Faculdade Anhanguera Ribeirão Preto Cinemática – Movimento uniforme e uniformemente variado Matéria: Física Geral e Experimental: Mecânica Prof.ª Mª. Carla Isabel S. Maciel carla.maciel@anhanguera. com KLS 2.0 KLS 2.0 Conteúdo 1. A medição na física 2. O Sistema Internacional de Unidades (SI) 3. Principais unidades da comprimento, tempo e massa 4. Mudança de conversão de Unidades mecânica: 1. A medição na física Ciência experimental Grandezas físicas Unidade Medir Medições no dia-a-dia Potência da lâmpada Tempo de cozimento Velocidade do automóvel Dimensões das peças Horário do despertador Volume de leite Comprimento da calça Volume de combustível Pressão dos pneus Rotação do motor Temperatura da geladeira Consumo de energia Tamanho do peixe Quantidade de arroz O que é medir? Medir é o procedimento experimental através do qual o valor momentâneo de uma grandeza física (mensurando) é determinado como um múltiplo e/ou uma fração de uma unidade, estabelecida por um padrão, e reconhecida internacionalmente. Monitorar Medir para que? Observar passivamente grandezas Controlar Observar, comparar e agir para manter dentro das especificações. Investigar Descobrir o novo, explicar, formular. Medir para controlar... rota pressão altitude temperatura velocidade Medir para investigar... Medir para investigar... Compreender Descobertas científicas, estudar fenômenos Dominar Validar, know-how Evoluir Melhorar continuamente, expandir limites Inovar Um pouco de história... O desenvolvimento da linguagem ... A necessidade de contar ... Só os números não bastam ... Unidades baseadas na anatomia ... O papel do Faraó e do Rei ... A busca por referências estáveis ... Finalmente, em 1960, a unificação ... O cúbito do Faraó Ramsés II INGLATERRA Em 1101 – Jarda – distância entre a extremidade do nariz ao polegar estendido para cima do rei Henrique I O pé médio da idade média 1/16 do comprimento resultante da soma do comprimento dos pés esquerdos dos primeiros 16 homens que saíram da missa na manhã de domingo. SEC. XVII Utilização das medições do planeta como referência. Fração 10E-7 do comprimento do meridiano terrestre que parte do Equador e atinge o Pólo Norte e passa por Paris. 1792 a 1798 – Revolução francesa Resultou no metro 2. Sistema Internacional de Unidades 1946 Academia francesa de Ciências propôs Metro Em seguida foi incluída a candela Kelvin K (quilograma) Em 1960 desenvolveu-se o SI EUA resistiu na adoção do SI Segundo Ampère Importância do SI Clareza de entendimentos (técnica, científica) ... internacionais Transações comerciais ... Garantia de coerência ao longo dos anos ... Coerência entre unidades equações da física ... simplificam 3. Principais unidades da mecânica: comprimento, tempo e massa SI - Sistema Internacional de Unidades Unidades legais no Brasil SI - Sistema Internacional de Unidades Unidades legais no Brasil O metro 1793: décima milionésima parte do quadrante do meridiano terrestre 1889: padrão de traços em barra de platina iridiada depositada no BIPM 1960: comprimento de onda da raia alaranjada do criptônio 1983: definição atual Protótipo do Metro no Brasil Em 1876 foram fabricadas 32 barras com 90% de Platina e 10% de Irídio. Encontra-se no IPT na cidade Universitária , em São Paulo. A temperatura de referencia para calibração é de 20°C O metro (m) É o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo, durante um intervalo de tempo de 1/299 792 458 de segundo Observações: assume valor exato para a velocidade da luz no vácuo depende da definição do segundo incerteza atual de reprodução: 10-12 m Comparações ... Se o mundo fosse ampliado de forma que 10-12 m se tornasse 1 mm: um glóbulo vermelho teria cerca de 7 km de diâmetro. o diâmetro de um fio de cabelo seria da ordem de 50 km. A espessura de uma folha de papel seria algo entre 100 e 140 km. Um fio de barba cresceria 2 m/s. 4. Mudança de conversão de Unidades 4. Mudança de conversão de Unidades Exemplo 1 Unidades Derivadas Unidades Derivadas Unidades Derivadas Unidades que não pertencem ao SI Unidades que não constam no SI Unidades Suplementares Sistema de Medidas Sistemas métrico e Inglês 1” (uma polegada) = 25,4 mm 1 jarda = 3 pés = 36” 1 pé = 12” 1 milha terrestre = 1.760 jardas = 5.280 pés Grafia dos números e símbolos Em português o separador decimal deve ser a vírgula. Os algarismos que compõem as partes inteira ou decimal podem opcionalmente ser separados em grupos de três por espaços, mas nunca por pontos. Grafia dos números e símbolos O espaço entre o número e o símbolo é opcional. Deve ser omitido quando há possibilidade de fraude. Quilômetro, decímetro, centímetro e milímetro os demais múltiplos e submúltiplos de metro devem ser pronunciados segundo a regra da escrita Alguns enganos Errado Km, Kg a grama 2 hs 15 seg 80 KM/H 250°K um Newton Correto km, kg m o grama 2 h 15 s 80 km/h 250 K um newton Outros enganos Estudo de caso Solução: Localizar as cidades citadas e a distância entre elas. Converter as distâncias para m e os tempos para s. Resultado Exercícios 1 3. Expresse em m/s, as seguintes velocidades a) 18km/h b) 54 km/h c) 360 m/min d) 300 dias em h e) 89000 s em dias, horas e minutos 4. Preciso colocar arame farpado em volta de um terreno retangular que mede 0,2km de largura e 0,3 km de comprimento. Quantos metros de arame farpado eu devo usar? 5. Nas Olimpíadas, um nadador, ao disputar uma prova de 100 metros nado livre, consegue um tempo de 50s. Supondo que o nadador tenha mantido sua velocidade constante: a) Qual é, em m/s, o valor dessa velocidade? b) Que distância o nadador percorreria, mantendo esta velocidade, durante 1min 40s? 6. Um atleta, disputando a corrida de 100m rasos, obtém a marca de 10s. A velocidade que ele desenvolveu é maior, menor ou igual a 30 km/s? Equações do movimento, velocidade e aceleração média e instantânea. Posição de um ponto material Trajetória e Espaço Movimento Retilíneo – quando a trajetória é uma reta e tem um sentido de orientação Trajetória – depende do referencial adotado. Ex: Trem Trajetória e Espaço Espaço (s) – localização do objeto na sua trajetória. Indicador de local (posição) Trajetória e Espaço Deslocamento (Δs) (Grandeza Vetorial). – variação de posição. Equação Horária do Movimento Quando um ponto material está em movimento, sua posição (s) varia no decorrer do tempo (t) s= f(t) Velocidade Velocidade escalar s= f(t) Velocidade Instantânea Velocidade instantânea – velocidade do objeto em um dado instante (intervalo de tempo muito pequeno) Aceleração Quando a velocidade de um objeto em movimento varia com o tempo Aceleração Média Se um objeto possui uma aceleração nula, significa que a velocidade dele não varia no tempo, ou seja a velocidade é constante. Aceleração Instantânea É o limite da aceleração média quando o intervalo de tempo considerado tende a zero. Calcula-se a derivada da velocidade com relação ao tempo. Classificação do movimento em relação á velocidade e à aceleração Exercícios 2 Situação Problema Movimento Uniforme Em relação a um dado referencial, o movimento é chamado uniforme quando o objeto percorre distâncias iguais para intervalos de tempos iguais. Velocidade constante - Não há aceleração s = A + (B.t) A – posição inicial do objeto (A=s0) B – velocidade média (B=v ) m s = s0 + (v .t) m Movimento Uniformemente Variado Variação da velocidade no decorrer do tempo devido a presença de uma aceleração constante e diferente de zero. A função horária dos espaços é de segundo grau s=A+ B.t + C.t² A – posição inicial do objeto (A = s0) B – velocidade escalar inicial (B = v ) C – metade da aceleração média (C = a/2) 0 s=s0+(v .t)+((a/2).t²) 0 Movimento Uniformemente Variado Como a velocidade varia no tempo devido a aceleração constante, temos a função horária da velocidade dada por: v = v + a.t 0 No MUV podemos relacionar o deslocamento Δs com a velocidade em uma equação independente do tempo, através da equação de Torricelli. v² = v0²+ 2a. Δs Exemplo 2 Queda Livre Movimento de um objeto sob ação exclusiva de um campo de gravidade (aceleração da gravidade) Desprezando o efeito do ar, diz-se que o objeto está em queda livre. Galileu – Todos os corpos em queda livre, no mesmo local, se movimentam com a mesma aceleração, quaisquer que sejam suas massas e, por tanto, chegam ao solo ao mesmo tempo. g =9,8 m/s² (Terra) g =1,6 m/s² (Lua) Queda Livre Para queda livre temos: s=s0+(v .t)+((g/2).t²) 0 Ou s- s0 = Δs=((g/2).t²) Onde v parte do repouso 0 Queda Livre Transcorrido o tempo de queda, o objeto terá percorrida a altura h, ou seja Portanto substituindo na equação Δs=((g/2).t²) A velocidade em queda livre a qualquer instante é dada por A velocidade do objeto em relação a distância é dada pela equação de Torricelli Queda Livre A velocidade do objeto em relação a distância é dada pela equação de Torricelli Partindo do repouso, quando o objeto chega ao solo em queda livre, podemos concluir que a velocidade de chegada é dada por Exemplo 3 Exercícios 3 Exercícios 4 Movimento de Projéteis Movimento balístico. Movimento de Projéteis Movimento vertical de um projétil (altura do objeto) MUV Deslocamento vertical = (y) Ação da aceleração da gravidade (g) Subida e descida do objeto. Movimento de Projéteis Deslocamento vertical = (y) Movimento de Projéteis Movimento horizontal de um projétil (alcance) Deslocamento horizontal = (x) (sempre constante) Não há aceleração da gravidade (g) portanto é MU Movimento de Projéteis Movimento de Projéteis Exemplo 4 FORÇA E MOVIMENTO Força e Movimento INTENSIDADE DIREÇÃO SENTIDO Leis de Newton 1ª Lei de Newton “Consideremos um corpo em que a resultante das forças que atuam sobre ele seja nula. Se este corpo estiver em repouso, ele assim permanecerá. Se estiver em movimento com velocidade constante, manter-se-á neste estado”. Lei da Inércia Leis de Newton 1ª Lei de Newton A força resultante pode ser decorrente das forças que tem mesma direção e sentido, mesma direção e sentidos contrários e forças que não tem a mesma direção. Leis de Newton 2ª Lei de Newton Assume a soma vetorial de todas a forças que atuam sobre um corpo. A aceleração que um corpo adquire é diretamente proporcional à força que atua sobre ele e tem a mesma direção e o mesmo sentido desta força Leis de Newton 3ª Lei de Newton Enfatiza que as forças acontecem aos pares e que uma destas forças é comumente chamada de ação e a outra de reação Leis de Newton 3ª Lei de Newton Partindo desta teoria podemos dizer que estas forças se cancelam? A resposta é não. Simplesmente porque os dois membros de um par ação-reação, sempre atuam em corpos diferentes, de forma que eles não podem se cancelar Diagrama de Corpo Livre Lei de Hooke F k .x Diagrama de Corpo Livre Lei de Hooke F k .x Exemplo 5 A Figura mostra duas forças atuando em uma caixa Exemplo 6 Exercício 5 Exercício 6 Exercício 7 Exemplo 7 - 3ª Lei de Newton Exemplo 8 - 3ª Lei de Newton Exemplo 9 - 3ª Lei de Newton Exercício 8 Exercício 9 Exercício 10