PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS Política social efetiva: acesso aos direitos sociais básicos, elevação da qualidade transformação da realidade social. de vida, As 3 linhas de execução das políticas públicas (Demo): •desenvolvimento de políticas assistenciais, e não assistencialistas: geração de emprego e de renda; •desenvolvimento de políticas participativas voltadas para a emancipação do sujeito; •intervenção nas desigualdades existentes entre setores e categorias: direitos das mulheres, das crianças, dos adolescentes, dos idosos, dos homossexuais, dos negros, e não somente na desigualdade entre ricos e pobres. Envolvem: planejamento, monitoramento e avaliação. gestão, execução, O psicólogo ocupa, frequentemente, a ponta da política pública. Mas ela pode intervir em todas essas fases, como em: •diagnósticos de situações, realidades e programas sociais; •pesquisas qualitativas e levantamento da realidade a ser trabalhada; • avaliações e monitoramento das ações e políticas implantadas; •planejamento de ações, construção de diretrizes, princípios e ações voltadas para a formulação de políticas públicas. Ainda, existem dois tipos de atuações psicologia no contexto das políticas sociais: da 1-atuação tradicional: •trata o sujeito de maneira descontextualizada, priorizando os processos universais; •prática normativa, reguladora e acomodativa com intervenções padrões que reproduzem o modelo clínico tradicional; •mesma intervenção independente do contexto e das demandas e especificidades locais. 2-atuação que busca a gênese dos fenômenos a serem modificados na realidade sócio-histórica: •intervenção com práticas voltadas para a promoção do sujeito a partir de sua participação e envolvimento nas ações realizadas, buscando a transformação social. Assim, a psicologia se aproxima das políticas sociais. Psicologia nas políticas sociais: possibilita o sujeito escapar da tutela do estado- emancipação e protagonismo social. Políticas emancipatórias e participativas x políticas compensatórias e assistencialistas. As ações do psicólogo devem ser pautadas nas noções de: igualdade, comunidade e cooperação. Linhas da ação: 1-intervenção: •forma mais tradicional e mais importante; •refere-se ao atendimento direto ao público: oficinas, encontros, orientações e encaminhamentos; •prioriza ações coletivas; •Objetivo: aquisição de competências, habilidades pessoais, sociais, políticas; valorização do protagonismo social e construção da autonomia; incentivar a construção de projetos de vida. 2-Capacitação: •refere-se à capacitação de autores sociais: educadores, agentes de saúde, lideranças comunitárias, técnicos; •Objetivo: formação social e política com novas lideranças que não adotam a mesma postura tutelar do Estado; •autogestão e auto-sustentação de grupos sociais; •inclusão produtiva, trabalhos de geração de renda, economia solidaria e cooperativismo. 3-Articulação: •trabalhara questões relacionadas à articulação entre os diversos setores e entre diferentes atores. •Objetivo: possibilitar a intersetorialidade, fortalecer os atores da sociedade civil. 4-Informação e comunicação: •refere-se à informação como instrumento que diminui as vulnerabilidades sócias; •É desenvolvida pela formulação de diagnósticos, pesquisas e coletas de dados que servem para discutir a realidade social; •As informações são sobre: mapeamento e programas e serviços oferecidos à população, direitos sociais. •Resgate da história da comunidade, dos grupos e entidades; resgate da identidade e cultura locais, fortalecendo o sentimento de pertencimento. Psicologia nas políticas públicas: •avançar na busca da democracia, da igualdade, da cidadania; •dialogar com a teoria e a prática levando em consideração o contexto social. Referência: SAADALLAH, Márcia Mansur. A psicologia Frente às Políticas Públicas. In: MAYORGA, Claudia e PRADO, Marco.Aurélio.Máximo. (Orgs.). Psicologia Social - articulando saberes e fazeres. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.