Stéphane Alexandre Fernandes número 70666 Edson Breda número 68729 Instituto Superior Técnico Av. Rovisco Pais, 1049-001 Lisboa, Portugal E-mail: {stephane.fernandes,edson.breda}@ist.utl.pt Abstracto Os primeiros jogos olímpicos foram realizados em 1896. Nos iremos limitar a árvore cronológica dos jogos olímpicos, tanto os de inverno como os de verão ao ano de 1936 até aos dias de hoje, devido ao facto de ser o ano, da primeira transmissão televisiva. Este artigo ira mostrar a evolução do mundo visual (televisão) ao longo dos jogos olímpicos. 1. Introdução Os jogos olímpicos são dos eventos mais importantes da história da televisão em directo. Devido a esse facto o crescimento do muito televisivo cresceu bastante. De nos dias já se fala em Ip tv e TDT (televisão por internet e Televisão Digital terrestre. Ao longo dos jogos olímpicos iremos apresentar a arquitectura utilizada para transmitir os jogos olímpico que seja alta qualidade ou a preto e branco. Antes de começar, gostava de esclarecer um ponto fundamental, sobre o que é um vídeo em geral. Não são mais do que sequências de imagens apresentadas a uma cadência tal que, o nosso cérebro não detecta a mudança de uma imagem para outra, acompanhado de um sinal áudio ou não. Por exemplo a cadência de 25 imagens por segundo em Portugal ou de 30 imagens por segundo nos Estados Unidos da América. Estas duas cadências são és usadas internacionalmente foram determinadas a partir de varias experiencias. Num futuro próximo poderão ser transmitidas a uma cadência de 50 imagens por segundo, que não acrescentara nada significativo em termos de percepção visual. . Figure 1- movimento captado em camara lenta Nos jogos olímpicos a quantidade de imagens e áudio transmitidos em directo, é considerável. Para eles chegarem a vossa casa, existe toda uma equipa de profissionais que trata de os captar filmando a competição que estiver a decorrer. Essas “equipas” podem ser constituídas facilmente por 50 pessoas desde técnicos de som e de imagem, vários operadores de câmara e por uma grande quantidade de material. Qualquer sequência de imagem apresentada num ecrã de televisão corresponde a um sinal eléctrico. Este sinal é obtido através de uma câmara que quase instantaneamente (a velocidade da luz) o transmita por cabo para um estúdio de televisão situado a vários metros atrás do “cenário”. O mesmo acontece com o sinal eléctrico do áudio mas captado por um microfone. Depois de se ter obtido os vários sinais, é escolhido um deles contendo a informação, das imagens e do áudio, que será enviado para uma estação de televisão propriamente dita através de uma parábola. Uma vez obtido o sinal na estação de televisão, é retransmitido para as vossas casas. Onde através de um receptor é captado o sinal. Existe várias formas de recepção de um sinal radiotelevisão, uma delas é por uma antena simples que capta vhf e uhf, que são rádio frequências. A figura abaixa mostra o percurso efectuado Pelo sinal eléctrico desde o local de filmagem até a televisão das vossas casas. De salientar que nesse capitulo referimos a uma estacão de televisão presente nos jogos olímpicos de 2010 de Vancouver por exemplo e não aos primeiros jogos olímpicos transmitidos em 1936 em Berlin. O processo seria o mesmo mas a quantidade de instalações, tecnologia e pessoas não seria comparável. 2. Evolução ao olímpicos longo dos jogos 2.1. Arquitectura para captar o sinal de vídeo Desde de 1957 até aos dias de hoje, em Portugal o sinal enviado para os nossos televisores nem sempre foi o mesmo. Devido ao facto que de 1957 até ao ano de 1980, os televisores eram monocromáticos por consequência os jogos olímpicos eram visualizados a preto e branco. Só depois de 1980 é que surgiu a televisão a cores. Existe outra alteração em 2008 os jogos olímpicos foram transmitidos em alta definição a rtp1 apresentou, varias competições dos jogos olímpicos em alta definição. Essas imagens que recebemos durante os jogos olímpicos tiveram influência no tipo de câmara a ser utilizado. imagem. Caso seja uma televisão a cores o sistema é o mesmo sem os sensores ou filtros de cores. Figura 2-a câmara A câmara (figura 2), o elemento principal de toda uma arquitectura complexa, permita-nos captar a realidade e transforma-la num sinal eléctrico. Este fenómeno é possível devido a um processo científico que consiste em captar a luminância que qualquer corpo é capaz de reflectir quando submetido a uma certa intensidade de luz. Esse sinal pode ser facilmente observado através de um osciloscópio como o comprove a figura seguinte: Figura 3- Espectro de luz obtido através de uma câmara A partir da figura 2 consegues identificar e interpretar o sinal eléctrico emitido pela câmara. Caso a imagem seja toda de cor branca o sinal então é máximo, se a imagem é de cor preta o sinal é nulo, se for uma mistura de cores o sinal é composto por várias amplitudes que representam a variedade de cores. O mesmo acontece para uma televisão monocromática. De referir que a câmara esta continuamente ao longo do tempo a actualizar o sinal eléctrico mesmo que a imagem captada seja sempre a mesma. O interior de uma câmara pode ser resumido ao exemplo apresentado na figura 3 é composto por uma lenta que concentra os raios luminoso num certo ponto. Esse raio luminoso concentrado passa por um prisma para ser dividido em três, onde cada raio será submetido a um sensor diferente um sensível a cor azul, outro a cor vermelha e outra a cor verde. E obtidos três sinais eléctricos que juntamente formam um sinal único contendo a informação da nossa Figura 4- Interior de uma câmara Durante o período de transmissão a “preto e branco” o sinal enviado era a luminância. Para se efectuar a transição para cores em 1980 teve-se de arranjar um método de modo que quem tivesse um televisor a preto e branco conseguisse ainda ver televisão. Este sistema foi o seguinte apresentado na figura 4. Este sinal, devido a largura de banda ser reduzida de 8 MHz teve de se optar por dois sinais de crominância (U e V) que não são mais que sinais que representa a cor e 1 de luminância (Y) para que a televisão a preto e branco continuasse a conseguir interpretar o sinal. A câmara transforma a informação, de duas dimensões captada da realidade, em uma dimensão. O processo utilizado é igual ao de um leitor que lê um livro. A câmara divide o ecrã em várias linhas e varias colunas e começa a captar a informação da esquerda para a direita e de cima para baixo, linha à linha. Devido a esse facto quando se fala de alta definição, falamos em aumentar o número de linhas e de colunas. O que significa que a câmara teve de se adaptar para poder captar mais informações sobre a luminância, ao longo dos jogos olímpicos. De salientar que a nossa televisão emite imagem mas também som. O que é muito significativo visto que sem o vídeo não tinha o mercado que tem hoje. A partir de uma membrana que vibra com o movimento do ar é gerado uma corrente através de um íman e de uma bobina. A figura seguinte mostra uma membrana. receptor a nossa antena normal que temos no telhado de casa ou também uma antena parabólica (figura 7). Figura 5-Interior de um microfone Assim chegamos ao nosso sinal final a saída de uma câmara que poderá ser obtido através de uma resolução padrão ou de alta definição e um sinal de som (figura 6) Figura 6- sinal de vídeo 2.2. Transmissão do sinal Qualquer evento transmitido em directo influenciou claramente a evolução da transmissão do sinal de televisão. Nos jogos olímpicos de 1936, em Berlin ocorreu a primeira transmissão a nível local de grande potência gratuitamente. Em 1948 a cobertura dos jogos foi feita pela BBC (“British Broadcasting Corporation”) também a nível local mas não de forma gratuita. Em 1960 a CBS (“Columbia Broadcasting System”) fica com a cobertura dos jogos transmitidos pela primeira vez nos Estados Unidos América. Em 1964, surge a grande revolução na transmissão de televisão monocromática é feita através de satélites geostacionário a nível mundial. Claro que os direitos de cobertura, começaram a aumentar em termos monetários ao longo dos anos, atingido hoje valores na ordem de 793 milhões de euros. O que é plenamente sustentável devido a audiência mundial dos jogos olímpicos. Com o surgimento de tais audiências surge em 1980 a ideia de aliar o mundo digital ao mundo da imagem devido a necessidade de transmitir cada vez mais conteúdo, tanto em definição padrão como em alta definição essa última estava em desenvolvimento. A primeira transmissão em 1936, era uma transmissão a nível local, analógica, como acontece ainda hoje mas monocromática. O sinal é enviado de um emissor que pode ser uma antena parabólica ou um emissor clássico, para um Figura 7-Transmissao de um sinal analógico Em 1964, surge os primeiros satélites de telecomunicação geostacionários (figura8) são os satélites que nos permitem efectuar uma transmissão a nível mundial em directo ou não. Esses satélites estão a uma distância de 36000 km da terra. Eles acompanham o movimento da terra a uma velocidade definida para que cada satélite esteja sempre acima de um certo ponto da Terra. O único problema desses satélites é a distância que eles estão da terra que é obrigatória devido a rotação da terra e a gravidade. O sinal enviado da terra chega com pouco intensidade e tem de ser amplificado para ser enviado novamente durante esse trajecto o sinal pode perder bastante mais informações que antigamente. Para obter energia no espaço usa-se paneis solares que aproveitam a energia do sol. Para localizar o nosso satélite basta apontar a nossa parabólica na direcção certa e captar o sinal que ele emite. Cada satélite de telecomunicação geostacionário emite um sinal diferente. A partir desse ponto estamos pronto a transmitir o nosso sinal eléctrico de áudio e vídeo. Existe portanto dois tipos de canais de transmissão que podem ser considerado a atmosfera e o espaço quando sinal é enviado para um satélite. Figura geostacionário 8-satélite de telecomunicação Claro que o sinal eléctrico tem de ser tratado de forma que ele possa ser transmitido pelos dois canais referido anteriormente. Surge então um método chamado de modulação e de desmodulação que consiste em adaptar o sinal eléctrico que temos ao canal de transmissão, variando a amplitude e a fase de uma onda portadora, assim conseguimos transmitir o sinal eléctrico que obtivemos da nossa câmara e microfone, desde que o receptor consiga recuperar o sinal de origem. A onda portadora não é mais do que uma corrente alternada sinusoidal de grande amplitude. Existe varias tipo de modulação na figura seguinte são apresentadas modulação por amplitude (AM), por frequência (FM) e por fase (PM). No caso de televisão por canal via satélite a largura de banda aumenta para 36Mhz o que exige uma modulação do sinal eléctrico bastante mais complicado que na televisão analógica terrestre (de 8Mhz) apresentado anteriormente para poder tornar o sinal eléctrico mais robusto, devido a esse facto hoje em dia a televisão analógica por canal satélite é quase inexistente. Existe um problema muito importante que criou três soluções diferente, foi a transmissão de emissões a cores, nesse caso já não temos só a luminância e o som para transportar mas temos também duas crominância que dão origem a cores, depende do país existe as soluções seguintes NTSC (National Television Systems Committee”), PAL (“Phase Alternate Line”), SECAM (“Séquentiel à mémoire”) algumas características estão apresentas nas figuras 9 e 10. Figure 9- sistema NTSC e PAL Figure 10- Mapa mundial dos vários sistemas e sistema SECAM 2.3. O posto de televisão A transmissão dos jogos olímpicos não era de grande utilidade se não houvesse um aparelho de televisão que nos permitisse visualizar esse sinal. Ao longo dos anos dos jogos olímpicos, o posto de televisão ou de rádio visão como era conhecido não foi teve sempre o mesmo aspecto, tamanho, a mesma qualidade de imagem, resolução e as mesmas cores. A primeira tecnológica a surgir em 1936 e em Portugal no ano 1957 era a televisão funcionava com um tubo catódico. O Ecrã de televisão estava recoberto por um pó ou substância incandescente chamada luminóforo, um pigmento que fica incandescente quando submetido a uma luz natural ou artificial. Através de um tubo catódicos os electrões do sinal eléctricos eram enviados para o ecrã claro respeitando uma certa ordem (da esquerda para direita e de cima para baixo, ponto por ponto ou pixel por pixel). Claro que o raio de tubo catódico é fixo por isso existe um campo magnético criado por uma bobina de dimensões elevadas que altera a trajectória dos electrões para que cada electrão esteja na linha certa e na coluna certa. Devido a esse facto quanto maior o ecrã mais peso e mais espaço ocupa visto que a bobine e o ecrã tem de ser maiores. Figura 11-partes de uma televisão Figure 14-Um pixel de LCD Figura 12- esquema de uma televisão As tecnologias seguintes foram o ecrã plasma composto por pixéis e o ecrã LCD composto por cristais líquidos. Devido a esse facto consegue-se reduzir o tamanho do televisor para 10 centímetros de largura. O ecrã plasma é composto por varias células ou pixéis, que eles próprios são compostos por 3 sub-pixéis, que são recobertos por uma camada fluorescente, uma para a cor azul, outro para cor vermelha e outra para cor verde dentro dessas células existe um gás. Quando o gás é submetido ao sinal eléctrico a substância fluorescente ilumina o ecrã. E como os sub-pixéis são muito pequenos, só conseguimos ver a cor do pixel que pode ir até 16 milhões de cores. Em termos de qualidade a tecnologia do tubos de raios catódicos tem melhor qualidade do que os LCD e Plasma. Apesar dos técnicos terem corrigido já alguns defeitos. As televisões do futuro não terão mais qualidades mas sim outras formas como por exemplo o tamanho e o peso de uma folha de papel. A alta definição é simplesmente o aumento do número de pixéis num ecrã o que significa uma maior qualidade de detalhes. A cadeia de televisão toda se altera devido a termos de captara imagem real também com alta resolução, para poder transmitir em alta resolução. Os jogos olímpicos de Pequim tiveram acesso a tecnologia HD retransmitido pela RTP HD 3. Televisão digital terrestre Figura 15- sistema binario 01 Figura 13-celula ou pixel de um ecrã plasma O ecrã LCD é composto por cristais líquidos e feito através de várias camadas. Cada pixel contem três sub pixéis e cada um contem uma “grelha” que deixa passar uma certa quantidade de luz, uma camada de cristais líquidos que são sensíveis ao campo magnéticos que eles estão sujeito, uma outra grelha e no fim um filtro de cor correspondente. O funcionamento é muito simples depende do campo magnético que é a aplicada a camada dos cristais líquidos a luz consegue passar pela grelha com menos densidade ou mais densidade. Ou seja os cristais líquidos submetidos a um certo campo magnéticos alteram a direcção da luz, dependendo da posição da grelha a luz poderá chegar com menos ou mais intensidade ao filtro de cor. O resto é igual ao ecrã Plasma. O futuro da televisão analógica ta quase a chegar ao fim. Apesar de haver já duas companhias que transmitem televisão digital em Portugal. Muitos são os portugueses que não tem ainda acesso a essa tecnologia que ira passar a ser obrigatório em 2013. A televisão digital terrestre não é mais do que a interpretação do sinal eléctrico captado pela câmara em binário. O sistema binário como mostra o seu nome é composto por zeros e uns. Esse sistema permite simplificar o sinal eléctrico ou seja torna-lo discreto. Então temos o nosso sinal eléctrico e vamos dividi-lo em intervalo regulares e a cada intervalo vamos atribuir um número em binário. consegue interpretar o sinal de 1 onde portador mas com vários programas. Figure 16-sinal Obtemos assim uma sequência de zeros e um onde cada zero corresponde a um Sinal eléctrico com uma amplitude quase zero e ao 1 corresponde um sinal eléctrico de grande amplitude. Assim obtemos o nosso sinal que continua a ser analógica mas que tem informação binária de onde conseguimos extrair a informação do nosso antigo sinal analógico. Figura 18-transmissao de digital Só necessitamos em casa de um desmodulador que consegue interpretar 1 canal com três programa e varias onde portadora. Figura 17-sinal analógico com informação binária Depois de nos termos obtido o nosso sinal com informação podemos tratar esse sinal por computadores e através de código nomeadamente o código de Hoffmann. Podemos reduzir a informação que mandamos comprimindo o nosso sinal. Existe até hoje três formatos para trabalhar com digital MPEG.Em 1988 ISO esquematizou o MPEG (Moving Picture Experts Group), para desenvolver padrões para o vídeo digital. Foram definidos três formatos a serem desenvolvidos: MPEG 1 era para armazenar imagem em Mídia de armazenamento digital (DSM - Digital Storage Media). MPEG-2 foi escolhido como broadcast. Figure 19-transmissao TAT e TDT 4. Referência [1] Wikipedia . [2] www.youtube.com [3] Apontamentos de C.A.V. MPEG-3 para televisão de alta-definição HDTV (high definition television) que em português = Televisão digital de alta definição. O MPEG-2 conseguia satisfazer as necessidades do HDTV, assim, o MPEG-3 foi esquecido. Nos iremos usar a norma MPEG4. Devido a essas normas consegue-se comprimir o sinal binário e voltar a descomprimi-lo e por isso ocupamos menos espaço o que nos permite-nos de enviar vários programas numa onda portador a única restrição é de ter em casa um desmodulador que 5. Referência Stéphane Fernandes nascido a 25/071986licenciado na área de Engenharia eléctrica electrónica a frequentar o mestrado na mesma área no Instituto superior técnico Edson Breda licenciado na área de Engenharia eléctrica electrónica a frequentar o mestrado na mesma área no Instituto superior técnico