PLANEJAMENTO E CONDUTAS UTILIZADAS PARA O POSICIONAMENTO ADEQUADO DOS IMPLANTES, VISANDO A FUNÇÃO E A ESTÉTICA Luiz GuillermoPeredoPaz MarcosdosReisPereiraJanson Introdução A Implantologia possibilita nos dias de hoje a reabilitação total dos pacientes com perdas dentárias unitárias, múltiplas ou totais. Além do conforto e função adequados, a estética também é um fator preponderante nos planejamentos de reabilitação. Nos casos de perda total dos dentes, as dificuldades de planejamento estão relacionadas à atrofia de rebordo ósseo alveolar, e, para propiciar ambiente adequado à colocação de implantes, os procedimentos cirúrgicos reconstrutivos são os mais recomendados. Por outro lado, quando os implantes reabilitam alguns dentes ou somente uma unidade, há uma interface dente-implante. Para que se tenha a possibilidade de colocação desses implantes e também para que a arquitetura óssea e gengival seja adequada, com objetivos estéticos e funcionais, alguns parâmetros devem ser seguidos: o Altura do rebordo ósseo na área edêntula - A altura do rebordo ósseo e, conseqüentemente, o nível gengival, estabelecem a dimensão vertical da coroa clínica que será realizada. A Implantologia nas áreas estéticas estabelece que o posicionamento cervicoapical da plataforma e do implante deve estar entre 1 a 3 mm da junção cemento-esmalte dos dentes adjacentes, para que o perfil de emergência seja adequado e o aspecto da coroa o mais natural possíve1.54Outro referencial a ser levado em consideração é não permitir que as roscas do parafuso fiquem expostas em nível supra-ósseo, pois a chance de contaminação e perda do implante é maior.2 Portanto, 113 -~\IE\TO E CONDUTAS UTILIZADAS PARA O POSIOONAMENID ADEQUADO DOS IMPLANTES, VISANDO A FUNÇÃO E A ESTÉTICA Tipo de restauração final A forma como a restauração final será fixada no implante deve ser definida antes do procedimento cirúrgico. Basicamente são usadas duas maneiras com tal objetivo: a prótese cimentada e a parafusada. Muitos autores defendem a importância da reversibilidade das coroas pelo uso de parafusos de fixação, enquanto outros afirmam que nada deve ser cimentado diretamente no implante. A partir da introdução do pilar STR (Single Tooth Restoration) e do CeraOne, a prótese cimentada unitária ganhou um espaço muito importante na Implantologia. Na atualidade, a grande maioria das próteses unitárias são cimentadas, principalmente pela ausência do orifício de entrada do parafuso, o que permite estabelecer contatos oclusais mais estáveis e melhor estética; além disso, a versatilidade dos pilares preparáveis e customizados permite corrigir a inclinação dos implantes e promover uma parede cervical sinuosa que siga o contorno dos tecidos moles, mantendo a uniformidade na extensão da restauração no interior do sulco periimplantar (Figs. 6-47 e 6-48).1 A prótese parafusada, introduzida em 1977 pelo professor Branemark, apresenta grandes vantagens quando se trata de próteses extensas, pois além da reversibilidade permite que os parafusos funcionem como sistema de segurança (Figs. 6-10, 6-11, 6-20 e 6-28), ou seja, se eles se soltarem, ou até fraturarem, possibilitam a detecção de possíveis problemas de sobrecarga oclusal ou falta de passividade na prótese.10 Nos casos de espaço interoclusal reduzido, a prótese parafusada é considerada mais previsível que a cimentada. A definição do tipo de pró tese a ser usada em cada caso é multifatorial, e a decisão final vai depender de alguns critérios que deve ser profundamente discutidos e entendidos entre os profissionais e seus pacientes. Terapêutica Ortodôntica no Preparo Pré-implante Os pacientes que se apresentam para reabilitação com implantes podem apresentar ausência de um ou vários dentes. Decorrente do tempo desde que esses dentes foram perdidos, os espaços podem estar distriblÚdos de forma irregular, dificultando as restaurações, não só quanto às coroas protéticas, como também à instalação dos implantes. A movimentação dentária permite preparar adequadamente os espaços, assim como também auxilia durante procedimentos de reconstrução vertical e horizontal do rebordo ósseo e nível gengival, que podem ser, dependendo da situação, mais previsíveis e menos invasivos que procedimentos cirúrgicos. Além disso, tais pacientes podem apresentar maloclusões generalizadas, que podem ser tratadas de acordo com a necessidade ou o desejo do paciente. No momento da restauração com implantes, essas características 133 ] OSSEOINTEGRAÇÃO E O TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR devem ser levadas em consideração logo do outro lado do arco, baspois, após a colocação de um im- ta medi-Io e transferir o resultado plante osseointegrado, limita-se a com compasso de ponta seca para possibilidade de correções maiores o espaço que será reabilitado. Se o nos arcos dentários, principalmente dente homólogo também não estio relacionamento ântero-posterior, ver presente, os estudos da proporquando os implantes são realizados ção dentária realizados por Lomna região anterior do arco. Portanto, bardi42 e Francischone23 servirão de uma comunicação efetiva entre os parâmetro para a medição correta. profissionais envolvidos (implanto- Quanto ao movimento ortodôntico, logista e ortodontista) é fundamen- basicamente duas abordagens são tal para que se possa traçar um plano utilizadas: abertura ou fechamento de tratamento adequado e estabele- dos espaços, ambos dependentes do cer um cronograma de eventos, ba- contexto em que o paciente se apreseado no relacionamento final dos senta. Para a abertura de espaços, a arcos dentários desejado. No intuito mecânica mais comum a ser aplicade esclarecer como a Ortodontia da é a utilização de molas de secção pode estabelecer uma simbiose po- aberta entre os dentes adjacentes. sitiva com a Implantologia, as alter- Essa mola age empurrando os dennativas ortodônticas que focam as 5 tes, e seus efeitos são a distalização chaves para o posicionamento ade- ou mesialização quando houver esquado dos implantes e que visam a paços mesiodistais (Figs.6-53A a C), função e a estética foram dividas em ou vestibularização, quando não há tópicos descritos a seguir. espaços proximais entre os dentes. Na vestibularização deve ser observado que os dentes anteriores são Espaçopara a coroa protética: deslocados para a frente, aumenem seu preparo, têm-se duas tando o perímetro do arco. Portansituações distintas to, a relação de guia anterior deve ser analisada durante o planejamena) A oclusãodo pacienteé estávele to (Figs. 6-54A a M). nãoháintençãodeum tratamentoortodônticogeneralizadoparaa correçãode b) O paciente apresentamaloclumaloclusão- nessasituação, o plane- sãogeneralizadae será tratado ortojamento toma-se mais simples, pois donticamente.Nesse caso, o planeo relacionamento ântero-posterior jamento envolve não só o tamanho entre os dentes superiores e infe- do dente que será restaurado, como riores não será alterado, buscando- também os critérios ortodônticos se dessa forma, somente preencher para a resolução da maloclusão. o espaço edêntulo que se apresen- A melhor maneira de realizar um ta. Para o correto preparo, é neces- prognóstico preciso é o enceramensário saber o diâmetro mesiodistal to diagnóstico, onde são estabeledos dentes que serão implantados. cidas as posições finais dos dentes. Existem duas formas de realizar a Com essa perspectiva em mente, o medição. Se houver o dente homó- ortodontista visualiza suas necessi134 --~~""rO E CONDUTAS UTILIZADAS PARA O POSIOONAMENTO ADEQUADO DOS IMPLANTES, VISANDO A FUNÇÃO E A ES1ÉTICA .. - Paciente apresenespaço insatisfatório reposição protética. c espaço entre o cao pré-molar. \ - Utilização da mola r;ão aberta a fim proi2r espaço para dois o ares. .- Observa-se que o o ar mesializou e o apresentou discre:;aJização, suficiente espaço desejado. 6-53A 6-538 CII . . .. . 6-53C 135 OSSEOINTEGRAÇÁO E O TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR Fig. 6-54 \ - ... '" I ~ ;-54A 6-548 r'O ,i . ~ fJ -' 1 6-54C 6-54D 6-54E 6-54F 6-54G 6-54H 136 J 6-54 A-B-C - Paciente 20 anos de idade, com re cionamento de Classe I molares e mordida de to! decorrente da diminuiç do perímetro do arco su~ rior, pela ausência dos ir sivos laterais. Na radiografia panorâr. ca (D) é possível notar. ausência de espaços pc os implantes em todos níveis. Como o diaster entre os incisivos cenb:4 era mínimo, a atuação mola de secção aberta e favorável, pois, para obJ o espaço, os incisivos ce trais sofreriam uma vestib loversão,conseqüenteme te corrigindo a mordida topo pelo aumento do f rímetro superior. Em F) observa-se o início abertura dos espaços e e (G, H) os espaços nece~ rios já providenciados. --~ ':[JAMENTO E CONDUTAS UTILIZADAS PARA O POSICIONAMENTO ADEQUADO DOS IMPLANTES, VISANDO A FUNÇÃO E A EsTÉTICA Fadiografia panorâmica 1) mostra o posicionaorto adequado dos imrnes e, em (J, K, L) o relado final, com trespas~rizontal adequado e 3 estética na região anoro a # . 6-541 6-54J 6-54K 6-54L dades de movimentação e ancoragem. Duas situações podem ocorrer, dependendo dos espaços presentes e do tipo de maloclusão: to para auxiliar da movimentação: es- b1) Os implantes são colocadosao final do tratamento ortodôntico:quando a perda dentária refere-se a um ou mais dentes, mas permanecem os dentes posteriores, mantendo a dimensão vertical e possibilitando a ancoragem ortodôntica (Figs. 655A-I). b2) Alguns implantes são instalados no início ou no meio do tratamen- ses casos geralmente envolvem perdas múltiplas e deficiência de ancoragem ortodôntica; portanto, invariavelmente, há necessidade de instalação de alguns implantes antecedendo a movimentação, para prover ancoragem e suporte da dimensão vertical. Para a correta localização desses implantes prévios, há que se ter a visualização das posições finais de todos os dentes, para que não haja comprometimento das metas oclusais (Figs. 6-56A-F). 137 OSSEOINTEGRAÇÃO E O TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR Fig. 6-55 - Paciente I (Df 1" ~ 6-558 6-55A ". ~, r \ I ' J . 1 ( f l 6-55C 6-55D li! - c. , '" 4 6-55E , , '- . j máxima foi instituído. 6-55F rI , 6-55G 6-55H . final, percebece-se o bo relacionamento de Clas I atingido nos caninos e espaço adequado para implante (E-F-G).Nas fig ras H e I, implante já cor cado, com posicionamen sagital adequado. A ~ dida cruzada foi mantic: pois, por se tratar de u problema esquelético e paciente já estar na iC de adulta, o procedime to de expansãoteria I ser cirúrgico, ao que a p ciente se recusou. No e tanto, devido aos canin, estarem bem posicionack propiciando a guia nos rn vimentos laterais da manc bula, essa oclusão inverti no segmento posterior r.. confere dano algum. ... 6-551 138 \ 36 anos que apresem va problemas generali2 dos nos arcos dentám com maloclusão de Clas 11,perda óssea e diastem na região dos incisivosinl riores, e mordida cruza posterior do lado esquI do (A-B-C). Como havia intenção de um tratamen completo, com a correçi de todos os problemas ortodontia foi realizada ta to no arco superior con no inferior. A oclusão ide ao final do tratamento 5 ria estabelecer a relação Classe I nos caninos; pa preparar o espaço para implante do primeiro pI molar. Havia a necessidal de se saber como a ancCN gem deveria ser estabele da. Em relação de Classe o pré-molar deve ocluir e tre o primeiro e o segu~ pré-molar inferior. Porta to, foi realizado o enCef mento diagnóstico com tamanho definitivo do de te. Como pode ser visua zado (D), o molar já esI va em sua devida posiçã um regime de ancorage I ~'CJAMENTO E CONDUTAS UTILIZADAS PARA O POSICIONAMEN1O ADEQUADO DOS IMPLANTFS, VISANDO A FUNÇÃO E A ESTÉTICA .t ~ 6-56 i6A-B-C- Paciente de 44 JS,com perdas múltiplas, ~ção de Classe 11nos caos, trespasse horizontal sobremordida acentua;, Um dos problemas orlônticos aqui expostos, é :orreção da sobremordipela intrusão dos dentes :eriores superiores, devià distância muito granentre os dentes posteriode ancoragem e os aniores.Nesses casos, quanse planeja a reabilitação 11implantes, é interessan:olocar alguns estrategica!nte posicionados antes 1niciara ortodontia, para JYerancoragem e facilitar latamento. 6-56A 6-568 .-I I .- ] - 1 I I - Para não compro~er nem limitar as correes ântero-posteriores ne~rias, é importante re!Irum estudo prévio com ceramento diagnóstico. caso observado, a refe1Ciaântero-posterior que .ria era o futuro posiciomento dos caninos. Proando a movimentação do :o inferior,onde o canino ia mesializado para dar i6D t. 6-56C 6-56D r I I );3ÇOao primeiro pré-mo, foi então definida a poão do canino e pré-molar penor. 56E- Foi realizado so:nte 1 implante na poão mais posterior, onde !1ívelósseo era adequa. e construídoum canti'er para maior proximide com os dentes a sen movimentados. Após uardar um período de meses para osseointe!ção, iniciou-se o trata:nto ortodôntico.Obser. a curvaturado arco su.rior,que indica o sentido movimento. Como implante não se movi~ta, permitindo anco:em total, espera-se que 6-56E 6-56F haja somente intrusão do segmento anterior. 6-56F - Situação atual, é possível visualizar os espaços disponíveis do canino superior e em que o pré-molar inferior já preparados para receber os implantes. Observar a relação de Classe I nos caninos (cantilever no superior) e os trespasses horizontal e vertical corretos. 139 OSSEOINTEGRAÇÃO E O TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR Espaço ap;cal entre raízes adjacentes Este tópico e os dois a seguir estão divididos somente com finalidade didática, mas são intimamente relacionados, pois quando se prepara o espaço para a coroa do implante o posicionamento das raízes deve estar implícito no movimento. O espaço entre os ápices radiculares está relacionado com o diâmetro do implante que será usado, portanto nessa hora deve haver uma comunicação entre o ortodontista e o implantologista para que os cálculos possam ser realizados. O ideal é que entre os ápices caiba o implante e ainda sobre 1 mm de cada lado, proporcionando maior segurança para a colocação do implante. O espaço entre as raízes sempre pode ser providenciado, só havendo limitação se um dos dentes envolvidos na movimentação estiver anquilosado (Fig. 6-57 C e D). Espaço entre raízes ao nível da crista óssea Este tópico apresenta carga estética bastante importante, pois está relacionado à preservação da papila nas proximais do implante. De acordo com Tarnow, Cho e Wallace,5após o implante ser exposto ao meio bucal e ser estabelecida a interface implante-abutment, ocorre reabsorção do osso alveolar ao redor da porção mais coronal do implante entre 1,36 mm e 1,40 mm, e no sentido vertical de 1,5 mm a 2,0 mm.31 Essa reabsorção é uma adaptação natural, cujo intuito é se 140 estabelecer a distância biológica ao redor do implante. Como é a crista óssea que dá sustentação à papila na interface dente-implante, recomenda-se que a distância entre a plataforma e a raiz adjacente seja de pelo menos 1,5 mm, pois, ocorrendo a reabsorção horizontal, restaria ainda 0,2 mm da crista óssea, o suficiente para dar suporte vertical à papila. Portanto, ao realizarmos o preparo do espaço, a largura da plataforma é fundamental, pois é com base nela que são realizadas as medições para manter o espaço adequado. Em dentes com diâmetro mesiodistal grande, essas dimensões preconizadas são fáceis de serem obtidas. Por exemplo, os incisivos centrais superiores e caninos apresentam dimensões mesiodistais médias entre 8 e 10 mm. Portanto, ao se preparar o espaço correto para a coroa e o apical entre as raízes, as dimensões ao nível da crista também estarão de acordo com o recomendado. Assim fazem-se os cálculos: ao preparar 8 mm para a coroa, subtraem-se 3 mm, o que equivale a 1,5 mm de cada lado, ainda sobrando 5 mm, ou seja, mesmo com uma plataforma de 5 mm, a papila é preservada. Porém o incisivo lateral superior é o dente que pode apresentar maior dificuldade no preparo de seus espaços. Sua coroa representa aproximadamente 2/3 da coroa do incisivo central, ou seja, varia de 5,5 mm a 6,6 mm.39Tomando-se como exemplo o de menor diâmetro, pode-se calcular: 5,5 mm de coroa darão aproximadamente 5,5 ou 6,0 ao nível da crista óssea. Subtraindo-se 3 mm, restarão de 2,5 a 3,0 mm, ou - \:D.W E CONDUTAS UTIliZADAS --- PARA O POSIOONAMENIO - -- ADEQUADO OOSlMPLANTES, VISANDO A FUNÇÃO E A E5TÉTICA seja, deve-se trabalhar com uma plataforma de no máximo 3,0 mm para que se tenha previsibilidade de papila. Para contornar esse problema pode-se tomar três atitudes: aumentar a divergência das raízes adjacentes; aumentar o tamanho do dente, ciente de que isso altera o relacionamento entre os arcos dentários; ou desgastar as proximais dos dentes vizinhos, para aumentar o lateral sem prejudicar a oclusão (Figs. 6-57A-G). Altura do rebordo ósseo na área edêntula A tríade osso alveolar, gengiva e restauração, e seus relacionamentos com os dentes adjacentes constituem os fundamentos para o perfil estético na Odontologia Restauradora. A interdependência desses componentes e a necessidade de melhora sistemática de qualquer deficiência significante nos componentes da tríade constituem o princípio do condicionamento do local do implante. Para o sucesso dos implantes nos quesitos estéticos e biológicos, algumas normas de conduta devem ser seguidas, destacando-se a necessidade de posicionar a plataforma do implante em média de 1 a 3 mm da junção cemento-esmalte dos dentes adjacentes, 1 para perfil de emergência adequado da restauração sob o implante. Outro fator a ser observado é a necessidade de manter as roscas dos implantes em posição infra-óssea. Para que esses parâmetros sejam alcançados, a quantidade de osso e gengiva inserida presente no local onde será colocado o implante .... deve ser suficiente para preencher esses requisitos. Um dos desafios com que comumente os implantologistas se deparam é quando se planeja a substituição por implante de um dente seriamente comprometido periodontalmente. Nesse panorama, diversas situações podem estar presentes, dependendo do nível ósseo e gengival do dente em questão. Os defeitos ósseos variam de acordo com o número de paredes ósseas presentes, e, quanto menos paredes houver, mais grave se torna a situação. 50 Nos casos comprometidos periodontalmente, a topografia óssea é irregular, evidenciando áreas com menor quantidade de osso à medida que se aproxima da coroa. Próximo à coroa praticamente inexiste tecido ósseo, e conforme se aprofunda em direção ao ápice podem-se encontrar áreas de 1 ou 2 paredes, 3 paredes ou alvéolo intacto com 4 paredes (Fig. 6-58 B). A alternativa ortodôntica para tais situações consiste na extração lenta do dente pelo método do tracionamento radicular. Esse procedimento aproveita a inserção conjuntiva remanescente para realizar crescimento ósseo vertical, trazendo áreas de três e quatro paredes mais para coronal, propiciandotambém alargamento da faixa de gengiva inserida durante todo o movimento, e facilitando desta forma os procedimentos cirúrgicos posteriores. Devido às características do tratamento e por ser altamente previsível, desde que haja inserção conjuntiva apical correspondente à 1/3 ou 1/4 do comprimento da raiz e ausência de inflamação,! esse 141 1 OSSEOINTEGRAÇÃO E O TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR - I 6-57D 6-57C agenesia. Como pode ! notado, aqui houve preoc pação em preparar os « paços das coroas (A, , porém a posição das raú impossibilitava a impla... dontia (C). 6-578 6-57 A Fig.6-57 - Este caso ap senta uma paciente de anos que havia se subI'" tido ao tratamento oc: dôntico para correção d posicionamentos dentári e preparo para implanl dos laterais superiores, q estavam ausentes devid< Para a correção do prob ma, foi novamente mol'1 do o aparelho fixo som< te no arco superior p< separar as raízes, dal1 atenção aos 3 níveis de teresse, conforme di~ mos. Em D, E e F, notaa correta distância entre ápices, na altura da cri! óssea e para o tamal1 da coroa. 6-57G - Providenciado espaços da maneira CO ta, tem-se a perfeição restauração final, com a c roa de tamanho corretc as margens gengivais pI piciando uma topogra natural. 6-57F 6-57E 1 I 6-57G 142 ,i.~"IE\'TO E CONDUTAS UTILIZADAS PARA O POSICIONAMENID ADEQUADO DOS IMPLANTFS, VISANDO A FUNÇÃO E A ESTÉTICA procedimento pode ser denominado Regeneração Óssea e Gengival Induzida Ortodonticamente34 (ROGIO) (Figs. 6-58 A-H). A altura do rebordo também pode ser modificada com movimentos ortodônticos horizontais, o que pode ser comprovado no tópico seguinte. que apresentavam rebordo atrófico. Concluiu-se que durante o fechamento de espaços de até 10 mm, o rebordo ósseo acompanha o dente, mais precisamente o movimento mesial do segundo molar, sendo que em indivíduos adultos parece haver maior tendência de reabsor- Espessuraapropriada do re- ção da crista alveolar, aproximadamente 2 mm, sem que com isso haja prejuízo ao periodonto (nesses trabalhos não foram analisados os bordo ósseo A espessura do rebordo está relacionada à possibilidade ou não de instalação dos implantes, e à estética, por ditar o perfil de emergência vestibulolingual da coroa decorrente da posição do implante mais para vestibular ou para palatino.7 Quando se observa um rebordo muito atrófico inviabilizando o implante, há a necessidade de se aumentar sua espessura. As cirurgias de enxerto ósseo autógeno, em bloco ou particulado, dependendo do quadro que se apresenta, oferecem bom prognóstico para tais casos. A Ortodontia também oferece essa possibilidade, podendo muitas vezes descartar procedimentos cirúrgicos mais radicais e adotar uma conduta mais conservadora e menos mvaSlva. Dois efeitos importantes da fisiologia da movimentação dentária devem ser entendidos para ser possível visualizar os benefícios que podem ser alcançados. O primeiro é a possibilidade de movimentação do dente em direção à áreas atróficas. Alguns autores33,56 já demonstraram, em jovens e adultos, a possibilidade de fechamento de espaços de primeiros molares perdidos há muito tempo parâmetros periodontais de perda de inserção). De acordo com Fontenelle,22 os dentes podem ser movimentados com o osso ou através do osso, e a pré-condição para que isso ocorra é a de haver reabsorção direta na direção do movimento. Quando os dentes se movimentam através do osso, o mecanismo é de reabsorção indireta, a qual não é acompanhada de aposição óssea na face frontal. Esse processo ocorre quando as forças são demasiadamente altas, a ponto de causar hialinização do ligamento periodontal. Dessa forma, a movimentação do dente para áreas de perda óssea ou onde a forma do rebordo alveolar é mais estreita é possível desde que um sistema de forças adequado seja planejado46 (Figs. 6-59A-F). O segundo é a resposta tecidual que se tem quando se movimenta o dente para áreas onde a altura do rebordo ósseo é menor. A idéia que se tinha da movimentação dentária sempre foi a da criação de duas zonas distintas: uma de tensão, que provoca deposição óssea, e outra de pressão, que acarreta reabsorção do osso frontal ao movimento. No entanto, Thilander62 e GeracPo e cols.16 demonstraram que quando o mo,143 OSSEOINTEGRAÇÃO E O TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR Fig. 6-58 - A paciente c 50 anos apresentava cal: no superior esquerdo co: grande recessão gengiv na vestibular (A), observal do-se no exame radiogrã! co a reabsorção óssea ! mesial e distar (8). O deI'" apresentava-se com moê lidade grau 2, sendo plan jada sua substituição p implante osseointegrad Optou-se pela realizaçi da extração lenta do de te como meio de obtençi de altura óssea e gengn mais adequadas. O apar lho foi ativado 1 mm a cac 15 dias ou mais, sendo q: algumas vezes o interva foi superior a 30 dias. 6-588 6-58A I -6-58D 6-58C 1 _1 6-58C-D - Após atingido objetivo almejado - nn. ósseo e gengival igual I maior que nos dentes adj centes - o dente foi esta! lizado por um período de meses. Notar a quantidao e qualidade da gengiva ' vestibular do canino. Na seqüência, foi extra~ o remanescente radicula: o implante foi fixado. AI~ mas roscas do implante caram expostas na vestif: lar, porém numa superfil muito pequena, que pô facilmente ser recobe com osso autógeno área da crista óssea mesi 6-58F 6-58E 6-58(; 144 6-58H que apresentava exces de altura (E-F). Na radiografia final (G) , de-se comprovar a osseo tegração do implante, e I H, a estética final conseg da. Este caso demons as vantagens de se utie um dente condenado I riodontalmente para re zar o condicionamento seo e gengivaI previam€\ à fixação do implante, c recendo a vantagem de sultados previsíveis e ciI nuindo o número de eU gias que porventura foS9 necessárias para se o: rem os mesmos resultac caso se optasse por oul alternativas. i-''EJAMENTO E CONDUTAS UTILIZADAS PARA O POSIOONAMENTO ADEQUADO DOS IMPLANTES, VISANDO A FUNÇÃO E A ESTÉTICA .tE: =- 6-59 - Este caso !fT1plificaa possibilidade movimentação ortoltica em direção a áreas )ficas, com conseqüen,!ormação de estrutura ea adequada para im,nte, do lado oposto ao IVÍmento.Em A nota-se ebordo atrófico na disdo primeiro pré-molar :fior. 6-59A 6-598 6-59C 6-59D 6-59E 6-59F ;98 - Percebe-se que ~uanto o dente se mo)enta sobre o rebordo, deixandona sua mesial : rebordo da largura do 1te. i9C- Final do movimene (D) campo cirúrgico ~rto, onde se vê perfeil1ente a espessura ideal rebordo para a coloca) do implante. i9E-Implante já colocae (F) 4 meses depois, já I função, atuando como :oragem ortodôntica. 145 OSSEOINTEGRAÇÃO E O TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR vimento é realizado lentamente e a higiene bucal é adequada, apesar de haver o estreitamento da crista do lado sob pressão, não há perda de inserção e tanto o nível ósseo como o gengival mantém-se intactos. Portanto, com base nessas evidências científicas, é possível vislumbrar a alternativa ortodôntica de alargamento e aumento vertical do rebordo ósseo para viabilizar os implantes osseointegrados. o raciocínio consiste em movimentar lentamente um dente que apresenta um bom nível ósseo em direção ao rebordo edêntulo atrofiado. Assim, o periodonto do dente o acompanha na face frontal ao rebordo, ocorrendo um estreitamento da crista, porém sem perda de inserção, havendo do lado de tensão neoformação óssea de mesma altura e largura do dente que está sendo movimentado. Ao final, o dente ocupará o espaço do osso atrofiado, sem prejuízo de seu periodonto; na outra face haverá um rebordo com altura e espessura próprios para receber o implante (Figs. 6-60 A-H). Conclusões Aosseointegração oferece a possibilidade de reabilitação integral do paciente, permitindo função, estética e fonética adequadas, e devolvendo ao paciente sua auto-estima. Como pôde ser visto, ao traba- 146 lhar nas zonas estéticas, a atenção ao detalhe é o que faz a diferença. O tamanho da coroa clínica, a topografia gengival, a presença das papilas e o perfil de emergência dos dentes estão todos condicionados à presença adequada, em altura e largura, do osso e do tecido gengival. O diagnóstico adequado e a escolha dos procedimentos de correção, sejam eles ortodônticos ou cirúrgicos, permitem ao paciente a reabilitação da dentição com aspecto natural e ótima função. Quando se pensa na reabilitação com implantes, o aspecto mais marcante é que sua posição é imutável, portanto qualquer mau posicionamento dentário deve ser avaliado quanto à sua necessidade de correção ou mesmo quanto ao desejo do paciente, pois, após realizado o implante, muitas vezes pode-se impossibilitar o tratamento geral de uma maloclusão. O exemplo clássico que pode ser lembrado é o do paciente Classe lI, que perde o incisivo central. Após a reabilitação com implante, a possibilidade de retrair os incisivos, e portanto diminuir o trespasse horizontal, é nula. O mais importante em toda a questão é a comunicação efetiva entre os profissionais envolvidos, pois embora seja necessário um conhecimento geral ao especialista atualizado, sempre algum detalhe importante pode ser lembrado pelo colega que trabalha em outra área. ~'JEJAMEN1D E CONDUTAS UTILIZADAS PARA O POSICIONAMENlD g.6-60- Paciente ADEQUADO DOS IMPLANTES, VISANDO A FUNÇÃO E A ESTÉTICA . de 37 IOS,com histórico de proemas periodontais, ha3 perdido os dentes posaores ao primeiro préalar superior esquerdo. ~do à perda óssea pré2Stente e à atrofia natuI do rebordo após as perISdentárias, o nível ósseo ual impossibilitava a rea&!açãocom implantes (A 8). Frente a esse problea, foi sugerida a cirurgia ~ enxerto ósseo da crista ) ilíaco, alternativa que a !ciente recusou por achar !fTlasiadamente invasiva. >mo alternativa, foi pro:lSta,então, a possibilida~demovimentação do pri'eiro pré-molar para dis~ com intenção de criar ;so em largura e altura e )5sibilitar a colocação de ~o menos dois implantes I área. Como já iniciado o ~tamento ortodôntico e realizado procedimento Irecido no arco inferior, )tou por essa terapêutica. risco inerente a ela era a )5sibilidade de reabsor10do pré-molar, devido à :tensão do movimento e )I'apresentar alguma perI óssea na dista!. 60C - Como não havia ~tes na distal do préalar, houve necessidade ~instalação de 2 implan5 provisórios na única ea que dispunha de osso !fa o procedimento a berosidade maxilar. D) Ira ficar próximo do dene ter maior controle do ovimento, foi confeccioIda uma barra palatina fiIda no molar direito e no 1plante. Essa barra apre!I1tavauma extensão para 6-60A 6-608 6-60C 6-60D --I 6-60E 6-60F - . .".. . ; . ;.. . . . . ~ . I . .. . :cc 5tibular,onde foi colado --.:... tubo e iniciadoo nivelaento dos dentes com o 6-60H 6-60G ~plante. 60Ee F- Situaçãoatual, n que nota-se a espessu- observar como os dentes apresentam-se praticamente no mesmo nível que os implantes proe alturada margem gen- visórios. A barra palatina foi removida pois o dente já se encontrava próximo do implante. ial na mesialdo pré-mo- 6-60G - Radiografia inicial e (H) no estágio atual, em que é visualizado o nível ósseo ade:. Importante também é quado na mesial e a posição dos implantes provisórios. 147 OSSEOINTEGRAÇÃO E O TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR Referências 1. AGAR, J.R; CAMERON, M.A Cement removal from restorations luted to titanium abutments with simulated subgingival margins. J. Prosthet Dent, 1997;78:43-7. 2. ATWOOD, D.A Bone loss of edentulous alveolar ridges. J Periodontol 1979;50:11-21. 3. ATWOOD, D.A Postextraction changes in the adult mandible as illustrated by microreadiographs of midsagittal sections and serial cephalometric roentgenograms. J Prosthet Dent 1963; 13:810-824. 4. ATWOOD, D.A Reduction of residual ridges: A major oral disease entity. J Prosthet Dent 1971; 26:266-279. 5. BALSHI,T.J.;WOLFINGER,G.J.Twoimplant-supported single molar replacement: interdental space requirements and comparison to altemative options. Interior J Periodont Rest Dent 1997; 17:427-435. 6. BELSER, D.; BUSER, D.; HESS, D.; SCHMIDT, B.; BERNARD, J.P.; LANG, N. Aesthetic implant restorations in partially edentulous patients - a critical appraisaI. J Periodonto120001998; 17:132-150. 7. BELSER, U.e.; BERNARD, J.P.; BUSER, D. Implant-Supported Restorations in the Anterior Region. Pract. Periodont. Aesthet Dent. 1996; 8:875883. 8. BENNANI; BAUDOIN. Estética e perfil deemergênciana implantodontia. Monique Revillion Dinato. Porto Alegre: Artmed, 2002. 9. BHASKAR, S.N. Histologiae Embriologia Oral de Orban. São Paulo: Artes Médicas, 10" ed., 1989. 10. BINON, P.P. Implant and Components: Entering the New Millenium. The Int. J. of Oral and Max. Implants, v.15, n.l, 2000. 11. BRÁNEMARK, P-I; ZARB, G.A; ALBREKTSON, T. Tissue Integrated Prostheses. Osseointegration in Cli- 148 nical Dentistry. Quintessence PubI. Co., Chicago, 1985. 12. CARLSSON, G.E.; BERGMAN, B.; HEADGARD, B. Changes in the contour of the maxillary alveolar process under immediate dentures. A longitudinal clinical and x-ray cephalometric study covering 5 years. Acta Odontol Scand 1967; 5:45-75. 13. CAWOOD, J.L; HOWELL, RA A classification of the edentulous jaws. Int J Oral Maxillofac Surg 1988; 17:232-236. 14. DAVIES, J.E.; HOSSEINI, M.M. Histodynamics of Endosseous Wound Healing. In: DAVIES, J.E.; ed. Bone EngineeringIn squared incorporated, Toronto, Canadá, 2000. 15. DOUGLASS, J.B.; MEADER, L.; KAPLAN, A; ELLINGER, e.W. Cephalometric evaluation of the changes in patients wearing complete dentu- res. A 20-year study. J Prosthet Dent 1993; 69:270-275. 16. DUBRUL, E.L. Sicher and Dubrul's Oral Anatomy. e.v. Mosby, 7th ed, 1980. 17. EL ASKARY, AS. Reconstructive Aesthetic Implant Surgery. Blackwell Munksgaard, 2003. 18. EL ASKARY, AS. Reconstructive Aesthetic Implant Surgery. Blackwell Munksgaard, 2003. 19. ENOMOTO, H.; NOZAWA, K.; FURUKAWA, T.; TSURUMAKI, S.; TAKANO, M. Achieving Tissue Esthetics and Cleansability of ImplantSupported Crowns in the Posterior Segments. Quintessence Dental Te- chnology 2002; 25:181-197. 20. ERICSSON, L; LINDHE, J. Probing depth at implants and teeth. An experimental study in the dog. J. Clin Periodontoll993;20:623-7. 21. FERNANDEZ, RE.; BALSHI, T.J. One implant versus two implants, replacing a single molar: a three year comparative study. Presentedat the Annual Meeting of theAcademyof Osseointegration.Chicago, March 2-5, 1995. - r I ~-\.\IE\'TO E CONDUTAS UTILIZADAS PARA O POSIOONAMENID ADEQUADO DOS IMPLANTES, VISANDO A FUNÇÃO E A ESTÉTICA nine mandible. J. Periodontol 1997; 22. FONTENELLE, A Limitations in 68:1117-1130. Adult Orthodontics. In: MELSEN, B. ed. Current controversiesin Ortho- 32. HOBO, S.; ICHIDA, E.; GARCIA, L.T. Osseointegração e Reabilitação dontics.Chicago: Quintessence, 1991, Oclusal. São Paulo: Quintessence, p.147-179. 1997. 23. FRANCISCHONE, AC. Prevalência das proporções áurea e estética 33. HOM, B.; TURLEY,P. The effects of space closure of the mandibular first dos dentes ântero-superiores e resmolar areas in adults. Am. J. Orthod. pectivos segmentos dentários, relaDentofac.Orthop. 1984;85:457-469. cionados com a largura do sorriso em indivíduos com oclusão normal. 34. JANSON, M.; PASSANEZZI, E.; JANSON, RRP.; PINZAN, A TraDepartamento de Dentística. Bauru: FOB-USP-Bauru; 2005. tamento Interdisciplinar II - Altera24. FRANCISCHONE, C.E.; VASCONções Verticais no Periodonto Induzidas Ortodonticamente. Revista DenCELOS, L.N.; BRÁNEMARK, P-I. tal Press de Ortod. Ortop. Fadal 2002; Osseointegrationand esthetics in sigle 7:85-105. tooth reabilitation.São Paulo: Quin35. JOHNSON, K A study of the dimentessence, 2000. 25. FRANSCISCHONE, C.E.;VASCONsional changes occurring in the maxilla after tooth extraction: Part I: CELOS, L.W. Restaurações Estéticas sem metal - Conceito Procera. 2.ed. Normal healing. Aust Dent J 1963; 8:428-433. São Paulo: Quintessence, 2002. 36. KAN, J.Y.K; RUNGCHARASSA26. GAILLUCCI, G.O.; BELSER, u.c.; ENG, K Interimplant papilla preBERNAND, J.; MAGNE, P. Modeservation in the esthetic zone: a reling and characterization of the CEJ port of six consecutive cases. Int J for optimization of esthetic implant PeriodontRestoratDent 2003;23:249designo Int J PeriodonticsRestorative 259. Dent 2004;24:19-29. 37. KINSEL, RP.; LAMB, RE. Develop27. GARBER,D.A The esthetic implant: ment of gingival aesthetics in the terletting restoration be the guide. minal dentition patient prior to denJ Am Dent Assoe 1995; 126:319-325. 28. GARBER,D.A; BELSER,u.c. Restotal implant placement using a fullarch transitional fixed prosthesis: a ration-driven implant placement case report. Int J Oral MaxillofacImwith restoration-generated site deplants 2001; 16:583-89. velopment. Comp Cont Dent Educ 38. KOIS, J.c. Predictable single tooth 1995; 16:796-804. 29. GARG, AK Práticada Implantodoloperi-implant esthetics: Five diagnostic keys. CompendContinEducDent. gia. Editorial Premier Livros, 2001. 2001; 22:199-206. 30. GERACI, T.E; NEVINS, M.; CROSSETTI, H.W.; DRIZEN, K; RUBEN, 39. KOKICH, V. Anterior dental esthetics: An orthodontic perspective m. M.P. Reattachment of the periodontium after tooth movement into an Mediolateral relationships. J. Esthet. Dent. 1993; 5:200-207. osseous defect in a monkey. Int. J. of Periodontics Restorative Dent. 1990; 40. LAZZARA, RJ. Managing the soft 10:185-197. tissue margin: the key to implant aesthetics. Pract PeriodonticsAesthet 31. HERMAN, J.S.; COCHRAN, D.L.; Dent 1993;5:81-7. NUMMIKOSKI, P.V.; BUSER, D. 41. LEKHOLM, u.; JEMT, T. PrincipIes Crestal bone changes around titafor single tooth replacement. In: ALnium implants. A radiographic evaBREKTSSON, T.; ZARB, G.A The luation of unloaded non-submerged Branemark Osseointegrated Implant. and submerged implants in the ca149 OSSEOINTEGRAÇÃO E O TRATAMENTO MULTlDISCIPLINAR Chicago: Quintessence Publishing Co.,1989. 42. LOMBARDI, R The principIes of visual perception and their application to dental esthetics. J. Prosth. Dent. 1973;23:358-382 43. LONDON, RM. The esthetic effects of implant plataform selection. Compend ContDental Educ 2001;22:675682. 44. MANKOO, T. EVOLVING. Implant Concepts in Complex Restorative Challenges. Quintessence Dental Technology, v.25, p.198-212. 45. MCNEILL, C. Science and Practice of Occlusion. Chicago: Quintessence Publishing Co., 1997. 46. MELSEN, B.; Current. Controversies in Orthodontics. Chicago: Quintessence,1991. 47. MJOR, I.A; FEJERSKOV,O. Embriologia e Histologia Oral Humana. Edito- rial Médica Panamericana, 1990. 48. PALLACI, P.; ERICSSON, I. Esthetic Implant Dentistry. Soft and Hard Tissue Management. Chicago:Quintessence Publishing Co., 2001. 49. PAREL, S.M.; SULIVAN, D.Y. Esthetics and Osseointegration. Dallas: Taylor Publishing, 1989. 50. PASSANEZZI, E.; JANSON, W.A; NAHÁS, D.; CAMPOS JR, A Newly Forming Bone Autografts to Treat Periodontal Infrabony Pockets: Cinical and Histological Events. Int. J. of Period. Rest. Dent., 1989; 9:141153. 51. POTASHNICK, S.R Soft tissue modelling for the esthetic single-tooth dy of closing edentulous spaces in the mandible. Angle Orthod. 1979; 49:227-223. 57. STRUB, J.R; GABERTHUEL, T.W.; GRUNDER, U. The role of attached gingival in the hea1th of periimplant tissue in dogs. 1 Clinical finding. Int J Periodontics Restorative Dent. 1991; 11:317-333. 58. TALLGREN, A The continuing reduction of the residual alveolar ridges in complete denture wearers: a mixed-Iongitudinal study covering 25 years. JProsthetDent 1972;27:120132. 59. TARNOW, D.; NICOLAS, E.; FLETCHER, P.;FROUM, S.;MAGNER, A; CHO, S.; SALAMA, M.; SALAMA, H.; GARBER,D.A Verticaldistance from the crest of bone to the height of interproximal papilla between adjacent implants. J Periodontol2003;74:1785-1788. 60. TARNOW, D.P.;CHO SC WALLACE, S.S. The effect of inter-implant distance on the height of inter-implant bone crest. J Periodontol 2000; 1998; 10:121-131. 52. RANGERT, B.R; SULLIVAN, R; JEMT, T.M. Load factor control for implants in the posterior partially edentulous segment. Int J Oral Maxillofac Implants 1997; 12:360-370. 71:546-549. 61. TARNOW, D.P.; MAGNER, AW.; FLETCHER, P. The effect of the distance from the contact point to the crest of bone on the presence or absence of the interproximal papilla. J. Periodontol1992; 63:995-996. 62. THILANDER, B. Infrabony Pockets and Reduced Alveolar Bone Height in Relation to Orthodontic Therapy. 53. RENOUARD, E; RANGERT, B. Fatores de risco no tratamento com im- 63. WEISGOLD, AS.; ARNOUX, implant restoration. J Esthet Dent plantes. Evolução Clínica e Conduta. São Paulo: Quintessence, 2001. 54. SALAMA, H.; SALAMA, M.; KELLY, 150 .0 J. The Orthodontic-Periodontal connection in implants site development. The Implant Report 1996; voI. 8:923-932. 55. SPIEKERMAN, H.; DONATH, K.; HASSELL, T.; JOVANOVIC, S.; RICHTER Implantology. Thieme Medical, 1995, p.220-224. 56. STEPOVICH, M.A Clinical stu- Seminars in Orthodontics 1996; 2:55-61. J.P.; LU, J. Single-tooth anterior implant: a world of caution. Part I, J Esthet Dent 1997; 9:225-233. .A'AENlD E CONDUTAS UTILIZADAS PARA O POSIOONAMEN1O ADEQUADO DOS IMPLANTES, VISANDO A FUNÇÃO E A EsrtTICA 64. WEISGOLD, AS.; ARNOUX, J.P.; LV, J. Single-tooth anterior implant: a world of caution. Part I, J Esthet Dent 1997;9:225-234. 65. WHEELER, S.L.; VOGEL, RE.; CASELLINI, R Tissue preservation and maintenance of optimum esthetics: a clínical reporto Int J Oral Maxillofac Implants 2000; 15:265-271. 66. WISE, M.D. Failure in the restored dentition. Managementand Treatment. Chicago: Quintessence Publishing Co., 1995. 67. WORTHINGTON,P.; LANG, B.R; RVBENSTEIN, J.E. Osseointegration in dentistry. An overview.Chicago: Quintessence Publishing, 2003. 68. ZARB, G.A; BOLENDER, c.L.; CARLSSON, G.E. BOVCHER'S. Prosthodontic Treatment for Edentulous Patients. Mosby, 11th ed., 1997. 69. ZARB, G.A; LEKHOLM, V.; ALBREKTSSON, T.; TENENBAUM, H. Aging, Osteoporosis and Dental Implants. Chicago:QuintessencePu- blishing, 2002. 70. ZINNER,LD.;PANNO,EV.;SMAIL, S.A; LANDA, L.S. Implant Dentistry: from Failure to Success.Chicago: Quintessence Publishing, 2003. 71. ZITZMANN, N.U.; MARINELLO, c.P. Anterior single-tooth replacement: clínical examination and treatment planning. Pract Periodont 1999;11:847-858. Aesthet Dent 72. ZVHR, O.; SCHENCK, G.; SCHOBERER, V.; WACHTEL, H.; BOLZ, W.; HÜRZELER, M.B. Maintenance of the Original Emergence Profile for Natural Esthetics with Implant-Supported Restorations. Quintessence Dental Technology 2002; 25:144-154. 151