva Araújo Borges
Ana Carolina Franco Cabral
Sulani Silva de Souza
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Ressaltar a importância do ginecologista na condução e orientação da escolha do melhor
método anticoncepcional, considerando as características individuais da paciente e do método.
Descrição do caso: A.C.F.C., 26 anos, sem utilização prévia de qualquer método contraceptivo,
submete-se a colocação de implante contraceptivo (Implanon®) no dia 15 de abril de 2014. Após a
colocação do implante, a paciente apresentou spotting (sangramento de escape) por 3 meses, além de
ganho de peso e diminuição da libido. Ao tentar agendar nova consulta, conseguiu vaga apenas 7
meses após o início do tratamento. À consulta, foi-lhe solicitada realização de exames de sangue
para verificação dos níveis hormonais e ultrassom transvaginal. Além disso, foi-lhe prescrito 1
comprimido por dia de Desogestrel (Cerazette®) por 14 dias e ½ comprimido por mais 14 dias,
como tentativa de interrupção do sangramento de escape. Após seguir a recomendação, sem obter de
sucesso, a paciente retornou ao consultório em novembro e agendou data para retirada do implante.
Discussão: A escolha do método contraceptivo é uma decisão importante na vida do casal e deve
estar amparada em orientações profissionais que disponibilizem todas as informações necessárias
para escolha do método que contemple as características e aspirações pessoais. Os implantes
contraceptivos são métodos reversíveis de longa duração e de alto custo e utilizam apenas
progestágenos, sendo uma opção para mulheres que possuem restrições aos hormônios combinados.
A implantação desse método, no entanto, exige cautela por parte do médico, uma vez que a ele estão
relacionados efeitos secundários como aumento de peso, irregularidades menstruais, acne e
labilidade emocional. Quanto à paciente, a escolha do implante mostra-se inadequada, pois deveria
ter sido feito um teste prévio com o uso de pílulas orais de mesma composição para observar a
ocorrência de efeitos colaterais antes do implante.
Conclusão: Para a paciente em questão, o implante contraceptivo não configurou a melhor
alternativa de método anticoncepcional, visto que ocorreram diversos efeitos adversos. Após a
retirada do implante, a paciente deverá ser orientada quanto a métodos mais compatíveis com sua
estrutura fisiológica, como os anticoncepcionais orais combinados (AOC) e o dispositivo
intrauterino (DIU).
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121 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Implante de Válvula Aórtica Transcateter (TAVI) - Revisão de Literatura
Byannkah Abrão Ferreira Mendes
Fillipe Ferreira Rodrigues
Marcelo Ribeiro Artiaga
Mariana Quaresma Cavalcante
Cristina Abbad de Oliveira
Ricardo Barros Corso
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Levantar a produção cientifica referente aos aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e
classificatórios da Estenose Aórtica e acerca da técnica de Implante de Válvula Aórtica Transcateter
(TAVI).
Metodologia e fonte de dados: Foram utilizadas fontes bibliográficas internacionais e nacionais
disponíveis em artigos científicos indexados no Centro Latino-Americano de Informações em
Ciências da Saúde (BIREME).
Discussão: Uma das doenças do coração mais comuns em países desenvolvidos é a Estenose Aórtica
(EA), com incidência de 2 a 9% na população acima de 65 anos. Há algumas décadas, a principal
causa de Estenose Aórtica era a degneração fibrocálcica por origem reumática, porém, os atuais
avanços no tratamento de afecções reumáticas, bem como a elevação da expectativa de vida
populacional, levam a reconhecer outros mecanismos como principais responsáveis pelos casos.
Sendo assim, as três causas mais comuns de Estenose Aórtica degenerativa são: calcificação senil;
calcificação de válvula aórtica bicúspide congênita; e doença fibrocálcica pós-inflamatória. A
doença tem elevada mortalidade, que pode chegar a 50% no seu estágio final. O tratamento de
escolha é a troca valvar aórtica, entretanto, cerca de 30% dos pacientes com essa doença têm
contraindicação devido ao alto risco cirúrgico. Como nova terapia para os pacientes que possuem
contraindicação de cirurgia convencional, está indicado o TAVI, que tem sido utilizado na última
década, inclusive no Brasil.
Conclusão: O implante percutâneo de válvula aórtica já é um a realidade e deve tornar-se, em futuro
próximo, a melhor opção terapêutica para o número crescente de pacientes portadores de Estenose
Aórtica degenerativa que necessitam de uma alternativa à cirurgia convencional.
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122 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Importância da Profilaxia do Tromboembolismo Venoso
Janayna Patrícia Rodrigues
Thamara de Oliveira Vasconcelos
Gilda Elizabeth Oliveira da Fonseca
Iasmin Côrtes Mânica Teles
Gustavo Henrique Campos de Souza
Lorena Taveira Amaral
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Considerando que o Tromboembolismo Venoso (TEV) é responsável por elevada taxa de
morbimortalidade, além de serfrequente complicação em pacientes hospitalizados, este trabalho tem
por objetivo ressaltar a importância da indicação de profilaxia em situações de risco para o seu
desenvolvimento.
Metodologia e fonte de dados: O presente trabalho se trata de uma revisão de literatura que foi
realizada no mês de Junho de 2015, consultando-se bancos de dados como PUBMED e Scielo, além
de protocolos e diretrizes disponibilizados sobre o assunto. Restringiu-se a pesquisa aos períodos de
2000 a 2015, com as palavras-chave: “venous thromboembolism” e “prophylaxis”.
Discussão: O TEV, o qual engloba o Tromboembolismo Pulmonar (TEP) e a Trombose Venosa
Profunda (TVP), é a causa de morte evitável mais prevalente em paciente hospitalizado e a indicação
de profilaxia se deve à alta frequência dessas complicações e no fato de a maioria dos pacientes
serem assintomáticos ou cursarem com sintomas inespecíficos. Como o TEP fatal pode ser a
primeira manifestação clínica, uma vez que apenas metade dos pacientes possui quadro clínico
evidente, o diagnóstico é baseado na associação de suspeita clínica a resultados de imagem. Torna-se
imprescindível considerar fatores de risco tanto em pacientes clínicos como cirúrgicos para a
instituição de profilaxia antitrombótica; tais como: sinais de insuficiência venosa, TEV prévio,
acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, uso de anticoncepcional hormonal, câncer,
obesidade, pacientes acamados, cirurgias ortopédicas e outras de grande porte. Além de que estudos
apontam que o fato da mobilidade reduzida em pacientes internados já constitui um fator de risco
isolado para o desenvolvimento de TEV. É de extrema importância a realização do tratamento
profilático com deambulação precoce, fisioterapia, métodos mecânicos e anticoagulação, sendo que
as medidas específicas devem levar em conta o nível de risco no qual o paciente se enquadra e a
existência de contraindicações.
Conclusão: Esta revisão bibliográfica corrobora os dados apresentados em estudos e meta-análises
prévios que analisam a necessidade de se iniciar a profilaxia para TEV em pacientes devidamente
avaliados e que apresentam risco para desenvolvê-la. Em suma, pode-se concluir que a profilaxia
para TEV deve ser instituída a fim de diminuir sua principal complicação, que é o TEP, o qual
resulta em um impacto considerável na taxa de morbimortalidade causada por essas entidades
clínicas.
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123 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Importância do Tratamento Precoce da Hipospádia
Lis Rocha Campos
Thamara de Oliveira Vasconcelos
Harlen Ferreira S. Rodrigues
Armando José China Bezerra
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Este trabalho tem por objetivo destacar a importância do tratamento precoce da
hipospádia, tendo em vista o trauma psicológico que esta malformação acarreta; bem como
identificar o grau de severidade desta.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de uma revisão de literatura que foi realizada no mês de
Junho de 2015, consultando-se bancos de dados como NCBI e Scielo. Restringiu-se a pesquisa aos
períodos de 1998 a 2015, com as palavras-chave: “hypospadias” e “malformation”.
Discussão: A hipospádia é uma malformação congênita do meato urinário de causa desconhecida,
com hipóteses de influências hormonal, genética e ambiental. Caracteriza-se por desenvolvimento
incompleto do trato geniturinário e abertura do meato na face ventral do pênis e não na extremidade
da glande, sendo a segunda anomalia mais prevalente em homens. Sua classificação influencia na
gravidade e na escolha da técnica cirúrgica corretiva e é dada conforme a localização da abertura do
meato. Podem ser distais, médio-penianas ou proximais, as quais estão associadas a uma forma mais
grave. Pode-se apresentar excesso de prepúcio na parte dorsal da glande e curvatura irregular
decorrente do tecido esponjoso hipoplásico fibrosado. Tais deformações acarretam a impossibilidade
de o paciente urinar em pé e na deformidade do pênis, que pode prejudicar a funcionalidade sexual.
Por conseguinte, o tratamento precoce se torna fundamental tendo em vista a carga psicológica
causada por esses fatores. Podem ser necessárias administração hormonal no pré-operatório, quando
o paciente possuir pênis pequeno ou a glande atrofiada, e correção da curvatura por meio da retirada
dos resquícios fibrosos. Quanto à escolha da técnica ideal, deve-se levar em consideração o tipo, a
presença de prepúcio e a curvatura. A técnica de Snodgrass é a mais comum no caso de hipospádias
distais, que correspondem a 50-70% dos casos.
Conclusão: Como a hipospádia acarreta alterações estéticas e funcionais, o tratamento precoce se
torna fundamental visando o bem estar psicológico do paciente. As hipospádias mais proximais são
associadas à forma mais grave e amorfa do pênis. Todavia, correspondem a 10-20% dos casos, em
contraste com as distais, que são mais prevalentes e possuem maiores chances de correção. Por
conseguinte, a escolha da técnica cirúrgica ideal deve levar em consideração tanto a classificação
quanto a gravidade.
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124 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Infecção de Trato Urinário na Infância e suas Particularidades: Uma Revisão de Literatura
Marine Gontijo Freitas
José Gabriel Rodrigues Júnior
Izabela Rodrigues Figueiredo
Lara de Paula Sousa
Nathália Telles da Costa
Valéria Nogueira Naves
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Ressaltar a importância da infecção de trato urinário (ITU) na infância, com ênfase na
elevada frequência, na variedade clínica e na importância do diagnostico e tratamento precoce. Além
da necessidade de pesquisar malformações do trato urinário (MFTU) nos pacientes pediátricos com
ITU de repetição.
Metodologia e fonte de dados: Foi realizado um levantamento bibliográfico no período de 2012 a
2015 que incluiu artigos científicos presentes nos portais Medline, CAPES, Lilacs e Scielo,
utilizando-se as palavras-chave “infecção urinária” e “pediatria” com seus correlatos na língua
inglesa. Foram selecionados os trabalhos que corresponderam à pesquisa especificada.
Discussão: A ITU é uma das doenças mais frequentes na clínica pediátrica diária e caracteriza-se
pela invasão e multiplicação de germes potencialmente patogênicos em qualquer segmento do trato
urinário, que normalmente é estéril. A ITU está frequentemente associada MFTU e pode se
manifestar de forma simples ou complexa, com disseminação bacteriana e lesão do parênquima
renal. AITU é causa de Insuficiência renal crônica, em pequena proporção, no entanto quando
secundária à MFTU corresponderam a quase 25% dos casos. Os sintomas em neonatos e crianças
pequenas geralmente são inespecíficos, como febre, diarréia, irritabilidade, vômito, inapetência, o
que dificulta o diagnostico. A contaminação da cultura e bacteriúria assintomática são outros fatores
que complicam o diagnóstico. Diversos estudos publicados comprovam que crianças menores,
principalmente abaixo dos dois anos de idade, apresentam maior probabilidade de apresentar lesão
renal como conseqüência de uma infecção urinária. A ocorrência de refluxo vesicoureteral também é
maior nesta faixa etária. Crianças maiores podem apresentar sintomas específicos do trato urinário
como disúria, polaciúria, dor suprapúbica, urgência e incontinência. A gravidade e as complicações
da ITU são determinadas pela suscetibilidade do paciente e pelas complexas interações entre o
hospedeiro e o patógeno.
Conclusão: Portanto, uma avaliação para detectar a presença de anomalias estruturais do trato
urinário em pacientes com ITU é essencial. Assim como diagnóstico e tratamento precoces. O
tratamento implica o alívio dos sintomas e a erradicação do agente infeccioso. A antibioticoterapia
deve ser iniciada imediatamente após a coleta da urina. O correto diagnóstico e o pronto início do
tratamento são cruciais na prevenção do dano renal.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Infecção Respiratória com Cultura de Escarro Positiva para Pseudomonas na Bronquiectasia
Pulmonar
Cynthia Lorena de Moura
Evelyn Jacome Obeid
Marcelo Alencar da Fonseca
Carolina Queiroz
Camilla Garcia de Oliveira
Raissa Figueiredo Lacerda
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar caso de paciente com suspeita de Tuberculose Pulmonar, portadora de
Bronquiectasia e cultura de escarro positiva para Pseudomonas. Realizado esquema
RIPE (Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol), antibióticos e internação hospitalar.
Descrição do Caso: Mulher, 41 anos, portadora de Bronquiectasia, Fibrose Cística a
esclarecer (três testes do suor duvidosos e mapeamento genético não realizado) e cultura de escarro
positiva para Pseudomonas, iniciou, há um mês, quadro de febre vespertina, sudorese noturna, tosse
com expectoração amarelada, além de perda ponderal de 11 kg em 11 meses. Procurou atendimento
médico. Indagada hipóteses de Tuberculose Pulmonar, Pneumonia e Síndrome Consumptiva.
Tratada com RIPE por 28 dias, Cefepima e Pipetazima. Durante internação, apresentou quadro de
Colelitíase; não foi possível fazer colecistectomia devido ao grave comprometimento respiratório da
paciente. Fez uso de Ciprofloxacina, Metronidazol e Ceftazidima. Realizou fisioterapia respiratória.
Alta médica após dois meses de internação com remissão total do quadro álgico abdominal e
melhora do padrão respiratório.
Discussão: Na exacerbação infecciosa de Bronquiectasia, o paciente apresenta aumento do volume e
da purulência do escarro em relação ao habitual, bem como surgimento ou aumento da sibilância.
Nos pacientes com Fibrose Cística, as bactérias multirresistentes, como Pseudomonas, passam a
colonizar as vias aéreas, exercendo um papel importante na agudização. Nas doenças avançadas,
como na Fibrose Cística, a cobertura de Pseudomonas é primordial e nos casos de internação
hospitalar, o uso de Cefalosporinas de ação anti-pseudômonas associados a esquemas específicos.
(Tazobactam, Piperacilina, Meropenem). A fisioterapia respiratória é de fundamental importância no
tratamento da bronquiectasia. Apesar da impossibilidade de remissão completa dos sintomas, a
paciente evoluiu com melhora do padrão respiratório devido a toda propedêutica realizada.
Conclusão: A Bronquiectasia refere-se à dilatação e distorção irreversível dos brônquios. Há a
persistente tosse produtiva, com expectoração mucopurulenta, em grande quantidade; nos casos de
exacerbação, esses sintomas são intensificados. Baseado na gravidade e na fase da doença, a flora
bacteriana é determinada e o esquema antimicrobiano é preconizado visando à redução do número
de agudização dos casos crônicos e progressão da doença. A fisioterapia respiratória é parte
fundamental no tratamento.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Influência da DM Materna no Nascimento de um RN Macrossômico Pesando 6010g
Leandro Moreira Amaral
Renato Nascimento Araújo
Anna Paula Oliveira Machado
Tiago Moisés Santos Dias de Oliveira
Alexandre Gonçalvez Barbosa de Castro
Fernando Reis Esselin Melo
Instituição: FACIPLAC-DF
Objetivo: Relatar caso de recém-nascido, Grande Idade Gestacional (GIG), no intuito de evidenciar e
discutir as alterações do desenvolvimento intrauterino que podem levar à macrossomia fetal.
Descrição do caso: No dia 24/04/2012 nasceu, no Hospital Regional do Gama (HRG), com idade
gestacional (IG) de 40 semanas, pelo exame físico do recém-nascido (RN). Via cesárea devido à
desproporção cefalopélvica. Filho de mãe diabética, O+, fez cinco consultas pré-natais, sem
sorologias. Nasceu a termo, GIG, com 6010g, macrossômico, feminino, Apgar de 4 no primeiro
minuto e 7 no quinto minuto, insuficiência respiratória, infecção presumida e hipoglicemia. Foi feita
a reanimação via ventilação com pressão positiva (VPP), cateterização de veia umbilical,
antibioticoterapia (Ampicilina e Gentamicina) e corticoterapia (Hidrocortisona). Realizaram-se
hemograma e hemocultura, cujo resultado foi Staphylococcus epidermidis, resistente a Oxacilina e
sensível a Vancomicina. Foi solicitada, ainda, Radiografia de tórax, Ecocardiograma, parecer da
Cardiologia e transferência para UTI de outra unidade de saúde.
Discussão: O desenvolvimento fetal é caracterizado por uma sequência de crescimento de órgãos e
tecidos, diferenciação e maturação, determinados pela oferta materna de substrato, transferência
placentária de nutrientes e pelo potencial de crescimento influenciado pelo genoma. Vários fatores
envolvem o crescimento fetal, porém não são bem conhecidos os mecanismos do crescimento
normal. No início da vida fetal, o maior determinante do crescimento é o código genético, mas no
final tornam-se importantes o ambiente intrauterino, a nutrição e a influência hormonal. Os desvios
do crescimento fetal estão relacionados com o aumento da morbimortalidade perinatal. A
macrossomia, principalmente por Diabetes Mellitus (DM) materno e a Restrição de Crescimento
Intrauterino (RCIU) devem ser diagnosticadas, tratadas e prevenidas. Essa é uma tarefa fundamental
da assistência pré-natal de qualidade.
Conclusão: Com o presente relato de caso, notamos a importância dos fatores maternos na
determinação de alterações do crescimento intrauterino, em especial o DM materno, levando à
macrossomia fetal. Denota-se, ainda, a fundamental importância da assistência pré-natal de
qualidade, em que as alterações do crescimento intrauterino devem ser corretamente diagnosticadas,
tratadas e prevenidas.
Email: [email protected]
127 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Influência da Esteatose Hepática Não Alcoólica no Desenvolvimento do Carcinoma
Hepatocelular
Thamara de Oliveira Vasconcelos
Diego Vinícius Gonçalves Santana
Mariana Mai Akaishi
Kelma Luana Abreu de Siqueira
Fellipe M. da Silva Araújo
Arivaldo Bizanha
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Este trabalho tem por objetivo destacar a esteatose hepática não alcoólica (NAFLD - do
inglês Non-Alcoholic Fatty Liver Disease) como fator de risco para o desenvolvimento do
Carcinoma Hepatocelular (CHC); bem como elucidar o mecanismo pelo qual essa mutação ocorre.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de uma revisão da literatura que se estendeu pelo mês de
Junho de 2015, consultando-se as plataformas de pesquisas PUBMED e Scielo. Restringiu-se a
pesquisa para artigos publicados no período de 2008 a 2015, com uso das palavras-chave: “NonAlcoholic Fatty Liver Disease”, “Hepatocellular Carcinoma” e “risk factors”.
Discussão: O CHC é o quinto câncer mais prevalente entre os homens e o sétimo entre as mulheres e
se trata do câncer primário do fígado mais comumente observado. Ele surge devido a uma mutação
celular que pode ocorrer tanto por meio de agentes externos (vírus – nos casos de hepatites) como
devido ao excesso de multiplicação celular, a exemplo do que se ocorre nos processos de
regeneração nas hepatites crônicas. Os principais fatores de risco para o CHC levam à formação e
progressão de cirrose e incluem: infecção pelo vírus das Hepatites B e C (HVB e HVC),
hepatopatias alcoólicas, exposição a aflatoxinas e, principalmente, NAFLD. Vale ressaltar que a
distribuição dos fatores de risco entre os doentes é altamente variável e influenciada pela região
geográfica, raça e grupo étnico. A NAFLD inclui todos os achados histológicos de dano hepático
cujo consumo de álcool não é considerado danoso ao fígado. Muitas vezes, é assintomática, tornando
o diagnóstico dependente de alterações bioquímicas séricas de enzimas hepáticas de rotina, embora
os exames normais não excluam o diagnóstico. No momento, não existe nenhum exame diagnóstico
com acurácia capaz de prognosticar quais pacientes irão desenvolver cirrose ou fibrose; todavia,
estudos sugerem que fatores como idade avançada, obesidade, diabete melito e hipertrigliceridemia
podem ser usados para identificar pacientes de alto risco.
Conclusão: O CHC é muito agressivo e possui alto índice de mortalidade em sua fase sintomática,
caracterizada por sobrevida reduzida e tratamentos disponíveis limitados e pouco eficazes. Por
conseguinte, torna-se necessário acompanhar os pacientes de risco ao desenvolvimento de cirrose ou
fibrose hepática como forma de retardar e, quando possível, impedir a evolução da doença. A biópsia
hepática é padrão ouro e serve para confirmar a suspeita clínica de NAFDL e para estadiar o grau de
severidade desta.
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128 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Jerôme Bosh, "A Extração da Pedra da Loucura"
Kellen Karenine Pinho de Medeiros
Marcelo Ribeiro Artiaga
Wendel Silva Issi
Isac César Roldão Leite
Rebeca Marques Margoto
Paulo Juvêncio Gomes Tubino
Instituição: Faciplac
Objetivo: Discorrer acerca da obra "A Extração da Pedra da Loucura" de Jerôme Bosh, que retrata o
tratamento para a loucura na Idade Média, quando as pessoas acreditavam que a causa da loucura era
a presença de uma pedra no interior da cabeça do paciente.
Metodologia e Fonte de Dados: Utilização de artigos publicados em revistas científicas de
neurocirurgia, apresentando os principais achados literários sobre a representação histórica do
tratamento da loucura na Idade Média.
Discussão: O quadro de Bosh, A Extração da Pedra da Loucura, pintado em 1494, retrata o que seria
o tratamento para a loucura na Idade Média, quando as pessoas acreditavam que a causa da
loucura era a presença de uma pedra no interior da cabeça do paciente e o tratamento era a retirada
dessa em uma operação. Na obra, aparece um pseudocirurgião que, em vez de barrete, usa um funil
(símbolo da estupidez) na cabeça. Ele extrai uma tulipa, que, nessa época, tinha a conotação de
loucura nos países baixos da Europa, e não uma pedra. Existem outros detalhes importantes no
quadro, como a representação do cristianismo aludindo à ignorância do clero, e o saco de dinheiro na
cintura do pseudocirurgião, mostrando como alguns se utilizavam da loucura. Em torno do quadro,
uma frase escrita em latim diz: “Mestre, extrai-me a pedra, meu nome é Lubber Das”. Lubber Das
era um personagem satírico da literatura holandesa que representava a estupidez e o homem simples
e humilde, e ainda pode ser traduzido como “baixinho castrado”. Não há como saber se representa a
ausência de razão ou a própria castração. O formato da cena é circular, alusivo a um espelho,
mostrando o olho do louco direcionado ao observador, parecendo devolver àquele que olha o quadro
a sua própria estupidez ao esperar uma cura de forma tão absurda. A expressão “louco de pedra”
pode ter se originado nessa prática medieval.
Conclusão: A história do tratamento da loucura é extensa. A obra remete a questões fundamentais
em torno da loucura e de sua terapêutica. As personagens, ilustradas satiricamente, expressam uma
situação representativa do tema, tanto pela perspectiva histórica quanto pela análise psicológica, na
medida em que a ironia presente no quadro demonstra a ignorância e a corrupção do tratamento.
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129 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Levantamentos Epidemiológico das Rinosseptoplastias Realizadas no Hospital Regional da
Asa Norte em Pacientes Fissurados
Flávia Gabriela Felix Costa
Barbara das Neves Linhares
Karina Maciel Trindade
Diderot Rodrigues Parreira
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo do trabalho foi fazer um levantamento dos casos de rinosseptoplastia em
pacientes fissurados e analisar as características dos pacientes submetidos ao procedimento cirúrgico
realizado no HRAN.
Material e métodos: Realizou-se pesquisa a partir da análise retrospectiva dos prontuários dos
pacientes que estiveram no serviço de fissurados do Hospital Regional da Asa Norte e que foram
submetidos à rinosseptoplastia. Realizou-se, ainda, pesquisa em fontes indexadas de dados de artigos
que abordassem a rinosseptoplastia em pacientes fissurados.
Discussão: A rinosseptoplastia reconstitui e reposiciona as estruturas ao seu sítio anatômico normal,
minimizando as deformidades secundárias. O nariz fissurado apresenta columela curta e larga, ponta
nasal bífida, mal posicionada, narinas pendentes e pregas vestibulares anormais. Inicialmente, as
técnicas focavam apenas no defeito labial, a despeito das alterações nasais associadas, mas viu-se a
necessidade de corrigi-las. É sabido que as técnicas da rinoplastia estética podem ser aproveitadas na
cirurgia em fissurados. No período de 29/08/2012 a 22/10/2014, foram realizadas 281 cirurgias em
pacientes fissurados - 38 em 2012; 109 em 2013; e 134 em 2014. Do total, 34 foram
rinosseptoplastias. Em 2012, foram realizadas 4 e, nos anos de 2013 e 2014, foram realizadas 15, em
cada ano. Dos pacientes, 18 eram homens e 16, mulheres. Do total, quatro foram submetidos à outra
cirurgia associada no mesmo dia; em 2 casos, realizou-se queiloplastia e, em 1 , corrigiu-se fístula
oral e queiloplastia.
Conclusão: A rinoplastia é uma das mais desafiadoras cirurgias, seja pela diversidade de técnicas
que podem ser utilizadas, seja por seus resultados pouco previsíveis em longo prazo. O serviço de
Otorrinolaringologia do Hospital Regional da Asa Norte, como referência pública, em Brasília, nas
cirurgias de rinosseptoplastia, apresenta quantidade considerável de pacientes submetidos a essa,
porém, ainda tem muito a crescer, podendo, no futuro, ser um serviço de referência nas cirurgias de
correção de fenda palatina e rinoplastia.
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130 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Linfoma Não-Hodgkin em Paciente Pediátrico
Danielly Cristine de Oliveira
Nayra Nascimento Ribeiro
André Vinicios Batista Alves
Luciana Freitas Velloso Monte
Caio Sérgio Bressiani
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar caso de Linfoma Não-Hodgkin em paciente pediátrico, bem como suas
complicações e sua relação com a Síndrome de Lise Tumoral pós-quimioterapia, ressaltando a
importância de um diagnóstico precoce e de tratamento adequado.
Descrição do caso: Paciente sexo feminino, 12 anos, com quadro de epigastralgia e vômitos claros,
procurou atendimento hospitalar. Após tomografia computadorizada, foi indicada laparotomia
exploradora que evidenciou tumor que foi ressecado e encaminhado para a biópsia, levando ao
diagnóstico de Linfoma Não-Hodgkin. Um mês depois, iniciou quadro de vômitos esverdeados e
tontura, sendo encaminhada ao hospital, onde evoluiu com oligúria, anasarca e derrame pleural
associado a desconforto respiratório. Foi encaminhada para Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica
(UTIP) e iniciou quimioterapia. Nos dois dias subsequentes necessitou de hemodiálise e abriu
quadro de instabilidade hemodinâmica, além de sangramento, piora do sensório e febre mesmo com
uso de antibioticoterapia. Ainda na UTIP, apresentou episódio de parada cardiorrespiratória,
revertida após 15 minutos. Evoluiu com melhora progressiva, recebeu alta da UTIP, sem queixas
desde então.
Discussão: O linfoma Não-Hodgkin é o tipo mais frequente de linfoma diagnosticado entre 0 e 15
anos. Trata-se de uma neoplasia derivada da multiplicação descontrolada de células advindas de
linfócitos T ou B. Na infância, os subtipos patológicos mais comuns são o linfoma de Burkitt,
linfoblástico, difuso de grandes células B e anaplásico de grandes células, sendo que a manifestação
clínica mais comum entre eles é a linfoadenomegalia. O linfoma de Burkitt, subtipo do caso clínico,
manifesta-se, com frequência, com comprometimento abdominal ou na cabeça e pescoço. O exame
padrão-ouro para diagnóstico de linfoma Não-Hodgkin é a biópsia do linfonodo envolvido ou de
outro tecido acometido. O tratamento em casos pediátricos baseia-se em quimioterápicos e a taxa de
sobrevivência depende de fatores como carga tumoral, acometimento do sistema nervoso central,
disseminação metastática e subtipo histológico.
Conclusão: O relato feito, somado às publicações levantadas, evidencia a alta incidência do Linfoma
Não-Hodgkin entre a população brasileir, bem como de seus vários subtipos, complicações e sua
rápida evolução, o que, por sua vez, leva-nos a salientar a importância do diagnóstico precoce e do
tratamento adequado no intuito de reduzir a morbimortalidade relacionada às neoplasias malignas da
infância.
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131 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Lúpus Eritematoso Sistêmico e Estomatite Herpética: Foco nos Diagnósticos Diferenciais
Auro Vieira de Paiva Júnior
Júlia de Andrade Figueiredo
Pedro Henrique de S. Tavares
Bruna Gomes Ribeiro
Pamella Renata Marinho Miranda
Jairo Martínez Zapata
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Apresentar caso de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) com diagnóstico secundário de
estomatite herpética, salientando a discussão dos diagnósticos diferenciais.
Descrição do Caso: Mulher, 17 anos, admitida no Hospital Regional de Taguatinga. Há nove meses,
iniciou quadro de dor súbita nas articulações fêmoro-tibiais diária, intensa, associada a edema,
hiperemia, febre aferida de 38°/39°C e calafrios. Um mês depois, refere piora do quadro com
irradiação para as demais articulações do corpo e aumento de intensidade; surgindo, também,
odinofagia intensa associada à úlcera aftosa, inapetência, astenia, anorexia, perda de 10 Kg e dois
episódios de síncope. Motivos pelos quais procurou assistência médica, em consulta particular,
sendo diagnosticada com LES e anemia, iniciando tratamento. Dois meses depois, a paciente
interrompeu tratamento devido a não melhora do quadro clínico (sic). Há 4 dias, afirma piora do
quadro geral com aumento do número de úlceras aftosas, surgimento de lesões exantemáticas
difusas, dois episódios de hematêmese e vômitos.
Discussão: A presença de artralgia envolvendo mais de 2 articulações; febre; úlcera oral; alteração
hematológica (anemia hemolítica); e fotossensibilidade estabelecem o diagnóstico de LES devido à
presença de mais de quatro critérios de classificação. É importante analisar exames complementares
como o FAN (Fator Antinuclear) que está presente em mais de 95% dos pacientes com LES.
Diagnósticos secundários a serem investigados nesse caso devido, principalmente, à
imunossupressão são a monilíase oral, doença causa pelo Candida Albicans; a estomatite herpética,
doença infecto-contagiosa causada pelo vírus do herpes (HSV 1, normalmente); e o citomegalovírus.
Os diagnósticos diferenciais também devem ser pesquisados para a exclusão da doença de Behçet,
que é uma vasculite caracterizada por úlceras orais/genitais, odinofagia, uveite, lesões cutâneas,
artralgia, problemas no sistema digestivo e no sistema nervoso central.
Conclusão: O diagnóstico principal foi de LES e o diagnóstico secundário foi o de estomatite
herpética, doença caracterizada por gengivoestomatite herpética, febre alta, anorexia, insônia,
cefaleia, artralgia e irritabilidade. O caso mostra a importância do raciocínio clínico para a realização
do diagnóstico, em que as hipóteses devem ser levantadas e excluídas conforme a realização de uma
história clínica e um exame físico detalhados, com o auxílio de exames complementares.
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132 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Malária no Brasil: Panorama do Período de 2000 a 2013
Rodrigo Caires Campos
Ruth da Conceição Costa e Silva Sacco
Mariana Quaresma Cavalcante
Luísa Villela Biazon
Letícia Vieira Valadão
Paula Faria Campos
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Estudar o panorama da Malária no Brasil no período de 2000 a 2013 e identificar ações da
vigilância em saúde voltadas ao controle da doença.
Metodologia e Fonte de Dados: Trata-se de estudo transversal descritivo, de natureza exploratória,
desenvolvido por meio de revisão de literatura e análise de dados secundários. Estes foram obtidos
por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Além disso, foi realizada
entrevista com técnicos da Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Malária, do
Ministério da Saúde.
Discussão: A Malária é uma doença negligenciada de notificação compulsória que atinge,
principalmente, a Região Amazônica. O agente etiológico é o Plasmodium, sendo os mais comuns o
P. vivax, o P. falciparum e o P. malariae. Sua transmissão é indireta, por meio de fêmeas de
mosquitos do gênero Anopheles. Caracteriza-se por infecção aguda febril, geralmente precedida por
sinais e sintomas inespecíficos como mal-estar, cefaleia, cansaço e mialgia, portanto, o diagnóstico
diferencial deve ser oportuno. De 2010 para 2013, observou-se redução de aproximadamente 47%
dos casos de malária da Região Amazônica, enquanto, na Região Extra Amazônica, a redução foi de,
aproximadamente, 38%. Observou-se redução de 83,44% na mortalidade, porém, em áreas não
endêmicas, essa taxa é alta, provavelmente, por falta de informação dos profissionais de saúde. O
tratamento é feito a partir de medicação de distribuição gratuita e exclusiva do Ministério da Saúde,
logo, as ações da vigilância em saúde para prevenção e controle da doença tornam-se essenciais para
aperfeiçoar os recursos e proteger a saúde da população. Algumas dessas medidas incluem:
estimativa da magnitude da morbidade e da mortalidade; identificação de tendências, grupos e
fatores de risco; detecção de surtos e epidemias; prevenção do agravamento de endemias; e
distribuição de telas de proteção impregnadas com repelentes e dedetizações.
Conclusão: As medidas de prevenção e controle têm se mostrado eficazes. O sucesso da diminuição
da incidência da malária e da redução do índice de mortalidade se deve às ações da vigilância
epidemiológica, que busca detectar precocemente os casos e, por meio de diagnóstico eficiente e
tratamento adequado, consegue diminuir o potencial de disseminação dos parasitos.
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133 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Massa Pélvica Suspeita em Paciente Jovem
Camila Pereira Rosa
Érica Oliveira de Medeiros
Pedro Guilherme Cabral
Flávia Toledo Simões
Lara Mundim Alves de Oliveira
Higor Nogueira Paes
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar caso de tumor ovariano de crescimento exacerbado e acelerado em jovem de 23
anos.
Descrição do Caso: VSS, 23 anos, feminino, menarca: 13 anos, encaminhada ao ambulatório de
oncoginecologia referindo, há um mês, crescimento abdominal súbito associado à dor em hipogástrio
esporádica. Ecografia Transvaginal: Presença de massa hipoecogênica, vascularização aumentada
em topografia de anexo direito, medindo 11,38x13,74cm. Tomografia Computadorizada (TC) de
Pelve: Volumosa massa neoplásica sólida, heterogênea, de contornos lobulados e limites bem
definidos medindo 17,9x15,2x12,9cm no ovário esquerdo; não há sinais de invasão de estruturas
adjacentes. Exame físico: massa abdominal com extensão até cicatriz umbilical, endurecida,
mobilidade moderada, irregular, ocupando a maior parte em hipogástrio direito. Toque vaginal: com
complementação de palpação abdominal há rechaço em fundo de saco de Douglas à esquerda.
Paciente submetida à laparotomia exploradora para retirada de peça para estudo.
Discussão: A discordância dos exames pré-operatórios trás a discussão da eficácia dos métodos
utilizados para a visualização de estruturas anexiais, e o fato de ser uma paciente jovem com
desenvolvimento de um cisto volumoso, com alto risco de malignidade, pede uma investigação
clínica e manejo cuidadosos do caso. No caso de massas anexiais, a ultrassonografia transvaginal é o
exame de escolha, pois proporciona informações mais precisas. No transoperatório foi visualizada
massa pélvica volumosa de cerca de 20 cm em seu maior diâmetro em região anexial direita (como
mostrava a ultrassonografia), de superfície irregular, com aderências entre órgãos adjacentes à massa
tumoral (omento e alças intestinais).
Conclusão: Apesar da relevância da tomografia computadorizada na avaliação inicial de massas
pélvicas, a ultrassonografia é a ferramenta diagnóstica mais importante nessa condição devido à sua
melhor resolução e precisão. Além disso, o exame histopatológico se mostra essencial para a certeza
do diagnóstico da paciente, uma vez que o cisto tem várias características para ser um tumor
maligno, mas a idade da paciente é um aspecto de cisto benigno, contrapondo as características do
tumor.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Mecanismos Patológicos e Tratamento da Doença de Crohn
Leonardo Muriell Tomás Silva
Nadja Nobrega de Queiroz
Gleycon Henrique Dias Alves
Alex Minouru Nakamura
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O presente estudo tem como objetivo avaliar os mecanismos patológicos da Doença de
Crohn.
Metodologia e Fonte de Dados: Análise dos mecanismos patológicos presentes na Doença de
Crohn utilizando literatura acerca do assunto.
Discussão: Na Doença de Crohn, há uma reação exagerada contra as bactérias da flora intestinal,
devido a perturbações dos mecanismos de produção de muco pelas células caliciformes, o qual é um
meio de cultura seletivo. O epitélio intestinal possui algumas células de revestimento com
capacidade de secretar substâncias de caráter antibiótico, além de fazer parte de um sistema de
amostragem de antígeno. A doença ocorre no ponto de maior trânsito do antígeno (onde há folículo
linfoide), o que causa lesão no folículo que possui depósito de exsudato e, macroscopicamente, gera
um ponto esbranquiçado na mucosa, o qual se chama de ulceração aftoide. Essas ulcerações
aumentam a área esbranquiçada ao redor ou desenvolvem-se de modo estrelado; podem aumentar de
modo que haja fusão de ulcerações. Quando começam a fundir, há a expansão da inflamação pela
mucosa de modo que a mucosa remanescente fica rodeada por ulcerações finas – em calçamento.
Pode haver, também, a formação de úlceras lineares; na Doença de Crohn, essas começam na
mucosa, aprofundando-se por todas as camadas do intestino. Qualquer segmento do trato digestivo
pode ser acometido por essas ulcerações (da boca ao ânus), porém, acontece de modo intercalado de forma segmentar. A inflamação transmural lesiona o tecido, podendo gerar consequências
como úlcera profunda, reparando com fibrose, e, portanto, causando estenose.
Conclusão: Conclui-se que a Doença de Crohn é de incidência reduzida na população em geral,
porém, deve ser considerada nos casos de hemorragia digestiva baixa. A Doença de Crohn apresenta
como manifestações clínicas principais: diarreia, dor abdominal, febre, perda de peso e fístulas.
Essas são inespecíficas, fazendo-se confundir, muitas vezes, com outras doenças do tubo digestivo,
como Tuberculose, Retocolite Ulcerativa e Colites Isquêmicas, que são parte do diagnóstico
diferencial.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Mecanismos Patológicos da Doença do Refluxo Gastroesofágico
Leonardo Muriell Tomás Silva
Heinrich Bender Kohner Seidler
Gleycon Henrique Dias Alves
Alex Minouru Nakamura
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo do presente estudo é avaliar os mecanismos patológicos da Doença do Refluxo
Gastroesofágico (DRGE) e melhores tratamentos.
Metodologia e Fonte de Dados: Análise dos mecanismos patológicos presentes na DRGE utilizando
método de pesquisa exploratório em livros sobre o assunto.
Discussão: Para melhor entender o estudo feito, é necessário considerar relações anatômicas,
fisiológicas e histológicas do esôfago. Este órgão é localizado no mediastino superior, em nível de
C7, até o óstio do estômago, em nível de T11, e tem como função básica o transporte de alimento da
faringe até o estômago. O esôfago é composto por camadas concêntricas, sendo a externa (muscular)
a que auxilia no transporte e no peristaltismo, e a interna (mucosa) recoberta por tecido epitelial
pavimentoso escamoso que impede a absorção, tornando-o impermeável. A camada mucosa é
adaptada para resistir ao trauma físico do alimento, porém, não é tão resistente ao trauma químico.
Fisiologicamente, a pressão interna do estômago é maior do que a do esôfago, criando a tendência
natural de movimento de fluxo do estômago para o esôfago. Para evitar essa condição natural,
existem três mecanismos: a deglutição de saliva e ar (também conhecida como clearance, que
funciona como um sistema de tamponamento para equilibrar o ácido proveniente do estômago no
refluxo gastroesofágico), o movimento unidirecional das ondas peristálticas e a presença do esfíncter
esofagiano inferior. Assim, quando há perturbações desses mecanismos, o refluxo, antes fisiológico,
passa a gerar manifestações clínicas como pirose, dor retroesternal, regurgitação, sendo chamado,
então, de DRGE, apresentando caráter patológico.
Conclusão: A principal manifestação clínica da DRGE é a dor retroesternal. Pessoas com metaplasia
intestinal do esôfago (esôfago de BARRET) podem apresentar, com maior frequência,
adenocarcinoma e carcinoma de esôfago.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Melanoma de Coroide
Nathália Gomes Mialichi
Mayara Vasconcelos Cravalho
Rafaella Pereira C. A. Marques
Nathália Telles da Costa
Armando José China Bezerra
Iara Cristina Arruda Vale
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O presente trabalho possui como objetivo analisar as apresentações do melanoma de
coroide, analisando suas variáveis, fatores de risco, sintomatologia, possíveis tratamentos e
prognóstico.
Metodologia e Fonte de Dados: Foram utilizadas as bases de dados Scielo e Bireme, utilizando as
palavras-chave: melanoma ocular; melanoma de coroide; coroide; melanoma, sendo selecionados
dez artigos, entre o período de 2010 a 2015, tanto de revisões de literatura quanto de relatos de
casos, restringindo-se aos de língua portuguesa, inglesa e espanhola.
Discussão: O melanoma de coroide é predominante entre a quinta e a sétima décadas de vida, em
caucasianos, com incidência de 4,9 casos por milhão em homens e 3,7 casos por milhão em
mulheres. Representa o tipo mais maligno dentro dos melanomas uveais, devido à sua capacidade de
formação de metástases, principalmente hepáticas. O diagnóstico é feito através da clínica, da
oftalmoscopia, da biomicroscopia, do ultrassom e do exame anatomopatológico. A biópsia se
restringe aos casos em que o diagnóstico não foi possível por outros métodos, pelo risco de
disseminação tumoral. A sintomatologia é variável, desde pacientes assintomáticos aos que relatam
perda da acuidade visual; do campo visual; descolamento de retina perilesional; metamorfopsia;
fotopsia; e dor ocular. A malignidade depende da forma do tumor, do tipo histológico, sendo que os
epidermoides são mais malignos; da extensão tumoral e localização. Em relação ao tratamento,
destacam-se a termoterpia para tumores pequenos, pigmentados e de localização posterior, sem
contato com o nervo óptico; a braquiterapia para tumores pequenos e médios, além de tumores
amelanóticos e com contato com o nervo óptico; e a combinação de ressecção com as placas
radiantes. Ocorre uma frequência maior do uso de fotocoagulação a laser com braquiterapia em
tumores médios e grandes. Já para os tumores grandes e difusos, o tratamento de escolha é a
enucleação.
Conclusão: O melanoma de coroide é um tumor maligno agressivo, com grande risco de metástases
e de recidiva, nos quais o tratamento de escolha, principalmente para tumores grandes, é a ressecção
cirúrgica e a enucleação. Os fatores de risco ainda são controversos, como a exposição solar, a
predisposição genética e de lesões predisponentes, mas é consenso a necessidade de avaliação clínica
precoce para evitar o pior prognóstico e a disseminação de metástases via hematogênica.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Meningite Bacteriana em Lactente: Relato de Caso
Bruna Viana Vieira
Bruno YoshimitsuCavichioli Sato
Beatriz de Oliveira Freire
Marco Antonio Alves Cunha
Instituição: Faciplac
Objetivo: Identificar os principais sinais e sintomas das meningites bacterianas, bem como os
exames utilizados na rotina diagnóstica. Ressaltar a importância da punção lombar no diagnóstico
etiológico das meningites para evitar a seleção de cepas bacterianas resistentes.
Descrição do Caso: Lactente de três meses, sexo masculino, iniciou quadro de febre alta
associada à irritabilidade há dois dias. Não havia coriza, tosse, diarreia e outros sintomas. Há 12
horas, iniciou quadro de êmese, episódios de desvio conjugado do olhar e rigidez de nuca. Foi
solicitado hemograma completo e realizada punção lombar. Cartão vacinal atualizado e sem
intercorrências ao nascimento, a termo e pesando 2.880g. Ao exame físico, regular estado geral,
hipocorado (2+/4+), fontanela anterior normotensa, rigidez de nuca, pupilas isocóricas e
fotorreagentes. Ausência de lesões petequiais e equimoses. Líquor: aspecto turvo; Glicose: 0,5mg%
(45-80mg%); Proteína: 304mg% (15-40mg%); Cloreto: 110mEq/L; Citometria: 12.100/mm3;
Citologia: 95% de polimorfonucleados, 5% de mononucleados. Bacterioscopia: numerosos
diplococos gram-negativos. Cultura: positiva para Neisseria meningitidis C.
Discussão: A meningite bacteriana é uma doença infecciosa grave que causa inflamação das
membranas aracnoide e pia-máter e do espaço subaracnoideo. N. meningitidis, Haemophilus
influenzae e Streptococcus pneumoniae são as três principais bactérias responsáveis por mais de
90% dos casos após o período neonatal. O diagnóstico é feito pelo exame do líquor que apresenta
pleocitose, hiperproteinorraquia, hipoglicorraquia, teste de Gram e cultura positivos. Quadro clínico:
febre, cefaleia, náusea, êmese, rigidez de nuca, prostração e confusão mental. Ao exame: sinais de
irritação meníngea, como o Sinal de Kernig e o de Brudzinski. O tratamento empírico em menores
de dois meses é feito com ampicilina associada à aminoglicosídeo como primeira escolha e
ceftriaxona mais ampicilina como segunda. Entre dois meses e cinco anos, ampicilina mais
cloranfenicol como primeira escolha e ceftriaxona como segunda.
Conclusão: As altas taxas de incidência da meningite bacteriana ocorrem, em parte, devido às baixas
condições socioeconômicas e precariedade do saneamento básico. Atualmente, a mortalidade está
entre 5% a 40%, dependendo da faixa etária do paciente e do patógeno envolvido. As sequelas
neurológicas podem ocorrer em 5% a 30% dos sobreviventes. Como é uma doença infecciosa, devese obter o diagnóstico etiológico para um tratamento eficaz, evitando selecionar cepas bacterianas
resistentes.
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138 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Menopausa: Evidências Clínicas do Tratamento Fitoterápico
Gabriela Basto
Berta Vaz
Ana Carolina Borges
Raissa Lacerda
Sérgio Nogueira
Eloá Medeiros
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Analisar as evidências clínicas do uso de fitoterápicos na terapia de reposição hormonal
em mulheres na menopausa.
Metodologia e Fonte de Dados: As buscas dos artigos foram realizadas utilizando as bases de dados
online PubMed (Public Medicine), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde) e SciELO (Scientific Electronic Library Online). Foram utilizadosmanuais e documentos
produzidos pelo Ministério da Sáude e Organização Panamericana de Saúde. Os artigos utilizados
foram publicados no período de 2005 a 2015.
Discussão: O climatério, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, é o período fisiológico
dos 40 anos até os 65 anos e a menopausa é definida como a última menstruação da mulher. Dentre
as queixas, destacam-se sintomas vasomotores, como sudorese excessiva, fogachos, insônia,
irritabilidade, atrofia urogenital e das mamas. Os fitoterápicos têm seu princípio ativo derivado,
exclusivamente, de drogas vegetais. São plantas medicinais industrializadas e registradas na
ANVISA/Ministério da Saúde. Alguns fitoterápicos usados como para a reposição hormonal são
denominados de fitoestrógenos, pois possuem efeito estrogênico, em virtude da similaridade na
estrutura química com os estrogênios naturais e sintéticos. Existem seis subfamílias dos
fitoestrógenos: flavonas, isoflavonas, flavonóis, coumestanas, lignanas e chalconas. A isoflavona é a
mais estudada e a mais utilizada na fitoterapia para menopausa, sendo encontrada, principalmente,
em grãos de soja. Em estudos epidemiológicos, notou-se que, com seu uso, diminuíram as queixas
de fogachos, problemas articulares e musculares, e o ressecamento vaginal. As principais fontes para
obtenção dos fitoterápicos são: a Chaste Tree Berry, que promove melhora no ressecamento vaginal,
nos sintomas depressivos e na ansiedade; o Ginseng, que proporciona melhoria nas condições
psicológicas; o Óleo de Prímula, que diminui as queixas de fogachos noturnos.
Conclusão: Tendo-se em vista que muitas mulheres não podem fazer o uso de hormônio sintético
para tratar os sintomas do climatério e menopausa, uma boa opção são os fitoterápicos. Alguns
possuem efeitos já comprovados cientificamente e precisam ser mais conhecidos pela população
como uma segunda opção para o tratamento da menopausa.
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139 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Método mecânico de indução do parto em gestantes de alto risco com cesariana anterior
Lara Mundim Alves de Oliveira
Flávia Toledo Simões
Camila Pereira Rosa
Pedro Guilherme Cabral
Higor Nogueira Paes
José Edígio Novais Simões
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo dessa revisão é informar sobre o uso da sonda de Foley como recurso
alternativo na indução de partos em gestantes com contraindicação para métodos farmacológicos,
como a cesárea prévia.
Metodologia e fonte de dados: Foi utilizado o método de busca de pesquisa em artigos acadêmicos,
indexados nas bases de dados PubMed, Scielo e Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. O
trabalho foi confeccionado a partir de publicações de 2010-2015. Foram utilizados os seguintes
descritores: "parto induzido", "sonda de Foley", "cesariana prévia" e "ruptura uterina".
Discussão: Estudos mostram que há maior risco de rupturas uterinas e hemorragias pós-parto em
mulheres com cesárea prévia quando há indução do parto. Buscam-se, nesse sentido, métodos para
minimizar os riscos de complicações nestas gestantes. Nesse contexto, o uso da sonda de Foley vem
se apresentando efetiva na indução de partos, cursando com menor frequência de hiperestimulação,
taquissistolia e ruptura uterina quando comparada às prostaglandinas. Porém, sugere-se um aumento
na frequência de infecção materna e fetal, devendo ser respeitadas as contraindicações, sobretudo no
caso de placenta de inserção baixa. O estudo realizado no Brasil, no Instituto de Medicina Integral
Professor Fernando Figueira (IMIP), localizado no estado de Recife, no período de novembro de
2013 a junho de 2014, compara os dados presentes na literatura com os dados obtidos por meio da
pesquisa com 39 gestantes de alto risco com cesárea prévia. O estudo mostrou efetividade da sonda
de Foley na indução do parto (aproximadamente 80% de indução efetiva), mas mostrou que
houveram mais cesarianas (cerca de 77%) do que partos vaginais (23%). Supõe-se que isso se deu
devido à pequena amostra utilizada, à necessidade resolutiva dos plantonistas obstétricos e também
por haver uma tendência de realizar partos cesarianos em mulheres com cicatriz uterina. Não houve
casos de ruptura uterina ou ruptura prematura de membrana.
Conclusão: O estudo realizado pelo IMIP possui limitações como pequeno tamanho amostral e
inexistência de grupo controle. Assim, sugere-se que novos estudos sejam realizados com um
tamanho amostral maior e a presença de um grupo controle, comparando diferentes métodos de
indução e em grupos específicos de pacientes, como por exemplo, gestantes com ruptura prematura
das membranas e cesariana anterior. Assim, conclui-se que a sonda de Foley é uma alternativa para
indução do trabalho de parto em gestantes com cesariana anterior, porém novos estudos devem ser
realizados para que essa hipótese seja confirmada.
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140 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Minociclina, um antibiótico da classe das tetraciclinas, como tratamento adjuvante da
esquizofrenia
Naira Coutinho Oliveira Rocha
Kenio Dias Botelho
Clara Roriz Fernandes
Letícia Cardoso Morales
Giovanna da Silva Vecchi
Maysa Siqueira Lopes de Oliveira
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Esse artigo visa estabelecer, através de uma revisão da literatura, uma abordagem
terapêutica da esquizofrenia baseada nas propriedades neuroprotetoras bem como na afinidade pelos
receptores NMDA do antibiótico minociclina.
Metodologia e fonte de dados: Foram utilizados artigos de revisão, estudos em modelos animais e
ensaios clínicos disponíveis nas bases de dados PubMed, MedLine e Micromedex. Os seguintes
termos foram pesquisados: "minocycline", "schizophrenia" e "neuroinflammation".
Discussão: A esquizofrenia é uma psicose crônica que acomete cerca de 1% da população mundial.
Sua etiologia ainda não é completamente compreendida, mas uma das hipóteses mais aceitas envolve
a hiperatividade de vias dopaminérgicas no SNC. Essa hipótese é corroborada pela melhora clínica
observada com o uso de antagonistas dopaminérgicos. Entretanto, na maioria das vezes essa melhora
é parcial e há aqueles pacientes refratários ao tratamento, indicando que outras vias e mecanismos
estão implicados na fisiopatologia da esquizofrenia. Nos últimos 10 anos esses mecanismos tem sido
elucidados por pesquisas em modelos animais. Hoje se sabe que a ativação microglial, um processo
neuroinflamatório mediado por citocinas, e a hipofunção das vias glutamatérgicas fazem parte desses
mecanismos. A partir desse conhecimento foram testados fármacos que pudessem agir nessas vias,
dentre os quais a minociclina apresentou os resultados mais favoráveis. A minociclina é um
antibiótico da classe das tetraciclinas capaz de atravessar a barreira hematoencefálica e agir no SNC
inibindo a enzima 5-lipoxigenase, responsável pela síntese de mediadores inflamatórios. Possui
também afinidade pelos receptores NMDA, modulando a transmissão glutamatérgica. Ensaios
clínicos randomizados duplo-cegos placebo controlados demonstraram a eficácia do uso de
minociclina como adjuvante no tratamento da esquizofrenia.
Conclusão: A esquizofrenia é uma doença mental grave e incapacitante e seu tratamento ainda
apresenta limitações. A melhor compreensão dos mecanismos fisiopatológicos envolvidos na doença
e a descoberta de um fármaco capaz de atuar neles criam a possibilidade de instituir uma nova e mais
eficiente abordagem psicofarmacológica. A minociclina tem se mostrado um fármaco promissor
nesse sentido e seu uso no tratamento da esquizofrenia depende de mais ensaios clínicos que
comprovem sua eficácia nesse contexto.
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141 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Mitos e verdades sobre uso de cosméticos durante a gestação
Larissa Araújo Dutra de Carvalho
Ana Raquel Souza de Azevedo
Izabela Figueireirdo Rodrigues
Ana Raquel Nascimento Lawall
Monique Almeida Vaz
Fábio Santana dos Passos
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Este trabalho tem como objetivo relatar as principais alterações dermato-fisiológicas que
acontecem nas gestantes; fornecer informações sobre cosméticos utilizados por mulheres no
cotidiano e apontar os riscos que esses podem fornecer para mãe e feto.
Metodologia e fonte de dados: Esta revisão de literatura foi realizada por meio de pesquisa nos
arquivos brasileiros da Sociedade de Dermatologia, base de dados PubMed e revisão do livro texto
Pré- Natal (Zugaib M., Ruocco R.M.S.A. Pré Natal. 3ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2005).
Discussão: A gravidez é um período em que a mulher passa por um conjunto de modificações
metabólicas, endócrinas, imunológicas e vasculares que podem levar a alterações da pele e dos
anexos. Atualmente, a principal divisão feita em relação às alterações dermatológicas são:
dermatoses, dermatoses influenciadas pela gestação e alterações cutâneas fisiológicas, foco deste
trabalho. Entre as alterações cutâneas fisiológicas, vale a pena citar o melasma, que acomete
aproximadamente 70% das gestantes, as estrias, que acometem até 90% das gestantes e a acne, que
acomete praticamente todas as grávidas. Na tentativa de evitar essas e outras alterações estéticas,
essas mulheres fazem uso de diversos cosméticos, contudo, deve-se saber orientar sobre as opções de
tratamento disponíveis e os riscos que diversos produtos podem oferecer neste período de vida da
mulher.
Conclusão: A gravidez é um período de grandes mudanças no organismo materno. As alterações
dermatológicas são fonte de preocupação de muitas mulheres, uma vez que elas trazem mudanças
que estão muito relacionadas à estética da gestante. Atualmente, existem muitos produtos cosméticos
utilizados no dia a dia da mulher; contudo, é de extrema importância que se tenha conhecimento dos
riscos da utilização desses produtos na gestação, a fim de se evitar complicações para a mãe e para o
feto.
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142 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Mortalidade de idosos por suicídio nas regiões brasileiras: incidência e fatores de risco
Lourival Paiva Grillo Júnior
Felipe Rodrigues Bezerra
Nayra Nascimento Ribeiro
Juvenal Fernandes dos Santos
Ana Raquel Nascimento Lawall
Daniele Oliveira
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O presente estudo tem como objetivo identificar a incidência de óbitos por suicídio em
pessoas com 60 anos ou mais por região do Brasil e analisar as principais situações/riscos que
influenciam o ato suicida nessa faixa etária.
Metodologia e fonte de dados: Foi realizado um estudo quantitativo descritivo em banco de dados do
DATASUS no triênio (2009-2011). Analisou-se o número de óbitos p/100.000 habitantes de suicídio
em pessoas com 60 anos ou mais por região do Brasil. A revisão de literatura foi feita com artigos de
referência indexados em base de dados da SCIELO e BIREME entre 2009 e 2014 com as palavraschave: suicídio; idoso; risco.
Discussão: O suicídio é um importante problema de saúde mental figurando como ato deliberado de
infligir a morte a si próprio. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de um milhão
de pessoas morrem a cada ano em decorrência de suicídio, equivalente a uma pessoa a cada 40
segundos. O suicídio de idosos se tornou um problema relevante de saúde pública, o que vem se
intensificando com o envelhecimento populacional. Fatores psicológicos, sociais, biológicos,
culturais e ambientais influenciam no ato. A pesquisa realizada mostrou uma média para o triênio
com os resultados: Região Sul (13,8), Centro-Oeste (9,3), Nordeste (5,9), Sudeste (5,4) e, por último,
o Norte (4,3). No sul, a mortalidade por suicídio está ligada às precárias condições de sobrevivência,
como o endividamento, a concentração da terra, o êxodo ou a exposição profissional intensa aos
agrotóxicos. Esse último pode acarretar quadros depressivos desencadeados por mecanismos
neurológicos ou endócrinos. Estudos comprovam que há uma relação positiva entre o aumento da
idade e a taxa de suicídio, visto que os idosos vivem situações altamente desvitalizantes como:
isolamento social, desemprego, aflições econômicas e perda de entes queridos. As alterações de
humor, especialmente depressão bem como a viuvez, apontam como fator de risco para o suicídio
nesse grupo de pessoas.
Conclusão: Valorizar o idoso e promover qualidade de vida a ele contribui para que o mesmo não
tente antecipar seu fim. O tratamento da depressão é fundamental para a prevenção do suicídio, bem
como a prática de exercício e modificação de estilo de vida. A melhora do contato social, do suporte
e da integração comunitária também parecem ser efetivos. Os cuidados específicos devem ser
realizados para esse grupo seguindo as orientações oferecidas pela Organização Mundial da Saúde e
pelo Ministério da Saúde.
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143 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Mortalidade na infância no Brasil e regiões no período de 2000 a 2011: o impacto da atenção
básica
Tabatha Gonçalves Andrade Castelo Branco Gomes
Vinícius Neves Bezerra
Paulo Batista dos Reis Netto
Murilo Neves de Queiroz
Leonardo dos Santos Ferreira
Ana Maria Costa
Instituição: ESCS
Objetivo: Analisar as tendências da mortalidade na infância no Brasil e regiões, no período de 2000
a 2011, e correlacionar as tendências de duas das mais prevalentes causas de óbito na infância,
doenças diarreicas e infecção respiratória aguda, com a cobertura da atenção básica no Brasil e
regiões.
Material e métodos: Foram coletados dados de cobertura populacional do Programa Saúde da
Família (PSF), indicadores de saúde e informações demográficas, obtidosno DATASUS, base de
dados disponibilizada pelo Ministério da Saúde, no período de 2000 a 2011. Para avaliar a
efetividade de um programa com impacto em saúde pública são utilizados indicadores como taxa de
mortalidade infantil e taxa de mortalidade em menores de cinco anos. As informações para a
construção destes indicadores são disponibilizadas pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade
(SIM) e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). As análises foram realizadas com
o auxílio do software Microsoft Excel 2013, versão 15.0; com utilização de dados secundários
disponíveis na internet, não sendo necessária submissão ao Comitê de Ética.
Discussão: No Brasil, a Taxa de Mortalidade na Infância (TMI) está em queda, com uma redução de
41,1% no período de 2000 a 2011; em 2000, ela era considerada média (30,1/1000 NV), em 2011,
baixa (17,7/1000 NV). Observou-se que o total de óbitos por doenças diarreicas decresceu muito
neste período, de 3.597 para 756. Já a mortalidade na infância por infecção respiratória aguda ainda
permanece elevada apesar da importante redução observada em âmbito nacional (de 4719 óbitos em
2000, para 2435 em 2011). A cobertura nacional da atenção básica elevou-se em 36% no período
analisado. O Nordeste, região que apresentava a maior porcentagem de população coberta em 2000
(25,6%), possuía, em 2011, apenas 27,5% de sua população sem cobertura. A abrangência
populacional da atenção básica foi maior nas regiões com as maiores TMI, regiões Norte e Nordeste,
as quais demonstraram maiores decréscimos de tal taxa. Isso demonstra os esforços nacionais
realizados em prol da melhoria das condições sociais e de saúde.
Conclusão: O Ministério da Saúde vem liderando um conjunto de ações de promoção, proteção e
recuperação da saúde, identificando nas diferentes regiões os principais riscos e necessidades de
saúde. Destaca-se assim a implantação e ampliação da cobertura do PSF em território nacional, a fim
de proporcionar uma melhor qualidade de saúde para crianças brasileiras por intermédio do
desenvolvimento de ações que reduzam a mortalidade deste grupo populacional.
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144 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Neurotoxoplasmose como primeira manifestação de SIDA- Relato de Caso
Juliana da Luz Araújo
Rayanne Garrido Monteiro de Andrade
Thatiany Monteiro Coelho
Maisa da Silva Dulci Medeiros
Gabriella Maria Lucena Viana
Aline Silva Valadares
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo apresentar um caso clínico de uma paciente HIV
positiva, tendo,como primeira manifestação de sua infecção,sinais e sintomas compatíveis com o
diagnóstico de Neurotoxoplasmose.
Descrição do caso: M.B.S.S., 35 anos, feminino, parda, divorciada , natural de Santa Luzia-MA,
residente e procedente de Ceilândia -DF. Deu entrada na Infectologia do HRT-DF no dia 06/10/2014
alegando cefaleia há 1 mês, em região frontal, pulsátil , de forte intensidade, tendo como sintomas
associados hemiparesia e hemiparestesia à esquerda, além de diminuição da acuidade visual,
escotomas e diplopia em olho direito. Relatava como antecedentes ter 1 filho, 4 anos, portador de
Toxoplasmose congênita e inúmeros parceiros sexuais nos últimos 3 anos sem uso de preservativos.
Foi solicitada TC de crânio, que evidenciou lesão hipodensa encefálica no lobo frontal à esquerda
com sinais de efeito de massa. A partir de então, foi aventada a hipótese diagnóstica de
Neurotoxoplasmose e já iniciado tratamento para a mesma. Concomitantemente pediu-se sorologia
para HIV e Neurotoxoplasmose, revelando-se ambas positivas.
Discussão: Evidenciamos uma paciente com sinais clínicos neurológicos indicativos de lesão
expansiva no SNC e cuja TC de crânio mostrou lesões focais compatíveis com as causados pelo
Toxoplasma gondii, corroborando para o diagnóstico de Neurotoxoplasmose. Esta patologia
oportunista quase sempre ocorre do recrudescimento de infecção latente mantida por cistos do
T.gondii. A paciente em questão, provavelmente adquiriu o parasita durante o curso gestacional, pois
seu filho é portador de Toxoplasmose congênita, ficando essa latente durante todos esses 4 anos , e
somente quando suas taxas de CD4 ficaram menores que 100, devido infecção pelo HIV, ela teve
liberação dos taquizoítas no tecido cerebral, encefalite multifocal e edema perilesional, cursando
com as sintomatologias típicas do caso .
Conclusão: Foi evidenciado um caso com sintomatologia típica de Neurotoxoplasmose, como
cefaleia, alteração da acuidade visual, hemiparesia e hemiparestesia. Entretanto esta patologia não é
uma infecção oportunista frequente como apresentação inicial da SIDA. Por isso é de suma
importância que os profissionais de saúde estejam atentos ao aparecimento destes sintomas em
pacientes imunocomprometidos; para que possa ser aventada a real hipótese diagnóstica e iniciado o
tratamento correto para o paciente.
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145 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O avanço da fertilização in vitro no Brasil
Berta Vaz Andrade de Faria Pereira
Gabriela Cavalcante Pires Basto
Ana Carolina Borges
Frederico Corrêa
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Analisar a evolução da história brasileira da fertilização in vitro (FIV), buscando criar um
artigo com uma linha cronológica dos eventos.
Metodologia e fonte de dados: As buscas dos artigos foram realizadas utilizando as bases de dados
on-line PubMed (Public Medicine), LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde) e SciELO (Scientific Electronic Library On line). Os artigos utilizados são do período de
2007 a 2011 e disponíveis nas bases de dados citadas.
Discussão: Um grande marco na história da FIV brasileira foi o nascimento de Ana Paula Caldeira,
no dia 7 de outubro de 1984, pois ela foi o primeiro bebê de proveta do Brasil. A partir disso, as
técnicas de FIV começaram a sofrer um grande avanço, visando serem menos invasivas, aumentar as
taxas de sucesso de gravidez e melhorar a qualidade dos embriões. Com o passar dos anos, a taxa de
gravidez por FIV aumentou de 15% para 45%. A técnica de injeção intracitoplasmática de
espermatozoides trouxe um benefício para os homens soropositivos casados com mulheres
soronegativas, pois essa técnica associada com a técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR)
torna possível a eliminação de partículas virais presentes no sêmen e a fertilização segura, fazendo
com que a mãe e o embrião estejam livres da contaminação. Sabe-se que “dos 117 centros de RHA
brasileiros, apenas seis oferecem tratamento totalmente gratuito e três oferecem serviço
gratuitamente, mas com a medicação paga pelo casal”. Um dos grandes problemas da FIV
antigamente era o da possibilidade de uma gestação múltipla indesejada, podendo a mãe dar à luz a
uma quantidade não determinada de bebês. Com o avanço das técnicas laboratoriais houve uma
redução no número de bebês gerados, devido à utilização de estímulos ovarianos mais suaves e
redução no número de embriões transferidos para a cavidade uterina.
Conclusão: Diante de todos os aspectos analisados, foi possível perceber que houve um imenso
avanço na área das técnicas de RHA, mas que mesmo assim ainda há um grande caminho que deve
ser percorrido até que esses avanços cheguem a todos de forma homogênea.
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146 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O fator socioeconômico na escolha de prótese para substituição valvular: Um relato de caso
Patrícia de Araújo P. Teixeira
Priscila Lessa Carnielli Villela
Amanda Kleszcz de Carvalho
Camila de Lima Vieira
Lucas Benjamin de S. Abreu
Rosana de Paula Laurindo
Instituição: UCB
Objetivo: Discutir o aspecto socioeconômico como fator determinante na escolha de prótese
biológica em detrimento de prótese mecânica em cirurgias de substituição valvular.
Descrição do caso: Paciente de 39 anos, portadora de valvulopatia de origem reumática, com
indicação de valvuloplastia com substituição valvar mitral e aórtica, deu entrada no ICDF para
realização da mesma. Foi discutido no pré-operatório, junto com a paciente e com a equipe de saúde,
as possibilidades de colocação de prótese mecânica ou biológica sendo aventadas as vantagens e
desvantagens de cada uma para o caso em questão. Após descartadas contraindicações clássicas para
a colocação de prótese mecânica, e, levando em consideração a idade da paciente, esse tipo de
prótese foi aventado como primeira opção. No entanto, após diálogos com a paciente e ênfase na
importância do adequado seguimento da mesma com terapia de anticoagulação e após análise do
perfil biopsicossocial da mesma, foi decido, conjuntamente com a paciente, pela colocação de
prótese biológica.
Discussão: As diretrizes elaboradas pelas sociedades brasileira, americana e europeia para o manejo
de valvulopatias, quando da escolha do tipo de prótese valvular, discorrem sobre a abordagem
individual de cada caso levando em consideração as vantagens e desvantagens de cada uma. De
forma geral, a válvula mecânica está indicada para pacientes menores de 60 anos e sem
contraindicações de caráter biológico, como aqueles em que a anticoagulação não é possível por uma
coagulopatia por exemplo. No entanto, o fator socioeconômico é considerado nas três diretrizes
citadas legitimando decisões tomadas com base nesse aspecto. A possibilidade de bom seguimento e
adequada terapia de anticoagulação é considerada condição para a colocação de prótese mecânica de
forma que quando o fator socioeconômico é impeditivo do preenchimento desse requisito o uso
desse tipo de prótese se torna uma contraindicação.
Conclusão: A escolha da prótese utilizada na substituição valvular deve ser individualizada e
discutida com o paciente considerando suas vontades e mediante o esclarecimento adequado a
respeito das vantagens e desvantagens de cada uma. No processo decisório devem ser considerados
todos os aspectos do caso incluindo o perfil do paciente a nível biológico, psicológico e social.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O Idoso Internado e o Principio da Informação Adequada: Uma Revisão Integrativa
Juvenal Fernandes Dos Santos
Anderson Miranda Abud
Suziane Soares Goncalves
Lourival Paiva Grillo Júnior
Laercio Maciel Scalco
Lais Carvalho de Freitas
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Discutir as condições em que se exerce o princípio da informação adequada no caso de
pacientes idosos hospitalizados.
Metodologia e fonte de dados: Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados SCIELO e BIREME
entre 2004 e 2014 com os unitermos "direito", “informação", “ïdoso", “ïnternado" em singular e
plural, nas línguas portuguesa e inglesa.
Discussão: Dificuldades na comunicação e a falta de informações constituem as queixas mais
comuns de pacientes idosos hospitalizados, o que fere o seu direito de autonomia. Qualquer
transtorno cognitivo, independente de sua etiologia, pode comprometer o entendimento e o processo
de tomada de decisões. Por outro lado, por diversas razões, o paciente também pode recusar-se a ser
informado, o que deve ser respeitado. Contudo, o direito à informação do idoso prevalece, sendo
suficiente que ela seja compreensível, aproximativa e inteligível para que a autonomia do indivíduo
seja garantida. Deve-se pautar a comunicação por um padrão subjetivo orientado para cada paciente,
que requer uma abordagem informativa apropriada, sem se ater a fórmulas padronizadas. Essa
maneira de abordar obriga o médico a ser realmente respeitador da autonomia individual e requer
que descubra o que cada pessoa gostaria de conhecer e quanto gostaria de participar das decisões.
Pesquisas indicam que os pacientes preferem e obtém melhores resultados quando são envolvidos no
processo de tomada de decisão, num estilo em que se sintam completamente envolvidos em todos os
aspectos, inclusive no estabelecimento do diagnóstico e nas decisões sobre o manejo do problema.
Conclusão: Cabe ao médico adequar sua fala às condições de entendimento do paciente, ampliando
as possibilidades de comunicação. Esta, no caso, significa também ouvir o paciente e levar em conta
seus conhecimentos, receios e expectativas em relação ao tratamento. As informações devem ser
adaptadas às circunstancias do caso e às condições psicossociais, embora não haja necessidade,
eticamente, do detalhamento das informações, que devem pautar-se no balanço entre benefícios e
riscos passíveis de ocorrerem.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O Impacto da Profilaxia na Evolução da Cardiopatia Reumática
Fernanda Guedes Ferreira
Joseane Brostel Figueiredo
Byannkah Abrao Ferreira Mendes
Geovana Murta Gomes
Izabela Luíza de Azevedo
Jorge Rocha de Souza
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Destacar a importância da profilaxia na evolução da cardiopatia reumática, tendo em vista
a elevada morbimortalidade desta doença.
Metodologia e fonte de dados: Foram utilizadas as bases de dados Scielo, Medline e The New
England Journal of Medicine, buscando-se artigos científicos indexados. Foram utilizadas as
seguintes palavras-chaves: Estreptococo beta-hemolítico do grupo A; febre reumática; cardite
reumática; valvopatia reumática.
Discussão: A febre reumática é uma doença inflamatória multissistêmica que se manifesta como
complicação tardia de uma infecção da orofaringe pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A
(EBGA), sendo a principal causa de cardiopatia adquirida na infância e adolescência. Dentre os
órgãos que podem ser acometidos inicialmente pela doença, o coração é o único que pode evoluir
com sequela. A cardite reumática é caracterizada por uma pancardite, sendo que o endocárdio é o
folheto mais acometido, e pode evoluir para uma doença reumática cardíaca crônica. A manifestação
da cardite ocorre quatro semanas após o surto infeccioso e pode variar em sua manifestação clínica,
desde as formas inaparentes até repercussões hemodinâmicas graves, como insuficiência cardíaca
congestiva. A cardite subclínica representa o principal desafio diagnóstico, uma vez que pode passar
despercebida e resultar em sequelas cardíacas importantes, inicialmente com lesões valvares leves a
acentuadas e posteriormente, em estágios mais avançados da doença, com comprometimento
funcional do ventrículo esquerdo, arritmias cardíacas e fenômenos tromboembólicos. Tendo em vista
tais complicações, a profilaxia da cardite deve ser realizada em seus diferentes níveis: erradicação do
estreptococo, para não favorecer a doença reumática ulterior; controle de recorrências de febre
reumática com antibioticoterapia prolongada; cirurgia.
Conclusão: A febre reumática ainda constitui um importante problema de saúde pública, devido
especialmente à cardiopatia secundária a esta. Desta feita, a profilaxia da cardiopatia reumática é de
fundamental importância e deve ser estimulada, não apenas por sua facilidade de implantação, como
por seus benefícios clínicos.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O impacto do sono entre os acadêmicos de medicina da UCB: desdobramentos do estudo
QUALIMED-UCB
Marcus Vinícius Silva Ferreira
Camila Dias Rodrigues
Greice de Campos Oliveira
Tânia Torres Rosa
Osvaldo Sampaio Netto
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Descrever a satisfação dos acadêmicos de medicina da Universidade Católica de Brasília
(UCB) acerca de seu sono, avaliando os possíveis impactos sobre as atividades diárias e acadêmicas.
Material e métodos: O projeto QUALIMED-UCB é um estudo transversal de base populacional no
qual foram aplicados questionários relativos a perfil sociodemográfico, qualidade de vida, atividade
física e consumo de álcool. Participaram voluntariamente acadêmicos do 1º ao 12º semestre do curso
de medicina da UCB no 2º semestre de 2014. Foram extraídas do questionário WHOQOL-BREF as
respostas referentes a sono, concentração, energia e desempenho no trabalho e atividades diárias; do
questionário IPAQ, o nível de atividade física; e do questionário sociodemográfico, as informações
relativas a semestre, sexo, outra ocupação e atividade extracurricular. Realizou-se análise descritiva
e inferencial dos dados, por meio do teste qui quadrado, teste Z e pós Hoc de Bonferroni, com
síntese de gráficos por meio do SPSS 20.0.
Discussão: Participaram do estudo 400 estudantes, com adesão variando entre 33% (12°) e 95% (5°)
entre os semestres. 147 (36,8%) e 46 alunos (11,5%) declararam-se, respectivamente, insatisfeitos e
muito insatisfeitos com o sono, com um total acumulado de 48,3% de insatisfação. Sobre a
insatisfação acumulada, o semestre cursado apresentou associação significativa (p=0.008), com
maior insatisfação entre os estudantes do 5° (p< 0,05). As mulheres apresentaram maior insatisfação
e menor satisfação em relação aos homens (p=0,029). Ter atividades extracurriculares foi
relacionado (p=0,038) a maior insatisfação (p<0.05), porém não se observou o mesmo em relação à
ocupação (p=0,392). O nível de atividade física não foi relacionado (p=0,484) com uma tendência à
menor insatisfação entre os muito ativos. A insatisfação acumulada apresentou impacto negativo
sobre a capacidade de concentração (p<0,001), a energia para o dia-a-dia (p<0,001) e o desempenho
em atividades diárias (p<0,001) e no trabalho (p<0,001).
Conclusão: A insatisfação com o sono possui prevalência elevada entre os alunos e está relacionada
a uma sobrecarga de atividades requeridas à formação médica. Contudo, o estudo não pôde averiguar
se o seu caráter era acadêmico e se essa relação poderia ser explicada pela carga horária ou por um
viés de aferição (por ex. proximidade com provas). O possível impacto do sono sobre o rendimento
acadêmico deve orientar os esforços institucionais no sentido de favorecer um contexto saudável de
aprendizagem.
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150 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O ômega-3 e os distúrbios psiquiátricos
Felipe Veríssimo A. da Rocha
Brenda Battestin
Ícaro Pinto Silva
Priscilla Meira Lima
Sarah Hasimyan Ferreira
Henrique Freitas Araújo
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo desta revisão de literatura é a consolidação dos conhecimentos acerca do uso do
ômega-3 em distúrbios psiquiátricos, a partir de diversos estudos e de outros pontos de vista.
Buscou-se entender as propriedades desse ácido graxo relacionadas aos distúrbios do humor.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de um artigo de revisão baseado na análise de resultados da
busca de trabalhos publicados no PubMed, entre dezembro de 2012 a abril de 2015. Foram usadas as
palavras chave "omega-3" e "depression" para a busca dos artigos e selecionados os que possuíam
informações epidemiológicas e sobre os mecanismos de ação do ômega-3.
Discussão: Muito tem se falado no uso de ômega-3 para o tratamento dos transtornos do humor,
sobretudo em episódios depressivos maiores. Porém, em 2012, uma meta-análise com pesquisas de
1965 até 2011 fora conduzida por Bloch e Hannestad que chegou à conclusão de que há poucas
evidências para esta associação. Embora vários estudos sejam bem enfáticos quanto aos benefícios
do ômega-3, aqueles autores encontraram diversas fontes de erros nas metodologias destes. Em
2013, reacendendo a discussão, fora publicado um novo trabalho afirmando que a eficácia aumenta
no tratamento de episódios depressivos maiores com o uso deste ácido graxo insaturado como
adjuvante. Embora os resultados sejam conflitantes sobre sua influência nas alterações do humor, o
uso de ômega-3 está associado a alterações neuronais em curto prazo, devendo ser estudado por um
prazo maior. Sabe-se que o stress é um dos fatores importantes tanto para redução neuronal, tanto em
número como em função, e que estes efeitos podem ser reduzidos ou revertidos com o uso de
medicamentos como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina. O ômega-3 reduz o estresse
oxidativo em membrana neuronal, reduzindo possíveis processos inflamatórios locais (com redução
de citocinas e infiltrado celular), e melhorando integridade de transporte de triptofano (precursor de
serotonina) e manutenção de receptores serotoninérgicos do tipo 2.
Conclusão: Embora a maioria dos artigos revisados mostrarem pontos positivos no tratamento de
transtornos psiquiátricos com os diversos tipos de ômega 3, há alguns estudos em dúvida sobre sua
verdadeira eficácia. Ainda são necessários estudos que descubram o papel fundamental de cada tipo
de ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs) de ômega-3 esclareçam como ou onde especificamente
eles atuam, uma vez que a divergência dos resultados de cada pesquisa possa estar relacionada ao
tipo de ômega-3 usado.
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151 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O panorama atual da adenomiose
Ana Maria Faria Esteves
Hermany Aguiar Carvalho
Demétrio Antônio Gonçalves
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Analisar o desenvolvimento de novas técnicas diagnósticas, manejo clínico e terapias para
a adenomiose, um distúrbio ginecológico relativamente comum, mas nem sempre abordado
corretamente no consultório e muitas vezes não diagnosticado.
Material e métodos: Revisão de resumos e artigos completos com a presença da palavra-chave
"adenomyosis" disponíveis em diretórios internacionais incluindo Science Direct, PubMed and
Mayo Foundation, que foram cuidadosa e criticamente analisados.
Discussão: A adenomiose é um distúrbio uterino benigno que afeta mulheres em idade reprodutiva,
sendo mais frequente após os 30 anos. A principal queixa na clínica ginecológica é relacionada a
sangramentos anormais, dentro e fora do período menstrual, cólicas intensas e dispareunia. Embora
não seja potencialmente letal, pode comprometer a qualidade de vida da mulher, devido à anemia
ferropriva induzida pela perda sanguínea, e possíveis consequências psicossociais devido ao
sangramento intenso e à redução da fertilidade. Podemos avaliar que, ao contrário do século passado
em que os casos de adenomiose eram mal estudados e classificados, atualmente temos uma
variedade maior de estudos que identificam biomarcadores e genes relacionados à doença e de novas
técnicas de abordagem não invasiva para diagnóstico e tratamento, incluindo a terapia farmacológica
disponível.
Conclusão: O diagnóstico da doença depende da história clínica, por sua sintomatologia e exames
laboratoriais que indiquem anemia. A ultrassonografia transvaginal pode indicar achados císticos na
parede miometrial, o que pode ser confirmado através de biópsia. O tratamento médico consiste
principalmente na inibição da ovulação e abolição da menstruação, com o uso de anticoncepcionais
orais combinados, que resolvem a queixa da maioria das pacientes, e estudos recentes focam em
cirurgias conservadoras para a retirada de maiores lesões em mulheres que desejam engravidar.
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152 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O papel da fosfoetanolamina sintética e seus mecanismos de ação contra células
cancerígenas
Rosalvo Streit Junior
Octavio Franco
Ettore Mendes Azenha
Gabriel Veloso Cunha
Luiz Guilherme H. S. Batista
Guilherme Meneses Dourado
Instituição: Universidade Católica de Brasília (UCB)
Objetivo: Analisar os estudos existentes sobre a utilização da fosfoetanolamina sintética contra a
proliferação de células tumorais cancerígenas. Desta forma, a partir do estudo dos mecanismos de
ação desse medicamento, objetivamos enfatizar a casos em que a utilização foi bem-sucedida.
Metodologia e fonte de dados: Para a revisão de literatura proposta, foram pesquisados artigos e
teses em plataformas digitais como Scielo, Google Acadêmico e Bibliotecas Digitais da
Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). As
dissertações versam sobre avaliações das propriedades antitumorais da fosfoetanolamina sintética no
combate, por exemplo, ao câncer de pele melanoma.
Discussão: O 2-aminoetanol dihidrogenofosfato, mais conhecido como fosfoetanolamina, consiste
em um componente metabólico natural presente na membrana plasmática das células animais, cuja
importância se dá por ser um precursor de fosfolipídeos para o organismo. As suas propriedades na
utilização contra tumores malignos começaram a ser estudadas na década de 30 e, atualmente, muito
se discute sobre o uso da fosfoetanolamina sintética no combate ao câncer. Esta molécula fosforilada
artificialmente possui inúmeras propriedades antitumorais e apoptóticas para as células neoplásicas.
Em um estudo que avaliou, por exemplo, os efeitos antitumorais in vitro e in vivo da
fosfoetanolamina sintética em células tumorais de melanoma em camundongos, o tratamento
mostrou que o composto induz citotoxicidade seletiva para as células neoplásicas sem afetar a
proliferação das células normais. Os animais apresentaram significativa redução na carga tumoral,
com inibição na metastatização. Outra vantagem, em comparação a outros quimioterápicos, foi a
diminuição dos efeitos colaterais. No experimento realizado também com os camundongos, ficou
comprovado que o fármaco pode ser capaz de inibir a progressão e disseminação das células
tumorais.
Conclusão: Estudos comprovam a eficácia da utilização da fosfoetanolamina sintética contra a
proliferação de células neoplásicas em tumores malignos utilizando modelos animais. As
propriedades antitumorais e apoptóticas desse componente, além dos reduzidos efeitos colaterais,
podem contribuir, no futuro, para uma maior aplicação dessa molécula no tratamento em seres
humanos, cuja utilização ainda não tem sido muito difundida.
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153 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O papel do estadiamento laparoscópico no adenocarcinoma pancreático
Ana Rosa Costa Melo
Julia Beluco Ferreira
Daniela Mitsue Suzuki
Mariana Mai Akaishi
Fellipe Marques da S. Araujo
Arivaldo Bizanha
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Evidenciar o papel da laparoscopia no estadiamento do adenocarcinoma pancreático.
Metodologia e fonte de dados: Fez-se uma revisão de literatura que se estendeu pelo mês de junho de
2015, utilizando como recursos livros didáticos e informações disponíveis nos sites do Instituto
Nacional do Câncer e do National Institutes of Health, bem como artigos disponíveis nas
plataformas Scielo e PubMed, publicados no período de 2008 a 2015, selecionados, por sua vez, ante
analise criteriosa dos títulos e resumos.
Discussão: O adenocarcinoma corresponde a cerca de 90% de todas as neoplasias pancreáticas.
Possui comportamento agressivo e um prognóstico em 5 anos bastante reservado. Em 2011, cerca de
7720 pessoas foram a óbito, no Brasil, em decorrência desta neoplasia. O tratamento potencialmente
curativo é a cirurgia de ressecção tumoral, mas ela só é possível em cerca de 20% dos novos casos
detectados. Um estadiamento preciso é, então, fundamental para a determinação da abordagem
terapêutica mais adequada. Estudos demonstram que de 10-48% dos pacientes classificados como
potencialmente curáveis pela tomografia computadorizada pré-operatóriaapresentam doença
metastizada identificada apenas no momento da cirurgia. A laparoscopia de estadiamento aumenta a
identificação desses tumores irressecáveis em até 15%. Possui sensibilidade de 94% e especificidade
de 88%. A acuidade é de 89% para detecção de metástases peritoneais e hepáticas
imagiologicamente ocultas. Outros benefícios são a diminuição da dor pós-operatória, do tempo de
internamento e de início da quimioterapia. As taxas de mortalidade e morbilidade estão em torno de
0,05% e 3,7%, respectivamente. Infecção local, hemorragia e lesão intestinal se apresentam como
principais complicações. Há também limitações no método, com estudos enumerando variáveis préoperatórias que possam selecionar pacientes de maior probabilidade de metástases.
Conclusão: O estadiamento laparoscópico no câncer pancreático se mostra benéfico para a detecção
de pequenas metástases hepáticas e peritoneais ocultas aos métodos de imagens tradicionais. No
entanto, a relação custo-benefício favorece indicação seletiva do procedimento, contemplando
critérios pré-operatórios restritivos, como dimensão do tumor primário, localização no corpo ou na
cauda, e níveis de CA 19-9 acima de 150 U/ml. O resultado final é um menor número de
intervenções cirúrgicas desnecessárias.
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154 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O potencial uso de antidepressivos na terapia imunossupressora em doenças autoimunes
Pedro Guilherme Cabral
Adriana Hanai Cieslinski Tavares
Camila Pereira Rosa
Higor Nogueira Paes
Lara Mundim Alves de Oliveira
Flávia Toledo Simões
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Esta revisão visa expor os efeitos dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina
(ISRS) na modulação do sistema imune e seu potencial uso clínico no tratamento de doenças
autoimunes e da doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH).
Metodologia e fonte de dados: Foi utilizado o método de busca com pesquisa em artigos acadêmicos,
indexados nas bases de dados PubMed, Scielo e Bireme. A revisão restringiu-se a publicações dos
anos d e 2012-2015. Foram utilizadas as seguintes palavras chave: “selective serotonin reuptake
inhibitors” e “immunossuppressants”.
Discussão: Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) representam uma classe de
medicamentos amplamente utilizados no mundo, com indicações para Transtorno obsessivo
compulsivo, síndrome do pânico, obesidade e, principalmente, depressão. Além dos efeitos mais
conhecidos, estudos recentes mostraram que essas drogas podem afetar a resposta imunológica,
dependendo da dose utilizada. A exposição a doses elevadas de fluoxetina, por exemplo, mostrou-se
ter um efeito inibitório na proliferação de linfócitos T. A secreção de citocinas também é alterada
pelos ISRS, diminuindo a liberação de TNFα, IFNγ e IL-2, quando submetidos à sertralina. Todas
essas citocinas são pró-inflamatórias, o que demonstra um efeito depressor do sistema imune. Outro
parâmetro estudado é a indução da cascata apoptótica em linfócitos, provocada pela ativação da
caspase 3 e produção de MAP quinase. Essa indução é provocada por todos os ISRS utilizados na
prática clínica. A principal teoria do mecanismo de ação desses fármacos é que a droga inibe a
associação da serotonina com seu transportador, que é essencial para a proliferação de linfócitos. O
uso desse efeito na supressão de respostas imunes indesejáveis tem sido estudado em modelos
animais e uma das principais preocupações é em relação à dose elevada para a imunomodulação,
haja vista que não existem muitos estudos sobre as possíveis consequências.
Conclusão: O potencial uso clínico dos ISRS como drogas imunossupressoras são inegáveis, pois
seus efeitos gerais já estão bem caracterizados. Apesar da discussão em relação às elevadas doses
necessárias para gerar imunomodulação, sabe-se que essa classe de medicamentos surge como uma
nova alternativa de tratamento e que novas pesquisas devem ser incentivadas para entender a
especificidade da dose e dos efeitos em cada doença autoimune e em situações de transplante
(DECH).
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155 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O Primeiro transplante renal bem sucedido
Wendel Silva Issi
Kellen Karenine Pinho de Medeiros
Marcelo Ribeiro Artiaga
Isac César Roldão Leite
Rebeca Marques Margoto
Paulo Juvêncio Gomes Tubino
Instituição: Faciplac
Objetivo: O objetivo do trabalho consiste em relatar um dos eventos marcantes da história da
medicina, o primeiro transplante renal bem sucedido em humanos. Evidenciando o otimismo com a
possibilidade de transplante e sua influência para a expansão do método.
Metodologia e fonte de dados: Essa revisão histórica foi construída com informações baseadas em
artigos e livros que abordam o transplante de rins desde as primeiras ideias sobre sua possível
utilização como tratamento em pacientes renais crônicos até sua real utilização como medida
terapêutica, após um longo período de testes para a consolidação da técnica.
Discussão: O primeiro transplante renal bem sucedido foi realizado em 1954 por Joseph E. Murray
(1919-2012) no Peter Brant Brigham Hospital em Boston. Além de Murray, cirurgião plástico,
faziam parte da equipe: Francis Moore (1913-2001), cirurgião- chefe; Leroy Vandam (1914-2004),
anestesista, entre outros médicos. Em 26 de outubro desse ano, Richard Herrick foi admitido no
Hospital com o diagnóstico de nefrite crônica. Foi quando seu médico lhe referiu como possível
candidato para um transplante renal, utilizando um dos rins do seu irmão gêmeo Ronald. Em 1995,
Murray, Moore e Vandam encomendaram ao pintor Joel Babb um quadro que celebrasse o
transplante. O pintor teve ajuda de uma fotografia e da memória vívida dos médicos, que também lhe
proporcionaram uma sala cirúrgica para que aprendesse seu funcionamento. O evento foi pintado
meio século depois que ocorreu. Francis Moore, convidado por Murray para transportar o rim a ser
transplantado de uma sala para outra, está representado no centro do quadro, levando-o dentro de
uma bacia. O sucesso do procedimento rendeu a Joseph Murray um Prêmio Nobel, em 1992. Sua
equipe realizou outros 7 transplantes durante os 4 anos seguintes. Contudo o sistema imunológico
prejudicava muito a expansão do transplante como um tratamento. Porém avanços progressivos na
área de imunossupressão fizeram do transplante de rins possível para mais pacientes.
Conclusão: O procedimento realizado por Joseph Murray é um dos mais belos momentos da História
da Cirurgia. Ele provou que a técnica cirúrgica de transplante renal era possível. Além disso,
impulsionou diversos estudos na área, os quais, devido ao grande número de fracassos e poucos
êxitos, mantinham-se desestimulados. Assim, avanços progressivos começaram a surgir,
principalmente no campo da imunossupressão, visando aumentar a sobrevivência do enxerto, e
consequentemente do paciente, cada vez mais.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O Sistema Endocanabinóide e o Sistema Nervoso Central
Samuel de Sousa Alencar
Camilla Oliveira Leite
Bruno Oliveira Leite
Luigia Peixoto Salvador
Lourival Paiva Grilo Júnior
Daniela Mitsue Suzuki
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Demonstrar o conhecimento atual da fisiologia do sistema endocanabinóide. Bem como o
efeito neuroprotetor e o potencial terapêutico dos agonistas canabinóides não psicoativos nas
diferentes doenças agudas e degenerativas do sistema nervoso central.
Metodologia e fonte de dados: Constitui-se basicamente de uma pesquisa no banco de dados
eletrônico Portal de periódicos da CAPES, utilizando as palavras-chaves Endocannabinoid System e
Central Nervous System, os resultados foram filtrados e dos artigos selecionados e revisados foram
extraídas as informações concernentes ao tema para a confecção da presente revisão literária.
Discussão: Sabe-se que os tecidos dos mamíferos expressam pelo menos 2 tipos de receptores
canabinóides, ambos acoplados a proteínas G, que são os receptores CB1 e CB2. Embora os
receptores CB1 sejam expressos em certos tecidos e células não neuronais, por exemplo, as células
imunes, eles são predominantemente encontrados nos terminais nervosos centrais e periféricos onde
controlam a inibição da neurotransmissão. Por sua vez, os receptores CB2 encontram-se
principalmente nas células imunes, tendo como funções a modulação, tanto no SNC como em outras
estruturas, da liberação de citocinas e a migração de células do sistema imune. Desta forma, um dos
papéis comuns dos receptores CB1 e CB2 parece ser a regulação da liberação de mensageiros
químicos, os receptores CB1 principalmente dos neurônios e os receptores CB2 das células do
sistema imunológico. A descoberta que os tecidos de mamíferos expressam receptores dos
canabinóides, foi seguida da descoberta de agonistas endógenos desses receptores. Os 2 principais
exemplos desses agonistas são a N-araquidonoetanolamina (anandamida) e o 2-araquidonoglicerol.
Os endocanabinóides, em conjunto com os receptores canabinóides CB1 e CB2, constituem o
sistema endocanabinóide. Através de um ou mais destes processos, os canabinóides podem
providenciar neuroproteção em diferentes patologias do sistema nervoso central.
Conclusão: Os estudos utilizados na confecção deste trabalho indicam que alguns agonistas dos
receptores canabinóides, principalmente do receptor CB1, e cada vez mais os do receptor CB2,
podem ser úteis para melhorar o enredo terapêutico que ocorre no dano cerebral agudo e também
para atrasar a progressão gradual de doenças neurodegenerativas e de outras patologias que
acometem o sistema nervoso central.
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157 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O Suicídio na História da Arte e da Medicina
Letícia Fernandes de Sousa
Alice Garbi Novaes
Lis Rocha Campos
Pedro Guimarães Pascoal
Lara de Souza Moreno
Armando José China Bezerra
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Este trabalho visa explanar uma sucinta análise a respeito da influência do suicídio na
história da Arte e da Medicina, bem como a relação do suicídio com a classe médica nos dias de
hoje.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de uma revisão histórica que se estendeu pelos meses de
abril e maio de 2015, onde foram consultadas as plataformas da Scielo e da Bireme, além de livros
disponíveis na biblioteca física da Universidade Católica de Brasília. A ênfase foi dada em artigos
mais recentes, a partir de 2006, principalmente a respeito do suicídio, porém, alguns artigos mais
antigos também foram aproveitados.
Discussão: A palavra “suicídio" foi usada pela primeira vez na obra “Regio Medici”de Thomas
Browne, em meados do século XXVII, na Inglaterra. A partir de então, essa palavra tornou-se
extremamente popular. Évisível que o suicídio sempre foi um alvo de estudo vislumbrado e
mitificado pelos estudiosos, como também pelos leigos. E apesar de antigamente o suicídio não ser
visto com medo e terror como évisto hoje, sempre se procurou saber a respeito das motivações que
levavam às pessoas a cometerem esse ato. Como o suicídio sempre foi um assunto muito recorrente
em todos os âmbitos, principalmente por causa do seu impacto social, muitos artistas usaram de suas
habilidades para expressar o que sentiam a respeito do assunto, e revelar, também, a forma como a
sociedade como um todo via e vivia essa situação. Diante disso, são várias as obras com a temática
suicídio que são encontradas nas mais diversas épocas da História da humanidade. Hoje em dia, a
classe médica éa classe profissional com os mais altos índices de suicídio, além de divórcio e
depressão. Épreocupante que a classe profissional que cuida da saúde éa principal classe que sofre de
problemas relacionados com a saúde mental. Isso se deve, principalmente, ao fato de os médicos
terem sobre si uma grande responsabilidade e uma grande pressão da sociedade, dos familiares e de
si mesmos.
Conclusão: Verifica-se, então que é necessária uma maior conscientização dos estudantes de
medicina a respeito da realidade da profissão que estão prestes a exercer. E aos profissionais que
jáestão no mercado, énecessário um maior apoio por parte de psiquiatras e psicólogos dentro dos
hospitais e, também, um maior nível de orientação. Várias pesquisas estão sendo feitas nesse âmbito
e campanhas contra o suicídio tem se adentrado nos meios de comunicação a fim de que esses
índices sejam diminuídos.
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158 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O Uso da Espectroscopia de Infravermelho (FTIR) para Análise da Pureza de Drogas
Bárbara Valadão Junqueira
Gustavo Sardinha Lisboa Leite
Columbano Junqueira Neto
Niroshini Nirmalan
Instituição: University of Salford Manchester
Objetivo: A aquisição de medicamentos biossimilares mais baratos está cada vez mais frequente.
Porém, a possível ineficácia desses medicamentos é um sério problema. Este trabalho visa elucidar o
uso da técnica de FTIR na análise comparativa entre medicamentos* antimaláricos e medicamentos
e referência.
Material e métodos: No sentido de avaliar a técnica de FTIR, foram adquiridos em farmácias
populares da Nigéria dois tipos de comprimidos genéricos (A e B), cujos princípios ativos são Artem
ether e Lumefantrine a 16%. Os medicamentos de referência (puros) foram fornecidos pelo
laboratório Sigma-Aldrich. Os comprimidos foram triturados e passaram por uma análise utilizando
a técnica de FTIR para a obtenção do espectro infravermelho de cada um. A mudança no momento
dipolo da molécula é necessária para que haja espectro vibracional e, quanto maior for essa
mudança, mais intensa será a absorção. Para se obter esse espectro foi necessário passar a radiação
infravermelha pela amostra e observar qual fração dessa energia foi absorvida. Quando obtidos, os
espectros foram sobrepostos e comparados bioquimicamente.
Discussão: Cada ligação possui uma quantidade energética diferente, portanto seus picos serão vistos
em regiões específicas do gráfico. A região 1500-650 cm-1 é chamada de região “fingerprint”. Essa
denominação se dá ao fato de que cada componente possui picos muito característicos nesse
intervalo. A partir da sobreposição dos gráficos analisados foi possível observar que os picos do
medicamento B foram compatíveis com os picos dos medicamentos de referência. Na região 35003300 cm-1 existe um pico característico do medicamento Lumefantrine e na região 3000-2800 cm-1
existe um pico relativo a hidrocarbonetos alifáticos presentes em ambas as drogas de referência.
Enquanto que, no medicamento A também se observa esses mesmos picos na região 3500-3300 cm1 e na região 3000-2800 cm-1, sendo o primeiro muito mais alongado e por isso potencialmente
divergente. Desta forma, é possível levantar a hipótese de que esse medicamento possui uma
estrutura molecular diferente dos medicamentos de referência.
Conclusão: A FTIR mostrou que provavelmente existe uma divergência nos componentes químicos
do medicamento A, enquanto o medicamento B se mostrou potencialmente similar às drogas
originais. A partir desta constatação, novas técnicas para a avaliação quantitativa e da real atividade
antimalárica desses medicamentos devem ser utilizadas. A despeito dos seus baixos custos, cabe as
secretarias de saúde identificar os possíveis medicamentos não bioequivalentes e o FTIR pode ser
um grande aliado nessa busca.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O uso de filmes comerciais no processo de ensino-aprendizagem da geriatria
Josiane Aparecida Duarte
Yasmine Oliveira Vieira
Bruna Miclos de Oliveira
Lucy Gomes Vianna
Armando José China Bezerra
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Apresentar o cinema como importante ferramenta didática para o ensino da geriatria na
formação médica geral.
Material e métodos: Na primeira fase do trabalho foi realizada revisão bibliográfica sobre o uso do
cinema na educação médica com busca de artigos nas principais bases de dados de pesquisa em
saúde: Pubmed e Bireme. Como palavras chave da pesquisa foram usados os seguintes termos
combinados entre si: “cinema”, “geriatria” e “educação médica”. Foram selecionados artigos em
português e em inglês publicados nos últimos 10 anos. Posteriormente, foi realizada busca ativa de
filmes comerciais de diferentes nacionalidades e gêneros nos quais o idoso é personagem de
destaque. Os filmes foram organizados em grupos temáticos de acordo com o contexto no qual o
idoso é apresentado ou de acordo com a doença apresentada pelo personagem geriátrico.
Discussão: Foram listados 78 filmes nos quais o idoso aparece em diferentes contextos e situações
de saúde: demências, vícios, câncer, AVC, deficiências neurossensoriais, sexualidade, amizade,
morte, dentre outras. O cinema, em consonância com as demandas de seu tempo, tem participado da
constituição de novas formas de percepção e sensibilidade. Assim, pretende-se que a utilização do
“cine comentado” na geriatria seja um processo de descobertas, com aprendizado de novos
conhecimentos sobre os idosos, tanto sob o aspecto biológico quanto psicossocial. O cinema, com
seu poder de catarse, é uma forma de agregar qualidade à educação médica na medida em que faz
com que os estudantes sejam treinados em pacientes e não simplesmente em doenças. Os filmes
propiciam novas vias para introduzir os estudantes na realidade de suas futuras atividades, muitas
vezes colocando em foco a relação médico-paciente e tornando o aluno mais sensível às suas
próprias demandas e as de seus pacientes.
Conclusão: O cinema motiva os estudantes a acompanhar histórias de vida que ainda não
experimentaram e que poderão experimentar oferecendo uma oportunidade para reflexão sobre a
complexidade do comportamento humano e suas implicações nas práticas profissionais dos futuros
médicos, sendo uma forma de abordagem menos tradicional da bioética e criando uma atmosfera
propícia à interação do aluno como polêmicas e novos problemas da assistência em saúde.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O uso do Narguilé e suas consequências
Luigia Peixoto Salvador
Mariana Mai Akaishi
Kelma Luana Abreu de Siqueira
Renato da Silva Cordeiro Colenghi
Fellipe Marques da Silva Araujo
Lenita Mayumi Suzuki
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Realizar uma revisão sobre o impacto do uso de Narguilé na saúde e uma abordagem geral
sobre as consequências de sua utilização, com ênfase em seus efeitos toxicológicos sobre o
organismo.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de um estudo de revisão da literatura científica, utilizando a
base de dados da Scielo e Medline. Palavras-chave: Narguilé, dependência, tabagismo e câncer de
pulmão.
Discussão: O narguilé ou cachimbo d’água é um dispositivo para fumar, originário da Índia, no qual
uma mistura de tabaco com diversos sabores e aromas é aquecida por carvão em brasa. A fumaça
gerada passa por um filtro de água antes de ser aspirada por uma mangueira. Estudos revisados
demonstram que sua fumaça contém grandes quantidades de nicotina, monóxido de carbono, metais
pesados e substâncias cancerígenas uma vez que, além da queima do tabaco, ainda há a queima do
carvão. Em uma sessão de uma hora do uso do narguilé, inala-se o equivalente à fumaça de cem
cigarros, há aumento dos batimentos cardíacos e risco de intoxicação por monóxido de carbono.
Ocorre ainda maior exposição a metais pesados, como o cádmio. Além disso, a água utilizada no
narguilé absorve pouca nicotina, sendo os fumantes expostos a quantidades suficientes para que a
droga cause dependência. Estudos associam o seu uso ao desenvolvimento de câncer de pulmão e
oral, enfisema pulmonar, arteriosclerose e doença coronariana.
Conclusão: O uso de narguilé é extremamente nocivo e prejudicial à saúde, podendo ser a porta de
entrada para a dependência do tabaco e de outras drogas. Além disso, ao compartilhar o narguilé
com outros usuários, aumenta-se o risco de transmissão de hepatite C, tuberculose, herpes e outras
doenças infectocontagiosas. A população deve ser conscientizada destes riscos, principalmente os
jovens, os grandes consumidores deste tipo de produto.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: O uso dos implantes contraceptivos e suas implicações
Polyana de Oliveira Santana
Natália da Silva Borges
Ana Carolina Franco Cabral
Sulani Silva de Souza
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar caso de paciente de 26 anos com queixas de sangramentos de escape e outros
sintomas associados a utilização de implante contraceptivo e ressaltar a importância do médico na
condução da escolha do método contraceptivo ideal.
Descrição do caso: Mulher de 26 anos, sem utilização prévia de qualquer método contraceptivo,
submete-se a colocação de implante contraceptivo (Implanon®) no dia 15 de abril de 2014. Após a
colocação do implante, a paciente apresentou sangramentos diários, de coloração marrom e de leve
intensidade, por 3 meses, além de ganho de peso e diminuição da libido. Ao tentar agendar nova
consulta, conseguiu vaga apenas 7 meses após o início do tratamento. À consulta, foi-lhe solicitada
realização de exames de sangue para verificação dos níveis hormonais e ultrassom transvaginal.
Além disso, foi-lhe prescrito 1 comprimido por dia de Cerazette® por 14 dias e ½ comprimido por
mais 14 dias, como tentativa de interrupção do sangramento de escape. Após seguir a recomendação,
sem obtenção de sucesso, a paciente retorna ao consultório em novembro, quando agenda data para
retirada do implante.
Discussão: A escolha do método contraceptivo, segundo o ministério da saúde, é uma decisão
importante na vida do casal e deve estar amparada em orientações profissionais que disponibilizem
aos pacientes todas as informações necessárias para que eles possam optar pelo método que
contemple características biológicas e aspirações pessoais. Os implantes contraceptivos, por
utilizarem progestagênios, são uma opção para mulheres que possuem restrições ao uso de métodos
hormonais combinados, além de serem métodos reversíveis de longa duração. A implantação desse
método, no entanto, exige cautela por parte do médico, uma vez que a ele estão relacionados efeitos
secundários como aumento de peso, irregularidades menstruais, acne e labilidade emocional. Quanto
a paciente, a escolha do implante mostra-se inviável, já que após a implantação ela apresenta queixas
de sangramentos contínuos e ganho de peso.
Conclusão: Conclui-se do relato, que o implante contraceptivo não configura a melhor alternativa de
método anticoncepcional para a paciente. Dessa forma, o ideal seria que o profissional de saúde
chegasse a essa conclusão antes da implantação do Implanon®. Por fim, após a retirada do implante,
a paciente deve ser orientada quanto a existência de métodos mais compatíveis com sua estrutura
biológica. Nesse aspecto, a utilização do dispositivo intrauterino constitui uma alternativa viável
para a paciente.
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162 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Obesidade associada ao Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade
Victória Gontijo Neves
Renata Mayumi Hamaoka
Natália Gontijo Ribeiro
Daniela Vinhaes dos Reis
Maria Cecília G. P. F. de Lima
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo deste trabalho é descrever um quadro de obesidade associado ao Transtorno de
Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) com comorbidades psiquiátricas, avaliando a
importância do diagnóstico psiquiátrico para o sucesso no tratamento da obesidade.
Descrição do caso: Maria, 57 anos solteira e servidora pública procurou auxilio psiquiátrico por
apresentar depressão com ansiedade recorrentes havia anos, com resposta insatisfatória aos
tratamentos médicos e psicoterápicos que fazia desde o início da vida adulta. Relatava ainda
obesidade desde a adolescência e dificuldade de melhora desta. Apresentava ainda dificuldade de
atenção concentração e impulsividade. Recebeu diagnóstico de transtorno misto ansioso depressivo e
TDAH além da obesidade (IMC = 45). Foi medicada com venlafaxina + topiramato + metilfenidato
+ clonazepan e encaminhada para terapia cognitivo comportamental semanal. Atualmente apresenta
melhora dos sintomas depressivos e da ansiedade além da desatenção e da desorganização. Relata
diminuição da compulsão alimentar e menor dificuldade para seguir programa de alimentação e
exercício físico regular, com perda de peso (IMC=42).
Discussão: A obesidade e o comer compulsivo com frequência estão associados a alguns quadros
psiquiátricos, dentre eles o Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH). O TDAH no adulto raramente
cursa sozinho, apresentando-se na maioria das vezes com outros diagnósticos psiquiátricos
comórbidos, especialmente os transtornos de humor e de ansiedade, que podem agravar o transtorno
alimentar existente. Estudos apontam que o sintoma de impulsividade causado pelo TDAH seja um
importante fator relacionado a obesidade, dificultando a aderência disciplinada a dietas. Dessa
forma, o tratamento primário do TDAH e de suas comorbidades psiquiátricas na paciente teve
relevância significativa para o tratamento da obesidade.
Conclusão: Nos casos de obesidade e comer compulsivo é importante avaliar a existência de
transtornos psiquiátricos como o TDAH que dificultam o tratamento do quadro alimentar se não
abordados.
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163 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Osteotomia Desvarizante Tibial Proximal - Relato de Caso
Renato Nascimento Araújo
Rafael Costa Nerys
Carlos P. de Araújo Júnior
Fernando Nascimento Araújo
Anna Paula Oliveira Machado
Arthur Azevedo Araújo
Instituição: FACIPLAC
Objetivo: Relatar um caso de um paciente portador de Geno Varo que levou a complicações a longo
prazo, no intuito de evidenciar e discutir as alterações que a manutenção do quadro pode levar, bem
como as técnicas cirúrgicas para seu tratamento e restabelecimento do eixo mecânico do membro
inferior.
Descrição do caso: Um paciente do sexo masculino, 26 anos de idade deu entrada no HRG com
queixa de dor articular no joelho esquerdo há aproximadamente 3,5 anos. Relatava dor de moderada
intensidade, com melhora ao repouso e piora ao deambular, sendo então diagnosticado Geno Varo.
Durante acompanhamento ambulatorial evoluiu com piora do quadro, sendo solicitados exames
complementares, onde constatou-se rotura do menisco medial associado a cisto parameniscal e
condropatia patelar. Foi então indicada cirurgia para correção de tais patologias. Realizou-se
osteotomia tibial proximal medial em cunha de adição fixada com placa calço e em seguida
videoartroscopia para o tratamento da rotura meniscal. Os procedimentos foram limpos e sem
intercorrências. Em 4 semanas iniciou-se movimentos sem carga; em 6 semanas deambulação com
carga parcial e em 8 semanas marcha com carga total após acompanhamento radiográfico.
Discussão: As deformidades angulares do joelho apresentam etiologia multifatorial, dentre elas a
osteoartrose, patologia degenerativa com caráter progressivo. Seu desfecho final é sempre a
destruição do tecido condral e suas inerentes consequências. Há décadas as deformidades angulares
do joelho veem sendo tratadas pela técnica de osteotomia tibial proximal. Uma das vantagens deste
tratamento é diminuir a velocidade de progressão deste fenômeno patológico. A osteotomia
desvarizante proximal da tíbia é o procedimento preconizado para tratamento das deformidades
angulares em varo do joelho, secundárias à osteoartrose do compartimento medial ou de outras
etiologias. Quando indicada dentro dos critérios, a restauração do eixo mecânico do membro inferior
e o consequente equilíbrio na distribuição de carga articular levam ao alívio álgico e um ganho
funcional com melhora da qualidade de vida do paciente.
Conclusão: Com o presente relato de caso foi possível concluir que o paciente Geno Varo pode
desenvolver outras patologias associadas decorrentes do eixo mecânico inadequado nos membros
inferiores, ocasionando dor e degeneração da articulação do joelho acometido. Quando as
complicações advindas do quadro são adequadamente tratadas, obtemos alívio sintomático e ganho
funcional com consequente melhora da qualidade de vida do paciente.
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164 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Panorama da febre amarela no Brasil: uma análise de 2000-2013
Allana Laís Rocha Pereira
Isabella Miranda Guimarães
Lorena Bessa Freire Rolim
Kelsen Mota Moura
Pamella Renata Marinho Miranda
Ruth da Conceição C. e Silva
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Analisar a incidência da febre amarela no Brasil de 2000 a 2013 e identificar as medidas
de profilaxia e controle.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de estudo descritivo, realizado por meio de pesquisa
bibliográfica. Os dados foram obtidos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde –
DATASUS e revisões de literatura, além de informações gerais colhidas no site do Ministério da
Saúde. Para complementação, foi realizada visita à Subsecretaria de Vigilância em Saúde, da
Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal.
Discussão: A Febre Amarela é uma zoonose infecciosa aguda cujo agente etiológico é o vírus
amarílico, um flavivirus. Transmitida principalmente pelos mosquitos Haemagogus janthinomys
(Febre Amarela Silvestre - FAS) e Aedes aegypti (Febre Amarela Urbana - FAU). É caracterizada
por quadro febril, mas há nas formas assintomática e sintomática, portanto o diagnóstico diferencial
de outras doenças deve ser oportuno. A FAU é incomum no Brasil, o último registro foi em 1942, no
Acre. Há casos esporádicos sobretudo nas Regiões Norte (N) e Centro-Oeste (CO), geralmente em
indivíduos não imunizados que estiveram em regiões de risco. Em 2003, ocorreu um surto em Minas
Gerais, mas, analisando-se o período de 2000 a 2013, observa-se que houve queda acentuada,
sobretudo em 2010. Na região CO, endêmica, há maior concentração de casos, em especial Goiás. A
região Sudeste, zona de transição, apresenta número relevante de casos, principalmente em Minas
Gerais e São Paulo. Já no Distrito Federal, até maio de 2015, houve duas mortes de indivíduos
provenientes de zonas de risco (casos alóctones). A vacina é a melhor forma de prevenção e, após
sua inclusão no calendário de vacinação, a incidência diminuiu no Brasil. Outras medidas
profiláticas incluem: uso de vestimentas que cubram a maior parte do corpo, de repelente e de
mosquiteiros; aplicação de inseticidas (controle do vetor) e orientação aos viajantes.
Conclusão: Promover campanhas e intensificar ações para garantir a cobertura vacinal (inclusive
busca ativa) são medidas eficazes do Ministério da Saúde no controle da doença e para evitar surtos
epidêmicos, principalmente nas regiões endêmicas (Norte e Centro-Oeste) e de transição (Sudeste).
É relevante a notificação dos casos suspeitos ou confirmados para reduzir a incidência da FAS,
assim como impedir a transmissão urbana e detectar oportunamente a circulação viral para orientar
as medidas de controle.
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165 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Pediculose: uma ectoparasitose negligenciada
Nathália Telles da Costa
Valéria Nogueira Naves
Lara de Paula Sousa
Marine Gontijo Freitas
Ana Carolina Andrade Canut
José Gabriel Rodrigues Júnior
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Caracterizar a Pediculose em seus mais amplos aspectos como: definição, morfologia,
ciclo biológico, epidemiologia, sintomatologia, diagnóstico e tratamento; ressaltando assim, a
importância dessa ectoparasitose que é tão negligenciada.
Metodologia e fonte de dados: Além da análise de livros conceituados acerca do tema Parasitologia
Humana, também foram realizadas pesquisas nos bancos de dados: Scielo e Pubmed, utilizando-se
as seguintes palavras-chaves: “Parasitologia”, “Ectoparasitose” e “Pediculose”. Os filtros de busca
ativados foram <> e <<5 years>>.
Discussão: A pediculose é provocada pela infestação na pele, cabelos ou pêlos do corpo de insetos
hematófagos de reduzidas dimensões, de modo a sobreviverem e reproduzirem-se nos tecidos
cutâneos. Existem três tipos de insetos que reúnem estas características, todos eles picam a pele,
introduzindo juntamente com a sua saliva uma substância irritante que origina um intenso prurido e,
caso estejam infectados por outros micro-organismos, podem transmitir outras doenças infecciosas.
A principal manifestação da pediculose corresponde, portanto, ao prurido provocado pelas picadas
dos insetos, normalmente tão intenso que incita ao coçar exacerbado. Todavia, além de não aliviar os
sintomas, o coçar acaba por agravá-los, favorecendo o desenvolvimento de lesões cutâneas
características que podem ser facilmente observadas. Em suma, são pequenas erosões na pele,
localizadas, por exemplo, no couro cabeludo e por trás das orelhas, ou pequenas manchas azuis
muito características, no caso da pediculose do corpo. O tratamento consiste na eliminação dos
insetos e das suas lêndeas através da utilização de vários tipos de substâncias inseticidas, além disso,
devem-se utilizar pinças ou pentes finos para extrair os insetos ou lêndeas mais firmemente
agarrados. Por outro lado, é imprescindível que este tratamento inclua a desinfestação das roupas,
toalhas e outros utensílios pessoais potencialmente infestados.
Conclusão: A pediculose - uma das mais prevalentes ectoparasitoses - é, portanto, causada pela
infestação de insetos hematófagos de pequeno tamanho na pele, couro cabeludo e demais pelos do
corpo humano. Essa infestação causa um intenso prurido que pode gerar ainda, lesões cutâneas que
favorecem a co-infecção por outros agentes. O diagnóstico envolve a associação das manifestações
clínicas com a própria visualização a olho nu do inseto causador. Já o tratamento baseia-se na
eliminação de tais insetos através de pentes finos, principalmente.
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166 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Pênfigo gestacional: Um relato de Caso
Maisa da Silva Dulci Medeiros
Rayanne Garrido Monteiro de Andrade
Jairo Martinez Zapata
Letícia Cardoso Morales
Juliana da Luz Araújo
Gabriella Maria Lucena Viana
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O presente trabalho tem como intuito evidenciar uma reação auto-imune rara que ocorre na
gestação e é erroneamente diagnosticada como Varicela devido características das lesões, mas difere
dessa por apresentar intenso prurido e queimação, podendo resultar em prematuridade e baixo peso
ao nascer.
Descrição do caso: MC, 35 anos, feminino, residente em Taguatinga-DF, gestante com 11 semanas e
4 dias segundo DUM. Procurou o HRT, apresentando lesões eritêmato-papulosas confluentes em
face, região torácica e extremidades levando a eliminação de secreção purulenta de odor fétido e
posterior formação de crostas associado a prurido e queimação, com 10 dias de evolução. Refere ter
recebido diagnóstico prévio de Varicela sendo indicados banhos com Permanganato de K+, tendo
evidenciado piora das lesões. Nega alergias e uso de medicamentos. Ao exame físico apresentava
crostas anulares, com vesículas e bolhas em suas extremidades, em grande parte da superfície
corporal. Foi realizado biópsia e o histopatológico compatível com Pênfigo gestacional. Iniciado
tratamento com Prednisona 70 mg/VO de manhã e posterior redução da dose, tendo recebido alta
para acompanhamento na dermatologia e pré-natal de alto risco.
Discussão: O pênfigo gestacional, também conhecido como herpes gestacional, é uma doença autoimune rara que ocorre em multíparas por volta da 3º e 4º décadas de vida, entre a 28º e 32º semana
de gestação ou no pós-parto imediato, tendo ocorrência de 1 para cada 50000 gestantes, tendendo a
recorrência nas gestações subsequentes. É a principal dermatose auto-imune relacionada à gravidez,
sendo desencadeada por auto anticorpos que atuam na junção dermo-epidérmica, levando a
formação de bolhas subepidérmicas, tendo evolução relacionada com alterações de estrogênio. As
lesões iniciam-se com aspecto eritemato-papuloso e confluem para pústulas e crostas,
predominantemente em tórax e abdome face e extremidades, atingindo conformação anular,
diferenciando da varicela pela evolução das lesões e por apresentar um período de acometimento
mais extenso.
Conclusão: Devido ao polimorfismo das lesões, geralmente, as gestantes são diagnosticadas com
varicela levando ao atraso na corticoterapia. A paciente em questão apresentou às lesões em uma
idade gestacional inferior a relatada na maioria dos casos, favorecendo a dificuldade de diagnóstico.
É importante que os profissionais da saúde suspeitem de Pênfigo gestacional em pacientes com
lesões inicialmente apontadas como Varicela, sem regressão espontânea, a fim de tratar
adequadamente a mãe e proteger o feto.
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167 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Pentalogia de Cantrell: revisão bibliográfica
Marcelo Ribeiro Artiaga
Kellen Karenine Pinho de Medeiros
Wendel Silva Issi
Rebeca Marques Margoto
Isac César Roldão Leite
Paulo Juvêncio Gomes Tubino
Instituição: Faciplac
Objetivo: Discorrer acerca da Pentalogia de Cantrell, anomalia congênita rara e, na maioria das
vezes, fatal. É caracterizada por ectopia cardíaca e outras anomalias associadas.
Metodologia e fonte de dados: Utilização de artigos publicados em revistas científicas, apresentando
os principais achados literários sobre características, diagnóstico e tratamento da Síndrome de
Cantrell.
Discussão: A Pentalogia de Cantrell é uma anomalia congênita rara, descrita em 1958. Sua
incidência é de 5-8 / 1.000.000 de nascidos vivos. É resultante de uma falha de desenvolvimento do
mesoderma anterior. Caracterizada por ectopia cordis, onfalocele, defeitos intracardíacos, hérnia
diafragmática anterior e defeito no esterno distal. Sua patogenia ainda é desconhecida. Embora a
participação genética seja aparentemente ausente, foi verificada alta prevalência da trissomia do
cromossomo 13 ou 18. É normalmente detectada ao nascimento. Radiografia de tórax pode revelar
dextrocardia e/ou outras anomalias torácicas. A ecocardiografia, a ressonância nuclear magnética e o
estudo hemodinâmico evidenciam com precisão os defeitos cardíacos associados. Também é muito
importante o diagnóstico pré-natal, com detalhamento dos defeitos, o que possibilita programação do
parto. O tratamento é cirúrgico. A correção precoce dos defeitos leva em consideração a gravidade
das malformações presentes.
Conclusão: A Síndrome de Cantrell é extremamente rara. Os defeitos cardíacos presentes são
determinantes de altas taxas de mortalidade. Constitui um desafio cirúrgico devido à complexidade
das malformações congênitas presentes, desencadeando uma baixa expectativa de vida.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Perfil da mortalidade em idosos no Distrito Federal no período de 2000 a 2010
Renato da Silva Cordeiro Colenghi
Mylena Moraes
Ruth Sacco
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Descrever o perfil da mortalidade em idosos no Distrito Federal (DF) de 2000 a 2010,
caracterizando-o por Regiões Administrativas (RA) segundo a Classificação Internacional de
Doenças (CID-10), e identificar as condições de vida dos idosos nas diferentes RA do DF.
Material e métodos: Trata-se de estudo ecológico, de caráter exploratório e retrospectivo, baseado
em dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Companhia de Planejamento do DF
(CODEPLAN – DF), que foram analisados com base na CID-10 e em diferentes indicadores
socioeconômicos, e trabalhados a partir dos softwares Tab Win 3.2 e Microsoft Office Excel 2007.
Discussão: O Censo Demográfico de 2010 apontou que a população do Distrito Federal possui 7,7%
de idosos (indivíduos ≥ 60 anos). Em menos de 40 anos, o Brasil transicionou para um quadro de
enfermidades complexas e onerosas comuns, onde a expectativa de vida é alta e se caracteriza por
doenças crônicas que exigem cuidados constantes, inclusive com terapêutica medicamentosa e
recursos diagnósticos para monitoramento. A maior concentração de idosos no DF está nas RA de
maior nível socioeconômico, como Lago Sul (19,9%), o Lago Norte (15,3%) e Brasília (13,9%). As
principais causas de mortalidade em idosos no DF foram doenças do aparelho circulatório (DAC),
neoplasias (NEO), doenças do aparelho respiratório (DAR) e doenças endócrinas e metabólicas. Essa
hierarquia em número de óbitos por causas específicas, de modo geral, foi observada em todas as RA
do DF, independente de a região ser mais ou menos desenvolvida e/ou de os idosos serem ou não
alfabetizados.
Conclusão: O maior percentual de idosos no DF concentra-se em RAs de maior renda. Observa-se
que qualidade de vida e melhor acesso a direitos sociais como educação e saúde estão relacionados à
longevidade. As principais causas de mortalidade foram as DAC, NEO e DAR, todas com tendência
de aumento nesse grupo. Conhecer o perfil de mortalidade em idosos é imprescindível para as ações
de planejamento, monitoramento e avaliação de ações e programas de saúde.
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169 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Perfil Epidemiológico da APAE de Araguari - MG
Nathália Alfaix Martins Palheiro Vicente
Ana Carolina Ferreira Borges
Jaqueline Mendonça Gondim
Felipe Rodrigues Braz
Efigênia A. Maciel de Freitas
Instituição: IMEPAC – Araguari
Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE)
de Araguari, para que assim, seja possível estabelecer melhoras no atendimento dos Portadores de
Necessidades Especiais (PNE).
Material e métodos: Foi realizada uma pesquisa de caráter exploratório, do tipo quantitativo, na
APAE de Araguari-MG. Essa instituição é de caráter filantrópico, com atuação na área de ensino e
saúde especializada no atendimento de PNE. Foram avaliados os prontuários de todos os 344
usuários da APAE e os dados observados foram lançados em planilha, visando estabelecer o perfil
epidemiológico da população assistida.
Discussão: Dos 344 prontuários analisados 201 (61%) eram do sexo masculino e 134 (39%) do sexo
feminino, deste total 74% estavam na faixa etária até 15 anos de idade, sendo: entre 0 a 5 anos
(19%), 6 a 10 anos (30%), de 11 a 15 anos (25%), 16 a 40 anos (23%) e somente 3% acima dos 40
anos. Quanto à renda familiar identificou-se que 59% das famílias são de renda baixa ou média.
Observou-se que 71% dos usuários utilizam simultaneamente a escola e a clínica, e 29% somente a
clínica. A análise das patologias revelou que 81% dos usuários não possuem diagnóstico
determinado, apresentando apenas sintomas clínicos comuns a muitas doenças. Como a APAE não
possui neurologistas, psiquiatras e pediatras em atendimento regular, torna-se difícil concluir os
diagnósticos. A Paralisia Cerebral (8%) e a Síndrome de Down (5%) são as patologias mais
frequentes, porém doenças menos comuns, como Cri-D u-Chat, Síndrome de Rubistein Taylbi, e
Autismo também foram observadas, totalizando, em conjunto, 3,5% do total.
Conclusão: Através dessa pesquisa, foi possível traçar o perfil epidemiológico dos usuários e
observar que a maioria dos usuários ainda está em uma idade adequada para estímulo precoce.
Assim, percebe-se uma imprescindível melhora no atendimento clínico, principalmente pela falta de
médicos regulares na clínica. Com o acompanhamento mais constante e próximo dos pacientes, o
diagnóstico pode ser realizado com mais facilidade e o tratamento também pode ser avaliado, quanto
à melhora, estagnação ou piora.
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170 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Perfil sociodemográfico dos estudantes de medicina da UCB: Um olhar sobre o estudo
QUALIMED-UCB
Greice de Campos Oliveira
Camila Dias Rodrigues
Marcus Vinícius Silva Ferreira
Tânia Torres Rosa
Osvaldo Sampaio Netto
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico dos acadêmicos de medicina da Universidade
Católica de Brasília.
Material e métodos: O estudo QUALIMED-UCB consiste em estudo transversal de base
populacional no qual foram aplicados questionários relativos a perfil sociodemográfico, qualidade de
vida, atividade física e consumo de álcool. Participaram voluntariamente do estudo acadêmicos do 1º
ao 12º semestre matriculados no curso de medicina da Universidade Católica de Brasília (UCB) no
2º semestre letivo de 2014. O questionário sociodemográfico é composto por perguntas de múltipla
escolha a respeito de semestre cursado, idade, sexo, estado civil, filhos, residência atual e prévia,
renda, bolsa ou FIES, transporte, fumo, religião, outra ocupação e atividade acadêmica
extracurricular. Foi realizada análise descritiva dos dados com síntese de gráficos por meio do SPSS
20.0 e do Excel 2013.
Discussão: Participaram do estudo 400 estudantes, com adesão variando entre 33% (12°) e 95% (5°)
entre os semestres. A pesquisa mostrou que 65,8% dos estudantes eram do sexo feminino e que a
idade média foi de 22,81 anos, variando entre 17 a 55 anos. Com relação ao estado civil, 94,5 %
eram solteiros, 5% casados e 0,5% divorciados, com apenas 3,3% total referindo ter filhos. Dos
alunos, 68,3% moravam com algum familiar e 62,2% moravam em Brasília antes de ingressar na
universidade. Apenas 48% dos estudantes possuem renda familiar mensal maior que 20 salários
mínimos, 53,3% possuem FIES e 7% possuem PROUNI. Dos que possuem FIES, 61,1% possuem
financiamento de 100%. Sobre o meio de transporte, 76,8% utilizavam carro próprio. 3% dos
estudantes declararam-se fumantes e 85,5% possuíam algum tipo de religião. Declararam possuir
outra ocupação profissional 13,1% dos participantes, das quais 32,1% eram relacionadas à área de
saúde. Por fim, 69,6% realizavam alguma atividade acadêmica extracurricular.
Conclusão: A pesquisa QUALIMED-UCB realizou o primeiro censo acadêmico que retrata as
características sociodemográficas dos estudantes de medicina da Universidade Católica de Brasília
no segundo semestre de 2014. A partir deste trabalho, pode-se idealizar novos estudos e outros
censos nos próximos anos para acompanhar e comparar as mudanças no corpo discente buscando
melhor orientar o projeto pedagógico no aperfeiçoamento da formação médica.
Email: [email protected]
171 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Pesquisa com Células Tronco Embrionárias no Contexto Bioético
Maisa da Silva Dulci Medeiros
Diaulas Costa Ribeiro
Paulo da D'Arcádia de B. Neto
Juliana da Luz Araújo
Rayanne Garrido Monteiro de Andrade
Gabriella Maria Lucena Viana
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: A presente revisão de literatura busca explanar sobre as pesquisas com células tronco
embrionárias, já que os números de projetos empregando essas células têm se tornado cada vez
maiores, esclarecendo o que realmente é permitido ou não, uma vez que se trata de um assunto
polêmico.
Metodologia e fonte de dados: Foi utilizado o método dialético dentro de pesquisa qualitativa, pois
se trata de pesquisa acadêmica voltada para a exposição da visão preexistente acerca do assunto
abordado. Foi fundamental a consulta à literatura médica, aliadas aos ensinamentos observados em
sala de aula, bem como a diversas pesquisas acadêmicas acerca do assunto em sites e artigos
publicados no Pubmed e Scielo.
Discussão: As pesquisas com células-troncos embrionárias revelaram, desde os primeiros
experimentos, grande expectativa da comunidade científica e renovada esperança para os pacientes
com patologias incuráveis. Porém, inúmeros são os questionamentos éticos e religiosos acerca do
assunto. Apesar de ser um tema recente, os avanços nessa área são promissores. A partir da década
de 50, pesquisadores já haviam tomado conhecimento da capacidade de as células tronco
embrionárias se transformar em células de todos os tecidos do organismo. Com a evolução
biotecnológica, que permitiu avanços nas pesquisas in vitro entre as décadas de 80 e 90, foram
desenvolvidas técnicas consideradas a gênese das pesquisas com células tronco. A partir de inúmeras
controvérsias sociais, em diversos países, cada um acabou adotando uma legislação embasada em
suas concepções acerca do tema. No Brasil, há grande oposição religiosa em relação às pesquisas
com células tronco embrionárias, consideradas titulares do direito à vida. Nesse tocante, a bioética
tem norteando a busca de um consenso, de maneira a superar esses óbices com argumentação
principiológica que visa a resguardar as pesquisas, cujos resultados serão destinados a, também,
garantir a vida e a dignidade da pessoa humana.
Conclusão: Do ponto de vista bioético, as pesquisas com células tronco embrionárias não afrontam o
direito à vida nem a ética médica, já que esses embriões jamais seriam utilizados para gerar uma
pessoa. Logo, podem ser utilizados em pesquisas científicas e beneficiar um número indefinido de
enfermos. Enquanto isso, pesquisas com células tronco extraídas de outras partes do corpo humano
apresentam perspectivas de resolver o impasse ético-religioso que ainda limita esse grande avanço
científico.
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172 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Pesquisa Realizada com Estudantes de Nível Médio e Superior sobre Tabagismo – Um
Problema de Saúde Pública
Alessandra De Souza Rocha
Gilda Elizabeth Oliveira da Fonseca
Raphaela Mendes Moreira
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Verificar o perfil dos estudantes de ensino médio de escola pública e particular e dos
universitários de 1º e 5º ano de medicina, em relação ao uso de cigarro, seus conhecimentos e com
base nos resultados poder atuar em melhorar a educação em saúde.
Material e métodos: Foi aplicado um questionário em alunos do 3º ano do ensino médio de escolas
públicas e privadas, e em universitários do 1º e 5º ano de medicina. Composto por 22 perguntas em
relação ao tabagismo, maconha, narguilé.
Discussão: A maioria dos estudantes não consome tabaco (média de 80%), porém um número
considerável utiliza outras drogas, como a maconha. Nas escolas, cerca de 20% dos entrevistados
acham que fumar é atraente, chique, que inclusive demonstra uma ascensão social. Quase a
totalidade de estudantes conhece o narguilé – cachimbo de água. Há alunos de medicina que não tem
o conhecimento dos malefícios que o fumo pode causar, de que é uma doença e que pode ser tratada,
que piora e desencadeia outras tantas doenças. Em média, 30% dos alunos do 1º ano do curso de
medicina e dos estudantes do ensino médio desconhecem a existência de tratamento. Em todos os
grupos há discordância sobre a lei antifumo, mas presente nos estudantes da escola pública, cerca de
42% foram contra a proibição.
Conclusão: A informação correta deve estar ao alcance das pessoas, de todas as idades, de todas as
classes sociais e escolaridade. É fundamental saber que o tabagismo é uma doença. Todos os
profissionais de saúde têm a obrigação de esclarecer sobre os fatores de risco e malefícios do fumo.
Aplicando-se o questionário em uma população jovem, rastreando as informações que possuem,
pode se propor ações de educação em saúde, atuando na prevenção.
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173 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Pielonefrite na Gravidez
Bruno Oliveira Leite
Samuel de Sousa Alencar
Ana Maria Álvares Amorim
Arthur Camilo Sant'anna Leite
Lourival De Paiva Júnior
Camilla Oliveira Leite
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Cerca de 2 a 10% das gestantes contraem infecções do trato urinário e dessas 30% são
acometidas por pielonefrite, uma vez que sofrem mudanças anatômicas e fisiológicas no trato
urinário. Nosso objetivo é apresentar causas e aspectos clínicos da pielonefrite na gravidez.
Metodologia e fonte de dados: No presente trabalho, foi utilizado pesquisa nas bases de dados:
Pubmed, Scielo e Biblioteca Virtual Brasileira, para obtenção de informações em artigos sobre
pielonefrite na gravidez com intuito de realizar-se uma revisão de literatura sobre o tema.
Discussão: A presença de bactéria Escherichia coli na urina humana caracteriza quadro de infecção
do trato urinário. Durante a gravidez ocorrem mudanças anatômicas e fisiológicas no trato urinário,
tais como: dilatação do sistema coletor, redução do tônus vesical, o que influi para a ocorrência de
maiores índices de pielonefrite, onde, aproximadamente 20 a 40% das mulheres bacteriúricas
assintomáticas desenvolvem-na na gravidez. Por conseguinte, os sinais clínicos aparecem de forma
repentina. A paciente apresenta cólica renal, dor na loja renal, disúria, urina fétida e concentrada. O
diagnóstico é auxiliado pela coleta de jato médio de urina, com análise do sedimento urinário e
urocultura com antibiograma. Caso não tratada, a doença pode evoluir para convulsões, choque
séptico e acometer o feto, provocando aborto, nascimento prematuro e distúrbios no
desenvolvimento do tubo neural. Dessa forma, é de suma importância o tratamento imediato para o
combate desta bacteriúria. Pacientes quando assintomáticas recebem tratamento ambulatorial, os
fármacos de escolha são Cefalexina e Ampicilina, ambas de 500mg, via oral, de seis em seis horas
por sete dias. Gestantes sintomáticas com maior grau de comprometimento devem ser hospitalizadas
para monitorização de sinais vitais e débito urinário, controle da dor, correção de pH urinário e
administração de antibiótico parenteral sendo a Cefuroxima.
Conclusão: A pielonefrite causa importantes alterações no ciclo gravídico, consoante a isso, suas
complicações podem ser evitadas com a realização do pré-natal, eventual diagnóstico precoce e
tratamento da doença em estado pouco complicado. Apesar de ser uma infecção comum, a
pielonefrite pode vir a tornar-se grande causadora de anomalias congênitas como distúrbios
neurológicos e insuficiência respiratória. O tratamento da doença está bem estabelecido e
evidenciado.
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174 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Pneumonia complicada em criança de onze anos decorrente de uma provável resistência
bacteriana
Francisca Joelma Rodrigues de Lima
Iara Cristina Arruda Vale
Nathália Telles da Costa
Vinícius Oliveira Domingues
Nathália Freire Bandeira
Éloa Medeiros
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Demonstrar a correlação entre a utilização indiscriminada de antibióticos e o aparecimento
de microorganismos resistentes que ocasionam o aparecimento de complicações em determinadas
doenças.
Descrição do caso: A.G.P.S., 11 anos, masculino, pardo, estudante. Natural de Valparaíso de Goiás,
residente e procedente de Ceilândia Sul, há 10 anos no DF. Enfermaria D, HRC, pediatria, SUS. QP:
Febre e dor nas costelas do lado esquerdo há 3 dias. HDA: Paciente refere faringoamidalite e
infecção do trato urinário (ITU) de repetição, sendo seis e três casos no último ano, respectivamente.
Há três dias começou a apresentar dor torácica de início insidioso, localizada em hemitórax
esquerdo, ventilatória dependente, em pontada, sem irradiação, de média intensidade (4 em 10),
tendo como fator de piora a deambulação e como fator de melhora o repouso. Somou-se ao quadro
dispneia e febre não aferida. Procurou o serviço médico, sendo medicado com amoxicilina. Há um
dia continuou a apresentar dor torácica com as mesmas características já citadas, mas desta vez de
grande intensidade (10 em 10). Não observando melhora no quadro foi levado ao HRC.
Discussão: É um caso interessante, pois o paciente em questão apresentou seis casos de
faringoamidalite e três casos de ITU no último ano. Procurou o serviço médico em todos os casos.
Ao realizar a conta da quantidade de antibiótico ingerido durante os tratamentos temos: 165 gramas
de amoxicilina e 24,75 gramas de cefalexina, ao total foram dois meses e 15 dias em uso de
antibiótico durante o último ano. Ao observar esse caso podemos pensar em uma provável
resistência bacteriana, pois o paciente sempre é tratado e no prazo de no máximo de um mês a
faringoamidalite retorna, outro ponto que chama a atenção são as três ITUs que ele apresentou, sabese que não é uma infenção comum em homens devido a anatomia masculina e sempre que aparece
pode evidenciar algo mais grave ou deficiência do sistema imunológico. Nesse caso específico pode
ser pensado em bactérias resistentes aos antibióticos utilizados.
Conclusão: Como pode ser observado é de suma importância colher a história clínica do paciente e a
partir daí decidir o possível tratamento que será seguido, pois continuar em uso de determinado
medicamento por muito tempo pode reduzir ou abolir sua eficácia, bem como contribuir para o
aparecimento de microorganismos resistentes, outro ponto a ser observado é a necessidade da coleta
de materiais para a realização de culturas, pois a identificação bacteriana facilita o tratamento
adequado.
Email: [email protected]
175 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Porfiria aguda intermitente - conceito, clínica, diagnóstico e tratamento - artigo de revisão
Gibran Silva Elias
Fellipe de Sousa
Auro Vieira de Paiva Junior
Francelly Alves do Nascimento
Carolina Fernandes de Oliveira
Hélio Henrique Medeiros Pires
Instituição: Hospital Regional de Taguatinga – DF
Objetivo: O presente estudo faz uma revisão de literatura dando ênfase ao conceito, às manifestações
clínicas, ao reconhecimento diagnóstico e ao tratamento da porfiria aguda intermitente, importante
diagnóstico diferencial em quadros de dor abdominal.
Metodologia e fonte de dados: As informações sobre o tema foram colhidas de artigos científicos e
guidelines encontrados a partir de pesquisa nas bases de dados (PUBMED, Scielo, Medline), através
das palavras-chave: “Porphyria”, “acute intermittent porphyria”, “Porfiria”, “Porfiria aguda
intermitente”, “Treatment of acute intermittent porphyria”, “Porphyria pathogenesis”.
Discussão: A porfiria aguda intermitente é doença autossômica dominante caracterizada por redução
da atividade da enzima porfobilinogênio desaminase, que gera o acúmulo de porfirinas e a queda do
heme intracelulares, levando à perda do feedback negativo deste sobre a produção daquelas.
Porfirinas são neurotóxicas e, na pele, aumentam a produção de radicais livres; há também distúrbios
hidroeletrolíticos e neuropsiquiátricos, dor abdominal difusa e intensa, neuropatia com fraqueza
muscular e rápida evolução a tetraplegia, paralisia respiratória e bulbar. Hiponatremia é o distúrbio
hidroeletrolítico mais frequente (síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético SIADH). Para o diagnóstico, importam grande suspeita clínica e atenção ao histórico pessoal e
familiar do paciente. O teste mais importante é a dosagem de porfobilinogênio na urina, usualmente
elevada. O tratamento inclui remover fatores precipitantes, monitorar ventilação, controlar sintomas
com drogas seguras e garantir aporte de carboidratos. Dor é controlada com opioides. Hipertensão e
taquicardia respondem a beta-bloqueadores, na ausência de hipovolemia ou fatores de risco para
parada cardíaca. Cuidados intensivos devem estar disponíveis, pelo risco de falência ventilatória e
acometimento bulbar. Derivados do heme revertem e resolvem a crise, reativando o feedback
negativo do heme sobre a enzima ALA sintetase.
Conclusão: A porfiria aguda intermitente é doença de caráter genético que se manifesta de forma
heterogênea, que deve ser lembrada nos casos agudos de dor abdominal de causa desconhecida,
associada a sinais neurológicos como paresias, distúrbios hidroeletrolíticos e psiquiátricos,
especialmente em pacientes com fatores precipitantes, histórico de crises recorrentes e histórico
familiar de porfiria. O diagnóstico e a terapêutica adequados são fundamentais pela gravidade
potencial da doença.
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176 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Pré-eclâmpsia: diagnóstico, tratamento e prevenção
Larissa Araújo Dutra de Carvalho
Daniela Vinhaes dos Reis
Natália Pierdoná
Nathália Gomes Mialichi
Natália Cristina Moreira Neves
Fábio Santana dos Passos
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: As doenças hipertensivas da gravidez são acometimentos muito comuns e que contribuem
significativamente tanto para morbimortalidade materna quanto fetal. Este trabalho tem como
objetivo destacar a importância de se saber fazer o diagnóstico, tratamento e prevenção adequados
da pré-eclâmpsia.
Metodologia e fonte de dados: Este trabalho foi feito por meio da revisão do protocolo de
Hipertensão na Gestação de 2013 pelo Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia e revisão de
artigos do Ministério da Saúde do Brasil e base de dados PubMed.
Discussão: A pré-eclâmpsia é uma desordem hipertensiva específica da gravidez muito comum no
meio obstétrico, que envolve múltiplos mecanismos. Geralmente ocorre após a 20ª semana de
gestação e é caracterizada por hipertensão persistente e proteinúria. Ela também pode ser
acompanhada de sintomas como distúrbios visuais, cefaleia, epigastralgia e edema. Acomete
principalmente pacientes com parentes de primeiro grau acometidos com o distúrbio, gestação
múltipla, idade materna acima de 40 anos, obesidade, diabetes, hipertensão prévia, entre outros.
Diversas estratégias para prevenção da pré-eclâmpsia estão sendo desenvolvidas; o uso de agentes
antiplaquetários, dieta com ingesta de sal controlada e complementada com vitaminas C e E e
exercícios físicos estão entre as formas de prevenir a pré-eclâmpsia. Em relação ao tratamento, o
principal objetivo é a segurança materna e fetal. Para isso, a principal intervenção é a interrupção do
parto para gestação acima de 37 semanas ou acima de 34 com complicações e instabilidade fetal.
Caso se tenha condições de prosseguir com a gestação, o uso de anti-hipertensivos pode ser
considerado.
Conclusão: As desordens hipertensivas da gestação, em especial a pré-eclâmpsia, representam uma
das principais intercorrências gestacionais no Brasil, com importante morbimortalidade materna e
fetal. O reconhecimentos dos sintomas, diagnóstico, manejo adequado e prevenção são de extrema
importância para um desfecho favorável para mãe e feto e diminuição do impacto dessa
intercorrência no país.
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177 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Prevalência de lesões neoplásicas induzidas pelo HPV em pacientes portadoras do HIV
Julia Beluco Ferreira
Ana Rosa Costa Melo
Diego Vinícius Gonçalves Santa
Mariana Mai Akaishi
Fellipe Marques da Silva Araujo
Frederico Correa
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Correlacionar a prevalência de lesões neoplásicas induzidas pelo HPV em mulheres
portadoras do HIV, bem como destacar as principais formas de neoplasias intra-epiteliais
encontradas, e os principais sítios acometidos por essas neoplasias.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de um estudo de revisão de literatura, no qual foram
analisados 9 trabalhos, publicados entre 2002 e 2014, que se estendeu pelo mês de junho de 2015,
utilizando com o base de dados as plataformas de pesquisas da Scielo, Medline e PUBMED.
Discussão: Mesmo com o avanço do conhecimento sobre formas de prevenção e terapia
antirretroviral, a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) continua crescendo,
principalmente na população feminina. Dessa mesma forma, a infecção pelo vírus do papiloma
humano (HPV), vem se disseminando por esse grupo. Nota-se a maior prevalência do DNA-HPV,
principalmente os tipos oncóticos, na cérvice e vagina de mulheres soropositivas - 73,2%,
comparado a 23,8% em soronegativas - sendo mais frequente as infecções por múltiplos tipos de
HPV, bem como a incidência de lesões precursoras do câncer cervical. Também se nota a maior
gravidade das lesões neoplásicas cervicais em pacientes com infecção pelo HIV, e uma redução no
intervalo para a progressão da doença quando comparada a mulheres HIV-negativas. Entre as
neoplasias intra-epiteliais cervicais, a NIC I foi o principal achado citohistológico (44,8%), e o colo
uterino o principal sitio dessas neoplasias (79,5%); já a região perianal é a área extra genital mais
frequentemente acometida (42,3%), sendo o desenvolvimento da neoplasia intra-epitelial anal
associado tanto aos tipos oncogênicos como os não oncogênicos de HPV em pacientes HIV
positivos. A maior prevalência pode ser justificada pela diminuição imunológica gerada pela queda
de linfócitos T CD4 em pacientes portadores do HIV, e o consequente aumento da carga viral de
HPV nesses pacientes.
Conclusão: Há uma alta incidência de lesões relacionadas ao HPV em pacientes portadoras do HIV;
e uma maior prevalência de neoplasias intra-epiteliais nesse grupo, sendo NIC I o principal achado
histopatológico. O grau de imunossupressão é o principal fator predisponente para o
desenvolvimento de lesões neoplásicas, sendo esse também influente no grau histopatológico das
NIC. O principal sitio acometido pelas neoplasias foi o colo uterino; e na região extra genital, a
região perianal.
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178 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Promoção da saúde: Impactos da Alfabetização sobre a saúde de adultos e idosos
Ettore Mendes Azenha
Danilo Borges Dias
Gabriel Veloso Cunha
Luiz Guilherme Henrique Sales
Guilherme Meneses Dourado
Rosalvo Streit Junior
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Analisar o impacto na saúde e em vários aspectos relacionados à qualidade de vida e
resgate da cidadania em adultos e idosos, por meio da inclusão social, do Projeto Alfabetização
Cidadã da Universidade Católica de Brasília, desenvolvido em parceria com Rotarys Clubes do
Distrito 453.
Material e métodos: O Projeto Social pesquisado trabalha com a educação popular, partindo das
necessidades dos alunos, sua realidade e seus conhecimentos do mundo, já que a sociedade exige
uma identidade cidadã com o mínimo do conhecimento letrado. Não são utilizadas cartilhas prontas.
O trabalho é desenvolvido por meio de rodas de conversas e do levantamento vocabular. Assim, este
trabalho de pesquisa utilizou a captação de vídeos testemunhais e entrevistas com alunos e
professores a fim de acompanhar as atividades em sala de aula. Analisou-se a evolução do saber dos
alunos, suas novas visões de mundo e cidadania, bem como os benefícios físicos e psicológicos
obtidos. Artigos científicos - plataformas Scielo e Capes -, que relacionam os benefícios da
alfabetização em pessoas adultas também foram utilizados.
Discussão: Atividades simples e corriqueiras como entrar num ônibus, conferir o nome de uma placa
de rua, checar e assinar um documento, ler uma receita culinária, verificar o prazo de validade de
produto no supermercado ou mesmo comprar um remédio, tomam uma nova dimensão, um novo
sentido. Os testemunhais, frutos da pesquisa deste trabalho, atestam a importância de se transformar
as condições de existência do homem. A alfabetização de adultos e idosos, com certeza, vai muito
além do fator Educação. Ela assegura a verdadeira cidadania ao fazer com que os alunos conheçam,
pela leitura e a escrita, seus direitos e deveres constitucionais. Assim, podem se posicionar de forma
crítica e autônoma em relação a sua vida e a sociedade. E, somado isso, a Alfabetização Cidadã é
ainda fator de Promoção da Saúde. Relatos apresentados neste trabalho mostram alunos que
venceram a insônia, a solidão, a depressão e outros sintomas e doenças causados pela exclusão e pela
marginalidade do analfabetismo.
Conclusão: A luz do conhecimento vencendo a escuridão da ignorância, do medo e da exclusão. O
aumento do poder de vida e dignidade para adultos e idosos em condição vulnerável. A cura de
doenças e males por meio da claridade das letras e seus contextos. Estas são algumas das muitas
faces do alcance do Projeto (constatadas pelas pesquisas realizadas neste trabalho), as quais
comprovam o enorme potencial da alfabetização, mesmo que “tardia”, como agente de promoção da
saúde.
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179 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Psicopatas e suas diversas faces
Nathália Freire Bandeira
Ulysses Rodrigues de Castro
Monique Almeida Vaz
Vinícius Oliveira Domingues
Francisca Joelma Rodrigues de Lima
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Os psicopatas não são psicóticos ou doentes mentais. São conhecidos pelo desprezo às
obrigações sociais e pela falta de consideração aos sentimentos. Seus atos não resultam de uma
mente perturbada, mas de uma racionalidade fria e calculista, sendo, portanto, interesse desse
trabalho, reconhecê-los.
Metodologia e fonte de dados: Realizou-se revisão bibliográfica em livros textos que versam sobre
Psiquiatria Forense e artigos científicos disponíveis nas plataformas SciELO, PubMed, BVS e
LILACS. Foram utilizadas as seguintes palavras-chave para a busca: psicopatas, diagnóstico e escala
Hare.
Discussão: As características mais notórias dos indivíduos psicopatas são o egocentrismo, frieza,
insensibilidade, manipulação, transgressão às regras sociais, e apesar de saberem exatamente o que
estão fazendo, não aprendem com as experiências, por serem desprovidos de sentimento de empatia,
culpa ou remorso. A necessidade em reconhecê-los perpassa pelo Direito Jurídico em face à
criminalização de seus atos e pelo estudo de seus critérios diagnósticos, por vezes, tão complicados.
No DSM-5 (2014), a classificação se dá por Transtorno de Personalidade Antissocial, “(...) um
padrão global de indiferença e violação dos direitos dos outros, o qual surge na infância ou no início
da adolescência e continua na idade adulta” (p. 659). Já Robert Hare, especialista canadense em
psicologia criminal e psicopatia, criou o Psychopathy Checklist (PCL), que gera um perfil rico e
detalhado para este transtorno de personalidade. Tal escala elenca vinte características referentes aos
psicopatas e, utilizando uma pontuação para cada sintoma listado com julgamento clínico de um
especialista foi determinado um mínimo de escore que, ao ser atingido, configura a psicopatia do
indivíduo. Tem sido o meio mais utilizado para diagnóstico de psicopatia e o primeiro exame
padronizado exclusivo para o uso no sistema penal do Brasil.
Conclusão: A avaliação de transtornos de personalidade tem sido um desafio para a Psicologia
Forense, pelo falta de instrumentos para avaliação e, também, devido à tendência em negar ou
manipular os atributos pessoais, característica fundamental do Transtorno de Personalidade
Antissocial e/ou traços psicopatas. Por isso, a importância da utilização de instrumentos de avaliação
psicológica para o trabalho com psicopatas.
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180 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Psoríase pustulosa generalizada da gestação: um risco materno-fetal
Monique Almeida Vaz
Izabela Rodrigues Figueiredo
Ana Raquel Souza de Azevedo
Larissa Araújo Dutra de Carvalho
Ana Raquel Nascimento Lawall
Fábio Santana dos Passos
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Analisar as complicações materno-fetais da Psoríase Pustulosa Generalizada (PPG) da
gestação, também conhecida como impetigo herpetiforme, destacando seus fatores clínicos e
diagnósticos, e ressaltar a importância do tema na avaliação pré-natal.
Metodologia e fonte de dados: Foi realizada uma revisão bibliográfica em artigos científicos no
período de 2010-2015, indexados nas bases de dados PubMed, BIREME e SciELO, utilizando os
descritores "Generalized pustular psoriasis of pregnancy" e "Maternal and fetal outcomes". Foram
obtidos 22 resultados, sendo incluídos 8 artigos que se adequaram aos critérios de seleção.
Discussão: A psoríase pustulosa generalizada da gestação é uma dermatose rara, descrita por Von
Hebra no século XIX. Sua etiopatogenia permanece desconhecida, porém estudos sugerem
associação com hipotireoidismo e hipocalcemia, observada em alguns casos. Quanto à clínica,
apresenta-se comumente no terceiro trimestre gestacional como lesões agrupadas, eritematopustulosas, que atingem inicialmente as dobras cutâneas, com evolução crostosa. Sua disseminação é
centrífuga, com acometimento difuso, e poupa áreas palmo-plantares e face. O quadro crítico
relaciona-se à sintomatologia de astenia profusa, febre alta, náuseas, vômitos, diarreia, desidratação,
taquicardia, artralgia, delírio e convulsões, suscitando queda do estado geral da gestante. Os exames
laboratoriais evidenciam leucocitose, aumento de velocidade de hemossedimentação, e os níveis de
cálcio, fosfato, albumina e vitamina D podem estar reduzidos. O diagnóstico é confirmado através da
análise histopatológica obtida por biopsia. A relação entre PPG e o prognóstico fetal é desfavorável,
havendo variações das casuísticas dos estudos, que apontam cerca de 88% de decesso perinatal. Os
indicativos de pior prognóstico são restrição de crescimento intrauterino e índice de líquido
amniótico menor que cinco, que indicam insuficiência placentária e diminuição do fluxo viloso
interplacentário. Em sua maioria, as lesões regridem no puerpério.
Conclusão: Verifica-se que a PPG da gestação apresenta potenciais complicações materno-fetais.
Assim, a monitoração do feto é imprescindível para detectar sofrimento fetal e realizar a intervenção
precoce, que pode incluir a indução de parto eletiva. Ressalta-se que há grande chance de recorrência
da dermatose nas gestações futuras, com aparecimento no primeiro trimestre e pior a prognóstica do
binômio gestante-concepto, necessitando de rigoroso acompanhamento no pré-natal.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Recém-nascido portador de hidroanencefalia não diagnosticada no pré-natal com sobrevida
de 29 dias
Renato Nascimento Araújo
Anna Paula Oliveira Machado
Leandro Moreira Amaral
Tiago Moisés dos Santos Dias de Oliveira
Alexandre Gonçalves Barbosa de Castro
Fernando Reis Esselin Melo
Instituição: FACIPLAC-DF
Objetivo: Relatar um caso de recém-nascido portador de hidroanencefalia que não foi diagnosticado
no pré-natal, no intuito de evidenciar e discutir as alterações do desenvolvimento intrauterino que
podem levar à hidroanencefalia.
Descrição do caso: No dia 26/03/15 nasceu na Unidade de Ginecologia e Obstetrícia do HRG-DF, de
parto cesáreo (parada de progressão), um RN do sexo masculino, a termo, GIG, peso 4185g, PC:
37cm, TS: O+, apresentando desconforto respiratório, asfixia perinatal leve e fácies sindrômica. Ao
nascer não chorou e necessitou de VPP, obtendo melhora, mas evoluiu com gemência. Mãe TS: O+,
iniciou o pré-natal do 3° trimestre, com todas sorologias normais. Ao exame físico do RN: IG:
38sem+2d (Capurro); icterícia (2+/4 - Zona 3 de Kramer); cavalgamento de suturas; bossa
serossanguínea grande; desvio de ambos globos oculares; criptorquidia bilateral; reflexos
neurológicos presentes mas diminuídos. Foi solicitado parecer da Neurologia e Genética devido ao
quadro apresentado; sendo realizados US transfontanelar e TC de crânio, evidenciando
Hidroanencefalia. RN evoluiu mantendo o mesmo quadro e veio a óbito no 29° dia de vida.
Discussão: A anencefalia é a forma letal mais comum de malformação do Sistema Nervoso Central,
onde o feto anencéfalo a termo pode ser natimorto ou viver por algumas horas ou dias. No Brasil a
incidência é de cerca de 18 casos para cada 10.000 nascidos vivos. Apesar de o embrião estar bem
protegido no útero, alguns teratógenos podem causar perturbações no desenvolvimento após a
exposição ou contato direto da mãe aos mesmos. Fatores ambientais tais como infecções e drogas,
podem simular condições genéticas, sendo os órgãos as partes do embrião mais sensíveis durante o
período de diferenciação. A deficiência do ácido fólico durante a gestação pode ocasionar danos na
formação da medula espinhal e cérebro, levando ao aparecimento da anencefalia. Vale ressaltar que
é incomum um hidroanencéfalo sobreviver por 29 dias como o deste relato de caso.
Conclusão: Com o presente relato de caso foi possível concluir que existem vários fatores que
podem ocasionar o aparecimento de anencefalia, dentre eles estão: radiações, vírus, administrações
de determinadas drogas durante o período gestacional, contato direto com produtos tóxicos, sendo o
fator de risco mais importante, a ausência de ácido fólico no metabolismo das mães gestantes; o qual
provavelmente é ocasionado pela não absorção deste elemento pelo organismo ou até pelo alto
índice de desnutrição.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Refluxo Vesicoureteral: revisão bibliográfica
Kellen Karenine Pinho De Medeiros
Marcelo Ribeiro Artiaga
Wendel Silva Issi
Rebeca Marques Margoto
Isac César Roldão Leite
Paulo Juvêncio Gomes Tubino
Instituição: Faciplac
Objetivo: Apresentar de forma clara ao publico acadêmico e médico os dados coletados sobre
Refluxo Vesicoureteral de forma a obter uma sustentação teórica para discutir o tema e o problema
de pesquisa, apontando e discutindo possíveis soluções, diagnósticos e tratamentos para a doença.
Metodologia e fonte de dados: Análise sistemática de artigos publicados em revistas científicas e o
livro Tubino P, Alves E. Pediatria Cirúrgica: diagnóstico e tratamento. Brasília: Universidade de
Brasília; 2003.
Discussão: O refluxo vesicoureteral ocorre quando existe um fluxo retrógrado de urina da bexiga
para o trato urinário superior. Acomete cerca de 25 a 50% das crianças com infecção do trato
urinário sintomática.É o distúrbio congênito das vias urinárias mais comum na infância. Apresenta
característica hereditária, pois ocorre em até 45% de irmãos de pacientes portadores de refluxo e em
até 66% dos filhos de genitores que tiveram o problema. O ureter percorre um trajeto oblíquo através
da parede da bexiga. Há uma tunelização na submucosa, sendo envolvido pela bainha de Waldeyer
(tecido fibroso frouxo). Nesse processo, ocorre perda gradual da sua musculatura, que participa da
formação do trígono vesical. Assim, durante a micção, ocorre contração da musculatura do trígono,
fazendo com que o ureter se alongue. Esse processo de tunelizaçao é o principal fator para evitar
refluxo. O tipo de refluxo mais comum é resultante de um defeito da junção ureterovesical. O
segmento submucoso do ureter é congenitamente mais curto e/ou mal posicionado. Assim, o
funcionamento do mecanismo anti-refluxo fica comprometido. O quadro clinico de infecção urinária
recorrente em crianças é um forte indicativo. Já a confirmação do diagnóstico é radiológica, pela
cistouretrografia. O tratamento pode ser clínico, com profilaxia antimicrobiana ou cirúrgico, com a
técnica de Gregoir,Leadbetter-Politano ou Cohen.
Conclusão: O refluxo vesicoureteral é o distúrbio congênito das vias urinárias mais comum na
infância. Assim, o estudo aprofundado do tema é de muita importância na prática médica, pois é
primordial prevenir lesões renais decorrentes desse refluxo.
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183 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Relação da via de parto com o tempo para alta hospitalar de recém-nascidos pré-termo
Murilo Neves de Queiroz
Tabatha Gonçalves Andrade Castelo Branco Gomes
Paulo Batista dos Reis Netto
Leonardo dos Santos Ferreira
Vinícius Neves Bezerra
Alessandra de Cássia Gonçalves Moreira
Instituição: Escola Superior de Ciências da Saúde
Objetivo: O presente trabalho, realizado no Hospital Materno Infantil de Brasilia (HMIB), tem como
objetivo: apontar a diferença entre o número de dias de internação hospitalar dos bebês prematuros
nascidos de parto espontâneo e os nascidos de parto cesáreo nesta unidade.
Material e métodos: Foram selecionados todos os recém-nascidos prematuros, com idade gestacional
entre 24 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos no HMIB, no período de março de 2013 a
setembro de 2014. Os dados foram obtidos por pesquisa na base eletrônica TrakCare, e feito
acompanhamento da situação dos bebês pelo sistema eletrônico até sua alta hospitalar. Após a coleta
dos dados, esses foram analisados usando o programa Epi info. Os critérios de exclusão foram:
malformações fetais, tabagismo materno, gestação múltipla, hemorragia de 2º e 3º trimestre, diabetes
mellitus, natimorto, peso incompatível com a idade gestacional, permanência hospitalar superior a
30 dias e patologia neonatal grave. Este estudo foi submetido ao Comitê de Ética.
Discussão: Dos 264 recém-nascidos incluídos na pesquisa, 139 nasceram de parto cesáreo e 125 de
parto espontâneo. No grupo em que foi realizado cesariana, o tempo médio de internação dos
prematuros foi de 17,10 dias. Por outro lado, nos bebês nascidos de parto espontâneo, o tempo de
internação foi em média de 11,65 dias. Identificamos uma diferença maior que cinco dias no tempo
de internação hospitalar comparando apenas a via de parto no HMIB. É sabido que a cesariana é um
recurso valioso para salvar vidas e não deve ser temida quando bem indicada. No entanto, o
nascimento via parto cesáreo foi relacionado a um maior tempo médio de internação dos recémnascidos prematuros no hospital citado segundo este estudo.
Conclusão: Diante dos dados obtidos, pode-se observar que provavelmente há uma correlação entre
a via de parto e a evolução do recém-nascido. Entretanto, em nosso estudo não foram registrados os
motivos pelos quais a equipe obstétrica optou pelo parto via alta. Apesar disso, ainda é real a alta
prevalência de partos cesáreos, sendo superior aos partos normais entre os nascimentos de prematuro
na unidade.
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184 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Relação do grau de escolaridade da gestante e o tempo de internação hospitalar para recémnascidos
Murilo Neves de Queiroz
Tabatha Gonçalves Andrade Castelo Branco Gomes
Paulo Batista dos Reis Netto
Leonardo dos Santos Ferreira
Vinícius Neves Bezerra
Alessandra de Cássia Gonçalves Moreira
Instituição: Escola Superior de Ciências da Saúde
Objetivo: O trabalho tem como principal objetivo relacionar a variável educação materna com sua
influência na saúde do recém-nascido prematuro; buscando comparar o grau de escolaridade das
mães com o tempo de permanência hospitalar de seus filhos recém-nascidos, logo após o parto.
Material e métodos: Foram selecionados todos os recém-nascidos prematuros, com idade gestacional
entre 24 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos no Hospital Materno Infantil de Brasilia (HMIB),
no período de março de 2013 a setembro de 2014. Os dados foram obtidos por pesquisa na base
eletrônica TrakCare e entrevista materna (após assinatura do termo de consentimento livre e
esclarecido) dirigida antes da alta dos bebês. A escolaridade materna foi dividida em três grupos: 6ª
à 9ª série, ensino médio e superior incompleto. Os critérios de exclusão foram malformações fetais,
tabagismo materno, gestação múltipla, hemorragia de 2º e 3º trimestres, diabetes mellitus, natimorto,
permanência hospitalar superior a 30 dias e patologia neonatal grave. Este estudo foi submetido ao
Comitê de Ética.
Discussão: Obtivemos uma amostra de 165 pacientes, sendo 44 com ensino fundamental completo,
99 com ensino médio completo e 22 com ensino superior incompleto. No primeiro grupo, houve
uma média de permanência hospitalar do recém-nascido de 8,3 dias; no segundo, 7,2 dias e no
terceiro, 6,9 dias. Comparando a mediana do tempo de internação hospitalar entre o primeiro e o
segundo grupo, obtemos 7 e 5 dias, respectivamente. O estudo mostrou que filhos prematuros de
mães com apenas o ensino fundamental permanecem, em média, um dia a mais do que a de filhos
pré-termos de mães com o ensino médio completo. Há diversos fatores de risco maternos implicados
na prematuridade, porém quanto maior for o grau de escolaridade da gestante menor tende a ser o
tempo de permanência do pré-termo no hospital. A prematuridade é um problema de saúde pública
complexo devido à inter-relação existente entre os diversos fatores de risco desencadeantes desse
evento, demonstrando assim a importância da educação em saúde.
Conclusão: A educação e a saúde pública tem uma relação grandiosa. Melhorar o nível de educação
de um país incide até mesmo sobre o planejamento familiar. A educação possibilita, além de maior
acesso às redes de cuidado, mais informações sobre como prevenir determinadas doenças na
gestação. Dessa forma, o investimento em educação colabora para uma menor média de
permanência hospitalar pós-parto de bebês prematuros, como visto no estudo.
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185 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Relação Médico-Paciente Idoso nos filmes
Mariana de Oliveira Lobo
Fernanda Caroline Moura Garcez
Lucy Gomes Vianna
Armando José China Bezerra
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Expor a relação médico-paciente idoso em seus diferentes aspectos abordados nos filmes
nacionais e internacionais, identificando as expectativas socioculturais referentes ao atendimento
tanto na visão do paciente, quanto na de seus familiares, durante o exercício profissional da
Medicina.
Metodologia e fontes dos dados: método exploratório, com consulta a base de dados, dissertações e
filmografia nacional e internacional. Foram pesquisados os sites www.cinema10.com.br,
www.adorocinema.com,
www.filmesdecinema.com.br,
www.cineplayers.com,
www.cineclick.com.br. Na busca, sem limitação de período de tempo, utilizaram-se as seguintes
palavras-chave:
“idoso”,“relação
médico-paciente",“relação
médico-paciente-idoso”,
"envelhecimento e atendimento médico".
Discussão: No exercício da Medicina, nota-se, cada vez mais, a necessidade dos médicos de
privilegiar sentimentos e valores dos pacientes idosos e de seus familiares, estimulando a reflexão
para a tomada de decisões em conjunto. O cuidado do paciente idoso requer o estabelecimento de
uma relação de confiança mútua mais delicada, porque o acolhimento personalizado deve ir além da
conduta terapêutica, abordando de forma holística, tanto a vertente patológica quanto a vertente
emocional do idoso que, muitas vezes, encontra-se fragilizado por estar deslocado socialmente e
com menor autonomia para realizar as atividades que antes lhe eram comuns. "O exótico Hotel
Marigold", "Almoço em Agosto", "Um golpe do destino","A minha versão do Amor", "Poesia",
"Álbum de Família", "Patch Adams - O Amor é Contagioso" trazem cenas importantes e reveladoras
a respeito de fatores essenciais para que o médico consiga estabelecer o devido diagnóstico e possa
proporcionar o bem-estar buscado pelo paciente-idoso.
Conclusão: "O remédio mais usado em medicina é o próprio médico, o qual, como os demais
medicamentos, precisa ser conhecido em sua posologia, reações colaterais e
toxicidade"(BALINT,1960). O autor, em seu trabalho “remédio-médico” desloca o profissional de
um papel apenas passivo à ativo, desde que na “dose” certa. Esse pensamento se soma às evidências
trazidas pelas análises dos filmes listados e concretiza-se como ferramenta de engrandecimento
humano e renovação de conhecimento científico.
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186 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Relato de caso: Mixoma biatrial gigante e comunicação interatrial tipo ostium secundum
Thais Reggiani Cintra
Diego Vinícius Gonçalves Santana
Ricardo Barros Corso
Isaac Azevedo Silva
Helmgton José Brito de Souza
Frederico Moraes
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar um caso de mixoma atrial esquerdo gigante sintomático associado à comunicação
interatrial tipo ostium secundum, com comprometimento concomitante do átrio direito.
Descrição do caso: Mulher, 65 anos, hipertensa, diabética, obesa, com passado de sopro cardíaco de
longa data. Apresentou quadro de insuficiência cardíaca congestiva esquerda rapidamente
progressiva, com sinais de pré-edema agudo de pulmões, sendo internada via emergência
cardiológica em março de 2014. Ecocardiograma revelou grande massa tumoral obstrutiva em átrio
esquerdo, sugestiva de mixoma gigante, com 70 por 46 mm de diâmetros. O tumor ultrapassava e
obstruía o anel da valva mitral. Havia também hipertensão arterial pulmonar com PSAP de 75
mmHg e insuficiência valvar tricúspide severa. Cateterismo cardíaco confirmou os achados
ecocardiográficos.
Discussão: O mixoma é o tumor cardíaco primário benigno mais comum e o átrio esquerdo é a
localização mais freqüente. Os mixomas podem comprometer qualquer câmara ou estrutura cardíaca.
Diagnosticou-se no intra-operatório comunicação interatrial (CIA) tipo ostium secundum com cerca
de 10 mm, com passagem parcial do mixoma esquerdo para a cavidade atrial direita, com oclusão
total da CIA. O mixoma esquerdo originava-se do bordo inferior do septo interatrial, junto à
comissura posterior da valva mitral. A exérese da base do mixoma com margem de segurança e a
reconstrução do septo interatrial resultaram em comprometimento definitivo do nó atrioventricular.
Foram realizadas a plastia das valvas mitral, tricúspide, atriosseptoplastia com retalho de pericárdio
bovino e implante de marcapasso definitivo epimiocárdico de dupla câmara. Não houve
complicações pós-operatórias maiores.
Conclusão: O diagnóstico ecocardiográfico de comunicação interatrial na presença de mixoma atrial
esquerdo gigante é dificultada pelo bloqueio do fluxo sanguíneo transeptal presente na rara
associação descrita neste caso.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Relato de Caso: Prolapso de Órgão Pélvico Associado à Gestação
Daniela Vinhaes dos Reis
Larissa Araújo Dutra de Carvalho
Natália Cristina Moreira Neves
Natália Pierdoná
Nathália Gomes Mialichi
Rachel Costa Vinhaes dos Reis
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar um caso sobre prolapso genital em paciente que já possuía prole definida e que no
momento da cirurgia de tratamento descobriu uma gravidez inesperada em curso. Listar os fatores de
risco para o prolapso genital e fazer uma revisão da literatura sobre a epidemiologia desse quadro
clínico.
Descrição do caso: J.M.J.M., feminino, 38 anos, casada, doméstica. Paciente refere sensação de peso
na vagina com urgência miccional, incontinência urinária aos esforços e polaciúria há 6 meses. Nos
antecedentes obstétricos, refere quatro gestações, sendo dois partos normais e dois abortos com
curetagem; e data da última menstruação em 02/12/2014. Ao exame físico, apresentava-se em bom
estado geral, genitália adequada a ectoscopia, colo impérvio, útero de tamanho adequado e indolor à
mobilização, anexos livres. Ao ultrassom foi visto um cisto simples em ovário direito, o resultado da
colpocitologia oncótica foi negativo para malignidade e o resultado do Beta-HCG foi negativo. A
cirurgia terapêutica foi agendada; porém, o procedimento foi postergado devido à possibilidade,
ainda que pequena, de gravidez incipiente. O diagnóstico de gestação foi confirmado e a paciente foi
encaminhada para o pré-natal.
Discussão: O prolapso genital consiste na herniação de conteúdo pélvico e/ou intraperitoneal no
canal vaginal ou para fora dele. Caracteriza-se por sinais e sintomas específicos e resulta de uma
combinação de diversos fatores. Sendo que, dentre os fatores de risco estabelecidos podemos citar
idade avançada, obesidade, multiparidade, quantidade de partos normais ou cesarianas, uso de
fórcipe e vácuo-extrator, episiotomia, peso do recém-nascido, história familiar, histerectomia,
correção de distopia genital por meio de cirurgias prévias, doenças do colágeno e tosse crônica.
Estima-se que o prolapso genital tenha a prevalência de 21,7% em mulheres de 18 a 83 anos e de
30% em mulheres de 50 a 89 anos. Esse quadro representa uma importante causa de redução da
qualidade de vida e prejuízo da autoestima da mulher, gerando impactos na vida sexual e
consequências tanto psicológicas quanto sociais.
Conclusão: O prolapso genital é um problema de saúde pública; visto que, sua prevalência aumenta
nitidamente com a idade e que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, desde
1970 a população está envelhecendo. O que consiste em cada vez um número maior de mulheres
com prolapso genital. Esse quadro, relacionado a fatores genéticos e ambientais, merece atenção
quanto a sua prevenção pela intervenção em fatores de risco que podem ser alterados, como IMC
elevado e macrossomia fetal.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Relatos da Doença de Parkinson na História da Medicina
Aline Silva Valadares
Larissa Silva Valadares
Lucas do Carmo Souza
Juliana da Luz Araújo
Gabriella Maria Lucena Viana
Armando José China Bezerra
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Conhecer os principais relatos da Doença de Parkinson na história bem como a influência
de James Parkinson na descrição dos sintomas dessa enfermidade.
Metodologia e fonte de dados: O trabalho realizado seguiu os preceitos do estudo exploratório, por
meio de uma pesquisa bibliográfica desenvolvida a partir de uma busca em artigos eletrônicos
indexados ao LILACS – Bireme, utilizando-se os descritores “Doença de Parkinson”, "História da
Doença de Parkinson", "James Parkinson". Também utilizou‐se como fonte a Bíblia.
Discussão: O médico inglês James Parkinson (1755-1824) publicou uma série de trabalhos em
diversas áreas. No entanto, seu trabalho mais famoso, An Essay on the Shaking Palsy, foi publicado
em 1817, no qual apresentava descrição detalhada dos sintomas da doença que posteriormente viria a
receber seu nome. No geral, sua publicação foi bem recebida na comunidade médica. A primeira
revisão aparece em 1818, no The London Medical Journal, com recomendação de leitura apesar das
críticas sobre a localização e a causa da doença. Contudo, em 1870, Charcot, pai da neurologia,
sugeriu o nome “Doença de Parkinson”. Na história, a descrição mais antiga dos sintomas da Doença
de Parkinson foi feita por uma civilização na Índia em 5000 aC., tendo sido descritos sintomas de
uma doença denominada Kampavata e com indicação do uso da leguminosa Mucunapuriens para
tratamento. Em 500 a.C., fora feita descrição dos sintomas em textos chineses mundialmente
conhecidos. Galeno e Leonardo da Vinci também descreveram os sintomas da doença. Existem
descrições de sintomas na Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, tendo sido feita por
Lucas (Lucas 13:11) a descrição mais relacionada com a doença. Em 1763, François B. S. de La
Croix forneceu uma das descrições mais claras a respeito da enfermidade. Suas observações,
juntamente com as de outros personagens, foram citadas por James Parkinson.
Conclusão: Desde 5000 a.C. são observadas descrições dos sintomas da Doença de Parkinson na
história, tendo Galeno, Leonardo da Vinci e até mesmo o discípulo Lucas sido alguns dos
contribuintes com a descrição dos sintomas da mesma. Entretanto, foi o médico inglês James
Parkinson a figura revolucionária e fundamental na descrição detalhada dos sintomas da doença que
posteriormente viria a receber o seu nome, quando, em 1817, publicou seu trabalho mais famoso
cujo título é An Essay on the Shaking Palsy.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Repercussões dos fatores estressores durante a infância na saúde mental do adulto
Bruna Gabriel Heinen
Ludmila Borges E. Canabrava
Greice de Campos Oliveira
Raphaela Mendes Moreira
Camila Dias Rodrigues
Daniele Oliveira F. da Silva
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relacionar os diferentes traumas e eventos estressores, ocorridos na infância, com
distúrbios emocionais, cognitivos e comportamentais presentes na vida adulta, e discutir sobre as
mudanças fisiológicas responsáveis pelo possível aparecimento dos transtornos psiquiátricos.
Metodologia e fonte de dados: A revisão de literatura foi feita através de busca eletrônica em bases
de dados como MEDLINE, LILACS, BIREME e PUBMED com as palavras-chave "trauma na
infância" e "transtornos psiquiátricos". Foram utilizados 15 artigos publicados em revistas nacionais
e internacionais entre 2003 e 2014 e selecionados conforme a procedência e a fidedignidade dos
estudos.
Discussão: A infância constitui um período crítico do desenvolvimento humano, pois é marcada pela
formação das estruturas cerebrais e da função cognitiva. Portanto, a exposição precoce a eventos
estressores por longa duração e grande magnitude, combinado a uma predisposição genética, pode
gerar uma heterogeneidade de respostas emocionais, cognitivas e comportamentais na vida adulta.
Essas respostas variam desde a resiliência ao desenvolvimento de sequelas crônicas, como o risco
aumentado de desenvolver depressão, transtorno bipolar, transtorno obsessivo compulsivo,
transtorno do pânico e abuso de substâncias na vida adulta. Além disso, o tipo de trauma vivido
durante a infância, como abuso físico, emocional ou sexual, negligência física ou emocional, está
diretamente relacionado com o tipo de resposta do indivíduo e com a evolução da doença para
transtornos psiquiátricos. A teoria aceita sobre a relação dos eventos estressores ocorridos na
infância e a saúde mental na vida adulta é a alteração do eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal. De
acordo com essa teoria, em indivíduos geneticamente predispostos, o estímulo estressor contínuo
durante a infância incapacita o feedback negativo sobre a liberação de hormônios liberadores de
corticotrofina. Desse modo, o nível sérico de cortisol permanece constantemente elevado,
justificando o aparecimento de transtornos mentais em indivíduos vulneráveis.
Conclusão: Há uma variedade de estudos retrospectivos demonstrando a relação entre maus tratos
infantis e a deterioração da saúde física e mental na vida adulta, porém, os trabalhos contam com
limitações, como o viés de memória e a dificuldade em abordar o abuso sexual. Apesar disso, a
influência de fatores estressores da infância na vida adulta é significativa e evidencia a importância
da prevenção de maus tratos infantis e a inserção precoce em psicoterapia para a superação de
experiências traumáticas.
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190 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Resposta endócrina, metabólica e imunológica ao trauma: consequências, prevenção e
tratamento
Gustavo Henrique Campos de Sousa
Iasmin Côrtes Mânica Teles
Gibran Antônio Garcia Daher
Janayna Patrícia Rodrigues
Thamara de Oliveira Vasconcelos
Andrea Zappalá Abdalla
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: A presente revisão de literatura tem como objetivo elucidar como ocorre a resposta
endócrina, metabólica e imunológica ao trauma (REMIT), o modo como essa resposta pode
perpetuar-se, causando agressões intensas que podem levar ao óbito do indivíduo e como evitar sua
intensificação.
Metodologia e fonte de dados: O presente trabalho foi feito por meio de pesquisa nas seguintes bases
de dados: PubMed, Lilacs e Bireme, onde foram utilizadas as palavras chave: resposta
endócrina/imunológica/metabólica/orgânica ao trauma. Além disso, foram utilizados os livros:
Tratado de anestesiologia SAESP, Cangiani, L.M, 7ª ed., 2011 e Sabiston Tratado de Cirurgia,
Townsend, C.M, 18ª ed., 2010.
Discussão: A capacidade de responder a determinadas agressões, sejam elas de natureza cirúrgica,
traumática ou infecciosa é um componente fundamental apresentado pelos seres vivos. Essa reação
de estresse visa aumentar a probabilidade do indivíduo sobreviver ao trauma. Essa resposta de modo
ordenado envolve a manutenção do fluxo sanguíneo e da oferta de oxigênio para tecidos e órgãos,
além da mobilização de substratos para utilização como fonte energética e para auxílio ao processo
de cicatrização de feridas. A intensidade da resposta endócrina, metabólica e imunológica ao trauma
(REMIT) é diretamente proporcional à intensidade da dor e a extensão da lesão. Contudo, uma lesão
grave, como observada em pacientes politraumatizados e em grandes queimados, pode desencadear
uma resposta intensa e duradoura que provoca deterioração dos processos reguladores do hospedeiro
e impede a recuperação das funções celulares e de órgãos. Na ausência de intervenção terapêutica,
pode levar à falência múltipla de órgãos e óbito. Felizmente, a REMIT pode ser modulada através da
anestesia, principalmente a peridural, que irá diminuir a dor e, consequentemente, diminuir a
resposta endócrina. Além disso, a realização de cirurgia por via laparoscópica, onde a extensão da
lesão é menor, diminui consideravelmente a resposta imune ao trauma.
Conclusão: Devido ao grande impacto na saúde que o trauma representa, seja ele de natureza
cirúrgica, infecciosa ou acidental é de extrema importância que os profissionais da saúde saibam
como modular a REMIT para que ela sempre aconteça de modo fisiológico, ou seja, sem
desencadear uma resposta nociva ao indivíduo. Além disso, na vigência de uma resposta exacerbada,
é imprescindível que seja mantida o nível basal de oxigênio, glicose e hidratação para que essa
resposta volte a níveis fisiológicos.
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191 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Revisão de Literatura: Tireoidite de Hashimoto
Tayane Oliveira Pires
Marianna Miotto Cintra
André Moraes Nicola
Brunna Joyce Borges de Lacerda
Maisa da Silva Dulci Medeiros
Matheus Castilho Côrrea
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Realizar uma revisão sobre as principais características da Tireoidite de Hashimoto com
ênfase nos sinais, sintomas, diagnóstico e tratamento.
Metodologia e fonte de dados: Com o intuito de obter informações para a realização desse trabalho,
foram pesquisados artigos na base de dados do Scielo, Pubmed e Bireme.
Discussão: A tireoidite de Hashimoto (TH) é uma doença auto-imune caracterizada por uma redução
da quantidade do hormônios tireoidianos (T3 e T4) , infiltrado linfocitário, aumento da taxa de
hormônio estimulante da tiróide (TSH) e produção de anticorpos contra tireoglobulina (TG) e
tireoperoxidase (TPO). Ela foi primeiramente descrita pelo médico japonês, Hakura Hashimoto, em
1912 em um estudo com quatro mulheres que apresentavam bócio assintomático e infiltração linfoplasmática. A etiologia da TH ainda não está esclarecida, porém sabe-se que está relacionada à
predisposição genética e fatores ambientais como a grande ingestão de iodo. A TH tem prevalência
entre mulheres de 45 a 60 anos de idade e acomete mais o sexo feminino que o masculino. O quadro
clínico do paciente com TH pode apresentar bócio, astenia , pele seca , disfonia , hipoacusia ,
artralgia dentre outros sinais e sintomas. O diagnóstico é realizado durante a anamnese com os
relatos do paciente, depois no exame físico com a procura do bócio. Em seguida, com uso de exames
laboratoriais de TSH , T4 livre e anticorpos TG e TPO. O tratamento é feito com dose diária de
levotiroxina. O paciente portador dessa patologia deve ir ao endocrinologista a cada seis meses para
uma reavaliação do quadro clínico dele.
Conclusão: A Tireoidite de Hashimoto é a causa mais comum de hipotireoidismo no Brasil e a forma
de tireoidite mais frequente. Ela acomete em torno de 5% da população adulta e sua incidência tem
aumentado. Nos casos de TH, é comum a associação com outras doenças autoimunes e com
adenomas ou carcinomas tireoidianos. Por isso, é interessante que o profissional da saúde conheça os
sintomas, diagnóstico e tratamento dessa patologia.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Revisão sobre o tratamento do transtorno de personalidade Borderline
Berta Vaz Andrade de Faria Pereira
Gabriela Cavalcante Pires Basto
Ana Carolina Ferreira Borges
Raquel Scafuto Barbosa de Castro
Sylvia Gabriela Telles Chicarino
Mauri Caldeira Reis
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo deste artigo é realizar uma revisão dos pontos mais importantes do tratamento
do transtorno de personalidade Borderline (TPB). Esse transtorno não apresenta um tratamento bem
definido, por isso buscamos um melhor entendimento sobre um assunto tão pertinente.
Metodologia e fonte de dados: Para essa revisão foram realizadas buscas utilizando as bases de
dados on-line PubMed (Public Medicine), LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde) e SciELO (Scientific Electronic Li brary On line). Os artigos de revisão
utilizados foram publicados no período de 2002 a 2010 e disponíveis nas bases de dados citadas.
Discussão: O TPB pode ser definido como um intermediário entre a insanidade e a lucidez,
possuindo um padrão característico relacionado à instabilidade no controle de impulsos, regulação
do afeto, na imagem de si mesmo e nos relacionamentos interpessoais. Atinge de 1% a 2% da
população em geral, acometendo mais mulheres. Baseados na hipótese de que a sintomatologia da
doença está ligada a disfunções orgânicas, é defendido o uso de psicofármacos como a
oxcarbazepina para o tratamento da impulsividade, instabilidade afetiva e relações interpessoais.
Estudos mostram que os tratamentos farmacológicos são pouco efetivos. A maior eficácia no
tratamento ocorre com os programas de psicoterapias. O tratamento psicodinâmico, também
chamado de psicanalítico, em pesquisa com pacientes internados, conseguiu reduzir sintomas
depressivos, o número de tentativas de suicídio e agressão, os dias de internação e melhorar o
funcionamento interpessoal e social. A terapia comportamental, por outro lado, é representada pelo
tratamento dialético-comportamental (TDC), uma espécie de terapia em grupo focada no sintoma.
Os principais objetivos do TDC são aprimoramento das habilidades comportamentais, ensinando
táticas específicas para regular as emoções, aumentar a motivação para mudanças e estruturar o
ambiente. As psicoterapias exigem uma assistência continuada, pois o paciente tem alto risco de
recaídas.
Conclusão: Todos os estudos apontam como fundamental que o indivíduo com TPB tome ciência de
seu distúrbio para que se consiga uma boa adesão tanto na psicoterapia como na farmacoterapia e
tenha um melhor prognóstico. A participação e entendimento da doença e das suas consequências
sócio comportamentais pela família ou cuidador do indivíduo que sofre de TPB.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Revisão Sobre Retinose Pigmentar
Gabriela Cavalcante Pires Basto Basto
Berta Vaz Andrade de Faria Pereira
Ana Carolina Borges Garcia
Raissa Figueiredo Lacerda
Raquel Scafuto Barbosa de Castro
Benedito Antônio de Sousa
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo deste artigo é realizar uma revisão dos pontos mais importantes da retinose
pigmentar (RP), como a epidemiologia, a fisiopatologia, o diagnóstico e o tratamento, caracterizando
melhor os aspectos clínicos da doença. Buscamos disseminar esse assunto para um maior número de
profissionais.
Metodologia e fonte de dados: Para essa revisão foram escolhidos seis artigos científicos do ano de
2003 até o ano de 2013, buscando obter um maior número de informações sobre a doença. Todos os
artigos foram analisados e retiramos os tópicos mais pertinentes sobre o assunto. As buscas foram
realizadas utilizando as bases de dados on-line PubMed (Public Medicine), LILACS e SciELO.
Discussão: Afeta, atualmente, 4% da população global, cerca de 1,5 milhões de pessoas, e sua
incidência estimada é de 1:4000 indivíduos. Sendo a maior causa de cegueira na população
economicamente ativa no Brasil e no mundo. Estima-se que no Brasil, existam cerca de 50.000
pessoas com o quadro de RP em manifestação e entre 2.250.000 e 3.600.000 portadores. A RP é uma
distrofia retiniana com caráter hereditário, caracterizada pela destruição progressiva das células
fotossensíveis, primeiramente os bastonetes, seguidos dos cones. A evolução da doença é lenta, mas
de progressão incoercível. Como a degeneração dos cones é posterior, é possível que a acuidade
visual central seja mantida até estágios avançados da doença. A patologia manifesta-se por cegueira
noturna e sua principal característica é a perda visual progressiva, a qual pode ou não estar associada
a outras doenças, como miopia, glaucoma e catarata, podendo evoluir para o descolamento de retina
e amaurose. O diagnóstico da RP é feito pelo exame oftalmológico associado a exames
complementares. A palidez em cera do disco óptico, a presença de pigmentos intra-retinianos em
forma de espículas ósseas e o estreitamento arteriolar, formam a tríade clássica da RP. A RP está
frequentemente associada com outras anormalidades sistêmicas, como as Síndromes de Usher e de
Laurence-Moon-Biedl. Até o momento não há cura ou tratamento efetivo para RP.
Conclusão: Muito ainda precisa ser estudado e pesquisado sobre a retinose pigmentar, pois
conhecendo melhor a sua fisiopatogenia, a ciência terá mais chance de avançar nas pesquisas
referentes ao seu tratamento. As terapias descritas atualmente ainda são paliativas, vez que a
intimidade da evolução ainda carece de entendimentos.
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194 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Revisão: Depressão Pós-AVC
Bárbara Stephane de Medeiros Jerônimo
Bruna Cabral de Melo Guimarães
Natália Gontijo Ribeiro
Renata Mayumi Hamaoka
Marine Gontijo Freitas
Daniele Oliveira Ferreira da Silva
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: No Brasil, o Acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de morte e incapacidade
física e mental. O objetivo deste trabalho é revisar a associação existente entre o AVC e a depressão,
com enfoque em seu diagnóstico precoce, características clínicas, conduta terapêutica efetiva e
prognóstico.
Metodologia e fonte de dados: Foi realizado um levantamento bibliográfico que incluiu artigos
científicos presentes nos portais Medline, CAPES, Lilacs e Scielo, utilizando-se as palavras-chave
“AVC”, “depressão”, “acidente vascular cerebral” com seus correlatos na língua inglesa. Foram
selecionados os trabalhos que corresponderam à pesquisa especificada.
Discussão: O primeiro passo no tratamento ou prevenção seria entender o mecanismo fisiopatológico
que liga acidente vascular cerebral e depressão. Os investigadores se dividem em dois campos de
apoio opostos, alguns propõem um mecanismo biológico primário, outros um mecanismo
psicossocial. Os infartos localizados no pólo frontal esquerdo e nos gânglios da base do hemisfério
esquerdo estão associados a uma maior incidência e maior gravidade de depressão pós-AVC.
Estima-se que de 10 a 34% dos pacientes que tiveram um AVC terão depressão. As características
da depressão pós-AVC são similares às dos outros episódios depressivos e os sintomas aparecem em
três áreas distintas: afetiva, somática e cognitiva. Os pacientes deprimidos apresentam um período de
permanência hospitalar mais longo na fase aguda e um maior grau de comprometimento funcional ao
ingressar no centro de reabilitação. Os tratamentos são destinados a reduzir a dependência física e
atenuar os sintomas depressivos. Estudos sobre o tratamento biológico de depressão pós-AVC
envolveram vários modos biológicos diferentes de tratamento: medicamentos antidepressivos,
eletroconvulsoterapia (ECT) e psicoterapia. Mais de 60% dos pacientes respondem aos
antidepressivos. A ECT é bem tolerada e efetiva, levando à melhora do humor. A psicoterapia utiliza
terapia comportamental, cognitivo-comportamental e psicossocial.
Conclusão: Depressão pós-AVC tem origem multifatorial e consistente com o modelo
biopsicossocial de doença mental. Desordens de humor podem persistir em estágios crônicos da
doença, isso indica que devem ser avaliados e revisados em pacientes pós-AVC. As repercussões
negativas da depressão nos pacientes com AVC são muitas e, significativas, além de serem
agravadas pelo subdiagnóstico. O tratamento com antidepressivos deve ser utilizado com cautela
devido aos riscos de convulsão, queda e delirium.
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195 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Rinites Não-alérgicas: aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos
Bárbara das Neves Linhares
Larissa Neves Cordeiro Gomes
Diderot Rodrigues Parreira
Instituição: UCB/FACIPLAC
Objetivo: Este artigo tem como objetivo fazer uma revisão bibliográfica das rinites não alérgicas,
abordando aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos, tendo em vista que as rinites não alérgicas
frequentemente são subdiagnosticadas e incorretamente tratadas, podendo comprometer a qualidade
de vida.
Metodologia e fonte de dados: Trata‐se de uma revisão bibliográfica, realizada através de base
eletrônica de dados (PubMed), utilizando-se os seguintes descritores: "nonallergic rhinitis", "allergic,
diagnosis, treatment". Foram selecionados artigos de livre acesso. A pesquisa foi realizada no
período de março a maio de 2015.
Discussão: Rinite é a inflamação da mucosa de revestimento nasal, caracterizada por presença de
sintomas como obstrução nasal, rinorréia, espirro, prurido. Esses sintomas podem ser agudos ou
crônicos, leves ou debilitantes. Etiologicamente pode ser classificada em alérgica e não alérgica.
Esta pode apresentar os mesmos sintomas que aquela, contudo não está relacionada a reação de
hipersensibilidade do tipo 1, assim anti-histamínicos não possuem eficácia comprovada. A forma
não-alérgica acomete cerca de 200 milhões de pessoas no mundo, entre seus subtipos, incluem a
rinite vasomotora, medicamentosa, hormonal, atrófica, infecciosa, eosinofílica não alérgica. O
diagnóstico de rinite depende principalmente da história clínica e do exame físico, que podem
diferenciar a forma alérgica da não alérgica conforme sintomas predominantes, fatores
desencadeantes, achados ao exame e doenças associadas. Exames complementares podem ser
solicitados caso haja dúvida. O tratamento inclui evitar agentes desencadeadores, sendo a terapia de
escolha esteróides nasais ou ipratrópio, dependendo dos sintomas preponderantes. Terapias
adjuvantes ajudam a aliviar os sintomas. Estudos com terapias experimentais revelam melhora
significativa dos sintomas, oferecendo alternativas aos pacientes que não respondem às terapias
tradicionais. O tratamento cirúrgico pode ser indicado em casos selecionados.
Conclusão: Apesar dos sintomas nas rinites serem semelhantes, os mecanismos fisiopatológicos e o
tratamento diferem. Assim, faz-se necessário conhecer as inúmeras etiologias de rinite, para que o
tratamento adequado seja estabelecido, a fim de proporcionar melhora da qualidade de vida do
paciente e evitar comorbidades tais como a apnéia obstrutiva do sono, astenia e cefaléia; na infância,
pode ainda estar associada a alterações comportamentais e dificuldade de aprendizagem.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Ruptura espontânea de aneurisma de artéria cerebral comunicante posterior
Karina Mezalira
Carolina Lopes Iwakami
Karlos Jennysson Sousa Soares
Thiago Nunes Figueiredo Cabral
Thiago Vicente Ferro
Instituição: FACIPLAC
Objetivo: Relatar um caso de aneurisma de artéria comunicante posterior que evoluiu com neurite do
III par craniano e hemorragia subaracnóidea espontânea após rotura do aneurisma.
Descrição do caso: Mulher, 42 anos, hipertensa, admitida com cefaleia holocraniana, evoluindo para
fronto-orbital esquerda, moderada, contínua, melhora com analgésicos comuns, sem fatores de piora.
Ao exame físico: ptose palpebral à esquerda e paresia do músculo reto superior. Tomografia
computadorizada (TC) de crânio sem contraste normal. Com hipótese diagnóstica de aneurisma de
artéria comunicante posterior esquerda com compressão do nervo oculomotor, prescrito repouso,
analgesia, anti-hipertensivos e solicitado angiorressonância. No 4° dia de admissão, evoluiu com
crise convulsiva tônico-clônico generalizada, Glasgow 6, foi sedada, entubada e submetida a nova
TC, que evidenciou hemorragia subaracnóide em cisternas da base e perimesencefálica, fissura
Sylviana bilateral e inter-hemisférica com dilatação do sistema ventricular. Encaminhada para UTI,
em uso de drogas vasoativas. Evolui com sepse e óbito.
Discussão: A causa mais comum de hemorragias subaracnóideas são as rupturas de aneurismas
intracranianos (AI). Os aneurismas verdadeiros de artéria comunicante posterior são raros (0,12,8%). A etiologia de aneurismas, crescimento e ruptura permanecem controversos, mas evidências
indicam que os fatores hemodinâmicos tem papel significativo. A clínica consiste em cefaleia de
início súbito, às vezes associada a vômitos e perda transitória da consciência, crises convulsivas
focais ou generalizadas e sinais de irritação meníngea, assim como a paciente descrita. O diagnóstico
é feito por tomografia computadorizada ou exame do líquor. A maioria dos AI é assintomática.
Alguns sinais de alerta podem indicar que um AI aumentou de volume e está prestes a romper-se,
como a compressão do nervo oculomotor e aneurismas da artéria comunicante posterior, causando
paralisia, ptose palpebral e dor ocular.
Conclusão: A intervenção cirúrgica ou endovascular de um aneurisma íntegro é essencial para a sua
cura sem que o mesmo deixe sequelas. O caráter assintomático dessa entidade muitas vezes impede
que essa intervenção ocorra em tempo hábil. No caso do aneurisma de artéria comunicante posterior,
a lesão do nervo oculomotor serve como um sinal de alerta que precede a sua ruptura. Nesses casos é
preciso ficar atento a esses sinais e agir rapidamente evitando assim sua alta morbidade e
mortalidade.
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197 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Sarcoma de Kaposi e a Pandemia da AIDS
Tayane Oliveira Pires
Alisson Leandro Camillo Pereira
Matheus Castilho Corrêa
Luciana Cardoso Reis
Helena Barroso Bernal
Leandro Lucio de Aguiar
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Mostrar a importância do SK no contexto da pandemia da AIDS, afinal, essa neoplasia é a
mais comum em HIV positivos. Dessa forma, incentivar a busca e a incorporação de novas
descobertas quanto ao diagnóstico , mecanismo fisiopatológico e tratamento do Sarcoma de Kaposi.
Metodologia e fonte de dados: Com o intuito de obter informações para a realização desse trabalho,
foram pesquisados artigos na base de dados do Scielo e revistas das faculdades de medicina da
Universidade estadual de São Paulo e universidade federal de Juiz de Fora.
Discussão: O Sarcoma é um câncer que se desenvolve em tecidos conectivos como cartilagem, osso
e vaso sanguíneo. Essa doença é classificada em 4 tipos: clássico, endêmico, introgênico e
epidêmico. O epidêmico é o sarcoma que atinge pessoas infectadas pelo HIV e o que este trabalho
abordará. Até a década de 80, o SK era considerado uma doença rara. No entanto, com a epidemia
do HIV e por essa neoplasia ser uma doença definidora da AIDS, ela entrou em voga. Depois da
inserção de inibidores de proteases, a incidência do SK em pacientes HIV positivos diminuiu, porém
essa neoplasia continua sendo a mais comum em aidéticos. O SK epidêmico está relacionado a
imunossupressão e infecção pelo vírus humano do tipo 8 (HHV-8). A forma de transmissão do
HHV-8 é desconhecida, no entanto, estudos epidemiológicos apontam a relação sexual entre
homossexuais como uma via de transmissão que precisa ser considerada. Afinal, cerca de 10,5% dos
homens desse grupo possuem o HIV. Os fatores de risco associados ao comportamento desse grupo
como promiscuidade e história de outras doenças sexualmente transmissíveis justificam essa
soroprevalência. Independentemente da quantidade de células CD4+ e do comprometimento do
sistema imune, essa neoplasia pode ser desenvolvida em qualquer fase da infecção pelo HIV. Para o
diagnóstico de SK, é recomendado a realização de uma biópsia da lesão cutânea.
Conclusão: Como o SK é uma doença definidora da AIDS, é interessante que o médico saiba
diagnosticar essa neoplasia. O profissional também deve procurar o melhor manejo terapêutico para
o caso de seu paciente buscando o controle de qualquer deficiência imunológica. Dessa forma, é
importante conhecer as características dessa doença.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Sarcoma de Kaposi Pulmonar- Relato de Caso
Rayanne Garrido Monteiro de Andrade
Maisa da Silva Dulci Medeiros
Gibran Antônio Garcia Daher
Raphaella Fiorillo de Araujo
Ricardo Tavares Borges
Marcel Monteiro Nunes
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de Sarcoma de Kaposi com
acometimento pulmonar, tendo como provável sítio inicial de lesão as conjuntivas de um paciente
HIV positivo portador de SIDA.
Descrição do caso: D.D.S., 32 anos, masculino, pardo, solteiro, auxiliar administrativo, HIV positivo
desde 2012, sem adesão ao tratamento. Alegava ainda diagnóstico prévio de Sarcoma de Kaposi há 7
meses em ambas as conjuntivas. Há 6 meses iniciou quadro de dispnéia aos médios esforços, que
após 3 meses evoluiu progressivamente para dispnéia aos pequenos esforços. Além de tosse com
escarros hemoptóicos, em torno de 30 ml, e dor torácica em base de ambos os pulmões, ventilatório
dependente, em pontada, que tinha como fator de agravo a tosse e fator de melhora ao uso de
dipirona. Referia como sintomas associados ortopnéia, dispnéia paroxística noturna e perda de peso.
Foi atendido pela Infectologia do HRT no dia 16/10/2014. Uma semana após dar entrada no Hospital
o paciente sucumbiu-se vítima de insuficiência respiratória, dois dias após o óbito foi confirmada a
hipótese de Sarcoma de Kaposi Pulmonar.
Discussão: O sarcoma de Kaposi é uma neoplasia multifocal associada ao HHV-8, transmitido
principalmente por contato sexual. O quadro clínico cursa com lesões cutâneas nodulares, em geral
de coloração vinhosa, e de ocorrência freqüente nas extremidades de MMII. Quando associado ao
HIV, acomete principalmente cabeça, pescoço e tronco. O envolvimento ocular pode ocorrer, sendo
bilateral em 50% dos casos e o tratamento consiste em quimioterapia ou imunoterapia sistêmica. Em
cerca de 50% dos casos, essa neoplasia pode migrar para as vísceras, sendo que desse 20 a 50%
acomete o pulmão. O SK pulmonar, raramente sítio inicial, se localiza em parênquima pulmonar,
árvore brônquica ou pleura. A partir do diagnóstico de SK pulmonar, a sobrevida do paciente
diminui consideravelmente de 28 para 6 meses, e o óbito ocorre por insuficiência respiratória.
Conclusão: O Sarcoma de Kaposi é uma neoplasia vascular, relacionada à infecção pelo Herpes
Vírus 8, de alta prevalência em pacientes com SIDA. Com o avanço da terapia anti-retroviral, casos
com envolvimento sistêmico e respiratório são raramente vistos atualmente. Porém, na não adesão
ao tratamento, esses ainda podem surgir, explanando a importância do TARV para melhorar a
qualidade e expectativa de vida do paciente HIV positivo.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Segurança entre bloqueios anestésicos em cirurgias oftalmológicas: uma revisão
Ícaro Pinto Silva
Arnaud Macedo de Oliveira Filho
Alisson Leandro Camillo Pereira
Guilherme Fleury Costa
Mariana Quaresma Cavalcante
Vinícius Oliveira Domingues
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Comparar, em pacientes submetidos a cirurgias oftalmológicas, qual o melhor tipo de
bloqueio anestésico: retrobulbar ou peribulbar. Avaliar parâmetros com os dois tipos de bloqueios
para saber as vantagens e desvantagens de cada opção terapêutica.
Metodologia e fonte de dados: Busca na base de dados PubMed artigos de revisão com as palavras
“anestesiology” e “ophthalmology” e protocolos de anestesia oftálmica. Em todos, foram analisados
os parâmetros tempo de latência, acinesia ocular, necessidade de complementação do bloqueio,
avaliação do conforto do paciente durante a anestesia e a incidência de complicações e
intercorrências com os dois tipos de bloqueios.
Discussão: Por muitos anos o “padrão-ouro” para a anestesia oftalmológica foi o bloqueio
retrobulbar. Com o advento do bloqueio peribulbar, entretanto, a mesma tem sido mais usada para
reduzir riscos de hematoma peri-orbital e diplopia pós-operatória causadas por bloqueios
retrobulbares. O bloqueio retrobulbar posiciona a agulha mais próxima de estruturas a serem
bloqueadas, necessita de menor volume anestésico, tem um tempo de latência menor e promove
anestesia intensa e profunda em relação ao bloqueio peribulbar. Diferentemente do peribulbar, no
bloqueio retrobulbar há necessidade de complemento de bloqueio para a acinesia palpebral, maior
incidência de complicações e menor conforto ao paciente. Já o bloqueio peribulbar é realizado
direcionando a agulha em um ângulo com menor acentuação e com menor penetração. Assim, o
anestésico é injetado no espaço extraconal, se difunde para o nervo óptico e estabelece uma anestesia
condutiva.
Conclusão: O estudo mostrou que o bloqueio peribulbar é a melhor alternativa para os bloqueios
oftalmológicos. O bloqueio peribulbar faz com que haja uma maior segurança nos procedimentos
realizados devido a menor penetração da agulha na órbita e, com isso, há uma maior distância entre
o ponto de injeção e as estruturas intra-orbitárias mais nobres. Porém, sempre fica a cargo da equipe
médica, juntamente com o paciente, a opção de bloqueio a ser realizada.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Sepse em Unidade de Terapia Intensiva
Marina Tani Gomes
Milla Carolina Costa Lafetá Araújo
Amanda de Castro Machado
Mariana Fonseca Giani Delfino
Gabriela de Campos Araujo
Antonio Aurelio de Paiva Fagundes Junior
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Realizar uma revisão da literatura determinando a epidemiologia da sepse no Brasil, em
pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI).
Metodologia e fonte de dados: Foi feita uma revisão da literatura em bases de dados bibliográficos
online — Scielo, Bireme, Medline e Lilacs; publicados entre os anos de 2006 a 2015, utilizando as
palavras chave: “Sepse”, “UTI”, “Unidade de Terapia Intensiva” e “Brasil”.
Discussão: A sepse, uma das principais causas de morte em todos os países, continua como um
grande desafio em todo o mundo, não sendo diferente em nosso país. Segundo os dados coletados
em 75 UTI, correspondendo a 65 hospitais de todas as regiões do Brasil, as internações em UTI
foram predominantemente de natureza clínica (67,2%), seguindo-se os pós-operatórios de
emergência (24,4%) e os eletivos (8,4%). A sepse, sepse grave e o choque séptico ocorreram em
19,6%, 29,6% e 50,8% dos casos, respectivamente. A idade média observada (61,7 anos) e o
predomínio do sexo masculino é uma constante em todos os estudos. A mortalidade global no grupo
dos sépticos foi de 46,6%. A mortalidade nos subgrupos sepse, sepse grave e choque séptico foram
de 16,7%, 34,4% e 65,3%, respectivamente. Os principais locais de infecção foram o pulmonar (69
%), seguindo-se o abdominal (23,1%) e o urinário (16%). O uso indiscriminado dos antibióticos tem
gerado complicações diversas, internações e alto custo econômico e social, tendo se tornado comum
o alerta para o crescente problema da multirresistência em todos os continentes.
Conclusão: Sepse é um importante problema de saúde no nosso país que leva a uma taxa
extremamente alta de mortalidade nas UTI, sendo uma das mais elevadas no mundo. O momento é
propício a uma reflexão ainda maior sobre esta doença, aumentando a percepção da sepse tanto entre
profissionais de saúde como entre o público leigo, para que seja priorizada como uma emergência
médica a fim de que todos os pacientes possam receber intervenções básicas.
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201 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Sexsomnia: uma parasomnia com condutas sexuais durante o sono
Lara Mundim Alves de Oliveira
Flávia Toledo Simões
Camila Pereira Rosa
Pedro Guilherme Cabral
Higor Nogueira Paes
José Edígio Novais Simões
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo do trabalho consiste em relatar características de pacientes que apresentaram
condutas sexuais durante o sono, indicando sexsomnia.
Metodologia e fonte de dados: Foi utilizado o método de busca com pesquisa em artigos acadêmicos,
indexados nas bases de dados PubMed e Neurología (Revista Oficial da Sociedade Espanhola de
Neurologia). O trabalho foi confeccionado a partir de publicações de 2014. Foram utilizados os
seguintes descritores: "sexsomnia", "parasomnia", "coito", "masturbação" e "amnésia e sono".
Discussão: No ano de 2005, a Classificação Internacional de Desordens do Sono definiu e
classificou a sexsomnia como uma variante dos despertares confusos típicos das parasomnias no
sono REM. Há uma ativação motora específica que dá lugar a condutas sexuais inapropriadas que
são involuntárias. O comportamento é caracterizado por ereção peniana, atitudes sedutoras e
raramente agressivas, tentativa de coito e masturbação. Em casos graves há repercussão conjugal e
judicial, em caso de envolvimento de menores. Todos os pacientes apresentam amnésia ao acordar e
não relatam sonhos eróticos na noite dos episódios. Isso mostra que a sexsomnia é diferente do
sonambulismo, que é caracterizado por representações de sonhos. Desde outubro de 2012 não há
mais de 50 relatos de casos de sexsomnia. Há problemas de subdiagnósticos por vergonha dos
pacientes ou por próprio desconhecimento do médico. A maioria dos casos relatados se apresenta em
homens jovens adultos (3 homens para 1 mulher). Nenhum apresenta experiências sexuais
traumatizantes, epilepsia e os episódios na maioria dos casos se associam a antecedentes como
estresse e pequenas interrupções no sono como apneias e movimento periódicos dos membros. É
frequente a associação de sexsomnia com antecedentes de sonambulismo e sonilóquio isolados. A
higiene do sono e tratamento farmacológico tem demonstrado redução dos episódios de sexsomnia.
Conclusão: A sexsomnia aparece no adulto jovem, consiste em tentar consumar de forma
inapropriada o coito ou se masturbar durante o sono, com amnésia posterior ao ocorrido. Podem
coexistir outras parasomnias, como sonambulismo e despertares confusos. Outros transtornos do
sono como apneias e o movimento das pernas poderiam desencadear a sexsomnia.
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202 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síncope vasovagal: desafios e demandas
Maria Carolina Vidal Bueno
Anna Carolline Campanhã de Oliveira
Bianca Gontijo Rocha
Gabriela Lohanna Silva Correia
Glycon Cardoso
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Este estudo tem por objetivo enriquecer os conhecimentos acerca do tema abordado,
levando em conta sua relevância, devido à dificuldade no diagnóstico de síncope vasovagal e
ineficácia de tratamentos farmacológicos.
Metodologia e fonte de dados: Para a obtenção de dados, realizou-se uma pesquisa exploratória por
meio de busca bibliográfica em base de dados SciELO e PubMed para artigos publicados nos
últimos cinco anos.
Discussão: Síncope, nome científico para desmaio, é um sinal para uma doença, mesmo que esta seja
benigna. Tem como característica a perda da consciência, súbita e transitória, associada à
incapacidade de manutenção do tônus postural, decorrendo na queda. Podendo ter diversas
etiologias, a mais comum delas é a síncope neurocardiogênica (SNC) ou vasovagal, que tem como
fisiopatologia a estimulação excessiva do nervo vago (parassimpático), causando bradicardia e
diminuição da pressão arterial, por perda da vasoconstrição periférica, e resultando em hipoperfusão
cerebral. Mesmo tendo maior incidência (cerca de 50 por cento dos casos de desmaios), esse tipo de
síncope é de difícil diagnóstico, estando limitado a anamnese e teste de inclinação passiva. Além
disso, algumas pesquisas confirmam a predisposição genética, relacionando essa patologia à
hereditariedade. Exames neurológicos e cardíacos também são realizados, para excluir outras
possíveis causas para os episódios. O tratamento tradicional, com o uso de fármacos, geralmente não
apresenta resultados muito expressivos. Por isso, tratamentos alternativos são de grande relevância,
como a prática de exercícios físicos, suplementação de sal e a adoção de certas posturas ao início dos
sintomas. Apesar de ser considerada benigna, a SNC tem consequências negativas na qualidade de
vida, pela insegurança que seus sintomas instauram no paciente.
Conclusão: A síncope vasovagal é uma doença cuja fisiopatologia ainda não está totalmente
esclarecida. Além disso, o teste de inclinação, muito importante para o diagnóstico, ainda gera
questionamentos quanto à sua aplicabilidade. Outro desafio é o seu tratamento, uma vez que o uso de
fármacos gera resultados insatisfatórios, tornando necessário uso de tratamentos alternativos. Fica
claro que existe uma demanda de mais estudos sobre o assunto, para melhor compreender a
patologia e satisfazer os pacientes.
Email: [email protected] 203 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síndrome da Reconstituição Imune – Revisão de Literatura
Ana Carolina Andrade Canut
Marine Gontijo Freitas
Izabela Rodrigues Figueiredo
Valeria Nogueira Naves
Nathalia Telles da Costa
José Gabriel Rodrigues Junior
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Discutir a perspectiva atual da literatura sobre a síndrome inflamatória de reconstituição
imune no que diz respeito à sua apresentação clínica, diagnóstico, terapêutica e prevenção.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de uma revisão de literatura na qual foi realizada uma
pesquisa em base eletrônica de dados por meio do acesso ao PORTAL DO CAPES e SCIELO.
Foram selecionados artigos publicados entre 2010 e 2015 utilizando os seguintes descritores: terapia
antirretroviral, síndrome da reconstituição imune.
Discussão: A terapia antirretroviral (TARV) reduziu dramaticamente a mortalidade pelo HIV, de 2.3
milhões em 2005 para 1.6 milhões em 2012. Isso reflete a necessidade de aumentar o acesso dos
infectados a TARV. Porém, o início do uso da medicação costuma cursar com complicações,
particularmente nos primeiros 6 meses, dentre as quais, a Síndrome da reconstituição imune (SRI)
tem ganhado destaque como complicação precoce, apresentando morbidade e mortalidade
consideráveis, principalmente nos pacientes que iniciaram a TARV com imunossupressão avançada.
Nessa condição a recuperação do sistema imunológico, após o uso da TARV, se associa com uma
resposta inflamatória patológica, direcionada aos antígenos microbianos. Duas formas de
apresentação foram identificadas, a SRI paradoxal e a SRI desmascarada. Na SRI paradoxal, há a
recidiva de sintomas e sinais associados a uma infecção oportunista já conhecida e em tratamento,
sendo que antes do início da TARV o tratamento tinha apresentado resposta satisfatória. Na SRI
desmascarada, um novo patógeno oportunista se manifesta associado a uma resposta inflamatória
exacerbada. Atualmente existem consensos sobre o tratamento da SRI criptocócica e da SRI
tuberculosa, formulados pelo International Network for The Study of HIV-associated IRIS (INSHI).
Consensos para outras formas de SRI ainda não existem, mas são extremamente necessários.
Conclusão: O número de pacientes em uso de TARV cresce em todo o mundo. Como muitos
pacientes ainda iniciam o uso com taxas de CD4 muito baixas, a SRI permanece como uma
complicação comum. Algumas formas de SRI têm suas manifestações e epidemiologia bem
estabelecidas, mas ainda faltam testes diagnósticos específicos e estratégias hábeis de tratamento.
Recomenda-se otimizar o tratamento contra os patógenos oportunistas para reduzir a carga de
antígenos durante o início da TARV, bem como medidas de suporte.
Email: [email protected]
204 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síndrome da unha-patela - diagnosticar para evitar incapacidades locomotoras
Ingrid Wallau
Camila Temporim de Alencar
Maria Teresinha de O. Cardoso
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar o caso de paciente com Síndrome da Unha-Patela e alertar à comunidade médica a
importância de reconhecer o fenótipo, possibilitando assim atuação multidisciplinar e evitando
possíveis incapacidades locomotoras por restrição de movimentos.
Descrição do caso: I.J.A.F., 7 anos, feminino, nascida em 18/01/2008, residente e procedente do DF,
iniciou acompanhamento no ambulatório de Genética Clínica em 2012 para investigação da
Síndrome Unha-Patela, por portar onicodistrofia e luxação das articulações de cotovelos e sua mãe
ser portadora dessa síndrome. A mãe afirma gestação sem intercorrências e realização de pré-natal
de alto risco. Aos 8 meses a criança começou acompanhamento com Nefrologista, pois foi detectado
agenesia renal à esquerda. Exames complementares (16/04/2009): radiografia – luxação da
articulação rádio-umeral, com descolamento anterior do rádio; variância ulnar positiva
bilateralmente e de forma mais acentuada à direita; impressão de menor desenvolvimento da asa dos
ilíacos. TC – luxação ventral da cabeça do rádio, ausência de calcificações patológicas. Ultrassom –
agenesia ou hipoplasia do rim esquerdo.
Discussão: A síndrome da unha-patela é uma doença rara de herança autossômica dominante
resultante de uma alteração no gene LMX1B. Suas principais características são a onicodistrofia,
ausência ou hipoplasia de patela, luxação da cabeça do rádio e hipoplasia dos côndilos do cotovelo.
Além disso, pode-se observar “chifres” nos ossos ilíacos, nefropatia, podendo essa condição estar
associada a um gene causador de nefropatia ou não, manifestações oculares (glaucoma) e
gastrointestinais. As características relacionadas ao aparelho locomotor se apresentam,
principalmente, durante a fase inicial de deambulação, pois a sobrecarga nos joelhos, por exemplo,
que possuem a agenesia ou a hipoplasia de patela, causa lesões sucessivas na cartilagem e ossos da
região, o que mais tarde poderá originar uma artrose e/ou limitação dos movimentos.
Conclusão: Apesar de se tratar de uma síndrome rara, acometimento de 1: 50.000 nascidos vivos, o
diagnóstico precoce pode proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida no que concerne a
preservação de suas articulações e de seus respectivos movimentos. Deve-se ter um olhar cuidadoso
para aquelas crianças que apresentam uma instabilidade patelar, onicodistrofia e cornos nos ossos
ilíacos, pois realizado o diagnóstico, a chance de complicações motoras, renais e oculares são muito
menores.
Email: [email protected]
205 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síndrome da Veia Cava Superior: Revisão de Literatura
Camila Valadares Santana Recch
Mariana Mai Akaishi
Thamara de Oliveira Vasconcelos
Ana Rosa Costa Melo
Fellipe Marques da Silva Araújo
Gilda Elizabeth Oliveira da Fonseca
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Destacar a síndrome da veia cava superior (SVCS) como uma emergência oncológica,
ressaltando aspectos relacionados às manifestações clínicas, ao diagnóstico e ao tratamento.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de uma revisão bibliográfica com base em artigos científicos
disponíveis nas plataformas Medline e Pubmed, publicados de 2002 a 2015. Os seguintes descritores
foram utilizados: “síndrome cava superior”, “superior vena cava syndrome”.
Discussão: A SVCS é um conjunto de sintomas que se agravam conforme o aumento da pressão na
veia cava superior e suas tributárias. Decorre da obstrução do fluxo sanguíneo nessa veia em direção
ao átrio direito. Com o aumento da pressão há dispneia progressiva, ortopneia e tosse que se
agravam em posição prona, edema progressivo da face, pescoço e membros superiores e coloração
cianótica característica da pele mais evidente no decúbito. Devido ao aumento da pressão venosa
intracraniana, pode surgir cefaleia, vertigem, confusão mental até perda da consciência. Entre os
sinais clínicos estão pletora facial, edema cervicofacial e de MMSS, turgência venosa cervical e em
MMSS, e circulação colateral em parede torácica. As causas malignas hoje respondem por cerca de
90% das apresentações, sendo o carcinoma de pulmão responsável por 75% dos casos, seguido por
linfoma. O diagnóstico é clinico e confirmado por imagem. O exame de escolha é a tomografia
computadorizada de tórax com contraste. O tratamento depende da gravidade dos sintomas, da causa
da obstrução, do tipo histológico e do estádio do tumor. Inicialmente se baseia em suporte clínico. O
tratamento definitivo na grande maioria é a radioterapia e a quimioterapia, que proporcionam alívio
sintomático. A implantação de stents vem sendo cada vez mais utilizada, já o tratamento cirúrgico é
indicado apenas quando curativo.
Conclusão: A SVCS é uma emergência oncológica que deve ser prontamente reconhecida pelo
médico plantonista. A tomografia computadorizada de tórax com contraste é o método de escolha
tanto para o diagnóstico, quanto para o planejamento do tratamento, que deve ser o mais brevemente
instaurado a fim de aliviar o desconforto do paciente. O tratamento cirúrgico é cada vez menos
utilizado pela sua baixa taxa de sucesso.
E-mail: [email protected]
206 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síndrome das unhas amarelas em idosa com artrite reumatóide, asma e hipotireoidismo
Manoela Fassina Barros
Vitorino Modesto dos Santos
Melissa Gebrim Ribeiro
Iara Machado Motta
Manoel da Costa Gondim Neto
Barbara Assumpção Paes Leme
Instituição: Hospital das Forças Armadas
Objetivo: A síndrome das unhas amarelas é uma condição escassamente relatada, portanto o objetivo
deste estudo é o relato do caso de uma paciente com a apresentação dessa síndrome.
Descrição do caso: Mulher, 85 anos, branca, portadora de hipertensão arterial sistêmica, artrite
reumatoide, asma e hipotireoidismo, admitida por dispneia há 3 dias. Ao exame físico apresentara
murmúrio vesicular diminuído em bases com creptos até terços médios e sibilos; edema inelástico e
nódulos endurecidos em regiões metatarsofalangianas e metacarpofalangianas; distrofia ungueal e
coloração amarelada das unhas. Exame laboratorial com TSH 8,21 UI/ml e T4L 1,28 ng/dl.
Radiografia de tórax com congestão pulmonar e aumento da área cardíaca. Tomografia de tórax
com alterações pleuroparenquimatosas residuais apical à direita, estrias fibroatelectásicas em lobo
inferior direito. Ecocardiograma com fração de ejeção de 24%, disfunção sistólica do ventrículo
esquerdo acentuada, insuficiência de mitral moderada, insuficiência de tricúspide discreta.
Tratamento realizado com otimização das medicações.
Discussão: A síndrome das unhas amarelas (SUA) pode estar relacionada a alterações morfológicas
e funcionais dos vasos linfáticos. E se apresenta como tríade clássica: presença de unhas amarelas,
edema de membros inferiores e derrame pleural. É necessário haver duas destas três características
para o diagnóstico. Em associação ao quadro poderão ocorrer artrite reumatoide, lupús eritematoso
sistêmico, malignidades, síndrome nefrótica, hipertireoidismo e hipotireoidismo, asma brônquica,
bronquiectasia. As alterações ungueais encontradas na SUA poderão estar presente em um ou em
todos os dedos de mãos e pés, e se caracterizam por coloração amarelada, espessamento,
endurecimento, aumento da convexidade, onicólises, paroníquia, deficiência de cutículas, ausência
de lúnula. A paciente do estudo era portadora de hipotireoidismo subclínico, asma e artrite
reumatoide, condições associadas à SUA.
Conclusão: A síndrome das unhas amarelas pode ocorrer em associação com várias comorbidades. A
escassez de relatos sobre a mesma pode ser devido ao baixo nível de suspeita ou até
desconhecimento dessa afecção. A avaliação das unhas dos pacientes e correlação com
comorbidades e exame físico pode aumentar o diagnóstico de SUA e, consequentemente, ocorrer
mais descrições de casos.
Email: [email protected]
207 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síndrome de Clérambault: uma revisão de literatura
Nayra Nascimento Ribeiro
André Vinicios Batista Alves
Danielly Cristine de Oliveria
Lourival de Paiva Grillo Jr
Juvenal Fernandes dos Santos
Ana Raquel Nascimento Lawall
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O presente estudo tem como objetivo revisar o que a literatura traz de mais atual e
relevante sobre a Síndrome de Clérambault.
Metodologia e fonte de dados: Foram consultadas as bases de dados SCIELO e PubMed, sendo
analisados os trabalhos publicados nos últimos dez anos como as palavras-chaves: Síndrome de
Clérambault, erotomania.
Discussão: Durante toda a história, frequentemente, os termos paixão e loucura foram usados
simultaneamente e com o mais variados significados, havendo grande discordância entre autores
sobre o comportamento de alguns apaixonados. Em 1838 Esquirol definiu a erotomomania como um
delírio em que a paixão é inicial e predominantemente do sujeito delirante para o objeto amoroso.
Gäetan Gatian de Clérambault descreveu em 1921 a Síndrome de Clérambault como um subtipo de
erotomania, onde o objeto do amor é quem começa a amar e é também quem ama mais
intensamente, além disso, o objeto do amor apresenta, em geral, um status social mais elevado do
que o sujeito e o delírio inicia-se após um breve contato. Para Clérambault o mecanismo da
Erotomania seria fundamentalmente psicológico, com um início sutil, denominado pequeno
automatismo mental, progredindo para o grande automatismo. A apresentação clínica da Síndrome
segue uma evolução ordenada, passando pelos estágios de esperança, despeito e rancor. Está incluída
na Classificação Internacional de Doenças (CID-10), como um tipo especial de Transtorno Delirante
Persistente (F22.0).
Conclusão: Em razão da escassa literatura sobre o assunto, a ocorrência da Síndrome de Clérambault
é pouco divulgada e parece ser subdiagnosticada. A repercussão da doença tanto na vida do paciente
quanto na vida de terceiros, torna o tema bastante relevante, com considerável impacto psicológico e
social, porém ainda é pouco o que se pode afirmar sobre a sua etiologia. Um melhor entendimento
da psicopatologia da erotomania pode facilitar o diagnóstico da síndrome e proporcionar um melhor
tratamento.
Email: [email protected]
208 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síndrome de CREST
Guilherme Miguel Thomé de Carvalho
Pedro Henrique Rosa Silveira
Felipe Alencar Monteiro Borges
Rodrigo Pereira Pio
Lara de Paula Sousa
Moisés Elias de Souza Alves
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Apresentar a Síndrome de CREST demonstrando as complicações na vida dos pacientes e
informar um pouco mais sobre a patologia, tal como suas manifestações clínicasecaracterísticas
semiológicas que possibilitam sua identificação.
Metodologia e fonte de dados: Trata‐se de uma revisão da literatura, consultando‐se as plataformas
de pesquisas do PUBMED e Scielo. Restringiu‐se a pesquisa para artigos publicados no período de
2010 a 2015, com uso das palavras‐chave CREST Syndrome, esclerodermia e Síndrome de
CREST. Foram excluídas as publicações que não se encaixaram nos requisitos citados.
Discussão: Síndrome de CREST consiste em um subtipo da Esclerodermia sistêmica, doença
autoimune do tecido conjuntivo. Constitui-se um Apônimo, onde cada letra da sigla representa um
sinal específico. Sendo eles: Calcinose distrófica- depósitos de cristais de hidroxiapatitas no
subcutâneo, principalmente nas mãos e cotovelos; o fenômeno de Raynaud- fenômeno vasomotor
cuja tríade é palidez, cianose e eritema das extremidades; a disfunção esofágica; a esclerodermia ‐
provocando espessamento e endurecimento do tecido conjuntivo ‐ e as telangiectasias. Para que
chegue a um diagnóstico final, é preciso que se tenha apresentado no mínimo três das características.
O diagnóstico clínico inicial ocorre na observação de pele enrijecida nas mãos e refluxo
gastroesofágico por atrofia e fibrose da musculatura esofágica. O diagnóstico laboratorial consiste
em testes de anticorpos, no entanto, não muito definidos. Além disso, evidencia‐se como
complicações a fibrose pulmonar intersticial, que provoca hipertensão pulmonar e pode acarretar
insuficiência cardíaca direita, sendo esta a principal causa de morte dos pacientes. Dessa forma,
cabe-se fazer o controle dos sintomas, sendo que o tratamento para a síndrome é inexistente. Esse
controle consiste em mudanças em alguns atos como utilização de agasalhos para evitar Raynaud,
até ressecção cirúrgica para resolver as calcinoses.
Conclusão: A síndrome de CREST é uma síndrome que requer maior estudo e aplicabilidade de seus
conhecimentos na prática clínica, visto que o diagnóstico final demora cerca de 15 anos após o
aparecimento das primeiras manifestações. E ainda assim, o diagnóstico não possui apenas
embasamento clínico, requer pesquisa de Anticorpos. Portanto, é preciso chegar ao diagnóstico mais
rápido para evitar complicações, como a evolução para hipertensão pulmonar e insuficiência
cardíaca direita.
Email: [email protected]
209 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síndrome de Crouzon - a importância do seu reconhecimento para um bom prognóstico
Camila Temporim de Alencar
Ingrid Wallau
Débora Vilela Cunha
Paula Marques Migowski Carvalho
Maria Teresinha de Oliveira Cardoso
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Mostrar como a detecção precoce estabelece melhor qualidade de vida ao paciente com
Síndrome de Crouzon e diminui os efeitos do diagnóstico tardio, como, hipertensão craniana,
distúrbios de comportamento, atraso cognitivo.
Descrição do caso: H.M.F., masculino, 4 anos, primeira consulta na Genética Clínica com 3 anos.
Foi encaminhado para tal serviço quando tinha 4 meses de idade devido a queixas da mãe de moleira
alta e a pediatra que o acompanhava relatar faceis sindrômica, exoftalmia e implantação baixa de
orelha. Antecedentes pessoais: nasceu de parto cesáreo, IG 38 semanas, mãe portadora de Diabetes
Melitos Gestacional e Doença Hipertensiva Específica da Gestação, Apgar 7-9, peso 3150 gramas
(P97), comprimento 47,5 cm (P3-15), Perímetro cefálico 34 cm (P15-50),CPAP (Pressão Positiva
Contínua nas Vias Aéreas) por 24 horas, alta após 3 dias do nascimento. Mãe na ocasião 36 anos e
pai 51 anos. Não apresenta história familiar com a mesma síndrome. Na última consulta, mãe relatou
agitação, comportamento agressivo, hipoacusia, dificuldade visual e episódios de cefaleia biparietal.
Discussão: Por se tratar de uma síndrome progressiva, com primeiros sintomas no primeiro ano de
vida e maior parte dos sintomas após os 2 anos de idade, a equipe médica, Genética e Neurocirurgia,
decidiu após análise da evolução do quadro e observação dos exames complementares, operar o
quanto antes. Pois a clínica era compatível com a compressão craniana devido ao fechamento
precoce e contínuo das suturas sagital, lambdoide, bregmática e metópica, causando hipertensão
intracraniana, exoftalmia acentuada e deformação no crânio. Podemos observar que a cirurgia para
correção da craniossinostose tardia pode trazer prejuízos ao paciente, muitas vezes, irreversíveis,
pois a hipertensão craniana a longo prazo pode causar danos no sistema nervoso, provocando
distúrbios de comportamento severos, cegueira, surdez, deformidades cranianas, exoftalmia. Por isso
há a importância do reconhecimento precoce desse fenótipo e acompanhamento multidisciplinar.
Conclusão: A Síndrome de Crouzon é rara, mas por ser autossômica dominante com penetrância de
100% merece atenção dos profissionais de saúde. E por isso, o diagnóstico deve ser precoce para que
a cirurgia de intervenção na craniossinostose traga benefícios não apenas na estética do paciente,
mas também no seu desenvolvimento psicológico, cognitivo, visual, auditivo. Quanto mais cedo for
realizada a intervenção cirúrgica, mais tranquilo é o procedimento e o pós-operatório e melhor a
qualidade de vida.
Email: [email protected] 210 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síndrome de Cushing
Rafaella Pereira Carvalho Amaral Marques
Rafael da Silva Santiago
Mayara Vasconcelos Carvalho
Nathália Gomes Mialichi
Nathália Telles da Costa
Iara Cristina Arruda Vale
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O trabalho busca compreender a Síndrome de Cushing, a fim de se demonstrar a
importância de tal patologia e suas consequências.
Metodologia e fonte de dados: O trabalho foi desenvolvido por meio de uma pesquisa bibliográfica
acerca da Síndrome de Cushing, tendo como fonte principal ensinamentos retirados de livros
especializados e artigos tendo como referência a base de dados Lilacs.
Discussão: A Síndrome de Cushing é um conjunto de sinais e sintomas resultantes do excesso de
glicocorticoides, especialmente o cortisol, no sangue. O cortisol é liberado pela glândula suprarrenal
em resposta à liberação de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pela hipófise. Níveis altos de
cortisol podem ser induzidos também, pela administração de esteroides ou por estresse excessivo.
Portanto, a causa pode ser exógena (medicamentos) ou endógena (desregulação do próprio
organismo). Os principais sinais e sintomas são: aumento de peso com gordura depositada
principalmente no tronco, região central do abdome (obesidade central) e na face (lua-cheia),
afilamento dos braços e das pernas com diminuição da musculatura e consequente fraqueza
muscular, pele fina e frágil, hipertensão arterial, labilidade emocional, hirsutismo, osteoporose e
telangiectasias.
Conclusão: O fato desta patologia cursar com sinais e sintomas variados e muitas das vezes comuns
na população adulta, como osteoporose, hipertensão arterial, telangiectasias e obesidade, observa-se
frequentemente que esses pacientes não recebem diagnóstico precoce e, portanto, tratamento
adequado. É uma doença que afeta mais mulheres do que homens e sua identificação é de extrema
importância, visto que caso são seja tratada, pode evoluir com a morte do paciente.
Email: [email protected]
211 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síndrome de Eisenmenger em mulher adulta
Carolina Lopes Iwakami
Karina Mezalira
Thiago Vicente Ferro
Karlos Jennysson Sousa Soares
Thiago Nunes Figueiredo Cabral
Instituição: FACIPLAC
Objetivo: Relatar um caso de uma paciente com cardiopatia congênita intra cardíaca, síndrome de
Eisenmenger (SE), caracterizada pela hipertensão arterial pulmonar (HAP), causada pelo aumento da
resistência vascular pulmonar em resposta a um shunt intra cardíaco.
Descrição do caso: Feminino, 22 anos, admitida com queixa de dispneia aos grandes esforços, com
evolução aos pequenos esforços, associada a cianose periférica e central e adinamia há 6 meses. Ao
exame físico, cianótica (3+/4+), taquidispneica, FC:80bpm, PA:95x65mmHg, SatO2 não lida pelo
oxímetro, baqueteamento digital, murmúrio vesicular distribuído em todo o tórax, ritmo cardíaco
regular com hiperfonese de B2 e sopro sistólico de 2+/6+ em borda esternal esquerda e edema de
membros inferiores (1+/4+). O eletrocardiograma evidenciou bloqueio de ramo direito e sinais de
sobrecarga ventricular direita e o ecocardiograma, aumento do diâmetro de ventrículo direito
(42mm), fração de ejeção de 71%, presença de comunicação interatrial (CIA) tipo ostiun secundun,
com cerca de 2cm e fluxo bidirecional. Valva tricúspide com fluxo holossistólico e hipertensão
arterial pulmonar 95mmHg.
Discussão: A SE é a forma avançada de HAP associada com doença cardíaca congênita. Ocorre em
pacientes com grandes shunts esquerda-direita que causam aumento do fluxo sanguíneo pulmonar,
quando não controlado pode resultar na remodelação da microvasculatura pulmonar, com obstrução
ao fluxo sanguíneo pulmonar. Sua maior incidência ocorre antes da puberdade. A progressão
fisiológica por não haver redução das pressões pulmonares é representada por alterações
morfológicas que progridem de lesões reversíveis para irreversíveis. Clinicamente, os pacientes
desenvolvem dispneia aos esforços, síncope, dor no peito, abscesso cerebral, cianose, insuficiência
cardíaca congestiva, arritmias, hiperviscosidade, hemorragia pulmonar, endocardite. Como na
paciente que apresentou dispneia aos esforços associado a cianose periférica e central e adinamia há
6 meses aos 22 anos.
Conclusão: A SE é uma manifestação cianótica tardia das cardiopatias congênitas acianóticas que
leva ao dano cardíaco irreversível, HAP e redução drástica da qualidade de vida do paciente.
Destaca-se então, a importância de um exame físico minucioso do recém-nascido e um
acompanhamento da criança para a detecção e intervenção precoce deste tipo de cardiopatia. A
expectativa de vida normal de um paciente com SE é 20-50 anos, se a síndrome é diagnosticada
rapidamente e tratada com vigilância.
Email: [email protected]
212 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síndrome de hipertensão portal de provável etiologia alcoólica
Gabriella Maria Lucena Viana
Tânia Torres Rosa
Maisa da Silva Dulci Medeiros
Rayanne Garrido Monteiro de Andrade
Juliana da Luz Araujo
Letícia Cardoso Morales
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar caso de hipertensão portal em uma mulher, provavelmente secundária a
alcoolismo, discutindo a doença e suas complicações.
Descrição do caso: Feminino, 42 anos, etilista crônica há 30 anos, refere que há 2 meses vem
percebendo progressiva distensão abdominal. Associado ao quadro apresentou dispneia aos mínimos
esforços, tendo como fator de piora o decúbito, adotando a posição ortopneica como fator de
melhora. Procurou o posto de saúde sendo realizado B-HCG, com resultado negativo. Há 1 mês,
além da distensão abdominal progressiva, associou-se empachamento e escurecimento global da
pele. Procurou o Hospital Regional do Paranoá onde foi realizada paracentese e devido a regressão
da distensão abdominal a paciente retornou para casa. Há 3 dias, refere progressão do edema
evoluindo para anasarca, que afetava a deambulação. Há 1 dia, devido a exacerbação dos sintomas
procurou o Hospital de Base, onde foi internada para diagnóstico e tratamento. Refere perda de peso
de 10 kg no período e hiporexia. Nega febre e banho de rios.
Discussão: A hipertensão portal (HP) é uma síndrome clínica frequente em nosso meio e
acompanha-se de manifestações clínicas graves. É um importante fator de risco para doenças
decorrentes de aterosclerose e trombose, que se exteriorizam, predominantemente, por acometimento
cardíaco, cerebral, renal e vascular periférico. É responsável por 25 e 40% da etiologia multifatorial
da cardiopatia isquêmica e dos acidentes vasculares cerebrais, respectivamente. Isso leva a redução
da qualidade e expectativa de vida dos indivíduos. As principais manifestações clínicas da HP são
esplenomegalia, circulação colateral portossistêmica, varizes de esôfago, estômago e reto,
manifestações sistêmicas diversas e ascite.
Conclusão: Dados da história clínica, além das queixas relacionadas aos sintomas discutidos
anteriormente, auxiliam na detecção do agente etiológico envolvido na indução da hipertensão
portal. Os antecedentes podem indicar uma das possíveis etiologias da hipertensão portal, como a
hepatopatia crônica por uso excessivo de álcool. É necessária intervenção da Saúde Pública, na
atenção em saúde e medidas preventivas que visem à abordagem global dos fatores de risco para
doenças cardiovasculares.
Email: [email protected]
213 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síndrome de Leopard
Milla Carolina Costa Lafetá Araújo
Amanda de Castro Machado
Bruno Eduardo de Morais Santos
Mariana Fonseca Giani Delfino
Marina Tani Gomes
Liana Lauria Pires
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Informar sobre a Síndrome de Leopard, suas características, ocorrências e sintomas
típicos, com enfoque semiológico.
Metodologia e fonte de dados: Realizou‐se uma pesquisa bibliográfica em livros e artigos de revisão
nas bases de dados: Scielo, LILACS, PubMed e MEDLINE com as palavras chave: “Síndrome de
Leopard” e seu correlato em inglês.
Discussão: A síndrome recebeu esse nome por Gorlin (1969), mas foi primeiramente descrita por
Zeisle e Becker (1935). O nome da síndrome corresponde às iniciais das manifestações clínicas
típicas: L = lentigos, E = anormalidades no ecocardiograma, O = hipertelorismo ocular, P = estenose
pulmonar , A = anormalidade de genitália, R = retardo de crescimento, D = deafness (surdez). É uma
doença autossômica dominante e com distribuição semelhante entre os sexos, sendo descritos cerca
de 200 casos em todo o mundo. A cardiomiopatia, que não está incluída na mnemônica, é
característica importante por causa da associação com mortalidade significativa. Os lentigos podem
ser congênitos, embora mais frequentemente se manifestem por volta dos 4-5 anos e aumentem em
toda a puberdade. O diagnóstico da síndrome é clínico e os exames complementares são utilizados
para investigação subsidiária. Uma proposta de critérios mínimos para o diagnóstico da síndrome
LEOPARD é: a presença de múltiplos lentigos + duas outras características (outras anormalidades na
pele, endócrinas, cardíacas, craniofaciais e esqueléticas, anomalias geniturinárias, defeitos
neurológicos e falta de estatura).
Conclusão: A Síndrome de Leopard é rara e pouco conhecida, o que leva a acreditar que seu
diagnóstico seja subestimado. O reconhecimento precoce é fundamental, devido a morbidade
relacionada às alterações cardiológicas. Assim, após a identificação de lentigos em qualquer
paciente, adulto ou criança, é indicado a investigação cardiológica.
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214 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síndrome de Miller Fisher: uma revisão informativa
Henrique Freitas Araújo
Feliph Miqueias Alcântara de Souza
Ana Paula Lottici de Brito
Letícia Nogueira Dias
Pedro Henrique Rosa da Silveira
Hélio Henrique Medeiros Pires
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: A Síndrome de Miller Fisher caracteriza-se por oftalmoplegia, ataxia e arreflexia. É uma
desordem imunológica rara, descrita por Fisher em 1956. É uma variante de Guillain-Barré pouco
estudada, logo, este trabalho objetiva ampliar o conhecimento através de uma revisão bibliográfica
atual.
Metodologia e fonte de dados: O estudo trata-se de uma revisão da literatura científica, baseada em
artigos publicados entre 2000 e 2015 e retirados das bases de dados PubMed, Scielo e Medline,
através das palavras-chave: “Miller-Fisher Syndrome”, “Fisher Syndrome”, “Guillain-Barré” e
“oftalmoplegia”. Foi realizado o cruzamento de dados dos artigos recentes para a confecção de tal
estudo.
Discussão: A Síndrome de Miller Fisher (SMF) é caracterizada por ataxia, oftalmoplegia, e
arreflexia, podendo acometer em 25% dos casos também com paresia, além de outros achados
oculares. É uma polineuropatia inflamatória, por ser uma variante da síndrome de Guillain-Barré
(SGB). É uma síndrome rara e intrigou os estudiosos ao passo que excitou dúvidas quanto à sua
patofisiologia. Ao analisar a tríade, Fisher considerou a topografia da oftalmoplegia como mista:
central e periférica. Além da SGB, os importantes diagnósticos diferenciais são o acidente vascular
encefálico (AVE) de tronco (instalação mais aguda), a miastenia gravis, a encefalopatia de
Wernicke, encefalite de tronco (os dois últimos rebaixam nível de consciência) e distúrbios de
junção. Os exames complementares que corroboram a hipótese de SMF são o aumento de proteínas
no líquido cefalorraquidiano (indicando inflamação), estudos neurofisiológicos com resposta
reduzida ou ausente sem alteração na velocidade de condução sensorial e a presença do anticorpo
anti-GQ1b (presente em nervos cranianos e com sensibilidade e especificidade de 90%). A patologia
da SMF ainda é pouco estudada, mas os principais relatos sugerem desmielinização extra-axial do
nervo oculomotor. O tratamento da SMF envolve o uso de plasmaférese em alguns casos e
administração de imunoglobulina intravenosa, mas há relatos de resolução espontânea.
Conclusão:A SMF deve ser suspeitada na presença da tríade clássica. É importante que se realize o
diagnóstico diferencial com AVE e encefalite de tronco, encefalopatia de Wernicke, miastenia gravis
e distúrbios de junção neuromuscular. Tem como teste diagnóstico a dosagem do anticorpo antiGQ1b, presente em nervos cranianos oculares. O tratamento possui boas respostas nos casos
relatados. Embora seja uma síndrome rara com bom prognóstico, deve-se estar preparado para a
diagnosticar.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síndrome de Rendu-Osler-Weber
Geovanna Godinho de Sousa Teixeira
Arnaldo de Sousa Teixeira Junior
Carolina da Silva Moraes
Rodolfo Raposo de Lima
Raphael Andrade Gonçalves Borges
Thainá de Araújo Rodrigues
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Conhecer o histórico da Síndrome de Rendu-Osler-Weber, assim como suas
manifestações, diagnóstico e protocolo de atendimento ao paciente para que os sintomas sejam
sanados com rapidez a fim de uma melhoria na qualidade de vida.
Metodologia e fonte de dados: A pesquisa foi realizada com base em artigos científicos publicados
nos portais eletrônicos do scielo e lilacs. A revisão de literatura se deu a partir de artigos publicados
entre 2005 e 2010. Os descritores utilizados foram: síndrome de rendu-osler-weber, telangiectasia
hereditária hemorrágica.
Discussão: A Síndrome de Rendu-Osler-Weber, também conhecida como Telangiectasia
Hemorrágica Hereditária, recebe esse Epônimo como designação pelo fato de Louis Marie Rendu,
William Osler e Frederick Paes Weber terem caracterizado a síndrome a partir de uma tríade de
características principais: Hemorragias recorrentes, múltiplas telangiectasias e ocorrência hereditária.
Trata-se de uma doença de caráter autossômico dominante, mas cerca de 20% dos casos não
apresentam histórico familiar sendo decorrentes de mutações esporádicas em genes. Os dois mais
importantes são o Endoglin e a Activina, essenciais para a angiogênese. Dessa maneira, as
manifestações clínicas da síndrome estão associadas a essa má formação dos vasos fazendo com que
as lesões cutâneas sejam características, na forma de telangiectasia macular em regiões específicas
como: lábios, orofaringe, dedos e nariz. As lesões viscerais como telangiectasia gastrointestinal, com
ou sem sangramentos, malformações arteriovenosas pulmonares, hepáticas, cerebrais e espinhais
também podem ser uma manifestação da síndrome. A partir disso, as epistaxes recorrentes, as
telangiectasias múltiplas, as lesões viscerais e o histórico familiar, são critérios analisados para o
diagnóstico da Síndrome de Rendu-Osler-Weber. O tratamento é paliativo a fim de melhorar a
qualidade de vida do paciente uma vez que a doença não apresenta um mau prognóstico.
Conclusão: Apesar da Síndrome de Rendu-Osler-Weber não apresentar um mau prognóstico, é
necessário o conhecimento da doença assim como da sua tríade de manifestações características,
para que seu diagnóstico seja mais precoce visando uma melhor abordagem do paciente a fim de
amenizar e contornar os seus sintomas.
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216 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síndrome de Treacher Collins
Cyriaco Augusto Paulista Rondo
Paulo Henrique Miranda
Rafaella Silveira de Camargo
Suellenn Kecya Couto Tenório
Paulo Juvêncio Gomes Tubino
Instituição: FACIPLAC
Objetivo: Discorrer sobre a malformação embriológica causada pela síndrome Treacher Collins com
a finalidade de demonstrar como se origina a síndrome e de que forma as deformidades faciais
afetam o desenvolvimento normal do paciente e, principalmente, os impactos sociais causados aos
indivíduos acometidos.
Metodologia e fonte de dados: Como materiais de pesquisa, a fim de obter informações sobre a
síndrome de Trecher Collins, envolveu coleta de materiais para consultas, aos bancos de dados como
BIREME, MEDLINE, PubMed e livros que discorram sobre as malformações e de como se processa
a síndrome.
Discussão: É um distúrbio hereditário caracterizado por anomalias craniofaciais. A incidência
aproxima-se de 1:50.000 casos por nascidos vivos, não existindo preferência por sexo ou raça. A
expressão fenotípica desta doença resulta de uma malformação congênita envolvendo o primeiro e o
segundo arcos branquiais, bilateralmente. A deficiência ocorre durante a sétima semana de gestação,
quando os ossos faciais estão em formação. A manifestação da síndrome é muito variável, podendo
apresentar aspectos mais brandos até os mais intensos, com isso se torna comum erros no
diagnóstico sindrômico. A síndrome pode ser considerada uma emergência neonatal, pois ao ser
detectada cuidados devem ser tomados para evitar o glossoptose e consequente obstrução das vias
aéreas, fazendo-se necessária a atuação de uma equipe multidisciplinar. Eles podem apresentar
obstrução das vias aéreas superiores, fato este que acarreta prejuízo para a alimentação e o sono,
além do aumento do número de hospitalizações dos pacientes.
Conclusão: A abordagem para as malformações na Síndrome de Treacher Collins visa à correção
funcional, estética e a necessidade de apoio psicossocial, tendo a atuação de uma equipe
multidisciplinar formada por otorrinolaringologistas, cirurgiões craniofaciais, oftalmologistas,
fonoaudiólogos, psicólogos e cirurgiões-dentistas para obter tal objetivo. Além das anomalias
anatômicas e fisiológicas, associa-se nos pacientes com a Síndrome de Treacher Collins o estigma
social pelas severas deformidades faciais.
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217 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Síndrome do Ovário Policístico
Lucas Augusto Rodrigues de Oliveira
Oscar Júnior Gomes Vieira
Cristina Carolina Silva de Almeida
Paulo Roberto Daher Júnior
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Apresentar os fatores desencadeantes da Síndrome do Ovário Policístico (SOP), que é um
distúrbio endócrino, sua relação com determinados hormônios, insulinemia e seu tratamento.
Metodologia e fonte de dados: Foram utilizados livros acadêmicos, artigos periódicos e sítios na
internet disponíveis no Scielo e PubMed a partir de 2011 como ferramentas de pesquisa e referência
bibliográfica.
Discussão: A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) trata-se de um distúrbio endócrino que culmina
em alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovários que fazem com que
eles aumentem o tamanho. Segundo o Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas de São
Paulo, a SOP atinge cerca de 7% das mulheres na idade reprodutiva. É caracterizada pela falta de
ovulação e também pelo excesso de hormônios masculinos (testosterona) no organismo. A mulher
menstrua de forma irregular ou, em alguns casos, não menstrua, sendo responsável por 30% dos
casos de infertilidade feminina. A hipótese é que ela tenha uma origem genética e a possível ligação
entre a doença e a resistência à ação da insulina no organismo, gera um aumento do hormônio na
corrente sanguínea que provocaria o desequilíbrio hormonal. A resistência à insulina leva a um
acúmulo deste hormônio na circulação e uma intolerância a glicose sanguínea, que na maioria das
vezes desencadeia um quadro de diabetes. Distúrbios lipídicos e outras complicações estéticas,
sobretudo na pele, são recorrentes. Embora presentes, tais achados clínicos ainda não apresentam
uma correlação direta com a SOP, já achados dermatológicos precoces são cruciais para diagnósticos
e tratamentos com resultados mais eficazes.
Conclusão: A Síndrome do Ovário Policístico é uma patogenia de baixa incidência, presente em
aproximadamente 10% das mulheres em idade fértil, porém com uma implicância relevante nos
quadros psicológicos e sociais das mulheres acometidas. O diagnóstico precoce tem se mostrado a
melhor forma de convivência com os agravos gerados. Assim, uma maior atenção aos achados
clínicos, que são muito diversificados, bem como um maior conhecimento das vias endócrinas e
também da resistência insulínica é importante.
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218 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Superbactérias podem se tornar novas epidemias?
Rosalvo Streit Junior
Armando José China Bezerra
Ettore Mendes Azenha
Luiz Guilherme H. S. Batista
Gabriel Veloso Cunha
Guilherme Meneses Dourado
Instituição: Universidade Católica de Brasília – UCB
Objetivo: O presente estudo busca analisar, na literatura científica, se a proliferação de
microrganismos patogênicos, como as superbactérias resistentes a antibióticos que infectam
pacientes em hospitais, pode se tornar uma ameaça à ocorrência de novas epidemias.
Metodologia e fonte de dados:Foram pesquisados artigos e teses em plataformas como SciELO,
Google Acadêmico e no Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (Sibi) com
as palavras-chave epidemias, superbactéria, antibiótico e KPC. Os trabalhos consultados foram
publicados entre 2010 e 2015. Livros de infectologia também serviram como base para consulta.
Discussão: A história da humanidade é marcada pela ocorrência de epidemias que dizimaram
milhões de pessoas. Nos últimos anos, os casos de infectados por superbactérias, inclusive no Brasil,
preocupam as autoridades de saúde e levantam a discussão se esses microrganismos podem dar
origem a novas epidemias. A proliferação dessas bactérias está relacionada ao uso indiscriminado de
antibióticos, que tem selecionado as bactérias resistentes. A Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase
(KPC) e a Escherichia coli, por exemplo, são portadoras do gene NDM-1, que as torna
extremamente resistentes a antibióticos como os carpabenemas, geralmente usados para combater
infecções graves. Segundo especialistas, há um grande potencial de as bactérias portadoras do NDM1 se tornarem um problema de saúde pública mundial, uma vez que não existem medicamentos
eficientes para combatê-las. Entre as alternativas de prevenção, destaca-se a necessidade de
isolamento dos pacientes de risco, treinamento reforçado das equipes de saúde e adoção de medidas
básicas de higiene, além do incentivo ao uso racional de antibióticos e ao desenvolvimento de novas
pesquisas e medicamentos.
Conclusão: A proliferação de superbactérias e a consequente ameaça da ocorrência de novas
epidemias são assuntos que devem ser mais aprofundados pela medicina moderna e pelas
autoridades de saúde. Os exemplos de outras doenças letais que afetaram a humanidade são um
alerta e um incentivo para a discussão sobre a eficiência das atuais medidas de controle e sobre a
necessidade de novas pesquisas para formular medicamentos eficazes contra esses microrganismos
patogênicos.
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219 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Suporte pré-hospitalar no DF: perfil dos atendimentos realizados pelo SAMU
Vinícius Neves Bezerra
Tabatha Gonçalves Andrade Castelo Branco
Murilo Neves de Queiroz
Ubirajara Picanço
Instituição: ESCS
Objetivo: Caracterizar o perfil do atendimento pré-hospitalar realizado pelo SAMU no Distrito
Federal, usando como parâmetros o tempo de resposta ao chamado, o recurso utilizado no
atendimento, o diagnóstico e a gravidade dos casos atendidos.
Material e métodos: Foram analisadas comparativamente todas as ligações realizadas para a Central
de Regulação do SAMU/DF, no período de Janeiro a Dezembro de 2013, por tabulação de dados
através do software Excel, tendo como critérios: número total e tipo (interrompida, regulação, trote,
engano, atrelada, transferida, fora da área de abrangência, repetida, abandonada, informações) de
ligações recebidas; tempo de resposta ao chamado, recurso enviado (unidade básica, avançada,
bikelância, motolância, aeromédico); diagnóstico (Clínico, Traumático, Obstétrico, Psiquiátrico) e
gravidade (Ileso, Indeterminada, Média, Pequena, Severa, Morte) dos casos atendidos. Os dados
foram obtidos da base de dados da Central de Regulação do SAMU. Foi resguardado o anonimato de
todas as solicitações telefônicas.
Resultados e Discussão: O número total de solicitações telefônicas foi de 938.630, o que representa
uma média de 78.219 ligações/mês, sendo que apenas pouco mais de um terço (346.494) realmente
demandavam um recurso de atendimento pré-hospitalar. Este fato interfere na efetividade dos
atendimentos, principalmente devido à alta prevalência de trotes (em média 18,4% das chamadas). A
maioria (cerca de 97,4%) das ligações foi atendida antes de 6 segundos de espera. Dentre os recursos
enviados, a USB foi o mais utilizado (em média 4.920 atendimentos/mês), e em segundo lugar a
USA SAMU (561 atendimentos/mês). Entre os diagnósticos mais atendidos, Clínico foi o de maior
frequência, seguido por Traumático, e dentre esses, a demanda por ocorrências cardiovasculares foi a
maior, demonstrando a necessidade de um atendimento rápido e efetivo. Obstétrico e Psiquiátrico
não tiveram grande representação em termos absolutos. E quanto à gravidade, Média liderou os
atendimentos, seguida por Pequena gravidade.
Conclusão: Apesar da alta demanda de solicitações telefônicas, apenas em cerca de um terço houve a
necessidade de envio de recursos. A demanda por atendimentos clínicos e traumáticos é
significativa, e deve reunir esforços em prol da qualificação do atendimento, para a permanência de
um atendimento rápido e efetivo. Unidades básicas são mais utilizadas, o que demonstra a
prevalência maior de atendimentos de Média e Pequena gravidade.
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220 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Taxol: Uma Visão Geral Sobre o Mecanismo de Ação Celular
Gabriel Veloso Cunha
Octavio Luiz Franco
Rosalvo Streit Júnior
Guilherme Meneses Dourado
Ettore Mendes Azenha
Luiz Guilherme Henrique Sales Batista
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Proporcionar uma análise das especificidades do Taxol e suas aplicações medicamentosas,
dando ênfase ao seu descobrimento, desenvolvimento, usos clínicos, mecanismos de ação e síntese.
Metodologia e fonte de dados: A fim de conduzir a pesquisa bibliográfica teórica foram utilizados
artigos publicados a partir de 2005, encontrados nas plataformas Scielo, PubMed e Biblioteca
Virtual em Saúde, além de duas pesquisas publicadas na revista Nature.
Discussão: A principal característica das células tumorais consiste no descontrole do seu processo
reprodutivo. Por passarem a maior parte de suas vidas em mitose, tornam-se sensíveis a
interferências nesse processo. O taxol é uma molécula isolada originalmente da casca da árvore
Taxus brevifolia. A ação anticancerígena reside na capacidade de estimular a polimerização de
microtúbulos, impossibilitando a conclusão da divisão celular, e ainda sendo por si só um fator de
dano, uma vez que porções do citoesqueleto são compostas por tubulina. Seu uso tem sido uma
forma de evitar eventuais metástases e crescimentos tumorais. Foram encontrados inúmeros
impasses para a utilização industrial, tais como a baixa disponibilidade na T. brevifolia e a
inviabilidade da sua produção laboratorial inicial. Entretanto, nos dias de hoje, devido ao domínio
das técnicas moleculares pertinentes, seu mecanismo de ação é extremamente difundido.
Conclusão: Sabe-se hoje que o modo de ação do Taxol é antagônico aos dos compostos que eram
utilizados usualmente antes da sua descoberta, pois ao invés de impedir a polimerização o Taxol a
estimula. Nesse viés, evidencia-se que, devido às suas características singulares, buscar novos
fármacos in natura é uma atividade fundamental.
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221 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Tetralogia de Fallot – Relato de Caso
Rayanne Garrido Monteiro de Andrade
Rayssa Carvalho Teodoro
Iara Eberhard Figueiredo
Guilherme Ribeiro Nardi
Gibran Antônio Garcia Daher
Marcel Monteiro Nunes
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo relatar a evolução de uma criança de 9 anos portadora
de Tetralogia de Fallot com estenose valvar e infundibular.
Descrição do caso: F.S.C.N., 9 anos, masculino, branco, natural do Gama-DF. Parto cesáreo, a
termo; mãe de 31 anos, hígida, sem antecedentes de cardiopatia congênita. Ao nascimento foi
constatado pela pediatria sopro sistólico em foco tricúspide e solicitado parecer da Cardiologia. Aos
dois de vida foi submetido à ecodopplercardiograma, no qual foram constatados comunicação
interatrial (CIA), comunicação interventricular (CIV) perimembranosa, hipertrofia de ventrículo
direito (VD), presença de estenose pulmonar infundíbulo-valvar moderada e arco aórtico à direita,
sugestíveis de Tetralogia de Fallot. Fez tratamento ambulatorial enquanto aguardava o agendamento
da cirurgia corretiva, realizada aos 7 meses no INCOR-DF. Mãe refere que durante o aguardo da
cirurgia a criança apresentou várias crises de cianose central e periférica, dispnéia, sudorese e
síncopes. Atualmente, paciente encontra-se assintomático.
Discussão: A Tetralogia de Fallot é a cardiopatia congênita cianótica mais comum,
representandocerca de 10% das cardiopatias congênitas. Suas características são causadas pelas
alterações anatômicas: estenose pulmonar, sendo a mais comum do tipo infundíbulo-valvar, CIV
perimembranosa, dextroposição da aorta e hipertrofia do VD. É uma cardiopatia do tipo hipofluxo
pulmonar, ou seja, tem-se uma obstrução na saída do fluxo do VD. Como consequência, existe uma
diminuição da quantidade de oxigênio no sangue, levando à cianose, policitemia e hipoxia. Quando
não tratada, a maioria dos pacientes morre ainda na infância. Pode ser indicado uso de
betabloqueadores para melhorar o fluxo pulmonar e reduzir a cianose, mas a terapêutica definitiva é
a cirurgia corretiva o mais cedo possível, de preferência entre os 18 e 24 meses.
Conclusão: Com o presente relato podemos verificar a importância da equipe pediátrica alerta na
sala de parto para diagnósticos precoces com um exame físico completo. Como também a
importância da abordagem cirúrgica breve, já que nesse tipo de patologia somente a correção
cirúrgica resulta em bons prognósticos.
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222 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Torção de ovário em paciente pediátrico: relato de caso
Amanda Kleszcz de Carvalho
Felipe Chagas Toledo
Lucas Benjamin de Souza Abreu
Patrícia de Araújo Pinto Teixeira
Priscila Lessa Carnielli Villela
Rosana de Paula Laurindo
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Esse relato tem como objetivo a apresentação de um caso de torção de ovário em criança,
com diagnóstico inicial de apendicite aguda. Embora tendo um quadro clínico que frequentemente é
confundido com o de apendicite, foi possível diagnosticar antes de realizar a apendicectomia.
Descrição do caso: Apresenta-se o caso de paciente de 3 anos e 10 meses, previamente hígida, que
iniciou há 4 dias quadro de dor abdominal em andar inferior. Evoluiu com piora progressiva da dor,
hiporexia, constipação e 1 episódio febril (38,5°C). Procurou atendimento médico duas vezes,
recebendo diagnósticos de distensão gasosa e constipação intestinal, sendo realizado lavado
intestinal sem melhora do quadro álgico. Após realização de ecografia abdominal, com achados
sugestivos de processo inflamatório/infeccioso no apêndice cecal, foi lançada a hipótese diagnóstica
de apendicite aguda. No dia seguinte foi submetida a uma videolaparoscopia em que o apêndice
cecal não foi visualizado, porém o ovário direito apresentava aumento do volume e coloração
violácea (escurecido), com torção da trompa direita e do próprio ovário. Foi então realizada uma
ooforectomia direita, sem intercorrências.
Discussão: Torção de ovário é uma patologia rara na Pediatria, representando aproximadamente
2,7% dos casos de abdome agudo. Caracteriza-se por quadro de dor abdominal comum em outras
etiologias de abdome agudo, o que representa uma dificuldade em seu diagnóstico. Ocorre mais
frequentemente à direita, devido ao espaço limitado que o cólon sigmóide deixa para o movimento
anexial no lado esquerdo. Por esse predomínio no lado direito, o diagnóstico acaba sendo confundido
com um quadro de apendicite aguda em 38% dos casos. É comum em pacientes com cistos ou
massas ovarianas, mas em crianças ocorre principalmente pelo fato de a tuba uterina ser mais longa e
o ovário mais móvel. O tratamento recomendado inicialmente é a de distorção, porém na prática é
realizado a ooforectomia, devido ao risco de tecido necrótico permanecer na cavidade abdominal,
associação com doença maligna ou recorrência do quadro.
Conclusão: Pretende-se com este caso alertar para a importância de levar em consideração
diagnósticos diferenciais de abdome agudo, devido ao quadro clínico de outras patologias serem
muito semelhantes aos da torção ovariana, com o intuito de realizar um diagnóstico e tratamento
adequados.
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Título: Toxemia gravídica: suas implicações clínicas, prevenção, diagnóstico e tratamento
Área de trabalho: Obstetrícia
223 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Autores
Gustavo Henrique Campos de Sousa
Iasmin Côrtes Mânica Teles
Gibran Antônio Garcia Daher
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: A presente revisão de literatura tem como objetivo apresentar a etiopatogenia,
fisiopatologia, manifestações clínicas, métodos diagnósticos e tratamento da toxemia gravídica (TG).
Além disso, discutir sobre seus métodos preditivos e meios de prevenção.
Metodologia e fonte de dados: Foi realizada uma revisão bibliográfica onde foram utilizados artigos
das seguintes bases de dados: Scielo, PubMed e Bireme, entre os anos 2000 a 2015, utilizando as
palavras-chave: toxemia gravídica, hipertensão gestacional, eclâmpsia e síndrome HELLP.
Discussão: A Toxemia Gravídica é uma doença multissistêmica, ocorre habitualmente no fim da
gravidez e caracteriza-se pelas seguintes manifestações clínicas: hipertensão, proteinúria e edema.
Em suas formas graves, em virtude da irritabilidade do sistema nervoso central, instalam-se
convulsões e a doença é denominada eclâmpsia; se ausentes de crises convulsivas, trata-se de préeclâmpsia. Já a síndrome HELLP (SH) é caracterizada pelo quadro clínico de pré-eclâmpsia
associado a alterações laboratoriais específicas. Estima-se que afete 2 a 5% de todas as gestações e o
prognóstico materno costuma estar vinculado à crise convulsiva. A mortalidade na eclâmpsia é
elevada (10 a 25%), mas na pré-eclâmpsia é excepcional, a não ser quando sobrevém a SH. Além
disso, a mortalidade fetal, quando comparada às gestações não patológicas, está aumentada em 5%
nos casos de pré-eclâmpsia, chegando a 15% nos casos graves; SH, 35%; eclâmpsia, 30 a 35%. O
mecanismo etiopatogênico mais aceito da pré-eclâmpsia envolve uma interação entre as seguintes
hipóteses etiológicas: invasão trofoblástica anormal dos vasos uterinos; intolerância imunológica
entre os tecidos maternos e fetoplacentário; má adaptação às alterações cardiovasculares ou
inflamatórias da gravidez; e anormalidades genéticas. Devido à sua alta prevalência e ao prognóstico
reservado, é de extrema importância identificar gestações de risco, meios de prevenção, diagnóstico
e tratamento.
Conclusão: Devido ao fato de ocorrer em 2 a 5% de todas as gestações, ser responsável por mais de
100.000 mortes maternas por ano e aumentar consideravelmente a morbimortalidade perinatal é de
extrema importância a realização de métodos preditivos para identificar gestações de risco e
possibilitar sua prevenção. Nos casos onde a prevenção não é mais possível, o seu diagnóstico
permite o acompanhamento dessa paciente até a realização do tratamento, que na maioria das vezes é
o parto.
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224 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Toxoplasmose e gestação: uma revisão sobre a abordagem atual
Izabela Rodrigues Figueiredo
Ana Raquel Souza de Azevedo
Larissa Araújo Dutra de Carvalho
Monique Almeida Vaz
Ana Raquel Nascimento Lawall
Fábio Santana dos Passos
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Revisar os aspectos essenciais da infecção por toxoplasmose na gestante, com enfoque em
seu rastreio precoce, características clínicas e manejo clínico.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de um estudo de revisão da literatura fundamentado na
pesquisa ativa de artigos científicos nas bases de dados do Arquivo Brasileiro de Ginecologia e
Obstetrícia, além de diretrizes e documentos oficiais do Ministério da Saúde, que abrangeram as
palavras-chave “Toxoplasma gondii”, “Toxoplasmose e gestação” e “infecções na gestante”, no
período de março de 2012 a janeiro de 2014.
Discussão: A toxoplasmose é uma infecção, algumas vezes doença, ocasionada pelo protozoário
Toxoplasma gondii, que apresenta o gato como hospedeiro definitivo e encontra o homem como
intermediário. A transmissão ocorre na ingesta de alimentos contaminados por cistos, no contato
com solo contendo oocistos das fezes de gatos, e nas primo-infecções verticais. O risco de
transferência materno fetal gira em torno de 40% e aumenta com o avanço da gravidez em 15%,
25% e 65% nos respectivos trimestres, a depender de fatores como fluxo sanguíneo e carga
parasitária placentários, virulência da cepa e susceptibilidade genética. O grau de comprometimento
do concepto, no entanto, é maior no início da gestação. Na ampla maioria dos casos, o quadro clínico
é assintomático ou inespecífico e os sintomas, quando presentes, eclodem nas pacientes
imunossuprimidas de maneira fulminante, com comprometimento do sistema nervoso, instabilidade
hemodinâmica e insuficiência respiratória. A conduta terapêutica será embasada no quadro
sorológico identificado pelos ensaios imunológicos específicos, os quais definem o diagnóstico da
infecção na gestante.
Conclusão: A abordagem atual da Toxoplasmose na gestação está fundamentada no rastreio da
infecção. Ainda que na ausência de sintomatologia, a triagem sorológica reveste-se de importância e
deve ser preconizada na abordagem pré-natal de maneira precoce. A identificação das grávidas
suscetíveis é primordial para que a prevenção primária da doença e de sua transmissão vertical,
assim como o tratamento empregado e o seguimento, sejam adequados aos moldes de um bom
prognóstico.
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225 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Transplante de Córnea: Uma revisão de literatura
André Vinicios Batista Alves
Anderson Gustavo T. Pinto
Nayra Nascimento Ribeiro
Danielly Cristine de Oliveira
Bruno Ritchely da Silva Soares
Isabela Augusta de C. Testi
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Discorrer a respeito da importância do transplante de córnea em nosso país, sendo hoje o
transplante mais realizado no Sistema Único de Saúde.
Metodologia e fonte de dados: Foram analisados 31 artigos brasileiros, americanos e ingleses dos
últimos dez anos da plataforma de dados PubMed, assim como literaturas consagradas na
oftalmologia, fazendo uma revisão detalhada a respeito do transplante de córnea. Foram utilizadas as
palavras-chave: córnea, transplante, oftalmologia, ceratoplastia, trepanação.
Discussão: Discorrer à cerca do transplante de córnea realizado através de uma cirurgia que consiste
na substituição de tecido corneal lesado por tecido saudável obtido por doação. Existem técnicas que
envolvem a troca total ou parcial da córnea. A indicação se dá por perda das características básicas
desta região: transparência, curvatura e existência regular. É uma cirurgia rápida e com baixo índice
de rejeição. Pode-se encontrar complicações como astigmatismo, glaucoma, rejeição e/ou má
cicatrização, mas geralmente é uma cirurgia que segue com bom prognóstico e devolve a qualidade
de vida ao paciente.
Conclusão: Tendo em vista que a córnea é um órgão com nutrição não-sanguínea, percebeu-se que
os índices de rejeição são menores que em outros transplantes, logo, os dados mostram que os
sucessos cirúrgicos são altos. De uma maneira geral, os dados são favoráveis aos procedimentos
relacionados à técnica de transplante corneal, por oferecerem melhora, baixo índice de rejeição e
poucas complicações associadas.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Transplante pancreático: história, indicações e complicações
Wendel Silva Issi
Isac César Roldão Leite
Rebeca Marques Margoto
Kellen Karenine Pinho de Medeiros
Marcelo Ribeiro Artiaga
Paulo Juvêncio Gomes Tubino
Instituição: Faciplac
Objetivo: O objetivo do trabalho consiste em relatar as tentativas e dificuldades no desenvolvimento
de um tratamento para pacientes com doenças pancreáticas por meio de transplante do órgão.
Metodologia e fonte de dados: Foram utilizados diversos artigos nacionais e internacionais buscados
nas bibliotecas públicas virtuais BIREME e LILACS publicados entre os anos de 2000 a 2014. Na
busca utilizou-se as palavras chaves: Transplantes pancreáticos, substituição ilhotas, tratamento
diabetes.
Discussão: O transplante tem como principal função substituir células β que foram destruídas por
processo autoimune no Diabetes Mellitus tipo 1. Sua substituição visa a restauração fisiológica do
metabolismo da glicose com o intuito de estagnar complicações da doença. Em 1892, os médicos
Mering e Minkowski expuseram trabalhos demostrando que a ação da pancreatectomia no
organismo resultava em diabetes. Diversos trabalhos com enxerto de partes do pâncreas sob a pele
em animais sem o órgão foram realizados trazendo um controle momentâneo da doença, sendo
desestabilizado ao retirá-los do local do implante. Em 1894, foi relatada a implantação subcutânea de
um fragmento do pâncreas não vascularizado de ovelha na coxa de uma criança compadecendo com
diabetes. Este foi o primeiro indício de transplante de pâncreas em humano, o que levou aos
investigadores reconhecer que o nível de glicose no sangue refletia a viabilidade do órgão. Em 1966,
foi realizado o primeiro transplante com sucesso. Fez-se o enxerto cadavérico revascularizado por
anastomose da artéria esplênica ao eixo celíaco e veia esplênica na veia porta. Somente após 1999,
com a regulamentação do Ministério da Saúde, esse transplante teve início de forma efetiva no
Brasil. O primeiro transplante isolado de pâncreas do mundo foi feito no Rio de Janeiro. O paciente
sobreviveu vários anos após a intervenção que foi suficiente para induzir a insulino-independência.
Conclusão: As muitas maneiras utilizadas ao longo da história para conseguir um transplante
pancreático eficaz acabaram por ser positivas. Hoje, esse procedimento é utilizado como uma
alternativa de tratamento que traz inúmeras vantagens aos pacientes.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Transplante pulmonar em pacientes com hipertensão arterial pulmonar
Nathália Gomes Mialichi
Mariana Mendes Pacheco de Freitas
Diego Vinícius Gonçalves Santana
Thais Reggiani Cintra
Armando José China Bezerra
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O presente trabalho possui como objetivo analisar as indicações, os procedimentos, a
evolução e o prognósticos dos pacientes com hipertensão pulmonar, principalmente de origem
idiopática, em relação ao transplante pulmonar.
Metodologia e fonte de dados: Foram pesquisados artigos, tanto de pesquisa, quanto de revisão de
literatura e de relatos de casos, nas bases de dados BIREME e Scielo, com as palavras-chave:
“transplante pulmonar e hipertensão arterial pulmonar”, de forma separada e em conjunto. Foram
selecionados 10 artigos relacionados, restritos a estudos com humanos, e aos em português e em
inglês, entre os anos de 2010 a 2015.
Discussão: Em pacientes adultos a indicação para o procedimento é enfisema e fibrose pulmonar de
causa idiopática. Além disso, a bronquiectasia também é uma indicação no contexto brasileiro. Já
pacientes com hipertensão pulmonar idiopática possuem um prognóstico ruim, à medida que a maior
morbimortalidade é proporcional às arritmias e à falência do coração direito, quando este não
consegue mais trabalhar contra a alta pressão no leito vascular pulmonar. A maioria destes pacientes,
apesar da terapia medicamentosa, evolui para a necessidade de transplante pulmonar. Nestes casos,
os pacientes apresentam um risco menor pós-transplante do que aqueles que não utilizaram terapia
medicamentosa e também uma sobrevida maior a longo prazo. Porém, ainda há altas taxas de
rejeição por parte do receptor. Para o sucesso do tratamento, verifica-se a necessidade de otimização
da terapia clínica, através de prostaciclinas e análogos vasoativos,além de terapia gênica e de
reposição celular; otimização do tempo na lista de espera para transplante, e otimização do manejo
para o transplante. Alguns métodos paliativos também podem ser utilizados, como a septostomia
atrial, que promove a redução da pressão do lado direito do coração por um período de tempo, e
como o suporte extracorpóreo pulmonar.
Conclusão: Considera-se indispensável a boa comunicação entre os clínicos e os cirurgiões
relacionados ao transplante pulmonar destes pacientes, haja vista que este é um grupo de alto risco e
de alta mortalidade relacionados ao procedimento e que requer monitoramento preciso e
acompanhamento a qualquer sinal de descompensação. É importante notar também que um apoio
social ao paciente e melhora na adesão ao tratamento prévio reduzem a probabilidade de um
transplante pulmonar futuro.
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228 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Transtorno obsessivo-compulsivo no puerpério
Ana Raquel Nascimento Lawall
Lourival Paiva Grillo Júnior
Felipe Rodrigues Bezerra
Nayra Nascimento Ribeiro
Juvenal Fernandes dos Santos
Daniele Oliveira
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O objetivo desse trabalho é abordar clinicamente o transtorno obsessivo-compulsivo
durante o puerpério e sua respectiva terapêutica.
Metodologia e fonte de dados: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica em livros e artigos de revisão
nas bases de dados: Scielo, LILACS, PubMed, MEDLINE e com as palavras-chave: “transtorno
obsessivo-compulsivo” associada a “parto”, "puerpério" , "gestação” e “tratamento” e seus correlatos
em inglês, publicados nos últimos 12 anos. Período da pesquisa: junho de 2015.
Discussão: O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), segundo o Manual de Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais, é caracterizado por um quadro de obsessões e/ou compulsões.
Obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes, intrusivos e/ou indesejados. Quando
persistem, podem levar o indivíduo a ter comportamentos repetitivos, as chamadas compulsões. Esse
quadro gera ansiedade e desconforto e o indivíduo tenta resistir ou ignorar. De acordo com a
literatura, estudos têm demonstrado que o pós-parto é uma importante etapa da vida que pode
precipitar ou exacerbar o transtorno, mas a prevalência propriamente no puerpério ainda é
controversa. Nesse período da vida, as obsessões e compulsões no pós-parto envolvem o recémnascido, como medo de não conseguir segurá-lo, impulso de sufocá-lo e imagens repetitivas da
morte do mesmo, porém isso não está associado a alguma atitude infanticida. Quando não é feito o
tratamento adequado, o curso é, em geral, crônico, com oscilações de piora e de melhora dos
sintomas, podendo permanecer por toda a vida e deve-se levar em consideração o risco de suicídio
nessas pacientes. O tratamento farmacológico mais indicado para o TOC são os inibidores seletivos
da recaptação de serotonina (ISRS) e tricíclicos.
Conclusão: O transtorno obsessivo-compulsivo acarreta uma série de modificações de ordens
fisiológicas, neuropsicológicas e socioculturais à puérpera. A percepção clínica de transtornos
psiquiátricos e a identificação de outras comorbidades sistêmicas de forma eficiente melhoram o
prognóstico e a qualidade de vida desses pacientes. O profissional de saúde deve estar atento para o
aparecimento de psicose e depressão pós-parto.
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229 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Tratamento da Candidíase Vulvovaginal Recorrente
Natália Pierdoná
Nathália Gomes Mialichi
Natália Cristina Moreira Neves
Larissa Araújo Dutra de Carvalho
Daniela Vinhaes dos Reis
Armando José China Bezerra
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: O presente trabalho possui como objetivo a análise das proposições de tratamento para a
candidíase vaginal recorrente em pacientes imunocompetentes.
Metodologia e fonte de dados: Foram pesquisados artigos, tanto de pesquisa, quanto de revisão de
literatura e de relatos de caos, nas bases de dados BIREME e Scielo, com as palavras-chave:
“candidíase vaginal’, “tratamento da candidíase”, “candidíase vaginal recorrente” e “recurrent
vaginal candidiasis”. Foram selecionados 10 artigos relacionados ao tratamento da doença, em
português e em inglês, entre 2010 e 2015.
Discussão: Cerca de 5% das pacientes com candidíase vulvovaginal terão a candidíase vulvovaginal
recorrente, definida com quatro ou mais episódios dentro de 12 meses. A Candida albicans é a
responsável por cerca de 90% dos casos, e para melhor acurácia diagnóstica, as mulheres com
sintomatologia vaginal devem ser submetidas à medida do pH vaginal, teste de Whiff, microscopia à
fresco e KOH. Nos casos de candidíase vaginal recorrente, o sucesso do tratamento impõe dose
prolongada de antifúngico oral, como Fluconazol 150 mg em 3 doses, nos dias 1, 4 e 7, ou outros
azólicos tópicos por 7 a 14 dias antes do início do tratamento de manutenção. Já o tratamento de
manutenção pode ser realizado com Fluconazol oral 150mg 1x por semana ou Clotrimazol vaginal
500mg 1x/semana ou 200 mg 2x por semana durante seis meses. Nos casos de recidiva
documentada, reinicia-se o regime de manutenção com Fluconazol semanal durante um ano. Outra
opção para reduzir a dosagem utilizada inclui Fluconazol 200mg em 3 doses em dias alternados, com
intervalo de 14 dias até o início de 200mg semanais por 2 meses, seguida de 200 mg quinzenais por
4 meses e 200mg mensais por mais 6 meses, sendo que ambos os ciclos de tratamento tiveram
eficácia de 90%. Outros tipos de Candida requerem alteração do esquema de tratamento, assim como
pacientes grávidas e que possuem outras patologias, como dermatites de contato.
Conclusão: A dificuldade no tratamento da candidíase vaginal recorrente encontra-se na sucessão de
erros diagnósticos, na automedicação, na falta de suspensão dos fatores predisponentes, e na falta de
adesão ao tratamento por completo, visto que este inclui períodos prolongados de medicação. Dessa
forma, cabe ao ginecologista realizar os exames diagnósticos na suspeita de candidíase vaginal
recorrente e acompanhar a paciente para reduzir as chances de recidiva do quadro.
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230 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Tratamento da dor crônica
Fernanda Caroline Moura Garcez
Arnaud Macedo de O. Filho
Guilherme Fleury Costa
Luísa Villela Biazon
Pedro Guimarães Pascoal
Vinícius Oliveira Domingues
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Expor as manifestações clínicas e as possibilidades técnicas de tratamento no manejo do
paciente acometido por dor crônica, considerando tanto o processo patológico, quanto psicossocial
envolvidos.
Metodologia e fonte de dados: Foi realizado um levantamento bibliográfico com base em livros de
anestesiologia e outros sobre o manejo clínico da dor; as bases de dados usadas foram LILACS e
Scielo, além de revistas indexadas, escritos entre 2011 e 2015. As palavras-chave utilizadas para
capturar os artigos relevantes foram: “dor crônica”, “anestesiologia” e “farmacologia”.
Discussão: A dor crônica é referida como patológica sem uma causa bem elucidada, já que, na
grande maioria dos casos, não há lesão ou processo inflamatório associados. É insidiosa, porém
incapacitante, progressiva até a incapacitação e sem remissão espontânea. Está associada a
mecanismos centrais nociceptivos, com hiperssensibilização da ativação de suas vias centrais,
geralmente com fatores psicológicos associados. Sua manifestação clínica envolve alargamento do
local acometido, hiperalgesia e alodínia, com envolvimento de mecanismos neurofisiológico e
psicogênico. O tratamento farmacológico pode ser feito por meio de analgésicos simples, antiinflamatórios não-esteroidais e opioides, além de "coxibs". Como medicação adjuvante, podem ser
usados antidepressivos tricíclicos, ansiolíticos, neurolépticos, anticonvulsivantes, relaxantes
musculares, clonidina e cetamina. Além de técnicas que provêm melhor qualidade de vida como
bloqueios neuromusculares, fisioterapia, cirurgias, acupuntura e psicoterapia.
Conclusão: Nota-se que há dificuldades tanto na identificação, quanto no tratamento da dor crônica,
constituindo-se um marco o conceito introduzido por Bonica da necessidade de atendimento
multidisciplinar. Para sucesso no tratamento, há necessidade de reunião de diversos especialistas
bem treinados e disponíveis à atenção especial ao paciente com dor crônica.
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231 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Tratamento de coarctação aórtica e de artérias colaterais aneurismáticas
Raphael Andrade Gonçalves Borges
Mario de Souza Brandão
Ricardo Barros Corso
Isaac de Azevedo Silva
Helmgton José Brito de Souza
Carolina Fernandes de Almeida
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Descrever um caso com diagnóstico de recoarctação aórtica severa e com múltiplas
colaterais arteriais aneurismáticas, sintomático, operado com a técnica de derivação extra-anatômica
aortoaórtica, com evolução favorável, com sete anos de seguimento pós-operatório.
Descrição do caso: Paciente do sexo masculino, 47 anos, com dor torácica crônica, portador de
hipertensão arterial de difícil controle e operação de correção de coarctação de aorta há 10 anos.
Investigação revelou coarctação aórtica severa, tubo extra-anatômico aorto-aórtico de fino calibre,
estenótico e com fluxo restritivo, presença de grandes colaterais arteriais aórtico-subclávia
aneurismáticas. Foi realizado em 12/2005 o tratamento cirúrgico extra-anatômico com implante de
prótese de dacron de 26mm entre a aorta ascendente e a aorta descendente torácica, via esternotomia
mediana e com o auxílio da circulação extracorpórea.
Discussão: A derivação extra-anatômica entre a aorta ascendente e a descendente torácica é uma
técnica alternativa descrita para a correção e da recoarctação aórtica complexa, em especial para
pacientes adultos. Não houve complicações pós-operatórias maiores e recebeu alta hospitalar no
nono dia de pós-operatório. Exame angiotomográfico pós-operatório precoce revelou trombose
espontânea das colaterais aneurismáticas. O paciente mantém-se em Insuficiência Cardíaca
Congestiva de classe funcional I (NYHA) em seguimento tardio.
Conclusão: A derivação extra-anatômica de prótese vascular aorto-aórtica para a correção da
recoarctação aórtica complexa em paciente adulto possibilitou a trombose espontânea de colaterais
aneurismáticas e manteve o resultado tardio em sete anos de seguimento.
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232 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Traumatismo Cranioencefálico e Encefalopatia Hipóxica por violência durante a gestação
Renata Mayumi Hamaoka
Daniela Vinhaes dos Reis
Natália Gontijo Ribeiro
Victória Gontijo Neves
Rachel Costa Vinhaes dos Reis
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar um caso sobre violência contra a mulher com graves consequências materno-fetais
e ressaltar a importância de um pré-natal multiprofissional que consiga identificar fatores sociais e
ambientais, dentre outros, que podem influenciar diretamente na dinâmica da vida da mulher
gestante.
Descrição do caso: B.M.O., feminino, 25 anos, procedente da enfermaria de alto risco do Hospital
Universitário de Brasília, com admissão na unidade de terapia intensiva materna do Hospital
Materno Infantil de Brasília. Paciente gestante de 21 semanas e 3 dias foi vítima de agressão física
(espancamento) e sexual praticada pelo marido, que gerou rebaixamento do nível de consciência,
decorticação e estado comatoso vigil. Ao exame físico, apresentava-se em regular estado geral,
acordada, responsiva a estímulos sonoros; com abdome flácido, indolor, gravídico, com tônus
uterino fisiológico e ruídos hidroaéreos normoativos. Na evolução, foi submetida à cesárea com feto
pré-termo de 36 semanas e 1 dia, masculino, pesando 2244 g, apgar 9/10 e ausência de
malformações aparentes. Paciente obteve boa recuperação pós-operatória, porém permaneceu em
coma vigil e internada na UTI materna para acompanhamento.
Discussão: A paciente foi diagnosticada com traumatismo cranioencefálico (TCE) e encefalopatia
hipóxica pós-trauma, que são causas de incapacidade motora e cognitiva consequentes ao estado
vegetativo persistente. Nesse estado, as alterações neurológicas ocorrem por mais de três meses após
anóxia cerebral e doze meses na sequência do TCE. Ele é caracterizado pela ausência completa de
consciência de si e do ambiente, porém pela preservação do ciclo de sono e vigília e das funções do
hipotálamo e do tronco cerebral. A prevalência da violência contra a mulher varia entre 13,1 a
33,8%, sendo que, durante a gestação, a violência física corresponde a 5,7% e a violência sexual a
1,3%. Porém, diferentemente do que se espera, a maior parte da violência é provocada por parceiros
íntimos das mulheres.
Conclusão: A violência contra a mulher é um grave problema de saúde pública e, quando praticada
durante a gravidez, pode gerar sérias consequências tanto à mulher quanto ao feto. Perante a
legislação brasileira, é dever do profissional de saúde notificar qualquer suspeita ou confirmação de
violência com o intuito de desenvolver ações de proteção e prevenção, além do monitoramento da
situação de saúde relacionada às violências. Assim, o pré-natal torna-se um meio extremamente
importante de prevenção.
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233 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Tromboembolismo pulmonar em paciente com Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo
Raphaela Mendes Moreira
Gilda Elizabeth Oliveira da Fonseca
Alessandra de Souza Rocha
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Alertar sobre a importância de se investigar todas as possíveis causas de tromboembolismo
pulmonar em uma mulher jovem, inclusive a Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo (SAF), pois
ela pode ser uma delas e o tratamento adequado dessa doença é muito importante para o bom
prognóstico da paciente.
Descrição do caso: Paciente feminino, 31 anos, resistente à insulina e sem história de tabagismo.
Apresentou dispneia a pequenos esforços e quadro álgico na parede lateroposterior do hemitórax
direito, insidioso, progressivo e em pontada. Sem tosse ou hemópticos. Paciente refere uso de
anticoncepcional oral.
Discussão: A SAF é encontrada mais predominantemente em indivíduos jovens e hígidos. A
manifestação clinica mais comum é a trombose venosa. Os critérios diagnósticos para a síndrome
são anticorpos antifosfolipídeos reativos e/ou episódios de trombose, ou histórico de abortos e
nascimentos prematuros. Ao confirmar o diagnóstico da SAF, o tratamento deve ser realizado pela
vida toda. No presente caso foi confirmado tromboembolismo pulmonar pelo resultado do dímero D
igual à 1.347 ng/mL e pelas tomografias que mostraram áreas de infarto pulmonar. O Doppler dos
membros inferiores não apresentou nenhuma alteração. Paciente foi submetida a duas dosagens do
Anticardiolipinas, as quais resultaram em valores de IgG com alta reatividade. Assim, a paciente foi
diagnosticada com SAF.Optou-se, portanto, trocar o anticoagulante, Rivaroxabana, pelo inibidor da
vitamina K, pois esse é o medicamento adequado para a doença.
Conclusão: Ao suspeitar da SAF e solicitar a dosagem dos anticorpos foi possível diagnosticar a
doença e, assim, iniciar o tratamento correto com inibidor de vitamina K, que deve ser em longo
prazo, e informar a paciente sobre a doença.
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234 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Tumor de Pancoast e o Tabagismo
Matheus Castilho Corrêa
Alisson Leandro Camillo Pereira
Leandro Lúcio de Aguiar
Luciana Cardoso Reis
Tayane Oliveira Pires
Helena Barroso Bernal
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Este trabalho tem por objetivo apresentar à comunidade acadêmica e/ou médica
informações sobre o tumor de Pancoast e, principalmente, reafirmar a importância da
conscientização a respeito do tabagismo e suas consequências, mostrando que existe uma relação
intrínseca entre esta patologia e o tabaco.
Metodologia e fonte de dados: A fim de obter informações para a realização desta revisão de
literatura, pesquisaram-se artigos no banco de dados do Scielo, da Revista de Pneumologia da
Unifesp e da Associação Catarinense Médica, com as palavras-chave tumor, câncer e Pancoast,
datados de 2007 a 2011.
Discussão: O tumor de Pancoast (TP) é um carcinoma broncogênico apical formado, principalmente,
pelos tipos epidermoide e adenocarcinoma e, menos frequentemente, por células pequenas. Foi
descrito por Henry Pancoast, radiologista norte-americano. Localiza-se no sulco formado pela
passagem dos vasos subclávios pela cúpula da pleura e os ápices pulmonares. Devido a esta
localização específica, compromete estruturas peculiares. Pode então, comprimir os ramos inferiores
do plexo braquial (C8, T1 e T2), causando dor ipsilateral no ombro e membro superior, denominada
Síndrome de Déjerine-Klumpke; paresia e atrofia dos músculos intrínsecos da mão; e compressão da
cadeia simpática cervical, causando a Síndrome de Claude Bernarde-Horner (ptose, miose, anidrose
e enoftalmia ipsilaterais). Todos estes sinais e sintomas citados podem ser chamados simplesmente
por Síndrome de Pancoast (SP). Entre 4% e 5% dos cânceres pulmonares apresentam-se através da
SP. Sabe-se também que estas neoplasias são responsáveis pela segunda maior taxa de mortalidade
por câncer, ficando atrás apenas do câncer de próstata em homens e do câncer de mama em
mulheres. Atrelado a este quadro, tem-se que 90% dos pacientes são ou foram fumantes em alguma
época da vida. O diagnóstico do TP é feito através de exames de imagem e histopatologia através da
biópsia. O tratamento é feito por quimio/radioterapia e remoção cirúrgica do TP.
Conclusão: O diagnóstico é difícil de ser feito precocemente, pois o paciente demora a apresentar
sintomas e/ou a procurar ajuda médica. Assim, o tratamento precoce, que aumenta as chances de
cura total da doença, fica impossibilitado. aumenta as chances de cura total da doença, fica
impossibilitado. Logo, a conscientização a respeito dos males causados pelo tabagismo é de extrema
importância, já que o cigarroestá intimamente relacionado aos cânceres pulmonares.
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235 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Tumor neuroendócrino metastático: tumor tratado com transplante hepático
Raissa Figueiredo Lacerda
Evelyn Jacome Obeid
Marcelo Alencar da Fonseca
Carolina Queiroz
Raquel Scafuto Barbosa de Castro
Andrei Alckmim Teixeira
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relato de caso de uma paciente, testemunha de Jeová, com o objetivo de apresentar o
transplante hepático como sendo uma das formas de tratamento da metástase hepática derivada de
um tumor neuroendócrino primário.
Descrição do caso: Feminino, 26 anos, com tumor neuroendócrino primário no íleo, submetida à
ressecção cirúrgica. Não realizada terapia adjuvante. Durante diagnóstico do tumor primário com
exames complementares, foram descobertas diversas lesões nodulares difusas no parênquima
hepático compatíveis com metástase. Após confirmação da ressecção total do tumor primário e
ausência de metástase extra-hepáticas comprovada por tomografia computadorizada de tórax e
abdome, paciente foi submetida ao transplante hepático. Apresentava CHILD 5/MELD 24. Após
procedimento, paciente fez uso de imunossupressão com Micofenolato, Tacrolimus e
Metilprednisolona. Apresentou elevação do leucograma durante evolução clínica associada a
derrame pleural sendo submetida à toracocentese sem intercorrências. Após boa evolução clínica,
recebeu alta médica no 14º DPO.
Discussão: Devido ao padrão múltiplo e difuso das lesões metastáticas no parênquima hepático, o
transplante hepático foi indicado no caso relatado. Após a ressecção completa do tumor primário, a
confirmação desta ressecção total e a ausência de metástases extra-hepática em imagens realizadas
em até 12 meses antes do transplante foram fundamentais para a colocação da paciente na fila para o
transplante hepático. A mudança dos parâmetros do CHILD e MELD ocorreu devido à alta
probabilidade de metástase extra-hepática proveniente do tumor hepático. O aumento do leucograma
é um dos parâmetros importantes no pós-operatório para a existência de algum foco infeccioso,
porém deve-se sempre lembrar da influência dos imunossupressores no aumento desse parâmetro.
Conclusão: No tumor neuroendócrino, diversas são as opções terapêuticas para o tratamento das
metástases. O transplante hepático é uma das indicações terapêuticas. Parâmetros como sintomas,
distribuição das metástases e histopatologia do tumor são importantes aspectos na escolha da
terapêutica. Pacientes em lista de espera para transplante devem ser submetidos a uma intensa
investigação para metástases antes do procedimento cirúrgico.
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236 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Tumor ovariano volumoso em paciente na pós-menopausa
Camila Pereira Rosa
Érica Oliveira de Medeiros
Wanessa Sobral Coutinho Sales
Pedro Guilherme Cabral
Higor Nogueira Paes
Lara Mundim Alves de Oliveira
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Relatar caso de tumor ovariano de crescimento rápido em paciente de 57 anos e discutir o
diagnóstico desta condição clínica.
Descrição do caso: MAS, 57 anos, feminino, menarca: 12 anos, menopausa: 49 anos, hipertensa,
comparece ao ambulatório de oncoginecologia referindo dor e aumento do volume abdominal há 7
meses. Ultrassonografia (USG) transvaginal mostra ovário direito não visualizado (em sua
topografia há cisto com conteúdo heterogêneo de 119x117mm); ovário esquerdo=3,01cm³.
Tomografia computadorizada (TC) de abdômen total com contraste mostra formação expansiva,
medindo 23,4x20,9x13,5cm, volume=3500cm³, ocupando mesogástrio e adjacências, origem
presumida em ovário direito; contornos lobulados, limites precisos, excetuando-se área na pelve,
onde se confunde com pequena quantidade de liquido e contém múltiplas áreas císticas em seu
interior com septos. Ao exame, abdômen volumoso, piparote negativo, massa palpável até arcos
costais, móvel, indolor. Paciente diagnosticada com tumor ovariano e submetida à laparotomia
exploradora para retirada de peça cirúrgica para estudo.
Discussão: Os tumores ovarianos são mais frequentes em mulheres na pós-menopausa, uma vez que
cerca de 20% dessas mulheres apresentarão um cisto de ovário. Para um diagnóstico preciso, é
necessária a avaliação histopatológica do tecido em questão. O diagnóstico de tumor ovariano
decorre desde os sintomas referidos pela paciente, exame físico e toque vaginal aos exames de
imagem. O inchaço e aumento abdominal devido ao crescimento rápido da massa cística refletem
também no toque vaginal, pois pode haver impossibilidade de delimitação uterina devido à presença
de massa abdominal e pélvica volumosa.
Conclusão: A laparotomia é apropriada para a ressecção da massa e sua posterior remoção. Os
exames pré-operatórios são importantes para esta conduta, a fim de reconhecer as características do
cisto. Os limites precisos, o conteúdo cístico e a ausência de linfonodomegalia indicam possível
caráter benigno. Esses achados são possíveis mediante exames prévios, como USG e TC.
Radiografia de tórax faz-se necessária para detectar efusões ou metástases pulmonares em casos de
suspeita de câncer ovariano.
Email: [email protected] 237 2238-5339 © Rev Med Saude Brasilia 2015; 4(Supl.1)
Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Uma visão bioética e atual da cesariana
Gabriella Maria Lucena Viana
Maisa da Silva Dulci Medeiros
Diaulas Costa Ribeiro
Rayanne Garrido Monteiro de Andrade
Aline da Silva Valadares
Juliana da Luz Araújo
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Colocar em discussão a escolha da forma de parto, contrapondo-se ao que vem ocorrendo
atualmente quando somente o profissional médico tem o poder de determinar a forma de parto.
Metodologia e fonte de dados: Este estudo constitui uma revisão de literatura, no qual se utilizou de
consulta a livros, manuais do Ministério da Saúde, O código de ética, além de artigos científicos
selecionados na base de dados da Scielo e BVS – Biblioteca Virtual em Saúde, em inglês e
português entre os anos de 2010‐2015. Foram encontrados 56 artigos, sendo selecionados 10 para
leitura na íntegra. Como critérios de busca definiram‐se as seguintes palavras chave: bioética no
parto normal e cesariana.
Discussão: A experiência da parturição representa um evento importante na vida das mulheres
marcado pelo novo papel "a maternidade". Devido aos avanços científicos e tecnológicos da
assistência ao parto, vêm sendo observados os partos de alto risco, que resultaram na diminuição da
morbimortalidade materno e neonatal. Porém, essa assistência, muitas vezes desenvolvida de forma
mecanizada, fragmentada e desumanizada com uso excessivo de práticas intervencionistas, quando
aplicadas no parto de baixo risco, trouxe às mulheres sentimentos de medo, insegurança e ansiedade,
que repercutiram em dificuldades de seu trabalho de parto. A assistência médica focada, a falha de
orientação à gestante e a precária educação, somando-se ao progresso científico e ao aprimoramento
técnico, são fatores que contribuem para o aumento do número de partos cesáreos em detrimento ao
parto normal. O Código de Ética Médica define que o médico deverá zelar pela vida humana
atuando sempre para a manutenção e melhoria da saúde do paciente. O parto cesáreo é visto como
um bem de consumo, disponível para aqueles que detém poder aquisitivo, adquirindo outro caráter
além do procedimento médico: o de atividade lucrativa. O Conselho Regional de Medicina ratifica
tal informação ao afirmar que as cesáreas realizadas sem consistência na indicação podem ser
encaradas como procedimentos desnecessários ao paciente.
Conclusão: O médico deve evitar assumir sozinho a definição da via de parto e promover a
autonomia da gestante, protegendo seu direito de escolha. Deverá informar à paciente a maior
quantidade de dados sobre sua situação médica; minimizar influências externas, diminuir a
vulnerabilidade e, assim, aumentar sua autonomia na escolha da via de parto.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Uso de enxertos em rinoplastia: uma revisão da literatura
Brunna Joyce Borges de Lacerda
Tayane Oliveira Pires
Diderot Rodrigues Parreira
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Exemplificar os tipos de enxertos utilizados na rinoplastia, bem como discutir a indicação,
vantagens, desvantagens e complicações de seu uso.
Metodologia e fonte de dados: Com o intuito de obter informações para a realização desse trabalho ,
foram pesquisados artigos na base de dados do Scielo e na Revista internacional de
otorrinolaringologia com as palavras-chave enxertos e rinoplastia datados de 2001 a 2015.
Discussão: O nariz é considerado o grande responsável pela personalidade peculiar da face e, como
tal, é alvo de insatisfações devido a deformações anatômicas ou adquiridas, influência de padrões
sociais e autoconceito negativo quanto a forma e tamanho. A maioria das rinoplastias exige material
complementar para sua execução. O material ideal seria aquele que mais se aproximasse das
características naturais do receptor, a fim de minimizar as chances de rejeição e extrusão e aumentar
a facilidade de absorção pelo corpo. Além disso, precisa possuir mesma forma, resistência e
consistência e ter baixo custo. Com base nesses aspectos, as possibilidades são a utilização de
autoenxertos, isoenxertos, homoenxertos (aloenxertos) e implantes (aloplásticos). Os autoenxertos
podem ser obtidos de ossos, cartilagens e tecidos moles do próprio paciente e não sofrem rejeição.
Os isoenxertos são transferidos de gêmeos monozigóticos, raramente sofrem rejeição. Os
homoenxertos são enxertos transferidos de um indivíduo para outro geneticamente diferente, mas da
mesma espécie, geralmente obtidos de cadáveres ou do banco de hospitais; são usados em poucos
lugares ainda e vêm sendo abandonados. Os implantes são materiais artificiais, com alta chance de
rejeição, infecção e maus resultados a longo prazo, são representados pelo Gore-Tex e Softform,
principalmente.
Conclusão: O tipo de enxerto utilizado em rinoplastia depende da escolha do profissional de saúde
que operará a cirurgia. Deve ser levada em consideração a preferência do médico, suas
características e a necessidade cirúrgica. O tipo mais frequentemente usado é o autoenxerto (cerca de
97% dos casos), preferencialmente da cartilagem septal.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Uso de Metformina no tratamento de cânceres ginecológicos
Mariana Mai Akaishi
Renato da Silva Cordeiro Colenghi
Julia Beluco Ferreira
Fellipe Marques da Silva Araujo
Luigia Peixoto Salvador
Paulo Roberto Guimarães
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Esse trabalho visa reunir dados e evidências clínicas do uso da Metformina na oncologia,
principalmente nos cânceres ginecológicos como o de endométrio.
Metodologia e fonte de dados: Nessa revisão de literatura foi utilizado artigos de banco de dados
como Scielo e Pubmed, entre os períodos de 2010 a 2014. Palavras-chaves utilizadas: “metformina”,
“tratamento”, “câncer endometrial”.
Discussão: A Metformina é um fármaco antidiabético oral da classe das biguanidas utilizado desde a
época medieval. É um dos medicamentos mais prescritos no mundo pela sua facilidade de
administração e por conter poucos efeitos colaterais. Além do seu uso para Diabetes tipo II, a
Metformina também mostrou-se eficaz no tratamento de ovário policístico. Recentemente foi
reportado que o uso da Metformina pode reduzir o risco carcinogênico e inibir a proliferação de
células cancerígenas, como glioma e câncer de mama. Sua capacidade de diminuir os níveis de
insulina circulantes assim como a de inibir os efeitos carcinogênicos tem tido grande importância
mundial em estudos recentes para um novo tratamento oncológico.
Conclusão: Como a Metformina é um fármaco para Diabetes tipo II, os estudos mostram resultados
apenas em pacientes desse grupo. Além disso, ainda faltam informações sobre os efeitos dessa
terapia em outros tipos de câncer, como o endometrial. O uso de Metformina para tratamento
oncológico ainda é muito recente, mas tem grande potencial, pois é um fármaco seguro e de baixo
custo, que seria ideal para o desenvolvimento de um medicamento anticancerígeno.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Uso inadequado de terapia hormonal por mulheres no climatério na ESF Santa Terezinha II
Nathália Alfaix Martins Palheiro Vicente
Felipe Rodrigues Braz
Lauro Barbosa Neto
Ana Carolina Ferreira Borges
Tiago Candido de Sá
Cláudia Regina Alves Daud
Instituição: IMEPAC – Araguari
Objetivo: Evidenciar as mulheres no climatério em Terapia Hormonal inadequada na Estratégia de
Saúde da Família Santa Terezinha II da cidade de Araguari-MG e adequar a Terapia Hormonal das
pacientes na área de abrangência.
Material e métodos: Trata-se de um trabalho de prevalência com posterior intervenção. Para isso, foi
elaborado um questionário e aplicado às mulheres que fazem reposição hormonal na área de
abrangência da ESF, que tange um total de 25 mulheres. Posteriormente, foram triadas aquelas que
estavam usando a Terapia Hormonal (TH) de forma inadequada, por meio de busca ativa em
prontuários e visitas domiciliares. As pacientes triadas tiveram consultas agendadas em horário
destinado à saúde da mulher. Nessas consultas elas foram orientadas, propondo uma nova
abordagem dos sintomas do climatério em conjunto com as pacientes.
Discussão: O questionário foi aplicado a 25 pacientes, que são todas as mulheres com TH em
acompanhamento na ESF. A avaliação dos questionários revelou que, entre as usuárias de TH oral
(20 no total), 4 têm mais de 60 anos de idade, 8 fazem TH há mais de 10 anos, 13 possuem
comorbidades e 2 têm irmã com câncer de mama. Entre as usuárias de TH tópica (5 no total), 3 têm
mais de 60 anos, 5 usam há mais de 5 anos, 3 possuem comorbidades e 1 tem irmã com câncer de
mama. Desse modo, a triagem revelou que 14 pacientes precisavam readequar o tratamento. As
pacientes com mais de 60 anos de idade, mais de 5 anos de uso do hormônio, com comorbidades
graves e câncer de mama em parentes de primeiro grau foram aconselhadas a parar a TH,
diminuindo as doses gradativamente. Ainda, foram orientadas a retornar para ser avaliada a
necessidade de um tratamento com outras medicações que auxiliem no tratamento do climatério,
exceto TH.
Conclusão: A decisão clínica de iniciar ou de dar continuidade à TH deve levar sempre em
consideração às peculiaridades de cada caso, em particular procurando-se individualizar o regime
terapêutico a ser adotado, as doses e vias a serem empregadas, o tempo de utilização dos hormônios,
os benefícios e os riscos desta modalidade de tratamento. Desta maneira, apesar das dificuldades de
retirar a TH, uma abordagem sistematizada deve ser realizada devido aos riscos desta terapia em
longo prazo.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Uso racional de antimicrobianos e o surgimento de bactérias multirresistentes
Valéria Nogueira Naves
Ana Carolina Andrade Canut
Izabela Rodrigues Figueiredo
José Gabriel Rodrigues Júnior
Lara de Paula Sousa
Marine Gontijo Freitas
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Estabelecer uma revisão sistemática sobre a importância do uso racional e discriminado de
antimicrobianos de modo a evitar o surgimento de novas cepas bacterianas multirresistentes.
Metodologia e fonte de dados: O estudo trata-se de uma revisão de literatura, foi realizada uma
pesquisa em base eletrônica de dados por meio do acesso ao BIREME, PORTAL DA CAPES e
SCIELO. Sendo selecionados artigos publicados entre 2010 e 2015, utilizando os seguintes
descritores em português e inglês: antimicrobianos, resistência bacteriana, bactérias
multirresistentes.
Discussão: Antimicrobianos são substâncias capazes de inibir o crescimento ou destruir
microrganismos, sendo ainda classificados como antibióticos (substâncias naturais) ou
quimioterápicos (substâncias sintéticas). Sendo a segunda classe de medicamento mais utilizada,
possuem importante poder de atuação na microbiota do paciente. Segundo a Organização Mundial
de Saúde (OMS), a prevenção de infecções causadas por microrganismos tem perdido sua
efetividade devido à resistência antimicrobiana, tendo como resultado o prolongamento das doenças
e o aumento da mortalidade. A distribuição indiscriminada de antimicrobianos e o fácil acesso a
esses medicamentos nas farmácias, o diagnóstico impreciso entre infecções bacterianas e infecções
virais e a ausência de programas que estimulem o uso consciente desses medicamentos são apenas
alguns dos fatores que contribuem para o uso inadequado de antimicrobianos e o consequente
surgimento de cepas resistentes. Decorrente do uso irracional dessas drogas, cepas de bactérias que
antes respondiam satisfatoriamente a antibióticos, não estão mais sendo combatidas por esses
medicamentos, como ocorre com as cepas da Klebsiella pneumoniae, em que a utilização de
antibióticos carbapenêmicos não é mais tão efetiva como antes.
Conclusão: O uso racional de antimicrobianos é hoje o principal meio de combate ao surgimento de
microrganismos multirresistentes, sendo de extrema importância na manutenção da efetividade
dessas drogas.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Vacina para câncer de pele a partir do Tripanosoma cruzi (NY-ESO-1)
Kelma Luana Abreu de Siqueira
Luigia Peixoto Salvador
Renato da Silva Cordeiro Colenghi
Diego Vinícius Gonçalves Santana
Fellipe Marques da Silva Araujo
Eugenio Galdino de Mendonça Reis Filho
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Este trabalho tem como objetivo revisar sobre uma vacina antitumoral capaz de induzir
uma forte resposta imune anti-NYESO-1 e uma resistência do hospedeiro contra tumores que
expressem tal antígeno.
Metodologia e fonte de dados: Trata-se de uma revisão da literatura que estendeu-sepelo mês de
junho de 2015, com consultas às plataformas de pesquisas do CAPES, Scielo e PubMed.
Discussão: A neoplasia de pele é a mais frequente. No Brasil, apenas 25% correspondem a tumores
malignos. Atinge mais pessoas de peles, olhos e cabelos claros, com exposição prolongada ao sol e
história familiar. Se detectada precocemente, possui altos índices de cura. Para prevenir, deve-se
evitar exposição solar das 10 às 16 horas, bem como usar bonés e protetor solar. Quanto ao
tratamento não cirúrgico, estudos com o Trypanossoma cruzi (T.cruzi), mostraram ser possível a
criação de uma vacina. Ao ser atacado pelo câncer, o sistema de defesa responde direcionando ao
“antígeno tumoral”, produzido pelas células cancerosas. O NY-ESO-1 é um desses antígenos
tumorais, encontrado em melanomas. Não se sabe sua função nas células tumorais. Sabe-se que
pacientes positivos para NY-ESO-1 apresentam uma resposta humoral e espontânea. Por essa alta
imunogenicidade, foi pensado em empregar a imunoterapia ao tratamento do câncer. A vacina
objetiva induzir células imunológicas mediadoras e efetoras. O T.cruzi foi cogitado como vetor
vacinal, por ter resposta imune forte, permanecer no hospedeiro por décadas e ainda, ter pela
correlação das fases do câncer com a infecção causada por ele. Foi desenvolvida uma cepa mais
fraca do protozoário, incapaz de causar infecção, e que é ativadora do sistema imune. Estes
transgênicos por sua vez são capazes de produzir NY-ESO-1, gerando memória imunológica contra
o tumor.
Conclusão: Devido ao aumento crescente da incidência de câncer, tornaram-se necessários novos
métodos de tratamento. Como a resposta imune ao câncer não gera uma grande ativação, o
combinado do protozoário T.cruzi, que induz uma resposta imune muito forte mediada por linfócitos
T CD4+ e T CD8+, com o antígeno NY-ESO-1, produz além de uma ótima resposta imune
específica, a inibição tumoral. Acredita-se, então, que o T.cruzi seja uma grande ferramenta para
elaboração de vacinas profiláticas e terapêuticas.
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Revista de Medicina e Saúde de Brasília TEMA LIVRE Título: Valvoplastias: relato de caso
Ana Paula Lottici de Brito
Pedro Henrique Rosa Silveira
Henrique Freitas de Araújo
Guilherme Miguel Thomé de Carvalho
Guilherme dos Santos Queiroz
Hélio Henrique Medeiros Pires
Instituição: Universidade Católica de Brasília
Objetivo: Discutir a conduta adequada para os casos que necessitem de dupla abordagem valvar nas
cirurgias de colocação de próteses, tendo como base um relato de caso.
Descrição do caso: VGS, masculino, 38 anos, relata dispneia aos médios esforços, eventuais
episódios de dispneia paroxística noturna e palpitações há 5 anos. Evoluiu com dor torácica de
moderada intensidade, irradiando para dorso, com horas de duração, não ventilatório dependente.
Apresenta histórico de febre reumática e de troca valvar aórtica por prótese metálica, associada a
plastia mitral, há 22 anos, para o qual manteve-se assintomático por 17 anos. Ao exame
cardiovascular, foi notado sopro sistólico em foco mitral 4+/6+, com irradiação para região axilar
anterior e sopro sistólico 3+/6+ em foco aórtico, com clique metálico. Os exames complementares
mostraram insuficiência mitral moderada a importante; insuficiência tricúspide discreta; sinais de
alteração do relaxamento diastólico e insuficiência cardíaca congestiva classe funcional II/III. Foi
proposta a cirurgia de troca valvar mitral por prótese metálica.
Discussão: A valvoplastia é indicada principalmente para crianças, devido à necessidade de novas
trocas protéticas, ao não uso de anticoagulante e à sua baixa trombogenicidade. Os índices de
reoperação em 10 anos variam entre 7% e 10%. A troca valvar por prótese é indicada quando a
plastia não é possível, ou quando há uma maior chance de reabordagem, caso se execute a plástica.
Já a prótese metálica apresenta boa eficiência hemodinâmica como fator favorável a sua indicação.
A escolha do substituto valvar mecânico nos dois procedimentos do caso relatado, dado a idade do
paciente e seu prognóstico, levou em consideração esses fatores, visando diminuir a possibilidade de
reoperações no sítio aórtico mais tardiamente. A conduta em casos semelhantes deve analisar
separadamente cada aparelho valvar para indicar o melhor tratamento a longo prazo para o paciente.
Conclusão: A plástica realizada na valva mitral obteve bons resultados durante 17 anos, tempo maior
do que o estimado para a necessidade de reoperações nas valvoplastias. Como o paciente já havia
realizado a troca da valva aórtica por prótese metálica, a necessidade de anticoagulação plena não foi
necessária. Logo, os procedimentos foram indicados com base nas lesões de cada aparelho valvar, e
foi recomendando o melhor tratamento para o caso com a troca do aparelho valvar mitral por prótese
metálica.
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