Seminário de Inicia ção Científica da UNIFAL-MG – Edi ção 2012 ANÁLISE DA DISTÂNCIA INTERCANINOS RELACIONADA AO PROCESSO DE MALOCLUSÃO CRUZ, Deborah Andreto Silva 1; NOGUEIRA, Denismar Alves 2 *[email protected] Faculdade de Odontologia, 2Instituto de Ciências Exatas Palavras-chave: Maloclusão, distância intercaninos, correlação, grupos etários 1 Introdução Má oclusão é qualquer desvio do encaixe correto entre os dentes, que pode se instalar desde a fase em que há o rompimento dos dentes decíduos até a fase em que há o rompimento dos primeiros dentes permanentes. A distância intercaninos é a medição da largura do arco dentário na região entre caninos. A medida dessa distância é de fundamental importância para se determinar possíveis problemas de oclusão, pois à medida que há o desenvolvimento da dentição com a erupção dos dentes incisivos permanentes começa a haver alterações dimensionais transversais das arcadas para que haja um melhor alinhamento destes. Caso esse aumento da distância não seja suficiente, os dentes incisivos não encontram espaço para irromperem corretamente e começam a sofrer problemas oclusais como o apinhamento, giroversão, protrusão, retrusão, entre outros¹,². Essa distância funciona como guia inevitável para a manutenção do equilíbrio muscular. Estes dentes representam os alicerces dos arcos dentários pelo fato de localizarem-se onde se inicia a curvatura da arcada de maior angulação. O objetivo deste trabalho foi verificar qual a ocorrência média e correlacioná-la com os problemas de má-oclusão e fatores de exposição nas diferentes dentições. Metodologia A pesquisa foi do tipo transversal descritiva na qual por meio de um paquímetro digital fora medida as distâncias intercaninos e outras na maxila e mandíbula em diferentes idades: 4, 8 e 13 anos, para se avaliar o aumento dessas de acordo com as diferentes dentições (decídua, mista e permanente). Além disso, foi aplicado um questionário com o intuito de analisar se as presenças de hábitos indesejáveis influenciam nessas distâncias. A amostra foi obtida de forma aleatória de pacientes que freqüentaram a Clínica de Odontopediatria da Universidade Federal de Alfenas- MG entre abril e junho de 2011 e alunos da Escola Municipal Maestro Adhemar Campos Filho e Escola Estadual Dr. Viviano Caldas da cidade de Prados-MG. Resultados e discussão Nota-se que todas as medidas realizadas são correlacionadas, não houve diferença estatística nas distâncias para os sexos, nas medidas em relação à hábitos de sucção como chupetas e dedos, nos distúrbios de crescimento e hábitos como roncar, babar, dormir de boca aberta, nem nos respiradores bucais (P>0,05). Nota-se também que dos respiradores bucais 30% apresentavam mordida aberta, 20% apinhamento dentário, 10% mordida cruzada, 10% alguma giroversão em dente anterior, 10% diastema e 20% não possuíam nenhuma alteração. As médias das distâncias entre os dentes inferiores é menor que a dos superiores e que há um maior aumento dessas distâncias médias dos 4 aos 8 anos e que dos 8 aos 13 anos esse aumento não foi significativo. Conclusões Ocorre um aumento acentuado da distância intercaninos média entre os 4 a 8 anos e dos 8 aos 13 anos nota-se que esse aumento não é significativo; grande variabilidade foi verificada nos grupos que vieram das escolas em relação as crianças avaliadas na clínica, possibilitando afirmar que os usuários da clínica não representam a população normal de crianças; correlações positivas foram verificas entre as medidas estudadas. Não foi verificada diferença entre os gêneros. Agradecimentos Agradecemos a FAPEMIG pelo incentivo financeiro. _________________________________________ Referências bibliográficas ¹Albejante, M. N. Estudo de alguns aspectos morfológicos e alterações dimensionais do arco dentário decíduo, 1975, 79p. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Odontologia, USP, São Paulo, 1975. ²Barrow, G.V.; White, J. R. Developmental changes of the maxillary and mandibular dental arches. The angle Orthodontist, Ann Abor, 1952, 22(1), 41-46.