RELATÓRIO FINAL VIVÊNCIAS VERSUS OESTE CATARINENSE

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RELATÓRIO FINAL VIVÊNCIAS VERSUS OESTE CATARINENSE 2016
GRUPO 4 – REDE DE ATENÇÃO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS
Durante os dias 12 de fevereiro ao dia 18 de fevereiro, realizamos total imersão
no projeto Ver-SUS. Inicialmente nos dias 12, 13 e 14 realizamos uma breve
capacitação onde os temas abordados foram: redes de atenção à saúde, legislação do
Sistema Único de Saúde, movimentos sociais e sobre o E-SUS. Foram dias produtivos
onde realizamos rodas de conversa, criação de cartazes e apresentações de formas
dinâmicas para melhor aprendizado junto com convidados que já estavam inseridos nos
tópicos acima citados.
No sábado à noite foi dividido o grande grupo em grupos menores, compostos
por 6 membros sendo 1 facilitador e 5 viventes. Cada equipe ficou com uma temática
norteadora sendo a nossa Rede de Atenção em Doenças Crônicas, onde as visitas em
cada ambiente estavam relacionadas com a mesma. A partir da segunda-feira, iniciaramse as vivencias. As visitas foram realizadas nos segundos lugares: Unidade Básica de
Saúde (UBS) centro de saúde da família Jardim América; Conselho Municipal de Saúde
de Chapeco; Ambulatório de Lesões de pele; Lar dos Idosos de Xanxêre; Clínica Renal
do Oeste; Cidade do Idoso; Centro de Referência em Saúde Municipal (CRESM).
Todos os locais que visitamos fomos muito bem recebidos, os respectivos
coordenadores dos locais os apresentaram de forma bem elaborada e conseguimos todas
as informações necessárias como também discutir e retirar todas nossas dúvidas. Com
essas vivências conseguimos visualizar todo apoio que é a rede de atenção às doenças
crônicas, podemos também presenciar algumas falhas durante as vivências e juntos
discutirmos as melhores soluções. Foram momentos de muito aprendizado e troca de
informações, o grupo foi composto por alunos de Enfermagem, Fisioterapia, Educação
física e Psicologia, a discussão toda foi realizada como uma equipe multiprofissional,
assim podemos ver de diferentes lados as necessidades e potencialidades de cada local
vivenciado.
Dentro de nossas vivências e discussões em grupos levantamos as seguintes
potencialidades e fragilidades dos locais visitados, como:

Serviço Especializado e de boa cobertura;

Continuidade do Cuidado/tratamento;

Pró atividade dos profissionais;

Equipe multiprofissional;

Cuidado integral ao usuário;

Comunicação entre as equipes/setores/comunidade;

Referência e contra-referência;

Acessibilidade (Deslocamento dos usuários)

Apoio municipal;

Humanização;

Relação profissional/paciente.

Tecnologias;

Convênios entre Rede Pública e clínicas particulares;

Conhecimento Amplo;
Sendo as fragilidades:

Falta de Comunicação entre comunidade e UBS;

Difícil acesso para consultas emergenciais na UBS;

Falta de Continuidade nas campanhas realizadas nas UBS;

Descontinuidade no Cuidado Integral ao Usuário;

Carência no quadro de profissionais;

Falha na Referência e Contra-Referência;

Falha no suporte multiprofissional voltado para as famílias e não só o usuário.
Diante das vivências realizadas e as observações de potencialidades e fragilidades,
observou-se que a rede como um todo é uma construção em que todos que devem
trabalhar em sintonia, onde cada profissional tem a sua singularidade e importância para
juntos realizarem um trabalho multiprofissional na continuidade da assistência de forma
integral e universal. Ainda podemos ressaltar que em caso de falha, ou má
funcionamento em qualquer parte do processo da rede de atenção às doenças crônicas,
pode vir a prejudicar todo o conjunto da rede como um todo.
Pude perceber também, que na minha área sendo a da Enfermagem é a principal
relacionada ao cuidado do paciente, fiquei muito feliz em conversar e poder conhecer
enfermeiras coordenadoras de quase todos os serviços visitados, pude perceber também,
a importância dessa liderança para o bom funcionamento da assistência ao paciente.
Fiquei muito feliz em ver a autonomia que muitas delas conseguiram, podendo realizar
e ir atrás dos melhores tratamentos para esses pacientes.
Percebi também que para a enfermeira poder desempenhar seu papel, ela precisa de
uma equipe multiprofissional junto, onde ela pode estabelecer a melhor assistência
integral a esses pacientes. A maioria das fragilidades que percebi foi na atenção
primária, onde deveria ser à base de toda rede infelizmente não acontece a cobertura
necessária, a UBS tem que conseguir fazer toda prevenção e promoção da saúde dos
usuários, e acontece uma falha nesse andamento. Fazendo o usuário procurar um
serviço de maior complexidade para resolver seu problema. Quando falamos de doenças
crônicas pensamos em hipertensão, diabetes, insuficiência renal crônica, feridas
crônicas, etc. Só que nos esquecemos de um grande detalhe, todas essas doenças antes
de serem crônicas tiveram uma fase aguda, e essa fase aguda deveria ter ocorrido à
prevenção dela. Infelizmente a maioria das doenças crônicas existe devido a uma falha
na atenção básica desse paciente. E a atenção básica infelizmente ainda não consegue
realizar toda essa cobertura.
Diante de todas as falhas encontradas, discutimos em grupo possiveis solucões que
seriam: capacitação dos profissionais, sendo enfermeiros, médicos, técnicos de
enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, educador físico, bem como também os
agentes de saúde frizando a importancia do vinculo UBS e comunidade; A realização de
campanhas de prevenção e promoção da saúde durante o ano todo, não somento quando
o ministerio da saúde solicita, um exemplo seria outubro rosa e novembro azul. Maior
abrangencia e preparo dos profisionais na realização de consultas para clinico geral,
especialistas e consulta de enfermagem também. Realização e acompanhamento da
Referência e contra-referência; Maior vínculo entre UBS – usuários; Melhoria da
comunicação entre a UBS- usuário e á partir desse vinculo realizar um cuidado integral
do paciente, visualizando ele como um todo e sua familia incluída, bem como conhecer
as suas necessidades a fim de ter resolutibilidade e acompanhamento em todo seu
tratamento.
Sendo assim, finalizo informando que nesses sete dias de vivências me apaixonei
pelo SUS, apesar de ter encontrado algumas fragilidades, eu pude perceber que o SUS
realiza na maioria das vezes toda resolutibilidade e cuidado integral desses usuários.
Fiquei muito feliz em ter a oportunidade dessas experiências e de levar mais essa
bagagem na minha vida acadêmica. Minha visão no SUS mudou, e a palavra que
descrevem esses sete dias para mim é: GRATIDÃO. Obrigada VER-SUS.
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