Ocorre frequentemente na infância, devido a anatomia característica da rinofaringe e da tuba auditiva nessa faixa etária. Também pode acontecer no adulto, por causas secundárias a processos alérgicos, tumores da rinofaringe ou de seqüelas de patologias locais, na infância. A disfunção tubária pode provocar retração da membrana timpânica . Persistindo a causa, manifesta-se um transudato na caixa timpânica, que com o correr do tempo espessa-se formando exsudato viscoso, que costumamos chamar de “glue ear” (cola). O paciente queixa-se de hipoacusia, autofonia e sensação de ouvido cheio. Eventualmente esta secreção pode infectar-se e supurar. Na infância estas infecções podem ter caráter reicidivante. O diagnóstico é firmado com a audiometria, onde o gráfico é de surdez de condução, principalmente à impedanciometria. Em caso de dúvidas procure seu Médico Otorrinolaringologista (Otoneurologista) Responsável Técnico: Prof. Dr. Fayez Bahmad Júnior imagens meramente ilustrativas. OMC Secretora Médico Preceptor do Programa de Residência Médica – HUB-UnB Doutor em Ciências Médicas pela FM-UnB Pós Graduado em Otologia e Neurotologia pela Harvard Medical School, Boston, MA, EUA. Audiometria tonal e vocal Impedanciometria Emissões otoacústicas Tratamento Nas formas mais brandas, é feito com antiinflamatórios hormonais, descongestionantes e também antibióticos. Nas formas persistentes, a abordagem é cirúrgica, fazendo-se aspiração e drenagem timpânica, através de uma timpanotomia, implantando na membrana um microtubo que aí permacerá alguns meses assim restabelecendo a aeração do ouvido médio. A otite média crônica secretora tem caráter insidioso e pode ser recidivante, apesar do tratamento cirúrgico. Teste da orelinha Potenciais evocados do tronco encefálico (BERA) Vectoeletronistagmografia Dr. Fayez Bahmad Jr Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia SMHN, Quadra 02, Bloco C, Ed. Dr. Crispim, Salas 515 e 516 Asa Norte, CEP 70710-149, Brasília-DF, Tel: (61) 3328 6009 www.iborl.com.br O que é Otite Média Crônica - OMC? Otite Média Crônica - OMC? A otite média crônica por definição é o processo inflamatório/infeccioso crônico da orelha média cursando geralmente com perfurações da membrana timpânica, mas pode existir sem perfuração (otite média secretora). Classificadas como: SIMPLES; COLESTEATOMATOSA; e SECRETORA. Riscos e Complicações da Cirurgia TONTURA - Tontura leve pode ocorrer nos primeiros dias da cirurgia, podendo permanecer por algumas semanas. Muito raramente temos tontura que persiste por muito tempo. Se isto acontecer existem medicamentos que controlam esta tontura. Distúrbio de gosto - Alguns pacientes sentem gosto ruim na boca por alguns dias após a cirurgia muito raramente pode ficar permanente. Perda da audição - Toda cirurgia no ouvido pode haver alguma perda da audição, sendo raro (menos de 2%) os casos de perda auditiva importante. Em alguns casos pode não haver melhora da audição de como estava antes da cirurgia. Zumbido - Zumbido quer dizer barulho no ouvido. Em casos raros ele pode aparecer após a cirurgia. Perfuração no tímpano - É muito difícil que uma perfuração no tímpano aconteça na cirurgia. Quando isto acontece normalmente o tímpano cicatriza sozinho ou o médico faz uma cirurgia para fechar a perfuração. Fraqueza na face (Paralisia) - Outra complicação é a fraqueza na face, que quando acontece após esta cirurgia, normalmente por manipulação do nervo facial, que pode já se encontrar inflamado. Geralmente regride em dias a meses. OMC Colesteatomatosa OMC Simples A queixa dos pacientes portadores deste problema é de deficiência auditiva e drenagem de secreção pelas orelhas, em geral, intermitente, com longos períodos de remissão. Esta afecção se inicia, via de regra, na infância e é consequência de uma otite média aguda necrosante, onde houve destruição da membrana timpânica e, frequentemente também, da cadeia ossicular. Portanto encontra-se sempre uma perfuração de membrana timpânica de tamanho variável, uma mucosa da caixa do tímpano que, visualizada através da perfuração, pode apresentar-se hiperemiada, edemaciada e secretora. A deficiência auditiva varia de acordo com o grau de destruição da membrana e da cadeia ossicular e pode ser medida através da audiometria. Tratamento Na fase de supuração o tratamento é clínico, e deve ser realizado com o uso de gotas auriculares que contenham associação de antibióticos e corticóides e, também, descongestionantes nasais. Só nos casos mais resitentes é aconselhado o uso da antibioticoterapia sistêmica. Normalmente o quadro regride só com o uso de gotas locais. Cuidados de higiene local são recomendados, a não permissão de entrada de água nos ouvidos. O tratamento definitivo é cirúrgico e simples. Faz-se a timpanoplastia ou timpanomastoidectomia, onde a membrana timpânica é reconstruída por um enxerto, em geral de material autógeno (a fáscia do músculo temporal), podendo ser utilizados outros tipos de materiais orgânicos. Também a cadeia ossicular, se lesada, pode ser reconstruída usando restos dos próprios ossículos, material homólogo conservado ou inorgânico inerte, como próteses de titânio. Pequena Perfuração Posterior Enxerto Autólogo de Fáscia do M. Temporal Caracteriza-se clinicamente por otorréia purulenta fétida, abundante, sem períodos de remissão, que tem como agentes etiológicos bactérias Gram negativas e anaeróbios e que é resistente ao tratamento clínico, isto é o uso de gotas locais e antibióticos sistêmicos não eliminam a secreção. O paciente apresenta deficiência auditiva, pela destruição dos elementos do ouvido médio causada pelo colesteatoma. Ao exame revela área destruída e retraída, com tecido epidérmico saindo da caixa timpânica, em geral do quadrante póstero-superior do anel timpânico. O substrato desta patologia é o colesteatoma, que é um tumor benigno formado por um tecido epidérmico que se enovela de forma laminar, como camadas de uma cebola. Tende a aumentar o seu volume destruindo as estruturas ao seu redor, causando complicações locais, como mastoidites, labirintites e paralisia facial, ou endocranianas, como meningites, abscessos cerebrais e cerebelares, entre outros. A otite colesteatomatosa pode evoluir, praticamente, sem sintomas durante um largo período. Entretanto, repentinamente, pode determinar graves complicações como mastoidites agudas, meningites e abscessos cerebrais. Tratamento A cirurgia é a Timpanomastoidectomia, onde é realizada a limpeza cirúrgica rigorosa da caixa timpânica e mastóide. Esta patologia é de caráter recidivante e se faz necessário acompanhamento do paciente por longo período de tempo. Bigorna Recesso do Nervo Facial Prótese de Titânio Fossa incudis Retalho Tímpano-Meatal Reposicionado Canal Semicircular Lateral Seio Segmóide