Utilização de Chenopodium ambrosioides Lineu - evz - ppgca

Propaganda
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS
Utilização de Chenopodium ambrosioides Lineu em animais de
produção
Polyanna da Silva Ferreira
Orientadora: Maria Auxiliadora Andrade
GOIÂNIA
2013
ii
POLYANNA DA SILVA FERREIRA
Utilização de Chenopodium ambrosioides Lineu em animais de
produção
Seminários apresentado junto à Disciplina de
Seminários Aplicados do Programa de PósGradução em Ciência Animal da Escola de
Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal
de Goiás
Nível: Doutorado
Área de Concentração:
Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de
Alimentos
Linha de Pesquisa:
Etiopatogenia, epidemiologia, diagnóstico e
controle das doenças infecciosas e parasitárias
dos animais
Orientadora:
Prof. Dra. Maria Auxiliadora Andrade – EVZ/UFG
Comitê de Orientação
Prof. Dra. Iolanda Aparecida Nunes – EVZ/UFG
Prof. Dr. Marcos Barcellos Café – EVZ/UFG
GOIÂNIA
2013
iii
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1
2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 3
2.1 Histórico das plantas medicinais .................................................................. 3
FIGRUA 1 – flor chinesa que pode ter contribuído para extinção de várias
espécies de dinossauros. ....................................................................................... 4
2.2 Histórico das plantas medicinais no Brasil ................................................. 5
2.3 Chenopodium ambrosioides Lineu............................................................... 6
FIGURA 2- Caule de Chenopodium ambrosioides L. ............................................. 7
FIGURA 3 – Folhas e flores do Chenopodium ambrosioides L. ............................. 8
2.4 Composição química do Chenopodium ambrosioides Lineu .................... 8
2.5 Utilização da Erva de Santa Maria ................................................................ 9
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 16
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 17
iv
LISTA DE FIGURAS
FIGRUA 1 – Flor chinesa que pode ter contribuído para extinção de várias
espécies de dinossauros. ....................................................................................... 4
FIGURA 2- Caule de Chenopodium ambrosioides L.............................................. 7
FIGURA 3 – Folhas e flores do Chenopodium ambrosioides L. ............................. 8
1 INTRODUÇÃO
A utilização das plantas com finalidade alimentícia e terapêutica data
dos primórdios da civilização e foi transmitido entre as gerações por milhares
de anos. O uso abusivo dos fármacos químico associada à ideia errônea de
que o consumo de plantas medicinais é sempre seguro, tem contribuído para o
crescente interesse no estudo das espécies de origem vegetal, buscando
analisar seu princípio ativo, mecanismo de ação e presença ou ausência de
eficácia no controle ou tratamento de determinadas enfermidades (MACIEL et
al., 2002).
As pesquisas e estudos com plantas medicinais são justificados pelo
avanço do mercado de fitoterápicos que movimentou no mercado mundial
aproximadamente US$ 20 bilhões de dólares no ano de 2010. No Brasil, esse
mercado movimentou aproximadamente US$ 1 bilhão no ano de 2011 com
estimativa de crescimento de 10% a 15% no ano de 2012 (ABIFISA, 2013).
Segundo relatório da Global Industry Analysts, o mercado global de
produtos que utilizam plantas como matéria-prima deve chegar a US$ 93,15
bilhões em 2015 (GLOBAL INDUSTRY ANALYSTS, 2012).
O Brasil é um país que possui um grande potencial para o
crescimento no mercado de fitoterápicos, visto que possui uma vasta
biodiversidade de flora, com milhares de espécies de plantas catalogadas,
sendo que várias, ainda necessitam ser melhor conhecidas e exploradas.
Dentre as plantas medicinais do bioma brasileiro destaca-se o Chenopodium
ambrosioides L., conhecido popularmente como erva Santa Maria, o qual foi
classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das plantas
medicinais mais conhecidas e utilizadas em todo o mundo.
Alguns estudos foram realizados objetivando determinar a atuação
dessa erva sobre seres humanos e animais e demonstraram que nos animais
possui eficácia como anti-parasitário, anti-fúngico, anti-tumoral e antiinflamatório (McDONALD, et al., 2004; NASCIMENTO et al., 2006; IBIRONKE
& AJIBOYE, 2007; KUMAR et al., 2007; MONZOTE et al., 2007; CHEKEM et
al., 2010; REIS et al., 2010).
2
Nesse intuito objetivou-se realizar uma revisão bibliográfica sobre o
potencial biológico, utilização e a importância da erva Santa Maria
(Chenopodium ambrosioides L.) nos animais de produção.
3
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Histórico das plantas medicinais
O homem pré-histórico, através da observação de outros seres da
mesma espécie e do comportamento animal conseguia discernir que algumas
plantas possuíam finalidade alimentícia, terapêutica ou tóxica (GRIIGS, 1996).
Desde o ano 4.000 a.C. que há registros escrito nas ruínas de
Nippur, encontrados em tábuas de argila, da utilização das plantas medicinais,
como por exemplo Fícus carica L. e Thymus vulgaris L., as quais são utilizadas
até os dias de hoje, como laxantes e expectorantes respectivamente. Em 2.100
a.C. foi depositado no museu da Pensilvânia o primeiro registro médico
contendo fórmulas de drogas de origem vegetal, animal e mineral (HELFAND &
COWEN, 1990).
Em 2800 a.C., o imperador da China (país com mais longa e
ininterrupta tradição na utilização de plantas medicinais) Shen Nung (28382698 a.C.) registrou o primeiro herbário médico com aproximadamente 365
ervas medicinais e venenos utilizados sob a inspiração taoísta do deus Pan Ku
(VALE, 2002). A Leefrutus mirus (Figura 1) é uma angiosperma chinesa com
aproximadamente 124 milhões de anos e segundo estudos recentes, pode ter
contribuído para a extinção de algumas espécies de dinossauros.
Em 1.500 a.C, foi escrito o manuscrito Egpício “Ebers Papyrus”
contendo várias prescrições e nomes de drogas oriundas de plantas
medicinais, sendo que algumas dessas plantas ainda são utilizadas pelos
fitoterapeutas como a flor de sabugueiro (Sambucus nigra) (DUARTE, 2006).
Entre os anos de 1500 a 1000 a.C., foram escritos os livros “Veda”
(Aprendizado) e “Ayurveda” (Aprendizado de Longa Vida) que continha as
bases da medicina hindu, contendo plantas como a Rauwolphia serpentina, um
sedativo (VALE, 2002). Em 500 a.C. foram relatadas na China nome de plantas
medicinais com dosagens e indicações, sendo que algumas são utilizadas
atualmente na indústria farmacêutica (DUARTE, 2006).
4
FIGRUA 1 – Flor chinesa que pode ter contribuído para extinção de
várias espécies de dinossauros.
Fonte: Creation Science News (2011)
Entre os anos de 1553 e 1550 a.C., período de construção das
grandes pirâmides egípcias, foi escrito um papiro contendo mais de 700 plantas
utilizadas de forma medicinal pelos sacerdotes da época (VALE, 2002).
Posteriormente, na Grécia, Hipócrates instituiu um regime de
tratamento aos seus pacientes baseados na utilização de aproximadamente
400 espécies de plantas medicinais, exercícios físicos e dieta, adaptados às
necessidades particulares dos pacientes, e essa abordagem individual se
tornou a marca registrada da fitoterapia (ELDIN, 2001).
Hipócrates (364 a.C.) preconizava a utilização do ópio (suco de
Papaver somniferum) na medicina. Posteriormente, alguns experimentos
utilizando plantas consideradas venenos e seus possíveis antídotos foram
realizados pelo rei grego Mitrídates (120-62 a.C.) em seus escravos (VALE,
2002).
Dioscórides (100 a.C.), médico cirurgião grego do exército romano
de Nero escreveu o tratado “Matéria Médica” contendo mais de 700 plantas
utilizadas por ele com um pequeno desenho e a descrição botânica facilitando
a identificação (VALE, 2002).
Várias dessas plantas foram cultivadas e
disseminadas pelos acampamentos do exército romano com o objetivo de
5
serem utilizadas pelos médicos no tratamento das enfermidades (ELDIN,
2001).
Segundo esse mesmo autor, Galeno ficou conhecido pelas fórmulas
galênicas que consistem na mistura de diferentes plantas. Essas fórmulas são
muito utilizadas na fitoterapia e na indústria farmacêutica.
Durante a Idade Média, os mosteiros foram fundamentais para a
divulgação do saber e do conhecimento sobre as plantas medicinais. Na Idade
Moderna houve um progresso do conhecimento pelos produtos naturais
(ELDIN, 2001).
Na Alemanha, no início do século XIX, as informações sobre a
utilização das plantas medicinais associadas com a presença ou ausência de
eficácia no tratamento de enfermidades foram reunidas em monografias. Neste
mesmo país, em 1978, foi instituída a comissão E que é uma organização
alemã encarregada de avaliar a eficácia e segurança das plantas medicinais,
derrubando o conceito equivocado de que os produtos a base de plantas não
apresentam efeitos prejudiciais aos seres humanos (VEIJA JÚNIOR & MELLO,
2008). Transmitido entre gerações, à tradição na utilização das plantas
medicinais tem sido mantida, ampliada e constantemente estudada.
2.2 Histórico da utilização das plantas medicinais no Brasil
Os índios, nativos brasileiros, contribuíram significativamente no
conhecimento tradicional sobre as plantas medicinais, visto que as utilizava nos
seus rituais de cura, pesca e preparo de corantes (FERRO, 2008).
Com a vinda dos jesuítas para o Brasil em 1579, houve a introdução
de plantas europeias no país e a mistura da utilização dessas plantas com as
plantas nativas dos indígenas (ALMEIDA, 2000).
No período da escravidão, os africanos trouxeram algumas plantas
de seu país de origem para o Brasil e as utilizavam em rituais religiosos e em
fórmulas medicinais. Os europeus, chineses e japoneses que migraram para o
Brasil também auxiliaram na introdução de novas plantas. Esses povos (desde
o índio aos imigrantes) contribuíram para a disseminação do conhecimento
popular das plantas nativas e das introduzidas no país (FERRO, 2008).
6
O Brasil é considerado o país com maior biodiversidade mundial,
possuindo mais de 55 mil espécies de plantas catalogadas de um total de 350
mil a 550 mil espécies de plantas em todo o mundo. Apesar desse rico
patrimônio natural, menos de 8% da flora brasileira foi estudado objetivando
encontrar substâncias com potencial farmacológico (SIMÕES et al., 2003).
Esta vasta diversidade do bioma brasileiro assegura ao país
potencialidade e vantagem competitiva no mercado global, visto que poucas
espécies vegetais foram analisadas quanto a seus aspectos químicos e
farmacológicos e aproximadamente 80 a 85% da população mundial utilizam
medicamentos à base de plantas, tornando-se necessários mais estudos sobre
a eficácia das plantas medicinais (FERRO, 2008).
Apesar da biodiversidade da flora brasileira, os fitoterápicos ainda
representam menos de 3% do mercado total de medicamentos segundo
estimativas
da
Associação
dos
Laboratórios
Farmacêuticos Nacionais
(ALANAC). Objetivando tirar o Brasil do atraso no competitivo mercado de
fitoterápicos, os investimentos públicos e privados na área de pesquisa em
saúde no país deverão ser de aproximadamente R$ 13 bilhões nos anos de
2014 a 2018, o que equivale a 0,30% do PIB brasileiro. Estes investimentos
serão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Ministério da Saúde e da Ciência e
Tecnologia e dos laboratórios farmacêuticos (ABIFISA, 2013).
Estes investimentos são destinados à área da saúde humana, porém
são também necessários investimentos para a medicina veterinária, em várias
áreas do conhecimento veterinário, dentre elas nas pesquisas por alternativas
antibacterianas, as quais geralmente estão associadas à resistência a
medicamentos e resíduos químicos na produção animal. As práticas
etnoveterinárias, quando comprovada eficientes e não prejudiciais, podem
fornecer respostas para esse e outros impasses, podendo indicar caminhos
promissores para o desenvolvimento de extratos, os quais podem ser utilizados
de forma comercial (ELOFF et al., 2010).
2.3 Chenopodium ambrosioides Lineu
7
Pertence
ao
Reino
Plantae,
divisão
Magnoliophyta,
classe
Magnoliopsida, ordem Caryophyllales, família Amaranthaceae, subfamília
Chenopodioideae e gênero Chenopodium (WINSOR, 2001).
Chenopodium
ambrosioides
L.
possui
várias
denominações
populares nos diferentes lugares do mundo, sendo conhecido como erva Santa
Maria, ambrósia do México, chá formiga, chá das lombrigas, chá das bichas,
quenopódio, lombrigueira, paico, pazote ou epazote e no Brasil é mais
conhecida como erva Santa Maria, mastruz e mastruço (PEREIRA et al., 2010).
Essa
erva
é
originária
do
México,
recebendo
também
a
denominação de chá do México, e encontra-se amplamente distribuída no
mundo, com crescimento favorável em regiões de clima tropical, subtropical
(por
exemplo
América
e
África)
e
temperado
(por
exemplo
região
compreendendo desde o Mediterrâneo até a Europa Central) (KISMAN, 1991).
Caracteriza-se por serem plantas herbáceas, ereta, peluda e com
aroma forte e suis generis. Caules com vinte centímetros a um metro e meio,
ramificados, com pêlos curtos e tonalidade vermelha (Figura 2). Folhas
lanceoladas com pêlos e pecíolo curto. Flores pequenas de coloração verdeclara, verde-amarelada ou vermelha que se inserem nas folhas superiores. Os
frutos são verde-acastanhados originando uma única semente preta, a qual é
utilizada para a reprodução da planta. Floresce anualmente entre os meses de
abril e dezembro (Figura 3) (KISMAN, 1991).
FIGURA 2 - Caule de Chenopodium
ambrosioides L.
Fonte: Discover Life (2013)
8
FIGURA 3 – Folhas e flores do Chenopodium
ambrosioides L.
Fonte: Discover Life (2013)
2.4 Composição química do Chenopodium ambrosioides Lineu
A composição química dos extratos e óleos essenciais extraídos das
plantas é influenciada pelo local da coleta (floresta amazônica, cerrado, mata
atlântica, pantanal, caatinga entre outras regiões), visto que mesmo plantas
encontradas em diferentes regiões de um mesmo país podem ser influenciadas
pela fertilidade do solo, umidade, radiação solar, vento, temperatura, poluição
atmosférica e poluição do solo. A idade da planta e a estação de coleta
também podem influenciar na composição química (MACIEL et al., 2002). Por
exemplo, o óleo essencial de C. ambrosioides L. foi obtido da destilação da
planta no século XIX e apresenta resultados variáveis na literatura quanto a
sua composição qualitativa e quantitativa conforme as diferentes regiões
analisadas (MACDONALD et al., 2004).
No Brasil, segundo Bauer & Brasil (1973) esse óleo é constituído de
24,6% de limoneno, 19% de mirceno e 3,6% de β-pineno. Estudos posteriores
realizados por Jardim et al. (2008), em regiões brasileiras diferentes das
9
analisadas pelo autor anteriormente citado, identificaram 13 diferentes
compostos presentes neste óleo essencial nas seguintes concentrações: 80%
de isômeros E e Z do ascaridol, 3,9% de carvacrol, 2,0% de p-cimeno, 0,9% de
α-terpineno, 0,8% de acetato de piperitol, 0,8% de p-cimen-8-ol, 0,6% de αterpineol, 0,6% p-menta-1,3,8-trieno, 0,5% de piperitone, 0,3% de álcool
benzílico, 0,3% de p-cresol e 0,2% de acetato de cravil.
No óleo essencial de Chenopodium ambrosioides L. também foram
identificados à presença de flavonoides, saponinas e éter fenólico (CRUZ et al,
2007). No fruto desta erva foram identificados à presença dos flavonoides
canferol, quercetina, isoramnetina e dos flavonoides glicolisados canferol 3ramnosídeo-4-xilosido e canferol 3-ramnosídeo-7-xilosido (NEERU et al.,
1990).
O ascaridol (1,4-epidioxi-p-mentano) está presente em toda a planta
sendo extraído em maior concentração do óleo essencial obtido das sementes
dessa planta (GADANO et al., 2006). Este princípio ativo é um endoperóxido
pouco solúvel em água possuindo maior afinidade por solventes apolares como
o hexano, sendo este solvente bastante utilizado na obtenção de extratos
aquosos (MACDONALD et al., 2004). O ascaridol possui propriedade
antiparasitária, antimalárica, antifúngica, hipotensora, relaxante muscular,
estimulante respiratório, depressora cardíaca, antibacteriana, anti-tumoral e
analgésica.
2.5 Utilização da Erva de Santa Maria
Essa erva é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
uma das plantas medicinais mais utilizadas em todo o mundo, porém o uso
inadequado de óleo de Chenopodium ambrosioides L. pode ocasionar
overdose acarretando em morte em humanos e ratos (PASCAL et al., 1980).
Segundo Okuyama et al. (1993) o principal constituinte químico
presenta na erva Santa Maria responsável pela toxicidade é o ascaridol, o qual
quando administrado em camundongos na dose de 100 mg/kg de peso
corporal ocasiona sintomas de hipotermia e atividade locomotora diminuída.
Triplicando essa dosagem foi observada mortalidade dos animais.
10
A ação anti-helmíntica dessa planta foi pesquisada por meio do
fornecimento da planta seca em pó às ovelhas evidenciando diminuição
significativa da carga parasitária dos mesmos (PEREZGROVAS et al., 1994).
MacDonald et al. (2004) afirmaram por meio de experimentos
realizados in vitro, que como anti-helmíntica o uso tradicional das infusões da
planta de erva Santa Maria apresentam elevados níveis de ascaridole e são
mais seguros em relação a toxicidade que a utilização de óleos essenciais.
Estes pesquisadores demonstraram que infusões aquosas e extratos aquosos
de C. ambrosioides L. livres de ascaridol, por meio da extração com hexano,
possuem boa atividade nematicida frente ao Caenorhabditis elegans, não
interferindo na contratibilidade normal da musculatura lisa do sistema
gastrointestinal de ratos. Esta ação anti-helmíntica pode ser devido à presença
de outros compostos hidrofílicos presentes nas preparações aquosas.
Estudos realizados in vitro, com fezes de caprinos evidenciaram que
a utilização de óleo essencial de Chenopodium ambrosioides L. inibiu 100% a
eclosão de ovos do nematoide gastrointestinal Haemonchus contortus, porém
in vivo não foi observada redução significativa dos nematóides adultos em
caprinos que ingeriram a erva Santa Maria fresca moída, misturada a água de
bebida e óleo essencial (KETZIS et al., 2002).
Camundongos naturalmente infectados com oxiurídeos Syphacia
obvelata e Aspiculuris tetráptera e tratados com suco (concentração de 20%) e
infuso (concentração de 5% a 10%) de folhas de Chenopodium ambrosioides L.
mostraram-se ineficazes para remoção dos helmintos (BORBA e AMORIM,
2004).
Almeida et al. (2007) realizaram experimentos in vitro com cultura de
larvas de nematoides Haemonchus, Oesophagostomum e Trichostrongylus, os
quais parasitam o trato gastrointestinal de caprinos e observaram que o extrato
aquoso das folhas de C. ambrosioides L. na concentração de 110,6 mg/mL
reduz em mais de 95% o número de larvas.
Posteriormente, Eguale e Gidaly (2009) testaram in vitro a ação dos
extratos aquosos (concentração de 1 mg/mL) e hidroalcoólicos (concentração
de 0,5 mg/mL) das folhas do C. ambrosioides L. em ovos e larvas adultas de
Haemonchus contortus observando inibição de 100%.
11
Reis
et
al.
(2010)
avaliaram
in
vitro
extratos
hexânicos,
diclorometânico e infusão a 10% de C. ambrosioides L. no controle do segundo
estágio larval de Toxocara canis; e testaram in vivo, em murganhos CD1
infectados com o nematoide e observaram que não houve diferença
significativa entre os componentes testados no estudo in vitro. Nos ensaios in
vivo não foram observadas redução da carga parasitária dos órgãos afetados,
nem alteração na produção de anticorpos anti-Toxocara canis.
Estudos realizados com inoculação experimental por Schistosoma
mansoni em camundongos machos Swiss e tratados por via oral com extrato
de metanol da planta Chenopodium ambrosioides L. (1250 mg/kg/dia)
evidenciaram redução da concentração do parasita em 53,7%, e melhora dos
níveis séricos de proteínas totais, albumina, atividade da ALT, AST, ACP e
AKP dos animais tratados com o extrato em relação aos não tratados,
melhorando assim as funções do fígado dos animais tratados (KAMEL et al.,
2011).
Em vinte e uma espécimes silvestres mantidas em cativeiro foram
administrados duas doses iguais de sumo de erva Santa Maria pela via oral,
com intervalos de oito dias entre as administrações. Por se tratar de um
produto de baixa palatabilidade, ao mesmo foram associados mel e frutas
doces e fornecidos aos animais. Dos espécimes analisadas, 16 foram positivas
para presença de pelo menos um dos parasitas gastrointestinais Lagothrix
lagothricha, Hydrichaeris hidrochaeris, Saimiri sciureus, Eimeria e Giardia. A
erva apresentou 100% de eficiência no controle dos parasitas referidos. Esta
eficiência se deve a presença de ascaridol que é um anti-helmíntico natural que
altera o metabolismo animal inibindo a fumarato redutase presente nas
mitocôndrias, enzima responsável por converter o fumarato a succinato, sendo
importante
no metabolismo mitocondrial e na
respiração anaeróbica,
ocasionando uma diminuição do transporte de glicose e o desacoplamento da
fosforilação oxidativa que é um processo metabólico que utiliza energia
liberada pela oxidação dos nutrientes produzindo adenosina trifosfato (ATP) e
destruindo o parasita (ESTRADA-CELY et al., 2012).
O grupamento peróxido presente no ascaridol do Chenopodium
ambrosioides L. apresenta ação anti-malária sendo eficaz no controle do
Plasmodium falciparum (POLLACK et al., 1990). Este grupamento peróxido e
12
outros quatro peróxidos do tipo p-mentano isolados desta planta apresentam
ação
como
anti-tripanossomíase
ocasionando
a
morte
das
formas
epimastigotas do Trypanossoma Cruzi (KIUCHI et al., 2002).
Segundo a OMS a leishmaniose é uma importante doença tropical,
epidêmica em regiões onde a população possui mais acesso a medicamentos
naturais. Baseado nesse fato, Monzote et al., (2007) realizaram experimentos
em ratos infectados com Leishmania amazonenses e observaram a eficácia da
utilização do óleo essencial de C. ambrosioides L. administrado pelas vias
intraperitoneal (30 mg/kg), oral (30 mg/kg) e intralesional. A administração pela
via intraperitoneal preveniu o aparecimento de lesões cutâneas e reduziu a
carga parasitária. A administração oral retardou a infecção, porém foi menos
eficiente que a administração intraperitoneal. Estas duas vias de administração
foram mais eficazes que a Anfotericina B (fármaco de referência), porém, não
curaram totalmente os animais, apenas impediram o desenvolvimento do
estado mais severo da doença. A administração diretamente nas lesões não
apresentaram melhoras clínicas. O óleo essencial administrado mostrou-se
eficaz e com baixa toxicidade podendo ser utilizado em longo prazo no
tratamento da leishmaniose cutânea. A toxicidade foi baixa e observada
apenas em animais tratados por via intraperitoneal.
Estudos realizados in vitro com óleo essencial de Chenopodium
ambrosioides L., o qual é constituído de carvacrol, óxido cariofileno e
ascaridole (sintetizado a partir de α-terpineno) em células de mamífero e
mitocôndrias observou que alguns produtos como o cariofileno possuem a
capacidade de inibir a cadeia de transporte de elétrons mitocondrial. O íon Fe2+
potencializa a toxicidade do ascaridole e sem a presença de íons Fe2+ o
ascaridole apresenta menor toxicidade nas mitocôndrias de mamíferos
(MONZOTE et al., 2009).
O extrato hidroalcoólico das folhas de C. ambrosioides L.
administrado via intralesional ocasionaram aumento da produção de óxido
nítrico em culturas de células obtidas de nódulos linfáticos e peritônio de ratos
infectados com Leishmania amazonensis e diminuição da carga parasitária. A
administração do extrato via oral não foram observadas produção de óxido
nítrico nem diminuição da carga parasitária (PATRÍCIO et al., 2008).
13
Estudos realizados por Almança, et al. 2013 com imersão de fêmeas
ingurgitadas adultas demonstraram baixa eficácia do extratos hidroetanólicos
de Chenopodium ambrosioides L. in vitro sobre a postura e a eclodibilidade
larval de Rhipicephalus (Boophilus) microplus. A baixa eficácia obtida nos
resultados pode ser decorrente das baixas concentrações (5%, 10% e 25%)
utilizadas no experimento.
O óleo essencial extraído das folhas de C. ambrosioides L. possui
ampla ação anti-fúngica quando ministrado na concentração de 100 µg/ml
contra o Aspergillus niger, Aspergillus fumigatus, Botryodiplodia theobromae,
Fusarium
oxysporum,
Sclerotium
rolfsii,
Macrophomia
phaseolina,
Cladosporium cladosporioides, Helminthosporium oryzae, Pythium debaryabum
e inibiu completamente o crescimento micelial do fungo Aspergillus flavus
quando ministrado na mesma concentração. Este óleo apresentou-se eficaz na
inibição da produção de aflatoxina B1, aflatoxigênicos pela estirpe de A. flavus
(KUMAR et al., 2007). O ascaridol é o constituinte ativo responsável pela ação
anti-fúngica do óleo essencial de Chenopodium ambrosioides (JARDIM et al.,
2008).
Esse óleo também se mostrou eficaz contra a Candida globrata,
Candida guilliermondi e Candida albicans. Na Candida albicans foi observado
que este óleo ocasiona a diminuição da quantidade de ácidos graxos presentes
na membrana plasmática, provavelmente devido a ações enzimática, alterando
a permeabilidade e arquitetura e ocasionando modificação da função da
membrana celular (CHEKEM et al., 2010).
Estudos realizados por Sousab et al., 2012 evidenciaram que
extratos de C. ambrosioides L. apresentam alta bioatividade contra Artemia
salina, podendo estar relacionado com potencial de atividade citotóxica contra
o cancro. A erva Santa Maria também apresentou atividade antifúngica contra
leveduras com destaque a ação contra a Candida Krusei.
Segundo Zhu et al. (2012) o óleo essencial de Chenopodium
ambrosioides L. possui 22 diferentes componentes sendo que os compostos Zascaridol, isoascaridol e p-cimine possuem ação anti-fúngica.
Análises in vitro evidenciaram que o ascaridol apresenta atividade
anti-tumoral (EFFERT et al., 2002). Estudos realizados por Cruz et al. (2007)
com inoculação experimental de extrato hidroalcoólico de folhas de C.
14
ambrosioides L. via intraperitoneal em ratos evidenciaram que não houve
aumento do número de células na medula óssea, mas houve aumento do
número de células nas cavidades peritoneal, baço e linfonodos. Também foram
observados aumento da atividade dos macrófagos, aumentando assim a
capacidade fagocitária e produção de óxido nítrico, e o recrutamento celular
para os órgãos linfoides secundários, o que poderia explicar a atividade antitumoral do Chenopodium ambrosioides L.
Foi observado efeito anti-tumoral em ratos Swiss infectados com
células tumorais na almofada da pata esquerda (tumor sólido) ou na cavidade
peritoneal (tumor ascítico) com tumores de Ehrlich e tratados via intraperitoneal
com 5mg/kg de extrato hidroalcoólico de folhas de C. ambrosioides L. O efeito
anti-tumoral foi associado com a presença de flavonoides e terpenos no
extrato. O tratamento aumentou a sobrevivência de ratinhos portadores de
tumor e se mostrou bastante eficiente (NASCIMENTO et al, 2006).
O extrato etanólico de Chenopodium ambrosioides L. mostrou-se
eficiente na redução do edema em ratos Swiss, inibindo o fluxo celular de
neutrófilos em 53% e de leucócitos em 78%. Este extrato inibiu os mediadores
e a atividade enzimática funcionando como anti-inflamatório (GRASSI et al.,
2012).
Extratos metanólicos das folhas de C. ambrosioides L. administrados
via oral em ratos evidenciaram diminuição do edema e aumento da ação
analgésica tanto em situações agudas quanto crônicas evidenciando que o
ascaridol presente na planta possui a capacidade de reduzir estados
inflamatórios e dolorosos (IBIRONKE e AJIBOYE, 2007).
Camundongos Swiss fêmeas foram tratados via intraperitoneal com
ácido acético 1% (10 ml/kg) e tiveram suas contrações abdominais
quantificadas durante uma hora, posteriormente foram analisados o efeito do
extrato hidroalcoólico de Chenopodium ambrosioides L. como analgésico
nesses animais e concluíram que o extrato é capaz de reduzir as contrações
abdominais induzidas pelo ácido acético, efeito semelhante ao do antiinflamatório não esteroidal indometacina, sugerindo assim analgesia em
modelo não específico da dor. O extrato também foi capaz de alterar o perfil
celular da cavidade peritoneal, porém não aumentou a produção espontânea
ou estimulada por PMA de H2O2 (SOUSAa et al., 2012).
15
Em linhagens de células de linfócitos humanos foram observadas
efeitos genotóxico decorrentes da decocção e infusão do extrato da planta de
Chenopodium ambrosioides L. Foram observados aumento significativo na
porcentagem de células com aberrações cromossômicas e na frequência de
permutas nas cromátides irmãs, Observou-se também uma diminuição nos
índices mitóticos e não foram observadas alterações na cinética da proliferação
celular (GADANO et al., 2002).
Estudos in vitro realizados por (WEI et al., 2013) evidenciaram que o
C. ambrosioides L. possui ação bactericida contra o Helicobacter pylori
resistente a vários antibióticos.
16
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Brasil e o mundo possui uma rica flora medicinal, a qual é
praticamente desconhecida. As pesquisas com plantas medicinais abrangem
conhecimento científico e popular e são de extrema importância, pois em várias
regiões do mundo as plantas medicinais são o único recurso terapêutico da
população, e quando utilizadas de forma equivocada podem ocasionar
malefícios significativos à saúde populacional.
O Chenopodium ambrosioides L. (erva Santa Maria) é uma planta
amplamente distribuída no Brasil e no mundo e destaca-se pela ampla
utilização tradicional no tratamento de várias enfermidades populacionais e
animais. Esta planta possui alguns principais ativos como os terpenos
(ascaridol, p-cimeno, limoneno e mirceno) que podem ser utilizados na
medicina veterinária como anti-helmíntico, anti-fúngico, anti-tumoral e antiinflamatório. Porém sua atividade em outras áreas ainda é pouco conhecida,
requerendo mais estudos, visto que essa planta possui constituintes ativos
como os flavonoides e terpenos que podem atuar como antibacterianos e
hipotensores do sistema cardiovascular.
17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ALMANÇA, C. C. J., POZZATTI, P. N., CASAGRANDE, F. P., SILVA FILHO,
J. P., BISSI, B., BARBOSA, B. C., PORFÍRIO, L. C. Eficácia in vitro de
extratos de Chenopodium ambrosioides sobre teleóginas de Rhipicephalus
(Boophilus) microplus. Arquivo do Instituto Biológico, São Paulo. v.80,
n.1, p.43-49, 2013
2. ALMEIDA, M Z. Plantas Medicinais e ritualísticas. EDUFBA. Salvador, 2000.
3. ALMEIDA, M. A. Effects of aqueous extracts of Mentha piperita L. and
Chenopodium ambrosioides L. leaves in infective larvae cultures of
gastrointestinal nematodes of goats. Revista Brasileira de Parasitologia
Veterinária. v. 16, n. 1, p. 57-59, 2007.
4.
ASSOCIALÇÃO
BRASILEIRA
DAS
EMPRESAS
DO
SETOR
FITOTERÁPICO, SUPLEMENTO ALIMENTAR E PROMOÇÃO DA SAÚDE
(ABIFISA).
Disponível
em:
http://www.abifito.org.br/noticias_ver.asp?news=4258, acessado em: 30 de
set. de 2013.
5. BAUER, L., BRASIL, S. G. A. Essential oils of Chenopodium ambrosioides
and Schinus terebinthifolius from Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de
Farmacognosia. v. 54, p. 240-242, 1973.
6. BORBA, H. R., AMORIM, A. Ação anti-helmíntica de plantas XIV. Avaliação
da atividade de extratos aquosos de Chenopodium ambrosioides L. (erva de
Santa Maria em camundongos naturalmente infectados com Syphacia
obvelata e Aspiculuris tetráptera. Revista Brasileira de Parasitologia
Veterinária. v. 13, n. 4, p. 133-136, 2004.
7. CHEKEM, M. S. G., LUNGA, P. K., TAMOKOU, J. De D., KUIATE, J. R.,
TANE, P., VILAREM, G., CERNY, M. Antifungal Properties of Chenopodium
ambrosioides Essential Oil Against Candida Species. Pharmaceuticals. v. 3,
p. 2900-2909, 2010.
8. CRUZ, G. V. B.; PEREIRA, P. V.; PATRÍCIO, F. J.; COSTA, G. C.; SOUSA,
S. M.; FRAZÃO, J. B.; ARAGÃO-FILHO, W. C.; MACIEL, M. C.; SILVA, L. A.;
18
AMARAL, F. M.; BARROQUEIRO, E. S.; GUERRA, R. N.; NASCIMENTO, F.
R. Increase of cellular recruitment, phagocystosis ability and nitric oxide
production
induced
by
hydroalcoholic
extract
from
Chenopodium
ambrosioides leaves. Journal of Ethnopharmacology. v. 111, p. 148-154,
2007.
9. DUARTE, M.C.T. Atividade antimicrobiana de plantas medicinais e
aromáticas utilizadas no Brasil. Revista MultiCiência. n. 7, 2006.
10. EFFORT, T.; OLBRICH, A.; SAUERBREY, A.; ROSS, D. D.; GEBHART, E.;
NEUGEBAUER, M. Activity of ascaridol from the anthelmintic herb
Chenopodium anthelminticum L. against sensitive and multidrug-resistant
tumor cells. Anticancer Research. v. 22, p. 4221-4224, 2002.
11. EGUALE, T., GIDAY, M. In vitro anthelmintic activity of three medicinal
plants against Haemonchus contortus. International Journal of Green
Pharmacy. v. 3, n.1, p. 29-34, 2009.
12. ELDIN, S. D. A. Herbal Medicine in Primary Care. São Paulo: Manole,
2001.
13. ELOFF, J. N., McGAW, L. J. Methods for Evaluating Efficacy of
Ethnoveterinary Medicinal Plants. In: KATERERE, D. R.; LUSEBA, D.
Ethnoveterinary botanical medicine: herbal medicine for animal health.
CRC Press, 450p, 2010.
14. ESTRADA-CELY, G. E.; CASTAÑO-PIAMBA, D, S.; ARANGO, K. J. R.;
QUINTERO, J. A. R.; MONTILLA, L. A. G. Study of the effectiveness of paico
(Chenopodium ambrosioides) as na anthelmintic, in specimens kept in
captivity Home of Passage for Wildlife of the Amazonia University. Revista
CES Medicina Veterinaria y Zootecnia. v. 7, n. 2, p. 31-36, 2012.
15. FERRO, D. Fitoterapia: conceitos clínicos. São Paulo: Editora Atheneu,
502p, 2008.
16. GADANO, A., GURNI, A., LOPEZ, P., FERRARO, G., CARBALLO, M. In
vitro genotoxic evaluation of the medicinal plant Chenopodium ambrosioides
L. Journal of Ethnopharmacology. v. 81, p. 11-16, 2002.
19
17. GADANO, A. B.; GURNI, A. A.; CARBALLO, M. A. Argentine folk medicine:
Genotoxic
effects
of
Chenopodiaceae
family.
Journal
of
Ethnopharmacology. v. 103, p. 246-251, 2006.
18.
Global
Industry
Analysts
disponível
em:
http://www.strategyr.com/,
acessado em 31/09/13.
19. GRIIGS, B. Green Pharmacy. The History and Evolution of Western Herbal
Medicine. Healing Arts Presss, Rochester ,Vermont, 1996.
20. GRASSI, L. T., MALHEIROS, A., SILVA, C. M., BUSS, Z. S.,
MONGUILHOTT, E. D., FRÖDE, T. S., SILVA, K. A. B. S., SOUZA, M. M.
From popular use to pharmacological validation: A study of the antiinflammatory,
anti-nociceptive
and
healing
effects
of
Chenopodium
ambrosioides extract. Journal of Ethnopharmacology. v. 145, p. 127-138,
2013.
21. HELFAND, W.H.; COWEN, D.L. Pharmacy-an illustrated history. New
York: Harry N. Abrams, 1990.
22. IBIRONKE, G. F., AJIBOYE, K. I. Studies on the Anti-inflammatory and
Analgesic Properties of Chenopodium ambrosioides Leaf Extract In Rats.
International Journal of Pharmacology. v. 3, n. 11, p. 111-115, 2007.
23. JARDIM, C. M. Composition and antifungal activity of the essential oil of the
Brazilian Chenopodium ambrosioides L. Journal of Chemical Ecology. v.
34, p. 1213-1218, 2008.
24. KAMEL, E. G., EL-EMAM, M. A., MAHMOUD, S. S. M., FOUDA, F. M.,
BAYAUMY. Parasitological and biochemical parameters in Schistosoma
mansoni-infected mice treated with methanol extract from the plants
Chenopodium ambrosioides, Conyza dioscorides and Sesbania sesban.
Parasitology International. v. 60, p. 388-392, 2011.
25. KETZIS, J. K. Chenopodium ambrosioides and its essential oil as
treatments for Haemonchus contortus and mixed adult-nematode infections
in goats. Small Ruminant Research. v. 44, p. 193-200, 2002.
26. KISMAN, K. G. Plantas Infestantes e Nocivas. BASF Brasileira. São Paulo,
p. 608, 1991.
20
27. KIUCHI, F.; ITANO, Y.; UCHIYAMA, N.; HONDA, G.; TSUBOUCHI, A.;
NAKAJIMA-SHIMADA, J.; AOKI, T. Monoterpene Hydroperoxides with
Trypanocidal Activity from Chenopodium ambrosioides. Journal of Natural
Products. v. 65, p. 509-512, 2001.
28. KUMAR, R., MISHRA, A. K., DUBEY, N. K., TRIPATHI, Y. B. Evaluation of
Chenopodium ambrosioides oil as a potential source of antifungical,
antiaflatoxigenic and antioxidant activity. International Journal of Food
Microbiology. v. 115, p. 159-164, 2007.
29. MACDONALD, D. Ascaridole-less infusions of Chenopodium ambrosioides
contain a nematocide(s) that is (are) not toxic to mammalian smooth
muscle. Journal of Ethnopharmacology. v. 92, p. 215-221, 2004.
30. MACIEL, M. A. M.; PINTO, A. C.; VEIGA JR. V. F. Plantas medicinais: a
necessidade de estudos multidisciplinares. Quim. Nova. v. 25, p. 429-438,
2002.
31. MONZOTE, L., MONTALVO, A. M., SCULL, R., MIRANDA, M., ABREU, J.
Activity, toxicity and analysis of resistance of essential oil from Chenopodium
ambrosioides after intraperitoneal, oral and intralesional administration in
BALB/c mice infected with Leishmania amazonensis: A preliminary study.
Biomedicine & Pharmacotherapy. v. 61, p. 148-153, 2007.
32. MONZOTE, L., STAMBERG, W., STANIEK, K., GILLE, L. Toxic effects of
carvacrol, caryophyllene oxide, and ascaridole from essential oil of
Chenopodium ambrosioides on mitochondria. Toxicology and Applied
Pharmacology. v. 240, p. 337-347, 2009.
33. NASCIMENTO, F. R. F., CRUZ, G. V. B., PEREIRA, P. V. S., MACIEL, M.
C. G., SILVA, L. A., AZEVEDO, A. P. S., BARROQUEIRO, E. S. B.,
GUERRA, R. N. M. Ascitic and solid Ehrlich tumor inhibition by Chenopodium
ambrosioides L. treatment. Life Sciences. v. 78, p. 2650-2653, 2006.
34. NEERU, J.; SARWAR-ALAM, M.; KAMIL, M.; ILYAS, M.; NIWA, M. SAKAE,
A.
Two
flavonol
glycosides
from
Chenopodium
Phytochemistry. v. 29, n. 12, p. 3988-3991, 1990.
ambrosioides.
21
35. OKUYAMA, E. Ascaridole as a pharmacologically active principle of “Paico”,
a medicinal Peruvian plant. Chemical & Pharmaceutical Bulletin. v. 41, p.
1309-1311, 1993.
36. PASCAL, T. J. Essential oil of Chenopodium ambrosioides. Revista Italiana
Essenze. v. 62, p. 123-125, 1980.
37. PATRÍCIO, F. J. Efficacy of the intralesional treatment with Chenopodium
ambrosioides in the murine infection by Leishmania amazonensis. Journal
of Ethnopharmacology. v. 115, n. 2, p. 313-319, 2008.
38. PEREIRA, W. S., RIBEIRO, B. P., SOUSA, A. I. P., SERRA, I. C. P. B.,
MATTAR, N. S., FORTES, T. S., REIS, A. S., SILVA, L. A., BARROQUEIRO,
E. S. B., GUERRA, R. N. M., NASCIMENTO, F. R. F. Evaluation of the
subchronic toxicity of oral treatment with Chenopodium ambrosioides in mice.
Journal of Ethnopharmacology. v. 127, p. 602-605, 2010.
39. PEREZGROVAS, R. PARRY, A.; PERALTA, M.; ZARAGOZA, L. Chiapas
sheep wool production and animal health in a unique sheep breed. New
Zeland Society of Animal Production. v. 54, p. 177-180, 1994.
40. POLLACK, K. C.; SEGAL, R.; GOLENSER, J. The effects of ascaridol on
the in vitro development of Plasmodium falciparum. Parasitoloty Research.
v. 76, p. 570-572, 1990.
41. REIS, M., TRINCAA, A., FERREIRA, M. J. U., MONSALVE-PUELLOC, A.
R., GRÁCIOA, M. A. A. Toxocara canis: potential activity of natural products
against second-stage larvae in vitro and in vivo. Experimental Parasitology.
v. 126, p. 191-197, 2010.
42. SIMÕES, C. M. O. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5. ed.
Porto Alegre: UFRGS, 2003.
43. a)SOUSA, L. H. A. RIOS, C. E. P., ASSUNÇÃO, C. E. P., FIALHO, E. M. S.,
COSTA, G. C., NASCIMENTO, F. R. F. AVALIAÇÃO DA AÇÃO
ANALGÉSICA DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE
Chenopodium
ambrosioides L. EM ENSAIOS PRÉ-CLINICOS. Revista Ciência Saúde. v.
14, n. 1, p. 73-82, 2012.
22
44. b) SOUSA, Z. L., OLIVEIRA, F. F., CONCEIÇÃO, A. O., SILVA, L. A. M.,
ROSSI, M. H., SANTOS, J. S., ANDRIOLI, J. L. Biological activities of
extracts from Chenopodium ambrosioides Lineu and Kielmeyera neglecta
saddi. Annals of clinical Microbiology and antimicrobials. v. 11, n. 20, p.
1-7, 2012.
45.VALE, N.B. A farmacobotânica, ainda tem lugar na moderna anestesiologia?
Revista Brasileira de Anestesiologia. v. 52, n. 3, p. 368-380, 2002.
46. VEIGA JÚNIOR, V. F.; MELLO, J. C. P. As monografias sobre as plantas
medicinais. Brazilian Journal of Pharmacognosy. v. 18, n. 3, p. 464-471,
2008.
47.WEI, L., YU, L., XUE-ZHI, Z., NING, L., HONG, C. In vitro bactericidal
activity of Jinghua Weikang capsule and its individual herb Chenopodium
ambrosioides L. against antibiotic-resistant Helicobacter Pylori. Chin J.
Integr. Med. v. 19, n. 1, p. 54-57, 2013.
48. WINSOR, M. P. Cain on Linnaeus: The Scientst-Historian as Unanalysed
Enitity. Studies in History and Philosophy of Biology and biomedical
Sciences. v. 32, n. 2, p. 239-254, 2001.
49. ZHU, W. X.; ZHAO, K.; CHU, S. S.; LIU, Z, L. Evalution of essential oil and
its three main active ingredientes of chinese Chenopodium ambrosioides
(Family: Chenopodiaceae) against germânica. Journal Arthopod-Borne
Disease. v. 6, n. 2, p. 90-97, 2012.
Download