RIBOFLAVINA (VITAMINA B2) Histórico: • 1879: pigmento fluorescente amareloesverdeado no soro do leite • 1932: pesquisadores alemães isolaram “enzima amarela” da levedura e demonstraram atividade de enzima respiratória intracelular. • 1935: síntese da riboflavina Características químicas e estabilidade: • Flavina ligada a um álcool – pouco solúvel em água. • Instável à luz ou álcali estável ao calor, oxidação e ácidos Funções: • Principal: precursora das coenzimas Flavina Mononucleotídeo (FMN) e Flavina Adenina Dinucleotídeo (FAD) – grupo prostético das flavoproteínas que catalizam as reações de oxiredução nas células. • cadeia respiratória para produção de energia Funções: • FMN e FAD são coenzimas das desidrogenases que catalisam o primeiro passo na oxidação de diversos intermediários no metabolismo da glicose e ácidos graxos, sendo também ativas na desaminação oxidativa de aminoácidos Metabolismo: DIETA – derivados coenzimáticos lúmen intestinal hidrólise para absorção por mecanismo de fosforilação Na+ dependente duodeno proximal Sangue: ligada a albumina e globulinas (IgA, IgG e IgM) Absorção fácil: ↑ com alimentos (60%) Excreção: urina como riboflavina fosforilação intracelular: FMN Metabolismo: •Não é armazenada em grande quantidade no organismo, sendo necessário seu fornecimento diário pela dieta. •A ingestão de álcool interfere tanto na digestão das flavinas dos alimentos como em sua absorção Metabolismo: •Cobre, zinco, ferro, cafeína, teofilina, sacarina, nicotinamida, ácido ascórbico e triptofano: formam quelatos alterando biodisponibilidade. Deficiência: • Nível celular interfere no metabolismo ácido fólico, vitamina B6, vitamina K e niacina • Manifestações clínicas debilidade, fadiga, dor e sensibilidade na boca, sensação de queimação e prurido nos olhos. Sinais avançados: queilose, estomatite angular, dermatite, vascularização córnea, anemia. Deficiência: • Causas raro deficiência isolada, conseqüência de deficiência alimentar, enfermidades, medicamentos e alterações endócrinas. Avaliação do Estado Nutricional: • Prova funcional: coeficiente de atividade da glutationa redutase eritrocitária (maior atividade em situações de deficiência, refletindo menor saturação) Necessidades e Recomendações: • O FAO/OMS recomenda uma ingestão de 0,6mg de riboflavina por 1.000 Kcal para a manutenção das reservas teciduais dessa vitamina em adultos e crianças; • Devido às demandas extras da gestação e lactação, a ingestão diária de referência preconiza um adicional de 0,3mg/dia na gravidez, 0,5mg/dia extra nos 6 primeiros meses de lactação e 0,4mg/dia a partir do sexto mês de lactação. Necessidades e Recomendações: • Dependem: balanço nitrogenado negativo, atividade física intensa (homens) e moderada (mulheres) – aumentam necessidades; • Estresse pelo calor e repouso prolongado aumentam a excreção. Fontes alimentares: • Carne (aves, pescados, ovos), leite e derivados. • Em países em desenvolvimento: brócolos, espinafre, farinhas e cereais enriquecidos.