Física Geral I - F -128 Aula 9 Sistemas de partículas 20 semestre, 2012 Sistema de 2 partículas: centro de massa • Considere duas partículas de massas m1 e m2 em uma dimensão: 2 F1(ext) F2(ext) ⎧ d x1 ( ext ) m = F + F 12 1 ⎪⎪ 1 dt 2 ⎨ 2 d x2 ( ext ) ⎪m = F + F 21 2 ⎪⎩ 2 dt 2 Aqui, distinguimos forças internas (F12 e F21) de forças externas (F1(ext) e F2(ext)). Somando-se as equações termo a termo: d 2 x1 d 2 x2 m1 2 +m2 2 =F12 + F21 + F1( ext ) + F2( ext ) dt dt d 2 x1 d 2 x2 ( ext ) ( ext ) (pois F12= - F21) ⇒m1 2 +m2 2 =F1 + F2 =∑F ( ext ) dt dt (ext ) F ∑ é a força externa resultante. As forças internas se cancelam. F128 – 1o Semestre de 2012 2 Sistema de 2 partículas: centro de massa d 2 x1 d 2 x2 d 2 (m1 x1 +m2 x2 ) ( ext ) ( ext ) m1 2 +m2 2 =∑F ⇒ = F ∑ dt dt dt 2 d 2 xCM m1 x1 + m2 x2 ( ext ) Então: ∑F =M 2 = MaCM Definimos: xCM = dt m1 + m2 onde M=m1+m2 é a massa total do sistema. O sistema se comporta como se toda massa estivesse concentrada no ponto xCM (centro de massa) e a força externa agisse sobre ele.. xCM F12 F 21 F2(ext) F1(ext) ∑F (ext) M 2 d xCM ( ext ) a Lei de Newton para um sistema de 2 partículas) (2 F = M ∑ dt 2 dx CM ( ext ) F =0 ⇒ = vCM = cte. Em particular, se dt ∑ F128 – 1o Semestre de 2012 3 Cálculo do centro de massa xCM Exemplos: (a) m1 = m2 ⇒ xCM m1 x1 + m2 x2 = m1 + m2 x1 + x2 = 2 x1 x2 x xCM x2 (b) m1 >> m2 ⇒ xCM ≈ x1 x xCM (c) Em geral, o centro de massa é um ponto intermediário entre x1 e x2: x1 < xCM < x2 2/3 m x=0 F128 – 1o Semestre de 2012 1/3 xCM x 2m x=L xCM = m × 0 + 2m × L 2 = L 3m 3 4 Q1: CM sistema Terra-Sol A quantos quilômetros do centro do Sol encontra-se o CM do sistema Terra-Sol? Dados: MSol=2×1030 kg, MTerra= 6×1024 kg, d=1.5x108km " 450 " 0 F128 – 1o Semestre de 2012 5 Generalização para N partículas: ⎧ 2 ⎪m d x1 = F + F ++ F ( ext ) 12 13 1 ⎪ 1 dt 2 2 ⎪ ⎪ d x2 ( ext ) = F + F + + F ⎨m 2 21 23 2 2 dt ⎪ ⎪ 2 ⎪m d x N = F + F ++ F ( ext ) N N1 N2 N ⎪ dt 2 ⎩ Somando-se as equações, as forças internas se cancelam aos pares: d 2 xN d 2 x1 d 2 x2 ( ext ) ( ext ) ( ext ) ( ext ) ⇒m1 2 +m2 2 ++mN = F + F + + F = F ∑ 1 2 N dt dt dt 2 xCM ∑F ( ext ) m x + m2 x2 + + mN xN 1 = 1 1 = m1 + m2 + + mN M d 2 (m1 x1 +m2 x2 ++mN x N ) = dt 2 F128 – 1o Semestre de 2012 ⇒ N ∑m x ∑F i =1 ( ext ) i i d 2 xCM =M dt 2 6 Generalização para 3 dimensões: xCM yCM zCM ⎫ mi xi ⎪ ∑ i =1 ⎪ ⎪⎪ 1 m1 y1 + m2 y2 + + mN y N 1 N ⇒ r = = = m y CM ∑ i i⎬ m1 + m2 + + mN M i =1 M ⎪ ⎪ m1 z1 + m2 z2 + + mN z N 1 N = = mi zi ⎪ ∑ ⎪⎭ m1 + m2 + + mN M i =1 m1 x1 + m2 x2 + + mN xN 1 = = m1 + m2 + + mN M N N ∑m r i =1 i i 2 2 2 ( ext ) d rN d r1 d r2 F = m + m + + m = M a ∑ 1 2 N CM dt 2 dt 2 dt 2 ( ext ) ∑F =M aCM F128 – 1o Semestre de 2012 (esta é a 2ª lei de Newton para um sistema de partículas: o sistema responde à resultante das forças externas como se a massa total M estivesse toda concentrada no centro de massa) 7 2a Lei de Newton para um sistema de partículas: O movimento dos sistemas acima é muito complicado, mas o centro de massa descreve uma parábola, como uma partícula. F128 – 1o Semestre de 2012 8 2ª Lei de Newton para um sistema de partículas: O movimento dos sistemas acima é muito complicado, mas o centro de massa (meio do taco) descreve uma parábola, como uma partícula. F128 – 1o Semestre de 2012 9 2ª Lei de Newton para um sistema de partículas: O movimento dos sistemas acima é muito complicado, mas o centro de massa (meio do taco) descreve uma parábola, como uma partícula. F128 – 1o Semestre de 2012 10 Exemplo: sistema de 3 partículas Calcule a posição do centro de massa do sistema abaixo. m1 = 1 kg x1 = 0 m y1 = 0 m m2 = 2 kg x2 = 0 m y2 = 3 m m3 = 4 kg x3 = 4 m y3 = 0 m 0×1+ 0× 2 + 4× 4 m = 2,3 m 1+ 2 + 4 0×1+ 3× 2 + 0× 4 = m = 0,9 m 1+ 2 + 4 x CM = yCM F128 – 1o Semestre de 2012 11 Centro de massa de corpos contínuos uniformes Se um corpo consiste de uma distribuição contínua de massa, podemos dividilo em porções infinitesimais de massa dm e a soma transforma-se numa integral: xCM 1 = M N 1 mi xi → xdm ∑ ∫ M i =1 yCM 1 → M ∫ ydm zCM 1 → zdm ∫ M A massa infinitesimal dm pode pertencer a um fio, uma superfície ou um volume: λ dl λ : densidade linear de massa σ dA dm = σ : densidade superficial de massa ρ dV ρ : densidade volumétrica de massa Se o corpo (volume) tiver densidade uniforme: dm = ρ dV = 1 xCM = ∫ xdV ; V 1 yCM = ∫ ydV ; V 1 z CM = ∫ zdV V M dV : V Normalmente, não precisamos calcular estas integrais triplas! F128 – 1o Semestre de 2012 12 Centro de massa e simetrias Se um corpo possui um ponto, uma linha ou um plano de simetria, o CM situa-se nesse ponto, linha ou plano. Centro de simetria Linhas de simetria CM CM Planos de simetria Ø Note que para que um ponto, linha ou plano seja de simetria, é preciso que, para cada elemento de massa, exista um outro elemento igual na posição simétrica em relação ao ponto, linha ou plano. (confira isso para os elementos de simetria das figuras desta página) F128 – 1o Semestre de 2012 13 Posição do Centro de Massa Nota: o centro de massa de um corpo não é necessariamente um ponto do corpo! Exemplos: donut, ferradura, corpo humano. CM de um atleta de salto em altura pode passar abaixo do sarrafo! F128 – 1o Semestre de 2012 14 Exercício Um disco metálico de raio 2R tem um orifício de raio R, como mostra a figura. Localize as coordenadas do centro de massa do disco, sabendo-se que sua massa está uniformemente distribuída com densidade superficial σ . O disco com orifício pode ser pensado como uma superposição de dois discos: um com massa y M = σ π (2R ) e outro com massa m = − σ π R 2 2 Então, tomando como origem o centro do disco de raio 2R: 2R • R xCM CM x M .0 + m ( − R ) σ π R3 R = = = M +m σ π (2 R ) 2 −σ π R 2 3 Obviamente, por simetria, yCM = 0. F128 – 1o Semestre de 2012 15 Momento linear O momento linear (ou quantidade de movimento) de uma partícula é uma quantidade vetorial definida como: p =mv dv d p a A 2 lei de Newton pode ser escrita como: F =m = dt dt O momento linear de um sistema de N partículas é a soma vetorial dos momentos lineares individuais: P = p1 + p2 +....+ pN = m1v1 ++mN v N Derivando em relação ao tempo a expressão do centro de massa: N 1 N rCM = ∑mi ri ⇒ ∑mi vi = P = M vCM M i =1 i =1 Derivando novamente e usando a 2a lei de Newton para um sistema de partículas: dP M aCM =∑ F ( ext ) = dt F128 – 1o Semestre de 2012 16 Conservação de momento linear Uma conseqüência imediata da 2a lei de Newton para um sistema de partículas é a conservação do momento linear total do sistema na ausência de forças externas: ( ext ) ∑ F = 0 ⇒ P= cte. Assim como no caso da conservação da energia mecânica, essa lei pode ser muito útil para resolver problemas, sem ter que lidar com a dinâmica detalhada do sistema. Note que a única condição para a conservação do momento linear total é a ausência de forças externas. Não há nenhuma restrição quanto à presença de forças dissipativas, desde que elas sejam internas. Por outro lado, forças internas não podem mudar o momento linear total do sistema! F128 – 1o Semestre de 2012 17 Q2: Barco a ventilador Um físico tenta impulsionar um barco a vela ligando um ventilador a pilha direcionado à vela do barco (o físico está dentro do barco). Assinale a alternativa correta A. O sistema não funcionará, pois todas as forças são internas, e portanto aCM=0. B. O sistema funcionará (porém com baixa eficiência) devido ao consumo de energia química do ventilador, que por conservação de energia se converte em energia cinética do barco. [Default] [MC Any] [MC All] F128 – 1o Semestre de 2012 18 Física Nuclear Nesta figura, um neutrino (ν) colide com um próton (p) estacionário. O neutrino se transforma num múon (µ-) e há a criação de um píon (π+). O neutrino, por ser neutro, não deixa rastro na câmara de bolhas. Observe que não haveria conservação de momento linear, se não houvesse uma partícula neutra colidindo pela direita. (p + ν à p + µ- + π+) F128 – 1o Semestre de 2012 19 Exemplo: vCM = constante Dois patinadores no gelo (sem atrito com o chão) encontram-se inicialmente a uma distância de 12 m. Eles puxam as extremidades de uma corda até se encontrarem. Em que ponto eles se encontram? O resultado depende das forças exercidas por eles? Só há forças internas ao sistema o centro de massa tem velocidade constante. m = 80 kg xCM m = 60 kg Os patinadores se encontrarão a 5,1 m 0 × 80 + 12 × 60 da posição inicial do patinador da = m = 5,1 m ⇒ 80 + 60 esquerda. Não importam as forças exercidas por eles (internas). F128 – 1o Semestre de 2012 20 Momento de um sistema de partículas no RCM Se vCM= constante, um referencial amarrado ao centro de massa (CM) é um referencial inercial, chamado referencial do centro de massa (RCM). Ele tem interesse físico, pois dado um sistema de partículas, ele está naturalmente definido, não dependendo da escolha que se faça para o referencial. Vimos: 1 N vCM = ∑mi vi M i =1 v Como CM = 0 no RCM ⇒ ∑mi vi = P = M vCM N i =1 ⇒ P = 0 no RCM. Ou seja, no RCM o momento total de um sistema de partículas é nulo, quer o sistema seja isolado ou não. Vantagem: o RCM é o referencial de menor energia cinética do sistema. De fato, para um sistema de duas partículas: v1 =V1 + vCM ; v2 =V2 + vCM , onde V1 e V2 são as velocidades das partículas 1 e 2 em relação ao CM. F128 – 1o Semestre de 2012 21 Momento de um sistema de partículas no RCM É claro que: m1V1 + m2V2 = 0 Então, considerando a energia cinética: 1 1 2 2 K = m1 v1 + m2 v2 = 2 2 1 1 = m1 (V1 +vCM ) 2 + m2 (V2 +vCM ) 2 = 2 2 1 1 2 1 2 2 = m1V1 + m2V2 + (m1 +m2 ) vCM + ( m1V1 + m2V2 ) vCM 2 2 2 (K)RCM KCM =0 O primeiro termo é a energia cinética do sistema no referencial do CM e o segundo é a energia associada ao movimento do CM. No referencial do CM, esta parcela é nula. F128 – 1o Semestre de 2012 22 Exemplo Um canhão de massa M = 100 kg dispara uma bala de massa m = 1,0 kg com velocidade de 300 m/s em relação ao canhão. Imediatamente após o disparo, quais são a velocidade da bala e do recuo do canhão? Ø Tanto inicialmente como imediatamente após a explosão, o momento linear total do sistema é nulo, pois as forças que atuam durante a explosão são todas forças internas. Os módulos das velocidades estão assim relacionados: Ø Note que v rel = v 0 −V0 V0 v rel MV0 = mv0 vrel = v0 + V0 v0 m ⎧ v rel =2,97 m/s ⎪V0 = Resolvendo o sistema de equações, encontramos: ⎨ m+ M ⎪ ⎩v0 =v rel −V0 ≅ 297 m/s O movimento de recuo do canhão sugere um método de propulsão! F128 – 1o Semestre de 2012 23 Trabalho das forças externas e internas Vimos que as forças internas não contribuem para a variação do momento total de um sistema de partículas. E contribuem para a energia? int ext Para a partícula i : ( ΔK ) i =∫ F ⋅ dsi + ∫ f ⋅ dsi Para o sistema todo, a variação da energia cinética é a soma do trabalho total das forças externas e do trabalho total das forças internas. O trabalho total das forças internas pode não ser nulo. Exemplos: a) Patinadora Considere a situação ao lado, em que uma patinadora empurra um corrimão (com uma força F ) e adquire energia cinética no processo. Nessa situação, a força F acelera o CM da patinadora, mas não realiza trabalho. A patinadora gasta energia (muscular), que se transforma em energia cinética. Há apenas transferência de energia entre partes internas do sistema. F128 – 1o Semestre de 2012 24 Trabalho das forças externas e internas b) Propulsão de um carro: a força externa F que acelera o CM do carro é a soma das quatro forças de atrito estático (só duas mostradas). Porém, ela não transfere energia cinética para o carro, pois não realiza trabalho; o aumento da energia cinética se deve à transferência de energia interna armazenada no combustível. Durante a freada de um carro sem derrapar, o atrito com o solo é também estático, portanto não realiza trabalho. É o trabalho do atrito interno (rodas-freio) que “dissipa” a energia cinética do veículo. No entanto: Fatr = M aCM F128 – 1o Semestre de 2012 25 Q3: Forças Internas Qual a única alternativa verdadeira, na ausência de forças externas: A. Forças internas podem mudar a energia cinética do sistema, mesmo sem realizar trabalho. Momento linear é sempre conservado. B. Forças internas podem mudar a energia cinética do sistema, mas neste caso o momento linear não se conserva, pois trabalho foi realizado. C. Forças internas nunca mudam a energia cinética do sistema. O momento linear é sempre conservado. [Default] [MC Any] [MC All] F128 – 1o Semestre de 2012 26 Sistemas de massa variável (propulsão de foguetes, etc) Um foguete com velocidade instantânea v e massa instantânea M ejeta produtos de exaustão com massa dM e velocidade U. Depois de um tempo dt, o foguete tem massa M-dM e velocidade v+dv. Todas as velocidades são medidas no referencial inercial da Terra. Antes Depois dM M - dM x Como o sistema (foguete + produtos de exaustão) é fechado e isolado, aplicamos a conservação do momento linear: Pi = Pf Antes: Pi =M v Depois: Pf = (M − dM ) (v + dv ) + dM U ⇒ Mdv = (v + dv − U ) dM F128 – 1o Semestre de 2012 (1) 27 Propulsão de foguetes Introduzindo a velocidade v rel dos produtos de exaustão em relação ao foguete (é essa quantidade que é controlada, pois está ligada ao processo de combustão): vrel = U − (v + dv ) ⎯em ⎯termos ⎯⎯ ⎯⎯ ⎯→ dos módulos v + dv v rel U U = − vrel + (v + dv ) (é claro que a velocidade relativa v rel aponta na direção de x negativo, daí o sinal) Então, reescrevendo (1): Mdv = dM vrel (Equação fundamental da propulsão de foguetes) Compare com o resultado anterior do canhão (V0 = dv ; m = dM): V0 = F128 – 1o Semestre de 2012 m vrel ⎯M⎯>>⎯ → MV0 = mvrel m m+M 28 Propulsão de foguetes dv dM M = v rel = R vrel , dt dt Mdv = dM vrel onde dM = R é a taxa de consumo de massa de combustível dt Reescrevendo: Rvrel = Ma , donde se nota que o empuxo Rvrel tem o mesmo efeito de uma força resultante! Entretanto, mesmo que Rvrel seja constante o movimento do foguete não é uniformemente acelerado, pois a massa é variável: dM dv = vrel ⇒ M vf ∫ dv vi Mf = vrel ∫ Mi dM M ⎛ Mi ⇒ v f − vi = Δv = vrel ln ⎜ ⎜M ⎝ f ⎞ ⎟ ⎟ ⎠ onde corrigiu-se o sinal de dM para considerarmos a variação de massa do foguete, e não do combustível ejetado. F128 – 1o Semestre de 2012 29 Propulsão de foguetes: M (t ) = M i + Rt ⇒ v (t ) = v + v ln ⎛⎜ M i + Rt ⎞⎟ 0 rel ⎜ ⎟ ⎝ Mi ⎠ A curva v(t) não é linear por causa da perda de massa. Para alguns combustíveis: • Querosene e oxigênio líquido (programa Apolo): vrel » 10.000 km/h • Hidrogênio líquido e oxigênio líquido (ônibus espacial): vrel » 11.500 km/h • Valores no vácuo: 10-20% maiores • Considerações de estabilidade limitam Mi/Mf »10 Þ Dv » 2,3 vrel <30.000 km/h • Mas, vescape » 40.000 km/h !!!!!!! Þ O que fazer?? F128 – 1o Semestre de 2012 30 Foguetes multi-estágios: Ø Ao final de um estágio de aceleração, descarta-se a carcaça do estágio anterior (tanques de combustíveis, motores...) Por que isso é vantajoso? ⎛ M0 ⎞ ⎟⎟ Primeiro estágio : M 0 → M 1 ⇒ Δv1 = vrel ln⎜⎜ ⎝ M1 ⎠ Segundo estágio : descarte de massa δ ⎛ M1 − δ M 1 − δ → M 2 − δ ⇒ Δv2 = vrel ln⎜⎜ ⎝ M2 −δ ⎞ ⎟⎟ ⎠ Aceleração total com descarte da carcaça: Δvdesc ⎛ M 0 M1 − δ ⎞ ⎟⎟ = Δv1 + Δv2 = vrel ln⎜⎜ ⎝ M1 M 2 − δ ⎠ Foguetes multi-estágios Aceleração total com descarte da carcaça: Δvdesc ⎛ M 0 M1 − δ ⎞ ⎟⎟ = Δv1 + Δv2 = vrel ln⎜⎜ ⎝ M1 M 2 − δ ⎠ Aceleração total sem descarte da carcaça: Δvsem Comparando: (mostre isso!) ⎛ M 0 M1 ⎞ ⎛ M0 ⎞ ⎟⎟ = vrel ln⎜⎜ ⎟⎟ = Δv1 + Δv2 = vrel ln⎜⎜ ⎝ M1 M 2 ⎠ ⎝ M2 ⎠ M1 M1 − δ M1 >1⇒ > M2 M2 −δ M2 ⇒ Δvdesc > Δvsem Ø Quanto maior a carcaça d descartada maior o ganho no descarte! Dados do sistema Saturno V-Apolo (viagens à Lua) δ Mtotal=2,734 x 106 kg ⎛ 2.734.000 ⎞ Δv1 = ln⎜ ⎟9.720 km/h 734 . 000 ⎝ ⎠ ≈ 12.800 km/h E1 ≈ 3,9 ×10 6 kgf vácuo ⎛ 594.000 ⎞ Δv2 = 1,2 × ln⎜ ⎟11.520 km/h 174 . 000 ⎝ ⎠ ≈ 17.000 km/h vácuo E2 ≈ 4,4 ×10 5 kgf ⎛ 138.000 ⎞ Δv3 = 1,2 × ln⎜ ⎟11.520 km/h ⎝ 33.000 ⎠ ≈ 20.000 km/h M Empuxo = comb vrel tign ⎛M ⎞ Δv = vrel ln⎜ i ⎟ ⎜M ⎟ ⎝ f⎠ • Quer. e O2 vrel»9.720 km/h • H2 e O2: vrel»11.520 km/h • Vácuo: 10-20% maiores E3 ≈ 86,4 ×10 3 kgf