Descobrindo informações no mapa Leitura de mapa Qual é o título do mapa? O mapa apresenta uma escala? Qual é? O que é a escala no mapa? O que significam os tracejados em vermelho? E o tracejado em azul? Qual é a cor em que foram representados os rios? Por que o mapa está representado em cores diferentes? O mapa tem legenda? Que outros símbolos você observa no mapa? O que representam? O caminho do Peabiru O termo Peabiru é de origem tupi-guarani e tem vários sentidos: caminho forrado, caminho antigo de ida e de volta, caminho pisado ou batido; Caminho transcontinental; Caminho sagrado que leva à “ terra sem mal”; Estrada pré-colombiana da América do Sul, constituída de várias trilhas formando uma rede; Ligava Santa Catarina e São Paulo ao Paraná e dali seguia em direção ao Mato Grosso do Sul, ao Paraguai, cruzando a Bolívia e chegando por fim ao Peru; Caminho com mais de 3000 km; O caminho do Peabiru Existem várias hipóteses para a construção do Caminho do Peabiru: 1ª - busca do paraíso pelos guaranis paraguaios que entre os anos 1000 e 1300 teriam trilhado esse caminho em busca da terra sem mal, na direção leste onde nasce o sol, chegando na costa atlântica ao sul do Brasil; Na terra sem mal se tornariam imortais – misticismo dos índios; 2ª hipótese: os Incas abriram o caminho para expansão do seu império, ligando Cusco no Peru ao Atlântico. A civilização Inca marcou a história do continente americano como exemplo de organização; Devido ao seu sistema evoluído de construção de estradas e na agricultura criaram uma rede de comunicação interligando países articulados a ramais brasileiros; 3ª hipótese: apóstolo São Tomé abriu o caminho, o qual teve origem nas lendas incas e guaranis. Chegou à América andando sobre as águas do mar e em suas pregações pelo mundo teria chegado ao Brasil. O caminho do Peabiru O Professor Reinhard Maack (1892–1969), naturalista alemão e explorador do território paranaense, elaborou um mapa em 1952, mostrando o Caminho do Peabiru. O mapa foi confeccionado com base nos manuscritos de um alemão, Ulrich Schimidel que em 1553 o percorreu saindo de Nossa Senhora de Assunção (atual Assunção, capital do Paraguai), indo até São Vicente em São Paulo. É a descrição que maior riqueza de detalhes apresenta; A área abrangida no mapa representa o território paranaense, parte de São Paulo, Santa Catarina, Paraguai, Argentina e Bolívia. A rota principal atravessa o Paraná no sentido leste-oeste, vindo de São Paulo, passando nos municípios de: Adrianópolis, Tunas do Paraná, Cerro Azul, Doutor Ulisses, Castro, Tibagi, Reserva, Cândido Abreu, Pitanga, entre outros chegando às margens do Rio Paraná. O caminho do Peabiru Além da rota principal, o caminho contava com rotas secundárias que atravessavam o estado no sentido norte-sul. Uma das rotas secundárias vinha de São Paulo, adentrando o Paraná, passando pelos municípios de: Salto do Itararé, Siqueira Campos, Venceslau Braz, Arapoti, Jaguariaíva, Piraí do Sul, Castro, Carambeí, Ponta Grossa, Palmeiras, Porto Amazonas, Balsa Nova, Campo Largo, Araucária, Curitiba, São José dos Pinhais, Morretes, Paranaguá, chegando ao oceano Atlântico. Próximo ao município de Castro, o ramal secundário atravessava o ramal principal. Hoje só existem vestígios do Peabiru, o mais conhecido está em Pitanga, onde se encontraram curiosas inscrições em pedras; O caminho foi criado para facilitara circulação de mercadorias, o comércio e as missões religiosas; O primeiro relato descrevendo o Peabiru é de Álvar Nuñes Cabeza de Vaca governador do Paraguai que em 1541 partiu de Santa Catarina em direção a Assunção. Debret O primeiro pintor da paisagem paranaense do qual se tem referência segura foi Jean Baptiste Debret (1768-1848); Preocupado em acumular esboços para o seu projetado livro Voyage Pittoresque et Histórique au Brésil, Debret percorreu o território paranaense em 1827, produzindo número considerável de desenhos e aquarelas de boa qualidade pictórica de extraordinário valor documental para o Paraná. O roteiro seguido pelo artista-viajante é o do velho caminho das tropas até Curitiba (desde Itararé na divisa de São Paulo), descendo a Paranaguá e Guaratuba para alcançar o litoral norte de Santa Catarina. Visita não só localidades importantes na época como Castro, mas também pequenos centros que surgiram como Jaguariaíva, Ponta Grossa ou Palmeira. Castro Ponta Grossa Palmeira Referências MAACK, Reinhard. Geografia Física do Estado do Paraná. 4 ed. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2012. WONS, Iaroslaw. Geografia do Paraná. Curitiba: Ensino Renovado, 1982. You Tube: Peabiru, caminho da montanha do sol You Tube: Peabiru de Lá pra