RESUMO A interação social tem um papel fundamental no

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RESUMO
A interação social tem um papel fundamental no desenvolvimento humano,especialmente no que se
refere à aquisição das habilidades comunicativas. Conforme a perspectiva da Interação Social dos
estudiosos da linguagem, o papel do adulto é de destaque, pois se trata de um parceiro mais
experiente nessa relação. Pressupõe-se que no processo de aquisição de linguagem há uma grande
importância dos aspectos biológicos e do input lingüístico, especialmente do input materno.
Crianças que apresentam desenvolvimento de expectativas diferentes sobre o seu desenvolvimento,
principalmente em relação a linguagem verbal, pois a audição é um pré-requisito importante nesse
desenvolvimento. Crianças portadoras de perda auditiva encontram-se nitidamente no grupo de
risco para desenvolver problemas acentuados de linguagem. A presente pesquisa tem como objetivo
analisar as interações entre mães e crianças portadoras de perda auditiva, observando se há
diferenças em relação aos estilos comunicativos das díades protetizadas e não protetizadas.
Participaram desse estudo 12 crianças com faixa etária entre três e quatro anos de idade, portadoras
de perda auditiva sensório neural de grau severo-profundo e suas genitoras apresentando audição
normal. Destas crianças, seis são usuárias de prótese auditiva e seis não usuárias de aparelho
auditivo. As crianças não apresentam outro tipo de comprometimento mental ou físico. Foi
realizada na residência de cada participante uma entrevista semi-estruturada que ajudou a
caracterizar os participantes além de estabelecer um rapport entre a pesquisadora e a genitora. Em
seguida foram realizadas as filmagens em uma situação de brincadeira livre. A duração das
filmagens foi de vinte minutos e foram transcritas e analisadas dez minutos intermediários através
do programa computacional CHILDES (Child Language Data Exchange System). Os resultados
mostraram uma diferença entre os grupos de mães de crianças protetizadas e não protetizadas como
nas categorias de enunciados e comportamentos verbais maternos, onde as mães das crianças
protetizadas os utilizaram com maior frequência do que as mães das crianças não protetizadas. Em
relação aos comportamentos não verbais dirigidos às crianças, observou-se que as mães das
crianças não protetizadas utilizaram mais comportamentos não verbais. As crianças apresentaram
maior diferença em relação às categorias de Iniciativa Comunicativa, Vocalizações e Gestos
Comunicativos. Com os resultados espera-se poder contribuir para uma melhor compreensão das
interações das mães com suas crianças portadoras de deficiência auditiva.
Palavras-chave: Interação mãe-criança; perda auditiva ; aquisição de linguagem.
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