ECONOMIA E ALTERAÇOES CLIMATICAS “Qual o seu grau de concordância com a conclusão de Relatório do STERN de que os custos de inação face à problemática das alterações climaticas superam os custos da acção imediata?” CURSO IMOOC – UNIVERSIDADE ABERTA de LISBOA Junho de 2013 ANKA RAU Artefacto_1 Imooc_13 -1– A má notícia é que estamos consumindo os recursos naturais em um ritmo maior. A boa é que jovens, velhos, empresas, governos, ONGs e estudiosos se voltam, em número crescente, para encontrar soluções criativas para esse problema. Entender as questões ambientais do nosso tempo não é fácil. Exige conhecimento em áreas que, antes, eram apreciadas por especialistas. A crise gerada das mudanças climáticas poluição dos oceanos colocaram sustentabilidade na ordem do dia de todos nós. É a principal questão do mundo, hoje. No decurso do século XX, a temperatura média à superfície aumentou 0.7no facto de actualmente se ter atingido o nível mais elevado registado no presente período inter-glaciar de 12 mil anos. A concentração de CO2 na atmosfera aumento da concentração de outros gases nocivos resultou o aumento da radiação de infravermelhos capturada pela atmosfera terrestre, o chamado “efeito de estufa”,que o principal responsável pelo supracitado processo de aquecimento global. Estamos mudando o clima do planeta Não restam dúvidas sobre isso, concordam cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da agência espacial americana (Nasa) e do nosso Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre outros. Criamos essa situação ao emitir gases de efeito estufa (GEE) em excesso, provocando o aquecimento global e alterando o meio ambiente. É hora de agir para mudar essa realidade. O aquecimento do sistema climático é inequívoco, como já é evidente pela observações e aumentos médios da temperatura do ar e do oceano, o degelo e o aumento do nível médio do mar a nível mundial. E com 90% de certeza é devido à ação do homem. Por isso as alterações climáticas constituíram-se como uma das principais preocupações dos atuais governos. À evidência científica quanto à existência de um aquecimento global causado pelos gases com efeito de estufa gerados pela atividade humana, junta-se um compromisso político mundial, no qual a União Europeia tem um papel destacado, fixando como objetivo reduzir para o ano 2020 as suas emissões em 20% relativamente às de 1990. Para evitar os piores cenários, o ideal é que o aumento não passe de 2°C, o que já está difícil de acontecer. -2Há duas reações para isso: uma é conter ou mitigar uma elevação ainda maior na temperatura; a outra é nos adaptar às consequências (chuvas e secas intensas, extinção de espécies, mudanças no acesso à água e aos alimentos). Como não sabemos quão grandes serão essas consequências, as iniciativas atuais são para evitar a elevação na temperatura. A sustentabilidade vira uma questão global 1972 - Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, Suécia. É a primeira a abordar os aspectos políticos, sociais e econômicos dos problemas ambientais. 1992 - Acontece a ECO 92( Cimeira da Terra) no Rio de Janeiro. A conferência da ONU dá início a uma série de políticas e acordos para proteger a vida no planeta. 1997 - É ratificado o Protocolo de Kyoto, que estabelece metas de redução nas emissões de gases de efeito estufapelas nações industrializadas. 2000 - Metade da população mundial vive em cidades, ocupando menos de 2% da superfície do planeta e usando 75% dos recursos disponíveis. 2000 - Surgem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, conjunto de metas para erradicar problemas como pobreza e acesso à educação. 2002 - A Irlanda introduz o Plastax, imposto cobrado ao consumidor sobre cada saco de plástico distribuído. No primeiro ano, o consumo caiu 90%. 2005 - Esse e o ano de 2010 registram as temperaturas mais altas dos últimos 100 anos: 0,62°C acima da média no século 20. 2006 - O Relatório Stern alerta que até 2050 as perdas econômicas decorrentes do aquecimento global podem custar 20% do PIB mundial. 2007 - O IPCC declara que o homem é responsável pelas alterações no clima e que a temperatura na Terra deve aumentar de 1,8°C a 4°C até 2100. 2008 - A ONU e o governo da Noruega inauguram a Caixa Forte Internacional de Sementes, no Ártico, com capacidade de armazenar 4,5 milhões de amostras. 2009 - Aprovada a Política Nacional sobre Mudanças do Clima, que estabelece metas para redução de emissãõ de GEE entre 34,1% e 38,9% até 2020. 2009 - A COP-15 do Clima, em Copenhague, mobiliza o mundo de forma inédita. Mas a falta de acordos legalmente vinculantes decepciona parte do público. 2011- O planeta abriga 7 bilhões de pessoas; até 2045, seremos 9 bilhões. -32011 - Na COP-17 do Clima, na África do Sul, países concordam em criar regras “legalmente vinculantes” para substituir o Protocolo de Kyoto, que termina em 2012. 2012 - No Rio de Janeiro, líderes do mundo todo se reúnem para uma ampla conferência sobre desenvolvimento sustentável, a Rio+20. 2012 - Acontece a COP-11 da Biodiversidade, na Índia; dois meses depois, é a vez da COP-18 do Clima, no Catar. 2014 - O IPCC deve divulgar seu quinto relatório, atualizando dados e previsões sobre as mudanças climáticas. O último saiu em 2007. Acredita-se que, devido às alterações climáticas que o Portugal irá experimentar mudanças significativas nos padrões climáticos ao longo de uma única geração, tendência que provavelmente irá continuar nos próximos séculos. Entre os impactos das alterações climáticas previstos estão as secas, a diminuição e redução da qualidade das águas superficiais, efeitos sobre a saúde e aumento de doenças provocadas por vetores, como diferentes espécies de insetos, variações de temperatura mais frequentes, constituindo uma séria ameaça para o Planeta. Se alguma dessa mudança é devida às variações naturais que vêm ocorrendo há milhões de anos, as atividades humanas que libertam gases que retêm o calor para a atmosfera vão assumindo um papel cada vez mais relevante no aquecimento do planeta, contribuindo a alterar o «efeito de estufa» natural Pelo Protocolo de Quioto de 1997 todos os paisesdevem adotar medidas para: – reduzir as emissões, – de adaptação aos impactes das alterações climáticas, – submeter informação sobre os programas nacionais e os níveis de emissões, – facilitar a transferência de tecnologia, – cooperar na investigação científica e tecnológica, – promover acções de formação e educação. Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008 , “Estes efeitos, a curto prazo, podem não ser muito significativos em termos da totalidade do produto interno bruto (PIB) mundial. Mas para alguns dos mais pobres povos da Terra, as consequências poderiam ser apocalípticas. A longo prazo, as alterações climáticas são uma ameaça massiva ao desenvolvimento humano e, em alguns lugares, já minam os esforços da comunidade internacional para reduzir a pobreza extrema.” -4– Todos os países serão afetados nos seus sectores económicos pelas mudanças climáticas. Por certo, os países mais pobres serão os primeiros a sofrer bem como os que sofrerão mais, ainda que tenham sido os que menos contribuíram para as causas das alterações climáticas. (in Stern Review, 2006). Segundo Stern,afirma em relação ao Crescimento Economico Global que as mudanças nas tecnologias de mitigação das emissões promoverão mesmo o desenvolvimento e crescimento económico, tanto de países pobres como ricos. ALGUMAS CONCLUSÕES DO RELATÓRIO STERN A mudança climática afeta os elementos básicos para vida da população: acesso à água, produção de alimentos, saúde e o ambiente. Usando modelos econômicos tradicionais, o custo e riscos da mudança climática equivale a uma perda de 5-20% do PIB mundial por ano. Em contrapartida, agir – por meio da redução dos gases que provocam o efeito estufa – custa apenas 1% do PIB mundial por ano. Se as emissões continuarem nesse ritmo, em 2035 teremos o dobro de gases do efeito estufa do que antes da Revolução Industrial. Isto irá aumentar a temperatura média mundial em 2°C, e no longo prazo em mais de 5°C (com probabilidade de 50%) – essa variação equivale a de hoje com a última era glacial. Os países desenvolvidos devem cortar suas emissões em 6080% até 2050. Mas os países em desenvolvimento também devem fazer cortes significativos. -5- REFERÊNCIAS: - ” INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DAS ALTERAÇÕES CLIMATÉRICAS”; -“ RELATÓRIO STERN” http://www.dpp.pt/Lists/Pesquisa%20Avanada/Attachments/1380/Relatorio_Stern.pdf; -“PLANETA SUSTENTAVEL “ http: //planetasustentavel.abril.com.br/pdf/manual-deetiqueta-2012.pdf - “CONCLUSÕES RELATÓRIO STERN” -“ALTERAÇÕES CLIMATICAS” http://www.apambiente.pt/_zdata/DPCA/Seminario20120606_ProfesReqONGA/Alteracoes Climaticas_GuiaMAPFRE20102.pdf.