BARBÁRIE E EMANCIPAÇÃO: POSSIBILIDADES DE UMA EDUCAÇÃO PARA A AUTORREFLEXÃO Denise Raissa Lobato CHAVES (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] Curso de Psicologia, Faculdade de Psicologia, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Prof. Dr. Mauricio Rodrigues de SOUZA (Orientador) – [email protected] Curso de Psicologia, Faculdade de Psicologia, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas “A partir da explosão de barbárie ocorrida no século XX, com a Segunda Guerra Mundial, Theodor Adorno desenvolveu algumas das suas principais produções teóricas, relacionando-as a este contexto. Dentre elas destacam-se os escritos sobre educação, formação cultural e emancipação. Por meio destas ideias, Adorno desenvolve uma proposta de prevenção e combate à barbárie visando a instauração de uma sociedade mais justa e igualitária. Como principal contribuição desta proposta se apresenta uma educação transformadora e preocupada com questões subjetivas, buscando promover a reflexão para a transformação do ponto de vista social. Apesar dos avanços científicos e tecnológicos cada vez mais rápidos e realizados nas últimas décadas, continuamos a observar a reprodução da barbárie, mesmo que de forma mais ou menos diferente daquela observada por Adorno. Além disto, a indústria cultural e o processo semiformativo se mantêm e atualmente são também potencializados por tecnologias da informação como a internet. Diante disto, a presente pesquisa, de natureza eminentemente teórica, objetivou, por meio da análise bibliográfica, realizar uma investigação inicial do pensamento de Adorno acerca das inter-relações, propostas pelo próprio autor, entre os temas da educação, da autorreflexão e da emancipação. De maneira correlata, propôs-se ainda a tecer algumas considerações sobre as inter-relações entre emancipação e a crítica à ideologia também desenvolvida por Adorno em outras produções teóricas. Em termos conclusivos, aponta que a Indústria Cultural e a ideologia são elementos que contribuem para a prevalência da barbárie ao promoverem a servidão e a dependência das massas em uma dinâmica que impede a formação de indivíduos emancipados. Tal afirmação se associa à proposta de educação para emancipação desenvolvida Adorno, a qual consiste na promoção de uma educação política que objetiva primeiramente uma transformação das instâncias subjetivas do ser humano para que, assim, os indivíduos promovam mudanças nos elementos que compõem a sociedade com o objetivo de evitar a barbárie. Desta forma, além de concluirmos que a ênfase na autorreflexão se encontra presente de diversas formas no pensamento de Adorno, concluímos ainda que a proposta adorniana de uma educação para emancipação permanece bastante válida, pois a Indústria Cultural, a ideologia e a semiformação estão entre os elementos que promovem a barbárie e que permanecem em nossos dias”. Palavras-chave: Emancipação, Autorreflexão, Barbárie Título do Projeto do Orientador: UMA QUESTÃO DE MÉTODO: ORIGENS, LIMITES E POSSIBILIDADES DA ETNOGRAFIA PARA A PSICOLOGIA SOCIAL Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq Grande-área: Ciências Humanas Área: Psicologia Sub-área: Psicologia Social