Simulado da prova trimestral

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TEXTO I – Resumo da história de Penélope e Ulisses
Na mitologia grega, Penélope é a esposa de Ulisses. Era filha de Icaro e sua esposa Periboea.
Ela aguarda por Ulisses durante todo o seu retorno da Guerra de Tróia, narrado na Odisseia, de
Homero. Enquanto Ulisses guerreava em altos mares, o pai de Penélope sugeriu que sua filha se
casasse novamente. Ela, uma mulher apaixonada e fiel ao seu marido, decidiu que o esperaria
até a sua volta. Perante a insistência de seu pai, para não desagradá-lo, Penélope resolveu
aceitar a corte dos pretendentes à sua mão, mas com uma condição: casaria somente após
terminar de tecer uma colcha. Colcha esta tecida em tricô, para que a noite o destrabalho
rendesse. E assim fez: de manhã aos olhos de todos, Penélope tecia a colcha, de noite ela a
desmanchava. E foi assim até uma de suas servas descobrir a mentira e contar toda a verdade.
Ela então teve outra ideia e fez a proposta para seu pai e para seus pretendentes que o homem
que conseguisse atirar uma flecha com o arco que Ulisses tendeu, poderia se casar com ela, e foi
assim que nenhum pretendente conseguiu. Até o dia em que um mendigo pediu para tentar atirar
e conseguiu. Na mesma hora, Penélope reconheceu seu amado marido Ulisses. Penélope só
teve um filho chamado Telêmaco, filho de Ulisses.
TEXTO II – Trecho adaptado de Odisseia
“As lágrimas corriam dos olhos de Penélope, que disse assim ao poeta:
— Fêmio, conhece muitos outros temas que encantam os homens, façanhas de homens e
deuses. Cante agora uma dessas histórias, enquanto está aí sentado; e que os pretendentes em
silêncio bebam seu vinho. Mas pare já esse canto tão triste, que me despedaça o coração no
peito. Pois me vem sempre à memória a saudade daquele rosto, a saudade de meu marido…
Mas Telêmaco, pela primeira vez na vida, criticou a mãe. E disse-lhe com voz de homem:
— Minha mãe, por que razão leva a mal que o poeta nos deleite com sua inspiração? Os poetas
não têm culpa! Foi Zeus que estabeleceu para os homens o destino que quis. Não é justo
levarmos a mal que ele cante a desgraça dos gregos. Ulisses não foi o único que não regressou
de Troia. Também lá morreram muitos outros. O melhor é que volte para seus aposentos. Lá,
com suas criadas, você vai se entreter com seus trabalhos, com o tear e com a roca. Pois falar
compete aos homens, a mim sobretudo: sou eu quem manda nesta casa!
Penélope, espantada, regressou para sua sala e remoeu no espírito as palavras do filho.
Percebeu que, de um momento para o outro, ele deixara de ser uma criança. Lá em cima, em
seus aposentos, chorou Ulisses, o marido amado, até que a deusa Atena teve pena dela e a
adormeceu com um sono suave.”
Depois de ler os dois textos dados, responda ao que se pede:
1) Indique uma característica que demonstre que o texto II narra uma história mítica. (0,25)
2) Por que Telêmaco critica a mãe? (0,5)
3) O texto II faz referência a que parte do texto I? (0,5)
4) Responda:
a)Retire do texto II um trecho que demonstre qual era a visão que a sociedade tinha sobre as
mulheres gregas da época. (0,25)
b) Por que Penélope criou suas artimanhas? (0,5)
c) Explique, dentro do contexto da mitologia e dentro do contexto da Odisseia, o que Telêmaco
quis dizer com “Os poetas não têm culpa!” (0,5)
d) Para Telêmaco, o poeta (0,25)
a) ridicularizou seu pai.
b) homenageou seu pai.
c) estava distraindo seus convidados.
d) desrespeitou os gregos
e) Na mitologia, as ações dos homens e deuses podem ser consideradas como lições de vida. O
que Penélope pode representar, com suas atitudes? (0,75)
TEXTO III
Abaixo segue um trecho de uma música de Chico Buarque de Holanda. Leia a letra para
continuar a prova
MULHERES DE ATENAS
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas
Cadenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos, poder e força de Atenas
Quandos eles embarcam, soldados,
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
5) O eu lírico da canção está fazendo um apelo. Qual é ele? (0,75)
6) Retire dois versos que justifiquem a resposta anterior. (0,5)
7) Qual é o modo verbal dos verbos da sua resposta anterior? (1,0)
8) Retire do TEXTO I,
a) um verbo no Presente do Indicativo que assumiu outro tempo verbal (0,5)
b) indique que tempo verbal esse Presente do Indicativo acabou assumindo. (0,5)
9) Indique o valor semântico (TEMPO, MATÉRIA, MODO, POSSE) das seguintes preposições
retiradas dos textos lidos: (1,0 / 0,25 cada)
a) Ela aguarda por Ulisses durante todo o seu retorno da Guerra de Tróia
b) Colcha esta tecida em tricô
c) olhos de Penélope
d) adormeceu com um sono suave
10) Do texto II, temos o seguinte trecho
“Não é justo levarmos a mal que ele cante a desgraça dos gregos. Ulisses não foi o único que
não regressou de Troia. Também lá morreram muitos outros. O melhor é que volte para seus
aposentos.”
a) Indique os tempos verbais de: (0,25 cada)
LEVARMOS
REGRESSOU
VOLTE
b) No trecho “Lá em cima, em seus aposentos, chorou Ulisses, o marido amado”, qual é a palavra
que está em uma forma nominal do verbo, determinando um substantivo? (0,5)
c) Qual é a classe gramatical dessa forma nominal dentro da frase? (0,5)
d) Essa forma nominal está determinando que substantivo? (0,5)
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