07-TL-Enf 14/9 05.09.08 19:48 Page 209 Tema Livre - Enfermagem 11 às 12:30h TL001 PREVALÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA) COMO MOTIVO DE ADMISSÃO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL (UTIN) DE UM HOSPITAL DA REDE PRIVADA DA CIDADE DE SÃO PAULO. MOURA MJ(1); SILVA V(1); BRAGA C(1); DE DEUS RB(2); FERRAZ RR(1,2); Universidade Nove de Julho - UNINOVE(1); GEN - Grupo de Estudos em Nefrologia(2); Introdução: A IRA é a perda rápida da função renal, resultando em retenção de produtos de degradação nitrogenados (uréia e creatinina) e não-nitrogenados, que são normalmente excretados pelo rim. Dependendo da seriedade e da duração da disfunção renal, este acúmulo é acompanhado por distúrbios metabólicos tais como acidose metabólica (acidificação do sangue) e hipercalemia (níveis elevados do potássio), mudanças no balanço hídrico corpóreo e efeitos em outros órgãos e sistemas. É uma condição grave e que deve ser tratada como emergência médica. Objetivo: Verificar a prevalência de IRA como motivo de admissão de pacientes na UTIN de um hospital privado da zona sul da cidade de São Paulo. Casuística e Método: Os dados deste trabalho foram obtidos através do levantamento de prontuários no período de 04/04/08 à 25/04/08. Resultados: No período, totalizamos 19 admissões com os seguintes diagnósticos: Síndrome de Edwards (5%), Bronquiolite (10%), Trauma Crânio-Encefálico (5%), Cetoacidose (5%), Febre a esclarecer (5%), Pós-Operatório de Correção Interventricular (5%), Broncoaspiração (10%), Sepse (5%), Cardiopatia Congênita (5%), Desconforto Respiratório (10%), Fratura de Clavícula (5%), Hipertrofia de Tonsilas Faríngeas (5%) e Choque Séptico (5%). Ainda, pudemos observar que, no período do estudo, 10% das internações foram geradas por IRA. De todas essas internações, 63% obtiveram alta hospitalar, sendo que os indivíduos acometidos por IRA foram encaminhados para programas de diálise (37% permaneceram internados). Conclusão: Este breve trabalho, embora realizado com um número reduzido de indivíduos demonstrou que a IRA representa 10% das causas de internação primária em UTIN. Um maior tempo de observação seria importante para avaliar se houve progressão para IRA dos pacientes com outros diagnósticos primários. Trabalhos que arrolassem um maior número de indivíduos, além de um maior tempo de observação, seriam importantes para se obter a real prevalência desta complicação renal como causa de internação em UTIN. TL002 PERFIL DIAGNÓSTICO DE PACIENTES EM DIÁLISE PERITONEAL SEGUNDO O MODELO CONCEITUAL DE HORTA E A TAXONOMIA II DA NANDA. FABRÍCIO DE ANDRADE GALLI(1); DACLE VILMA CARVALHO(2); SELME SILQUEIRA DE MATOS(1); ALEXANDRA DIAS MOREIRA(2); VANESSA CALAZANS VIANA(2); Hospital Felício Rocho(1); EEUFM(2); O presente estudo contemplou a utilização do Processo de Enfermagem, fundamentado nos referenciais teóricos de Wanda de Aguiar Horta e da Taxonomia II da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), com os seguintes objetivos: traçar o perfil demográfico e epidemiológico dos pacientes e estruturar os diagnósticos de enfermagem segundo taxonomia da NANDA. Trata-se de um estudo descritivo exploratório que foi realizado em um hospital de grande porte de Belo Horizonte - MG, sendo que a população constituiu-se dos 20 instrumentos de coleta de dados (Históricos de enfermagem) utilizados pelos enfermeiros durante a consulta de enfermagem dos pacientes em diálise peritoneal. A coleta de dados foi realizada nos meses de junho e julho de 2006 durante as consultas de enfermagem. Após a coleta e registro dos dados, estes foram tratados utilizando-se recursos de informática (banco de dados) os dados foram analisados através de estatística descritiva, e os resultados apresentados em figuras e tabelas e discutidos à luz da Teoria das necessidades humanas básicas de Horta e Taxonomias dos diagnósticos da NANDA. Pela análise dos registros dos enfermeiros no Histórico permitiu identificar 12 diagnósticos de riscos e 26 reais. Estes diagnósticos foram agrupados em 8 Domínios e 13 Classes. Observou-se uma predominância de diagnósticos no Domínio segurança/proteção o diagnóstico Risco para Infecção. Além disso, podese identificar que o maior percentual de pacientes é do sexo feminino, com idade entre 40 e 60 anos, e tinham como fonte mantenedora dos custos médicohospitalares, o Sistema Único de Saúde (SUS). A primeira causa para Insuficiência Renal Crônica (IRC) foi Hipertensão arterial em 45% dos pacientes, seguido das Glomérulos Nefrites (25%) e Diabetes Mellitus (DM) como a terceira causa(20%). Sendo que todos os pacientes que apresentaram (DM) com primeira causa, possuem HAS associada. Em Glomerulonefrites associadas a outras causas, encontramos Lúpus Eritematoso Sistêmico com (5%) e Tuberculose Renal, representando (5%). Desse modo, verifica-se que a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é um método científico de trabalho que proporciona melhoria significativa da qualidade da Assistência prestada ao cliente através do planejamento individualizado das ações de Enfermagem elaboradas pelo profissional enfermeiro. Permite a continuidade e a integralidade do cuidado humanizado e a valorização do enfermeiro. Além disso, esperamos que os resultados aqui encontrados estimulem enfermeiros a implantar um modelo de assistência de enfermagem, utilizando o histórico de enfermagem e as fases do processo de enfermagem assim como a Taxonomia da NANDA para diagnósticos de Enfermagem, bem como, pesquisas sobre o tema. 14 de setembro de 2008 - Domingo TL003 INFECÇÃO DE CATETER TEMPORÁRIO DUPLO LÚMEN PARA HEMODIÁLISE : IMPLICAÇÕES PARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM. SILVA, MIL(1); SANTOS, JMM(1); ALVES, L(1); CDR(1); As complicações infecciosas nos cateteres dos pacientes com insuficiência renal submetidos ao tratamento hemodialítico representam desafios importantes para os profissionais da saúde. Objetivou-se neste trabalho avaliar a ocorrência de infecções em pacientes com insuficiência renal submetidos à hemodiálise por meio do cateter temporário duplo-lúmen, promovendo a interação e o equilíbrio entre a abordagem clínica e epidemiológica e criar subsídios que possam contribuir para a prevenção e controle da infecção. Para tanto, utilizou-se estudo descritivo que avaliou retrospectivamente os pacientes que implantaram cateter duplo lúmen de janeiro a junho de 2007, além da avaliação clínica e de prontuários, levantamento bibliográfico de caráter qualitativo, além da consulta virtual em bases indexadas. Os registros mostraram que foram implantados 138 cateteres duplo-lúmen, sendo 69 pacientes do sexo masculino (50%). Foram registradas 29 (21,01%) infecções no período de jan/jun de 2007, correspondendo a 19 (13,7%) pacientes infectados portadores de IR em tratamento hemodialítico por meio do CTDL. Os dados biográficos relativos ao sexo, apontam que 8 (42,1%) são do sexo masculino e 11 (57,9%) do sexo feminino. Verificou-se que dos infectados 8 (42,1%) eram do sexo masculino e 11 (57,9%) do sexo feminino. A reincidência de infecção foi investigada, obtendo o resultado de 10 pacientes ( %) tiveram infecção 1 vez, seguido de 8 ( % ) com dois episódios de infecção e 1 ( % ) com três episódios de infecção. Conclui-se que é de suma importância à assistência sistematizada e protocolada dos cuidados de enfermagem ao paciente em uso de acesso temporário, visando a qualidade e tempo hábil à maturação do acesso definitivo. Sendo a manipulação um cuidado de enfermagem e de responsabilidade destes profissionais o manuseio adequado, seguindo técnica previamente protocolada. TL004 RELAÇÃO ENTRE NÃO ADERÊNCIA E A FONTE DE ORIGEM DA MEDICAÇÃO NOS PACIENTES EM HD. DOMINGOS, ES(1); COUTINHO, RCS(1); AOKI, MVS(1); SILVA, CF(1); COUTO, JL(1); CASTRO, MCM(1); Instituto de Nefrologia de Taubaté(1); Objetivo: O impacto da fonte de origem da medicação (med) na aderência ao tratamento é pouco estudado. Nós avaliamos essa relação em pacientes em HD em um centro único de tratamento. Métodos: 65 pac (37M, 28F) com 49±13 anos, em HD há 50±21m foram submetidos a questionário com 35 perguntas relacionadas às medicações utilizadas. A resposta foi espontânea não sendo confirmada a veracidade. Paralelamente, os pacientes foram estratificados nas classes econômicas A, B, C, D e E de acordo com os critérios da Assoc Bras de Empresas de Pesquisa-versão 2003. Resultados: O nível de escolaridade foi primário 51%, secundário 47% e universitário 2%. O perfil econômico foi classe B 2%, C 24%, D 63% e E 11%. O nº de drogas prescritas foi de 8,7±2,1 e o nº de comprimidos/d foi de 18,4±7,5. 100% dos pac têm acesso a med via Sistema Público (SP), sendo que em 18% essa é a única fonte da med; 82% adquirem alguma med em farmácias privadas e 54% deixam de tomar a med quando não está disponível no SP. Apenas 14% avisam o médico sobre a falta da med no SP e 81% nunca avisam o médico. 29% deixam de tomar med pois acham que algumas fazem mal e 27% porque crêem que algumas med não funcionam. 64% referem que tomar med é cansativo e 48% se sentem desestimulados para o uso regular da med. Conclusões: Nossos resultados mostram que o problema da aderência passa pela disponibilidade das med, pelo desestimulo ao uso regular, motivado por efeitos colaterais e crença na ineficiência, que associada ao alto nº de cp não motiva o pac a comunicar o médico para substituir as med não disponíveis no SP. TL005 RELAÇÃO ENTRE NÃO ADERÊNCIA MEDICAMENTOSA, ESCOLARIDADE E DEPRESSÃO EM HD. AOKI, MVS(1); DOMINGOS, ES(1); COUTINHO, RCS(1); SILVA, CF(1); CASTRO, MCM(1). Instituto de Nefrologia de Taubaté(1). Objetivos: Aderência a medicação (med) é problema freqüente em diálise, sendo esse aspecto pouco estudado. Neste estudo avaliamos possíveis causas de não aderência em pacientes em HD em um centro único de tratamento. Métodos: 65 pac (37M e 28F) com idade de 49±13 anos em HD há 50±21m foram submetidos a questionário composto de 35 perguntas relacionadas às med utilizadas. A resposta foi espontânea na sendo confirmada a veracidade. Paralelamente, os pacientes foram avaliados pelo Inventário de Beck (IB) e escore >15 foi considerado indicativo de depressão. Resultados: O nível de escolaridade foi primário em 51%, secundário em 47% e universitário em 2%. 80% dos pac declararam que separam sua med, 66% não pedem ajuda para essa tarefa. 39% referem que conhecem o nome de todas as med e 55% apenas de algumas. 83% pegam a med para tomar e 54% esquecem de tomar med. 72% crêem que o nº de med e comprimidos (cp)/d é alto e 57% acham que o médico poderia reduzir esse nº. 47% responderam espontaneamente tomar 10,3±4,2 cp/d enquanto o nº prescrito era de 16,7±6,6 cp/d, divididos entre 8,5±2,2 med diferentes. 77% tomam med 3 ou mais x/d e 29% deixam de tomar med pois acham que o nº de cp é alto. 64% afirmaram que tomar med é cansativo e 48% se sentem desestimulados para o uso regular da med. Entretanto, apenas 25% dos pac apresentavam IB>15. Conclusões: Nossos resultados mostram que: 1) o nº de med, cp e tomadas /d devem ser reduzidos ao mínimo possível na tentativa de aumentar a aderência; 2) perfil depressivo não parece influenciar na aderência e 3) mais estudos são necessários para avaliar a influência da escolaridade na aderência. XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3) 209 07-TL-Enf 14/9 05.09.08 19:48 Page 210 14 de setembro de 2008 - Domingo TL006 PADRÃO DE SAÚDE DOS GRADUANDOS DE ENFERMAGEM: UMA ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE INGESTA HÍDRICA E ELIMINAÇÃO VESICAL. ARAUJO, S.T.C. DE(1); SILVA, L.M(1); Escola de Enfermagem Anna Nery / UFRJ(1); A pesquisa tem como objetivos: investigar o padrão de ingesta hídrica e eliminação vesical dos graduandos de Enfermagem da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN); reconhecer os fatores que interferem nesses padrões e avaliar comparativamente os resultados de urina (EAS), após orientações de auto-cuidado. Metodologia: estudo descritivo com abordagem quanti-qualitativa. Sujeitos: acadêmicos de enfermagem da EEAN. Resultados preliminares: foram entrevistados até o momento 16 acadêmicos, e a pesquisa mostrou que 18,75% dos acadêmicos relataram alterações no padrão de micção, como retenção urinária, ardência e prurido. Em 87,5% dos entrevistados foi encontrado padrão de ingesta abaixo do adequado, considerando o mínimo de 1L a 1,5L/dia. Os principais fatores intervenientes listados por eles foram: as condições precárias de higiene e conservação dos banheiros da universidade; falta de bebedouros; falta de tempo para ingesta e eliminação e inexistência de intervalo em muitas aulas. Quanto à análise do EAS, 37,5% dos acadêmicos apresentaram leucócitos moderados, e 31,25% apresentaram sangue hemolisado ou não hemolisado na urina. Cabe ressaltar que a presença de sangue e/ou leucócitos pode indicar a presença de lesões inflamatórias, infecciosas ou traumáticas no trato urinário. E 25% apresentaram cetona na urina, o que normalmente não é detectável. A maioria (62,5%) dos acadêmicos relatou possuir, ou já ter possuído algum tipo de distúrbio ou desconforto urinário. E considerando a faixa etária dos entrevistados que está entre 21 e 29 anos, este é um fator preocupante. Somado ainda ao fato de alguns destes alunos terem apresentado alteração na análise bioquímica da urina, e as condições do ambiente acadêmico agravando ainda mais estas condições, podemos concluir que, é necessário haver um reajuste no estilo de vida dos entrevistados. Assim como melhorias nas condições do ambiente acadêmico, pois todas estas condições aliadas poderão aumentar a incidência de distúrbios urinários no grupo em estudo. TL007 O PERFIL DO CUIDADOR NA PRÁTICA DO CUIDADO DOMICILIAR AO PACIENTE PORTADOR DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO DE DIÁLISE PERITONEAL. FUERBRINGER, R; (1); PASQUAL, D; (1); IMAI, TAL; (1); BALCHAK, MN(1); MORAES, TP(1); Clinica de Doencas Renais(1); Introdução: Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia há aproximadamente 6770 pacientes em diálise peritoneal (DP) no Brasil. Uma das vantagens da DP é a possibilidade de ser realizada no domicílio. Entretanto, para pacientes impossibilitados de realizar seu tratamento, a presença de um cuidador treinado para realizar o procedimento é necessário. O envolvimento do cuidador com um paciente crônico, expõe a pessoa a estresse. O impacto desta mudança na vida do cuidador é pouco conhecida. Objetivos: Avaliar características gerais do cuidador do paciente em DP e o impacto desta atividade na sua vida. Método: Estudo transversal onde um questionário foi submetido a 25 cuidadores dos pacientes em um clínica de doenças renais. Os critérios de inclusão foram (1) exercer a função de cuidador de um paciente em DP por um período mínimo de 30 dias e assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Em nosso serviço 40 % dos pacientes necessitam da presença de um cuidador para realizar a DP. Foram 25 cuidadores a responder o questionário sobre a qualidade de vida. Destes 75% são do sexo feminino, 87 % habitam no mesmo domicílio, todos têm algum grau de parentesco. A idade de 75% dos cuidadores encontra-se entre os 20 e 60 anos, faixa etária de maior atividade econômica, porém 20% declararam interferir em sua atividade profissional. Somente 16% são remunerados. Exercem a função há mais de um ano 75% dos cuidadores, e 20% relataram não estarem satisfeitos com essa função. Quase metade (46%) não tem outra pessoa com quem dividir o cuidado. Conclusão: O cuidador tem fundamental importância no tratamento do paciente. A tendência é focarmos a atenção na saúde e bem estar do mesmo, porém o cuidador sacrifica sua vida pessoal e profissional para disponibilizar seus cuidados. O treinamento de mais de um membro da família é uma das opções para dividir a responsabilidade e o estresse físico e psicológico do cuidador, e deve ser realizado sempre que possível. É importante que a equipe esteja atenta aos sinais demonstrados pelo cuidador, pois isso também vai refletir no cuidado. É necessário acompanhamento multidisciplinar não só pelo paciente mais também pela situação de vida com a qual o cuidador se depara. O fato de serem em sua maioria adultos em idade de maior produção acarreta ônus para toda a família que passa a ter seu rendimento limitado. TL008 CAMPANHA DE PREVENÇÃO DA DOENÇA RENAL: PERFIL DE SAÚDE DOS FUNCIONÁRIOS DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO, VITÓRIA – ES, EM 2008. MACHADO, RM(2); SILVA, TD(2); COSTA, RA(2); PRIMO, CC(1); SOUZA, PL(1); Universidade Federal do Espírito Santo(1); AFECC - Hospital Santa Rita de Cassia(2); Introdução: no mundo, cerca de 1,5 milhões de pessoas sobrevivem através de terapias de substituição renal (diálise ou transplante renal), e a estimativa é de que esse número deve dobrar nos próximos 10 anos. A Doença Renal Crônica geralmente evolui para doença terminal, entretanto, se a detecção for precoce e houver uma intervenção imediata, pode-se prevenir a doença ou retardar o seu desenvolvimento. Objetivo: identificar os fatores de risco para doença renal em trabalhadores. Metodologia: foi realizada uma pesquisa descritiva transversal em um hospital filantrópico de Vitória/ES. A amostra foi formada por 542 funcionários (53,50% do quadro total) que participaram voluntariamente da “I Campanha de Prevenção da Doença Renal”, ocorrida em março de 210 J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3) Tema Livre - Enfermagem 2008. Utilizou-se um formulário adaptado da campanha “Previna-se”, da Sociedade Brasileira de Nefrologia para coleta de dados. As variáveis foram: idade, gênero, convênio e município de residência; medida da pressão arterial, Índice de Massa Corpórea (IMC), creatinina, glicemia e urinálise. Realizado análise de forma descritiva através de freqüências relativas e absolutas. Resultados: dos 542 funcionários 51,3% possuem idade entre 15-30 anos e 32,8% tem 31-45 anos; o gênero predominante foi o sexo feminino (69,5%); 75,6% possuem convênio médico e quanto ao município de origem 47,4% residem em Vitória. Em relação aos exames: 87,4% tiveram medida de pressão arterial normal e 12,36% alterados; quanto ao IMC: 50% estavam normais e 49% com alterações, sendo 32,1 % sobrepeso, 10,14% obesidade grau I, 3,87% obesidade grau II; 1,8% desnutrição, 0,92% obesidade grau III e 1% não realizaram a antropometria. A maioria apresentou valores de creatinina, glicemia e urinálise dentro dos parâmetros normais, 98,2%, 91,3% e 63,65% respectivamente. Conclusão: evidenciou-se que 70,5% da amostra tiveram algum tipo de alteração, e 26,75% mais de um parâmetro clínico alterado. Logo, é de grande importância à introdução de práticas educativas, para sensibilização dos trabalhadores e adoção de hábitos saudáveis, tornando-o um agente multiplicador no âmbito hospitalar e comunitário. TL009 PERFIL DAS RESIDÊNCIAS DOS PACIENTES EM INICIO DE PROGRAMA DE DIÁLISE PERITONEAL. REGISTRO MULTICÊNTRICO PD.FOCUS. MEDEIROS, MF(1); XAVIER, A(1); APOCALYPSE, S(7); FONTINHA, C(1); LOBATO, MP(1); KIPPER, V(1); FURTADO, A(2); GERVAZONI, G(1); CAVALCANTE, MC(6); CAVALCANTE, C(8); FROTA, MS(9); SOUZA, J(4); CARVALHO, V(1); SOLANO, R(1); ZANARDI, S(1); CAPELLA, R(1); MENEGET, C(1); ANDRADE, P(1); AMORIN, V(3); FERREIRA, K(5); PINHEIRO, V(8); RODRIGUES, P(10); CDR(1); Prontorim(2); Pronefron(3); Nephron(4); Clinica do Rim(5); Nefroclinica(6); Instituto Mineiro de Nefrologia(7); Cetene(8); CDR Piaui(9); Unirim(10). Objetivo: Avaliar as características das residências de pacientes em inicio de programa de DP e comparar eventuais diferenças entre os domicílios nas regiões nordeste e sudeste do Brasil. Material e Métodos: Estudo retrospectivo, multicêntrico, descritivo, com abordagem quantitativa de 913 visitas domiciliares (VD), realizadas pela enfermagem de 18 unidades de DP durante o período de Jan /2001 a Maio /2008, cujos dados foram e processadas pelo software Renal Manager DP®. Resultados: As principais características foram: Residência: Tipo: Casa de Alvenaria n=793(87%), sapê n=3(0,3%) e apartamentos n=117(13%); Paredes: estavam adequadas(87%), infiltradas(6%) e com mofo(7%); Piso era de: Cimento(12%), carpete(1%), frio(65%), chão batido(0,9%) e taco(21%); As Ruas eram de: Asfalto(65%), paralelepípedo(21%), chão batido(13%) e meio rural(4%); O suprimento de água era feito através da: Rede pública(94%), poço(5%) e outros(1%); O número de habitantes /moradia foi: 1 pessoa(3%), 2 pessoas (22%), 3 pessoas(75%). Presença de animais domésticos foi constatada em 45% das VDA. A Higiene ambiente mostrou-se adequada(86%), necessitava de orientação de limpeza(11%) e estava inadequada(3%); O local de armazenamento das bolsas mais usado foram à garagem(7%), quarto(57%), armários(6%) e local indefinido(30%); Os Locais para a realização das trocas eram: quarto individual(38%), quarto compartilhado(49%) e exclusivo(13%); A lavagem das mãos era realizada em pias no local da troca(22%), banheiro conjugado(38%) ou fora do local(40%). Conclusão: Este estudo mostrou que, em sua maioria, as condições das residências estavam adequadas para a realização DP (estrutura, água tratada e higiene domiciliar), provavelmente em função de seleção prévia de pacientes. Os itens armazenamento, quarto compartilhado e local de lavagem das mãos, pela sua freqüência, foram os principais focos atenção dos enfermeiros. A análise das regiões Nordeste e Sudeste mostrou somente diferenças em relação à presença de pias no ambiente da troca (Nordeste 51%; Sudeste 18%) e ruas de paralelepípedo (Nordeste: 56%; Sudeste: 13%). Não houve diferença nos demais aspectos avaliados. TL010 CONTRIBUIÇÃO DA VISITA DOMICILIAR CONTINUADA PARA A IDENTIFICAÇÃO DE FATORES DE RISCO NO AMBIENTE DE REALIZAÇÃO DA DIÁLISE PERITONEAL - REGISTRO MULTICÊNTRICO PD.FOCUS. ALVES, F(1); MEDEIROS, MF(1); KIPPER, V(1); FURTADO, A(2); CARVALHO, V(1); SOLANO, R(1); ZANARDI, S(1); CAPELLA, R(1); GERVAZONI, G(1); XAVIER, A(1); FONTINHA, C(1); LOBATO, MP(1); MENEGET, C(1); ANDRADE, P(1); AMORIM, V(3); SOUZA, J(4); FERREIRA, KA(5); CAVALCANTE, MC(6); APOCALYPSE, S(7); CAVALCANTE, C(8); PINHEIRO, V(8); FROTA, MS(9); RODRIGUES, P(10); CDR(1); Prontorim(2); Pronefron(3); Nephron(4); Clinica do Rim(5); Nefroclinica(6); Instituto Mineiro de Nefrologia(7); Cetene(8); CDR Piauí(9); Unirim(10); Introdução: O controle do ambiente doméstico e da execução da técnica de DP no domicílio é um meio importante para a prevenção de complicações infecciosas do tratamento. Objetivo: Demonstrar a prevalência fatores de risco para a DP no ambiente domiciliar e estudar sua correlação com o desenvolvimento de peritonite. Material e métodos: Estudo retrospectivo, multicêntrico, descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvida a partir dos dados coletados durante 805 VDC de pacientes tratados com CAPD ou DPA, de 18 Unidades do Brasil, no período de janeiro de 2007 a maio de 2008. Estes dados foram analisados com o auxilio do software Renal Manager DP®. Resultados: Nas VDC realizadas foram detectadas 107 ocorrências de técnica incorreta com a seguinte distribuição: A lavagem das mãos 41(38,31%), falhas no ambiente de troca 25(23,4%), armazenamento do material com 23(21,5%) e técnica de conexão inadequada 18(17%). Nestas ocorrências, 4 pacientes apresentaram 2 falhas, cada, e 1 paciente, sozinho, apresentou 4 incorreções. No total, ocorreram 17 episódios de peritonites, cujas causas foram associadas a: 1) Lavagem das mãos inadequada 10(42%), 2) Ambiente de troca 7(29,2%) 3) Armazenamento incorreto do material 3(12,5%) e 4) XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia 07-TL-Enf 14/9 05.09.08 19:48 Page 211 Tema Livre - Enfermagem 14 de setembro de 2008 - Domingo Contaminação durante a conexão ao sistema em 4(16.7%), totalizando 24 causas. Conclusão: A incapacidade do paciente realizar a DP dentro das normas de segurança ensinadas durante o treinamento freqüentemente está associada ao desenvolvimento de peritonite. A necessidade da enfermagem manter um programa de educação continuada associada a uma rotina de realização de VDC, é um meio importante para preservar o conhecimento sobre o tratamento e prevenir o surgimento de complicações infecciosas. TL011 LEVANTAMENTO DE ÍNDICES DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE. LEONARDI, CM(1); MACHADO, PGP(1); CHEN, B(1); LIMA, EC(1); SPINETTI S(1); MELARAGNO, CS(1); LUCONI. PS(1); Clinica Paulista de Nefrologia Dialise e Transplante LTDA(1); O diagnóstico de uma doença crônica traz ao paciente, sintomas psicológicos, principalmente ansiedade e depressão, que tendem a se exacerbar no início. Objetivos: Levantar os índices de ansiedade e depressão nos pacientes submetidos a hemodiálise em uma unidade satélite de tratamento dialítico. Material e Métodos: Aplicação da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) para caracterização dos sintomas. É uma escala de auto-preenchimento largamente empregada em doentes (hospitalares e ambulatoriais) com 2 sub-escalas independentes: HADS-A (ansiedade) e HADS-D (depressão). Foi elaborada de forma a permitir a mensuração da gravidade dos sintomas ansiosos e depressivos. Para facilitar a interpretação, as pontuações obtidas são categorizadas em grupos: BAIXA (0-7); MÉDIA (8-10) e ELEVADA (11-21). Apesar da escala ser de auto-preenchimento, a psicóloga permaneceu ao lado de cada paciente durante sua aplicação, assinalando as alternativas escolhidas pelo paciente Resultados: 157 pacientes preencheram a escala, sendo 79 (50%) do sexo masculino. No que se refere à ansiedade, 126 (80%) pacientes apresentaram escore baixo, 15 (10%) apresentaram escore médio e 16 (10%) apresentaram escore elevado de ansiedade. Não houve diferença nos escores de ansiedade entre os sexos. No que se refere à depressão, 129 (82%) pacientes tiveram escore baixo para depressão, 14 (9%) apresentaram escore médio e 14 (9%) pacientes apresentaram escore elevado para depressão. Não houve diferença entre os sexos. Dos 157 pacientes avaliados, 20 (13%), apresentaram escore positivo para ansiedade e depressão, concomitantemente. Conclusão: A maioria dos pacientes não apresenta escores significativos para ansiedade e/ou depressão. Os pacientes com escores significativos para ansiedade e/ou depressão, foram encaminhados para avaliação psiquiátrica e acompanhamento psicológico. Esta escala será reaplicada continuamente, com intervalo de seis meses. TL012 INCIDÊNCIA DE INFECÇÕES NOS PROCEDIMENTOS DE DIÁLISE PERITONEAL AMBULATORIAL (DPA) E SUA CORRELAÇÃO COM O AUMENTO DOS GASTOS EM UMA UNIDADE SATÉLITE. LIMA, EC (FALTAM ALGUNS AUTORES) Centro Universitário São Camilo(1); Complicações infecciosas apresentam impacto significativo na morbi-mortalidade dos pacientes renais crônicos submetidos à DPA, e também um considerável impacto financeiro nas unidades satélites. Objetivos: Identificar e analisar os principais fatores relacionados à ocorrência de infecções na DPA e seu custo. Material e Método: Análise retrospectiva dos prontuários dos pacientes em DPA que apresentaram peritonite, infecção de óstio e/ou infecção de túnel entre 7/2005 e 7/2006 em relação aos seguintes fatores: idade, tempo em diálise, hematócrito, albumina sérica e tratamento. Os eventos foram considerados excludentes. Para análise de custos, todos os eventos foram incluídos. Analisou-se as seguintes variáveis: antibiótico empregado, honorários médicos, custos com implante e retirada de cateter. Resultados: Dos 85 pacientes em DPA, 35 (41%) apresentaram episódios infecciosos, com idade média de 61anos, (dp=12,31), tempo de tratamento 24,3 meses (dp=23,44), 9 (30%), manifestaram HT menor ou igual a 33%, 21 (70%) com albumina sérica menor ou igual 3,5 mg. 30 (35,3%) apresentaram peritonite sendo: 15 (50%) por Staphylococcus aureus e 5 (16,7%) tiveram cultura negativa, apesar das manifestações clínicas de infecção. Destes 30 episódios, 10 (33,3%) manifestaram um 2º episódio no período analisado e 5 (16,7%) um 3º episódio. 3 (3,5%) apresentaram infecção de óstio com as seguintes culturas: Escherichia coli, Pseudomonas sp e Staphylococcus epidermidis. Apenas 2 (2,3%) tiveram infecção de túnel (Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis). O custo total de tratamento foi de R$ 9.115,90 (antibioticoterapia R$ 4.375,90) para a unidade de diálise. Conclusão: Os agentes mais freqüentes na ocorrência de infecção foram os agentes gram positivos e implicaram para a unidade de diálise num acréscimo de R$ 9.115,90 aos gastos previstos. A prevenção de infecção nos procedimentos de diálise ambulatorial é um desafio prioritário a ser conquistado no curto prazo. XXIV Congresso Brasileiro de Nefrologia e XIV Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia J Bras Nefrol 2008;30(Supl 3) 211