A rota pré-colombiana de Peabiru e o estudo genético

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
645
[email protected]
Maia, VH1,4; Mega, LF2; Pádua, VLM2, Bustamante, PG2,3,4; Ferreira, PCG2,4
1Instituto de Biologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ; 2Instituto de Bioquímica Médica, IBqM,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ; 3Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Cenargen, Brasília,
DF; 4Laboratório de Biologia Molecular de Plantas, Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ.
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A rota pré-colombiana de Peabiru
e o estudo genético-evolutivo do milho
(Zea mays mays l.): Conciliando
biologia e arqueologia
O milho (Zea mays mays) é a principal cultura domesticada da América. É originário do México e está
presente no Brasil há pelos menos 4.500 anos. A espécie não é encontrada em seu estado silvestre
requisitando, portando a presença do homem para seu cultivo e manutenção. Essa característica vem
sendo utilizada pelos pesquisadores visando inferir a os padrões de migração humana. Para realizar o
presente trabalho foram coletadas amostras de milho provenientes de populações indígenas que vivem
no Estado do Mato Grosso do Sul em localidades correspondentes ao conhecido “Caminho de Peabiru”,
rota Pré-colombiana que liga os oceanos Atlântico e Pacífico. O caminho de Peabiru, segundo relatos
históricos, foi percorrido por Aleixo Garcia, em 1524 em busca de riquezas e representa o primeiro
contato de um europeu com o povo inca. Um fragmento do gene da álcool desidrogenase 2 (Adh2)
das amostras de milho coletadas foi amplificado e sequenciado. Dois grupos principais de alelos foram
encontrados na região de microssatélites estudada. Os resultados foram comparados com aqueles obtidos
de amostras arqueológicas derivadas da região central do Brasil e das terras altas andinas. Dentre as
seis amostras analisadas duas apresentaram o padrão de microssatélite característico da região andina.
Esses dados sugerem fortemente a influência andina na formação dos genótipos de milho usados pelas
populações indígenas da região do caminho de Peabiru.
Apoio Financeiro: Embrapa e CNPq.
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