Antropologia, Gênero e Feminismos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS – SCH
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA – DEAN
Codigo
Disciplina
PROGRAMA DE DISCIPLINA
HS115
Antropologia, Gênero e Feminismos
Perspectivas antropológicas sobre gênero, natureza e cultura.
Sexualidade, corporalidades e identidades sexuais em
diferentes contextos sociais. Debates contemporâneos sobre
gênero, cultura e política.
DOCENTE(S)
Professor(a) Fernanda Azeredo de Moraes ([email protected])
Assist/Monitor
VALIDADE
Validade 2º semestre / 2016
Teóricas
00
Carga Horária
Práticas
Estágio
60
-
Ementa
Horário
Terças-feiras, das
13:30 às 17:30
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Objetivo O conceito de gênero segundo diferentes escolas teóricas. Identidades de gênero. Parentesco,
família, filiação, reprodução e sexualidade. Representações do masculino e do feminino. Análise
crítica dos estudos clássicos na Antropologia sobre o lugar das relações de gênero nas sociedades.
Programa
CalendárioAula 01.
BibliografiaApresentação do programa
Básica GROSSI, Miriam. Identidade de Gênero e Sexualidade. Antropologia em Primeira Mão, n. 24,
PPGAS/UFSC, Florianópolis, 1998 (revisado em 2010).
AULA 02. FRANÇOISE HERITIER
HERITIER, Françoise. De Aristóteles aos Inuit – A construção provada do gênero; O sangue do guer reiro e o sangue das mulheres – controle e apropriação da fecundidade. In: Masculino Feminino: O
pensamento da diferença. Lisboa: Instituto Piaget, 1996. p.181-222
Aula 03. SHERRY ORTNER
ORTNER, S. Está a mulher para o homem assim como a natureza para a cultura? In: ROSALDO, M.;
LAMPHERE, L. (Orgs.) A mulher, a cultura e a sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. p. 95-120.
Sherry Ortner. Making Gender: The Politics and Erotics of Culture. Boston: Beacon Press.
AULA 04.
RUBIN, Gayle. El Tráfigo de mujeres: notas sobre la “economia política” del sexo. In: NAVARRO, Marysa; STIMPSON, Catharine R. (compiladoras). Qué son los estudios de mujeres? México/Argentina/Brasil/Colombia/Chile/Espana/EUA/Per/Venezuela: Fondo de Cultura Economica.,1998. p.15-74.
HÉRITIER, Françoise. A coxa de Júpiter: reflexão sobre os novos modos de procriação.
In:Revista Estudos Feministas, vol. 8, n.1/2000.
LASMAR, Cristiane. Antropologia Feminista e Etnologia Amazônica: a questão do gênero nas décadas
de 70 e 80. Dissertação apresentada ao Museu Nacional - Programa de Pós graduação em
Antropologia Social. Rio de Janeiro, 1996. p. 32-53
STRATHERN, Marilyn. Sem natureza, sem cultura: o caso Hagen. In: _________. O efeito etnográfico.
São Paulo: Cosac Naify, 2015, pp. 23 – 77
AULA 05. MARYLIN STRATHERN
STRATHERN, Marliyn. O gênero da dádiva: problemas com as mulheres e problemas com a sociedade
na Melanésia. Campinas-SP, Editora da Unicamp, 2006.
__________. Uma relação incômoda: o caso do feminismo e da antropologia. Mediações - Revista de
Ciências Sociais. v. 14, n. 2 . Londrina- PR, 2009.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS – SCH
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA – DEAN
AULA 06: PROVA
AULA 07. JUDITH BUTLER
BUTLER, Judith. (1990). Problemas de gênero - Feminismo e subversão de identidade. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2003.
AULA 08.
RUBIN, Gayle. "Pensando sobre sexo: notas para uma teoria radical da política
da sexualidade". Cadernos Pagu, Campinas: Núcleo de Estudos de Gênero
Pagu, n. 21, p. 1-88, 2003.
ANZALDUA, Gloria. This bridge called my back: writings by radical women of color. 1St ed. Watertown, Mass.: Persephone Press, cl981
ANZALDÚA, Gloria. "La consciencia de la mestiza/ Rumo a uma nova conciência”. in Revista Estudos
Feministas, vol. 13, n. 3, 2005, p. 704-719.
FACCHINI, Regina. "Entre compassos e descompassos: um olhar para o 'campo'
e para a 'arena' do movimento LGBT brasileiro". Bagoas: Revista de
Estudos Gays, v. 3, n. 4, p. 131-158, jan./jun. 2009.
PELÚCIO, Larissa. Na noite nem todos os gatos são pardos: notas sobre a prostituição travesti.
Cadernos Pagu (UNICAMP. Impresso), Campinas, p. 217-248, 2005.
AULA 09. BELL HOOKS
HOOKS, Bell. Não sou eu uma mulher? Mulheres negras e feminismo. 1981
AULA 10
JESUS, Carolina Maria de (2007). Quarto de despejo: diário de uma favelada. 9. ed. São Paulo: Ática.
LANDES, Ruth. Cidade das Mulheres. Rio de Janeiro, Ed. UFRJ, 2002.
SEGATO, Rita Laura. “El Edipo negro: colonialidad e forclusión de género y raza”. In:La crítica de la
colonialidad en ocho ensayos y una antropología por demanda. Ciudad Autónoma de Buenos Aires:
Prometeo Libros, 2013.
MCCALLUM, Cecilia Anne. Perspectivas sobre o Feminismo Negro em Salvador, Bahia. Ilha Revista de
Antropologia, Florianópolis, v. 9, n. 1, 2, p. 069-099, jan. 2007. ISSN 2175-8034. Disponível em:
<https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/6341>. Acesso em: 16 ago. 2016.
doi:http://dx.doi.org/10.5007/%x.
AULA 11. RAEWYN CONNELL
CONNEL, Robert W. Masculinities. Berkeley: University of California Press, 1995.
AULA 12
ALMEIDA, Miguel Vale de. Senhores de Si: Uma interpretação Antropológica da Masculinidade.
Lisboa: Fim de Século Edições, 2000.
ALMEIDA, Miguel Vale de. “Gênero, masculinidade e poder: Revendo um caso do Sul de Portugal”. In: Anuário
Antropológico 95. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996.
MACHADO, Lia Zanotta. Masculinidade, sexualidade e estupro: as construções da virilidade. Cadernos
Pagu, Campinas, SP, n. 11, p. 231-273, jan. 2013. ISSN 1809-4449. Disponível em:
<http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8634634>. Acesso em: 15 jul.
2016.
KIMMEL, M. S. A produção simultânea de masculinidades hegemônicas e subalternas. Horizontes
Antropológicos, Porto Alegre, ano 4, n. 9, p. 103-117, out. 1998.
MACHADO, P. S. Entre homens: espaços de gênero em uma pesquisa antropológica sobre
masculinidade e decisões sexuais e reprodutivas. In: BONETTI, A.; FLEISCHER, S. Entre saias justas e
jogos de cintura. Florianópolis: Editora Mulheres; Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2007. p. 155-184.
AULA 13. DONNA HARAWAY
HARAWAY, Donna. Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismosocialista no final do século XX. In: SILVA, T. T. (Ed.). Antropologia do ciborgue: as vertigens do póshumano. Belo Horizonte, Autêntica, 2000. p. 36-129.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS – SCH
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA – DEAN
AULA 14.
SCHIENBINGER, Londa. O feminismo mudou a ciência?. São Paulo/Bauru: EDUSC, 2001. Especialmente p.135-241
HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da
perspectiva parcial. In: Cadernos Pagu. Campinas:Unicamp, Núcleo de Estudos de Gênero, v.5, p. 741, 1995.
SÁ, Guilherme José da Silva, 2010, “‘Abraços de mono’: elos perdidos e encontros intersubjetivos em
etnografia com primatólogos no Brasil”, Mana, 16 (1): 179-211
AULA 15: PAUL-BEATRIZ PRECIADO
PRECIADO, Beatriz. Multidões queer: notas para uma política dos “anormais”. Rev. Estud. Fem., Florianópolis, v. 19, n. 1, Apr. 2011.
Formas de
AvaliaçãoProva , apresentação de seminários, ensaio final.
BADINTER, Elizabeth. A nova mãe. In: Um amor conquistado, o mito do amor materno. Rio de Janei Bibliografia
ro. 1985. p. 201-235.
Complementar
BUTLER, Judith. 2003. “O parentesco é sempre tido como heterossexual?”. Cadernos Pagu, 21: 219260.
CAFFREY, Margaret M.; FRANCIS, Patricia A. (orgs). To Cherish the Life of the
World: Selected Letters of Margaret Mead. New York: Basic Books, 2006.
CORREA, Mariza. 1983. Morte em Família: Representações Jurídicas de Papéis Sexuais. Rio de Janeiro:
Graal.
CÔRREA, Mariza. 1982. “Repensando a família no Brasil (notas para o estudo das formas de organiza ção familiar no Brasil)”. In Colcha de retalhos. São Paulo: Brasiliense. Pp. 13-38.
EVANS-PRITCHARD,
E.
E.
A
Inversão
Sexual
entre
os
Azande
in
Re v i s t a Bago a s , (d i sponível em h t t p : / /www. c c h l a . u f r n . b r /
bagoas/v06n07art01_pritchard.pdf)
FACHINNI, Regina. Sopa de Letrinhas?: movimento homossexual e produção de identidades coletivas
nos anos 1990. Rio de Janeiro: Garamond,
FEMENÍAS, María Luisa. Esbozo de un feminismo latinoamericano. Revista Estudos Feministas, UFSC,
Florianópolis, Abr. 2007, vol.15, no.1, p.11-25.
FOUCAULT, Michel. 1985. A História da Sexualidade I: A Vontade de Saber. Rio de Janeiro: Edições
Graal. 5
GOLDMAN, Emma. “The Traffic in Women.” Hastings Women’s LJ, n. 13, p. 9, 2002.
HARAWAY, D. Gênero para um dicionário marxista: a política sexual de uma palavra. CadernosPagu,
Campinas, n. 22, 2004.
HÉRITIER, Françoise. “Homem/Mulher”; “Masculino/feminino”. Enciclopédia Einaudi. Parentesco. Vol.
20. Imprensa Nacional/Casa da Moeda. Pp: 11-26.
KEHL, Maria Rita. A mínima diferença: masculino e feminino na cultura. Rio: Imago, 1996. p.11-77
NICHOLSON, Linda. 2009. “Interpretando o gênero”. Revista Estudos Feministas. vol.11. n.2, 2000, 941. 3
RICH,
Adrienne.
Heterossexualidade
compulsória
e
existência
lésbica.
Revista
Bagoas,
Natal,
n5,
2010
(pgs
17-44)
(Disponível em: http://www.cchla.ufrn.br/bagoas/v04n05art01_rich.pdf)
ROSALDO, Michelle. “O uso e o abuso da antropologia: reflexões sobre o feminismo e o entendimento intercultural”. Horizontes Antropológicos. Porto Alegre: PPGAS/UFRGS, ano 1, n. 1, 1995, 11-36.
RUBIN, Gayle; BUTLER, Judith. “Tráfico sexual: entrevista”. Cadernos Pagu, Campinas, n. 21, 2003. Disponível em: . Acesso em: 15 abr. 2012.
SCOTT, Joan. “Gênero: uma categoria útil de análise histórica”. Educação e Realidade. vol.16. n.2. Por to Alegre, julho a dez/1990, 5-22.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS – SCH
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA – DEAN
SEGATO, Rita Laura. Que es um feminicídio? In: BELAUSTEGUIGOITIA, Marisa y MELGAR, Lucía (coordinadoras) Fronteras, Violencia, justicia: nuevos discursos. Colección Seminarios, México,
PUEG/UNAM y UNIFEM, 2008. P. 35 – 48.
SIMÕES, Júlio Assis. Homossexualidade e Movimento LGBT: estigma, diversidade, cidadania. In: BOTELHO, André; SCHWARCZ, Lilia Moitz. Agenda Brasileira: temas de uma sociedade em mudança. São
Paulo: Companhia das Letras, 2011. (pgs 234-245).
STRATHERN, Marilyn. Necessidade de pais, necessidade de mães. In: Estudos Feministas. Rio de Janeiro: IFCS/UFRJ – PPCSI/UERJ, v. 3, n. 2, p. 303-339, 1995.