2 - igepp

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Macroeconomia
Prof. Aquiles Rocha de Farias
Modelo Mundell-Fleming (IS-LM-BP)
• No modelo Mundell-Fleming é introduzida ao modelo
IS-LM uma nova curva, a curva BP, que corresponde
aos valores de renda e taxa de juros que mantém o
balanço de pagamentos em equilíbrio. Esta curva se
baseia na hipótese de que os capitais autônomos,
componentes do balanço de pagamentos, são atraídos
por maiores taxas de juros. Se a taxa de juros
doméstica é maior que a taxa de juros internacional,
capitais autônomos ingressam no país para buscar esta
remuneração. Se ocorrer o oposto, a taxa doméstica
sendo menor que a internacional, capitais autônomos
deixam o país.
Modelo Mundell-Fleming (IS-LM-BP)
• Modificações na IS
– Exportações e Importações endógenas
– Exportações
• Renda estrangeira (+)
• Taxa de câmbio (+)
– Importações
• Renda (+)
• Taxa de câmbio (-)
Modelo Mundell-Fleming (IS-LM-BP)
• Deslocamentos da IS para direita
– Desvalorização da moeda doméstica (maiores
exportações e menores importações)
– Aumento da renda estrangeira
– Diminuição da renda nacional ?
Regimes Cambiais
• Regime de Câmbio Fixo
– Banco Central determina a taxa de câmbio
• Compra e vende divisas à taxa estipulada
– Perda de graus de liberdade da política monetária
– Déficits/Superávits insustentáveis a longo prazo
Regimes Cambiais
• Regime de Câmbio Flutuante
– Taxa de câmbio deve ajustar-se de modo a
equilibrar o balanço de divisas.
• Excesso de demanda por moeda estrangeira =>
Aumento do preço da moeda estrangeira
(Desvalorização da moeda nacional)
– Mercado de divisas tipo “concorrência perfeita”
sem intervenções do Banco Central
– Balanço de Pagamentos tende ao equilíbrio
Regimes Cambiais
• Regime de Flutuação Suja
– Regime Flutuante influenciado pelo Banco Central
• Regime de Bandas Cambiais
– Brasil no início do Plano Real
– Necessidade de intervenções constantes
– Depende da manutenção de taxas de câmbio reais
(Inflação Interna x Externa)
Paridade do Poder de Compra
• Lei do preço único
– PR$Br= PR$EUA= e x PUS$EUA
• PR$Br = Preço em R$ no Brasil
• PR$EUA = Preço em R$ nos Estados Unidos
• e = Taxa de câmbio (R$/US$)
• PUS$EUA = Preço em US$ nos Estados Unidos
Paridade do Poder de Compra
• BMW no Brasil: R$ 50.000
• BMW nos Estados Unidos: US$ 25.000
• Desconsiderando os impostos, fretes, etc, qual
a taxa de câmbio?
Determinantes do BP
• Transações Correntes
– Taxa de Câmbio Real
• Movimento de Capitais
– Taxas de juros
• i = if + expectativa de desvalorização da taxa de câmbio
nominal + custos de transação + risco do país
• i = taxa de juros real interna
• if = taxa de juros real internacional
Modelo Mundell-Fleming (IS-LM-BP)
• Mobilidade de capital
BP  NX  K A  X  M  K A
• Fluxo de capitais autônomos:
– Os capitais autônomos são atraídos por maiores taxas de
juros. Desta forma, se a taxa de juros doméstica i for maior
que a taxa de juros internacional iF, capitais autônomos
ingressam no país para buscar esta remuneração. Iremos
então assumir que quanto maior a diferença entre a taxa
de juros doméstica e a taxa de juros internacional maior
será o fluxo de capitais autônomos ingressando no país.
Ou seja, o fluxo de capitais autônomos KA é uma função
crescente da diferença de taxa de juros i – iF.
Mobilidade de Capital
• Sem mobilidade de capital
– Balanço de Pagamentos = Transações Correntes (TC)
• Livre mobilidade de capital (Economia Pequena)
– Saldo de TC irrelevante para o equilíbrio, pois sempre haverá
movimento de capitais compensatórios
– Taxa de juros passa a ser relevante
• Mobilidade Imperfeita de Capital (Economia Grande)
– Renda e Juros determinantes do equilíbrio
Sem Mobilidade de Capital
• Na condição de perfeita imobilidade de capital, deixa
de existir a restrição de que a taxa de juros
doméstica deva ser igual à taxa de juros
internacional. Isto ocorre porque não há fluxo de
capitais para esta economia devido a restrições da
política cambial.
• Temos que o fluxo de capitais KA = 0, portanto o
balanço de pagamentos corresponde ao saldo
comercial. O equilíbrio no balanço de pagamentos
passa a ser independente da taxa de juros uma vez
que não há fluxo de capitais. Este passa a depender
apenas dos fatores que determinam o nível de
exportações e de importações.
Sem Mobilidade de Capital
• Pontos à direita da curva BP correspondem a deficits
no balanço de pagamentos, uma vez que um nível de
renda mais alto elevará as importações acima das
exportações, deixando o saldo comercial negativo.
Pontos à esquerda então correspondem a superavits,
pois haverá uma redução das importações para um
nível abaixo das exportações, o que deixa o saldo
comercial positivo.
• A taxa de câmbio pode ser um instrumento de ajuste
da curva BP
Sem Mobilidade de Capital
r
BP=0
Superávit
Déficit
Y
Livre Mobilidade de Capital
• Na condição de perfeita mobilidade de capitais,
investidores podem comprar ativos em qualquer lugar
do mundo, em qualquer quantidade e sem custos de
transação. Desta forma, buscarão sempre a maior
rentabilidade. Esta condição implica da igualdade de
taxas de juros entre os países, pois caso apareça uma
oportunidade de remuneração maior, o grande volume
de fluxo de capitais buscando esta oportunidade irá
trazer a taxa de juros de volta para o nível
internacional.
• A igualdade da taxa de juros doméstica com a taxa de
juros internacional corresponde a uma curva BP
horizontal, ao nível da taxa de juros internacional iF.
Livre Mobilidade de Capital
r
Superávit
BP=0
Déficit
Y
Mobilidade Imperfeita de Capital
r
BP=0
Superávit
Déficit
Y
Política Monetária em Economia
Aberta
Mobilidade Zero de Capitais – Câmbio Fixo
Suponha uma condição de
equilíbrio inial. Então, partimos
do ponto (1). A expansão
monetária desloca a LM para a
direita.
BP
i
LM
LM´
• (2) seria o novo equilíbrio. No
curto prazo teríamos um déficit
comercial. Ao longo do tempo,
porém, este déficit implicaria
em uma perda de reservas e a
contração monetária faria com
que voltássemos ao equilíbrio
inicial.
1
2
IS
y1
Y
Mobilidade Zero de Capitais – Câmbio Flutuante
Sob câmbio flutuante, o
balanço de pagamentos
tem que estar em equilíbrio.
Então, partimos do ponto
(1). A expansão monetária
desloca a LM para a direita.
BP
i
LM
LM´
•Com câmbio flutuante, em
(2) há déficit em BP, o que
não pode ser sustentado,
então o câmbio deprecia, o
que desloca a IS e a BP
para a direita para o ponto
(3).
1
2
IS
y1
IS`
Y
Mobilidade Zero de Capitais – Câmbio Flutuante
BP
i
Sob câmbio flutuante, o
balanço de pagamentos
tem que estar em equilíbrio.
Então, partimos do ponto
E1. A expansão monetária
desloca a LM para a direita.
BP´
LM
LM´
1
•Com câmbio flutuante, em
A há déficit em BP, o que
não pode ser sustentado,
então o câmbio deprecia, o
que desloca a IS e a BP
para a direita para o ponto
E2.
3
2
IS
y1
y2
IS`
Y
Mobilidade Imperfeita de Capitais – Câmbio Fixo
Com mobilidade imperfeita de capitais,
a LM se desloca para a direita. Na
interseção de IS e LM’ (2) há
déficit em BP.
•
O equilíbrio IS-LM’seria
sustentado, mas no longo prazo,
a LM retornaria a curva inicial (1).
LM
i
LM´
BP
1
2
IS
Y
Mobilidade Imperfeita de Capitais – Câmbio Flutuante
Com mobilidade imperfeita de capitais,
a LM se desloca para a direita. Na
interseção de IS e LM’ (2) há
déficit em BP.
•
Sob câmbio flutuante, a taxa de
cambio deprecia o que desloca a
IS e a BP para a direita até atingir
o novo equilíbrio onde tem-se IS’LM’-BP’ (3).
LM
i
LM´
BP
BP´
1
2
IS
Y
Mobilidade Imperfeita de Capitais – Câmbio Flutuante
Com mobilidade imperfeita de capitais,
a LM se desloca para a direita. Na
interseção de IS e LM’ (2) há
déficit em BP.
•
Sob câmbio flutuante, a taxa de
cambio deprecia o que desloca a
IS e a BP para a direita até atingir
o novo equilíbrio onde tem-se IS’LM’-BP’ (3).
LM
i
LM´
BP
BP´
1
3
2
IS
IS`
Y
Mobilidade Perfeita de Capitais – Câmbio Fixo
i
Sob mobilidade perfeita de capitais, a
LM se desloca para a direita. No
ponto de encontro de IS-LM’, o BP
está em déficit (2).
LM
LM´
1
•Sob câmbio fixo, a taxa de juros
interna não pode variar (e deve ser
igual a externa). Assim, o
deslocamento da LM para LM’ é
revertido, mantendo o equilíbrio no
ponto inicial (1).
BP
2
IS
Y
Mobilidade Perfeita de Capitais – Câmbio Flutuante
i
Sob mobilidade perfeita de capitais, a
LM se desloca para a direita. No
ponto de encontro de IS-LM’, o BP
está em déficit.
LM
LM´
1
• Sob câmbio flutuante, o déficit (2)
causa uma depreciação da taxa de
câmbio e desloca a IS (e a BP) para a
direita, levando ao novo equilíbrio IS’LM’-BP (3).
BP
2
IS
Y
Mobilidade Perfeita de Capitais – Câmbio Flutuante
i
Sob mobilidade perfeita de capitais, a
LM se desloca para a direita. No
ponto de encontro de IS-LM’, o BP
está em déficit.
LM
LM´
3
1
• Sob câmbio flutuante, o déficit (2)
causa uma depreciação da taxa de
câmbio e desloca a IS (e a BP) para a
direita, levando ao novo equilíbrio IS’LM’-BP (3).
BP
2
IS
IS`
Y
Política Fiscal em Economia
Aberta
Mobilidade Zero de Capitais – Câmbio Fixo
i
Partimos do ponto (1). Uma expansão
fiscal desloca a IS para a direita. No
ponto (2), temos um déficit comercial.
BP
LM
• Se o câmbio fosse fixo, (2) seria
sustentado, até que a perda de
reservas fizesse com que a LM
contraísse e voltaríamos para o mesmo
nível de produto mas com juros mais
altos (3).
3
2
1
IS
IS`
IS``
Y
Mobilidade Zero de Capitais – Câmbio Flutuante
BP
i
BP´
2
1
Partimos do ponto (1). Uma expansão
fiscal desloca a IS para a direita. No
ponto (2), temos um déficit comercial.
LM
• Sob câmbio flutuante, O ponto (2)
não é sustentável no curto prazo, e o
déficit em BP provoca uma depreciação
que desloca IS’e BP para (3) no novo
equilíbrio.
3
IS
IS`
IS``
Y
Mobilidade Imperfeita de Capitais - Câmbio Fixo
Sob mobilidade imperfeita, partindo do
ponto (1), a IS desloca para IS’ e agora,
no encontro entre IS’-LM, (2), temos um
superávit em BP.
LM
i
LM’
2
• Sob câmbio fixo, este ponto (2) é
equilíbrio, mas no longo prazo, a
entrada de reservas deslocaria a LM
para a direita (expansão monetária) (3).
BP
3
1
IS`
IS
Y
Mobilidade Imperfeita de Capitais - Câmbio Flutuante
Sob mobilidade imperfeita, partindo do
ponto (1), a IS desloca para IS’ e agora,
no encontro entre IS’-LM, (2), temos um
superávit em BP.
LM
i
BP´
2
•Sob câmbio flutuante, o ponto (2) não
poder ser equilíbrio. O superávit em BP
gera uma apreciação da taxa de
câmbio, o que desloca a IS e a BP para
a esquerda, fazendo com que o
equilíbrio seja em IS’’-LM-BP’ (3).
BP
3
1
IS`
IS
IS``
Y
Mobilidade Perfeita de Capitais – Câmbio Fixo
i
Sob mobilidade perfeita, a IS se desloca
para a direita e o encontro entre IS’-LM
representa um superávit em BP (2).
LM
LM’
• Com câmbio fixo, a taxa de juros acima
da taxa internacional provoca uma
entrada de capitais e o Banco Central
acomoda o deslocamento da IS. A LM se
deslocaria até termos IS’-LM’-BP (3).
2
1
BP
3
IS
IS`
Y
Mobilidade Perfeita de Capitais – Câmbio Flutuante
i
Sob mobilidade perfeita, a IS se desloca
para a direita e o encontro entre IS’-LM
representa um superávit em BP (2).
LM
•Com câmbio flutuante, o superávit em
BP faz com que a taxa de câmbio
aprecie, e a IS’ retorna para IS (1).
2
1
BP
IS
IS`
Y
Política Comercial em Economia
Aberta
Mobilidade Zero de Capitais – Câmbio Fixo
BP
i
Considere uma política comercial
restritiva, um aumento de tarifas (ou uma
desvalorização cambial). Haveria um
deslocamento da IS e da BP para a
direita. A curva BP desloca mais que a IS
e assim, (2) é um ponto de superávit em
BP.
BP´
LM
LM’
2
1
3
• Sob câmbio fixo, o novo equilíbrio seria
dado por (2). No longo prazo a LM se
deslocaria deixando o equilíbrio em (3)
IS
IS`
Y
Mobilidade Zero de Capitais – Câmbio Flutuante
BP
i
Considere uma política comercial
restritiva, um aumento de tarifas (ou uma
desvalorização cambial). Haveria um
deslocamento da IS e da BP para a
direita. A curva BP desloca mais que a IS
e assim, (2) é um ponto de superávit em
BP.
BP´
LM
2
1
IS
y3
•Com câmbio flutuante, o BP deve estar
sempre em equilíbrio. Assim, um superávit
implica em uma apreciação cambial, o
que faz com que a IS e a BP retornem ao
nível original (1).
IS`
Y
Mobilidade Imperfeita de Capitais – Câmbio Fixo
BP
Sob mobilidade imperfeita de capitais, a
análise é basicamente a mesma. Uma
restrição comercial desloca a BP e a IS
para a direita, mas a BP desloca mais,
gerando um superávit no ponto de
encontro entre IS’-LM.
BP´
i
LM
LM’
2
1
• Com câmbio fixo, o ponto IS’-LM (2)
seria o novo equilíbrio.
3
IS
• No Longo Prazo a LM se deslocaria
ficando o equilíbrio em (3)
IS`
Y
Mobilidade Imperfeita de Capitais – Câmbio Flutuante
BP
Sob mobilidade imperfeita de capitais, a
análise é basicamente a mesma. Uma
restrição comercial desloca a BP e a IS
para a direita, mas a BP desloca mais,
gerando um superávit no ponto de
encontro entre IS’-LM.
BP´
i
LM
2
•Sob câmbio flutuante, o equilíbrio se dá
no ponto inicial já que a apreciação
cambial causada pelo superávit da BP faz
com que IS e BP voltem para seus níveis
iniciais.
1
IS
y3
IS`
Y
Mobilidade Perfeita de Capitais – Câmbio Fixo
i
Sob mobilidade perfeita de capitais, a
análise é basicamente a mesma. Uma
restrição comercial desloca a IS para a
direita, gerando um superávit no ponto de
encontro entre IS’-LM.
• Com câmbio fixo, o ponto IS’-LM (2)
seria o novo equilíbrio.
•No Longo prazo a LM se deslocaria e o
equilíbrio ficaria em (3)
LM
LM’
2
1
3
BP
IS
IS`
Y
Mobilidade Perfeita de Capitais – Câmbio Flutuante
Sob mobilidade perfeita de capitais, a
análise é basicamente a mesma. Uma
restrição comercial desloca a IS para a
direita, gerando um superávit no ponto de
encontro entre IS’-LM.
• Sob câmbio flutuante, o equilíbrio se dá
no ponto inicial já que a apreciação
cambial causada pelo superávit da BP faz
com que a IS volte para seu nível inicial.
BP
i
LM
2
1
IS
y3
IS`
Y
Resumo dos Efeitos
Mobilidade
de Capital
Regime de Política Monetária Política Fiscal
Câmbio
Expansionista
Expansionista
Política Cambial
(Desvalorização)
Fixo
Sem Efeito
Aumenta Juros
Aumenta Renda
Flutuante
Aumenta Renda
Aumenta Renda e
Sem Efeito
Juros
Fixo
Sem Efeito
Aumenta Renda
Aumenta Renda
Flutuante
Aumenta Renda
Sem Efeito
Sem Efeito
Fixo
Sem Efeito
Flutuante
Aumenta Renda
Sem
Livre
Imperfeita
Aumenta Renda e
Aumenta Renda
Juros
Aumenta Renda e
Sem Efeito
Juros
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