8 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS – Cód. 53 QUESTÃO 17 Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. Os seguintes aspectos devem ser considerados na notificação de doenças e agravos, EXCETO: a) b) c) d) A notificação tem que ser sigilosa. A notificação da doença ocorrerá imediatamente após a sua confirmação. A notificação deve ser feita mesmo na ausência de casos (notificação negativa). A notificação é uma obrigação dos profissionais da saúde e deve ser realizada por qualquer cidadão na suspeita de agravos. QUESTÃO 18 A intervenção, sem planejamento, para o controle de roedores em áreas infestadas pode causar efeitos desastrosos, determinando situações de difícil resolução técnica e de alto custo. O aumento do número de roedores infestantes de uma determinada área, depois de alguns meses de um trabalho de desratização, pode ser atribuído, EXCETO à: a) escolha inadequada de raticidas ou da formulação mais apropriada ao caso. b) resistência adquirida ao longo da vida do indivíduo, a partir da exposição aos raticidas. c) baixa qualidade dos raticidas utilizados (baixo teor protéico da isca, baixa palatabilidade). d) eliminação de alguns indivíduos em colônia estabilizada, desencadeando mecanismos biológicos que alteram a manutenção da colônia. QUESTÃO 19 No ciclo urbano da raiva (encefalite viral aguda), as principais fontes de infecção são o cão e o gato. O vírus da raiva pode ser transmitido pelo cão, na seguinte situação: a) b) c) d) Durante a fase de convalescença da doença no animal. Somente após as primeiras manifestações clínicas no animal. Somente no terço final de evolução clínica da enfermidade da doença no cão. Dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e durante a evolução da doença no animal. 9 QUESTÃO 20 A Leishmaniose Visceral, uma zoonose que afeta outros animais além do homem, tornou-se, nos últimos anos, um grave problema de saúde pública no Brasil, dada a sua expansão para os centros urbanos de médio e grande porte. Na área urbana, o cão (Canis familiaris) é a principal fonte de infecção. Podemos afirmar sobre a Leishmaniose Visceral, EXCETO: No Brasil, a Leishmaniose Visceral é causada por um protozoário chamado Leishmania chagasi; transmitido através da picada da fêmea dos vetores Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi. b) Os propósitos do Programa Nacional de Controle da Leishmaniose Visceral são o diagnóstico e o tratamento precoce dos doentes humanos e a redução do risco de transmissão, visando diminuir a letalidade e o número de casos. c) O ciclo evolutivo do protozoário, Leishmania chagasi, se passa obrigatoriamente em um animal vertebrado (forma parasitária extra-celular) e um vetor invertebrado (forma parasitária intracelular). d) A razão da maior susceptibilidade em crianças (freqüência em menores de 10 anos de 54,4%) é explicada pelo estado de relativa imaturidade imunológica celular agravado pela desnutrição, tão comum nas áreas endêmicas, além de maior exposição ao vetor no peridomicílio. a) QUESTÃO 21 Considerando as bases históricas e conceituais da “vigilância epidemiológica”, é CORRETO afirmar: a) A expressão vigilância epidemiológica foi introduzida no Brasil na década de 1930, quando passou a ser aplicada ao controle das doenças transmissíveis, a partir de atividades posteriores à etapa de erradicação da febre amarela. b) Originalmente, vigilância epidemiológica significava um conjunto de atividades de “observação sistemática e ativa de casos confirmados de doenças transmissíveis e de seus contatos”. Tratava-se, portanto, de medidas aplicadas individualmente e não de forma coletiva. c) As novas metodologias introduzidas na década de 1960 foram fundamentais para a erradicação da febre amarela e serviu de base para a organização de sistemas nacionais de vigilância epidemiológica. d) Na década de 1960, novos procedimentos foram incorporados às atividades de vigilância epidemiológica, ampliando o campo de ação para busca ativa de casos, detecção precoce de surtos e o bloqueio imediato da transmissão das doenças. 10 QUESTÃO 22 Número de casos Por ser uma doença de notificação compulsória, todo caso suspeito e/ou confirmado de dengue deve ser comunicado ao Serviço de Vigilância Epidemiológica. A coleta e o fluxo dos dados devem permitir o acompanhamento da curva endêmica, com vistas ao desencadeamento e avaliação das medidas de controle. Curva endêmica de dengue, primeiro semestre 1996 a 2001, BH, MG 1500 1000 500 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun 0 0 8 19 38 10 Med 23 61 62 68 157 28 3Q 24 149 1.199 371 876 159 1Q Considere a curva endêmica do dengue em série histórica de cinco anos, no município de Belo Horizonte. Avalie o comportamento da doença no ano de 2002, quando foram registrados 201, 918, 1.082, 975, 680 e 193 casos da doença nos primeiros seis meses do ano, respectivamente. Pelo exposto, é CORRETO afirmar: a) Os meses de março, maio e junho foram considerados meses epidêmicos. b) Nos meses de janeiro, fevereiro e abril, a doença esteve sob controle. c) Nos meses de março e maio, o número de casos se manteve na zona de alerta da curva endêmica. d) Nos meses de março, maio e junho, a doença se apresentou abaixo do índice endêmico. 11 QUESTÃO 23 De acordo com o Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde (2005), podemos definir doenças transmissíveis como doenças: a) causadas por um agente infeccioso específico ou pela toxina por ele produzida, por meio da transmissão desse agente ou de seu produto tóxico, a partir de uma pessoa ou animal infectado, ou ainda de um reservatório para um hospedeiro susceptível, direta ou indiretamente intermediado por vetor ou ambiente. b) de baixa transmissibilidade, que requerem notificação nacional imediata à Organização Mundial da Saúde, isolamento de casos clínicos e dos comunicantes, além de outras medidas de profilaxia, com o intuito de evitar sua introdução em regiões até então indenes. c) decorrentes da exposição a agentes físicos, químicos e biológicos que agridem o organismo humano, legalmente reconhecidas como adquiridas ou desencadeadas em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. d) que envolvem as alterações do pensamento (raciocínio), das emoções e do comportamento, causadas por interações complexas entre influências físicas, psicológicas, sociais, culturais e hereditárias. QUESTÃO 24 O Ministério da Saúde reconhece uma série de dificuldades para que os municípios assegurem o pleno desenvolvimento de um sistema de vigilância epidemiológica sensível e efetivo. Estão listadas entre essas dificuldades, EXCETO: a) Incipiente capacidade instalada para diagnóstico, investigação e implementação de ações de controle. b) Deficiência nos instrumentos específicos para análise de informações e execução das ações de vigilância. c) Insuficiência de recursos humanos e limitações dos recursos disponíveis para o setor saúde. d) Resistências institucionais ao processo de descentralização das ações de vigilância. QUESTÃO 25 O termo zooantroponose é definido por Neves (2005) como: a) b) c) d) Doença que acomete exclusivamente os animais. Doença primária dos animais, que pode ser transmitida ao homem. Doença primária do homem, que pode ser transmitida aos animais. Infecção ou doença infecciosa, naturalmente transmitida entre animais vertebrados e o homem. 12 QUESTÃO 26 A Portaria nº 2.325/GM/2003 do Ministério da Saúde define uma relação de doenças de notificação compulsória sob responsabilidade das Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde e do próprio Ministério. A legislação define ainda, EXCETO: a) Os gestores municipais e estaduais do Sistema Único de Saúde poderão incluir outras doenças e agravos no elenco de doenças de notificação compulsória, em seu âmbito de sua competência, de acordo com o quadro epidemiológico local. b) A ocorrência de agravo inusitado à saúde, independentemente de constar da relação listada pela Portaria, deverá também ser notificada imediatamente às autoridades sanitárias. c) A definição de caso, o fluxo e os instrumentos de notificação para cada doença relacionada pela Portaria deverão obedecer à padronização definida pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. d) A inclusão de outras doenças e agravos no elenco de doenças de notificação compulsória deverá ser definida pelo gestor estadual e comunicada à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. QUESTÃO 27 Algumas das principais zoonoses incluídas na lista de doenças de notificação compulsória, conforme a Portaria nº 2.325/GM/2003 do Ministério da Saúde, no Brasil, são, EXCETO: a) Leptospirose, Dengue, Doença de Chagas, Febre amarela, Febre do Nilo, Febre maculosa, Raiva, Tularemia. b) Leishmanioses, Leptospirose, Malária, Doença de Chagas, Esquistossomose, Febre do Nilo, Febre tifóide, Tularemia. c) Botulismo, Carbúnculo ou “antraz”, Leishmanioses, Leptospirose, Dengue, Doença de Chagas, Peste, Esquistossomose. d) Botulismo, Dengue, Peste, Febre amarela, Febre do Nilo, Febre maculosa, Hantaviroses, Tularemia. 13 QUESTÃO 28 A doença de Chagas é causada pelo Trypanossoma cruzi, um protozoário flagelado da família Trypanosamatidae. O nome da doença é uma homenagem ao sanitarista brasileiro Carlos Chagas, que descobriu o ciclo da doença. Quanto às características epidemiológicas da doença de Chagas, podemos afirmar, EXCETO: No sangue dos vertebrados, o Trypanosoma cruzi se apresenta sob a forma de amastigotas e, nos tecidos, como trypomastigota. b) Nos invertebrados (insetos vetores), ocorre um ciclo com a transformação dos tripomastigotas em epimastigotas, que depois se diferenciam em formas infectantes acumuladas nas fezes do inseto. c) Além do homem, mamíferos domésticos e silvestres têm sido naturalmente encontrados infectados, tais como gato, cão, suínos, rato doméstico, macacos, tatu, gambá, cuíca, morcego, dentre outros. d) Os mais importantes reservatórios são aqueles que coabitam ou estão muito próximos do homem. As aves e animais de “sangue frio” são refratários à infecção. a) QUESTÃO 29 No que se refere à raiva (encefalite viral aguda) no Brasil, é correto afirmar, EXCETO: a) Nas agressões por morcegos em humanos, deve-se proceder a soro-vacinação contra a raiva, independentemente do tempo decorrido do acidente. b) Os morcegos podem albergar o vírus rábico em sua saliva e ser infectante antes de adoecer, por períodos maiores que os de outras espécies. c) O risco de transmissão do vírus rábico pelo morcego é sempre elevado, independentemente da espécie e gravidade do ferimento. Por isso, toda agressão por morcego deve ser classificada como grave. d) No Brasil, o morcego é o principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da raiva urbana, outros reservatórios são: macaco, raposa, coiote, chacal, gato-do-mato, jaritataca, guaxinim e mangusto. 14 QUESTÃO 30 Os acidentes por escorpião no Brasil apresentam distribuição diferenciada ao longo do ano, com maior número de casos nas épocas de calor e chuvas, que coincidem com o período de maior atividade biológica dos aracnídeos. Quanto ao escorpionismo, é correto afirmar, EXCETO: a) A espécie Tityus bahiensis é a responsável pelos acidentes de maior gravidade registrados no país, incluindo óbitos. b) A gravidade do escorpionismo está relacionada à proporção entre quantidade de veneno injetado e a massa corporal do indivíduo picado. c) O veneno escorpiônico, independentemente da espécie, leva à estimulação de nervos periféricos sensitivos, motores e do sistema nervoso autônomo. d) O tempo entre o acidente e o início de manifestações sistêmicas graves é curto, o que justifica a prescrição imediata de soro específico para crianças com sinais e sintomas de envenenamento. QUESTÃO 31 Os gêneros das aranhas de importância médica no Brasil podem ser identificados, respectivamente, pelas denominações cientificas: Aranha marrom, encontrada em todo o país, de importância destacada na região Sul, particularmente no Paraná, onde vem proliferando de maneira significativa na última década. Conhecidas popularmente como aranhas armadeiras, pelo fato de assumirem comportamento de defesa, apresentam os ferrões bem visíveis, no momento de picar. Conhecidas popularmente como viúvas-negras, as fêmeas são pequenas e de abdome globular, apresentando no ventre um desenho característico em forma de ampulheta. As denominações científicas, respectivamente, estão CORRETAS em: a) b) c) d) Phoneutria, Lycosidae, Loxosceles. Loxosceles, Phoneutria, Lycosidae. Loxosceles, Phoneutria, Latrodectus. Phoneutria, Latrodectus, Loxosceles. 15 QUESTÃO 32 É correto afirmar sobre a esquistossomose no Brasil, EXCETO: a) As esquistossomoses são infecções provocadas por vermes do gênero Schistosoma, trematódeo digenético, da família Schistosomatidae, que apresentam sexos separados e são parasitos de vasos sangüineos de mamíferos e aves. b) De todas as espécies de Schistosoma que parasitam o homem, somente a S. mansoni se fixou no Brasil, seguramente pela adaptação em bons hospedeiros intermediários e pelas condições ambientais favoráveis. c) A maioria das pessoas infectadas pode permanecer assintomática, dependendo da intensidade da infecção; a sintomatologia clínica corresponde ao estágio de desenvolvimento do parasito no hospedeiro. d) As ações de controle da esquistossomose dirigidas aos hospedeiros intermediários (Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea e Biomphalaria tenagophila) são de natureza complementar e indicadas somente para as áreas de altas prevalências. QUESTÃO 33 O Programa Nacional de Controle de Dengue no Brasil (PNCD) prevê o combate da doença sustentado nos seguintes procedimentos, EXCETO: a) Determinação de níveis de infestação vetorial, que é desenvolvido por meio da pesquisa larvária de rotina semestral em imóveis, para levantamento do grau de infestação, dispersão e densidade de Aedes aegypti. b) Vigilância entomológica, que representa as atividades de rotina e tem como principal função reduzir os criadouros do mosquito, empregando-se, preferencialmente, métodos mecânicos, seguidos de tratamento focal e perifocal com uso de larvicidas e adulticidas. c) Intensificação do combate ao vetor, que trata da adoção de medidas de emergência tomadas em caso de surtos e epidemias. Nessas situações, as aplicações de inseticida a ultrabaixo (UBV) volume são utilizadas, com periodicidade semanal, para interromper a transmissão. d) Vigilância epidemiológica, que acompanha a evolução temporal da incidência de casos na cidade e confronta com os índices de infestação vetorial. Implanta vigilância ativa de casos e do vírus em função da ocorrência de inúmeras infecções oligossintomáticas e do sub-registro de casos. 16 QUESTÃO 34 O Programa Nacional de Controle de Dengue no Brasil (PNCD) orienta a realização de reconhecimento geográfico (RG) como atividade prévia e condição essencial para programação do controle de focos. É correto afirmar sobre o RG, EXCETO: a) De acordo com as orientações do Sistema de Informação do Ministério da Saúde, os terrenos baldios não serão numerados, assim como as aglomerações desordenadas nas periferias das zonas urbanas. b) Nos centros urbanos, onde não existir numeração oficial dos imóveis, a identificação será realizada pelo agente de controle de dengue, numerando provisoriamente cada imóvel. c) Imóveis com números repetidos na mesma rua receberão um segundo número complementar, observando o sentido de deslocamento do agente e a numeração básica do imóvel anterior. d) Nos centros urbanos, onde existir numeração oficial dos imóveis, a identificação será respeitada numerando apenas os quarteirões existentes. QUESTÃO 35 A programação para o controle do Aedes aegypti normatizada pelo Ministério da Saúde prevê o desenvolvimento ordenado em seqüência das seguintes fases: a) b) c) d) Fase de vigilância, fase de ataque, fase de consolidação, fase preparatória. Fase de vigilância, fase de consolidação, fase preparatória, fase de ataque. Fase preparatória, fase de ataque, fase de consolidação, fase de vigilância. Fase preparatória, fase de vigilância, fase de ataque, fase de consolidação. 17 QUESTÃO 36 O controle ao Aedes aegypti pode ser feito de forma complementar pela aplicação de produtos químicos ou biológicos, através do tratamento focal, do tratamento perifocal e da aspersão espacial em ultrabaixo volume (UBV). Sobre o controle, é correto afirmar, EXCETO: a) O tratamento perifocal consiste na aplicação de uma camada de inseticida de ação residual nas paredes externas dos depósitos situados em pontos estratégicos, por meio de aspersor manual, com o objetivo de atingir o mosquito adulto. b) O método de tratamento focal consiste na aplicação de um larvicida e ovicida nos depósitos positivos para formas imaturas de mosquitos, que não possam ser eliminados mecanicamente. Nos depósitos de renovação constante de água, utiliza-se de artifício conhecido como “boneca de larvicida”. c) O método de tratamento com ultrabaixo volume (UBV), restrito a epidemias, consiste na pulverização espacial de inseticidas em micropartículas por meio de equipamento motorizado, com o objetivo de atingir o mosquito adulto. d) Os larvicidas utilizados na rotina do Programa de Controle de Aedes aegypti são compostos por produtos orgafosforados (Temephós granulado a 1%), inseticidas biológicos (BTI) ou substâncias análogas ao hormônios juvenis dos insetos (Metroprene). QUESTÃO 37 Para tratamento focal eficaz com larvicida, é necessário que o agente de controle de dengue saiba determinar com precisão a quantidade de inseticida a ser aplicada em relação ao volume de água, a fim de se obter a concentração correta. No caso do larvicida temephós, a concentração recomendada é de um grama de princípio ativo para 1.000 litros de água. Utilizando as informações acima, assinale a afirmativa INCORRETA: a) A quantidade necessária de larvicida temephós para tratar uma cisterna de 15 decímetros de diâmetro e 20 decímetros de altura será de 3,6 gramas. b) A quantidade necessária de larvicida temephós para tratar um tanque de 120 cm de comprimento, 100 cm de largura e 100 cm de altura será de 1,2 gramas. c) A quantidade necessária de larvicida temephós para tratar uma caixa d’água de 280 cm de comprimento, 150 cm de largura e 150 cm de altura será de 12,3 gramas. d) A quantidade necessária de larvicida temephós para tratar um depósito triangular que tenha 20 decímetros de base, 8 decímetros de largura e 12 decímetros de altura será de 0,96 gramas. 18 QUESTÃO 38 Quanto à vigilância da leishmaniose visceral canina (LCV), é correto afirmar, EXCETO: a) Cão Infectado será todo cão assintomático com sorologia reagente e/ou parasitológico positivo em município com transmissão confirmada, ou procedente de área endêmica. b) Caso canino confirmado, por critério clínico epidemiológico, será aquele em que todo cão proveniente de áreas endêmicas apresente quadro clínico compatível de LVC com a confirmação do diagnóstico laboratorial. c) Caso canino suspeito é definido pelo Ministério da Saúde como todo cão proveniente de área endêmica ou onde esteja ocorrendo surto, com manifestações clínicas compatíveis com a doença. d) Caso canino confirmado por critério laboratorial é atribuído ao cão com manifestações clínicas compatíveis com leishmaniose visceral e que apresente teste sorológico reagente e/ou exame parasitológico positivo. QUESTÃO 39 Sobre a febre amarela podemos afirmar, EXCETO: a) O homem é o único hospedeiro de importância epidemiológica na febre amarela urbana. Na febre amarela silvestre, os macacos são os principais hospedeiros do vírus amarílico. O homem aparece como um hospedeiro acidental. b) O mosquito da espécie Aedes aegypti é o principal transmissor da febre amarela urbana. Na febre amarela silvestre, os transmissores mais importantes são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. c) O agente etiológico da febre amarela é o Vírus RNA, arbovírus pertencente ao gênero Flavivirus, família Flaviviridae. d) A febre amarela é caracterizada como doença infecciosa febril aguda, transmitida por vetores, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos (rural e urbano). 19 QUESTÃO 40 Sobre a febre do Nilo Ocidental, podemos afirmar, EXCETO: O principal gênero de mosquito identificado como vetor do vírus da febre do Nilo Ocidental é o Aedes. Outra espécie amplamente distribuída no Brasil, o P. wellcomei também é considerada vetor potencial, além do Anopheles. b) A febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral que pode transcorrer de forma subclínica ou com sintomatologia que varia de febre passageira a uma encefalite grave. c) O vírus da febre do Nilo Ocidental pertence ao gênero Flavivirus da família Flaviviridae e pode infectar humanos, aves, cavalos e outros mamíferos. Determinadas espécies de aves são os principais reservatórios e amplificadores do vírus. d) O vírus é comumente encontrado na África, Ásia Ocidental e Oriente Médio e, mais recentemente, na Europa, América do Norte, América Central e América do Sul. a) QUESTÃO 41 Sobre a febre maculosa, podemos afirmar, EXCETO: a) No Brasil, a ocorrência da febre maculosa tem sido registrada em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e, mais recentemente, em Santa Catarina. b) Em Minas Gerais, no período de 1995-2003, foram registrados 106 casos, com freqüência maior no sexo masculino (76%), na faixa etária de 15 a 30 anos, e letalidade média de 18%. c) A importância do conhecimento do ciclo do carrapato deve-se à necessidade de se proporem medidas de controle eficazes, nunca em prazo menor que três meses, considerando a dinâmica populacional dos carrapatos. d) Os relatos da transmissão da febre maculosa no Brasil apontam o Amblyomma cajennense como principal vetor. O ressurgimento da doença (1995-2003) pode ser atribuída ao aumento das fontes de alimentação do vetor, principalmente eqüídeos. 20 QUESTÃO 42 Sobre a leptospirose, podemos afirmar, EXCETO: a) A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados. A penetração do microrganismo dá-se através da pele lesada ou das mucosas da boca, narinas e olhos. b) Pode ocorrer penetração de leptospira através da pele íntegra quando imersa em água por longo tempo. O contato com água e lama contaminadas demonstra a importância do elo hídrico na transmissão da doença ao homem. c) O período de incubação varia de 1 a 30 dias (média entre 7 e 14 dias). No período de transmissibilidade, os animais infectados podem eliminar a leptospira através da urina por toda a vida, independentemente da espécie animal e do sorovar envolvidos. d) Outras modalidades de transmissão relatadas, porém com pouca freqüência, podem ocorrer com o contato com sangue, tecidos e órgãos de animais infectados, transmissão acidental em laboratórios e ingestão de água ou alimentos contaminados. QUESTÃO 43 Sobre a hantavirose, podemos afirmar, EXCETO: a) No Brasil, a análise de casos de um período de dez anos (1993 a 2003) demonstrou que as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste registraram as maiores freqüências, comparadas com as regiões Nordeste e Norte. b) A epidemiologia da doença no Brasil demonstra que 100% dos indivíduos acometidos são residentes da área rural; exercem atividade agrícola e/ou pecuária, são do sexo masculino e pertencem à faixa etária de 20-39 anos. c) Na América do Sul, a Síndrome Cardiovascular por Hantavírus (SCPH) foi diagnosticada primeiramente no estado de São Paulo, em 1993. A SCPH ocorre desde o Canadá até o sul da Argentina, país que mais tem notificado casos na América do Sul. d) A susceptibilidade para hantavirose é geral. Supõe-se que haja, em algumas regiões, um padrão de sazonalidade em função da biologia dos roedores silvestres. 21 QUESTÃO 44 Sobre o esquema para tratamento profilático anti-rábico com vacina de cultivo celular, podemos afirmar, EXCETO: a) Acidentes graves envolvendo cão ou gato e humanos deverão sempre ter os animais observados por 10 dias e os humanos agredidos sempre receberão esquema completo de vacinação. b) Contato indireto envolvendo animais silvestres e humanos deverão sempre receber a indicação de lavar o local de contato com água e sabão, e os humanos expostos não receberão o tratamento profilático. c) Alguns roedores e lagomorfos (áreas urbanas ou de criação) são considerados como de baixo risco para a transmissão da raiva e, por isto, não é necessário indicar tratamento profilático da raiva em caso de acidentes causados pelos mesmos. d) Em caso de reexposição com histórico de tratamento anterior completo e se o animal agressor, cão ou gato, for passível de observação, considerar a hipótese de somente observar o animal. QUESTÃO 45 Sobre os aspectos específicos da epidemiologia, prevenção e controle da raiva animal no Brasil, podemos afirmar, EXCETO: a) Considerando a dificuldade para vacinar os cães errantes, fundamentais para a persistência da cadeia de transmissão, recomenda-se a eliminação de 20% da população canina, visando reduzir a circulação do vírus. b) A persistência de casos animais, apesar da existência de intervenções, faz pensar na falta de qualidade e eficácia das medidas sanitárias ou, ainda, de que se trata de uma endemia ou de epidemia. c) Principalmente em áreas endêmicas, impõe-se a necessidade da constituição de serviço de apreensão rotineira de cães errantes, cobertura vacinal canina de 80% e de notificação imediata dos casos suspeitos à autoridade sanitária. d) Todos os casos de raiva animal surgidos após 90 dias de intervenção caracterizam novos focos. A concomitância de casos dispersos em um município, considerando a baixa notificação, pode caracterizar uma endemia. 22 QUESTÃO 46 De acordo com o Código Sanitário de Belo Horizonte, Lei 5.616/1987, podemos afirmar, EXCETO: a) O animal encontrado solto nas vias e logradouros públicos, sem as condições que garantam a contenção, vacinção e segurança, será apreendido e recolhido à unidade de controle de zoonoses. b) Não será permitida, a critério da autoridade sanitária competente, a criação ou conservação de pequenos animais de qualquer natureza ou quantidade que sejam ou não causa de insalubridade e/ou incomodidade. c) A proibição de criação ou conservação de animais vivos não se aplica a entidades técnico-científicas e de ensino, estabelecimentos industriais e militares devidamente aprovados e autorizados pela autoridade sanitária competente. d) Fica proibida a permanência de animais em logradouros públicos, exceto os animais devidamente atrelados, comprovadamente vacinados e que não ofereçam risco à segurança das pessoas, a critério da autoridade sanitária competente. QUESTÃO 47 De acordo com o Código Sanitário de Belo Horizonte, Lei 5.616/1987, é correto afirmar, EXCETO: a) O animal apreendido pela autoridade sanitária poderá ser resgatado somente pelo legítimo proprietário ou seu representante legal, após preenchimento do expediente próprio de identificação e pagamento das respectivas taxas. b) Os animais apreendidos ficarão à disposição do proprietário ou do seu representante legal nos prazos previstos pela legislação, sendo que, durante esse período, o animal será devidamente alimentado, assistido por médicos veterinários e pessoal preparado para tais funções. c) O proprietário do animal suspeito de zoonoses deverá submetê-lo à observação, isolamento e cuidados nas instalações da unidade de controle de zoonoses ou em local designado pelo proprietário e aprovado pela autoridade sanitária competente. d) O animal apreendido pela autoridade sanitária poderá ser resgatado pelo legítimo proprietário ou seu representante legal, após preenchimento do expediente próprio de identificação e pagamento das respectivas taxas e impostos. 23 QUESTÃO 48 NÃO é correto afirmar: a) As formas congênita e iatrogênica de transmissão de enfermidades podem também ser denominadas genericamente de formas de transmissão vertical. b) A prevalência se refere ao número de enfermos presentes em uma população conhecida durante um período de tempo determinado, sem distinguir os casos novos e antigos. c) A incidência é uma expressão do número de noves casos que aparecem em uma população conhecida durante um período de tempo. d) Hospedeiro definitivo designa o hospedeiro no qual um organismo realiza sua fase sexuada de reprodução. QUESTÃO 49 Sobre o controle da leishimaniose visceral, é importante observar as recomendações específicas para cada uma das classificações das áreas para vigilância. Os municípios sem casos humanos e caninos de leishmaniose visceral são classificados em vulnerável ou não-vulnerável. Assim, deve-se considerar como vulnerável aquele município que apresentar qualquer uma das seguintes situações: a) Ser município com fluxo migratório intenso; ser município que faz parte do mesmo eixo rodoviário dos casos humanos; ser um município endêmico. b) Ser município contíguo aos de casos humanos; ser município que faz parte do mesmo eixo rodoviário dos casos humanos; ser município com fluxo migratório intenso. c) Ser município que faz parte do mesmo eixo rodoviário dos casos humanos; ser município com fluxo migratório intenso, ser município com transmissão esporádica. d) Ser município com registro de autoctonia; ser município com transmissão esporádica; ser município com transmissão moderada; ser município com transmissão intensa. 24 QUESTÃO 50 A classificação da leishmaniose visceral canina, segundo a apresentação dos sinais clínicos, pode ser categorizada como: a) Cães assintomáticos: animais com sinais clínicos sugestivos da infecção por leishmania. Cães oligossintomáticos: animais que apresentam adenopatia linfóide, intensa perda de peso e pêlo opaco. Cães sintomáticos: animais que apresentam todos ou alguns sinais mais comuns da doença. b) Cães assintomáticos: animais com sinais clínicos sugestivos da infecção por leishmania. Cães oligossintomáticos: animais que apresentam adenopatia linfóide, intensa perda de peso e pêlo opaco. Cães sintomáticos: animais que apresentam todos os sinais mais comuns da doença. c) Cães sintomáticos: animais com sinais clínicos sugestivos da infecção por leishmania. Cães oligossintomáticos: animais que apresentam adenopatia linfóide, perda de peso e pêlo opaco. Cães assintomáticos: animais que apresentam alguns sinais mais comuns da doença. d) Cães assintomáticos: animais com ausência de sinais clínicos sugestivos da infecção por leishmania. Cães oligossintomáticos: animais que apresentam adenopatia linfóide, pequena perda de peso e pêlo opaco. Cães sintomáticos: animais que apresentam todos ou alguns sinais mais comuns da doença. ATENÇÃO COM SUA ESCRITA HABITUAL, TRANSCREVA, PARA O ESPAÇO RESERVADO PELA COMISSÃO, NA FOLHA DE RESPOSTAS, A SEGUINTE FRASE: Os cristais e as pedras preciosas são a expressão mais pura da energia e da luz.