EXPEDIENTE Índice 03 04 CONVIDADO ESPECIAL Falando sobre Cirurgia Refrativa 06 ACONTECE NO IOM Reuniões Científicas da Academia Alagoana de Medicina 07 QUEM FAZ O IOM Uma relação de trabalho baseada na confiança 09 ARTIGO Sobre Moscas Volantes Diretoria Diretor-Geral Dr. Allan Barbosa CRM 2229 10 SAIBA MAIS Você sabe como utilizar um colírio? Diretor Médico Dr. Carlos Paes CRM 200 11 MAIS ESCLARECIMENTO, MENOS RECEIO Oculoplástica: o segredo da juventude 14 O INSTITUTO O novo site do IOM e a inclusão nas redes sociais Produzido por Selles & Henning Comunicação Integrada Projeto Gráfico Julio Leiria Editoração Eletrônica Bianca Andrade Jornalista responsável Márcia Asevedo MTB 34.423/RJ Aline Ferreira Impressão: Gráfica WalPrint IOM - INSTITUTO DE OLHOS DE MACEIÓ Avenida Comendador Palmeira, 122 Farol – Maceió – AL. CEP: 57051-150 Tel.: (82) 3223-5517 www.iom-al.com.br Responsável Técnico Dr. Allan Barbosa CRM 2229 02 EDITORIAL Na era das novas tecnologias o IOM renova seus canais de comunicação Revista do Instituto de Olhos de Maceió 16 18 SAÚDE OCULAR Os cuidados com a visão começam na infância POR DENTRO DO IOM Ampliação do IOM social: mais atendimento pelo SUS Planos de saúde credenciados EDITORIAL Dr. Allan Barbosa Diretor-Geral Na era das novas tecnologias o IOM renova seus canais de comunicação C omo em todo começo há sempre a expectativa de novas conquistas e uma revisão de tudo que foi realizado, ou investido, rumo a superação! Em 2013, com nossas forças renovadas e a certeza de dever cumprido, com relação ao ano que passou, vamos em frente. Na caminhada buscamos oferecer não só o melhor atendimento especializado, mas a informação como uma ferramenta potencializada para um serviço de qualidade, na promoção da saúde. O bem-estar do nosso paciente é marca de sucesso. Neste ano abrimos novos canais de comunicação. Nosso site está reformulado e adequado às necessidades identificadas. Mais dinâmico! E temos um diferencial: a acessibilidade. Agora nosso público terá acesso a um veículo democrático, abrangendo os usuários que são portadores de algum tipo de deficiência visual. Veja como será esse processo na seção “O Instituto”; lá você vai saber, também, como acessar as edições anteriores desta revista. Mais uma novidade está por vir. Em plena era de avanços tecnológicos, marcamos presença nas redes sociais, o Facebook do IOM vai nos aproximar ainda mais. Poucos conhecem a relação de trabalho e confiança que compartilhamos no Instituto. Na Seção “Quem faz o IOM” você vai conhecer a trajetória do “Irmão”, um dos funcionários que estão conosco desde o início, ajudando a construir a história do IOM desde a sua ‘‘Na caminhada buscamos oferecer não só o melhor atendimento especializado, mas a informação como uma ferramenta potencializada para um serviço de qualidade, na promoção da saúde.’’ fundação, literalmente. Nosso investimento em pessoas vai além da contratação, acreditamos que a boa informação é um caminho para prevenção. Pensando nisso, o convidado especial desta edição é o oftalmologista Walton Nosé, que vai falar sobre Cirurgia Refrativa: mitos e verdades. Você já ouviu falar sobre plástica ocular? Esse procedimento é bastante procurado, mas saber sua real necessidade pode evitar excessos. Alertá-lo para a saúde ocular da sua criança também foi uma preocupação nesta edição; ficando atento é possível evitar problemas na qualidade da visão, até a idade adulta. Esta publicação é feita para você. Leia, pesquise e pergunte ao especialista! Boa leitura! 4ª edição - 2013 03 Convidado especial Foto: arquivo pessoal Cirurgia Refrativa: um meio de conseguir uma visão melhor A cirurgia refrativa representa uma oportunidade de libertar os portadores de ametropias, dos óculos e lentes de contato. Mais conhecidas como erros de refração são apresentadas como: miopia, astigmatismo e hipermetropia. Esse tipo de cirurgia tem a proposta de beneficiar o paciente que não possui recursos visuais adequados para atividades naturais, fazendo Dr. Walton Nosé uso de óculos ou lentes de contato para isso. Embora seja um grande avanço É oftalmologista, especializado em Catarata, Cirurgia Refrativa e Córnea; fundador da Sociedade de Catarata e Implantes; e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa. tecnológico na Medicina, em especial na Oftalmologia, trata-se de uma intervenção cirúrgica; sendo assim apresenta benefícios e limitações, além de riscos. É importante que cada paciente seja devidamente orientado e tenha suas dúvidas esclarecidas, até o ponto de ter condições de decidir pelo procedimento. Para isso, um especialista deve ser consultado e a avaliação é individual. Em entrevista, o Dr. Walton Nosé, oftalmologista e especialista no assunto, nos responde sobre algumas questões importantes a respeito do tema. Qual a situação da cirurgia refrativa no Brasil? uma pessoa sem óculos, ou sem a correção óptica, com a visão Dr. Nosé: o Brasil está muito avançado em termos de cirurgia do próprio paciente depois de feita a cirurgia refrativa - qual seja refrativa. Desde a época da ceratotomia radial, nós estávamos ela: de excimer laser, de catarata ou de implante de lentes facicas sempre à frente, ou pelo menos andando juntos, em termos - a qualidade é outra, a visão melhora muito. Consequentemente de conhecimento e realização de cirurgias refrativas com rela- é estética porque o paciente não vai precisar da lente de contato ção aos Estados Unidos, Europa; e até mais do que a Europa. que, possivelmente, deixaria o olho vermelho após algumas ho- Depois, com o advento do excimer laser e, mais recentemen- ras de uso; não vai precisar dos óculos, que às vezes pode defor- te, do Femtolaser, nós perdemos um pouco de terreno para os mar o nariz, pressionar e marcar a pele; e a estética do óculo nem outros países, por causa dos custos com equipamento, impor- sempre é a melhor. Então, tem o fator estético secundário, mas tação etc. Mas hoje, devido à própria cirurgia ter melhorado primariamente é uma cirurgia corretiva. em termos de volume os grandes centros se uniram. Vários médicos conseguem ter hoje os melhores equipamentos, tan- Quem é candidato para esse tipo de cirurgia? to de excimer como de Femtolaser. Então, eu acho que o Brasil Dr. Nosé: os pacientes que já passaram da adolescência, de 18/21 está de igual para igual em questão de tecnologia e conheci- anos em diante. Eu acho que vai depender de cada cirurgião, mas mento, em relação aos grandes centros internacionais. eu diria que se ele tem um acompanhamento na clínica já há alguns anos o cirurgião pode indicar o procedimento aos 18 anos, A cirurgia refrativa pode ser considerada estética? num paciente com topografia boa, com todos os exames oftal- Dr. Nosé: não, a cirurgia refrativa não é estética. É uma cirurgia mológicos normais e uma variabilidade de grau muito pequena. necessária porque o paciente, sem um recurso óptico, se for na- Então, esses pacientes são candidatos à cirurgia. Hoje é possível dar ou se estiver sem os óculos, pode se perder numa praia, por operar pacientes com grau acima de 0,5/0,75 de miopia, astig- exemplo. Então, não é estética é uma cirurgia que proporciona matismo e hipermetropia. E até que grau? Aí, o grau máximo, em benefício visual para o paciente. Se formos comparar a visão de termos de hipermetropia, seria em torno de 0,6 e astigmatismo 04 Revista do Instituto de Olhos de Maceió Convidado especial também; a miopia poderia, dependendo da técnica, até 10 graus. Graus de miopia ou hipermetropia, acima deste que foi comentado, demandaria o implante de lentes facicas; são lentes colocadas dentro do olho, para correção de altas ametropias. Mas, existem contraindicações para cirurgia das lentes facicas como: pacientes com uma câmara anterior muito rasa ou que já têm um início de catarata, e com uma contagem das células endoteliais da córnea muito baixa são casos em que são evitados os implantes dessas lentes. Aí fica difícil, por exemplo, tratar um paciente com 15 graus de miopia, com a câmara anterior rasa; neste caso, ele só teria a opção da lente de contato, dos óculos ou uma cirurgia da retirada do cristalino, que seria uma facoemulsificação com implante de uma lente de catarata normal. Qual a expectativa do paciente em relação a essa cirurgia? Dr. Nosé: eu acho que hoje, o próprio meio de comunicação oferece dados para os pacientes que os deixa, realmente, com uma expectativa até um pouco alta. Lógico que todos os sites e em todos os lugares você pode ver complicações das cirurgias que também, por vezes, afasta um pouco o paciente. Mas, a maioria dos pacientes vem indicada de outro, ou de algum médico para cirurgia, porque o resultado é muito bom. Então hoje eles esperam, realmente, ter uma visão em torno de 99% de chance de não usar óculos, querem quase que 100% de certeza do não uso de óculos, e aí, vai depender do médico orientá-lo para tentar diminuir essa falsa expectativa. Logicamente que com o excimer laser, hoje o Femtolaser para fazer o flap, e as lentes facicas, os resultados são muito previsíveis. Então podemos falar para o paciente que até 4 graus, por exemplo, ele teria uns 99% de chance de ficar entre, mais ou menos, 0,5 da ametropia. Que é um resultado fantástico! Às vezes, um olho fica um pouquinho melhor que o outro e eles falam: “ah, mas o de cá não está tão bom quanto o outro”. Isto é uma coisa que a gente tem que orientar antes, que depende da cicatrização, depende de cada paciente e de cada olho. Quero dizer, no mesmo paciente você pode ter resultados um pouquinho diferente. 4ª edição - 2013 05 ACONTECE NO IOM Reuniões científicas da Academia Alagoana de Medicina são realizadas no IOM Foto: arquivo AAM M ensalmente, a Academia patronos, já falecidos, foram escolhidos Alagoana de Medicina ocu- dos grandes vultos da Medicina alago- pa o Centro de Estudos do ana. São quase 20 anos de proveitosa IOM para a realização de suas reuniões atividade contribuindo para o desen- mensais com profissionais médicos. O volvimento e o progresso da Medicina encontro também é aberto ao público e das ciências afins. Além de promover interessado em discussões acerca de e incentivar atividades educacionais, questões médicas, atualização, huma- culturais e científicas, organiza eventos nização e o dia a dia de situações so- médicos que se relacionam, direta ou ciais (drogas, violência, educação etc.). indiretamente, com a profissão médica. O convite ao público é feito por corres- A ética médica é mantida com zelo pela pondência, meios de comunicação lo- entidade, incentivando a manutenção cais e internet. da humanização das Ciências Médicas. A Academia mantém os canais de O presidente da entidade, Dr. Ed- comunicação abertos, tanto com o pú- naldo Holanda, destaca nomes, que blico em geral quanto com os médicos. classifica como “verdadeiros exemplos O atual presidente de honra vitalício para a Medicina alagoana”, pela cola- da entidade, o confrade Milton Hênio boração em atividades realizadas: “De- Gouveia, criou e coordena um progra- vemos ressaltar todo o apoio recebido, ma semanal em uma rádio de grande a harmonia existente no nosso convívio alcance no estado, com o objetivo de interessado em discussões e o alto nível intelectual dos compo- ter mais contato com a população. A nentes; os presidentes que nos ante- acerca de questões médicas, mídia impressa é direcionada para a ca- cederam, confrades Milton Hênio Neto atualização, humanização tegoria médica. O jornal das entidades de Gouveia e Antônio de Pádua Caval- e o dia a dia de situações médicas foi criado pelo Dr. Emmanuel cante e suas diretorias, pelas grandes Fortes, na época presidente do Conse- realizações e afirmação da nossa AAM; lho Regional de Medicina de Alagoas – a presidência da FBAM - Federação CREMAL e, atual, vice-presidente. Brasileira de Academias de Medicina, Dr. Ednaldo Holanda, Presidente da Academia Alagoana de Medicina. “O encontro também é aberto ao público sociais (drogas, violência, educação etc.).” 06 Revista do Instituto de Olhos de Maceió A Academia Alagoana de Medicina confrade José Leite Saraiva e os presi- é uma sociedade civil, sem fins lucrati- dentes Drs. Emanuel Fortes e Fernando vos, fundada em 31 de janeiro de 1994 Pedrosa, do CREMAL - Conselho Regio- e congrega 45 membros titulares. Seus nal de Medicina”, declara. Dr. Ednaldo Holanda, Presidente da entidade. quem faz o iom Uma relação de trabalho baseada na confiança Foto: arquivo pessoal Edinaldo Souza Alves T oda construção começa na conhecimento mais aprofundado da base, que precisa ser sólida, Instituição onde faz parte. De servente para ter um crescimento fir- de pedreiro foi contratado como auxi- me. O princípio é o mesmo na vida real! liar de escritório; depois foi agente ad- Em 1996, Edinaldo Souza Alves era ser- ministrativo, técnico de enfermagem vente de pedreiro na obra do Instituto e, hoje, é responsável pela farmácia de Olhos de Maceió, uma clínica que do IOM. “Profissionalmente cresci!”, estava sendo edíficada para suprir comemora. demandas no serviço de Oftalmolo- Hoje, com 39 anos, o funcionário gia. Após este início, Edinaldo movido se sente realizado e privilegiado em pelo desejo de seguir novos rumos na fazer parte da equipe do IOM. E, em área profissional pediu e recebeu uma resposta a algumas perguntas, resume oportunidade de se tornar funcionário todo sentimento e gratidão que tem do, recém-construído, IOM. por aqueles que o incentivaram a edi- Com o perfil de um profissional Hoje, com 39 anos, o funcionário se sente realizado e privilegiado em fazer parte da equipe do IOM. ficar uma carreira que está em pleno dedicado, e de confiança, - caracterís- crescimento. Ele que ir mais longe, ticas cultivadas ao longo dos anos de pretende cursar faculdade de trabalho - recebeu grande incentivo Farmácia ou Enfermagem e para seguir em frente. O Dr. Allan, di- conhecer outras possi- retor geral do Instituto, acreditou que bilidades. ele poderia ir mais longe e lhe deu a chance de fazer o curso Técnico de Enfermagem. A partir daí começou sua carreira profissional na área da saúde. Para Edinaldo, a capacitação foi gerada na vivência do desempenho de diversas funções, que proporcionaram um 4ª edição - 2013 07 quem faz o iom Entrevista 1 – Sobre seu crescimento eu derramar ouro em pó aqui pela ma- ta em alguém dá todas as condições profissional, passando por vários nhã, à tarde eu volto e recolho meu ouro.” para que haja um resultado positivo. cargos no IOM. Como foi esse Com o passar dos dias, com a minha inte- No caso, para que a pessoa consiga processo? gridade, eu pude alcançar isso. A confian- dar um retorno naquilo que ele con- R: Na verdade, no início, quando foi ça é algo que se adquire com o tempo ou fiou. Essa questão dele ter apostado em concluída a estrutura física, veio a por aquilo que as pessoas pensam da gen- mim, penso que, como profissional eu oportunidade para que eu ficasse no te; o que realmente representamos para devo ter correspondido às expectativas Instituto. As chances foram surgindo as pessoas e para o Instituto. A confiança de alguém que ele almejava fazer parte proporcionalmente à evolução da Clí- eu adquiri com responsabilidade e fazen- dessa Instituição. nica. Eu creio que atendi às expecta- do a minha parte naquilo que me era ca- tivas e soube aproveitar. Permaneci bível. Hoje, eu penso que a confiança era 5 - Como surgiu o apelido de porque tive interesse profissional, e algo que eu deveria primar para galgar “irmão”? Por quê? contei com a boa vontade do Dr. Allan. condições melhores no Instituto. R: Surgiu na época da construção, quando eu já era evangélico e todas 2 – Você se surpreendeu com o seu crescimento na Clínica? R: No decorrer desses anos, pra mim não foi surpresa porque eu almejava ir mais além. Como hoje eu desejo concluir uma faculdade. Estou pensando em cursar Farmácia ou Enfermagem. E me sinto incentivado a isso pelas condições de trabalho, que favorecem. 3 – Ser responsável pelo setor de far- as pessoas que trabalhavam comigo A confiança eu adquiri com responsabilidade e fazendo a minha parte naquilo que me era cabível. Hoje, eu penso que a confiança era algo que eu deveria primar para galgar condições melhores no Instituto. passaram a me chamar assim, até mesmo o Dr. Allan. Até os dias de hoje. 6 - O que pode dizer para um funcionário que está chegando na empresa agora? Eu diria para que agarrasse a oportunidade e desse o melhor, para crescer junto com a empresa, como eu cresci. mácia é um cargo que precisa de mui- E por fim... ta credibilidade. O que pensa sobre “Agradeço ao Senhor, em primei- isso? ro lugar, que me deu a vida. Ao Dr. R: Eu tenho uma história interessante 4 – Você disse que o Dr. Allan Carlos Paes que apostou em mim, de em relação a esse assunto de respon- apostou em você. Como é trabalhar quem eu sinto orgulho em conhecer; sabilidade. Na segunda etapa da cons- com ele e ver esse investimento que a Vera, pois andamos juntos durante trução do IOM, o Dr. Allan esteve aqui é feito nos funcionários? todos esses anos. Ao homem que me com o gerente de um banco, e naque- R: Trabalhar com o Dr. Allan, em con- deu oportunidade, o Dr. Allan, que le momento ele comentou: “o Irmão texto geral, é algo gratificante. Porque tem sido uma benção na minha famí- está com a gente desde a fundação do eu encontrei uma pessoa, que além de lia; por quem sempre orarei e serei Instituto, e ele é o tipo de pessoa que se ser generoso comigo, quando apos- fiel, como prova da minha gratidão.” 08 Revista do Instituto de Olhos de Maceió ARTIGO Moscas Volantes ontos, linhas ou “nuvem” no P Porém, quando a presença das mos- campo visual são os sintomas cas volantes ocorre de forma súbita o mais comumente referidos por exame médico oftalmológico é de fun- quem apresenta o que denominamos: damental importância para diagnosticar, moscas volantes. A cavidade do globo se houve descolamento do vítreo e ras- ocular é preenchida pelo vítreo, com- gaduras na retina. As principais causas posto de uma substância amorfa de as- são: idade e miopia. pecto gelatinoso, aderida à retina. Autor: Dr. Ricardo Watanabe Cirurgião Vítrio Retiniano do Departamento de Retina e Vítrio do IOM. Caso seja identificada alguma rasga- Muitas pessoas apresentam natural- dura, o tratamento com fotocoagulação mente opacidades no vítreo, que geram a laser é indicado para prevenção de sombra na retina e, desta forma, per- descolamento de retina. cebem a presença de moscas volantes, Outras doenças como diabetes e principalmente em locais claros e uveítes também podem apresentar superfícies planas. A maioria, moscas volantes, pois elas formam opa- dessas pessoas, simples- cidades vítreas que serão visualizadas mente convive com isto no campo de visão. Por isso, é importan- sem prejuízo à visão te o exame médico oftalmológico para ou transtornos às ati- que o diagnóstico correto seja realizado vidades rotineiras. e o melhor tratamento indicado. Buraco na mácula Moscas volantes 4ª edição - 2013 09 Saiba Mais Você sabe como utilizar um colírio? Fonte: revista Veja Bem. 10 Revista do Instituto de Olhos de Maceió Mais esclarecimento, menos receio Oculoplástica: o segredo da juventude 4ª edição - 2013 11 O INSTITUTO Q uando o assunto é rejuvenescimento uma das e na quinta, podendo ser repetida mais de uma vez, afi- grandes preocupações das mulheres, principal- nal, não há como deter o envelhecimento. Após mais ou mente acima dos 40 anos, é a região dos olhos. menos uma década haverá um excesso que poderá ser Rugas, pés de galinha e marcas de expressão são alguns removido novamente. dos sinais de envelhecimento que a maioria delas deseja Segundo o Dr. Kikuta, tanto homens como mulheres eliminar, é aí que entra em cena a oculoplástica ou cirur- se beneficiam com o procedimento, uma vez que este gia plástica ocular. devolve à região dos olhos a leveza que foi tirada pelo A oculoplástica é a área da Oftalmologia que trata das alterações palpebrais, lacrimais e orbitais, corrigindo casos de tumores, traumatismos, má colocação das pálpebras etc. Podem ser tanto clínicas quanto cirúrgicas e, especificamente nas pálpebras, podem ter cunho reparador ou estético. tempo e idade. “Botox®”. Onde se aplica e de quanto em quanto tempo? Segundo o oftalmologista, Dr. Henrique Kikuta, den- A toxina botulínica, conhecida como Botox®, nome tre os principais procedimentos realizados na oculoplás- comercial do líder do mercado, tem dezenas de aplica- tica estão: a blefaroplastia, cirurgia estética realizada ções e usos aprovados pelos órgãos sanitários. Segundo nas pálpebras e bolsas palpebrais; entrópio, cílio para Dr. Kikuta, as principais formas de uso são: dentro e ectóprio, pálpebra para fora; retirada de tumo- Terapêutico: utilizado nos músculos orbiculares - res- res (benignos e malignos), aplicação de toxina botulínica ponsáveis pelo fechamento das pálpebras - quando aco- (usada nos casos de blefaroespasmo essencial e hemifa- metidos pelo blefaroespasmo (bilateral) ou pelo espas- cial), recuperação órbitopalpebral com uso de próteses mo hemifacial (somente em um dos olhos); oculares e cirurgias. Cosmético: usado nas pregas horizontais da testa ou Vale lembrar que cada rosto é único, e, portanto, cada fronte, bloqueando o músculo frontal; na região glabelar tratamento é individualizado e específico para o pacien- (entre os supercílios) confere uma expressão de bravo te. Assim, é imprescindível que se faça uma avaliação of- ou zangado, bloqueando os músculos responsáveis pela talmológica antes de qualquer procedimento. expressão. Em “pés de galinha” - as linhas decorrentes O que é blefarosplastia? Quem se beneficia e com que idade? da contração do músculo lateral do fechamento das pálpebras, quando solicitadas ao sorrir; Anestésico: indicado pela ANVISA para enxaqueca crônica, pois bloqueia um grande número de músculos A partir dos 30 anos, em maior ou menor grau, to- envolvidos, desde a região frontal, como as têmporas e a dos apresentam “sobra” de pele nas pálpebras. A ble- nuca. Pode também ser utilizada para aliviar ou “curar” farosplastia é a técnica, popularmente conhecida como os casos de desidrose e de excesso de suor das regiões “cirurgia das pálpebras”, que consiste na remoção do ex- da axila, mãos e pés. cesso de pele tanto das pálpebras superiores como das inferiores. As quantidades indicadas para aplicação irão variar conforme os casos: para espasmos palpebrais, geralmen- De acordo com o Dr. Henrique Kikuta, a cirurgia é te o retorno é de 03 vezes ao ano; nos casos estéticos indicada após a terceira década, geralmente na quarta de face, as novas aplicações acontecem 02 vezes ao ano; 12 Revista do Instituto de Olhos de Maceió O INSTITUTO nos casos de desidrose a quantidade aplicada pode durar mais de um ano, ou mesmo não necessitar de outras doses. Preenchimento. O que é? Com a idade os sulcos faciais abaixo dos olhos, sobre a boca, abaixo dos lábios (bigode chinês) e rugas perioculares (pés de galinha) vão se aprofundando. Nestes casos o preenchimento é feito com ácido hialurônico, restituindo o aspecto do rosto. Para cada rosto é utilizado um tipo específico de tratamento. Cuidados com a cirurgia Embora a cirurgia plástica ocular, na maioria dos casos, não necessite de internação, por ter um pós-opera- Quando o assunto é rejuvenescimento uma das grandes preocupações das mulheres, principalmente acima dos 40 anos, é a região dos olhos. tório bem tranquilo, antes de realizá-la é preciso tomar alguns cuidados: o paciente deve estar com o exame oftalmológico em dia e, caso seja necessário fazer uso de sedação, deve, também, procurar um anestesista e realizar uma avaliação clínica. O resultado pode ser observado logo após o procedimento. É comum que a região operada fique roxa. Por isso, na primeira semana, é indicado evitar a exposição ao sol. Os pontos de pele são retirados no sétimo dia e os pontos palpebrais são retirados somente após 15 dias. Na maioria dos casos a cicatriz é mínima, não sendo percebida, ou sendo escondida pelas linhas da pele ou sulcos. 4ª edição - 2013 13 O INSTITUTO IOM agora tem novo site e inclusão nas redes sociais É necessário sempre renovar usuário. Isto inclui: tamanho das ideias, projetos e formas de fontes, esquema de cores para pre- pensar. Segundo uma pes- to, branco e laranja, e a escala para quisa realizada pelo IBGE, em 2011, preto e branco, a fim de tornar o Alagoas é o estado brasileiro que conteúdo da página mais legível. Tal mais avançou em número de pes- acessibilidade é mais um diferencial soas com acesso à internet. Diante do renovado canal de comunicação. deste fato, o Instituto de Olhos de O Instituto estará presente, tam- Maceió, desenvolveu a nova versão bém, nas redes sociais através de do site. página no Facebook. Entendendo Mantendo o mesmo conteúdo e que as novas tecnologias de comu- endereço (www.iom-al.com.br), o nicação são importantes como ca- novo site traz o layout mais dinâ- nal de divulgação, responsabilidade mico, limpo e usual aliado a uma social e a prestação de serviços aos gama de recursos que proporciona- seus pacientes. O IOM se propõe a rão maior conectividade com o in- postar informações sobre a clínica, ternauta. Tudo isso de forma direta, avisos de palestras e eventos, dicas clara e prática. e, sobretudo, cuidados oftalmoló- Além de possuir uma galeria contendo todas as edições de sua publi- gicos de interesse tanto de leigos como de especialistas. cação, IOM em Revista, e um espaço Mais do que prestar um serviço destinado para o agendamento de especializado em oftalmologia, a consultas online, o site disponibili- equipe IOM trabalha continuamen- za ícones na parte superior da tela te para ser a clínica em que você para mudar o padrão de visuali- pode confiar e obter os cui- zação, com o objetivo de suprir as dados necessários com possíveis necessidades visuais do a saúde ocular. 14 Revista do Instituto de Olhos de Maceió O INSTITUTO Visite nosso site e curta a nossa página no Facebook! Aula de Jump 4ª edição - 2013 15 SAÚDE OCULAR “Segundo a Academia Americana de Oftalmologia, uma em cada quatro crianças em idade escolar sofre de algum problema visual.” 16 Revista do Instituto de Olhos de Maceió SAÚDE OCULAR Os cuidados com a visão começam na infância P roblemas oculares podem surgir em qual- cos feitos nos EUA, relatam que a doença cresceu quer fase da vida. Muitas vezes é na infân- 65% desde 1970. cia, quando a criança começa a descobrir o Outra causa de baixa visão na infância é a am- mundo, que tudo começa. Nesta fase é importante bliopia. No caso da “ambliopia funcional”, é pos- que os pais, ou os responsáveis, estejam atentos ao sível reverter a situação, com a terapêutica ade- desenvolvimento de seu filho. Atitudes preventivas quada. Ela ocorre quando o cérebro da criança não podem contribuir, e muito, para melhorar o desem- está desenvolvendo corretamente a visão, um olho penho e a qualidade de vida dos pequeninos. enxerga bem e o outro apresenta um desvio. A par- Um dos exemplos é o “teste do olhinho”, um tir dos 04 meses é possível que alguns bebês apre- exame simples e indolor, que deve ser realizado sentem tal alteração, porém depois desta idade os após o parto, ou na primeira consulta pediátrica de olhos devem estar alinhados. Caso isso não ocorra, acompanhamento, para detectar se o recém-nasci- é preciso levar a criança a um médico oftalmologis- do tem alguma alteração que possa causar proble- ta até a idade de 01 ano, para que seja feita uma mas visuais como catarata, glaucoma congênito e avaliação. outros. Caso seja percebida alguma alteração, pre- Existe outro tipo de ambliopia: a orgânica, que cocemente, há mais chances do tratamento dar re- não tem cura e é causada por anomalias estruturais sultados mais positivos. do olho ou cérebro, tais como atrofia óptica, cicatri- No caso da miopia, se descoberta na infância, zes maculares ou anóxia cerebral (falta de oxigênio pode ser corrigido com a prescrição de óculos. O no cérebro) que são independentes da estimulação diagnóstico pode ser realizado em uma consulta sensorial. médica com um oftalmologista. Considerada um Segundo a Academia Americana de Oftalmolo- problema de refração (grau), a gia, uma em cada quatro crianças em idade escolar miopia, é uma das cau- sofre de algum problema visual. Por isso, é impor- sas de baixa visão tante que elas sejam avaliadas por um especialista em crianças. Estu- o quanto antes para obter o diagnóstico, o mais rá- dos epidemiológi- pido possível, evitando prejuízos ao longo da vida. 4ª edição - 2013 17 POR DENTRO DO IOM Ampliação do IOM social: mais atendimento pelo SUS O IOM Social é uma extensão do Instituto de Olhos de Ma- da Oftalmologia. Trabalhamos com colaboradores humaniza- ceió voltado para atender os pacientes oriundos do Sis- dos buscando sempre a melhoria para chegarmos a um aten- tema Único de Saúde (SUS). Tem como objetivo alterar dimento de excelência, dado aos pacientes”, complementa. a situação de desigualdade na assistência à saúde da população. Carla Bárbara Beltrão finaliza agradecendo a todos os Mensalmente, o Programa beneficia cerca de 3.000 pessoas profissionais: “Gostaria de agradecer a grandiosa equipe do que realizam consultas, exames, cirurgias e recebem colírios para IOM Social, pois tentamos, da melhor forma possível, atender tratamento do glaucoma. A maioria dos atendimentos realizados às perspectivas da Instituição. Buscando criar empatia pelos é da capital, Maceió, porém o IOM Social recebe pacientes de nossos pacientes que merecem e devem ser tratados com todo o estado de Alagoas, dependendo do município, alguns de- dignidade sem distinção de cor, raça ou condições sociais. les chegam a enfrentar até quatro horas de viagem. Para mim é um privilégio poder fazer parte desta equipe, e Segundo Carla Bárbara Beltrão, coordenadora administra- gostaria, também, de agradecer ao Pai Celestial por tudo, e ao tiva do IOM Social, a ampliação se deu passo a passo e seguin- Dr. Allan por fazer o melhor para o IOM Social e nos permitir do a demanda dos pacientes dos SUS. “Buscamos a melhoria ajudar a tantas pessoas necessitadas”. das nossas instalações em todos os aspectos, superarando as exigências da Secretaria Municipal de Saúde, envolvendo o IOM Social em diversos projetos e ações sociais em parceria Participação em projetos sociais com as secretarias municipal e estadual, e assim conseguimos O IOM Social participa também de projetos como: Glaucoma suprir as necessidades dos usuários do SUS”, enfatizou Carla. e Olhar Brasil. No projeto Glaucoma, que teve início em 2010, o Atualmente, o Programa é composto pelos seguintes seto- Instituto já atendeu mais de 4.719 pacientes, que até hoje são res: recepção para consultas, salas para exames de diagnósti- acompanhados e tratados com o recebimento de colírios. cos, recepção para receber os pacientes de cirurgias e uma re- O pontapé para participação no Olhar Brasil já foi dado, cepção bem equipada para todo o atendimento dos pacientes. a parte burocrática já foi finalizada e as visitas às escolas, a Segundo a administradora do IOM Social, além da infraes- capacitação de professores e as palestras já foram realizadas. trutura, contam, sobretudo com uma equipe de ponta. “Con- O IOM aguarda apenas a Secretaria Municipal de Saúde para tamos com uma ótima equipe de médicos em todas as áreas dar continuidade e repetir o mesmo sucesso do ano passado. Fotos: acervo do IOM Unidade Móvel e Equipe do IOM na Ação Global 18 Revista do Instituto de Olhos de Maceióa Projeto Glaucoma