PAUL Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL NO APOIO À GESTÃO ACADÊMICA DE IES PRIVADAS Autor: Paulo Roberto Cobbe Orientador: Dr. Remis Balaniuk Brasília - DF 2013 PAULO ROBERTO COBBE INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL NO APOIO À GESTÃO ACADÊMICA DE IES PRIVADAS Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação da Universidade Católica de Brasília, para obtenção do Título de Mestre em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação. Orientador: Dr. Remis Balaniuk Brasília 2013 12,5 cm C653i Cobbe, Paulo Roberto. Inteligência organizacional no apoio à gestão acadêmica de IES privadas. / Paulo Roberto Cobbe – 2013. 164f. : il.; 30 cm Dissertação (mestrado) – Universidade Católica de Brasília, 2013. Orientação: Prof. Dr. Remis Balaniuk 7,5cm 1. Inteligência. 2. Gestão do conhecimento nas organizações. 3. Ensino superior. I. Balaniuk, Remis, orient. II. Título. CDU 005.94:378 Ficha elaborada pela Biblioteca Pós-Graduação da UCB 05/03/2013 7,5 cm Dissertação de autoria de Paulo Roberto Cobbe, intitulada “INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL NO APOIO À GESTÃO ACADÊMICA DE IES PRIVADAS” apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação da Universidade Católica de Brasília em 25/03/2013, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: ______________________________________________________ Prof. Dr. Remis Balaniuk Orientador Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação – UCB ______________________________________________________ Prof. Dr. Eduardo Amadeu Dutra Moresi Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação – UCB ______________________________________________________ Prof. Dr. Hércules Antonio do Prado Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação – UCB ______________________________________________________ Profₐ. Dra Ilma Passos Alencastro Veiga Faculdade de Educação - UnB Brasília 2013 AGRADECIMENTOS À minha esposa amada, pelo amor, apoio e paciência; Aos meus pais e irmãos, pelo exemplo, orientação e torcida, me mostrando, cada um à sua maneira, talentos que devo alcançar; Ao professor Remis Balaniuk, pela orientação e apoio. Sua dedicação serena foi, e continuará sendo, um exemplo a ser seguido; Aos professores Hércules Antonio Prado, Edilson Ferneda e Eduardo Amadeu Dutra Moresi, pelo incentivo à pesquisa que se transformou neste trabalho; Ao Centro Universitário de Brasília - UniCEUB, em particular Carlos Alberto Cruz, Geraldo Rabelo, Mara Lúcia Castilho, Gustavo Lopes, Sérgio Cozzetti, Kátia Almeida e demais colegas de CPA, pelo grande e decisivo apoio na realização deste trabalho; À IES estudada, com destaque ao departamento de TI, que proporcionou completo acesso aos seus dados. Este trabalho não teria sido possível sem vocês; Finalmente, à Estrela da Manhã, Criador de toda a criatura, que brilhou no começo, brilha hoje e continuará a resplandecer até o fim. A todos, meu mais sincero obrigado. “None of us is as smart as all of us.” Eric Schmidt RESUMO Referência: COBBE, Paulo R. Inteligência Organizacional no Apoio à Gestão Acadêmica de IES Privadas. 2013. 164. Dissertação (Mestrado em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação). Universidade Católica de Brasília, 2013. Após uma década de políticas de incentivo à educação superior, o crescimento no número de Instituições de Ensino Superior (IES) resultou no aumento das pressões competitivas no mercado de educação, e a necessidade do governo brasileiro criar sistemas de avaliação que auxiliassem a gestão e garantissem padrões mínimos de qualidade de ensino. No período, IES buscaram investimentos em tecnologia para auxiliar sua gestão, mas continuam, em sua maioria, sem alcançar os benefícios prometidos por esses investimentos. Mesmo possuindo bases de dados informatizadas com informações relevantes, pessoas capacitadas para interpretar essas informações, e instrumentos de avaliação providos pela União, IES ainda não encontraram meios para incorporar esses recursos como diferencial competitivo e de gestão. Esta dissertação mostra como a Inteligência Organizacional (IO), um processo genérico e intuitivo de captação, seleção, interpretação e uso de informações para a tomada de decisão, somada às Tecnologias de Informação (TI), pode ser utilizada no apoio à gestão de IES privadas. A pesquisa foi dividida em duas partes: na primeira etapa, entrevistou profissionais ligados ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), do ponto de vista do governo, do avaliador e da IES, identificando os principais problemas enfrentados pelas IES em seus processos avaliativos. Na segunda etapa, utilizou uma abordagem mista para construir um estudo de caso em uma IES privada do Distrito Federal do Brasil, demonstrando como a IO pode ser aplicada para apoiar as IES na tomada de decisão. Este estudo de caso demonstrou, de forma prática e pragmática, como sistemas de Business Intelligence (BI) e de mineração de dados podem ser utilizados na compreensão da realidade das IES e na gestão de risco, com ênfase na evasão escolar. Palavras-chave: Inteligência organizacional. Gestão de instituições de ensino superior. Mineração de dados. Inteligência de negócio. Business intelligence. ABSTRACT The successful implementation of education incentive policies by the federal government of Brazil over the last decade resulted in increased competitive pressures in the education market, and the need by the government to create regulations, to ensure minimum quality standards for Higher Education Institutions (HEI) services and to aid their management. During this period, HEIs invested in technology to help management decision making, but results have, for the most part, fallen short of the expected. Despite having built databases containing relevant information, employing a workforce of individuals with the expertise required to make use of this information, and being required to comply with government regulations designed to help HEI managers to oversee their organizations, HEIs have yet to find ways to transform these various resources in concrete positive results. This dissertation shows how Organizational Intelligence (OI), a generic and intuitive process for capture, selection, interpretation and decision making, combined with Information Technology (IT), can be used to support managers of private colleges and universities. This research was divided in two parts: the first part, interviewed professionals associated with the Higher Education National Evaluation System (SINAES), representing the government, evaluators and the HEI, identifying major difficulties experienced by managers while complying with government requirements. In the second part of this research, the information gathered was used to design a case study of a private HEI in Brasília, the capital of Brazil, for which a business intelligence (BI) system was created to demonstrate how BI can be leveraged to support management decision making. Additionally, a risk management approach using data mining was presented as a potential avenue to combat student evasion. Keywords: Organizational intelligence. Higher education management. Data mining. Business intelligence. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Hierarquia da informação ......................................................................... 27 Figura 2 - Ciclo da Inteligência ................................................................................. 29 Figura 3 - Descoberta de conhecimento .................................................................. 34 Figura 4 - Processo CRISP-DM ............................................................................... 37 Figura 5 - Modelo do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) ....................................................................................................... 41 Figura 6 - Ciclo de Inteligência Organizacional para Instituições de Ensino Superior ............................................................................................. 96 Figura 7 - Visualização de desempenho dos alunos .............................................. 134 Figura 8 - Dashboard de qualificação e regime de trabalho dos docentes............. 138 Figura 9 - Dashboard de conceituação do coordenador de curso .......................... 140 Figura 10 - Relatório de docentes para o curso e período letivo ........................... 141 Figura 11 - Precisão das predições para o treinamento utilizando uma divisão de ⅔ para treinamento e ⅓ para teste ......................................................... 146 Figura 12 - Curva ROC expressa para o treinamento ........................................... 148 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Dez dimensões do instrumento para a avaliação externa de instituições de ensino superior ......................................................................................... 43 Quadro 2 - Três dimensões do instrumento de avaliação dos cursos de graduação ................................................................................................. 49 Quadro 3 - Fontes de informação e dimensões do SINAES ................................. 101 Quadro 4 - Relação das áreas de sensoriamento e as dez dimensões do roteiro de avaliação da instituição do SINAES............................................................. 108 Quadro 5 - Relação das áreas de sensoriamento e as três dimensões do roteiro de avaliação de cursos do SINAES .................................................................. 112 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Resumo da precisão das predições pra cada algoritmo e para a máquina de comitê ..................................................................................................... 147 Tabela 2 - Matriz de confusão para cada algoritmo de treinamento ....................... 147 Tabela 3 - Predições da máquina de comitê para os alunos matriculados ............. 148 LISTA DE ABREVIATURAS AODE BI CAPES CNE CONAES CPA CRM DW EAD ENADE ERP FIES IES INEP IO KDD LDB MEC OLAP PAIDEIA Estimador pela Média com uma dependência Inteligência de Negócio Fundação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior Conselho Nacional de Educação Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior Comissão Própria de Avaliação Sistema de Gestão de Clientes Data Warehouse Ensino a distância Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes Sistema de Planejamento Empresarial Fundo de Financiamento Estudantil Instituição de Ensino Superior Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira Inteligência Organizacional Descoberta de Conhecimento em Banco de Dados Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Ministério da Educação Processamento Analítico Online Processo de Avaliação Integrada do Desenvolvimento Educacional e da Inovação da Área PARU Programa de Avaliação da Reforma Universitária PDI Plano de Desenvolvimento Institucional PI Pesquisador Institucional PIB Produto Interno Bruto PNE Portador de Necessidades especiais PPC Plano Pedagógico de Curso ProUNI Programa Universidade para Todos ROC Característica de Operação do Receptor SESu Secretaria de Educação Superior SINAES Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior TI Tecnologia da Informação UNESCO Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura WEKA Ambiente Waikato para Análise de Conhecimento SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 13 1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ..................................................................... 19 1.2 OBJETIVOS ................................................................................................ 20 1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................... 20 1.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................... 21 1.3 2 RELEVÂNCIA DO ESTUDO ....................................................................... 21 REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................ 23 2.1 O CONHECIMENTO E AS ORGANIZAÇÕES ............................................ 23 2.2 INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL .......................................................... 25 2.2.1 A Inteligência como Produto ........................................................... 27 2.2.2 A inteligência Organizacional como Processo .............................. 28 2.3 DESCOBERTA DE CONHECIMENTO EM BANCO DE DADOS ............... 33 2.4 A MINERAÇÃO DE DADOS ....................................................................... 34 2.5 METODOLOGIA CRISP-DM....................................................................... 37 2.6 INTELIGÊNCIA DE NEGÓCIO ................................................................... 38 2.7 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ................................................................... 40 3 METODOLOGIA ........................................................................................... 81 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA .............................................................. 81 3.2 COLETA E ANÁLISE DE DADOS .............................................................. 82 3.3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ..................................................................... 83 4 ANÁLISE DAS ENTREVISTAS .................................................................... 84 4.1 FONTES PESQUISADAS ........................................................................... 84 4.2 ENTREVISTAS ........................................................................................... 85 4.2.1 A avaliação e o seu papel no contexto educacional brasileiro ..... 85 4.2.2 A CPA como ator chave no processo avaliativo ............................ 86 4.2.3 Sobre a natureza da avaliação ......................................................... 87 4.2.4 O PDI e a avaliação institucional ..................................................... 88 4.2.5 Sobre os indicadores ....................................................................... 90 4.3 AVALIAÇÃO DAS ENTREVISTAS ............................................................. 94 5 A INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL APLICADA À GESTÃO DE IES .... 96 6 SENSORIAMENTO ..................................................................................... 100 6.1 COLETA DE INFORMAÇÕES .................................................................. 100 6.1.1 Alunos .............................................................................................. 103 6.1.2 Funcionários ................................................................................... 103 6.1.3 Acadêmico ....................................................................................... 104 6.1.4 Infraestrutura................................................................................... 105 6.1.5 Financeiro ........................................................................................ 106 6.1.6 Responsabilidade Social ................................................................ 106 6.1.7 Gestão .............................................................................................. 107 6.1.8 Relação entre os indicadores e as dimensões do SINAES ......... 107 6.2 7 ORGANIZAÇÃO E ARMAZENAMENTO DA INFORMAÇÃO ................... 116 PERCEPÇÃO .............................................................................................. 118 7.1 ACADÊMICO ............................................................................................ 120 7.2 FUNCIONÁRIOS ...................................................................................... 121 7.3 RESPONSABILIDADE SOCIAL................................................................ 122 7.4 INFRAESTRUTURA ................................................................................. 123 7.5 FINANCEIRO ............................................................................................ 124 7.6 GESTÃO ................................................................................................... 124 8 INTERPRETAÇÃO ...................................................................................... 126 9 ADAPTAÇÃO .............................................................................................. 129 10 ESTUDO DE CASO .................................................................................... 130 10.1 A BI APLICADA À IES .............................................................................. 133 10.1.1 Desempenho dos alunos ............................................................... 133 10.1.2 Qualificação e regime de trabalho de docentes ........................... 137 10.2 MINERAÇÃO DE DADOS APLICADA À ANÁLISE DE RISCO ................ 142 10.2.1 O Experimento ................................................................................ 142 10.2.2 Preparação de dados ...................................................................... 143 10.2.3 O treinamento do sistema de aprendizagem de máquina ........... 145 11 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................. 150 11.1 PASSOS TECNOLÓGICOS NECESSÁRIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE BI ............................................................................................... 150 11.2 O USO DA BI NO APOIO AO PROCESSO DE AVALIAÇÃO ................... 152 11.3 AUMENTANDO OS CONCEITOS DA IES PELO USO DA IO ................. 154 12 CONCLUSÃO ............................................................................................. 156 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 158 13 1 INTRODUÇÃO A publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 marca um divisor de águas para o mercado de ensino superior no Brasil. Até a publicação da lei, o mercado de ensino superior brasileiro, além de restrito, gozava dos benefícios de um excesso de demanda por serviços educacionais. Por consequência, um grande número de alunos permanecia à margem da qualificação profissional. Entre muitas de suas diretrizes, a lei buscou a expansão da oferta de vagas disponíveis por meio da remoção de barreiras existentes na legislação vigente, que inibiam o interesse de atores da iniciativa privada no setor (DOURADO, 2002). As mudanças na legislação alcançaram os resultados almejados, e os investimentos no mercado da educação cresceram vertiginosamente na primeira década do século XXI. Entre 1997 e 2008, o número de instituições de ensino superior (IES) no Brasil cresceu de 900 para 2.252, um crescimento de 250% no período. O número de alunos matriculados em cursos de graduação cresceu em proporções semelhantes, passando de 1,9 milhões em 1997 para pouco mais de 5 milhões em 2008. Desses cinco milhões de alunos, aproximadamente três quartos compunham o corpo estudantil de instituições de ensino privadas (INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA - INEP, 2008; 2009). O crescimento significativo do número de alunos em instituições de ensino superior ainda não foi suficiente para reverter a proporção inferior de jovens que estudam em faculdades e universidades no Brasil em relação a outros países da região. Dados da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, 2012) mostram que, em 2009, apenas 36% dos jovens brasileiros estavam matriculados em um curso superior, menor que a média regional (37%) e significativamente inferior àquela de países como Chile e Argentina, que contam com 59% e 71% de seus jovens no ensino superior, respectivamente. Com o crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pelo Ministério da Fazenda (BRASIL, 2012) em 4,8% até 2014, impulsionado por políticas públicas de investimento e crescimento do país somado a programas de fomento à formação acadêmica como 14 o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) e Programa Universidade para Todos (ProUNI), a conjuntura econômica aponta uma crescente demanda por profissionais qualificados, e consequentemente, por serviços de qualificação e ensino. Apesar da conjuntura econômica favorável, instituições de ensino sofrem com um problema crônico, que é a subutilização dos recursos disponíveis para o ensino. A capacidade instalada varia por região, mas dados do INEP mostram que em média, em 2008, aproximadamente metade das vagas abertas em IES no Brasil não foram ocupadas (INEP, 2009). Além disso, sofrem com uma taxa de evasão muito alta, que na média nacional chega a 44,7% em IES privadas (INEP, 2009). Em pouco mais de uma década, o mercado de ensino superior privado passou de um mercado protegido, cujo impacto da competição entre instituições de ensino era diluído pelo excesso de candidatos, para um mercado que, apesar de regulamentado, é aberto e extremamente competitivo, onde instituições competem acirradamente por uma fatia cada vez menor de candidatos (SÉCCA; LEAL, 2009; GUIMARÃES; PIRES, 2006). Em meio à acelerada mudança no mercado, IES privadas têm lutado para encontrar formas de frear a contração da sua participação no mercado e reverter essa tendência para o crescimento. Keller (1983) descreve que, nos Estados Unidos, instituições de ensino passaram por um processo de redução nas taxas de ingresso nas décadas de 60 e 70, e a duras penas, e apesar da grande resistência dos gestores institucionais, se viram forçadas a abandonar os modelos de gestão descentralizados e autorregulados por modelos de gestão modernos, baseados em adaptações da gestão estratégica utilizada no meio corporativo. Por meio da incorporação inovadora de práticas de gestão, foram capazes de adaptarem-se às novas condições de mercado e reverter um forte prospecto de declínio. Semelhantemente, autores brasileiros também apontam para a necessidade de adaptar modelos de gestão corporativos à administração de instituições de ensino privadas brasileiras. Autores como Garcia (2005) argumentam que para crescer no mercado de ensino, essas IES precisam buscar um foco, um posicionamento em uma faixa específica de mercado. O autor enfatiza a perspectiva 15 qualidade versus preço, indicando que instituições devem escolher entre oferecer um ensino caro, de alta qualidade, ou barato, para as massas, onde o lucro é adquirido por meio de ganhos de escala. Para o autor, a escola pequena e barata é economicamente inviável, e, apesar de ser a situação mercadológica ideal, é muito difícil tornar-se uma instituição de massa com mensalidades altas. Este raciocínio reducionista transparece uma visão mecanicista da instituição de ensino, reduzindo o universo de possíveis estratégias de gestão a uma dicotomia que observa a instituição de ensino somente pela ótica contábil, e ignora o potencial de inovação inerente a organizações do conhecimento (SVEIBY, 1998), potencial este que pode produzir ganhos, tanto em eficiência, na execução de processos organizacionais, como em eficácia, no cumprimento dos objetivos estratégicos mais amplos da organização, permitindo que instituições de ensino, grandes ou pequenas, alcancem sucesso mesmo não se encaixando nesses modelos simplistas. Assim como fizeram as instituições Norte Americanas descritas por Keller (1983), instituições hoje podem buscar no mercado corporativo as técnicas mais modernas de gestão empresarial. Essas técnicas exigem que instituições de ensino olhem para si e enxerguem além do seu balanço patrimonial, percebendo a si mesmas como organizações do conhecimento, capazes de canalizar os ativos tangíveis e intangíveis contidos em suas organizações, e transformá-lo em inovações que vão além da simples busca por processos internos enxutos, mas que transformam fundamentalmente a maneira com que se relacionam com seus stakeholders, sejam eles alunos, fornecedores ou agências reguladoras. À frente das modernas técnicas de gestão encontra-se a Inteligência Organizacional (IO). A IO oferece às organizações uma estrutura, ou um macro processo, que pode ser utilizado para construir meios de aproveitamento das inteligências individuais assim como da inteligência coletiva da organização, que somadas à informação por ela detida produzem inovação, que por sua vez gera vantagem competitiva (MARTINS; FERNEDA; MARTINS, 2008). Instituições de ensino privadas estão a um passo de realizar os benefícios que podem ser proporcionados pela IO, ou seja, melhorias nos processos 16 gerenciais, uma percepção mais ampla de seu ambiente, a criação de inovações e o desenvolvimento de vantagens competitivas. Do ponto de vista informacional, IES possuem amplos armazéns de dados de seus clientes, fruto da natureza do negócio e das exigências legais para funcionamento. Esses dados podem ser ricas fontes de subsídios que permitem organizações entender sua conjuntura. Córdoba (2009) mostra que departamentos de Tecnologia da Informação (TI) de IES afirmam compreender a importância da informação para a gestão estratégica de suas instituições, e que, cada vez mais, investem na informatização de sistemas e coleta de grandes volumes de dados de seus clientes. IES privadas também, por sua natureza, reúnem em seus quadros de colaboradores, indivíduos altamente capacitados em várias áreas do conhecimento, aptos a trabalhar com ferramentas de IO no desenvolvimento de inovações para os problemas peculiares do ensino superior. Entre esses profissionais estão indivíduos com formação em Administração, Ciência da Computação, Psicologia e Engenharia, que são os cursos mais comumente oferecidos na educação superior brasileira (INEP, 2008). Esses cursos apresentam em seus currículos disciplinas que ensinam as competências necessárias para desenvolver e aplicar métodos de aquisição e análise de informações, estatística, gestão estratégica ou do conhecimento, ou da natureza das relações humanas, que são a base da inteligência organizacional. Apesar de reunirem a matéria prima para absorver e adaptar técnicas modernas de gestão em seus processos internos, pesquisas mostram que as instituições de ensino privadas ainda não deram esse passo. Córdoba (2009) mostra que os departamentos de TI das IES e seus sistemas não são utilizadas no apoio à gestão estratégica dessas instituições, mas sim como meras ferramentas de apoio administrativo de cunho tático-operacional. Do ponto de vista da alavancagem de seu capital intelectual, Castilho (2004) mostra que IES não aproveitam o conhecimento do seu corpo de docentes na pesquisa e desenvolvimento de técnicas aplicadas de gestão pedagógica ou organizacional. Essas conclusões demonstram que as instituições de ensino privadas perpetuam um processo decisório baseado em informações incompletas, que inevitavelmente conduzem a escolhas estratégicas com resultados aquém do seu real potencial. Em um ambiente crescentemente 17 competitivo, a qualidade das decisões tomadas pode ser a diferença entre o crescimento e a estagnação, ou pior, a retração da organização . Se por um lado instituições de ensino superior brasileiras têm sofrido pressões do ponto de vista mercadológico, por outro as agências reguladoras do ensino superior no Brasil tem aumentado as exigências de informação. A partir da década de 80, o Ministério da Educação (BRASIL / MEC) implantou uma série de programas de avaliação do ensino superior, iniciando com o Programa de Avaliação da Reforma Universitária (PARU) em 1983. Programas sucessivos tornaram as avaliações crescentemente mais abrangentes e complexas, culminando no sistema de avaliação educacional atual, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), que combina dados do Censo anual da educação superior, os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) e os relatórios das comissões de avaliação das IES in loco para pontuar a qualidade do ensino das IES brasileiras (INEP, 2009). Com o desenvolvimento desses instrumentos de avaliação, as IES foram obrigadas a produzir relatórios com dados específicos de seus alunos, que são então cruzados e verificados quanto à sua consistência e precisão. Também periodicamente, IES são submetidas a visitas de comissões de avaliação, que avaliam a qualidade da infraestrutura disponível para a prática do ensino. As comissões avaliam a instituição de ensino de forma ampla, quanto às instalações, materiais e pessoal, entre outros aspectos. Falhas na apresentação desses dados dentro dos prazos estabelecidos por lei, ou infraestrutura aquém da mínima exigida pela regulamentação do ensino superior, põem em risco o cadastramento da IES junto ao MEC, e, com isso, sua permissão para manter suas portas abertas. Assim, a retração na fatia média de mercado das instituições de ensino e as exigências legais para seu funcionamento são realidades com as quais as IES brasileiras lutam. A literatura mostra que essas questões podem ser tratadas com sucesso por meio de um novo paradigma gerencial, que privilegie o desenvolvimento de inovações que foquem na gestão de suas informações trazendo, entre outros 18 benefícios, o desenvolvimento de vantagens competitivas sobre seus competidores no mercado de serviços de educação. Apesar de recentes, essas técnicas modernas vêm sendo aplicadas por empresas privadas com sucesso comprovado. De fato, especialistas indicam que a inteligência organizacional vem, cada vez mais, se tornando vital para o crescimento sustentável das empresas em mercados competitivos. Nas instituições de ensino modernas, o conhecimento organizacional está, em sua grande maioria, dividido entre os sistemas de informação (normalmente contido nos sistemas sob a gestão de um departamento de TI), que armazenam o conhecimento explícito da organização, e nas pessoas, que detém o conhecimento tácito, incluindo a cultura organizacional (NONAKA; TAKEUCHI, 1995). A aplicação dos paradigmas da Inteligência Organizacional cria condições para que esse conhecimento seja trabalhado de forma sistemática, e seja convertido em novas percepções (insights), que, por sua vez, podem ser utilizados na orientação das decisões estratégicas, táticas ou operacionais, ou na identificação de novas oportunidades, metodologias ou procedimentos. Córdoba (2009) mostra que instituições de ensino reconhecem a importância da informação no futuro de seus negócios, e que têm investido na aquisição de sistemas e equipamentos que permitam trabalhar essa informação. Do ponto de vista do capital humano, Castilho (2004) demonstra que IES mantém em seus quadros colaboradores capacitados para interpretar essas informações e transformálas em novos conhecimentos, processo que pode levar à inovação e ao desenvolvimento de vantagens competitivas. No entanto, as pesquisas mostram que essas instituições não completam o ciclo, e não realizam os potenciais benefícios desses investimentos ou de seu capital intelectual. Ora, se as instituições de ensino privadas possuem essas carências conhecidas, que são a necessidade de gerar vantagem competitiva que leve ao seu crescimento e organizar-se conforme as exigências do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, e detém os subsídios necessários para orientar a construção dessas estratégias, que são os dados e as pessoas qualificadas, por que razão não os utilizam para este fim? Porque falta uma ponte que una informações, 19 pessoas e necessidades institucionais, e a IO pode servir como base conceitual para a construção desta ponte. 1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA As IES, apesar de terem investido em tecnologias de apoio à gestão, particularmente na área de TI, continuam tendo dificuldades em explorar todo o potencial desses investimentos. Os muitos sistemas de informação utilizados em IES possuem grandes quantidades de dados que são particularmente valiosos por sua qualidade e relevância. A natureza formal do relacionamento entre o aluno e a instituição de ensino, assim como as exigências legais, garante alto grau de veracidade dos dados supridos pelos alunos nos sistemas de gestão acadêmica. Além disso, as muitas interações entre a IES e seus alunos ao longo dos vários anos de estudo geram amplos registros de situação, interesses, preferências, competências e fraquezas, compondo um quadro fiel representando o aluno enquanto indivíduo e enquanto membro de grupos sociais. Diversos outros sistemas, típicos às IES, registram dados de natureza administrativo-financeira, como dados patrimoniais, operacionais ou financeiros, cotidianamente. Partindo do pressuposto de que a inteligência organizacional, como processo, permite às organizações estruturar meios sistemáticos de coleta, seleção compreensão e aproveitamento de informações visando a mudança positiva, a inovação e o desenvolvimento de novas formas de agir (MARTINS, FERNEDA, MARTINS, 2008), esta pesquisa lança duas hipóteses: A primeira hipótese é que os dados contidos nos sistemas informatizados das IES, quando trabalhados adequadamente, podem ser úteis para o aprimoramento das IES, tanto no que se refere à melhoria da sua gestão interna quanto no cumprimento das exigências legais relativas ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior. A segunda hipótese é que a IO é um paradigma útil e particularmente adequado para apoiar esse processo de transformação, que parte do dado e vai até 20 à ação institucional, nesse contexto das IES. Essa adequação se deve ao perfil das IES enquanto organização e dos atores e questões envolvidas nessa transformação. Partindo dessas hipóteses iremos demonstrar de que maneira a inteligência organizacional, com seus métodos e ferramentas, pode ser aplicada para criar uma convergência entre pessoas, tecnologias e objetivos amplos das instituições de ensino superior privadas, visando auxiliar a gestão acadêmica a melhorar a qualidade do ensino oferecido. O estudo da inteligência organizacional apresenta grandes desafios. Por ser uma ciência multidisciplinar, abrange domínios da Ciência da Computação, Ciência da Informação, Administração, Estatística e Matemática, entre outras. A IO é também uma ciência em franco desenvolvimento, particularmente no que diz respeito à TI, onde as aplicações para essas novas tecnologias passam por acelerada e intensa inovação. Por ser um processo genérico e intuitivo, o leque de oportunidades de aplicação dessas tecnologias é muito amplo, exigindo foco e pragmatismo para que se alcancem os resultados almejados. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral O objetivo desse trabalho é investigar como a Inteligência Organizacional pode apoiar a gestão das IES privadas. O trabalho busca trazer uma visão pragmática e crítica, ancorada na realidade cotidiana das grandes IES e apoiada em paradigmas e ferramentas que exploram grandes bases de dados informatizados mantidas por essas instituições. 21 1.2.2 Objetivos Específicos i. Identificar lacunas na gestão das IES que podem ser supridas através da IO; ii. Identificar pontos de alinhamento da IO aos processos de avaliação acadêmica das IES, em particular no que se refere aos indicadores das avaliações externas do SINAES; iii. Aplicar a inteligência de negócio (BI) como ferramenta de apoio ao planejamento, ensino e avaliação do rendimento acadêmico dos alunos; iv. Aplicar a descoberta de conhecimento em banco de dados (KDD) na análise de questões acadêmicas complexas nas quais as técnicas convencionais de análise de dados não são suficientes. Em particular demonstraremos como o KDD pode auxiliar no combate à evasão; 1.3 RELEVÂNCIA DO ESTUDO O estudo da IO em instituições de ensino possui ampla relevância, tanto acadêmica, quanto aplicada e social. Do ponto de vista acadêmico, o estudo deste tema se mostra relevante por contribuir para a melhor compreensão do papel da Inteligência Organizacional em um domínio ainda pouco estudado sob esta ótica. O estudo da gestão de instituições de ensino tem, tradicionalmente, sido abordado do ponto de vista da pedagogia, área historicamente envolvida na gestão escolar. Hoje se entende que o mercado de ensino é tão dependente da informação e da gestão estratégica, domínios intimamente relacionados à IO, quanto qualquer outra prestadora de serviços presente na economia. Desta forma, torna-se imprescindível expandir o corpo de conhecimento neste domínio no que diz respeito à educação. Esse estudo aplicado da IO também pode contribuir para o aprimoramento das técnicas de gestão de instituições de ensino, com crescente demanda por sofisticação e profissionalização. A classificação do ensino como um negócio é polêmica, mas em maior ou menor grau, com destaque para instituições privadas, 22 instituições de ensino prestam um serviço (educacional) por um preço (mensalidade, repasses de impostos ou outras receitas diversas) a uma clientela (os alunos). Existe um custo financeiro associado ao recrutamento, retenção e perda de consumidores desses serviços, manutenção dos ativos humanos e patrimoniais das IES e manutenção dos recursos necessários pra atender às exigências das agências regulatórias. Em todos esses aspectos a IO tem um importante papel para orientar a tomada de decisão dos gestores das IES. Talvez a mais importante contribuição do estudo proposto seja, no entanto, de cunho social. Instituições de ensino prestam um serviço essencial para qualquer sociedade moderna, particularmente no Brasil, que esboça aspirações globais e vive um momento de transição rumo ao seleto grupo de países desenvolvidos. A qualidade da formação dos profissionais que dão sustentação à economia e ao desenvolvimento social é condição sine qua non para o sucesso nessa transição. Assim, instituições de ensino precisam assegurar a oferta de um ensino que inclua experiências educacionais positivas e academicamente amplas, e esse estudo pode revelar metodologias que contribuam para essa missão. 23 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 O CONHECIMENTO E AS ORGANIZAÇÕES Conhecimento é um termo familiar, algo que citamos e do qual falamos com frequência, mas cuja definição é abstrata e complexa. Nonaka e Takeuchi (1995, p. 24) indicam que a filosofia ocidental conceitua o conhecimento como sendo uma “[...] crença verdadeira e justificada”. Sendo crença, esta definição indica que o conhecimento está associado às pessoas, e presume que seja uma verdade, sustentada por uma realidade percebida e racionalmente argumentada e comprovada. Probst, Raub e Romhardt (2002, p.6) indicam que o conhecimento é o “[...] conjunto de aprendizados e habilidades que indivíduos usam para resolver problemas [...]”, e como tal, existe para ser aplicado com um propósito, em prol de um objetivo, fruto da observação do ambiente, da identificação de necessidades e da busca por soluções. Liebowitz (1999) vai além, e argumenta que, além de crenças e habilidades, conhecimento inclui julgamentos, expectativas e metodologias, que não estão restritos à condição humana, mas podem ser contidos em agentes ou outras entidades. Para ele, o conhecimento é usado para observar e compreender um contexto, e para saber como agir. Para organizações, portanto, o conhecimento é algo essencial, pois é ele que permite à organização, por meio de suas pessoas, observar o ambiente, perceber problemas, ameaças e oportunidades, identificar possíveis ações e tomar decisão de agir. Quanto mais exclusivo o conhecimento e mais aproveitável em atividades geradoras de valor, maior a vantagem competitiva de uma organização (CHOO, 2003; KROGH, ICHIJO, NONAKA, 2001). Nonaka e Takeuchi (1995) identificam o conhecimento como possuindo duas distinções epistemológicas, que são o conhecimento tácito e o conhecimento explícito. O conhecimento explícito é o conhecimento que pode ser codificado e armazenado em sistemas de informação externos às pessoas, como livros, documentos, publicações, bases de dados ou websites. O conhecimento tácito é 24 aquele conhecimento pessoal, por vezes abstrato, como pontos de vista, ideias, conceitos, suposições, experiências e cultura. No convívio organizacional, indivíduos interagem com documentos, equipamentos e com outros indivíduos, e com isso, aprendem. É por meio dessa interação, de cunho social, que o conhecimento humano (e por consequência organizacional) expande. Existem quatro tipos de interações que levam à conversão do conhecimento. O primeiro tipo de conversão é a externalização, que é a explicitação do conhecimento tácito, ou seja, a articulação do conhecimento possuído pelo indivíduo, codificando-o e armazenando-o em um meio externo a si mesmo. Por exemplo, a elaboração de um documento ou manual. O segundo é a combinação, onde conhecimentos explícitos de diferentes fontes são combinados, dando origem a outro conhecimento explícito, onde informações de duas bases de dados distintas são combinadas para produzir uma página na Intranet da empresa, por exemplo. O terceiro, a internalização, onde o conhecimento explícito é absorvido e transformado em conhecimento tácito, como por exemplo, um colaborador de uma empresa aprende um novo procedimento comunicado por e-mail. Por fim, a socialização, onde o conhecimento tácito é compartilhado entre indivíduos. Por exemplo, um colaborador recebe uma dica de um colega no “cafezinho” (NONAKA, TAKEUSHI, 1995; MORESI, 2001; SCOTT, 1998). A expansão do conhecimento, produto destas interações sociais, pode ser traduzida simplesmente por inovação. A inovação é fruto de novos aprendizados que permitem à organização desenvolver ou aperfeiçoar produtos, serviços ou processos. Choo (2003) define organizações do conhecimento como sendo organizações que são capazes de alavancar as informações e o conhecimento contido na empresa na produção de vantagem competitiva, por meio da integração efetiva da compreensão do ambiente, construção do conhecimento e tomada de decisão. Em um ambiente competitivo e dinâmico, o autor argumenta que essas organizações são capazes de sustentar crescimento por meio da inovação. Sveiby (1998) corrobora essa argumentação, mostrando já em 1998 que organizações do conhecimento possuíam valor de mercado muitas vezes superior ao seu valor patrimonial, apoiadas pelos seus funcionários, sua cultura e sua infraestrutura, 25 formado por seus sistemas de informação, e suas relações com clientes, fornecedores e sociedade de forma mais ampla. Ainda segundo Choo (2003), muitas empresas são incapazes de inovar simplesmente por não conseguirem usar os seus conhecimentos. Observa-se que este é um impedimento relativamente simples de ser combatido mediante o reconhecimento desta situação, e sua substituição por uma atitude criativa. O desenvolvimento das competências de uma organização, dos fatores que trazem vantagem competitiva, portanto, passam pelo reconhecimento de que o real valor contido em uma organização são fatores intangíveis, mas muito reais. Pessoas, informação e relacionamentos, segundo mencionado, formam o alicerce no qual uma organização de sucesso deve ser construída. Para isso, no entanto, é necessário que a organização reconheça e utilize o potencial contido nesses ativos de forma criativa, desafiando conceitos arraigados pelo tempo ou apatia. 2.2 INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL O uso corriqueiro da expressão inteligência refere-se ao “[...] conjunto de funções psíquicas e psicofisiológicas que contribuem para o conhecimento, para a compreensão da natureza das coisas e do significado dos fatos [...]” (INTELIGÊNCIA, HOUAISS, 2013). Desta forma, refere-se ao intelecto humano, a faculdade mental que indivíduos possuem e utilizam para perceber seu ambiente, processar as informações, compreende-las, internalizá-las, e agir em seu ambiente. A expressão inteligência organizacional é uma tentativa de construir uma ponte entre o estudo da inteligência humana e sua expressão em organizações, ponte essa que não é estabelecida sem controvérsia, pois não existe unanimidade sobre o tema. Akgün et al. (2007) mostram que estudos sobre inteligência partem de perspectivas epistemológicas diferentes, como o estudo da inteligência cognitiva, da inteligência comportamental ou inteligência emocional, cada uma enfatizando suas perspectivas enquanto relegam as demais a um segundo plano. Por consequência, para Glynn (1999 apud AKGÜN et al., 2007), a convergência do estudo de inteligência individual e da inteligência organizacional 26 não é clara, exemplificado pelo amplo uso da expressão inteligência organizacional. Ela mostra que a expressão pode ser usada para identificar a capacidade de processamento de informações e o produto deste processamento, mas também pode significar a inteligência individual, a soma agregada dessas inteligências ou, por fim, uma característica organizacional. O conceito de inteligência organizacional começa a ser mais bem compreendido a partir de uma análise do que significa possuir inteligência. Ter inteligência é, em primeiro lugar, possuir a capacidade de processar informações, aprender e solucionar problemas. Em segundo lugar, ter a habilidade de alterar o ambiente ou adaptar-se a ele. Por fim, perceber os sentimentos, pensamentos e comportamentos das pessoas que nos cercam, e interagir apropriadamente com elas (1996 AKGÜN et al., 2007). Moresi (2001) complementa que são características de inteligência a curiosidade receptiva e astuta, o rápido aprendizado e a consistência nas respostas encontradas, mantendo flexibilidade. Ackerman, por sua vez, a define de forma muito sucinta, como sendo “[...] conhecimento com persistência [...]” (1994, p.242). Matsuda (1993) apresenta a inteligência organizacional como possuindo duas conceituações mutuamente dependentes. A primeira é que a inteligência é um processo organizacional que é ora social, ora tecnológico ou, ainda, sóciotecnológico, como no caso de interfaces entre equipamentos e pessoas. A segunda vê inteligência como o produto resultante de uma transformação informacional. Matsuda (1993) percebe uma clara relação de causa e efeito entre os conceitos, sendo o produto inteligência consequência do processo de inteligência. 27 2.2.1 A Inteligência como Produto Matsuda (1993) descreve que, como produto, a inteligência organizacional é um conjunto de informações altamente sofisticadas, estruturadas e dotadas de sentido. Urdaneta (1992 apud MORESI, 2000), apresenta a inteligência como resultado de uma cadeia de valor iniciada pelo dado, que dotado de significado tornam-se informação, que compreendida gera conhecimento, que munido de reconhecimento produz a inteligência. A figura 1 ilustra os níveis hierárquicos da informação segundo Moresi (2000). Este autor define o dado como “[...] a classe mais baixa da informação [...]”. Dados são elementos, sinais. São matéria-prima que uma vez “[...] processados, correlacionados, avaliados ou interpretados [...]” (MORESI , 2000, p. 18) produzem a informação. Figura 1: Hierarquia da informação Processamento Dado Análise Informação E o lab Síntese Conhecimento raç ão A nd pre i za Inteligência do Ex ri pe ên ci a Fonte: adaptado de Urdaneta (1992 apud MORESI, 2000) A informação é o produto do processamento de uma massa de dados. Esse processamento envolve qualquer transformação do dado, de seu estado bruto para um estado em que tenha sentido. Pode ser a apresentação de valores como um gráfico, a composição de uma lista a partir de nomes, ou a composição de uma imagem a partir de pontos e cores. Informações podem ser elaboradas, dando origem a hipóteses, explicações, justificativas, soluções ou sugestões (MORESI, 2000). 28 O conhecimento é fruto de um processo de análise da informação. Informações provenientes de várias fontes são avaliadas quanto à importância, confiabilidade e relevância. Sintetizados, formam um quadro situacional que permitem ao gestor entender o ambiente. Moresi (2000) salienta que o conhecimento não é estático. É influenciado e modificado pelo meio ou pelo próprio conhecimento, em um processo denominado aprendizado. Finalmente, a inteligência é a “[...] informação com oportunidade, ou seja, o conhecimento contextualmente relevante que permite atuar com vantagem [...]”, que unidos ao julgamento e à intuição de um tomador de decisão, permitem a “[...] visualização completa da situação” (MORESI, 2000, p. 19). Produzido por meio da síntese do conhecimento, serve de apoio ao planejamento e à tomada de decisão, pois permite a antecipação de situações futuras ou efeitos de uma dada decisão. A tomada de decisão agrega experiência à inteligência, que é a capacidade que o decisor possui de agir no seu meio com competitividade. 2.2.2 A inteligência Organizacional como Processo Como processo, a inteligência organizacional é descrita por McMaster (1996 apud MORESI, 2001, p.44) como “[...] a capacidade de uma organização como um todo de reunir informação, inovar, criar conhecimento e atuar efetivamente baseada no conhecimento que ela gerou”. Martins, Ferneda e Martins (2008) indicam que a organização inteligente é capaz de organizar e alavancar suas inteligências individuais, potencializar os inter-relacionamentos dessas inteligências e produzir um agregado maior que a soma das inteligências individuais. A inteligência organizacional é, portanto, um processo social, que depende da capacidade de perceber o meio, processar os estímulos e informações recebidas, aprender e aplicar o aprendizado. Como fenômeno social, exige interação entre indivíduos, e, por consequência, a construção de relacionamentos. Como processo tecnológico, ou sócio-tecnológico, depende da interação entre pessoas e máquinas, ou entre máquinas e máquinas. (AKGÜN et al., 2007; MATSUDA, 1993; MORESI, 2001). 29 Este processo não ocorre como um fim em si mesmo. A percepção do ambiente existe primariamente para subsidiar a organização com o conhecimento necessário para construir seus objetivos estratégicos, planejar as atividades que levem a esses objetivos e, ao longo do tempo, reorientar a organização visando aproveitar oportunidades ou mitigar riscos (BEAL, 2004). Choo (2002) apresenta o processo de inteligência organizacional como um ciclo contínuo de sensoriamento, que observa o ambiente e interpreta os estímulos criando significado, memorizando aprendizados e escolhendo reações baseado no aprendizado retido e nas interpretações desenvolvidas, e organiza esse processo em um modelo apresentado na figura 2, abaixo. Figura 2: Ciclo da Inteligência Memória Organizacional Normas Estruturas Regras Sensoriamento Percepção Interpretação Adaptação Seleção Amostragem Filtragem Representação Classificação Reconhecimento Significado Explicação Análise Ações Resultados Efeitos Fonte: adaptado de Choo (2002, p. 18) A memória organizacional é, no ciclo de Choo (2002), a base do ciclo de inteligência. A compreensão do conceito de memória organizacional pode iniciar com a compreensão do que é memória individual. Neste sentido, memória significa a “[...] faculdade de conservar e lembrar estados de consciência passados e tudo quanto se ache associado aos mesmos [...]” (HOUAISS, 2001). Possuir memória é reter experiências vividas, que são recordadas num momento posterior à sua retenção. 30 De um ponto de vista simplista, a definição de memória organizacional é análoga a essa definição. Matsuda (1993) indica que a memória retêm experiências coletivas de cunho interno ou externo. Walsh e Ungson a definem como sendo a “[...] informação histórica de uma organização que foi armazenada e que possa ser utilizada em um processo decisório posterior [...]” (1991, p.61). Esse conhecimento armazenado é, para Ackerman (1994), produto do processo de aprendizado organizacional iniciado no indivíduo, que uma vez trazido para a organização, o transcende. Walsh e Ungson (1991) definem a memória organizacional como uma construção de indivíduos que adquirem informação como parte de um processo de decisão e solução de problemas. Por meio de interações sociais no âmbito organizacional, a informação é compartilhada, transformada e retida pela organização, podendo ser posteriormente utilizada. A memória organizacional é uma construção composta por um meio de armazenamento, a informação nele contida, mecanismos de aquisição e pesquisa e os resultados provindos do seu uso (WALSH e UNGSON, 1991). No ciclo de Choo (2002), a memória organizacional é um repositório de regras, estruturas e normas que permitem à organização perceber, interpretar a realidade e reagir apropriadamente aos estímulos recebidos. A memória organizacional, nesse contexto são as informações armazenadas e disponíveis para a organização, contidas nos indivíduos como conhecimento tácito ou explícito - cultura, crenças ou histórias ou documentos, códigos, ou procedimentos, respectivamente (CHOO, 2003; MORESI, 2001). O conhecimento explícito codificado é particularmente importante para as organizações, pois constitui memória organizacional que transcende indivíduos, e são armazenadas em ativos de controle da instituição. Um exemplo clássico deste tipo de conhecimento são os manuais. Hoje, as tecnologias da informação são os grandes repositórios de memória organizacional, que guardam quantidades crescentes de informação nos mais variados repositórios, como bancos de dados, páginas da Internet e regras de negócio dos sistemas de informação utilizados nas organizações. 31 Choo (2002) classifica de sensoriamento o subprocesso de coleta de estímulos do meio. Por meio desse subprocesso, a organização constrói uma imagem do ambiente e de si própria, por meio da coleta de estímulos que sejam de seu interesse. Choo alerta que não é possível para as organizações aproveitarem todos os estímulos que o processo de sensoriamento capta, assim, é importante triar os dados captados com a utilização de filtros que reduzam o volume de dados coletados de acordo com os objetivos e prioridades estabelecidas, retendo apenas amostras de informações excedentes para aprendizado. Esse processo de seleção e aprendizado é visto por Simic (2005 p. 190) como a “[...] integração do aprendizado individual e o aprendizado em grupo”. Do ponto de vista organizacional, significa possuir a capacidade de identificar esses aprendizados individuais e fazê-los acessíveis ao restante dos membros da organização, causando mudanças comportamentais coerentes com os sinais percebidos do meio, seja este interno ou externo (MORESI, 2001). O aprendizado ocorre em três níveis distintos, que são o nível individual (pessoal), em pequenos grupos (micro-organizacional) e em nível organizacional (macro-organizacional). Por meio dos processos de conversão do conhecimento apresentados por Nonaka e Takeuchi, o conhecimento é transmitido do indivíduo para a organização, e da organização para o indivíduo, após processo de validação que esses autores descrevem como justificação (NONAKA; TAKEUSHI, 1995). A segunda etapa do ciclo da inteligência de Choo (2002) é a percepção. Esta etapa que descreve ou classifica objetos percebidos no sensoriamento, com base no conhecimento existente na memória organizacional. O reconhecimento e classificação desses objetos é feito com base nas normas, estruturas e regras armazenadas na memória da organização. Essas regras de acordo com o autor, ocasionalmente precisam ser esquecidas para que possam reorientar suas ações em novas direções. É importante destacar que o aprendizado organizacional não ocorre dissociado dos indivíduos da organização. Ele é, de fato, favorecido por contextos de compartilhamento de experiências e reflexões entre pessoas em um espaço, que pode ser um ambiente de convivência físico ou virtual, ou um espaço de natureza mental, reflexiva (NONAKA et al., 2006). 32 Os sinais percebidos pelo processo de seleção são assim absorvidos pela organização pela aprendizagem, alimentando a memória organizacional. Respectivamente, a percepção é orientada pelas regras contidas em memória. (MORESI, 2001). A terceira etapa do ciclo de Choo (2002) é a interpretação. O conhecimento aprendido somado às informações contidas em memória permite à organização, consequentemente, exercitar a interpretação, que gera significado à luz das regras, normas e estruturas em memória. O autor apresenta a construção do significado como um difícil conflito entre interpretações conservadoras ou empreendedoras dos estímulos, mas que devem levar à construção de percepções criativas de oportunidades futuras. A interpretação caracteriza-se pela capacidade possuída pela organização para tomar decisões. Essa tomada de decisão visa, especificamente, reagir aos estímulos do meio para alterar uma realidade existente, buscando alcançar os objetivos da organização. Para Choo (2003), a tomada de decisão puramente racional depende de um conhecimento amplo da situação atual, a repercussão de todas as possíveis alternativas no futuro e cada sequencia de ações necessárias para chegar a cada uma das alternativas encontradas. Essas condições são, de acordo com o autor, muito difíceis de serem reunidas devido ao alto grau de complexidade e incerteza do meio, mas podem ser substituídas pela tomada de decisão com base em soluções satisfatórias. Choo (2002) classifca a última etapa do ciclo da inteligência como adaptação, ou seja, a tomada de decisão, a ação com base em uma interpretação da realidade. Ações frutos da adaptação podem impactar a organização em vários níveis, desde mudanças no processo de inteligência em sim, como indicadores ou regras de seleção, como também mudanças mais profundas na forma de organização. Por fim, a adaptação encerra um ciclo e inicia um novo ciclo de inteligência, em um processo cíclico e permanente de sensoriamento aprendizado e tomada de decisão. 33 2.3 DESCOBERTA DE CONHECIMENTO EM BANCO DE DADOS O processo de descoberta de conhecimento em banco de dados, ou simplesmente KDD (da sigla em inglês para Knowledge Discovery in Databases) é um processo que permite a conversão dos dados contidos em bancos de dados em conhecimento, subsidio para gestores compreenderem o ambiente e auxiliar no processo de tomada de decisão, por meio da identificação de conceitos inéditos que tragam valor às organizações. HAND et al., 2001). Han e Kamber (2006) descrevem o KDD como um processo compostos por sete passos iterativos, que são a limpeza, integração, seleção de dados, transformação de dados, mineração de dados, avaliação de padrões e apresentação do conhecimento, explicados abaixo: 1. Limpeza: este é um processo de transformação das informações do banco, removendo ruído ou inconsistências. Um exemplo típico de inconsistências são endereços, que podem ser escritos por indivíduos de várias formas diferentes, com uso de maiúsculo, minúsculo, endereços com erros em nomes de rua, etc. Este passo corrige as inconsistências, se encontradas. 2. Integração: aqui há a conexão de dados de fontes múltiplas e distintas, ligando essas informações para formarem um todo. Por exemplo, uma instituição de ensino pode unir dados pessoais, do sistema de ingresso, dados acadêmicos dos sistemas de gestão de frequência e menção, registros de acompanhamento dos professores, e dados financeiros da tesouraria, podendo ser cada um de uma fonte de dados isolada e distinta. 3. Seleção de dados: a etapa de seleção é um processo de eliminação de dados irrelevantes, que além de não agregar valor à descoberta, possam vir a atrapalhar o processo. 4. Transformação dos dados: esta é uma operação que processa os dados selecionados resultando em coleções apropriadas para a mineração, ou seja dados sumarizados, consolidados ou agregados. Por exemplo, datas de nascimento podem ser transformadas em faixas de idade, que podem ser mais relevantes para a descoberta. 34 5. Mineração de dados: aqui são aplicadas técnicas inteligentes de extração de padrões que possam levar a insights e novos conhecimentos. A mineração é uma área ampla de estudos, que usa elementos de inteligência artificial e análises estatísticas para chegar aos resultados almejados. 6. Avaliação de padrões: este passo de análise observa os padrões extraídos pela mineração e identifica aqueles que sejam inéditos e interessantes, que venham a contribuir com novos conhecimentos para a organização. 7. Apresentação do conhecimento: este é o passo final, que usa métodos de apresentação, como gráficos, relatórios ou tabelas que venham agregar à compreensão e á difusão do conhecimento extraído para o gestor. A figura 3, abaixo, apresenta os passos da descoberta de conhecimento em banco de dados, conforme Han e Kamber (2006). Figura 3: Descoberta de conhecimento Limpeza e integração Banco de Dados Seleção e transformação Armazém de dados Avaliação de Padrões Mineração Apresentação Relatórios Conhecimento Fonte: adaptado de Han e Kamber (2006) 2.4 A MINERAÇÃO DE DADOS À medida que técnicas mais avançadas são incorporadas à TI de organizações, a mineração de dados é um termo cada vez mais usados no mundo de negócio. Frequentemente, mineração e descoberta de conhecimento são percebidas como sinônimos, mas como nos mostra Han e Kamber (2006) e Hand et al. (2001), a mineração é um sub processo da descoberta de conhecimento em banco de dados. 35 No entanto, a mineração de dados é um processo de grande complexidade e importância no contexto descoberta, razão pela qual deve ser esclarecida mais a fundo. Mineração é um termo que nos trás à mente imagens de homens trabalhando para extrair algumas gramas de materiais valiosos de montanhas de solo sem valor. Essas imagens de mineradores cavando montanhas e peneirando solo para encontrar algumas pepitas fazem parte do consciente coletivo e servem bem para ilustrar o que significa minerar dados. Conforme citado, a organizações modernas coletam em seus bancos de dados grandes quantidades de informação, fruto de transações corriqueiras em sistemas de informação. Essas transações, de fato, suprem informação para atividades no nível operacional da organização, como um nome, endereço, ou no caso de uma instituição de ensino, menção e registros de frequência. O conjunto dessas informações, no entanto, escondem relacionamentos e padrões que podem explicar comportamentos, interesses, atitudes ou perspectivas. Esses relacionamentos são complexos e, na maioria das vezes, difíceis de serem detectados sem que haja algum tipo de análise automatizada. No entanto, se forem identificados, podem levar a uma compreensão mais profunda do ambiente no qual a organização está inserida, podendo, inclusive, auxiliar a predição de eventos futuros. O processo de extração dessas informações é conhecido por mineração de dados. Mineração de dados pode ser definida como um método automático ou semiautomático de processamento e análise de dados que descobre padrões e relacionamentos de algum banco de dados. Para Witten & Frank (2005) a mineração de dados requer o processamento de grandes quantidades de dados, e precisa produzir valor, ou seja, trazer alguma vantagem, seja ela financeira ou de outra natureza qualquer. Hand et al. (2001, p.1) mostra que a mineração de dados encontra “[...] relacionamentos previamente desconhecidos, e sumariza dados de forma diferente, que traga clareza e utilidade para seu detentor [...]”. Dessa forma, a mineração não pode ser um estudo subjetivo, devendo gerar entendimentos práticos, que explicam o presente ou predizem desenvolvimentos futuros. 36 Hand et al. (2001) identifica a mineração como sendo um processo interdisciplinar, que une domínios variados, como estatística, tecnologias da informação e comunicação, inteligência artificial, visualização, aprendizado de máquina, etc., e alavanca os conhecimentos de cada um desses domínios na extração de padrões relevantes e inéditos. A mineração pode detectar padrões por vários métodos, que, em geral, descrevem ou predizem comportamento. Por exemplo, pode identificar quais são as característica de alunos que corriqueiramente reprovam certas disciplinas. Pode também identificar itens correlacionados, como por exemplo, qual conjunto de disciplinas estão associadas a uma maior incidência de reprovações. Pode construir modelos que predizem certos comportamentos, como por exemplo, predizer quais alunos em uma instituição de ensino correm maior risco de evasão. Ainda, agrupamentos podem ser detectados, que, por exemplo, identifiquem alunos de cursos não correlatos que possam ter interesse em um MBA. Outro padrão é a identificação de objetos que se comportem fora do padrão, útil em detecção de fraudes. Finalmente, a mineração pode identificar tendências de comportamento (HAN; KAMBER, 2006). Apesar de complexa, a KDD não está fora do alcance das organizações, particularmente aquelas cujo contexto de negócio gera grandes volumes de dados. Essas, em particular, são candidatas a alcançar os maiores benefícios caso consigam integrar a descoberta de conhecimento em seus processos organizacionais. Para instituições de ensino, em particular, o potencial para ganhos significativos de vantagem competitiva sobre seus concorrentes é exacerbado pelo fato deste mercado, conforme identificado por Córdoba (2009), estar ainda muito aquém do aproveitamento pleno das suas informações. 37 2.5 METODOLOGIA CRISP-DM O modelo de processo CRISP-DM (da sigla em inglês para Cross-Industry Standard Process for Data Mining) é uma metodologia concebida visando auxiliar a estruturação de projetos de mineração de dados (CHAPMAN et al., 2000). A metodologia tem por base um processo cíclico e iterativo, composto por seis etapas conforme apresentado na figura 4. Figura 4: Processo CRISP-DM Fonte: adaptado de Chapman et al. (2000) As seis etapas da metodologia, conforme Chapman et al. (2000), são a compreensão do negócio, a compreensão do dado, a preparação do dado, a modelagem, a avaliação e a implementação, detalhadas abaixo: 1. A primeira etapa é a compreensão do negócio. Nesta fase o foco é a compreensão dos objetivos do projeto e suas necessidades, do ponto de vista do negócio. Esses devem ser convertidos em um problema de mineração, seguido de um plano de trabalho. 2. A segunda etapa é a compreensão dos dados. Nesta etapa há uma coleta e análise dos dados visando entender sua natureza, relacionamentos, problemas de qualidade e outros aspectos que permitam desenvolver hipóteses iniciais acerca dos dados coletados. 38 3. Preparação do dado é a terceira etapa. Aqui os dados são processados e preparados para servir de entrada para um a mineração propriamente dita. 4. A quarta etapa é a modelagem. Nesta etapa várias técnicas de modelagem são aplicadas, avaliadas e ajustadas, buscando alcançar o melhor resultado possível. 5. A quinta etapa é a avaliação. Nesta etapa os resultados da modelagem são avaliados, buscando algum equívoco em sua construção, ou algum aspecto que não tenha sido propriamente considerado. 6. A sexta etapa é a implementação, onde o modelo é disponibilizado para a organização para que seja utilizado em suas atividades corriqueiras. O processo não encerra na implementação. Uma vez implementado, o conhecimento adquirido serve como subsídio para o desenvolvimento do projeto de mineração em futuras versões, iniciando um novo ciclo. 2.6 INTELIGÊNCIA DE NEGÓCIO Inteligência de Negócios ou Business Intelligence (BI) é um termo que entrou em voga no mundo de negócio, e é utilizado para se referir a um grande leque de conceitos, que frequentemente confundem ferramentas com processos ou sistemas com pessoas. Assim torna-se vital definir com clareza o termo BI. O termo emergiu na década de ‘90 de sistemas de apoio à decisão, como sistemas OLAP (online analytical processing) e sistemas de informação executiva, e passou a ser utilizado com sinônimo de aplicativos de análises de dados. (WATSON; WIXOM, 2007). Com o passar dos anos, foram incorporados aos sistemas de BI novas tecnologias, como modelagem multidimensional, optimizações e indexações e, por fim, armazéns de dados, ou data warehouses (DW) (GOLFARELLI et al., 2004), e o uso do termo for sendo expando para abranger aplicativos de análise de dados e apoio à decisão que tem por base dados de bases transacionais, como sistemas de planejamento empresarial (ERP), sistemas de gestão de clientes (CRM) ou sistemas de automação industrial (RAISINGHANI, 2004). ou comercial, combinados em grandes DWs 39 Para o Data Warehousing Institute, (2012) a BI “[...]une dados, tecnologia, análise e o conhecimento humano para aperfeiçoar decisões de negócio e impulsionar o sucesso de um empreendimento”. Na “boca do povo”, BI tornou-se um termo guarda-chuva para se referir a qualquer sistema de análise comercial, desde simples relatórios até grandes sistemas de gestão e tomada de decisão, igualmente complexos e caros. Mas BI não se trata de software. Ao contrário, BI é “[...] peopleware, é cultura organizacional, em vez de software. É a aplicação particular da IO, orientada para sensoriar ocorrências e pré-ocorrências no ambiente; analisar, classificar, organizar e apresentar conhecimentos, diretamente, para alavancar negócios.” (MARTINS; FERNEDA; MARTINS, 2008, p. 38). Para Brackett (1999 apud RAISINGHANI, 2004, p. 127), BI é um “[...] conjunto de conceitos, métodos e processos para melhorar decisões de negócio usando informações de fontes múltiplas, e aplicar experiências e suposições para desenvolver uma compreensão precisa da dinâmica do negócio”. BI é um processo com o qual organizações transformam dados em informações, informações em conhecimento e o conhecimento em ação. Ao contrário das divergências que cercam a definição de BI, sua função no negócio está clara. A BI existe para promover o desenvolvimento do negocio e auxiliá-lo a manter-se à frente de seus competidores provendo os subsídios necessários à tomada de decisão de forma mais rápida, precisa e mais ampla (RAISINGHANI, 2004). Apesar da BI não ser software e em teoria poder ser conduzida de forma “analógica” por meio de práticas de monitoramento baseadas somente na capacidade de observação e comunicação das pessoas, não é possível imaginar uma empresa operando dessa forma. A presença ubíqua de sistemas informatizados nos empreendimentos modernos brasileiros significa que divorciar BI de aplicativos seria um contrassenso, uma vez que esses sistemas contém muitos dos dados que alimentam o processo de BI. No entanto, software neste contexto deve ser 40 compreendido como ferramentas de TI, cujo papel é simplificar o acesso e a compreensão das informações (MOSS; ATRE, 2003). Para esse fim, ferramentas de BI utilizam uma série de recursos, e conforme Moss e Atre (2003) entre eles armazéns de dados e data marts, visualização, relatórios, gráficos e projeções e a mineração de dados, entre outros. Por meio desses recursos, ferramentas de BI permitem aos gestores observar o passado e o presente da organização, e por meio dessas informações inferir acerca de possíveis resultados futuros. 2.7 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL A promulgação da LDB de 1996 consolidou a União como responsável por assegurar a qualidade do ensino superior do Brasil, e aparelhou o Estado, por meio do MEC e órgãos associados, a saber, a Secretaria de Educação Superior (SESu), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), Fundação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (CAPES) e Conselho Nacional de Educação (CNE), com a autoridade para realizar essa tarefa (INEP, 2009). A ferramenta construída para realizar o acompanhamento das instituições de ensino superior foi denominada Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), que visa assegurar a integração dos objetivos, metodologias e práticas e interesses das instituições de ensino e do Estado e prover informações para tomadas de decisão de caráter político, pedagógico e administrativo (INEP, 2009). O SINAES tem por objetivo avaliar a qualidade do ensino oferecido aos alunos de três pontos de vista: o institucional, o curso e o desempenho dos alunos em todos os seus aspectos, que incluem a qualidade do ensino, a pesquisa e extensão realizada pela instituição, responsabilidade social da instituição, docentes e discentes, o desempenho acadêmico dos alunos, a qualidade da gestão da IES, a qualidade do corpo docente, as instalações físicas e outros aspectos relevantes (INEP, 2009). 41 O SINAES tem por princípio a visão da educação como direito social e dever do Estado, a produção dos meios para o desenvolvimento sustentável da sociedade, o dever de assegurar padrões de qualidade e desenvolvimento do ensino, o fomento ao desenvolvimento das práticas de ensino, o respeito à diversidade, permitir a construção de quadro sistêmico e global da educação no Brasil, a legitimidade ética e a continuidade (INEP, 2009). O SINAES é supervisionado pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES), órgão responsabilizado pela aplicação da Avaliação Institucional. Esta, por sua vez, é composta por vários instrumentos quantitativos e qualitativos, com objetivo de apontar pontos fortes e fracos da instituição, e auxiliar a tomada de decisão e o desenvolvimento institucional. Entre esses instrumentos estão a auto avaliação da IES, a avaliação externa pelo CONAES, o ENADE, Avaliação de cursos, o Censo e o cadastro dos cursos junto ao MEC. Os resultados são avaliados e retroalimentados, gerando melhorias ao processo avaliativo. O SINAES é representado pela figura 5 (INEP, 2009). Figura 5: Modelo do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) Relatório IES e PDI Avaliação Institucional Comissão Externa Institucional Relatórios Comissão Nacional CONAES Análise documental, visitas e entrevistas Cotejamento com IES Subcomissão por Curso Parecer Conclusivo PAIDEIA Governo MEC/CNE Sistemas Estaduais Fonte: adaptado de INEP (2009). Por meio destes instrumentos avaliativos, a União avalia a qualidade do ensino superior oferecido e autoriza o funcionamento de novas instituições. Para 42 continuar em funcionamento, IES são obrigadas a realizar avaliações periódicas dentro de prazos estabelecidos por lei. A base de informações da avaliação é composta por três instrumentos, que são o Processo de Avaliação Integrada do Desenvolvimento Educacional e da Inovação da Área (PAIDEIA), o Censo da Educação Superior e o Cadastro do Perfil Institucional, cujos dados são combinados em um relatório de avaliação encaminhado ao MEC. Este relatório é construído com base nas avaliações de comissões externas, que fazem uso de dois instrumentos de avaliação: o instrumento para a avaliação externa de instituições de ensino superior e o instrumento de avaliação dos cursos de graduação (INEP, 2009). O instrumento para a avaliação externa de instituições de ensino superior é composto por dez dimensões. A primeira dimensão identifica a missão da instituição e os elementos fundamentas do projeto institucional, e como esses elementos se integram. A segunda dimensão avalia como está estruturada a política de ensino, pesquisa e extensão. A terceira dimensão trata do impacto da IES na sociedade, com ênfase à inclusão social. A quarta dimensão trata da comunicação da IES com a sociedade em geral, e da estrutura criada para esse fim. A quinta dimensão trata das políticas de pessoal, do corpo docente e corpo técnico administrativo, sua formação, atividades e carreira. A sexta dimensão trata da gestão da IES e da independência e autonomia dos colegiados. A infraestrutura física e disponibilidade de recursos para o ensino é a área avaliada na sétima dimensão. A oitava dimensão trata do planejamento e execução da autoavaliação institucional. A nona dimensão trata das políticas de atendimento aos corpo discente. Finalmente, a décima dimensão observa a sustentabilidade financeira da IES. (BRASIL, MEC, 2010). O quadro 1 (próxima página) apresenta as dez dimensões do instrumento para a avaliação externa (BRASIL, MEC, 2010). Quadro 1: Dez dimensões do instrumento para a avaliação externa de instituições de ensino superior (BRASIL, MEC, 2010) Indicador SINAES Conceito referencial mínimo de qualidade Dimensão 1: A Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). 1.1. Implementação do PDI, considerando as metas e as ações institucionais previstas e a estrutura e os procedimentos administrativos. Quando as propostas constantes do PDI estão sendo adequadamente implementadas, com as funções, os órgãos e os sistemas de administração/gestão adequados ao funcionamento dos cursos e das demais ações existentes, e à efetiva implantação das ações e dos cursos previstos. 1.2. Articulação entre o PDI e os processos de avaliação institucional (autoavaliação e avaliações externas) Quando os resultados da autoavaliação e das avaliações externas são adequadamente utilizados como subsídios para a revisão permanente do PDI, e constata-se a existência de ações acadêmicas e administrativas consequentes aos processos avaliativos. Dimensão 2: A política para o ensino (graduação e pós-graduação), a pesquisa, a extensão e as respectivas normas de operacionalização, incluídos os procedimentos para estímulo à produção acadêmica, para as bolsas de pesquisa, de monitoria e demais modalidades. 2.1. Coerência das políticas de ensino, pesquisa e extensão com os documentos oficiais Quando as políticas de ensino, pesquisa e extensão praticadas pelas IES estão coerentes com o PDI. 2.2. Políticas institucionais para cursos de graduação (bacharelados, licenciaturas e de tecnologia) e cursos sequenciais (quando for o caso), na modalidade presencial, e suas formas de operacionalização. Quando as atividades realizadas nos cursos de graduação e cursos sequenciais (quando for o caso), na modalidade presencial, garantem os referenciais mínimos de qualidade desses cursos. 2.3. Políticas institucionais para cursos de graduação (bacharelados, licenciaturas e de tecnologia) e cursos sequenciais (quando for o caso), na modalidade a distância, e suas formas de operacionalização (indicador exclusivo para IES credenciada para modalidade a distância). Quando as atividades realizadas nos cursos de graduação e cursos sequenciais (quando for o caso), na modalidade a distância, garantem os referenciais mínimos de qualidade desses cursos. 2.4. Políticas institucionais para cursos de pós-graduação (lato sensu e stricto sensu), na modalidade presencial, e suas formas de operacionalização (igual forma para faculdades, universidades e centros universitários). Quando as atividades realizadas nos cursos de pós-graduação (lato sensu e stricto sensu), na modalidade presencial, resultam de diretrizes de ações, são acessíveis ao conhecimento da comunidade, observam rigorosos critérios de qualidade e estão adequadamente implantadas e acompanhadas; além disso, a IES possui pelo menos 04 (quatro) programas de pós-graduação stricto sensu, todos recomendados pela CAPES, havendo, dentre estes, no mínimo, um curso de doutorado. 43 cont. Indicador SINAES Conceito referencial mínimo de qualidade 2.5. Políticas institucionais para cursos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu na modalidade a distância, e suas formas de operacionalização (indicador exclusivo para IES credenciada para modalidade a distância). Quando as atividades realizadas na pós-graduação lato sensu e stricto sensu , na modalidade a distância, observam os referenciais de qualidade desses cursos, resultam de diretrizes de ações, são acessíveis ao conhecimento da comunidade e estão adequadamente implantadas e acompanhadas. 2.6. Políticas institucionais de pesquisa e de iniciação científica e suas formas de operacionalização. Quando as atividades de pesquisa e de iniciação científica resultam de diretrizes de ações, e estão adequadamente implantadas e acompanhadas, com participação de número significativo de professores e estudantes. 2.7. Políticas institucionais de extensão e formas de sua operacionalização, com ênfase à formação inicial e continuada e à relevância social. Quando as atividades de extensão resultam de diretrizes de ações adequadamente implantadas e acompanhadas; além disso, verifica-se a sua relevância acadêmica, científica e social no entorno institucional, e a sua vinculação com a formação acadêmica do aluno. . Dimensão 3: A responsabilidade social da instituição, considerada especialmente no que se refere à sua contribuição em relação à inclusão social, ao desenvolvimento econômico e social, à defesa do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural. 3.1. Coerência das ações de responsabilidade social com as políticas constantes dos documentos oficiais. Quando as ações de responsabilidade social praticadas pelas IES estão coerentes com o PDI. 3.2. Relações da IES com a sociedade; setor público, setor privado e mercado de trabalho. Quando as relações da IES com os setores da sociedade resultam de diretrizes institucionais e estão adequadamente implantadas e acompanhadas, incluindo ações para o desenvolvimento socioeconômico e educacional da região. 3.3. Relações da IES com a sociedade: inclusão social. Quando as ações da IES com vistas à inclusão social resultam de diretrizes institucionais e estão adequadamente implantadas e acompanhadas. 3.4. Relações da IES com a sociedade: defesa do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural. Quando as ações da IES com vistas à defesa do meio ambiente, do patrimônio cultural e da produção artística resultam de diretrizes institucionais e estão adequadamente implantadas e acompanhadas. Dimensão 4: A comunicação com a sociedade. 4.1. Coerência das ações de comunicação com a sociedade com as políticas constantes dos documentos oficiais. Quando as ações de comunicação com a sociedade praticadas pelas IES estão coerentes com o PDI. 4.2. Comunicação interna e externa. Quando os canais de comunicação e sistemas de informação para a interação interna e externa funcionam adequadamente, são acessíveis às comunidades interna e externa e possibilitam a divulgação das ações da IES. 44 cont. Indicador SINAES Conceito referencial mínimo de qualidade 4.3. Ouvidoria. Quando a ouvidoria está implantada, funciona segundo padrões de qualidade claramente estabelecidos, dispõe de pessoal e infraestrutura adequados, e os seus registros e observações são efetivamente levados em consideração pelas instâncias acadêmicas e administrativas. Dimensão 5: As políticas de pessoal, de carreiras do corpo docente e corpo técnico-administrativo, seu aperfeiçoamento, seu desenvolvimento profissional e suas condições de trabalho. 5.1. Coerência das políticas de pessoal, de carreiras do corpo docente e corpo técnico-administrativo, seu aperfeiçoamento, seu desenvolvimento profissional e suas condições de trabalho com as políticas firmadas em documentos oficiais. Quando as políticas de pessoal, de carreiras do corpo docente e do corpo técnicoadministrativo, seu aperfeiçoamento, seu desenvolvimento profissional e as condições de trabalho praticadas pelas IES estão coerentes com o PDI. 5.2. Formação do corpo docente. Universidades e Centros Universitários: Quando o corpo docente da IES tem experiência profissional e acadêmica adequadas às políticas constantes nos documentos oficiais da IES e 100% têm formação mínima em nível de pós-graduação lato sensu; desses, 70% possuem formação mínima em nível de pós-graduação stricto sensu e pelo menos 20% possuem o título de doutor. Faculdades: Quando todo o corpo docente tem, no mínimo, formação de pós-graduação lato sensu e experiência profissional e acadêmica adequadas às políticas constantes nos documentos oficiais da IES. 5.3. Condições institucionais para os docentes. Universidades: Quando as políticas de capacitação e de acompanhamento do trabalho docente estão implementadas. Além disso, o Plano de Carreira Docente está implementado e difundido na comunidade acadêmica, estando a IES em consonância com a legislação vigente no que se refere a regime de trabalho, ou seja, um terço do corpo docente em regime de tempo integral (Lei 9.394/1996 – Art. 52). Centros Universitários: Quando as políticas de capacitação e de acompanhamento do trabalho docente estão implementadas. Além disso, o Plano de Carreira Docente está implementado e difundido na comunidade acadêmica, em consonância com a legislação vigente no que se refere a regime de trabalho, ou seja, um quinto do corpo docente em regime de tempo integral (Decreto 5.786/2006 – Art.1°). Faculdades:Quando as políticas de capacitação e de acompanhamento do trabalho docente estão implementadas e acompanhadas. Além disso, o Plano de Carreira Docente está implementado e difundido na comunidade acadêmica. 45 cont. Indicador SINAES Conceito referencial mínimo de qualidade 5.4. Condições institucionais para o corpo técnico-administrativo. Conceito referencial mínimo de qualidade: Quando o perfil (formação e experiência) e as políticas de capacitação do corpo técnico-administrativo estão adequados às políticas constantes dos documentos oficiais da IES. Além disso, o Plano de Cargos e Salários, homologado por órgão do Ministério do Trabalho e Emprego, está implementado e difundido. 5.5. Formação do corpo de tutores presenciais e suas condições institucionais (indicador exclusivo para IES credenciada para modalidade a distância – EAD). Quando o corpo de tutores presenciais tem, no mínimo, graduação na área objeto da tutoria e as políticas para a sua capacitação estão implementadas e acompanhadas. 5.6. Formação do corpo de tutores a distância e suas condições institucionais (indicador exclusivo para IES credenciada para modalidade a distância – EAD). Quando o corpo de tutores a distância tem, no mínimo, graduação na área objeto da tutoria e as políticas para a sua capacitação estão implementadas e acompanhadas. Dimensão 6: Organização e gestão da instituição, especialmente o funcionamento e representatividade dos colegiados, sua independência e autonomia na relação com a mantenedora, e a participação dos segmentos da comunidade universitária nos processos decisórios. 6.1. Coerência da organização e da gestão da instituição com as políticas firmadas em documentos oficiais. Quando a organização e a gestão da instituição, especialmente o funcionamento e representatividade dos colegiados, sua independência e autonomia na relação com a mantenedora, e a participação dos segmentos da comunidade universitária nos processos decisórios estão coerentes com o PDI. 6.2. Gestão institucional (considerar as especificidades da gestão de cursos a distância, quando for o caso). Quando a gestão institucional se pauta em princípios de qualidade, e resulta de diretrizes de ações. 6.3. Funcionamento, representação e autonomia dos Conselhos Superiores. Quando o funcionamento e a representatividade dos Conselhos Superiores cumprem os dispositivos regimentais e estatutários. 6.4. Funcionamento, representação e autonomia dos colegiados de curso. Quando o funcionamento e a representatividade nos colegiados de curso, ou equivalentes, cumprem os dispositivos regimentais e estatutários. 7: Infraestrutura física, especialmente a de ensino e de pesquisa, biblioteca, recursos de informação e comunicação. 7.1. Coerência Infraestrutura física, especialmente a de ensino e de pesquisa, biblioteca, recursos de informação e comunicação com o estabelecido em documentos oficiais. Quando a infraestrutura física da IES, especialmente a de ensino e pesquisa, biblioteca, recursos de informação e comunicação, está coerente com a especificada no PDI. 7.2. Instalações gerais7.3. Instalações gerais nos pólos para educação a distância (indicador exclusivo para IES credenciada para modalidade a distância – EAD). Quando há instalações gerais para o ensino, para a pesquisa (quando for o caso), para a prática de esportes, atividades culturais e de lazer, espaços de convivência, e para laboratórios didáticos e de pesquisa em quantidade e qualidade adequadas. 46 cont. Indicador SINAES Conceito referencial mínimo de qualidade 7.4. Biblioteca: acervo, serviços e espaço físico. Quando há, nos pólos para educação a distância, instalações gerais para o ensino e para a pesquisa (quando for o caso), incluindo laboratórios, em quantidade e qualidade adequadas. 7.5. Bibliotecas dos pólos para educação a distância: acervo, serviços e espaço físico (indicador exclusivo para IES credenciada para modalidade a distância – EAD). Quando podem ser verificadas ações adequadas de atualização e ampliação do acervo bibliográfico e dos serviços da(s) biblioteca (s). Dimensão 8: Planejamento e avaliação, especialmente em relação aos processos, resultados e eficácia da autoavaliação institucional. 8.1. Coerência do planejamento e da avaliação, especialmente em relação aos processos, resultados e eficácia da autoavaliação institucional com o estabelecido em documentos oficiais. Quando o planejamento e a avaliação, especialmente em relação aos processos, resultados e eficácia da autoavaliação institucional da IES estão coerentes com o especificado no PDI. 8.2. Autoavaliação institucional Quando a Comissão Própria de Avaliação está implantada e funciona adequadamente, há efetiva participação da comunidade interna (professores, estudantes e técnico-administrativos) e externa nos processos de autoavaliação institucional, e há divulgação das análises e dos resultados das avaliações, estando as informações correspondentes acessíveis à comunidade acadêmica. 8.3. Planejamento e ações acadêmico-administrativas a partir dos resultados das avaliações. Quando a IES implementa adequadamente ações acadêmico-administrativas baseadas nos resultados da autoavaliação e das avaliações externas. Dimensão 9: Políticas de atendimento aos discentes. 9.1. Coerência das políticas de atendimento aos discentes com o estabelecido em documentos oficiais. Quando as políticas de atendimento aos discentes da IES estão coerentes com as especificadas no PDI. 9.2. Programas de apoio ao desenvolvimento acadêmico dos discentes referentes à realização de eventos Quando os programas de apoio ao desenvolvimento acadêmico dos discentes, de realização de atividades científicas, técnicas, esportivas e culturais, e de divulgação da sua produção estão implantados e adequados. 9.3. Condições institucionais de atendimento ao discente. Quando se verifica a adequação das políticas de acesso, seleção e permanência de estudantes (critérios utilizados, acompanhamento pedagógico, espaço de participação e de convivência) praticadas pela IES e há adequada relação com as políticas públicas e com o contexto social. 47 cont. Indicador SINAES Conceito referencial mínimo de qualidade 9.4. Acompanhamento de egressos e criação de oportunidades de formação continuada. Quando existem mecanismos adequados para conhecer a opinião dos egressos sobre a formação recebida, tanto curricular quanto ética, para saber o índice de ocupação entre eles, para estabelecer relação entre a ocupação e a formação profissional recebida; além disso, a opinião dos empregadores dos egressos é utilizada para revisar o plano e os programas e existem atividades de atualização e formação continuada para os egressos. Dimensão 10: Sustentabilidade financeira, tendo em vista o significado social da continuidade dos compromissos na oferta da educação superior. 10.1. Coerência da sustentabilidade financeira apresentada pela IES com o estabelecido em documentos oficiais. Quando a sustentabilidade financeira da IES está coerente com a especificada no PDI. 10.2 Sustentabilidade financeira da instituição e políticas de captação e alocação de recursos. Quando se verifica a adequação entre a proposta de desenvolvimento da IES, incluindo-se a captação de recursos, e o orçamento previsto, a compatibilidade entre cursos oferecidos e as verbas e os recursos disponíveis, e existe controle entre as despesas efetivas e as referentes à despesa corrente, de capital e de investimento. 10.3. Políticas direcionadas à aplicação de recursos para programas de ensino, pesquisa e extensão. Quando existem políticas de aquisição de equipamentos e de expansão e/ou conservação do espaço físico necessárias à adequada implementação dos programas de ensino, pesquisa e extensão. 48 O instrumento para avaliação dos cursos de graduação é composto por três dimensões. A primeira dimensão trata da organização didático-pedagógica do curso. A segunda, do corpo docente, tutorial e corpo técnico administrativo. Por fim, a terceira dimensão trata das instalações físicas. O quadro 2 apresenta as três dimensões do instrumento para avaliação dos cursos de graduação (BRASIL, MEC, 2012). Quadro 2: Três dimensões do instrumento de avaliação dos cursos de graduação (BRASIL, MEC, 2012) Indicador Conceito Critérios Dimensão 1 – Organização Didático Pedagógica 1.1. Contexto educacional 1.2. Políticas institucionais no âmbito do curso 1 Quando o PPC não contempla as demandas efetivas de natureza econômica e social. 2 Quando o PPC contempla, de maneira insuficiente, as demandas efetivas de natureza econômica e social. 3 Quando o PPC contempla, de maneira suficiente, as demandas efetivas de natureza econômica e social. 4 Quando o PPC contempla muito bem as demandas efetivas de natureza econômica e social. 5 Quando o PPC contempla, de maneira excelente, as demandas efetivas de natureza econômica e social. 1 Quando as políticas institucionais de ensino, de extensão e de pesquisa (esta última, quando for o caso) constantes no PDI não estão previstas/implantadas no âmbito do curso. 2 Quando as políticas institucionais de ensino, de extensão e de pesquisa (esta última, quando for o caso) constantes no PDI estão previstas/implantadas, de maneira insuficiente, no âmbito do curso. 3 Quando as políticas institucionais de ensino, de extensão e de pesquisa (esta última, quando for o caso) constantes no PDI estão previstas/implantadas, de maneira suficiente, no âmbito do curso. 4 Quando as políticas institucionais de ensino, de extensão e de pesquisa (esta última, quando for o caso) constantes no PDI estão muito bem previstas/implantadas no âmbito do curso. 49 cont. Indicador 1.3. Objetivos do curso 1.4. Perfil profissional do egresso Conceito Quando as políticas institucionais de ensino, de extensão e de pesquisa (esta última,quando for o caso) constantes no PDI estão previstas/implantadas, de maneira excelente, no âmbito do curso. 1 Quando os objetivos do curso não apresentam coerência, em uma análise sistêmica e global, com os aspectos: perfil profissional do egresso, estrutura curricular e contexto educacional. 2 Quando os objetivos do curso apresentam insuficiente coerência, em uma análise sistêmica e global, com os aspectos: perfil profissional do egresso, estrutura curricular e contexto educacional. 3 Quando os objetivos do curso apresentam suficiente coerência, em uma análise sistêmica e global, com os aspectos: perfil profissional do egresso, estrutura curricular e contexto educacional. 4 Quando os objetivos do curso apresentam muito boa coerência, em uma análise sistêmica e global, com os aspectos: perfil profissional do egresso, estrutura curricular e contexto educacional. 5 Quando os objetivos do curso apresentam excelente coerência, em uma análise sistêmica e global, com os aspectos: perfil profissional do egresso, estrutura curricular e contexto educacional. 1 Quando o perfil profissional não expressa as competências do egresso. 2 Quando o perfil profissional expressa, de maneira insuficiente, as competências do egresso. 3 Quando o perfil profissional expressa, de maneira suficiente, as competências do egresso. 4 Quando o perfil profissional expressa muito bem as competências do egresso. 5 Quando o perfil profissional expressa, de maneira excelente, as competências do egresso. 1 Quando a estrutura curricular prevista/implantada não contempla, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: flexibilidade, interdisciplinaridade, compatibilidade da carga horária total (em horas), articulação da teoria com a prática e, nos casos de cursos a distância, mecanismos de familiarização com essa modalidade. 2 Quando a estrutura curricular prevista/implantada contempla, de maneira insuficiente, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: flexibilidade, interdisciplinaridade, compatibilidade da carga horária total (em horas), articulação da teoria com a prática, e nos casos de cursos a distância, mecanismos de familiarização com essa modalidade. cont. 50 5 1.5. Estrutura curricular (Considerar como critério de análise também a pesquisa e a extensão, caso estejam contempladas no PPC) Critérios Indicador Conceito Critérios 4 Quando a estrutura curricular prevista/implantada contempla, muito bem, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: flexibilidade, interdisciplinaridade, compatibilidade da carga horária total (em horas), articulação da teoria com a prática e, nos casos de cursos a distância, mecanismos de familiarização com essa modalidade. 5 Quando a estrutura curricular prevista/implantada contempla, de maneira excelente, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: flexibilidade, interdisciplinaridade, compatibilidade da carga horária total (em horas), articulação da teoria com a prática e, nos casos de cursos a distância, mecanismos de familiarização com essa modalidade. 1 Quando os conteúdos curriculares previstos/implantados não possibilitam o desenvolvimento do perfil profissional do egresso considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: atualização, adequação das cargas horárias (em horas) e adequação da bibliografia. 2 Quando os conteúdos curriculares previstos/implantados possibilitam, de maneira insuficiente, o desenvolvimento do perfil profissional do egresso considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: atualização, adequação das cargas horárias (em horas) e adequação da bibliografia. 3 Quando os conteúdos curriculares previstos/implantados possibilitam, de maneira suficiente, o desenvolvimento do perfil profissional do egresso considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: atualização, adequação das cargas horárias (em horas) e adequação da bibliografia. 4 Quando os conteúdos curriculares previstos/implantados possibilitam, muito bem, o desenvolvimento do perfil profissional do egresso considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: atualização, adequação das cargas horárias (em horas) e adequação da bibliografia. 5 Quando os conteúdos curriculares previstos/implantados possibilitam, de maneira excelente, o desenvolvimento do perfil profissional do egresso considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: atualização, adequação das cargas horárias (em horas) e adequação da bibliografia. cont. 1.6. Conteúdos curriculares 51 3 Quando a estrutura curricular prevista/implantada contempla, de maneira suficiente, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: flexibilidade, interdisciplinaridade, compatibilidade da carga horária total (em horas), articulação da teoria com a prática e, nos casos de cursos a distância, mecanismos de familiarização com essa modalidade. Indicador 1.7. Metodologia 1.8. Estágio curricular supervisionado NSA para cursos que não contemplam estágio no PPC e que não possuem diretrizes curriculares nacionais ou suas diretrizes não preveem a obrigatoriedade de estágio supervisionado Conceito Critérios 1 Quando as atividades pedagógicas não apresentam coerência com a metodologia prevista/implantada. 2 Quando as atividades pedagógicas apresentam insuficiente coerência com a metodologia prevista/implantada. 3 Quando as atividades pedagógicas apresentam suficiente coerência com a metodologia prevista/implantada. 4 Quando as atividades pedagógicas apresentam muito boa coerência com a metodologia prevista/implantada. 5 Quando as atividades pedagógicas apresentam excelente coerência com a metodologia prevista/implantada. 1 Quando o estágio curricular regulamentado/institucionalizado. 2 Quando o estágio curricular supervisionado previsto/implantado está regulamentado/institucionalizado, de maneira insuficiente, considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: carga horária, previsão/existência de convênios, formas de apresentação, orientação, supervisão e coordenação. 3 Quando o estágio curricular supervisionado previsto/implantado está regulamentado/institucionalizado, de maneira suficiente, considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: carga horária, previsão/existência de convênios, formas de apresentação, orientação, supervisão e coordenação. 4 Quando o estágio curricular supervisionado previsto/implantado está muito bem regulamentado/institucionalizado considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: carga horária, previsão/existência de convênios, formas de apresentação, orientação, supervisão e coordenação. 5 Quando o estágio curricular supervisionado previsto/implantado está regulamentado/institucionalizado, de maneira excelente, considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: carga horária, previsão/existência de convênios, formas de apresentação, orientação, supervisão e coordenação. supervisionado previsto/implantado não está 52 cont. Indicador 1.9. Atividades complementares NSA para cursos que não contemplam atividades complementares no PPC e que não possuem diretrizes curriculares nacionais ou suas diretrizes não preveem a obrigatoriedade de atividades complementares 1.10. Trabalho de conclusão de curso (TCC) NSA para cursos que não contemplam TCC no PPC e que não possuem diretrizes curriculares nacionais ou suas diretrizes não preveem a obrigatoriedade de TCC Conceito Critérios 1 Quando as atividades complementares regulamentadas/institucionalizadas. 2 Quando as atividades complementares previstas/implantadas estão regulamentadas/ institucionalizadas, de maneira insuficiente, considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: carga horária, diversidade de atividades e formas de aproveitamento. 3 Quando as atividades complementares previstas/implantadas estão regulamentadas/ institucionalizadas, de maneira suficiente, considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: carga horária, diversidade de atividades e formas de aproveitamento. 4 Quando as atividades complementares previstas/implantadas estão muito bem regulamentadas/institucionalizadas considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: carga horária, diversidade de atividades e formas de aproveitamento. 5 Quando as atividades complementares previstas/implantadas estão regulamentadas/ institucionalizadas, de maneira excelente, considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: carga horária, diversidade de atividades e formas de aproveitamento. 1 Quando o trabalho de conclusão regulamentado/institucionalizado. 2 Quando o trabalho de conclusão de curso previsto/implantado está regulamentado/institucionalizado, de maneira insuficiente, considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: carga horária, formas de apresentação, orientação e coordenação. 3 Quando o trabalho de conclusão de curso previsto/implantado está regulamentado/institucionalizado, de maneira suficiente, considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: carga horária, formas de apresentação, orientação e coordenação. 4 Quando o trabalho de conclusão de curso previsto/implantado está muito bem regulamentado/institucionalizado considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: carga horária, formas de apresentação, orientação e coordenação. 5 Quando o trabalho de conclusão de curso previsto/implantado está regulamentado/institucionalizado, de maneira excelente, considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: carga horária, formas de apresentação, orientação e coordenação. cont. de previstas/implantadas curso previsto/implantado não não estão está 53 Indicador 1.11. Apoio ao discente 1.12. Ações decorrentes dos processos de avaliação do curso Conceito Critérios Quando não existe programa de apoio ao discente previsto ou implantado. 2 Quando o apoio ao discente previsto/implantado contempla, de maneira insuficiente, os programas de apoio extraclasse e psicopedagógico, de atividades de nivelamento e extracurriculares não computadas como atividades complementares e de participação em centros acadêmicos e em intercâmbios. 3 Quando o apoio ao discente previsto/implantado contempla, de maneira suficiente, os programas de apoio extraclasse e psicopedagógico, de atividades de nivelamento e extracurriculares não computadas como atividades complementares e de participação em centros acadêmicos e em intercâmbios. 4 Quando o apoio ao discente previsto/implantado contempla muito bem os programas de apoio extraclasse e psicopedagógico, de atividades de nivelamento e extracurriculares não computadas como atividades complementares e de participação em centros acadêmicos e em intercâmbios. 5 Quando o apoio ao discente previsto/implantado contempla, de maneira excelente, os programas de apoio extraclasse e psicopedagógico, de atividades de nivelamento e extracurriculares não computadas como atividades complementares e de participação em centros acadêmicos e em intercâmbios. 1 Quando não há ações acadêmico-administrativas, em decorrência das autoavaliações e das avaliações externas (avaliação de curso, ENADE, CPC e outras) no âmbito do curso. 2 Quando as ações acadêmico-administrativas, em decorrência das autoavaliações e das avaliações externas (avaliação de curso, ENADE, CPC e outras), no âmbito do curso, estão previstas/implantadas de maneira insuficiente. 3 Quando as ações acadêmico-administrativas, em decorrência das autoavaliações e das avaliações externas (avaliação de curso, ENADE, CPC e outras), no âmbito do curso, estão previstas/implantadas de maneira suficiente. 4 Quando as ações acadêmico-administrativas, em decorrência das autoavaliações e das avaliações externas (avaliação de curso, ENADE, CPC e outras), no âmbito do curso, estão muito bem previstas/implantadas. 5 Quando as ações acadêmico-administrativas, em decorrência das autoavaliações e das avaliações externas (avaliação de curso, ENADE, CPC e outras), no âmbito do curso, estão previstas/implantadas de maneira excelente. cont. 54 1 Indicador Conceito Critérios 1.13. Atividades de tutoria 1 Quando não há o desenvolvimento de atividades de tutoria (presencial e a distância). NSA para cursos presenciais. Obrigatório para cursos a distância e presenciais, reconhecidos, que ofertam até 20% da carga horária total do curso na modalidade a distância, conforme portaria 4.059 de 10 de dezembro de 2004 2 Quando as atividades de tutoria previstas/implantadas atendem, de maneira insuficiente, às demandas didático-pedagógicas da estrutura curricular. 3 Quando as atividades de tutoria previstas/implantadas atendem, de maneira suficiente, às demandas didático-pedagógicas da estrutura curricular. 4 Quando as atividades de tutoria previstas/implantadas atendem muito bem às demandas didático-pedagógicas da estrutura curricular. 5 Quando as atividades de tutoria previstas/implantadas atendem, de maneira excelente, às demandas didático-pedagógicas da estrutura curricular. 1 Quando as tecnologias de informação e comunicação (TICs) previstas/implantadas no processo de ensino-aprendizagem não permitem executar o projeto pedagógico do curso. 2 Quando as tecnologias de informação e comunicação (TICs) previstas/implantadas no processo de ensino-aprendizagem permitem executar, de maneira insuficiente, o projeto pedagógico do curso. 3 Quando as tecnologias de informação e comunicação (TICs) previstas/implantadas no processo de ensino-aprendizagem permitem executar, de maneira suficiente, o projeto pedagógico do curso. 4 Quando as tecnologias de informação e comunicação (TICs) previstas/implantadas no processo de ensino-aprendizagem permitem executar muito bem o projeto pedagógico do curso. 5 Quando as tecnologias de informação e comunicação (TICs) previstas/implantadas no processo de ensino-aprendizagem permitem executar, de maneira excelente, o projeto pedagógico do curso. 1.14. Tecnologias de informação e comunicação – TICs – no processo ensinoaprendizagem cont. 55 Indicador 1.15. Material didático institucional NSA para cursos presenciais que não contemplam material didático institucional no PPC, obrigatório para cursos a distância (Para fins de autorização, considerar o material didático disponibilizado para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) Conceito 1 Quando o material didático institucional previsto/implantado, disponibilizado aos estudantes, não permite executar a formação definida no projeto pedagógico do curso. 2 Quando o material didático institucional previsto/implantado, disponibilizado aos estudantes, permite executar, de maneira insuficiente, a formação definida no projeto pedagógico do curso considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: abrangência, bibliografia adequada às exigências da formação, aprofundamento e coerência teórica. 3 Quando o material didático institucional previsto/implantado, disponibilizado aos estudantes, permite executar, de maneira suficiente, a formação definida no projeto pedagógico do curso considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: abrangência, bibliografia adequada às exigências da formação, aprofundamento e coerência teórica. 4 1.16. Mecanismos de interação entre docentes, tutores e estudantes NSA para cursos presenciais que não contemplam mecanismos de interação entre docentes, tutores e estudantes no PPC, obrigatório paracursos a distância Critérios Quando o material didático institucional previsto/implantado, disponibilizado aos estudantes, permite executar, muito bem, a formação definida no projeto pedagógico do curso considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: abrangência, bibliografia adequada às exigências da formação, aprofundamento e coerência teórica. 5 Quando o material didático institucional previsto/implantado, disponibilizado aos estudantes, permite executar, de maneira excelente, a formação definida no projeto pedagógico do curso considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: abrangência, bibliografia adequada às exigências da formação, aprofundamento e coerência teórica. 1 Quando não há mecanismos de interação entre docentes, tutores e estudantes. 2 Quando os mecanismos de interação entre docentes, tutores e previstos/implantados atendem, de maneira insuficiente, às propostas do curso. estudantes 3 Quando os mecanismos de interação entre docentes, tutores e previstos/implantados atendem, de maneira suficiente, às propostas do curso. estudantes 4 Quando os mecanismos de interação entre docentes, previstos/implantados atendem muito bem às propostas do curso. e estudantes 5 Quando os mecanismos de interação entre docentes, tutores e previstos/implantados atendem, de maneira excelente, às propostas do curso. estudantes tutores 56 cont. Indicador 1.17. Procedimentos de avaliação processos de ensino-aprendizagem Conceito dos 1.18. Número de vagas (Para os cursos de Medicina, considerar também como critério de análise: disponibilidade de serviços assistenciais, incluindo hospital, ambulatório e centro de saúde, com capacidade de absorção de um número de alunos equivalente à matricula total prevista para o curso; a previsão de 5 ou mais leitos na (s) unidade (s) hospitalar (es) própria (s) ou conveniada (s) para cada vaga oferecida no vestibular do curso, resultando em um egresso treinado em urgência e emergência; atendimento primário e secundário capaz de diagnosticar e tratar as principais doenças e apto a referir casos que necessitem cuidados especializados) Critérios 1 Quando os procedimentos de avaliação previstos/implantados utilizados nos processos de ensino-aprendizagem não atendem à concepção do curso definida no seu Projeto Pedagógico do Curso – PPC. 2 Quando os procedimentos de avaliação previstos/implantados utilizados nos processos de ensino-aprendizagem atendem, de maneira insuficiente, à concepção do curso definida no seu Projeto Pedagógico do Curso – PPC. 3 Quando os procedimentos de avaliação previstos/implantados utilizados nos processos de ensino-aprendizagem atendem, de maneira suficiente, à concepção do curso definida no seu Projeto Pedagógico do Curso – PPC. 4 Quando os procedimentos de avaliação previstos/implantados utilizados nos processos de ensino-aprendizagem atendem, muito bem, à concepção do curso definida no seu Projeto Pedagógico do Curso – PPC. 5 Quando os procedimentos de avaliação previstos/implantados utilizados nos processos de ensino-aprendizagem atendem, de maneira excelente, à concepção do curso definida no seu Projeto Pedagógico do Curso – PPC. 1 Quando o número de vagas previstas/implantadas não corresponde à dimensão do corpo docente e às condições de infraestrutura da IES. 2 Quando o número de vagas previstas/implantadas corresponde, de maneira insuficiente, à dimensão do corpo docente e às condições de infraestrutura da IES. 3 Quando o número de vagas previstas/implantadas corresponde, de maneira suficiente, à dimensão do corpo docente e às condições de infraestrutura da IES. 4 Quando o número de vagas previstas/implantadas atende muito bem à dimensão do corpo docente e às condições de infraestrutura da IES. Quando o número de vagas previstas/implantadas corresponde, de maneira excelente, à dimensão do corpo docente e às condições de infraestrutura da IES. 5 57 cont. Indicador 1.19. Integração com as redes públicas de ensino Obrigatório para as Licenciaturas, NSA para os demais que não contemplam integração com as redes públicas de ensino no PPC 1.20. Integração com o sistema local e regional de saúde e o SUS Obrigatório para o curso de Medicina, NSA para os demais cursos que não contemplam integração com o sistema local e regional de saúde e o SUS no PPC Conceito Critérios Quando não existem ações ou convênios que promovam integração com as escolas da educação básica das redes públicas de ensino. 2 Quando as ações ou convênios que promovam integração com as escolas da educação básica das redes públicas de ensino estão previstos/implantados com abrangência e consolidação insuficiente. 3 Quando as ações ou convênios que promovam integração com as escolas da educação básica das redes públicas de ensino estão previstos/implantados com abrangência e consolidação suficiente. 4 Quando as ações ou convênios que promovam integração com as escolas da educação básica das redes públicas de ensino estão muito bem previstos/implantados com abrangência e consolidação. 5 Quando as ações ou convênios que promovam integração com as escolas da educação básica das redes públicas de ensino estão previstos/implantados com abrangência e consolidação excelente. 1 Quando a integração do curso com o sistema de saúde local e regional e o SUS não está formalizada por meio de convênio. 2 Quando a integração do curso com o sistema de saúde local e regional e o SUS formalizada por meio de convênio é insuficiente sendo a relação alunos/paciente ambulatorial/docente ou preceptor não professor do curso de mais de 4, atendendo aos princípios éticos da formação e atuação profissional. 3 Quando a integração do curso com o sistema de saúde local e regional e o SUS formalizada por meio de convênio é suficiente sendo a relação alunos/paciente ambulatorial/docente ou preceptor não professor do curso de no máximo 4, atendendo aos princípios éticos da formação e atuação profissional. 4 Quando a integração do curso com o sistema de saúde local e regional e o SUS formalizada por meio de convênio é muito boa sendo a relação alunos/paciente ambulatorial/docente ou preceptor não professor do curso de no máximo 3, atendendo aos princípios éticos da formação e atuação profissional. 5 Quando a integração do curso com o sistema de saúde local e regional e o SUS formalizada por meio de convênio é excelente sendo a relação alunos/paciente ambulatorial/docente ou preceptor não professor do curso de no máximo 2, atendendo aos princípios éticos da formação e atuação profissional. cont. 58 1 Indicador 1.21. Ensino na área de saúde Obrigatório para o curso de Medicina, NSA para os demais cursos 1.22. Atividades práticas de ensino Obrigatório para o curso de Medicina, NSA para os demais cursos Conceito Critérios 1 Quando a IES oferece menos de 2 cursos de graduação na área de saúde reconhecidos, com conceito mínimo 4 (quatro) no ENADE e no CPC (quando houver). 2 Quando a IES oferece pelo menos 2 cursos de graduação na área de saúde reconhecidos, com conceito mínimo 4 (quatro) no ENADE e no CPC (quando houver). 3 Quando a IES oferece pelo menos 4 cursos de graduação na área de saúde reconhecidos, e que, no último ciclo avaliativo, alcançaram no mínimo conceito 4 no ENADE e no CPC (quando houver). 4 Quando a IES oferece pelo menos 5 cursos de graduação na área de saúde reconhecidos, com conceito mínimo 4 (quatro) no ENADE e no CPC (quando houver). 5 Quando a IES oferece pelo menos 6 cursos de graduação na área de saúde reconhecidos, com conceito mínimo 4 (quatro) no ENADE e no CPC (quando houver). 1 Quando não estão previstas/implantadas atividades práticas de formação. 2 Quando estão previstas/implantadas, de maneira insuficiente, atividades práticas de formação priorizando o enfoque de atenção básica, especialmente nas áreas de clínica médica, cirurgia, pediatria, saúde coletiva, ginecologia e obstetrícia, em unidades básicas de saúde, ambulatórios (de nível secundário e terciário) ou unidades de internação, considerando a perspectiva da hierarquização dos serviços de saúde e da atenção médica, supervisionadas pelos docentes das respectivas disciplinas. 3 Quando estão previstas/implantadas, de maneira suficiente, atividades práticas de formação priorizando o enfoque de atenção básica, especialmente nas áreas de clínica médica, cirurgia, pediatria, saúde coletiva, ginecologia e obstetrícia, em unidades básicas de saúde, ambulatórios (de nível secundário e terciário) ou unidades de internação, considerando a perspectiva da hierarquização dos serviços de saúde e da atenção médica, supervisionadas pelos docentes das respectivas disciplinas. 4 Quando estão previstas/implantadas, muito bem, atividades práticas de formação priorizando o enfoque de atenção básica, especialmente nas áreas de clínica médica, cirurgia, pediatria, saúde coletiva, ginecologia e obstetrícia, em unidades básicas de saúde, ambulatórios (de nível secundário e terciário) ou unidades de internação, considerando a perspectiva da hierarquização dos serviços de saúde e da atenção médica, supervisionadas pelos docentes das respectivas disciplinas. 59 cont. Indicador Conceito Critérios 5 Quando estão previstas/implantadas, de maneira excelente, atividades práticas de formação priorizando o enfoque de atenção básica, especialmente nas áreas de clínica médica, cirurgia, pediatria, saúde coletiva, ginecologia e obstetrícia, em unidades básicas de saúde, ambulatórios (de nível secundário e terciário) ou unidades de internação, considerando a perspectiva da hierarquização dos serviços de saúde e da atenção médica, supervisionadas pelos docentes das respectivas disciplinas. 1 Quando o NDE não está previsto/implantado. 2 Quando a atuação do NDE previsto/implantado é insuficiente considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: concepção, acompanhamento, consolidação e avaliação do PPC. 3 Quando a atuação do NDE previsto/implantado é suficiente considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: concepção, acompanhamento, consolidação e avaliação do PPC. 4 Quando a atuação do NDE previsto/implantado é muito boa considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: concepção, acompanhamento, consolidação e avaliação do PPC. 5 Quando a atuação do NDE previsto/implantado é excelente considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: concepção, acompanhamento, consolidação e avaliação do PPC. 1 Quando não há atuação do (a) coordenador (a) do curso. 2 Quando a atuação do (a) coordenador (a) é insuficiente considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: gestão do curso, relação com os docentes e discentes e representatividade nos colegiados superiores. 3 Quando a atuação do (a) coordenador (a) é suficiente considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: gestão do curso, relação com os docentes e discentes e representatividade nos colegiados superiores. 4 Quando a atuação do (a) coordenador (a) é muito boa considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: gestão do curso, relação com os docentes e discentes e representatividade nos colegiados superiores. Dimensão 2 – Corpo docente e tutorial 2.1. Atuação do Núcleo Docente Estruturante – NDE 2.2. Atuação do (a) coordenador (a) 60 cont. Indicador Conceito 2.3. Experiência do (a) coordenador (a) do curso em cursos a distância (Indicador distância) específico para cursos 5 Quando a atuação do (a) coordenador (a) é excelente considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: gestão do curso, relação com os docentes e discentes e representatividade nos colegiados superiores. 1 Quando o (a) coordenador (a) possui menos de 1 ano de experiência em cursos a distância. 2 Quando o (a) coordenador (a) possui experiência em cursos a distância maior ou igual a 1 ano e menor que 2 anos. 3 Quando o (a) coordenador (a) possui experiência em cursos a distância maior ou igual a 2 anos e menor que 3 anos. 4 Quando o (a) coordenador (a) possui experiência em cursos a distância maior ou igual a 3 anos e menor que 4 anos. 5 Quando o (a) coordenador (a) possui experiência em cursos a distância maior ou igual a 4 anos. 1 Quando o (a) coordenador (a) possui experiência profissional, de magistério superior e de gestão acadêmica, somadas, menor que 1 ano ou menos de 1 ano de magistério superior. 2 Quando o (a) coordenador (a) possui experiência profissional, de magistério superior e de gestão acadêmica, somadas, maior ou igual a 1 ano e menor que 4 anos sendo, no mínimo, 1 ano de magistério superior. 3 Quando o (a) coordenador (a) possui experiência profissional, de magistério superior e de gestão acadêmica, somadas, maior ou igual a 4 anos e menor que 7 anos sendo, no mínimo, 1 ano de magistério superior. 4 Quando o (a) coordenador (a) possui experiência profissional, de magistério superior e de gestão acadêmica, somadas, maior ou igual a 7 anos e menor que 10 anos sendo, no mínimo, 1 ano de magistério superior. 5 Quando o (a) coordenador (a) possui experiência profissional, de magistério superior e de gestão acadêmica, somadas, maior ou igual a 10 anos sendo, no mínimo, 1 ano de magistério superior. a 2.4. Experiência profissional, de magistério superior e de gestão acadêmica do (a) coordenador (a) Critérios cont. 61 Indicador 2.5. Regime de trabalho do (a) coordenador (a) do curso Conceito 1 Quando o regime de trabalho previsto/implantado do (a) coordenador (a) não é de tempo parcial ou integral; ou a relação entre o número de vagas anuais pretendidas/autorizadas e as horas semanais dedicadas à coordenação é maior que 25, ou não é respeitado o limite mínimo de 10 horas semanais dedicadas à coordenação do curso. 2 Quando o regime de trabalho previsto/implantado do (a) coordenador (a) é de tempo parcial ou integral, sendo que a relação entre o número de vagas anuais pretendidas/autorizadas e as horas semanais dedicadas à coordenação é maior que 20 e menor ou igual a 25. 3 Quando o regime de trabalho previsto/implantado do (a) coordenador (a) é de tempo parcial ou integral, sendo que a relação entre o número de vagas anuais pretendidas/autorizadas e as horas semanais dedicadas à coordenação é maior que 15 e menor ou igual a 20. 4 Quando o regime de trabalho previsto/implantado do (a) coordenador (a) é de tempo parcial ou integral, sendo que a relação entre o número de vagas anuais pretendidas/autorizadas e as horas semanais dedicadas à coordenação é maior que 10 e menor ou igual a 15. 5 Quando o regime de trabalho previsto/implantado do (a) coordenador (a) é de tempo parcial ou integral, sendo que a relação entre o número de vagas anuais pretendidas/autorizadas e as horas semanais dedicadas à coordenação é menor ou igual a 10. 1 Quando o percentual dos docentes do curso com titulação obtida em programas de pósgraduação stricto sensu é menor que 15%. 2 Quando o percentual dos docentes do curso com titulação obtida em programas de pósgraduação stricto sensu é maior ou igual a 15% e menor que 30%. 3 Quando o percentual dos docentes do curso com titulação obtida em programas de pósgraduação stricto sensu é maior ou igual a 30% e menor que 50%. 4 Quando o percentual dos docentes do curso com titulação obtida em programas de pósgraduação stricto sensu é maior ou igual a 50% e menor que 75%. 5 Quando o percentual dos docentes do curso com titulação obtida em programas de pósgraduação stricto sensu é maior ou igual a 75%. NSA para cursos a distância, obrigatório para cursos presenciais 2.7. Titulação do corpo docente do curso (Para fins de autorização, considerar os docentes previstos para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) Critérios cont. 62 Indicador Conceito Critérios 2.8. Titulação do corpo docente do curso – percentual de doutores 1 Quando não há doutores do curso. 2 Quando o percentual de doutores do curso é menor ou igual a 10%. (Para fins de autorização, considerar os docentes previstos para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) 3 Quando o percentual de doutores do curso é maior que 10% e menor ou igual a 20%. 4 Quando o percentual de doutores do curso é maior que 20% e menor ou igual a 35%. 5 Quando o percentual de doutores do curso é maior que 35%. 1 Quando a carga horária prevista/implantada para o (a) coordenador (a) for menor que 10 horas. 2 Quando a carga horária prevista/implantada para o (a) coordenador (a) do curso for maior ou igual a 10 e menor que 15 horas semanais dedicadas totalmente à coordenação. 3 Quando a carga horária prevista/implantada para (a) o coordenador (a) do curso for maior ou igual a 15 e menor que 20 horas semanais dedicadas totalmente à coordenação. 4 Quando a carga horária prevista/implantada para o (a) coordenador (a) do curso for maior ou igual a 20 e menor que 25 horas semanais dedicadas totalmente à coordenação. 5 Quando a carga horária prevista/implantada para o (a) coordenador (a) do curso for maior ou igual a 25 horas semanais dedicadas totalmente à coordenação. 1 Quando o percentual do corpo docente previsto/efetivo com regime de trabalho de tempo parcial ou integral é menor que 20%. 2 Quando o percentual do corpo docente previsto/efetivo com regime de trabalho de tempo parcial ou integral é maior ou igual a 20% e menor que 33%. 3 Quando o percentual do corpo docente previsto/efetivo com regime de trabalho de tempo parcial ou integral é maior ou igual a 33% e menor que 60%. 4 Quando o percentual do corpo docente previsto/efetivo com regime de trabalho de tempo parcial ou integral é maior ou igual a 60% e menor que 80%. 2.6. Carga horária de coordenação de curso NSA para cursos presenciais, obrigatório para cursos a distância Quando o percentual do corpo docente previsto/efetivo com regime de trabalho de tempo parcial ou integral é maior ou igual que 80%. 5 cont. 63 2.9. Regime de trabalho do corpo docente do curso (Para fins de autorização, considerar os docentes previstos para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) (Para os cursos de Medicina, os critérios de análise passam a figurar da seguinte maneira: Conceito 1 – menor que 50% Conceito 2 – maior ou igual a 50% e menor que 60% Conceito 3 – maior ou igual a 60% e menor que 70% Conceito 4 – maior ou igual a 70% e menor que 80% Conceito 5 – maior ou igual a 80%) Indicador Conceito Quando um contingente menor que 20% do corpo docente previsto/efetivo possui experiência profissional (excluída as atividades no magistério superior) de, pelo menos, 2 anos para bacharelados/licenciaturas ou 3 anos para cursos superiores de tecnologia. 2 Quando um contingente maior ou igual a 20% e menor que 40% do corpo docente previsto/efetivo possui experiência profissional (excluída as atividades no magistério superior) de, pelo menos, 2 anos para bacharelados/licenciaturas ou 3 anos para cursos superiores de tecnologia. 3 Quando um contingente maior ou igual a 40% e menor que 60% do corpo docente previsto/efetivo possui experiência profissional (excluída as atividades no magistério superior) de, pelo menos, 2 anos para bacharelados/licenciaturas ou 3 anos para cursos superiores de tecnologia. 4 Quando um contingente maior ou igual a 60% e menor que 80% do corpo docente previsto/efetivo possui experiência profissional (excluída as atividades no magistério superior) de, pelo menos, 2 anos para bacharelados/licenciaturas ou 3 anos para cursos superiores de tecnologia. 5 Quando um contingente maior ou igual a 80% do corpo docente previsto/efetivo possui experiência profissional (excluída as atividades no magistério superior) de, pelo menos, 2 anos para bacharelados/licenciaturas ou 3 anos para cursos superiores de tecnologia. 1 Quando um contingente menor que 20% do corpo docente previsto/efetivo tem, pelo menos, 3 anos de experiência no exercício da docência na educação básica. 2 Quando um contingente maior ou igual a 20% e menor que 30% do corpo docente previsto/efetivo tem, pelo menos, 3 anos de experiência no exercício da docência na educação básica. 3 Quando um contingente maior ou igual a 30% e menor que 40% do corpo docente previsto/efetivo tem, pelo menos, 3 anos de experiência no exercício da docência na educação básica. 4 Quando um contingente maior ou igual a 40% e menor que 50% do corpo docente previsto/efetivo tem, pelo menos, 3 anos de experiência no exercício da docência na educação básica. 5 Quando um contingente maior ou igual a 50% do corpo docente previsto/efetivo tem, pelo menos, 3 anos de experiência no exercício da docência na educação básica. cont. NSA para egressos de cursos de licenciatura (Para os cursos de Medicina, os critérios de análise passam a figurar da seguinte maneira: Conceito 1 – menor que 40% possui, pelo menos, 5 anos Conceito 2 – maior ou igual a 40% e menor que 50% possui, pelo menos, 5 anos Conceito 3 – maior ou igual a 50% e menor que 60% possui, pelo menos, 5 anos Conceito 4 – maior ou igual a 60% e menor que 70% possui, pelo menos, 5 anos Conceito 5 – maior ou igual a 70% possui, pelo menos, 5 anos) 2.11. Experiência no exercício da docência na educação básica (Para fins de autorização, considerar os docentes previstos para os dois primeiros anos do curso) Obrigatório para cursos de licenciatura, NSA para os demais 64 1 2.10. Experiência profissional do corpo docente (Para fins de autorização, considerar os docentes previstos para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) Critérios Indicador 2.12. Experiência de magistério superior do corpo docente (Para fins de autorização, considerar os docentes previstos para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) (Para os cursos de Medicina, os critérios de análise passam a figurar da seguinte maneira: Conceito 1 – menor que 40% possui, pelo menos, 5 anos Conceito 2 – maior ou igual a 40% e menor que 50% possui, pelo menos, 5 anos Conceito 3 – maior ou igual a 50% e menor que 60% possui, pelo menos, 5 anos Conceito 4 – maior ou igual a 60% e menor que 70% possui, pelo menos, 5 anos Conceito 5 – maior ou igual a 70% possui, pelo menos, 5 anos) 2.13. Relação entre o número de docentes e o número de estudantes NSA para cursos presenciais. Obrigatório para cursos a distância (relação entre o número de docentes e o número de estudantes equivalente 40h em dedicação à EAD) Conceito Critérios 1 Quando um contingente menor que 20% do corpo docente previsto/efetivo possui experiência de magistério superior de, pelo menos, 3 anos para bacharelados/licenciaturas ou 2 anos para cursos superiores de tecnologia. 2 Quando um contingente maior ou igual a 20% e menor que 40% do corpo docente previsto/efetivo possui experiência de magistério superior de, pelo menos, 3 anos para bacharelados/licenciaturas ou 2 anos para cursos superiores de tecnologia. 3 Quando um contingente maior ou igual a 40% e menor que 60% do corpo docente previsto/efetivo possui experiência de magistério superior de, pelo menos, 3 anos para bacharelados/licenciaturas ou 2 anos para cursos superiores de tecnologia. 4 Quando um contingente maior ou igual a 60% e menor que 80% do corpo docente previsto/efetivo possui experiência de magistério superior de, pelo menos, 3 anos para bacharelados/licenciaturas ou 2 anos para cursos superiores de tecnologia. 5 Quando um contingente maior ou igual a 80% do corpo docente previsto/efetivo possui experiência de magistério superior de, pelo menos, 3 anos para bacharelados/licenciaturas ou 2 anos para cursos superiores de tecnologia. 1 Quando a média entre o número de docentes do curso (equivalentes 40h) e o número de vagas previstas/implantadas é de 1 docente para 161 vagas ou mais. 2 Quando a média entre o número de docentes do curso (equivalentes 40h) e o número de vagas previstas/implantadas é de 1 docente para 151 a 160 vagas. 3 Quando a média entre o número de docentes do curso (equivalentes 40h) e o número de vagas previstas/implantadas é de 1 docente para 141 a 150 vagas. 4 Quando a média entre o número de docentes do curso (equivalentes 40h) e o número de vagas previstas/implantadas é de 1 docente para 131 a 140 vagas. 5 Quando a média entre o número de docentes do curso (equivalentes 40h) e o número de vagas previstas/implantadas é de 1 docente para 130. 65 cont. Indicador Conceito Critérios 1 Quando o colegiado não está previsto/implantado. 2 Quando o funcionamento do colegiado previsto/implantado está regulamentado/ institucionalizado, de maneira insuficiente, considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: representatividade dos segmentos, periodicidade das reuniões, registros e encaminhamento das decisões. 3 Quando o funcionamento do colegiado previsto/implantado está regulamentado/ institucionalizado, de maneira suficiente, considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: representatividade dos segmentos, periodicidade das reuniões, registros e encaminhamento das decisões. 4 Quando o funcionamento do colegiado previsto/implantado está muito bem regulamentado/institucionalizado considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: representatividade dos segmentos, periodicidade das reuniões, registros e encaminhamento das decisões. 5 Quando o funcionamento do colegiado previsto/implantado está regulamentado/ institucionalizado, de maneira excelente, considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: representatividade dos segmentos, periodicidade das reuniões, registros e encaminhamento das decisões. 2.15. Produção científica, cultural, artística ou tecnológica 1 Quando menos de 50% dos docentes não têm produção nos últimos 3 anos. 2 Quando pelo menos 50% dos docentes têm entre 1 a 3 produções nos últimos 3 anos. (para fins de autorização, considerar os docentes previstos para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) 3 Quando pelo menos 50% dos docentes têm entre 4 a 6 produções nos últimos 3 anos. 4 Quando pelo menos 50% dos docentes têm entre 7 a 9 produções nos últimos 3 anos. 5 Quando pelo menos 50% dos docentes têm mais de 9 produções nos últimos 3 anos. 2.16. Titulação e formação do corpo de tutores do curso (Para fins de autorização, considerar os tutores previstos para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) 1 Quando existem tutores não graduados. 2 Quando todos os tutores previstos/efetivos são graduados. 3 Quando todos os tutores previstos/efetivos são graduados na área. 4 Quando todos os tutores previstos/efetivos são graduados na área, sendo que, no mínimo, 30% têm titulação obtida em programas de pós-graduação lato sensu. 2.14. Funcionamento do colegiado de curso ou equivalente 66 cont. Indicador Conceito NSA para cursos presenciais. Obrigatório para cursos a distância e presenciais, reconhecidos, que ofertam até 20% da carga horária total do curso na modalidade a distância, conforme Portaria 4.059/2004 5 2.17. Experiência do corpo de tutores em educação a distância 1 (Para fins de autorização, considerar os tutores previstos para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) NSA para cursos presenciais. Obrigatório para cursos a distância e presenciais, reconhecidos, que ofertam até 20% da carga horária total do curso na modalidade a distância, conforme Portaria 4.059/ 2004 2.18. Relação docentes e tutores – presenciais e a distância – por estudante NSA para cursos presenciais. Obrigatório para cursos a distância e presenciais, reconhecidos, que ofertam até 20% da carga horária total do curso na modalidade a distância, conforme Portaria 4.059 /2004 Critérios Quando todos os tutores previstos/efetivos são graduados na área, sendo que, no mínimo, 30% têm titulação obtida em programas de pós-graduação stricto sensu. Quando o percentual de tutores do curso previstos/efetivos que possui experiência mínima de 3 anos em cursos a distância é menor que 40%. 2 Quando o percentual de tutores do curso previstos/efetivos que possui experiência mínima de 3 anos em cursos a distância é maior ou igual a 40% e menor que 50%. 3 Quando o percentual de tutores do curso previstos/efetivos que possui experiência mínima de 3 anos em cursos a distância é maior ou igual a 50% e menor que 60%. 4 Quando o percentual de tutores do curso previstos/efetivos que possui experiência mínima de 3 anos em cursos a distância é maior ou igual a 60% e menor que 70%. 5 Quando o percentual de tutores do curso previstos/efetivos que possui experiência mínima de 3 anos em cursos a distância é maior ou igual a 70%. 1 Quando a relação entre o número de estudantes e o total de docentes mais tutores (presenciais e a distância) previstos/contratados é maior que 60. 2 Quando a relação entre o número de estudantes e o total de docentes mais tutores (presenciais e a distância) previstos/contratados é maior que 50 e menor ou igual a 60. 3 Quando a relação entre o número de estudantes e o total de docentes mais tutores (presenciais e a distância) previstos/contratados é maior que 40 e menor ou igual a 50. 4 Quando a relação entre o número de estudantes e o total de docentes mais tutores (presenciais e a distância) previstos/contratados é maior que 30 e menor ou igual a 40. 5 Quando a relação entre o número de estudantes e o total de docentes mais tutores (presenciais e a distância) previstos/contratados é menor ou igual a 30. 67 cont. Indicador 2.19. Responsabilidade docente supervisão da assistência médica Conceito pela Critérios 1 Quando a porcentagem dos docentes responsáveis pelas atividades de ensino envolvendo pacientes que se responsabiliza pela supervisão da assistência médica a elas vinculadas é menor que 25%. 2 Quando a porcentagem dos docentes responsáveis pelas atividades de ensino envolvendo pacientes que se responsabiliza pela supervisão da assistência médica a elas vinculadas é maior ou igual a 25% e menor que 50%, sendo que, destes, pelo menos 30% dos docentes supervisionam e são responsáveis pelos serviços clínico-cirúrgicos frequentados pelos alunos. 3 Quando a porcentagem dos docentes responsáveis pelas atividades de ensino envolvendo pacientes que se responsabiliza pela supervisão da assistência médica a elas vinculadas é maior ou igual a 50% e menor que 75%, sendo que, destes, pelo menos 30% dos docentes supervisionam e são responsáveis pelos serviços clínico-cirúrgicos frequentados pelos alunos. 4 Quando a porcentagem dos docentes responsáveis pelas atividades de ensino envolvendo pacientes que se responsabiliza pela supervisão da assistência médica a elas vinculadas é maior ou igual a 75% e menor que 90%, sendo que, destes, pelo menos 30% dos docentes supervisionam e são responsáveis pelos serviços clínico-cirúrgicos frequentados pelos alunos. 5 Quando a porcentagem dos docentes responsáveis pelas atividades de ensino envolvendo pacientes que se responsabiliza pela supervisão da assistência médica a elas vinculadas é maior ou igual a 90%, sendo que, destes, pelo menos 30% dos docentes supervisionam e são responsáveis pelos serviços clínico-cirúrgicos frequentados pelos alunos. 2.20. Núcleo de apoio pedagógico e experiência docente 1 Quando o núcleo de apoio pedagógico e experiência docente não está previsto/implantado, ou quando menos de 6 das áreas do curso estão representadas no núcleo existente. Obrigatório para o curso de Medicina, NSA para os demais cursos 2 Quando o núcleo de apoio pedagógico e experiência docente previsto/implantado é composto por docentes do curso com, no mínimo, 2 anos de experiência docente, ou não cobre todas as áreas temáticas do curso. 3 Quando o núcleo de apoio pedagógico e experiência docente previsto/implantado é composto por docentes do curso com, no mínimo, 3 anos de experiência docente, cobrindo todas as áreas temáticas do curso. 4 Quando o núcleo de apoio pedagógico e experiência docente previsto/implantado é composto por docentes do curso com, no mínimo, 4 anos de experiência docente, cobrindo todas as áreas temáticas do curso. Obrigatório para o curso de Medicina, NSA para os demais cursos 68 cont. Indicador Conceito Critérios 5 Quando o núcleo de apoio pedagógico e experiência docente previsto/implantado é composto por docentes do curso com, no mínimo, 5 anos de experiência docente, cobrindo todas as áreas temáticas do curso. 3.1. Gabinetes de trabalho para professores Tempo Integral – TI 1 Quando não existem gabinetes de trabalho implantados para os docentes em tempo integral. (Para fins de autorização, considerar os gabinetes de trabalho para os docentes em tempo integral do primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) 2 Quando os gabinetes de trabalho implantados para os docentes em tempo integral são insuficientes considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: disponibilidade de equipamentos de informática em função do número de professores, dimensão, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, acessibilidade, conservação e comodidade. 3 Quando os gabinetes de trabalho implantados para os docentes em tempo integral são suficientes considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: disponibilidade de equipamentos de informática em função do número de professores, dimensão, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, acessibilidade, conservação e comodidade. 4 Quando os gabinetes de trabalho implantados para os docentes em tempo integral são muito bons considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: disponibilidade de equipamentos de informática em função do número de professores, dimensão, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, acessibilidade, conservação e comodidade. 5 Quando os gabinetes de trabalho implantados para os docentes em tempo integral são excelentes considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: disponibilidade de equipamentos de informática em função do número de professores, dimensão, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, acessibilidade, conservação e comodidade. 1 Quando não existe espaço específico para as atividades de coordenação do curso. 2 Quando o espaço destinado às atividades de coordenação é insuficiente considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: dimensão, equipamentos, conservação, gabinete individual para coordenador, número de funcionários e atendimento aos alunos e aos professores. 3 Quando o espaço destinado às atividades de coordenação é suficiente considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: dimensão, equipamentos, conservação, gabinete individual para coordenador, número de funcionários e atendimento aos alunos e aos professores. Dimensão 3 – Instalações físicas 3.2. Espaço de trabalho para coordenação do curso e serviços acadêmicos 69 cont. Indicador 3.3. Sala de professores (Para fins de autorização, considerar a sala de professores implantada para os docentes do primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) NSA para IES que possui gabinetes de trabalho para 100% dos docentes do curso 3.4. Salas de aula (Para fins de autorização, considerar as salas de aula implantadas para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) Conceito Critérios Quando o espaço destinado às atividades de coordenação é muito bom considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: dimensão, equipamentos, conservação, gabinete para coordenador, número de funcionários e atendimento aos alunos e aos professores. 5 Quando o espaço destinado às atividades de coordenação é excelente considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: dimensão, equipamentos, conservação, gabinete para coordenador, número de funcionários e atendimento aos alunos e aos professores. 1 Quando não existe sala de professores implantada para os docentes do curso. 2 Quando a sala de professores implantada para os docentes do curso é insuficiente considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: disponibilidade de equipamentos de informática em função do número de professores, dimensão, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, acessibilidade, conservação e comodidade. 3 Quando a sala de professores implantada para os docentes do curso é suficiente considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: disponibilidade de equipamentos de informática em função do número de professores, dimensão, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, acessibilidade, conservação e comodidade. 4 Quando a sala de professores implantada para os docentes do curso é muito boa considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: disponibilidade de equipamentos de informática em função do número de professores, dimensão, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, acessibilidade, conservação e comodidade. 5 Quando a sala de professores implantada para os docentes do curso é excelente considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: disponibilidade de equipamentos de informática em função do número de professores, dimensão, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, acessibilidade, conservação e comodidade. 1 Quando as salas de aula implantadas no curso não têm condições de funcionamento. 2 Quando as salas de aula implantadas para o curso são insuficientes considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: quantidades e número de alunos por turma, disponibilidade de equipamentos, dimensões em função das vagas previstas/autorizadas, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, acessibilidade, conservação e comodidade. 3 Quando as salas de aula implantadas para o curso são suficientes considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: quantidades e número de alunos por turma, disponibilidade de equipamentos, dimensões em função das vagas previstas/autorizadas, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, acessibilidade, conservação e comodidade. cont. 70 4 Indicador 3.5. Acesso dos alunos a equipamentos de informática (Para fins de autorização, considerar os laboratórios de informática implantados para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) Conceito Critérios 4 Quando as salas de aula implantadas para o curso são muito boas considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: quantidades e número de alunos por turma, disponibilidade de equipamentos, dimensões em função das vagas previstas/autorizadas, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, acessibilidade, conservação e comodidade. 5 Quando as salas de aula implantadas para o curso são excelentes considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: quantidades e número de alunos por turma, disponibilidade de equipamentos, dimensões em função das vagas previstas/autorizadas, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, acessibilidade, conservação e comodidade. 1 Quando não há meios implantados de acesso à informática para o curso. 2 Quando os laboratórios ou outros meios implantados de acesso à informática para o curso atendem, de maneira insuficiente, considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: quantidade de equipamentos relativa ao número total de usuários, acessibilidade, velocidade de acesso à internet, política de atualização de equipamentos e softwares e adequação do espaço físico. 3 Quando os laboratórios ou outros meios implantados de acesso à informática para o curso atendem, de maneira suficiente, considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: quantidade de equipamentos relativa ao número total de usuários, acessibilidade, velocidade de acesso à internet, política de atualização de equipamentos e softwares e adequação do espaço físico. 4 Quando os laboratórios ou outros meios implantados de acesso à informática para o curso atendem, muito bem, considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: quantidade de equipamentos relativa ao número total de usuários, acessibilidade, velocidade de acesso à internet, política de atualização de equipamentos e softwares e adequação do espaço físico. 5 Quando os laboratórios ou outros meios implantados de acesso à informática para o curso atendem, de maneira excelente, considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: quantidade de equipamentos relativa ao número total de usuários, acessibilidade, velocidade de acesso à internet, política de atualização de equipamentos e softwares e adequação do espaço físico. 71 cont. Indicador Conceito 1 Quando o acervo da bibliografia básica não está disponível; ou quando está disponível na proporção média de um exemplar para 20 ou mais vagas anuais pretendidas/autorizadas, de cada uma das unidades curriculares, de todos os cursos que efetivamente utilizam o acervo; ou quando o acervo existente não está informatizado e tombado junto ao patrimônio da IES; ou quando não existe um mínimo de três títulos por unidade curricular. 2 Quando o acervo da bibliografia básica, com no mínimo três títulos por unidade curricular, está disponível na proporção média de um exemplar para a faixa de 15 a menos de 20 vagas anuais pretendidas/autorizadas, de cada uma das unidades curriculares, de todos os cursos que efetivamente utilizam o acervo, além de estar informatizado e tombado junto ao patrimônio da IES. 3 Quando o acervo da bibliografia básica, com no mínimo três títulos por unidade curricular, está disponível na proporção média de um exemplar para a faixa de 10 a menos de 15 vagas anuais pretendidas/autorizadas, de cada uma das unidades curriculares, de todos os cursos que efetivamente utilizam o acervo, além de estar informatizado e tombado junto ao patrimônio da IES. 4 Quando o acervo da bibliografia básica, com no mínimo três títulos por unidade curricular, está disponível na proporção média de um exemplar para a faixa de 5 a menos de 10 vagas anuais pretendidas/autorizadas, de cada uma das unidades curriculares, de todos os cursos que efetivamente utilizam o acervo, além de estar informatizado e tombado junto ao patrimônio da IES. 5 Quando o acervo da bibliografia básica, com no mínimo três títulos por unidade curricular, está disponível na proporção média de um exemplar para menos de 5 vagas anuais pretendidas/autorizadas, de cada uma das unidades curriculares, de todos os cursos que efetivamente utilizam o acervo, além de estar informatizado e tombado junto ao patrimônio da IES. 3.6. Bibliografia básica (Para fins de autorização, considerar o acervo da bibliografia básica disponível para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) Nos cursos que possuem acervo virtual (pelo menos 1 título virtual por unidade curricular), a proporção de alunos por exemplar físico passam a figurar da seguinte maneira para os conceitos 3, 4 e 5: Conceito 3 – 13 a 19 vagas anuais Conceito 4 – de 6 a 13 vagas anuais Conceito 5 – menos de 6 vagas anuais) Quando o acervo da bibliografia complementar não está disponível; ou quando o acervo da bibliografia complementar possui menos de dois títulos por unidade curricular. 3.7. Bibliografia complementar (Para fins de autorização, considerar o acervo da bibliografia complementar disponível para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) Critérios 1 72 cont. Indicador Conceito 2 Quando o acervo da bibliografia complementar possui, pelo menos, dois títulos por unidade curricular, com dois exemplares de cada título ou com acesso virtual. 3 Quando o acervo da bibliografia complementar possui, pelo menos, três títulos por unidade curricular, com dois exemplares de cada título ou com acesso virtual. 4 Quando o acervo da bibliografia complementar possui, pelo menos, quatro títulos por unidade curricular, com dois exemplares de cada título ou com acesso virtual. 5 Quando o acervo da bibliografia complementar possui, pelo menos, cinco títulos por unidade curricular, com dois exemplares de cada título ou com acesso virtual. 1 Quando há assinatura/acesso de periódicos especializados, indexados e correntes, sob a forma impressa ou virtual, menor que 5 títulos distribuídos entre as principais áreas do curso, ou com acervo não atualizado em relação aos últimos 3 anos. 2 Quando há assinatura/acesso de periódicos especializados, indexados e correntes, sob a forma impressa ou virtual, maior ou igual a 5 e menor que 10 títulos distribuídos entre as principais áreas do curso, a maioria deles com acervo atualizado em relação aos últimos 3 anos. 3 Quando há assinatura/acesso de periódicos especializados, indexados e correntes, sob a forma impressa ou virtual, maior ou igual a 10 e menor que 15 títulos distribuídos entre as principais áreas do curso, a maioria deles com acervo atualizado em relação aos últimos 3 anos. 4 Quando há assinatura/acesso de periódicos especializados, indexados e correntes, sob a forma impressa ou virtual, maior ou igual a 15 e menor que 20 títulos distribuídos entre as principais áreas do curso, a maioria deles com acervo atualizado em relação aos últimos 3 anos. 5 Quando há assinatura/acesso de periódicos especializados, indexados e correntes, sob a forma impressa ou virtual, maior ou igual a 20 títulos distribuídos entre as principais áreas do curso, a maioria deles com acervo atualizado em relação aos últimos 3 anos. 3.8. Periódicos especializados (Para fins de autorização, considerar os periódicos relativos às áreas do primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas. Para fins de autorização, os critérios de análise passam a figurar da seguinte maneira: Conceito 1 – menor que 3 títulos Conceito 2 – maior ou igual a 3 e menor que 6 Conceito 3 – maior ou igual a 6 e menor que 9 Conceito 4 – maior ou igual a 9 e menor que 12 Conceito 5 – maior ou igual a 12) Critérios cont. 73 Indicador 3.9. Laboratórios quantidade Conceito didáticos NSA para cursos que laboratórios especializados especializados: não Para cursos a distância, verificar os laboratórios especializados da sede e dos polos Para Pedagogia é obrigatório verificar a Brinquedoteca 3.10. Laboratórios didáticos especializados: qualidade NSA para cursos que laboratórios especializados. não Quando os laboratórios didáticos especializados não estão implantados; ou não existem normas de funcionamento, utilização e segurança. 2 Quando os laboratórios didáticos especializados implantados com respectivas normas de funcionamento, utilização e segurança atendem, de maneira insuficiente, em uma análise sistêmica e global, aos aspectos: quantidade de equipamentos adequada aos espaços físicos e vagas pretendidas/autorizadas. 3 Quando os laboratórios didáticos especializados implantados com respectivas normas de funcionamento, utilização e segurança atendem, de maneira suficiente, em uma análise sistêmica e global, aos aspectos: quantidade de equipamentos adequada aos espaços físicos e vagas pretendidas/autorizadas. 4 Quando os laboratórios didáticos especializados implantados com respectivas normas de funcionamento, utilização e segurança atendem, muito bem, em uma análise sistêmica e global, aos aspectos: quantidade de equipamentos adequada aos espaços físicos e vagas pretendidas/autorizadas. 5 Quando os laboratórios didáticos especializados implantados com respectivas normas de funcionamento, utilização e segurança atendem, de maneira excelente, em uma análise sistêmica e global, aos aspectos: quantidade de equipamentos adequada aos espaços físicos e alunos vagas pretendidas/autorizadas. 1 Quando os laboratórios didáticos especializados não estão implantados; ou não existem normas de funcionamento, utilização e segurança. 2 Quando os laboratórios especializados implantados com respectivas normas de funcionamento, utilização e segurança atendem, de maneira insuficiente, em uma análise sistêmica e global, aos aspectos: adequação, acessibilidade, atualização de equipamentos e disponibilidade de insumos. 3 Quando os laboratórios especializados implantados com respectivas normas de funcionamento, utilização e segurança atendem, de maneira suficiente, em uma análise sistêmica e global, aos aspectos: adequação, acessibilidade, atualização de equipamentos e disponibilidade de insumos. 4 Quando os laboratórios especializados implantados com respectivas normas de funcionamento, utilização e segurança atendem, muito bem, em uma análise sistêmica e global, aos aspectos: adequação, acessibilidade, atualização de equipamentos e disponibilidade de insumos. cont. utilizam (Para fins de autorização, considerar os laboratórios didáticos especializados implantados para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) 74 1 utilizam Para fins de autorização, considerar os laboratórios didáticos especializados implantados para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas. Critérios Indicador Conceito Para cursos a distância, verificar os laboratórios especializados da sede e dos polos 5 Critérios Quando os laboratórios especializados implantados com respectivas normas de funcionamento, utilização e segurança atendem, de maneira excelente, em uma análise sistêmica e global, aos aspectos: adequação, acessibilidade, atualização de equipamentos e disponibilidade de insumos. Para Pedagogia é obrigatório verificar a Brinquedoteca 3.11. Laboratórios didáticos especializados: serviços NSA para cursos que laboratórios especializados não Quando os laboratórios didáticos especializados não estão implantados; ou não existem normas de funcionamento, utilização e segurança. 2 Quando os serviços dos laboratórios especializados implantados com respectivas normas de funcionamento, utilização e segurança atendem, de maneira insuficiente, em uma análise sistêmica e global, aos aspectos: apoio técnico, manutenção de equipamentos e atendimento à comunidade. 3 Quando os serviços dos laboratórios especializados implantados com respectivas normas de funcionamento, utilização e segurança atendem, de maneira suficiente, em uma análise sistêmica e global, aos aspectos: apoio técnico, manutenção de equipamentos e atendimento à comunidade. 4 Quando os serviços dos laboratórios especializados implantados com respectivas normas de funcionamento, utilização e segurança atendem, muito bem, em uma análise sistêmica e global, aos aspectos: apoio técnico, manutenção de equipamentos e atendimento à comunidade. 5 Quando os serviços dos laboratórios especializados implantados com respectivas normas de funcionamento, utilização e segurança atendem, de maneira excelente, em uma análise sistêmica e global, aos aspectos: apoio técnico, manutenção de equipamentos e atendimento à comunidade. 1 Quando não há sistema de controle de produção e distribuição de material didático previsto/implantado. 2 Quando o sistema de controle de produção e distribuição de material didático previsto/implantado é insuficiente para atender à demanda real. 3 Quando o sistema de controle de produção e distribuição de material didático previsto/implantado é suficiente para atender à demanda real. 4 Quando o sistema de controle de produção e distribuição de material didático previsto/implantado atende muito bem à demanda real. cont. utilizam (Para fins de autorização, considerar os laboratórios didáticos especializados implantados para o primeiro ano do curso, se CSTs, ou dois primeiros anos, se bacharelados/licenciaturas) Para cursos a distância, verificar os laboratórios especializados da sede e dos polos Para Pedagogia é obrigatório verificar a Brinquedoteca 3.12. Sistema de controle de produção e distribuição de material didático (logística) NSA para cursos presenciais, obrigatório para cursos a distância 75 1 Indicador 3.13. Núcleo de Práticas Jurídicas: atividades básicas Obrigatório para cursos de direito (presencial e a distância), NSA para os demais cursos 3.14. Núcleo de Práticas Jurídicas: atividades de arbitragem, negociação e mediação Obrigatório para cursos de direito (presencial e a distância), NSA para os demais cursos Conceito Critérios 5 Quando o sistema de controle de produção e distribuição de material didático previsto/implantado é excelente para atender à demanda real. 1 Quando o Núcleo de Práticas Jurídicas não está previsto/implantado; ou não possui regulamento específico. 2 Quando o Núcleo de Práticas Jurídicas previsto/implantado possui regulamento específico destinado à realização de práticas jurídicas simuladas e visitas orientadas e atende, de maneira insuficiente, às demandas do curso. 3 Quando o Núcleo de Práticas Jurídicas previsto/implantado possui regulamento específico destinado à realização de práticas jurídicas simuladas e visitas orientadas e atende, de maneira suficiente, às demandas do curso. 4 Quando o Núcleo de Práticas Jurídicas previsto/implantado possui regulamento específico destinado à realização de práticas jurídicas simuladas e visitas orientadas e atende muito bem às demandas do curso. 5 Quando o Núcleo de Práticas Jurídicas previsto/implantado possui regulamento específico destinado à realização de práticas jurídicas simuladas e visitas orientadas e atende, de maneira excelente, às demandas do curso. 1 Quando o Núcleo de Práticas Jurídicas com atividades de arbitragem, negociação, conciliação, mediação e atividades jurídicas reais não está previsto/implantado. 2 Quando o Núcleo de Práticas Jurídicas previsto/implantado possui atividades de arbitragem, negociação, conciliação, mediação e atividades jurídicas reais com insuficiente atendimento às demandas do curso. 3 Quando o Núcleo de Práticas Jurídicas previsto/implantado possui atividades de arbitragem, negociação, conciliação, mediação e atividades jurídicas reais com suficiente atendimento às demandas do curso. 4 Quando o Núcleo de Práticas Jurídicas previsto/implantado possui atividades de arbitragem, negociação, conciliação, mediação e atividades jurídicas reais atende muito bem às demandas do curso. 5 Quando o Núcleo de Práticas Jurídicas previsto/implantado possui atividades de arbitragem, negociação, conciliação, mediação e atividades jurídicas reais com excelente atendimento às demandas do curso. 76 cont. Indicador 3.15. Unidades hospitalares complexo assistencial Conceito de ensino 2 Quando a IES conta com unidade(s) hospitalar (es) de ensino, própria(s) ou conveniada(s) garantidas legalmente por período mínimo de cinco anos, certificada(s) como Hospital de Ensino pelo MEC/MS (portaria 2.400/07), que seja(m) centro de referência regional há pelo menos 2 anos e que apresentem condições insuficientes de formação do estudante de medicina. 3 Quando a IES conta com unidade(s) hospitalar (es) de ensino, própria(s) ou conveniada(s) garantidas legalmente por período mínimo de cinco anos, certificada(s) como Hospital de Ensino pelo MEC/MS (portaria 2.400/07), que seja(m) centro de referência regional há pelo menos 2 anos e que apresentem condições suficientes de formação do estudante de medicina. 4 Quando a IES conta com unidade(s) hospitalar (es) de ensino, própria(s) ou conveniada(s) garantidas legalmente por período mínimo de cinco anos, certificada(s) como Hospital de Ensino pelo MEC/MS (portaria 2.400/07), que seja(m) centro de referência regional há pelo menos 2 anos e que apresentem condições muito boas de formação do estudante de medicina. 5 Quando a IES conta com unidade(s) hospitalar(es) de ensino, própria(s) ou conveniada(s) garantidas legalmente por período mínimo de dez anos, certificada(s) como Hospital de Ensino pelo MEC/MS (portaria 2.400/07), que seja(m) centro de referência regional há pelo menos 2 anos e que apresentem condições excelentes de formação do estudante de medicina. 1 Quando não está previsto/implantado o funcionamento do sistema de referência e contrarreferência que assegure a integralidade da atenção e a resolubilidade dos problemas existentes, não permitindo que o aluno participe do atendimento ambulatorial bem como acompanhe o doente que seja referido ao hospital secundário e ao de alta complexidade. 2 Quando está previsto/implantado, de maneira insuficiente, o funcionamento do sistema de referência e contrarreferência que assegure a integralidade da atenção e a resolubilidade dos problemas existentes, permitindo que o aluno participe do atendimento ambulatorial bem como acompanhe o doente que seja referido ao hospital secundário e ao de alta complexidade. 3.16. Sistema de referência e contrarreferência Obrigatório para o curso de Medicina, NSA para os demais cursos cont. 77 1 Quando a IES não conta com unidade(s) hospitalar (es) de ensino, própria(s) ou conveniada(s) garantidas legalmente por período mínimo de cinco anos, certificada(s) como Hospital de Ensino pelo MEC/MS (portaria 2.400/07), que seja(m) centro de referência regional há pelo menos 2 anos. e Obrigatório para o curso de Medicina, NSA para os demais cursos que não contemplam unidades hospitalares de ensino e complexo assistencial no PPC Critérios Indicador 3.17. Biotérios Obrigatório para o curso de Medicina, NSA para os demais cursos que não contemplam biotério no PPC 3.18. Laboratórios de ensino Conceito Critérios 4 Quando está previsto/implantado, de maneira muito boa, o funcionamento do sistema de referência e contrarreferência que assegure a integralidade da atenção e a resolubilidade dos problemas existentes, permitindo que o aluno participe do atendimento ambulatorial bem como acompanhe o doente que seja referido ao hospital secundário e ao de alta complexidade. 5 Quando está previsto/implantado, de maneira excelente, o funcionamento do sistema de referência e contrarreferência que assegure a integralidade da atenção e a resolubilidade dos problemas existentes, permitindo que o aluno participe do atendimento ambulatorial bem como acompanhe o doente que seja referido ao hospital secundário e ao de alta complexidade. 1 Quando não há biotério. 2 Quando o biotério atende, de maneira insuficiente, às necessidades práticas do ensino. 3 Quando o biotério atende, de maneira suficiente, às necessidades práticas do ensino. 4 Quando o biotério atende muito bem às necessidades práticas do ensino. 5 Quando o biotério atende, de maneira excelente, às necessidades práticas do ensino. 1 Quando o curso não dispõe de laboratórios específicos e multidisciplinares para a abordagem dos diferentes aspectos celulares e moleculares das ciências da vida. 2 Quando o curso dispõe de laboratórios específicos e multidisciplinares previstos/ implantados insuficientes para a abordagem dos diferentes aspectos celulares e moleculares das ciências da vida (incluindo anatomia, histologia, bioquímica, farmacologia, fisiologia/biofísica e técnica operatória) considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: espaço físico, equipamentos e material de consumo compatíveis com a formação dos estudantes prevista no PPC, levando-se em conta a relação aluno/equipamento ou material. 3 Quando o curso dispõe de laboratórios específicos e multidisciplinares previstos/implantados suficientes para a abordagem dos diferentes aspectos celulares e moleculares das ciências da vida (incluindo anatomia, histologia, bioquímica, farmacologia, fisiologia/biofísica e técnica operatória) considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: espaço físico, equipamentos e material de consumo compatíveis com a formação dos estudantes prevista no PPC, levando-se em conta a relação aluno/equipamento ou material. cont. Obrigatório para o curso de Medicina, NSA para os demais cursos que não contemplam laboratórios de ensino no PPC 78 3 Quando está previsto/implantado, de maneira suficiente, o funcionamento do sistema de referência e contrarreferência que assegure a integralidade da atenção e a resolubilidade dos problemas existentes, permitindo que o aluno participe do atendimento ambulatorial bem como acompanhe o doente que seja referido ao hospital secundário e ao de alta complexidade. Indicador Conceito 4 Quando o curso dispõe de laboratórios específicos e multidisciplinares previstos/implantados muito bons para a abordagem dos diferentes aspectos celulares e moleculares das ciências da vida (incluindo anatomia, histologia, bioquímica, farmacologia, fisiologia/biofísica e técnica operatória) considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: espaço físico, equipamentos e material de consumo compatíveis com a formação dos estudantes prevista no PPC, levando-se em conta a relação aluno/equipamento ou material. 5 Quando o curso dispõe de laboratórios específicos e multidisciplinares previstos/implantados excelentes para a abordagem dos diferentes aspectos celulares e moleculares das ciências da vida (incluindo anatomia, histologia, bioquímica, farmacologia, fisiologia/biofísica e técnica operatória) considerando, em uma análise sistêmica e global, os aspectos: espaço físico, equipamentos e material de consumo compatíveis com a formação dos estudantes prevista no PPC, levando-se em conta a relação aluno/equipamento ou material. 1 Quando o curso não dispõe de laboratórios com equipamentos e instrumentos em quantidade e diversidade para a capacitação dos estudantes nas diversas habilidades da atividade médica. 2 Quando o curso dispõe de laboratórios previstos/implantados com equipamentos e instrumentos em quantidade e diversidade insuficientes para a capacitação dos estudantes nas diversas habilidades da atividade médica. 3 Quando o curso dispõe de laboratórios previstos/implantados com equipamentos e instrumentos em quantidade e diversidade suficientes para a capacitação dos estudantes nas diversas habilidades da atividade médica. 4 Quando o curso dispõe de laboratórios previstos/implantados com equipamentos e instrumentos em quantidade e diversidade muito boas para a capacitação dos estudantes nas diversas habilidades da atividade médica. 5 Quando o curso dispõe de laboratórios previstos/implantados com equipamentos e instrumentos em quantidade e diversidade excelentes para a capacitação dos estudantes nas diversas habilidades da atividade médica. 3.19. Laboratórios de habilidades Obrigatório para o curso de Medicina, NSA para os demais cursos que não contemplam laboratórios de habilidades no PPC Quando não há protocolos dos experimentos previstos/implantados. 3.20. Protocolos de experimentos 1 cont. 79 Obrigatório para o curso de Medicina, NSA para os demais cursos que não contemplam protocolos de experimentos no PPC Critérios Indicador 3.21. Comitê de ética em pesquisa Obrigatório para o curso de Medicina, NSA para os demais cursos que não contemplam comitê de ética em pesquisa no PPC Conceito Critérios 2 Quando os protocolos dos experimentos previstos/implantados, prevendo procedimentos, equipamentos, instrumentos, materiais e utilidades, devidamente aprovados pelo comitê de ética da instituição ou formalmente conveniado são explicitados e desenvolvidos de maneira insuficiente para a orientação das atividades práticas desenvolvidas nos ambientes/laboratórios de formação geral/básica e profissionalizante/específica, garantindo o respeito das normas internacionalmente aceitas (códigos de Nüremberg e Helsinki). 3 Quando os protocolos dos experimentos previstos/implantados, prevendo procedimentos, equipamentos, instrumentos, materiais e utilidades, devidamente aprovados pelo comitê de ética da instituição ou formalmente conveniado são explicitados e desenvolvidos de maneira suficiente para a orientação das atividades práticas desenvolvidas nos ambientes/laboratórios de formação geral/básica e profissionalizante/específica, garantindo o respeito das normas internacionalmente aceitas (códigos de Nüremberg e Helsinki). 4 Quando os protocolos dos experimentos previstos/implantados, prevendo procedimentos, equipamentos, instrumentos, materiais e utilidades, devidamente aprovados pelo comitê de ética da instituição ou formalmente conveniado são muito bem explicitados e desenvolvidos para a orientação das atividades práticas desenvolvidas nos ambientes/laboratórios de formação geral/básica e profissionalizante/específica, garantindo o respeito das normas internacionalmente aceitas (códigos de Nüremberg e Helsinki). 5 Quando os protocolos dos experimentos previstos/implantados, prevendo procedimentos, equipamentos, instrumentos, materiais e utilidades, devidamente aprovados pelo comitê de ética da instituição ou formalmente conveniado são explicitados e desenvolvidos de maneira excelente para a orientação das atividades práticas desenvolvidas nos ambientes/laboratórios de formação geral/básica e profissionalizante/específica, garantindo o respeito das normas internacionalmente aceitas (códigos de Nüremberg e Helsinki). 1 Quando não existe o comitê de ética funcionando. 2 Quando existe o comitê de ética funcionando de maneira insuficiente. 3 Quando existe o comitê de ética funcionando de maneira suficiente e em processo de homologação pela CONEP. 4 Quando existe o comitê de ética funcionando muito bem e homologado pela CONEP. 5 Quando existe o comitê de ética funcionando de maneira excelente e homologado pela CONEP. 80 81 3 METODOLOGIA A pesquisa é um processo formal de investigação de problemas reais, que é conduzido de forma sistemática, controlada e crítica, com o intuito de alcançar resultados mensuráveis ligados à descoberta de novos conhecimentos (MARCONI; LAKATOS, 2003; GRAY, 2012), que pode ser classificada quanto a sua natureza, abordagem, seus fins e seus meios (MORESI, 2003). 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA O trabalho realizado pode ser classificado como um trabalho de natureza aplicada, ou seja, que visa “[...] gerar conhecimentos de aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos” (MORESI, 2003, p.8), e dividiu-se em duas etapas: uma pesquisa qualitativa exploratória e um estudo de caso de abordagem mista. Na primeira etapa foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa, que conforme Creswell (2010),possibilita a construção do conhecimento de forma indutiva, por meio da avaliação da realidade e necessidades das instituições de ensino superior a partir da visão de seus colaboradores. Quanto aos fins, essa etapa teve cunho exploratório, que buscou desvendar conhecimentos não identificados a partir de uma exploração do um tema (MORESI, 2003). Esta exploração buscou identificar os pontos de convergência entre a avaliação institucional e a Inteligência Organizacional. Quanto aos meios, a primeira etapa desta pesquisa utilizou a pesquisa documental em arquivos públicos (MARCONI; LAKATOS, 2003), analisando os instrumentos de avaliação das IES que compõe o SINAES, focando especificamente nos roteiros de avaliação e pontuação, e identificou os indicadores potencialmente críticos que poderiam ser alimentados através da utilização das estruturas propostas pela IO. Após este levantamento inicial, foi realizada uma pesquisa de campo por meio de entrevistas não estruturadas com profissionais ligados ao SINAES em três áreas de interesse: governo, avaliador e pesquisador institucional. O objetivo destas entrevistas foi identificar as percepções desses grupos de interesse com relação ao processo avaliativo, as dificuldades enfrentadas pelas IES nas avaliações, quais 82 deficiências mais frequentemente encontradas, e quais indicadores do SINAES se destacam, do ponto de vista dos entrevistados, como merecendo maior grau de atenção. A segunda etapa da pesquisa utilizou uma abordagem mista (CRESSWELL, 2010), ou seja, fez uso de elementos quantitativos, com análises numéricas estatísticas, e qualitativos, por meio de análises e interpretações a partir dos dados reais e atuais coletados para estruturar um estudo de caso em uma instituição de ensino privada do Distrito Federal, que utilizou dados de suas bases institucionais em um experimento de laboratório cujo objetivo foi demonstrar a aplicação da IO no apoio à gestão de instituições de ensino superior, visando a melhoria da sua pontuação no processo de avaliação institucional do MEC. Quanto aos fins, esta etapa da pesquisa caracterizou-se como descritiva, uma vez que “[...] expõe características [...] de um determinado fenômeno [...]” (MORESI, 2003) por meio do estudo de caso realizado. 3.2 COLETA E ANÁLISE DE DADOS Conforme já identificado, realizou-se uma pesquisa dividida em duas fases: a primeira de natureza exploratória, por meio de entrevistas, e, a segunda, descritiva, um estudo de caso de uma instituição de ensino superior privada do Distrito Federal. Na primeira fase foi realizada uma pesquisa documental que analisou as portarias e normas que regulamentam o SINAES, assim como seus instrumentos de avaliação, para identificar os pontos de convergência entre a IO e o SINAES. Com base nesses resultados, foi desenvolvida uma pesquisa de campo, utilizando entrevistas não estruturadas, conduzidas junto a especialistas no processo de avaliação do SINAES. Em um primeiro momento foram realizadas entrevistas com um funcionário do INEP, responsável pela coleta e análise das avaliações de ensino, e um avaliador externo do MEC. Essas entrevistas visaram entender o processo avaliativo do ponto de vista dos órgãos reguladores, visando identificar carências expressivas comuns às instituições de ensino superior, expostas nas avaliações realizadas pelo SINAES no âmbito nacional. 83 Em um segundo momento foi realizada uma entrevista com o pesquisador institucional (PI) da IES estudada, que buscou identificar as maiores dificuldades vividas pela instituição no que diz respeito à gestão acadêmica, às necessidades de informação para o processo avaliativo, e os principais “pontos cegos”, que poderiam ser clarificados com o uso da IO. Com base nas entrevistas e pautada nos roteiros de avaliação, foi desenvolvido um estudo pragmático de aplicações de ferramentas de TI no apoio à IO, e a contribuição dessas ferramentas para a melhoria da gestão acadêmica da IES. Foram utilizados os dados informatizados contidos em bancos de dados institucionais da IES estudada, que foram utilizados em estudos de laboratório para desenvolver modelos de aplicação da IO na solução dos principais problemas apontados pela primeira fase desta pesquisa. Esses estudos de laboratório criaram modelos de aplicação usando duas ferramentas de TI: a inteligência de negócios (BI) e a descoberta de conhecimento em banco de dados. 3.3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO Devido à natureza da pesquisa proposta, e a necessidade de amplo acesso aos dados acadêmicos e administrativos de IES para o desenvolvimento de modelos de aplicação das ferramentas de TI na solução de problemas específicos ligados à gestão acadêmica de IES, este estudo se limitará a uma instituição de ensino superior privada do Distrito Federal. Espera-se que a direção provinda do diagnóstico de problemas comuns às IES, identificados na primeira fase deste estudo, venha a mitigar potenciais problemas decorrentes desta reduzida amostra, e expandir sua relevância para um universo mais amplo de IES. 84 4 ANÁLISE DAS ENTREVISTAS Este capítulo apresenta os resultados da pesquisa exploratória realizada com integrantes da comunidade acadêmica envolvidos com o processo de avaliação para identificar os mais importantes indicadores de rendimento institucional, e como esses indicadores podem ser trabalhados, no contexto da Inteligência Organizacional, para auxiliar os gestores institucionais na tomada de decisão, visando alcançar os objetivos institucionais estabelecidos pela instituição. 4.1 FONTES PESQUISADAS Foram realizadas três entrevistas não estruturadas com representantes da comunidade avaliadora. Esses indivíduos foram escolhidos por representarem três importantes perspectivas diretamente ligadas ao processo de avaliação institucional. A primeira perspectiva, do Governo, foi obtida junto a um funcionário em nível de coordenação de uma autarquia Federal ligada à avaliação institucional (Pessoa A). A segunda perspectiva, do avaliador, foi obtida por meio de entrevista com um professor doutor (Pessoa B), avaliador em atividade do MEC. Finalmente, a terceira perspectiva, da instituição de ensino, foi obtida por meio de entrevista com um membro da Comissão Própria de Avaliação (CPA) de uma IES privada (Pessoa C), entre as maiores e mais tradicionais instituições de ensino do Distrito Federal. A instituição em questão foi selecionada devido ao seu tamanho (entre 10 mil e 15 mil alunos), à ampla utilização de recursos de tecnologia da informação em seus processos internos e à disposição da instituição em participar nesta pesquisa, a qual abriu as portas de seus sistemas de informação para este pesquisador, permitindo que ele explorasse a fundo os dados disponíveis em seus sistemas de informação, dados estes reais e atualizados. O acesso a esses dados, cuja natureza é extremamente sensível, é geralmente restrito. Por essa razão, e para preservar sigilosa a identidade das fontes, referimos a elas por nomes Pessoa A, Pessoa B e Pessoa C. Apesar de termos avaliado apenas uma instituição de ensino, percebemos que os problemas encontrados nessa instituição são representativos de instituições de ensino em todo o Brasil, fundamentado no relato das experiências vividas pelo 85 avaliador entrevistado, “Pessoa B”, e pelos resultados de avaliações nacionais realizados pelo INEP, discutidas mais adiante. 4.2 ENTREVISTAS As entrevistas foram realizadas entre agosto e setembro de 2012, no local de trabalho de cada um dos entrevistados, e tiveram duração média de, aproximadamente, 1h. As entrevistas foram gravadas com anuência dos entrevistados, e foram posteriormente transcritas, analisadas e condensadas em seis eixos de raciocínio comuns, que são: o papel da avaliação no contexto educacional brasileiro, o papel da CPA no processo avaliativo, a natureza da avaliação, a relação entre o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e a avaliação institucional e os indicadores importantes. Cada entrevista foi iniciada com uma apresentação do estudo realizado, seguido de perguntas visando a explorar a percepção do entrevistado com relação ao processo avaliativo. Especificamente, qual sua percepção da criticidade das dimensões da avaliação, a natureza de cada dimensão, os indicadores que podem ser usados para traduzir essa natureza em termos mensuráveis quantitativamente, e se existem valores universais que indiquem excelência ou insuficiência para cada um dos indicadores. A cada entrevistado foi dada a liberdade de elaborar suas respostas, e perguntas de aprofundamento ou redirecionamento foram feitas conforme o desenvolvimento da entrevista. Ao longo das entrevistas, temas comuns surgiram, e esses são agrupados nos seguintes blocos: a avaliação e seu papel no contexto educacional brasileiro, a CPA como ator chave no processo avaliativo, sobre a natureza da avaliação, o PDI e a avaliação institucional e, por último, sobre os indicadores. 4.2.1 A avaliação e o seu papel no contexto educacional brasileiro Ao iniciar a entrevista com o representante da perspectiva do Governo, “Pessoa A”, ela entendeu importante relembrar o papel da avaliação no contexto educacional brasileiro. Para ela, a avaliação tem um impacto importante na qualidade do ensino no Brasil, uma vez que ela pinta um quadro diagnóstico de 86 desempenho da instituição de ensino. Além disso, o processo é “[...] avaliativo e emancipatório [...]”, e, quando trabalhado pela instituição, permite que ela mesma identifique lacunas e defina suas próprias soluções. A “Pessoa A” também explicou que a avaliação não deve ser vista como um processo regulatório. “É um mito que se tem [...]”, destacou a representante do ponto de vista do governo. A avaliação “[...] é um processo independente e complementar da regulação que foca na qualidade”. Desta forma, a avaliação compõe o processo regulatório, mas não se limita a ele ou é por ele definido. 4.2.2 A CPA como ator chave no processo avaliativo Dentro do processo de avaliação, o grupo chave para o sucesso da implantação de um programa de melhoria das condições de ensino é a Comissão Própria de Avaliação. A “Pessoa A” entende que a avaliação educacional não inicia com a visita do avaliador externo, mas sim com as avaliações da instituição realizadas pela CPA, que são “[...] essenciais à avaliação institucional [...]”. Para ela, “[...] a CPA deve trabalhar continuamente na avaliação da instituição e dar o feedback necessário à instituição para que ela desenvolva ações de melhoria”. A “Pessoa B”, o avaliador do MEC, concorda com essa posição, afirmando categoricamente que “pra mim a CPA é o principal”. “O que a gente faz a cada três anos, a CPA faz todo o dia [...]”, referindo-se ao acompanhamento dos projetos da instituição e do progresso alcançado. O relato desse acompanhamento feito pela CPA por meio de seus relatórios “[...] é importantíssimo para o trabalho que a gente faz”, “[...] uma CPA que consegue fechar o ciclo avaliativo semestral é muito interessante [...]”, pois “[...] o relatório da CPA é um instrumento de gestão [...]”. O fechamento desse ciclo é crítico para o avaliador, que busca identificar se os diagnósticos da CPA estão sendo usados na elaboração de propostas de melhoria e, além disso, se as ações propostas estão sendo seguidas. O fechamento do ciclo avaliativo é igualmente apontado pela “Pessoa A” como sendo crítico. “A CPA não pode estar fechada em si mesma [...]” e pergunta: 87 “Como a CPA se projeta na instituição? Como trabalha os resultados do ENADE? Como se auto avalia?”. Mas nem todas as instituições entendem a CPA dessa forma, mas sim como um requisito legal. A “Pessoa B” descreveu uma visita em particular em que a CPA apresentou um relatório de "[...] umas 150 páginas de erudição sobre o quão maravilhosos eles são, mas que espremendo não tinha absolutamente nada.” Para a “Pessoa A” e a “Pessoa B”, uma CPA efetiva é aquela que consegue agir em parceria com os gestores da instituição, e transformar o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para refletir as necessidades dos integrantes do corpo institucional (sejam eles discentes, docentes, corpo técnico ou comunidade externa), traçando metas claras que possam ser avaliadas, e monitorando o progresso das ações planejadas para o cumprimento dessas metas, dentro de um contexto amplo que reflete as dez dimensões da avaliação, previstas no SINAES. Mas para isso, é necessário o envolvimento e a participação de toda a instituição: “a efetiva participação não é só da CPA, mas dos professores, corpo técnico e alunos” afirmou “Pessoa A”, corroborado pelo avaliador que afirmou “se você tem uma boa metodologia, um bom grupo trabalhando com essa autoavaliação de maneira racional e lúcida, que você vê que aquele é realmente um instrumento de gestão [...] boas proporções de membros [do corpo docente, discente e técnico] e um bom representante da comunidade externa.” 4.2.3 Sobre a natureza da avaliação A natureza da avaliação é, essencialmente, qualitativa e subjetiva. Essencialmente, mas não completamente. Existem algumas áreas regidas por exigências regulatórias nas quais existem medidas quantitativas que determinam a pontuação da instituição em uma determinada dimensão. Essas estão ligadas à titulação, produção científica, regime de trabalho e experiência de docentes, relação de docentes às vagas ofertadas, além da organização da biblioteca, com disponibilidades mínimas de títulos usados na bibliografia dos cursos. Para calcular a pontuação da instituição nessas áreas, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) supre aos avaliadores um formulário específico (parte do manual de avaliação externa e também do manual de avaliação de curso, ambos do SINAES), que orienta o cálculo da pontuação da instituição. 88 Para “Pessoa A”, a natureza da avaliação é subjetiva “[...] devido ao enfoque dado no momento de sua construção [...] a medida selecionada foi o padrão mínimo de qualidade, o que torna muito subjetivo”. “Quando [a avaliação] foi criada, a grande questão era melhoria da qualidade da educação”. Nesse ponto, a avaliação “[...] é indutora de qualidade [...]” para a instituição, pois “[...] é um espelho [...]” das condições de ensino oferecidas pela instituição. Mas nesse contexto é necessário que sejam estabelecidas medidas que levem em conta padrões de qualidade específicos para cada instituição, pois estão inseridas em contextos diferentes. “O Brasil é um país continental” e as instituições de ensino oferecem cursos muito distintos. Além disso, a “Pessoa A” destacou que existem três tipos de instituições de ensino superior no Brasil: Faculdades, Centros Universitários e Universidades. Cada uma dessas IES possuem exigências distintas, portanto é necessário que se apliquem medidas diferentes de qualidade para cada uma. A natureza subjetiva da avaliação é corroborada pela “Pessoa B”, que explica que a análise da instituição é “[...] essencialmente qualitativa e subjetiva, baseada na coerência dos planos propostos e as ações executadas”. 4.2.4 O PDI e a avaliação institucional Os entrevistados destacam a íntima relação entre o planejamento institucional e as ações institucionais, e mostram que o PDI possui um papel fundamental no processo avaliativo. A “Pessoa B” indica que “[...] a avaliação é conduzida com base no que a instituição propôs no PDI”. Para ela, o cumprimento das metas estabelecidas no plano de desenvolvimento determina a pontuação da instituição. A “Pessoa A” também apontou o PDI como sendo um elemento crítico para o resultado da avaliação. “O PDI perpassa todas as dimensões da avaliação institucional [...]” e é “[...] conectado às ações institucionais [...]”. “Como a avaliação é diagnóstica [...] ela só vale com a análise de um PDI [...]”, e enfatiza, “[...] o PDI determina quem a instituição quer ser”. Para isso, é necessário que haja coerência entre o PDI e a realidade da instituição. A “Pessoa B” apontou que, muitas vezes, não existe esse cuidado por parte das instituições, que veem o PDI não como um instrumento de gestão, mas sim como um requisito legal a ser cumprido. O avaliador indica que muitas vezes recebeu um PDI e identificou que “[...] não foram eles que fizeram [...] você chega 89 numa faculdade pequena e pega um PDI com um discurso com altas discussões filosóficas em termos de pedagogia citando autores eruditos, Vygotsky, Piaget e não sei quem mais, você pergunta primeiro: pra que tudo isso? Não cola, pois estão divagando muito em cima de alguma coisa que poderia ser mais objetiva.” “Esse [PDI] não é para uma instituição como essa, não casa com a prática”, complementou. O avaliador percebe se o PDI foi construído com base na realidade da instituição ou se foi feito por uma consultoria externa, que traz à IES um modelo de PDI pronto, desconectado da realidade e objetivos da instituição: “algumas nem se preocupam em trocar a capa”. De uma forma geral os resultados da avaliação são dependentes do PDI. A construção desse instrumento de gestão desconectado da realidade da instituição é um problema que afeta a avaliação da qualidade do ensino oferecido por ela e inviabiliza seu uso como instrumento de gestão institucional. A “Pessoa A” afirma: “o PDI diz se a instituição é 3, 4 ou 5”. “Pessoa A” indica que os avaliadores são treinados para iniciar a avaliação em três, e a pontuação é ajustada conforme sua atuação mediante o PDI. A “Pessoa B” explica que no processo de avaliação, a base inicial para o avaliador é três. Se a instituição fez mais do que é proposto no PDI, a nota sobe. Se fez menos, a nota desce. “Uma instituição que faz tudo certinho é nota 3. O que é nota 4 é o cara que faz um pouco além daquilo que se espera da instituição”, conforme o planejamento estabelecido no PDI. Para a “Pessoa B” a pior situação é prometer ações e não cumpri-las: “O melhor é prometer e fazer um pouco mais do que prometer e não cumprir. Por exemplo, uma faculdade não tem nenhuma obrigação de fazer pesquisa. Se falar que não quer nada com pesquisa e não realiza pesquisa, nota 3. Se disser que irá fazer pesquisa, e não fizer, nota 2”. Aqui se percebe uma incongruência por parte das instituições de ensino. Por um lado, existe o desejo de receber um bom resultado nas avaliações (“[...] todas as instituições querem ser nota 5 [...]” afirmou “Pessoa A”), desejo este corroborado pela “Pessoa C”: “[...] o objetivo [da instituição] é tornar-se uma instituição de excelência, com nota 5 em todas as dimensões”. Contudo, muitas IES não 90 conseguem construir um plano com os elementos necessários para alcançar essas notas: ou contratam consultores para criar planos de desenvolvimento por vezes incoerentes com a realidade da instituição, ou produzem esses planos internamente sem estabelecer metas claras ou mensuráveis, que é o caso do que ocorre na instituição onde trabalha a “Pessoa C”: “[...] não são estabelecidas metas no PDI, ou métricas de medida de rendimento”. Um PDI sem objetivos e metas claras e mensuráveis afeta também a eficiência e eficácia do corpo técnico da instituição. A “Pessoa C” aponta que objetivos e metas existem para os gestores, mas não são claramente estabelecidos, e, consequentemente, não são bem comunicados: “Ele [gestor] pede que [uma atividade] seja feita, mas não explica para as assessorias qual é a meta. Na cabeça dele ele tem essas metas, mas não explica para as assessorias, e esse trabalho de pensar junto não é feito. Quando se deparam com um problema ele diz ‘então vai lá e diz que eu mandei dizer pra fazer’ assim ou assado. Essas dificuldades eu acho que são mais de esclarecimento e transparência, fazer com que a pessoa que está lá pra fazer o que lhe foi atribuído compreenda o porquê”. Para a “Pessoa C”, esse tipo de problema perpassa toda a instituição: “Não há uma proatividade, não há um planejamento no sentido de evitar [problemas]. Quando o problema surge aí eu me deparo com ele e vejo como resolvo.” Por exemplo, os coordenadores não trabalham com o PDI regularmente, a não ser no período de avaliação externa. “Na parte pedagógica, tem tudo bonitinho no papel [...]”, mas “[...] não há acompanhamento. Não sabem o que querem, não planejam e não acompanham. O pedagógico tem coisas que poderiam ser boas, mas não são porque não há acompanhamento”. A “Pessoa C” argumenta, ainda, que esse problema existe mesmo havendo canais de comunicação entre os vários níveis gerenciais da IES por meio de reuniões regulares: “[...] as reuniões de gestão tornam-se meramente informativas”, perdendo-se a oportunidade de dialogar e “[...] tratar os problemas [...]”. 4.2.5 Sobre os indicadores Ao serem indagados quanto aos indicadores mais importantes para o processo de avaliação, ficou evidente a dificuldade encontrada pelos entrevistados 91 em pontuar claramente quais se destacam por sua importância. Para a “Pessoa A”, “[...] a força do indicador depende da proposta do PDI” e foi além: “[...] o indicador é mais forte ou mais fraco dependendo da realidade [...]” da instituição, estabelecida conforme seu plano de desenvolvimento. “Os objetivos do PDI são críticos na determinação dos indicadores mais críticos para a instituição”, remetendo à subjetividade da avaliação devido às diferenças entre instituições de ensino do país. “Indicadores devem ser derivados das 10 dimensões [...]”, mas não devem ser limitados ao roteiro da avaliação externa: “A tendência é que a evolução dos instrumentos siga o modelo do roteiro de avaliação do curso”. Além do roteiro para a avaliação do curso, apontam para outros instrumentos de avaliação, como o ENADE e o censo da educação superior. A “Pessoa A” apontou o ENADE como sendo um instrumento importante para diagnosticar a instituição: “[...] quando ele [o questionário do ENADE] está falando de laboratório, tá falando de infraestrutura, quando está falando de plano de ensino, está falando da dimensão pedagógica”. A “Pessoa B” concordou quanto à importância do ENADE, mas admite riscos associados ao uso do ENADE como fonte de indicadores, corroborado pela a “Pessoa C”. Relatando sua visão da participação dos alunos da instituição no ENADE, “Pessoa C” descreveu um relacionamento adversário entre o aluno e a instituição, em que o aluno “[...] nem sempre responde o ENADE de boa fé”. A “Pessoa B” indica que alunos frequentemente boicotam o ENADE: “isso acontece demais”. Esse boicote foi descrito pela “Pessoa B” como a ausência da prova ou “[...] entregar a prova em branco [...]” ou responder a prova de qualquer forma. Essa atitude dos alunos traz consigo o óbvio reflexo negativo à avaliação da instituição, causando distorções impactantes na percepção da instituição pela comunidade “[...] é dar um tiro no pé. Tem uma pressão imensa sobre as [instituições] particulares, fazer isso é dar um tiro no pé”, relatando que cada vez mais o mercado observa o resultado de avaliações do MEC para selecionar candidatos a emprego. Para a “Pessoa C”, muitos dos dados sobre a instituição contidos no ENADE deveriam ser retirados do censo da educação superior, realizado anualmente pelo INEP: “[...] tudo que eles perguntam está no censo”. A “Pessoa A” também aponta o censo como sendo uma fonte de indicadores importante: “Eu posso saber tudo sobre 92 a instituição pelo censo, o que ela tem, o que ela não tem, se tem laboratório, tudo pelo censo”. Mas do ponto de vista da importância de indicadores como diagnosticadores da qualidade do ensino, a avaliação externa dá pistas para a seleção de indicadores. O MEC dá um peso relativo para cada uma das 10 dimensões da avaliação externa do SINAES, e para a “Pessoa B”, esse peso aponta essa importância: “A dimensão 2 é muito forte” com respeito ao peso relativo 30 da dimensão no contexto geral da avaliação. Outras dimensões se destacam por possuir um peso relativo mais alto, entre elas a dimensão 7, relativa à infraestrutura e a dimensão 3, relativa à responsabilidade social da IES. “Pessoa B” lembra que, na avaliação externa, existem dois tipo de questão: um tipo é de cunho objetivo, com quantidades específicas conhecidas estabelecidas no roteiro de avaliação “[...] tem alguns elementos que já tem medidas, por exemplo a biblioteca tem um tamanho aceitável, há uma métrica. Avaliação de recursos, número de professores, há alguns aspectos que são mensuráveis.” Existem outros indicadores que são de cunho relativo, ligado diretamente aos objetivos definidos no PDI. Para esses indicadores não há uma métrica definida por lei, mas uma percepção de qualidade com base na realidade e na proposta definida pela instituição. Aqui a “Pessoa B”, o avaliador, pergunta: “[...] como está sendo a aplicação dos planos no tocante ao ensino, pesquisa e extensão”? Para isso é necessário acompanhar uma medida de progresso ao longo do tempo. A “Pessoa B” indica que a evolução nas ações, número de participações em atividades e ações, como estágios, atividades de extensão e a razão entre a população educacional e atividades de pesquisa e extensão podem ser medidas. A “Pessoa C” vê várias medidas interessantes do ponto de vista acadêmicopedagógico: “[...] se eu tivesse um relatório mostrando as dificuldades, o que realmente [o professor] fez, o que não deu pra fazer [...] o plano de ensino, se foi cumprido ou não”. Esse tipo de mensuração auxiliaria a gestão das turmas de uma forma mais ampla, não só pelo professor, mas também pela coordenação do curso, que poderia “[...] analisar as atividades do curso, se o plano de ensino está sendo 93 cumprido [...]”. Esse tipo de medida, na opinião da “Pessoa A” fomentaria a emancipação institucional, que é um dos objetivos do SINAES, tornando o professor um “gestor do seu processo de ensino”. “Estamos falando de formação. A formação pedagógica do docente [...] estamos falando da formação do professor como gestor do conhecimento de sua sala de aula e de seu processo”. A “Pessoa C” indicou outras medidas interessantes além do andamento do plano de ensino, como a carga horária dedicada para a extensão em cada curso, o rendimento acadêmico dos alunos (“[...] a nota dos alunos também precisam ser acompanhadas [...]”) e o resultado das avaliações de larga escala, além da participação de alunos nas semanas acadêmicas, sugerida pela “Pessoa A”. Quanto à responsabilidade social da instituição, atividades de extensão são seara natural para medir o impacto da instituição na sociedade para a “Pessoa B”: “Quais ações de extensão foram realizadas pela instituição de ensino”? A “Pessoa C” também entende que a responsabilidade social pode ser medida por meio da avaliação dos atendimentos realizados pelo núcleo de atendimento a discentes portadores de necessidades especiais, cujo papel é integrar o aluno portador de necessidades especiais (PNE) à vida acadêmica. A perspectiva da comunidade externa e do egresso da instituição são outros indicadores pontuados pela “Pessoa B” como sendo uma medida de qualidade potencialmente interessante: “[...] os empregadores, como eles percebem o egresso da instituição e a visão do egresso, porque ele vai relatar as dificuldades que ele encontra no mercado”. Finalmente, outro aspecto importante no processo de avaliação é a sanidade financeira da instituição. A “Pessoa B” pergunta “[...] qual a reserva que a instituição tem para realizar os investimentos propostos no PDI”? Para a “Pessoa B”, uma instituição pode propor um investimento no seu PDI, mas uma avaliação das condições financeiras da instituição pode demonstrar que ela não terá condições de realizar o investimento proposto. 94 4.3 AVALIAÇÃO DAS ENTREVISTAS As entrevistas realizadas demonstram que, na percepção dos entrevistados, as dez dimensões do roteiro de avaliações institucional compõem uma ferramenta de gestão que, se utilizada corretamente, pode auxiliar a gestão de instituições de ensino a melhorar a qualidade do ensino oferecido e, com isso, aumentar sua pontuação nas avaliações do MEC. As entrevistas, assim como a legislação vigente, indicam que existem dois tipos de indicadores na avaliação institucional: o primeiro, são indicadores de natureza quantitativa, identificados como conceitos de cálculo automático na Dimensão 5 do SINAES (BRASIL, MEC, 2006). O Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação presencial e a distância de maio de 2012, publicado pelo MEC (BRASIL, MEC, 2012), também apresenta uma série de indicadores de natureza quantitativa, como a titulação dos professores ou quantidades mínimas de itens de acervo referenciados nas bibliografias dos cursos da instituição. O segundo são indicadores qualitativos e subjetivos, ligados às metas de qualidade que deveriam estar explicitadas no PDI. De fato, o INEP, em seu relatório de análise dos relatórios de autoavaliação das instituições de educação superior publicado em 2011, deixa clara essa função do PDI: “A avaliação da Dimensão 1 se refere às metas, aos objetivos e aos compromissos da instituição, expressos em suas diretrizes e concretizado pelas práticas pedagógicas e administrativas” (INEP, 2011, p. 34). No entanto, mais adiante, o mesmo relatório do INEP aponta que mais de 80% das instituições analisadas enviam ao MEC relatórios de autoavaliação incompletos (INEP, 2011), sem metas claramente identificadas ou sem analisar criticamente o progresso ou os resultados de suas ações institucionais na maior parte dos indicadores da Dimensão 1. Esse dado corrobora a experiência relatada pela “Pessoa C” no que diz respeito à ausência de metas claras no PDI da instituição a qual está afiliada. As entrevistas apontam para a necessidade da implantação de duas medidas estruturantes para levar instituições de ensino superior a aumentar a qualidade de suas condições de ensino e, por consequência, sua pontuação junto ao MEC: em primeiro lugar, uma mudança de postura das IES com relação à construção de seus PDIs. Existe a clara necessidade da estruturação de PDIs que contemplem metas 95 claras, objetivas e mensuráveis, que possam ser avaliadas sistematicamente e periodicamente. A segunda é difundir essas metas para a instituição e aparelhar a instituição (gestores, coordenadores, professores e corpo técnico) em geral, e a CPA em particular, com ferramentas que permitam o acompanhamento sistemático e periódico da instituição por meio da análise de indicadores de qualidade. A partir disso, esses resultados poderiam ser confrontados com as metas estabelecidas e, assim, os problemas poderiam ser identificados para que os ajustes possam ser realizados de forma proativa. Essa segunda medida é precisamente a seara da Inteligência Organizacional, em que a estrutura descrita por Choo (2002) pode ser utilizada para monitorar os indicadores relevantes às dimensões da avaliação. Uma vez que muitos dos indicadores podem ser derivados de dados contidos em sistemas de informação já implantados na instituição de ensino estudada, é possível a consolidação desses dados em sistemas de inteligência de negócio. Dessa forma, eles permitiriam a avaliação das condições da instituição em tempo real, não só pela gestão superior da instituição, mas também por professores, coordenadores e, principalmente, pela CPA, reduzindo o tempo necessário para a coleta e análise das avaliações tradicionais e permitindo a redução do tempo necessário para se completar o ciclo avaliativo da instituição. Com isso, torna-se possível aumentar a periodicidade das avaliações, e permitir uma atuação mais efetiva da CPA e dos gestores institucionais no planejamento estratégico da instituição. Outro benefício importante que pode ser alcançado por meio de um processo de inteligência organizacional é o fomento à emancipação institucional. Havendo metas claramente estabelecidas, assim como mecanismos de monitoramento dos resultados das ações institucionais, os membros da comunidade acadêmica podem agir de forma pontual e proativa para corrigir desvios de rumo detectados de forma relativamente imediata, ao contrário do processo “normal”, onde o ciclo avaliativo lento só permitiria a detecção de problemas após vários meses do acontecido, limitando a eficácia de qualquer solução proposta. 96 5 A INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL APLICADA À GESTÃO DE IES O ciclo de inteligência organizacional de Choo (2002) apresenta uma modelo de observação do meio ambiente organizacional em um ciclo sistemático e contínuo que permite às organizações pintar um quadro que reflete suas condições de operação. O modelo representado na figura 6 é uma adaptação deste ciclo proposto por Choo, e apresenta o ciclo de sensoriamento para a avaliação externa do SINAES. Figura 6: Ciclo de Inteligência Organizacional para Instituições de Ensino Superior Memória Organizacional PDI, PPC, Regimento Geral, Legislação Educacional, Avaliações do SINAES, Cultura Organizacional, normas e regras formais ou informais Sensoriamento Percepção Interpretação Adaptação Seleção de fontes de dados, transformação e criação de indicadores (ERP, Sistemas Acadêmicos, Planilhas, documentos, etc.) BI, dashboards, visualizações, relatórios Uso das ferramentas de BI por gestores, CPA e comunidade acadêmica e aprendizado de máquina Ações Organizacionais, Alterações ao processo de inteligência, PDI, PPC, Cultura, etc. Fonte: adaptado de Choo (2002, p.17) Por meio deste modelo, instituições de ensino superior podem observar o resultado de suas ações institucionais frente aos objetivos e metas estabelecidos, e, baseadas nas dez dimensões do SINAES, podem projetar sua situação atual e vislumbrar sua pontuação futura. Com isso, podem, proativamente, realizar as correções necessárias para alcançar seus objetivos. O ciclo de inteligência é alicerçado pela memória organizacional. Aqui estão contidas as regras, modelos e experiências através das quais a organização percebe e entende sua realidade. A memória organizacional toma duas formas: a primeira é a formal, contida em documentos e procedimentos, como, no nosso contexto, o Regimento Geral da instituição, as atas de colegiado, o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) ou o PDI, e a segunda forma é informal, e está contida nas crenças, na 97 cultura organizacional e nas relações sociais internas da organização, ou seja, na maneira como as pessoas que compõem a organização se veem e se relacionam umas com as outras. A memória organizacional é particularmente importante no contexto da organização, pois é ela que dá sentido aos estímulos, ou informações, que a instituição coleta. Além disso, orienta as decisões que são tomadas em reação a esses estímulos. Sendo assim, é necessário que a memória organizacional esteja em constante processo de evolução, aprendendo e desaprendendo as regras que orientam a tomada de decisão. A primeira parte do ciclo de inteligência, o sensoriamento, trata da coleta de dados relevantes, ligados ao aprendizado que se deseja obter. No caso deste estudo, trata especificamente dos indicadores que permitam à IES entender o seu desempenho frente às dez dimensões do SINAES, conforme citados nas entrevistas, e documentados no manual do SINAES (INEP 2009) e os roteiros de avaliação externa da IES (BRASIL, MEC, 2006) e avaliação de curso (BRASIL, MEC, 2012). Nas Instituições de ensino modernas, grande parte dos dados relevantes encontram-se em bases de dados informatizadas. Para instituições de um certo porte, além de informatizados, os dados estão frequentemente contidos em sistemas ERP, ou então pulverizados em sistemas de gestão de recursos humanos, sistemas contábeis, sistemas acadêmicos, sistemas de pessoal, sistemas de controle de acesso, ferramentas de workflow, além de incontáveis planilhas eletrônicas utilizadas por colaboradores para os mais diversos fins. A atividade de sensoriamento também não deve se ater somente aos dados disponíveis em sistemas de TI. É possível (e muito provável) que parte das informações relevantes esteja em documentos impressos, como diários de classe ou documentos oficiais, por exemplo. Nesse caso, para que possam ser utilizados por ferramentas informatizadas de análise e visualização, é necessário que a instituição realize um trabalho de conversão dos dados não informatizados para dados digitalizados, somando-os á totalidade das informações que farão parte do ciclo de inteligência. 98 A segunda parte do ciclo da inteligência é a percepção, onde a organização cria descrições para os dados e fatos que são percebidos pelo sensoriamento. Nessa etapa os dados são classificados e organizados com base no conhecimento contido na memória organizacional, em preparação para a sua interpretação. No contexto deste trabalho, essa etapa alavanca a tecnologia da informação e suas ferramentas para permitir a visualização dos dados coletados na etapa de sensoriamento. A utilização dessas ferramentas oferece ao gestor a capacidade de observar os dados de uma forma que transcende a relação simplista de visualização de relatórios tradicionais, permitindo um aprofundamento e detalhamento desses dados e levando a instituição, por meio de seus gestores, professores ou CPA, a descobrir novos fatos sobre sua organização do ponto de vista do negócio. Essa interação com os dados oferece, como resultado, a possibilidade de compreender, de uma forma mais completa e fidedigna, a realidade da IES. A terceira parte do ciclo de inteligência de Choo (2002) é a interpretação. A interpretação é a etapa onde a organização procura reconhecer, nas palavras do autor, “o que está acontecendo aqui” (2002, p.18)? A interpretação é importante para a instituição, pois utiliza as experiências e conhecimento da organização para entender sua situação presente, projetar sua situação futura, e comparar os resultados às metas estabelecidas em seu planejamento. O entendimento derivado deste processo alicerça as decisões necessárias para ajustar a direção em que caminha a organização. A interpretação é uma etapa crítica para organizações, pois é nesta etapa que prognosticam sua situação futura, podendo agir proativamente para corrigir eventuais desvios de rumo. Choo (2002) alerta que a organização deve equilibrar posicionamentos antitéticos nessa etapa, que são o conservadorismo e o empreendedorismo, que o autor classifica com sendo a interpretação de fatos com base na tradição ou com base na inovação, respectivamente. Com a utilização de ferramentas avançadas de TI pela IES, a interpretação pode tomar duas formas: a primeira, um processo humano, onde professores, coordenadores, gestores e, principalmente, a CPA, interage com as ferramentas de TI e interpretam a realidade percebida conforme sua experiência, julgamento e 99 intuição. A segunda, um processo automatizado, utilizando técnicas de descoberta de conhecimento por meio do chamado aprendizado de máquina, que analisa os dados e extrai padrões dificilmente percebidos pela avaliação humana, e, utilizando esses padrões, faz análises e inferências acerca da realidade vivida pela instituição. Por meio desta etapa do ciclo de inteligência, a IES pode perceber o resultado das ações institucionais, e como esses resultados se comparam ao planejamento institucional (e às metas definidas em seu PDI), e inferir sua pontuação em uma avaliação externa. Com isso, pode definir as correções necessárias para alcançar a qualidade desejada pra o ensino oferecido, e, por consequência, a pontuação almejada no SINAES. A última parte do ciclo é a adaptação. Esta etapa é tanto o final de um ciclo de aprendizagem quanto o início de um novo ciclo. A adaptação é onde a organização realiza as alterações necessárias para alcançar seus objetivos organizacionais, que podem incluir mudanças em seu processo de inteligência, em suas ações organizacionais ou até em suas regras, cultura ou objetivos. A adaptação pode tomar muitas formas diferentes em uma IES. Pode significar uma alteração nos indicadores utilizados pela instituição para monitorar o progresso de suas ações institucionais, uma mudança no plano de ensino de uma determinada disciplina, adaptações do PPC pelo colegiado, a criação de um novo currículo, mudanças no PDI ou alterações no regimento interno, por exemplo. Pode, inclusive, gerar mudanças menos formais, que permitam uma linha de comunicação menos burocratizada, como a abertura de novos canais de comunicação direta entre a gestão superior e os colaboradores da instituição. 100 6 SENSORIAMENTO 6.1 COLETA DE INFORMAÇÕES A seleção de indicadores relevantes que venham auxiliar o processo de avaliação é um desafio grande, devido principalmente ao fato de muitas dimensões do instrumento de avaliação, particularmente no instrumento de avaliação das instituições, estabelecerem critérios de excelência de qualidade que variam conforme a instituição sendo avaliada, baseado nos objetivos indicados no PDI. Um padrão de qualidade variável leva à definição de indicadores frequentemente confusos, e, portanto, difíceis de analisar. Por outro lado, há uma aparente tendência por parte do MEC de criar critérios de avaliação mais objetivos, como evidenciado pela última versão do instrumento de avaliação de curso publicado pelo MEC em 2012, com vários indicadores para os quais as pontuações são claramente definidas. Com base nos indicadores dos instrumentos de avaliação, somados às entrevistas, é possível destilar quais as fontes de informação devem ser observadas para selecionar os dados que comporão os indicadores que satisfaçam cada dimensão. Em sua entrevista, “Pessoa B” dá pistas que indicam como os avaliadores veem “melhoria” dentro de um contexto da avaliação, particularmente no uso de séries históricas que indicam o “progresso” de um indicador ao longo do tempo. Essa medida parece particularmente importante em um contexto de ausência de metas claras no plano de desenvolvimento institucional das IES. Quanto às fontes de dados para a construção desses indicadores, fica claro pelas entrevistas que é necessário incluir as fontes de dados que alimentam o Censo da Educação Superior, além dos sistemas acadêmicos e financeiros da instituição e bases de dados das autoavaliações. Quanto ao ENADE, o fato de existir uma cultura adversária entre alunos e a instituição, relatada por “Pessoa C” e corroborada por “Pessoa B”, põe em dúvida a legitimidade dos resultados das provas no que diz respeito às atividades acadêmicopedagógicas, infraestrutura e responsabilidade social. No entanto, não é possível ignorar os aspectos abordados pelo ENADE, uma vez que fazem parte do processo 101 de avaliação. Assim, é importante identificar fontes de dados que incluam esses aspectos, mas que sejam mais confiáveis. Entre essas fontes devem ser incluídos dados que indiquem o progresso das disciplinas ministradas e condição da infraestrutura, como registros de manutenção que possam dar pistas quanto às condições de funcionamento da estrutura física da instituição. A partir da análise das entrevistas foi estruturada o quadro 3, que apresenta a percepção dos entrevistados quanto às fontes de dados que auxiliariam as IES a monitorar a qualidade do serviço educacional prestado. Para cada fonte foi então associada uma ou mais das dez dimensões da avaliação externa e uma ou mais dimensões da avaliação de curso do SINAES que melhor se relacionam às fontes indicadas. Quadro 3: Fontes de informação e dimensões do SINAES Fonte de informação Entrevistado Dimensão da avaliação externa Dimensão da avaliação de curso Ações de Responsabilidade Social Pessoa B 3 1 Ações e relatórios da CPA Pessoa A, Pessoa B Todas as dimensões Todas as dimensões Atendimentos a alunos PNEs Pessoa C 2, 3 1 Avaliações em larga escala Pessoa C 2 1 Carga horária Pessoa C 2, 3, 5, 6 2 CENSO superior Pessoa A, Pessoa C 1, 2, 3, 5, 7, 10 2, 3 Docentes e vagas Pessoa A, Pessoa B 5 2 ENADE Pessoa A, Pessoa B, Pessoa C 2, 3, 7 1, 3 Execução do planejamento de ensino, pesquisa e extensão Pessoa B 2, 3 1 Execução do plano de ensino e dificuldades encontradas Pessoa A, Pessoa C 2, 3 1 Experiência dos docentes Pessoa A 5 2 Número e evolução nas ações de ensino, pesquisa e extensão Pessoa B 2, 3 1 Organização da biblioteca e disponibilidade de títulos Pessoa A, Pessoa B 7 3 Participação da comunidade acadêmica nas atividades de gestão Pessoa A, Pessoa B Todas as dimensões - cont. 102 Fonte de informação Entrevistado Dimensão da avaliação externa Dimensão da avaliação de curso Participação em semanas acadêmicas Pessoa A 2 1 Participação nas atividades de ensino pesquisa e extensão e estágio Pessoa B 2, 3 1 PDI Pessoa A, Pessoa B Todas as dimensões Todas as dimensões Percepção da comunidade externa dos egressos da instituição (empregadores) Pessoa B 3, 4 - Plano de Ensino Pessoa C 2 1 PPC Pessoa B , Pessoa C 1, 2, 3, 5, 6, 8, 9 1 Produção científica dos docentes Pessoa A 5 2 Relação entre os investimentos propostos e o PDI Pessoa B 1, 10 Todas as dimensões Rendimento acadêmico dos alunos Pessoa C 2 1 Titulação dos docentes Pessoa A 5 2 Para a seleção dos dados a serem utilizados na fase seguinte, com base nas fontes indicadas pelos entrevistados foram avaliados os seguintes documentos: O manual de avaliação externa do MEC (BRASIL, MEC, 2006), o instrumento de avaliação institucional externa do SINAES (BRASIL, MEC, 2010), o roteiro de avaliação de cursos de graduação presencial e à distância do MEC (BRASIL, MEC, 2012), o manual do Censo da Educação Superior (INEP, 2009) e as provas no ENADE disponíveis no sítio eletrônico do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. A pesquisa orientou a seleção de indicadores que foram então agrupados em sete grandes áreas de sensoriamento. São elas: a) alunos, b) funcionários, c) acadêmico, d) infraestrutura, e) financeiro, f) responsabilidade social e g) gestão. Essas sete áreas de sensoriamento compõe a base para a construção de produtos ou serviços de informação, que permitam o acompanhamento das condições de ensino da instituição, que correspondem à etapa de percepção do ciclo de inteligência organizacional. 103 6.1.1 Alunos Dados da área Alunos informam sobre o relacionamento individual do aluno e a instituição em três grandes grupos: pessoal, acadêmico e financeiro. Dados pessoais são os dados que identificam o aluno como indivíduo dentro da população estudantil, incluindo dados como idade, local de nascimento, números dos documentos de identificação emitidos pelo Estado, filiação, necessidades especiais, endereço, e telefone, além de dados socioeconômicos como renda familiar e situação empregatícia. Muitos desses dados, além de informar à instituição importantes informações sobre seus alunos, são de coleta obrigatória, para serem repassados para o Governo Federal ou estadual. O segundo grupo, dados de natureza acadêmica, identificam como o aluno utiliza os serviços educacionais oferecidos pela instituição. Entre esses dados estão incluídos o curso ou cursos nos quais o aluno está matriculado, sua situação acadêmica, as disciplinas sendo cursadas, a frequência e rendimento acadêmico do aluno nas disciplinas em curso ou nas disciplinas que já cursou, o uso de serviços de nivelamento ou apoio a necessidades especiais, a participação em atividades complementares, como atividades de extensão, projetos científicos, congressos, semanas pedagógicas, produção científica, trabalhos em estágios, uso de ferramentas de apoio acadêmico, entre outros. O terceiro e último grupo de dados do Aluno são particularmente relevantes às instituições de ensino privadas, e são os dados financeiros dos alunos. Esses incluem dados como registros de pagamento de mensalidades, bolsas de estudo e descontos e utilização de serviços de financiamento estudantil. 6.1.2 Funcionários Semelhantemente aos dados da área Alunos, dados da área Funcionários informam sobre o relacionamento do corpo docente e do corpo técnico com a instituição, e são divididos em três grupos: dados pessoais, dados funcionais e dados acadêmicos. Conforme descrito na área Alunos, dados pessoais identificam o professor ou funcionário como indivíduo no corpo de funcionários da instituição. Esses incluem 104 dados como idade, local de nascimento, números dos documentos de identificação emitidos pelo Estado, filiação, necessidades especiais, endereço e telefone. Também incluem outros dados relevantes, como a titulação, experiência profissional e produção científica. Dados funcionais descrevem o relacionamento do colaborador com a instituição, e incluem dados como o cursos ou centros de custo ao qual o colaborador está vinculado, o regime de trabalho e números de horas de trabalho (no caso de professores horas classe e extraclasse, além de atividades complementares e projetos de extensão) e tempo de trabalho na instituição, entre outros. Finalmente, dados acadêmicos dizem respeito, especificamente, ao corpo docente da IES, e descrevem como o professor ensina e se relaciona com a instituição e seus alunos. Esses dados incluem as disciplinas que o professor leciona, execução do plano de ensino, resultados das avaliações dos discentes, produção científica, projetos científicos e de extensão, participação em eventos, etc. 6.1.3 Acadêmico A área Acadêmica trata de dados que descrevem os serviços educacionais oferecidos pela instituição, e são particularmente importantes para conectar os dados dos grupos Alunos e Funcionários. Muitos dos dados acadêmicos importantes para a avaliação das IES também estão dispersos nessas outras áreas de sensoriamento, como, por exemplo, menções (alunos) e execução dos planos de ensino pelos professores (funcionário). Entre os dados de sensoriamento acadêmico estão, por exemplo, dados sobre os cursos e disciplinas oferecidas pela IES, os projetos pedagógicos dos cursos, as diretrizes curriculares nacionais para os cursos oferecidos, composição dos colegiados de curso, atas de reunião do colegiado, a equivalência entre as várias disciplinas, projetos de pesquisa da instituição, projetos de extensão e como esses projetos se articulam com as demais disciplinas, e serviços de atendimento comunitário oferecido. 105 6.1.4 Infraestrutura A área Infraestrutura trata, como o próprio nome infere, das condições da infraestrutura física da instituição, incluindo além de espaços de ensino e convivência, mobiliário, equipamentos, sistemas de informação e materiais utilizados para a prestação de serviços educacionais, direta ou indiretamente. Particularmente importantes nessa área são informações sobre a biblioteca, laboratórios e salas de aula, incluindo indicadores como número de salas de aula, capacidade, ocupação e conservação, sala de professores e espaços de trabalho apropriados, número de laboratórios, capacidade, conservação e disponibilidade de equipamentos, registros de manutenção e inoperância de equipamentos de laboratório, regras e protocolos de pesquisa e disponibilidade de materiais de consumo, por exemplo. No tocante à biblioteca, capacidade e disponibilidade de espaços de estudo individual ou em grupo, número e diversidade de itens do acervo, relação entre a bibliografia pedida, itens do acervo e alunos, número de usuários da biblioteca, quantidade de empréstimos, número de acessos às dependências da biblioteca e conservação geral do espaço. Outros dados importantes de infraestrutura dizem respeito ao uso dos sistemas de informação da instituição, tanto do ponto de vista interno quanto externos. Informações de uso devem ser armazenadas, particularmente para as áreas de acesso público, como Extranets, mas também para as Intranets institucionais. Ênfase apropriada deve ser dada às páginas de disponibilização de informações sobre as ações institucionais, documentos oficiais da instituição como regimento interno e projeto pedagógico dos cursos, ações educacionais ou sociais comunitárias, eventos e reuniões, entre outros. Também devem ser registrados dados de uso da infraestrutura de informação em geral, como a capacidade e uso da internet e computadores disponibilizados à comunidade acadêmica, aplicativos disponíveis, projetos desenvolvidos e ferramentas de segurança da informação. 106 6.1.5 Financeiro Dados financeiros são dados que refletem a saúde financeira da instituição, e são utilizados pelos avaliadores do SINAES e também pelo Censo da Educação Superior. Com base nesses dados, os avaliadores determinam a saúde financeira e capacidade da instituição de realizar os investimentos propostos no PDI. São dados financeiros relevantes, por exemplo, o valor da receita da instituição de ensino, incluindo mensalidades e outras fontes de renda, o montante dos investimentos realizados, o valor das despesas com pesquisa e desenvolvimento da instituição e outras despesas, como despesas com pessoal e custeio. 6.1.6 Responsabilidade Social Dados ligados à responsabilidade social refletem o impacto da IES em sua comunidade. São coletados dados como número de bolsas sociais oferecidas e seus valores (percentuais e quantias), os serviços de apoio e nivelamento oferecidos aos alunos, os serviços de atendimento à comunidade, como núcleos de prática jurídica, serviços de atendimento psicológico e de saúde e outros atendimentos à comunidade em geral (inclusive atendimentos realizados por meio da ouvidoria). A responsabilidade social também observa dados ligados ao relacionamento da IES com a comunidade externa em geral, como o setor público, setor privado, o terceiro setor e o mercado de trabalho em geral, com e a inserção dos egressos da instituição nesses setores. Para avaliar o progresso da IES nessas áreas devem ser coletados dados como número de notícias e outros comunicados referente às ações institucionais, resultados das pesquisas realizadas junto aos egressos, índices de emprego dos egressos, áreas de atuação, participação de egressos em cursos e outros serviços de educação continuada, opinião da comunidade em geral com relação à formação profissional dos egressos da instituição e os serviços e benefícios oferecidos aos egressos e à comunidade em geral, entre outros. 107 6.1.7 Gestão A última grande área de sensoriamento é a área de gestão. Essa é a área de sensoriamento mais difícil de ser observada, uma vez que lida com indicadores particularmente subjetivos e abstratos, como questões de coerência entre proposta e execução, graus de sucesso e medidas de interpretação qualidade, para citar alguns exemplos. Apesar de difíceis de serem implantados, alguns indicadores podem ser avaliados para auxiliar os gestores institucionais e a CPA a perceber sua participação na gestão da instituição, e como essa participação tem impactado a qualidade do serviço educacional oferecido. Exemplos dos indicadores para essa área são a composição da CPA (participantes da comunidade docente, discente, corpo técnico e comunidade externa), o número de reuniões da CPA, frequência de participação dos integrantes da CPA, o número de atividades de autoavaliação, as pesquisas realizadas pela CPA, o número de casos de quebra de autonomia do colegiado, o percentual de sugestões aprovadas pelo colegiado ou sugeridas pela CPA incorporadas ao PDI ou ao PPC, o número de reuniões conjuntas da CPA com a gestão superior da instituição, composição do colegiado de curso e a composição dos conselhos superiores. Indicadores de natureza financeira também podem ilustrar a eficácia da gestão institucional, como, por exemplo, a existência de déficits ou superávits orçamentários para atividades de ensino, pesquisa e extensão, indicativos da capacidade de planejamento e execução de atividades ligadas ao ensino, mapas de procedimentos, atas de elaboração, revisão e acompanhamento do PDI, qualidade e abrangência de serviços oferecidos por meio de sistemas de informação, como inscrição em processos seletivos, matricula, boletos, comunicações, extensão, etc. 6.1.8 Relação entre os indicadores e as dimensões do SINAES Para auxiliar a visualização da associação de cada grande área de sensoriamento às dimensões o quadro 4 (próxima página) apresenta a relação dos indicadores de desempenho às dez dimensões do roteiro de avaliação da instituição (BRASIL, MEC, 2010). Funcionários Acadêmico Infraestrutura Financeiro Resp. Social Gestão Grupo Alunos Quadro 4: Relação das áreas de sensoriamento e as dez dimensões do roteiro de avaliação da instituição do SINAES Dimensão 1: A Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). 1.1. Implementação do PDI, considerando as metas e as ações institucionais previstas e a estrutura e os procedimentos administrativos. 1.2. Articulação entre o PDI e os processos de avaliação institucional (autoavaliação e avaliações externas) Dimensão 2: A política para o ensino (graduação e pós-graduação), a pesquisa, a extensão e as respectivas normas de operacionalização, incluídos os procedimentos para estímulo à produção acadêmica, para as bolsas de pesquisa, de monitoria e demais modalidades. 2.1. Coerência das políticas de ensino, pesquisa e extensão com os documentos oficiais 2.2. Políticas institucionais para cursos de graduação (bacharelados, licenciaturas e de tecnologia) e cursos sequenciais (quando for o caso), na modalidade presencial, e suas formas de operacionalização. 2.3. Políticas institucionais para cursos de graduação (bacharelados, licenciaturas e de tecnologia) e cursos sequenciais (quando for o caso), na modalidade a distância, e suas formas de operacionalização (indicador exclusivo para IES credenciada para modalidade a distância). 2.4. Políticas institucionais para cursos de pós-graduação (lato sensu e stricto sensu), na modalidade presencial, e suas formas de operacionalização (igual forma para faculdades, universidades e centros universitários). 2.5. Políticas institucionais para cursos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu na modalidade a distância, e suas formas de operacionalização (indicador exclusivo para IES credenciada para modalidade a distância). 2.6. Políticas institucionais de pesquisa e de iniciação científica e suas formas de operacionalização. 2.7. Políticas institucionais de extensão e formas de sua operacionalização, com ênfase à formação inicial e continuada e à relevância social. cont. 108 Gestão Resp. Social Financeiro Infraestrutura Acadêmico Funcionários Alunos Grupo Dimensão 3: A responsabilidade social da instituição, considerada especialmente no que se refere à sua contribuição em relação à inclusão social, ao desenvolvimento econômico e social, à defesa do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural. 3.1. Coerência das ações de responsabilidade social com as políticas constantes dos documentos oficiais. 3.2. Relações da IES com a sociedade; setor público, setor privado e mercado de trabalho. 3.3. Relações da IES com a sociedade: inclusão social. 3.4. Relações da IES com a sociedade: defesa do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural. Dimensão 4: A comunicação com a sociedade. 4.1. Coerência das ações de comunicação com a sociedade com as políticas constantes dos documentos oficiais. 4.2. Comunicação interna e externa. 4.3. Ouvidoria. Dimensão 5: As políticas de pessoal, de carreiras do corpo docente e corpo técnico-administrativo, seu aperfeiçoamento, seu desenvolvimento profissional e suas condições de trabalho. 5.1. Coerência das políticas de pessoal, de carreiras do corpo docente e corpo técnico-administrativo, seu aperfeiçoamento, seu desenvolvimento profissional e suas condições de trabalho com as políticas firmadas em documentos oficiais. 5.3. Condições institucionais para os docentes. 5.4. Condições institucionais para o corpo técnico-administrativo. 5.5. Formação do corpo de tutores presenciais e suas condições institucionais (indicador exclusivo para IES credenciada para modalidade a distância – EAD). 5.6. Formação do corpo de tutores a distância e suas condições institucionais (indicador exclusivo para IES credenciada para modalidade a distância – EAD). cont. 109 5.2. Formação do corpo docente. Gestão Resp. Social Financeiro Infraestrutura Acadêmico Funcionários Alunos Grupo Dimensão 6: Organização e gestão da instituição, especialmente o funcionamento e representatividade dos colegiados, sua independência e autonomia na relação com a mantenedora, e a participação dos segmentos da comunidade universitária nos processos decisórios. 6.1. Coerência da organização e da gestão da instituição com as políticas firmadas em documentos oficiais. 6.2. Gestão institucional (considerar as especificidades da gestão de cursos a distância, quando for o caso). 6.3. Funcionamento, representação e autonomia dos Conselhos Superiores. 6.4. Funcionamento, representação e autonomia dos colegiados de curso. Dimensão 7: Infraestrutura física, especialmente a de ensino e de pesquisa, biblioteca, recursos de informação e comunicação. 7.1. Coerência Infraestrutura física, especialmente a de ensino e de pesquisa, biblioteca, recursos de informação e comunicação com o estabelecido em documentos oficiais. 7.2. Instalações gerais 7.3. Instalações gerais nos pólos para educação a distância (indicador exclusivo para IES credenciada para modalidade a distância – EAD). 7.4. Biblioteca: acervo, serviços e espaço físico. 7.5. Bibliotecas dos pólos para educação a distância: acervo, serviços e espaço físico (indicador exclusivo para IES credenciada para modalidade a distância – EAD). Dimensão 8: Planejamento e avaliação, especialmente em relação aos processos, resultados e eficácia da autoavaliação institucional. 8.1. Coerência do planejamento e da avaliação, especialmente em relação aos processos, resultados e eficácia da autoavaliação institucional com o estabelecido em documentos oficiais. 8.2. Autoavaliação institucional 8.3. Planejamento e ações acadêmico-administrativas a partir dos resultados das avaliações. 110 cont. Gestão 9.2. Programas de apoio ao desenvolvimento acadêmico dos discentes referentes à realização de eventos 9.3. Condições institucionais de atendimento ao discente. 9.4. Acompanhamento de egressos e criação de oportunidades de formação continuada. Financeiro Acadêmico Resp. Social Infraestrutura Funcionários Alunos 9.1. Coerência das políticas de atendimento aos discentes com o estabelecido em documentos oficiais. Grupo Dimensão 9: Políticas de atendimento aos discentes. Dimensão 10: Sustentabilidade financeira, tendo em vista o significado social da continuidade dos compromissos na oferta da educação superior. 10.1. Coerência da sustentabilidade financeira apresentada pela IES com o estabelecido em documentos oficiais. 10.2 Sustentabilidade financeira da instituição e políticas de captação e alocação de recursos. 10.3. Políticas direcionadas à aplicação de recursos para programas de ensino, pesquisa e extensão. 111 Semelhantemente ao quadro anterior, o quadro 5 abaixo apresenta a relação dos indicadores de desempenho às 3 dimensões do roteiro de avaliação de curso do SINAES (BRASIL, MEC, 2012), respectivamente. Alunos Funcionários Acadêmico Infraestrutura Financeiro Resp. Social Gestão Tabela 5: Relação das áreas de sensoriamento e as três dimensões do roteiro de avaliação de cursos do SINAES 1.1. Contexto educacional 1.2. Políticas institucionais no âmbito do curso 1.3. Objetivos do curso Grupo Dimensão 1 – Organização Didático Pedagógica 1.4. Perfil profissional do egresso 1.5. Estrutura curricular 1.6. Conteúdos curriculares 1.7. Metodologia 1.8. Estágio curricular supervisionado 1.9. Atividades complementares 1.10. Trabalho de conclusão de curso (TCC) 1.11. Apoio ao discente 1.12. Ações decorrentes dos processos de avaliação do curso cont. 112 1.13. Atividades de tutoria Gestão Resp. Social Financeiro Infraestrutura Acadêmico Alunos Funcionários Grupo 1.14. Tecnologias de informação e comunicação – TICs – no processo ensino-aprendizagem 1.15. Material didático institucional 1.16. Mecanismos de interação entre docentes, tutores e estudantes 1.17. Procedimentos de avaliação dos processos de ensino-aprendizagem 1.18. Número de vagas 1.19. Integração com as redes públicas de ensino 1.20. Integração com o sistema local e regional de saúde e o SUS 1.21. Ensino na área de saúde 1.22. Atividades práticas de ensino Dimensão 2 – Corpo docente e tutorial 2.1. Atuação do Núcleo Docente Estruturante – NDE 2.3. Experiência do (a) coordenador (a) do curso em cursos a distância 2.4. Experiência profissional, de magistério superior e de gestão acadêmica do (a) coordenador (a) 2.5. Regime de trabalho do (a) coordenador (a) do curso 2.7. Titulação do corpo docente do curso 2.8. Titulação do corpo docente do curso – percentual de doutores 2.6. Carga horária de coordenação de curso 2.9. Regime de trabalho do corpo docente do curso 113 2.2. Atuação do (a) coordenador (a) cont. 2.10. Experiência profissional do corpo docente 2.11. Experiência no exercício da docência na educação básica 2.12. Experiência de magistério superior do corpo docente 2.13. Relação entre o número de docentes e o número de estudantes 2.15. Produção científica, cultural, artística ou tecnológica 2.16. Titulação e formação do corpo de tutores do curso 2.17. Experiência do corpo de tutores em educação a distância Gestão Resp. Social Financeiro Infraestrutura 2.14. Funcionamento do colegiado de curso ou equivalente 2.18. Relação docentes e tutores – presenciais e a distância – por estudante Acadêmico Funcionários Alunos Grupo 2.19. Responsabilidade docente pela supervisão da assistência médica 2.20. Núcleo de apoio pedagógico e experiência docente Dimensão 3 – Instalações físicas 3.1. Gabinetes de trabalho para professores Tempo Integral – TI 3.2. Espaço de trabalho para coordenação do curso e serviços acadêmicos 3.3. Sala de professores 3.4. Salas de aula 3.5. Acesso dos alunos a equipamentos de informática 3.7. Bibliografia complementar cont. 114 3.6. Bibliografia básica Gestão Resp. Social 3.8. Periódicos especializados 3.10. Laboratórios didáticos especializados: qualidade 3.11. Laboratórios didáticos especializados: serviços 3.9. Laboratórios didáticos especializados: quantidade Financeiro Infraestrutura Acadêmico Funcionários Alunos Grupo 3.12. Sistema de controle de produção e distribuição de material didático (logística) 3.13. Núcleo de Práticas Jurídicas: atividades básicas 3.14. Núcleo de Práticas Jurídicas: atividades de arbitragem, negociação e mediação 3.15. Unidades hospitalares de ensino e complexo assistencial 3.16. Sistema de referência e contrarreferência 3.17. Biotérios 3.18. Laboratórios de ensino 3.19. Laboratórios de habilidades 3.20. Protocolos de experimentos 3.21. Comitê de ética em pesquisa 115 116 6.2 ORGANIZAÇÃO E ARMAZENAMENTO DA INFORMAÇÃO Para que sejam aproveitados pela organização efetivamente, os dados coletados na etapa de coleta de informações descrita no item 6.1 devem ser processados, organizados e armazenados em bases de dados denominadas armazéns de dados. Essas bases de dados são estruturadas de modo a alimentar os sistemas de inteligência de negócio que permitem a utilização de dados na tomada de decisão e na descoberta de novos conhecimentos. Armazéns de dados são bases de dados criadas à partir da transformação de dados transacionais das organizações, ou seja, registros das atividades ligadas ao ramo da organização. No caso de instituições de ensino superior, dados transacionais se referem aos dados gerados nas atividades do dia a dia da instituição, como os registros diários de frequência de um aluno, disciplinas que o aluno está matriculado, registros de menção, composição das faturas mensais, registros de pagamento das faturas, registros de acesso à biblioteca, etc. Esses dados podem ter origem tanto nos sistemas de informação da IES, como sistemas de gestão acadêmica, sistemas ERP, sistemas de controle de acesso, sistemas de workflow, documentos ou planilhas quanto em documentos não contidos em sistemas informatizados, como anotações em diários de classe, despachos, documentos impressos, etc. Para serem incluídos em um armazém de dados, esses dados devem ser digitalizados e indexados, complementando os dados de origem informatizada disponíveis para os sistemas de BI. A transformação dos dados transacionais em dados próprios para o uso em sistemas de Inteligência de negócio envolve a limpeza, agrupamento e seleção dos dados conforme as necessidades de informação impostas pelos produtos e serviços de informação que serão produzidos. Esta etapa do processo pode ser modificada regularmente, conforme novas necessidades são identificadas. A tecnologia de armazenamento de dados utilizada na construção dos armazéns de dados depende exclusivamente das necessidades e preferência das instituições de ensino. A maior parte dos sistemas de banco de dados comerciais, como SQL Server da Microsoft, Oracle, Sybase, entre outros, pode servir como base para a construção de armazéns de dados. É importante, no entanto, estruturar o 117 armazém de dados em um ambiente que conte com uma infraestrutura mínima que garanta a disponibilidade dos serviços, assim como espaço e desempenho suficiente para atender as expectativas e necessidades da instituição em geral, e dos tomadores de decisão em particular, pois serão esses indivíduos os responsáveis por utilizar os produtos e serviços de informação alimentados por esses armazéns de forma continuada. 118 7 PERCEPÇÃO A etapa denominada por Choo (2002) como percepção é onde indivíduos interagem com as informações colhidas no sensoriamento, classificadas conforme as regras e estruturas contidas na memória organizacional. A percepção é etapa onde há o reconhecimento da realidade da organização conforme descrita pelos dados coletados. A capacidade de indivíduos perceberem pode ser grandemente impactada pela maneira com a qual os dados são apresentados. Quanto mais rica a forma de apresentação, maior a chance de nuances serem percebidas pelos indivíduos que irão avaliar as informações coletadas. Ferramentas de BI atuais oferecem uma grande variedade de visualizações para auxiliar indivíduos na observação dos dados de suas organizações. Cada tipo de visualização potencializa a capacidade do indivíduo de analisar um certo tipo de informações apresentadas. Tipos de informação podem requerer artifícios ou até ferramentas diferentes. Assim, a visualização deve ser escolhida conforme o tipo de informação sendo analisada. Os instrumentos de avaliação e as entrevistas apontam para necessidades de informação que podem ser supridas por meio de relatórios ou dashboards. Essas visualizações devem estar disponíveis a grupos variados na instituição, que possam fazer uso das informações neles contidas para contribuir para a gestão da institucional. A disponibilização dos produtos de informação aos grupos que dela podem tirar proveito é crítica para que IES possam alcançar o melhor aproveitamento possível de suas informações. Como organizações do conhecimento, instituições de ensino superior possuem entre seus funcionários um imenso capital intelectual que, conforme Castilho (2004), é subutilizado. Choo (2002) indica que uma distribuição ampla das informações coletadas permite que sejam avaliadas por uma grande variedade de indivíduos, que trazem em sua bagagem experiências e conhecimentos variados. A soma de suas visões e perspectivas resulta em um 119 entendimento amplo e profundo do ambiente no qual a instituição está inserida e da realidade por ela vivida. Instituições de ensino que consigam utilizar os conhecimentos detidos em seu capital intelectual podem desenvolver inovações em suas metodologias, atividades, procedimentos ou produtos de educação, e, com isso, desenvolver a vantagem competitiva necessária para alcançar sucesso em um mercado crescentemente competitivo. Os principais grupos que devem ter acesso às informações são os grupos diretamente ligados à gestão da IES. Entre esses estão a gestão superior, a CPA e os colegiados dos cursos, além dos gestores do corpo técnico-administrativo. Esses devem ser os principais consumidores das informações geradas pelos produtos e serviços de informação. Nonaka e Takeushi (1995), no entanto, mostram que a inovação pode emergir de qualquer ponto da organização. Sendo assim, instituições de ensino que tenham a capacidade de organizar grupos de trabalho compostos de outros stakeholders da instituição de ensino, como professores, corpo técnicoadministrativo, representantes do corpo discente ou até membros da comunidade externa, e que façam uso dessas informações para contribuir para a melhoria da organização, podem acessar uma fonte de ideias criativa e inovadora. A seguir são apresentados algumas visualizações, relatórios e dashboards propostos, criados com base no manual de avaliação externa do MEC (BRASIL, MEC, 2006), no instrumento de avaliação institucional externa do SINAES (BRASIL, MEC, 2010), no roteiro de avaliação de cursos de graduação presencial e à distância do MEC (BRASIL, MEC, 2012), no manual do Censo da Educação Superior (INEP, 2009) e nas entrevistas realizadas. Algumas dessas visualizações foram construídas para o estudo de caso realizado, e são apresentadas no capítulo 10 desta dissertação. Ao serem construídas, essas visualizações devem possuir duas características importantes: possuir métricas de comparação e permitir a interatividade, incluindo a possibilidade da aplicação de recortes (drill-down). 120 As métricas de comparação são as escalas que permitem aos usuários da visualização comparar a situação real àquela pretendida, conforme as exigências da legislação ou objetivos estabelecidos no PDI. Essas métricas podem ser, por exemplo, indicações de conceito alcançado para um determinado indicador, uma marcação que indique o resultado esperado em um momento específico ou ao longo do tempo, formatações de cor, ícones ou fontes condicionadas aos resultados obtidos, ou qualquer indicador que permita ao usuário interpretar facilmente os resultados apresentados pela visualização frente aos objetivos almejados. Um exemplo deste tipo de métrica seria um indicador que identificasse a marca de 70% como sendo o mínimo de professores com pós-graduação stricto sensu em uma visualização de titulação de professores de um curso de graduação. A interatividade para as visualizações é a capacidade de o usuário aplicar recortes (drill-down), ou filtros, ou se aprofundar em um determinado aspecto dos dados apresentados na visualização. Uma visualização que apresente o aproveitamento dos alunos de uma IES deve permitir que o usuário seccione os dados e analise o rendimento dos alunos de um curso específico, departamento, ano ou semestre letivo, podendo até chegar ao nível professor, por exemplo. 7.1 ACADÊMICO Produtos de informação acadêmicos propostos são relatórios, visualizações e dashboards que tratam de informações que respondem questões ligadas ao ensino, pesquisa e extensão. Esses produtos informam, principalmente, questões que dizem respeito às dimensões 2, 5 e 9 da avaliação institucional e à dimensão 1 e 3 da avaliação de curso do SINAES, e tratam da qualidade do ensino oferecido e das condições gerais para o aprendizado. As visões propostas são: Evolução dos rendimentos acadêmicos e frequência dos alunos nos cursos ao longo do tempo; 121 Evolução do rendimento acadêmico dos alunos na disciplina ao longo do semestre (comparado ao histórico para a disciplina e demais disciplinas equivalentes); Evolução da frequência dos alunos na disciplina (comparado ao histórico para a disciplina e demais disciplinas equivalentes); Evolução da participação dos alunos na disciplina ao longo do semestre (comparado ao histórico para a disciplina e demais disciplinas equivalentes); Cruzamento da avaliação da disciplina pelo discente entre disciplinas equivalentes; Evolução do cumprimento do plano de ensino ao longo do semestre (histórico da disciplina e das disciplinas equivalentes); Evolução da participação de alunos em atividades complementares ao longo do tempo (pesquisa, extensão, estágio, monitoria e congressos e eventos); Evolução da oferta de atividades complementares ao longo do tempo (pesquisa, extensão, estágio, monitoria e congressos e eventos); Participação dos alunos em programas de estágio não obrigatório; Participação dos alunos em atividades complementares; Número de atendimentos nos programas de tutoria; Evolução dos atendimentos aos alunos (mensagens, eventos, arquivos); Razão entre as vagas abertas e as vagas preenchidas; Evolução do ingresso, renovação, abandono, trancamento, cancelamento e graduação dos alunos e candidatos da instituição; 7.2 FUNCIONÁRIOS Produtos de informação propostos para a área funcionários são relatórios, visualizações e dashboards que tratam de informações que respondem questões ligadas à qualificação, condições de trabalho e desenvolvimento profissional para docentes, tutores e corpo técnico-administrativo. Esses produtos informam questões 122 que dizem respeito, principalmente, à dimensão 5 da avaliação da instituição e à dimensão 2 da avaliação de curso do SINAES. As visões propostas são: Produção científica; Regime de trabalho do corpo docente; Razão entre alunos e corpo docente; Razão entre alunos e corpo técnico; Titulação do corpo docente; Experiência do corpo docente; Experiência da coordenação de curso; Qualificação da coordenação de curso; Regime de trabalho do coordenador; Carga horária da coordenação; Titulação dos tutores; Experiência dos tutores; Razão entre os tutores e os alunos; Regime de trabalho do corpo docente por ano; Evolução da participações dos docentes e corpo técnico em programas de capacitação (número de atendidos, valor das bolsas, cursos escolhidos, etc.); 7.3 RESPONSABILIDADE SOCIAL Produtos de informação sobre responsabilidade social propostos são relatórios, visualizações e dashboards que tratam de informações que respondem questões ligadas à atuação da instituição junto à sociedade. Esses produtos informam questões que dizem respeito, principalmente, às dimensões 3, 4 e 9 da avaliação da instituição e à dimensão 1 da avaliação de curso do SINAES, abrangendo um amplo leque de questões, desde atendimentos na ouvidoria até a distribuição de bolsas sociais, atendimento nos núcleos de prática profissional, e as atividades dos seus egressos no mercado de trabalho. 123 As visões propostas são: Evolução do número de atendimentos à comunidade nos núcleos de prática profissional; Atendimentos aos alunos PNE; Atendimento de alunos no serviço de nivelamento; Bolsas sociais distribuídas; Evolução do número de atendimentos na ouvidoria; Evolução dos resultados dos atendimentos na ouvidoria; Evolução na participação de alunos congressos e eventos científicos; Evolução da participação de alunos em eventos esportivos e culturais; Percentual de egressos inseridos no mercado de trabalho; Percentual de egressos trabalhando em sua área de formação; Evolução da opinião dos empregadores quanto aos egressos da instituição; Relatórios de evasão; 7.4 INFRAESTRUTURA Os produtos de informação propostos para a área de infraestrutura apresentam informações sobre a qualidade e conservação das instalações disponíveis para uso dos alunos, e atendem, principalmente, questões ligadas à dimensão 7 da avaliação da instituição e à dimensão 3 da avaliação de curso do SINAES. Esses produtos abrangem, entre outras informações, qualidade e quantidade do acervo da biblioteca, qualidade e disponibilidade dos laboratórios, salas de aula e demais espaços físicos da instituição. As visões propostas são: Dashboard laboratórios, vagas, equipamentos disponíveis e idade do equipamento; Distribuição da bibliografia básica; Distribuição da bibliografia complementar; Distribuição e atualização dos periódicos especializados; 124 Disciplinas sem bibliografia básica suficiente; Disciplinas sem bibliografia complementar suficiente; Salas de aula com ocupação; Número de ordens de serviço de laboratórios atendidas; Evolução no tempo médio de atendimento de solicitações de laboratório; 7.5 FINANCEIRO Os produtos de informação financeira propostos são produtos que apresentam informações ligadas à dimensão 10 da avaliação da instituição e à dimensão 1 da avaliação de curso do SINAES. Por tratarem de uma área bastante delicada para organizações, e do fato da avaliação de cursos não possuir indicadores dedicados à avaliação financeira diretamente, os produtos propostos focam muito especificamente nas demandas da dimensão 10 da avaliação da instituição. As visões propostos para essa área são: 7.6 Evolução do investimento em pesquisa e desenvolvimento; Evolução do investimento em infraestrutura; Evolução de receitas vs despesas; Dashboard de receitas vs despesas; Evolução na inadimplência dos alunos; Dashboard de atrasos de pagamentos; GESTÃO A área de gestão é, talvez, a área mais difícil para a implantação de produtos de informação, dada a natureza do tema. Os produtos propostos para essa área tratam de questões tratadas pelo SINAES, principalmente, nas dimensões 1, 6, 8 e 10 do instrumento de avaliação institucional. No instrumento de avaliação de curso, questões ligadas diretamente à área de gestão não são amplamente contempladas nos indicadores, apesar de permearem, de certa forma, todas as três dimensões. Esses produtos tratam da atuação da gestão da instituição, e sua interação com os 125 demais grupos gestores, como a CPA e os colegiadosSão propostas as seguintes visualizações para a área de gestão: Déficit/superávit de orçamento para ensino, pesquisa e extensão; Valor do investimento em projetos de ensino, pesquisa e extensão; Percentual de sugestões incorporadas ao PDI e PPC; Número de reuniões da CPA; Assiduidade de participação nas reuniões da CPA; Sugestões de melhoria propostas incorporadas aos processos da instituição; Reuniões do colegiado realizadas; 126 8 INTERPRETAÇÃO A interpretação é a etapa em que a instituição avalia as informações contidas nos produtos de informação propostos, diagnostica sua situação atual e projeta sua situação presente e as tendências evidenciadas para criar um cenário futuro provável. A interpretação das informações providas pelos produtos de informação é uma etapa chave no processo de inteligência, pois orienta a tomada de decisão e adaptação. Uma interpretação bem feita acarreta em um diagnóstico lúcido da situação presente, e permite uma tomada de decisão que reoriente o progresso da instituição na direção que se almeja. Ao contrário, uma interpretação equivocada das informações contidas nos produtos de informação disponíveis pode agravar algum descaminho da organização diante de seus objetivos. Conforme mencionado, a interpretação pode ocorrer de duas formas: a primeira faz uso de recursos humanos para avaliar a situação atual e projetar seus resultados em um ponto futuro. A segunda utiliza recursos tecnológicos para essa atividade. O uso de recursos humanos é a forma mais corriqueira de interpretação das informações providas à instituição por meio dos produtos e serviços de informação, tratados anteriormente. Seu sucesso depende da capacidade, conhecimento, habilidades e experiências dos indivíduos que fazem uso das informações apresentadas, são esses fatores que informam as conclusões desses indivíduos diante dos fatos e informações apresentadas. Por consequência, quanto mais ampla a distribuição dessas informações entre indivíduos com experiências e formações variadas, mais eficaz é a interpretação. Essa diversidade permite que a situação apresentada seja observada por uma variedade de pontos de vista, que somados, pintam um quadro completo e detalhado da situação real da organização. Instituições de ensino superior, neste quesito, possuem uma grande vantagem frente outros tipos de organização: elas reúnem em seus quadros de 127 funcionários uma gama ampla de especialistas em diversas áreas do conhecimento, que, se bem utilizados, podem contribuir para este processo (Castilho, 2004). A segunda forma em que instituições de ensino podem interpretar sua situação é empregando a tecnologia. Aqui, a descoberta de conhecimento em banco de dados através da mineração de dados e do aprendizado de máquina tem um papel importante, particularmente na avaliação de questões onde a interpretação humana se torna virtualmente impossível. Para IES, o aprendizado de máquina é particularmente valioso na análise de risco ou na predição de comportamentos, por meio da descoberta de padrões nos dados. Dois importantes fatores que contribuem para o desenvolvimento de projetos de mineração de dados em instituições de ensino superior são a quantidade e a qualidade dos dados que podem ser obtidos dos alunos da instituição, uma vez que existem várias exigências legais quanto à coleta de dados de seus alunos. Além disso, instituições de ensino modernas contam com sistemas de informação com os quais alunos interagem constantemente, e que são fontes potenciais de valiosas informações. Fatores chave para o sucesso do emprego da mineração de dados em instituições de ensino superior são a disponibilidade de conjuntos de dados históricos suficientes para o aprendizado de máquina, assim como a estruturação de problemas de mineração claros e objetivos. Seja qual for a forma escolhida para a etapa de interpretação do ciclo de inteligência, humana ou de máquina, a interpretação é, para organizações em geral, e instituições de ensino superior em particular, essencial para a adaptação, e não pode ser exercitada sem este foco. O planejamento e os objetivos estabelecidos nos planos institucionais são a medida essencial e determinante para o sucesso da instituição. Esses objetivos precisam ser definidos claramente pela instituição, para que, nesta etapa, os gestores institucionais possam avaliar quais decisões devem ser tomadas para que eles sejam alcançados. Do ponto de vista da avaliação 128 institucional, esses objetivos devem estar estabelecidos no PDI da instituição, conforme indicado pelos entrevistados. A definição clara desses objetivos no PDI possibilita uma contraposição da situação atual identificada e os objetivos da instituição. Conforme indicado no item 4.2.4, uma instituição que deseja receber nota 5 em um determinado indicador do SINAES deve alcançar resultados significativamente melhores que os objetivos estabelecidos no PDI. Quanto mais amorfa ou nebulosa a definição dos objetivos institucionais em cada um dos indicadores do SINAES, mais difícil se torna a tomada de decisão, estando esta mais vulnerável a interpretações pessoais, tanto dos gestores quanto dos avaliadores. Ao contrário, objetivos claros, somados a uma interpretação bem realizada, servem como um mapa que orienta a adaptação. 129 9 ADAPTAÇÃO A adaptação é o encerramento do ciclo de inteligência proposto por Choo (2002), e decorre da interpretação das informações apresentadas. A adaptação é a aplicação do conhecimento adquirido e dos passos necessários para atingir os objetivos organizacionais estabelecidos na etapa de interpretação para a reorientação da organização rumo aos seus objetivos. Adaptação não deve se limitar, no entanto, ao planejamento institucional. É importante que as IES realizem avaliações regulares de todos os aspectos de seu funcionamento, sejam no planejamento, sua cultura organizacional, suas reuniões, pessoal, treinamento, processos, regras, etc. Os processos de autoavaliação e autocrítica, papel central da CPA nas instituições de ensino, devem ser abraçados pela organização como um todo, tornando a adaptação mais efetiva. Quanto mais participativa e engajada for a organização, mais frequentes os ciclos de inteligência podem ser fechados, buscando os ciclos semestrais sugeridos como ideais pelo avaliador do MEC no item 4.2.2. Uma vez encerrada a etapa de adaptação um novo ciclo de inteligência deve ser iniciado para avaliar os resultados das adaptações realizadas. Quanto mais frequentes forem os ciclos, mais rapidamente descaminhos podem ser detectados e corrigidos, assegurando que os objetivos traçados sejam alcançados. 130 10 ESTUDO DE CASO Com base nos estudos realizados, foi estruturado um estudo de caso para demonstrar a contribuição do ciclo de inteligência organizacional proposto por Choo (2002), combinado às tecnologias de informação e comunicação. A instituição escolhida é uma IES privada do Distrito Federal, líder no mercado de ensino e pioneira no uso de sistemas de informação em seus processos internos. A instituição oferece cursos de graduação e pós-graduação, tanto lato sensu quanto stricto sensu, a cerca de 15.000 alunos, divididos em cursos nas ciências humanas, ciências exatas, saúde, educação e tecnologia. Como mencionado, a instituição estudada faz extenso uso de sistemas de informação no apoio a suas atividades acadêmicas e administrativas. Muitos desses sistemas foram desenvolvidos internamente, visando prover à instituição uma ampla gama de serviços de informação que apoiam sua atividade fim, como inscrição em processos seletivos, matrícula, frequência e menções, serviços de apoio ao discente, distribuição de materiais de aula, comunicação entre docentes e discentes, colação de grau, emissão de diplomas, solicitações de protocolo, workflow, entre outros. Esses sistemas são mantidos por uma equipe interna de especialistas, e estão em constante evolução. Recentemente, a instituição implantou um sistema ERP, adquirido de uma grande empresa do setor, para realizar sua gestão financeira. O ERP opera integrado aos sistemas acadêmicos e administrativos desenvolvidos na própria instituição, formando um amplo alicerce informacional com registros de vários anos de atividades, fonte rica de informações para subsidiar um processo de inteligência organizacional associado à TIs. Apesar de possuir condições para a implantação e uso de sistemas de BI, incluindo amplas fontes de dados e um longo registro histórico, a instituição estudada não utiliza BI corriqueiramente em sua gestão. Essa situação é semelhante àquela vivida por outras instituições de ensino da região, conforme relatado por Córdoba (2010). Para o estudo realizado, dados provindos dos sistemas administrativos e acadêmicos desenvolvidos pela própria IES foram escolhidos como a principal fonte de dados, uma vez que esses sistemas contém grande parte das 131 informações relevantes às necessidades levantadas no item 6.2. Esses sistemas armazenam dados referentes aos alunos e aos funcionários, além de dados que descrevem o relacionamento destes com a instituição no tocante à atividade de ensino e atividades de apoio. Dados relevantes para 21 dos cursos de graduação oferecidos pela instituição, referentes ao período entre Janeiro de 2010 e Julho de 2012 foram extraídos desses sistemas, selecionados, tratados e transformados, dando origem a um armazém de dados institucional. Os principais dados extraídos desses sistemas foram os seguintes: A. Alunos: i. Idade ii. Gênero iii. Estado civil iv. Endereço v. Curso vi. Carga horária cumprida vii. Tipo de processo seletivo e data de ingresso viii. Anos e semestres cursados e suas situações acadêmicas ix. Valor da mensalidade e registros de pagamento x. Bolsas e outros incentivos recebidos xi. Disciplinas cursadas xii. Frequência xiii. Aproveitamento acadêmico 132 B. Professores e funcionários: i. Titulação ii. Anos de experiência em docência superior iii. Anos de experiência em docência básica iv. Anos de experiência profissional v. Cursos em que lecionam vi. Disciplinas que lecionam vii. Carga horária em classe e extra classe viii. Classificação ix. Função de coordenação x. Produção científica C. Estrutura curricular i. Cursos ii. Disciplinas oferecidas iii. Equivalência entre disciplinas iv. Carga horária v. Número de créditos vi. Frequência média mensal vii. Menção média mensal viii. Número de vagas D. Infraestrutura i. Espaços físicos ii. Espaço e utilização Subsequentemente, subconjuntos dos dados do armazém institucional, conhecidos como datamarts, foram extraídos, desta vez, focados em suprir informações específicas para cada visão produzida. 133 Com base nesses datamarts, foram construídos produtos de informação, auxiliados pela TI, em duas vertentes: a inteligência de negócio e a mineração de dados. Os resultados alcançados são apresentados a seguir. 10.1 A BI APLICADA À IES Para o estudo do uso de Inteligência de Negócio em instituições de ensino superior foi selecionado o sistema QlikView, um sistema de BI produzido pela empresa sueca QlikTech, disponível gratuitamente para uso pessoal. Essa versão do software não possui limitações de funcionalidade, salvo o bloqueio para uso de relatórios criados em outros sistemas. Também, relatórios criados por uma versão com licença pessoal não podem ser executados por outras instalações do QlikView pessoal. Todas as demais funcionalidades relevantes estão disponíveis. Para este estudo de caso foram criadas um conjunto de quatro visualizações, representativas dos produtos de informação sugeridos com base nos manuais e roteiros de avaliação e nas entrevistas realizadas, identificados no item 7 desta dissertação. As visualizações foram selecionadas com base, principalmente, na disponibilidade de dados na instituição estudada. 10.1.1 Desempenho dos alunos A visualização de desempenho dos alunos (figura 7, página 134) permite aos professores, coordenadores, CPA e gestores institucionais observar a distribuição de alunos em um gráfico de dispersão ao longo dos eixos Média Geral de Menções (GPA) e Frequência, para um dado período letivo. O diâmetro de cada bolha representa o número de alunos cujo GPA e frequência encontra-se no ponto de intersecção. O segundo gráfico apresentado na mesma figura, abaixo da dispersão de desempenho, mostra a distribuição de alunos por situação acadêmica para o período selecionado, ou seja, alunos formados, abandonados, trancados e transferidos. Entre o gráfico de desempenho e o gráfico de distribuição, o sistema apresenta o GPA médio e a frequência média, calculados usando a mediana. Figura 1: Visualização de desempenho dos alunos 134 135 À esquerda da dispersão estão os controles para filtragem dos dados. Ao selecionar um filtro, o gráfico de desempenho e o total de alunos muda para refletir os filtros selecionados. Além da visualização apresentando a média geral para os alunos ao longo do curso, abas mostrando um gráfico de dispersão com a média e frequência para cada período do curso também estão disponíveis. O sistema permite filtrar os dados dos alunos segundo uma combinação qualquer de série de atributos sociais e financeiros, além de curso e turno. Os atributos são: unidade, curso, turno, situação acadêmica, estado civil, região de residência, idade no ingresso do curso, gênero, percentual de bolsa ou abatimento e se o aluno possui FIES, para cada período letivo. Os períodos letivos, listados no seletor na parte superior esquerda da tela, são representados por algarismos numéricos contendo o ano e o semestre, por exemplo, o 1º semestre de 2011 é representado pelo número 201101.Conforme indicado anteriormente, o gráfico de desempenho dos alunos é um gráfico de dispersão mostrando o rendimento acadêmico dos alunos nos eixos GPA e frequência. A instituição estudada utiliza como indicadores de rendimento acadêmico uma série de menções representadas pelas siglas SS, MS, MM, MI, II e SR, onde SS representa o rendimento superior, MS o rendimento médio superior, MM um rendimento médio, MI um rendimento médio inferior, II um rendimento inferior e SR representa um rendimento inexistente. As menções SS, MS e MM indicam um rendimento de aprovação, enquanto MI, II e SR, reprovação. Para serem calculadas médias, as menções acima foram convertidas para valores numéricos baseado no esquema de pontuação utilizado em instituições de ensino norte americanas. As menções de aprovação SS, MS e MM foram convertidas para os valores 4, 3 e 2, respectivamente. MI, a menção de reprovação mais alta foi convertida para 1. II e SR foram convertidos para 0. Não foram consideradas disciplinas trancadas ou canceladas, mas somente as disciplinas concluídas pelo aluno. 136 Uma vez transformadas em valores numéricos, a menção média para cada aluno foi calculada usando a média ponderada de menções, utilizando o número de créditos da disciplina como peso. O GPA de cada aluno foi então calculado, tanto para as disciplinas de cada período acadêmico quanto para o conjunto de todas as disciplinas cursadas. Semelhantemente, a frequência média dos alunos foi calculada pela média ponderada de presenças, usando como peso o número de créditos de cada disciplina. Como no cálculo do GPA, só foram levadas em consideração disciplinas que os alunos concluíram normalmente, sendo ignoradas as disciplinas trancadas ou canceladas. A visualização de desempenho dos alunos permite aos professores, coordenadores, CPA e gestores institucionais acompanhar o rendimento acadêmico dos alunos ao longo do tempo, demonstrando melhora ou piora de rendimento de grupos de alunos, representados pelos filtros selecionados. Também permite realizar comparações entre esses vários grupos, e descobrir quais dentre eles possuem rendimento destacado dos demais, tanto melhor quanto pior, com relação à média da instituição. De posse dessas informações, gestores institucionais podem desenvolver planos de ação para mitigar deficiências afetando alunos da instituição, elevando a qualidade do ensino oferecido. A visualização de desempenho dos alunos não inclui nas métricas utilizadas objetivos de desempenho para os alunos da instituição, uma vez que o PDI não define tais objetivos. No entanto, a definição deste tipo de objetivo pode auxiliar a tomada de decisão e o desenvolvimento de inovações que venham a melhorar o serviço educacional prestado. Por exemplo, a instituição pode definir como objetivo alcançar um GPA maior ou igual a 3,0 e frequência superior a 93% para 75% dos discentes da instituição. Outro objetivo que pode ser traçado seria alcançar uma melhoria global do desempenho dos alunos em ½ ponto, e a frequência média em um ponto percentual por semestre. De posse desses objetivos cada departamento, curso ou unidade 137 pode desenvolver planos que venham incentivar os alunos a atingir esses objetivos. Dentre as ações desenvolvidas, aquelas que tiverem o melhor resultado podem ser adotadas pela instituição. 10.1.2 Qualificação e regime de trabalho de docentes O dashboard de qualificação e regime de trabalho dos docentes (figura 8, página 138), apresenta aos gestores institucionais uma série de indicadores do desempenho da instituição naquele indicador, em três abas distintas. A primeira aba apresenta vários relógios de desempenho em dois grupos: o primeiro apresenta uma gradação baseada nos níveis estabelecidos pelo instrumento de avaliação institucional externo do SINAES (BRASIL, MEC, 2010), que não define conceitos claros, mas indica graus mínimos de qualidade com base em percentuais da população de docentes. A gradação de conceituação do segundo grupo, por sua vez, foi baseada no instrumento de avaliação de cursos presenciais e à distancia (BRASIL, MEC, 2012), que indica o conceito aferido pra cada distribuição de profissionais conforme o indicador. O primeiro grupo de indicadores, na parte superior da tela, mostram os percentuais de docentes doutores, docentes com formação em pós-graduação stricto sensu, docentes especialistas e docentes sem especialização, relativos ao total de docentes do curso. Cada relógio esta gradado por cores que indicam desempenho que vai da excelência (excelente) à inadequação (péssimo), determinadas pelos percentuais mínimos de qualidade estabelecidos no indicador 5.2 do instrumento de avaliação externa do SINAES. Abaixo desses indicadores baseados no SINAES se encontram indicadores derivados do instrumento de avaliação de cursos presencias e à distância do SINAES (BRASIL, MEC, 2012), mais especificamente os conceitos identificados para os indicadores de percentual de doutores para os cursos (indicador 2.8), percentuais de docentes com titulação stricto sensu (indicador 2.7), regime de trabalho dos docentes (indicador 2.9), produção científica ou artística (indicador 2.15), experiência em docência superior (indicador 2.12), experiência profissional (indicador 2.10) e experiência em docência no ensino básico (indicador 2.11). Cada indicador é apresenta uma escala de cores representando o conceito referente aos níveis atingidos para cada identificador. Figura 2: Dashboard de qualificação e regime de trabalho dos docentes 138 139 À esquerda dos indicadores o sistema apresenta os filtros período letivo e curso. Por meio desses filtros é possível acompanhar o progresso de cada indicador ao longo dos semestres, e avaliar o desempenho de cada curso, separadamente. A segunda aba apresenta ao gestor um conjunto de indicadores, também na forma de relógios, da conceituação do coordenador do curso (figura 9, página 140). Também baseados no instrumento de avaliação de cursos presencias e à distância do SINAES (BRASIL, MEC, 2012), esses indicadores apresentam a conceituação do coordenador no quesito carga horária (indicador 2.6) e experiência de magistério (indicador 2.4), para o período letivo e curso selecionados. Finalmente, a terceira aba apresenta a listagem dos dados relativos aos professores da instituição (figura 10, página 141), incluindo a unidade, curso, o nome completo, classificação, titulação, se o docente está em capacitação, a carga horária em sala e extra sala do docente para o período, a experiência profissional e de docência e o número de publicações nos últimos três anos. Também para este quesito, o PDI da instituição é silencioso quanto a objetivos específicos estabelecidos. A avaliação da situação da instituição de ensino, no entanto, é facilitada pela conceituação claramente estabelecida para os indicadores. A definição clara desses níveis permite que a instituição avalie sua pontuação presente, e determine como trabalhar seu quadro de docentes para alcançar a conceituação desejada, seja por meio de incentivos à capacitação, seja pelo remanejamento de pessoal de cursos melhor avaliados para cursos deficitários ou pela substituição de docentes por outros que melhor se encaixam no perfil almejado pela IES. Figura 3: Dashboard de conceituação do coordenador de curso 140 Figura 4: Relatório de docentes para o curso e período letivo 141 142 10.2 MINERAÇÃO DE DADOS APLICADA À ANÁLISE DE RISCO As pressões competitivas às quais instituições de ensino superior são submetidas no mercado de ensino brasileiro exigem que essas instituições adotem maneiras inovadoras de se relacionarem com seus alunos, visando diminuir as altas taxas de ociosidade de vagas no setor (INEP, 2009). A ociosidade, fruto do grande número de vagas abertas, particularmente centros urbanos, é exacerbada pela alta taxa de evasão vivida pelas instituições de ensino no Brasil, que de acordo com o INEP é de, em média, 44,7% (INEP, 2009). A perda de estudantes corrói rapidamente o alto investimento das IES em campanhas de recrutamento de alunos. A retenção de estudantes é, de fato, identificado por Bergamo et al. como uma questão de “fundamental importância para a sobrevivência da IES provada” (BERGAMO et al., 2007, p. 56). Para os autores, a retenção de alunos está ligada ao desenvolvimento de uma relação de lealdade, que por sua vez é fruto de fatores como a qualidade percebida dos serviços de ensino, da confiança nos funcionários, o comprometimento emocional, o comprometimento com os objetivos do aluno, a integração acadêmica e social, a inserção no mercado de trabalho, a presença ativa dos familiares e as atividades não universitárias no campus. Bergamo et al. (2007), indica ainda que o desenvolvimento de uma política de engajamento com o estudante pode colaborar para o desenvolvimento da lealdade, e, com isso, contribuir para a diminuição da evasão. A mineração de dados, aliada ao aprendizado de máquina, é uma poderosa ferramenta para a realização de análises de risco de evasão, que permitam a identificação de alunos com elevado risco de evasão, seleção esta livre de distorções causadas por influências ideológicas. 10.2.1 O Experimento Foi estruturado um experimento para demonstrar a aplicação da mineração de dados na análise de risco de evasão, buscando identificar quais dentre os estudantes da instituição apresentavam maior risco de evasão. O objetivo do experimento era o de aparelhar a Direção Acadêmica e Direção Financeira da 143 instituição com indícios de evasão para que então fossem desenvolvidas estratégias individualizadas buscando evitar tais possíveis evasões (BALANIUK et al., 2011). Esse experimento de predição, utilizando algoritmos de aprendizado de máquina, foi realizado com dados de 11,495 alunos da instituição estudada. Os dados dos estudantes foram coletados baseados em fatores identificados por Gaioso (2005) como sendo fatores que influenciam o estudante na decisão de abandonar o curso. Esses atributos avaliados foram os seguintes: idade, gênero, bairro de residência, se o aluno trabalha ou não, tipo de escola no ensino médio, renda familiar, menção média para todas as disciplinas, menção média no segundo semestre, frequência média para todas as disciplinas, frequência média para as disciplinas do segundo semestre e número de reprovações nos dois semestres iniciais. A metodologia CRISP-DM foi adotada na preparação da mineração dos dados. A plataforma selecionada para realizar o experimento foi o sistema WEKA (Waikato Environment for Knowledge and Analysis) para aprendizado de máquina (BOUCKAERT et al., 2010). Este sistema é um sistema livre que combina uma variedade de algoritmos para desenvolver projetos de aprendizado de máquina. Após a construção de modelos de predição utilizando algoritmos de regressão estatística, árvores de decisão e redes neurais, os resultados foram combinados em uma máquina de comitê, uma técnica que combina resultados de vários algoritmos de aprendizado, produzindo um relatório final identificando cada estudante e a probabilidade deste evadir ou graduar. 10.2.2 Preparação de dados Com base nos fatores identificados por Gaioso (2005) e na experiência dos gestores da IES, foram selecionados os atributos utilizados na mineração. Para identificar dificuldades econômicas a renda familiar declarada e o bairro de residência foram escolhidos como indicadores de saúde financeira. Observações informais mostram que os estudantes, ocasionalmente, informam rendas familiares maiores que a realidade por receio de serem eliminados no processo de seleção da instituição. Assim, o bairro de residência cresce em importância como indicador de 144 renda familiar. Em Brasília, a renda familiar média cai à medida que o bairro de residência é mais distante do centro da cidade, com rendas menores nos bairros do entorno do DF, e rendas familiares médias maiores nos bairros do Lago Sul e Lago Norte. Os bairros foram divididos em seis grandes regiões, divididas por renda familiar média, sendo esses, Lago Sul e Norte, Plano Piloto, cidades satélites próximas, cidades satélites distantes, e outros estados. Para identificar possíveis conflitos ligados ao tempo para estudos foram selecionados a faixa etária, gênero e se o aluno está ou não empregado. É esperado que alunos mais jovens, ou aqueles que não trabalham, tenham maior disponibilidade de tempo para seus estudos. Por outro lado, alunas mulheres que engravidam ou tenham filhos pequenos podem encontrar dificuldades por falta de tempo para os estudos, que aumentem o risco de evasão. O tipo de escola de ensino médio que os alunos frequentaram (pública, privada ou militar) foi selecionado como indicador que aponte deficiências na formação básica. Escolas públicas brasileiras, em geral, sofrem com dificuldades estruturais sérias, e, com isso, oferecem ensino de qualidade inferior a escolas privadas ou academias militares. As menções médias do aluno e seu registro de frequência, assim como o número de reprovações, foram selecionados como indicadores de rendimento acadêmico. Uma vez que a IES estudada utiliza um esquema de menções em seu registro acadêmico, buscando calcular médias, as menções foram convertidas para valores numéricos baseando-se no esquema de pontuação utilizado em instituições de ensino norte americanas, As siglas das menções foram transformadas em valores numéricos semelhantemente ao processo aplicado à preparação de dados para a criação de visualizações para a BI (item 10.1.1). Os critérios foram os seguintes: Menções de aprovação, SS, MS e MM foram convertidas para os valores 4.0, 3.0 e 2.0 respectivamente. MI, II e SR, menções de reprovação foram convertidas para 1.0 para MI e 0 para II e SR.. A média geral não leva em consideração disciplinas canceladas ou abandonadas. A média aritmética ponderada para as menções convertidas foi calculada utilizando o número de créditos das disciplinas cursadas como peso, e o resultado convertido em uma escala composta pelas letras A, B, C e 145 D, onde A é equivalente a uma média geral igual ou maior que 3,4, B representa uma média entre 2.7 e 3.4, C, entre 2 e 2.7 e D menor que 2 pontos. A média geral foi calculada para as disciplinas do segundo semestre e também para todas as disciplinas cursadas pelo aluno. A frequência também foi levada em consideração utilizando um sistema semelhante, onde a média ponderada da frequência, usando o número de créditos de cada disciplina como peso, foi calculada para as disciplinas do 2º semestre e para todas as disciplinas cursadas pelo aluno. Essas foram agrupadas em uma escala de ausências representada por Pouco, Médio e Muito. Pouco representa menos que oito ausências, Médio entre 8 e 16 ausências e Muito maior que 16 ausências. Disciplinas abandonadas ou canceladas também foram ignoradas. Por fim, foram analisados o número de disciplinas reprovadas nos dois primeiros semestres cursados pelo aluno. Três grupos foram criados, sendo eles: nenhuma reprovação, até duas reprovações e três ou mais reprovações. Os alunos foram, então, divididos em dois grupos. O primeiro grupo, contendo 3.058 alunos, foi usado para treinar o modelo de predição, e foi composto por alunos ingressantes entre 2005 e 2006 que completaram o questionário socioeconômico no momento da inscrição no processo seletivo, e que graduaram (dentro do tempo médio de 5 anos para a instituição), ou abandonaram seus estudos prematuramente. O segundo grupo, com os 8.437 alunos remanescentes, foi formado de alunos que estavam regularmente matriculados no 2º semestre de 2010, e que a) não graduariam ao final do semestre, b) estavam no mínimo em seu segundo ano de estudos e c) completaram a pesquisa socioeconômica na inscrição do processo seletivo. Esses registros foram utilizados para gerar predições de evasão. 10.2.3 O treinamento do sistema de aprendizagem de máquina Os registros de treinamento foram processados no sistema WEKA utilizando quatro algoritmos de classificação, sendo eles: ZeroR, um classificador simples, Average One Dependency Estimator (AODE) um classificador Bayesiano probabilístico, J48, uma árvore de decisão tipo C4.5 e, por fim, uma rede neural denominada Multilayer Perceptron. 146 O classificador ZeroR foi utilizado para delinear a precisão mínima aceitável utilizada para julgar a qualidade dos demais classificadores (BOUCKAERT et al., 2010). Para estabelecer o limite máximo de precisão, treinamento e teste foram realizados com a completa massa de dados de treinamento (os 3.058 alunos do primeiro grupo), e, para a preparação do modelo, foi utilizado uma divisão de ⅔ para treinamento e ⅓ para teste dos resultados. A precisão alcançada é apresentada a figura 11. Figura 5: Precisão das predições para o treinamento utilizando uma divisão de ⅔ para treinamento e ⅓ para teste Precisão das Predições 100% 80% 60% 56.5% 91.3% 84.7% 79.8% 80.2% 80.0% 56.5% 76.2% 56.5% 40% 20% 00% AODE ZeroR Massa Completa J48 Multilayer Perceptron Massa dividida (66% treinamento, 33% teste) Quando treinados utilizando a massa de dados completa, todos os algoritmos de predição apresentaram melhoras significativas de precisão. Como esperado, a precisão cai utilizando uma amostra menor, 66% da massa para treinamento e o restante dos dados para teste. A diminuição na precisão para o algoritmo AODE, no entanto, foi mínima, enquanto o algoritmo J48 e Multilayer Perceptron foram maiores. Para aumentar a precisão dos algoritmos, foi utilizada uma máquina de comitê, combinando os resultados alcançados pelos três algoritmos de predição (AODE, J48 e Multilayer Perceptron). Após testar vários modelos de comitês, foi escolhido um modelo que gera o resultado final a partir do cálculo da média aritmética das probabilidades identificadas. Esse modelo se mostrou mais preciso (80,6%, ligeiramente melhor daquela observada para o AODE e J48) e simples de 147 ser implantado. A tabela 1 resume os resultados utilizando a divisão da massa de testes em ⅔ para treinamento e ⅓ para teste. Tabela 1: Resumo da precisão das predições pra cada algoritmo e para a máquina de comitê Precisão Geral Predições de Graduação Predições de Evasão AODE J48 80.0% 80.5% 79.2% 79.8% 80.8% 78.4% Multilayer Perceptron 76.2% 80.9% 70.7% Máquina de Comitê 80.6% 81.9% 78.7% A matriz de confusão gerada por cada algoritmo e pela máquina de comitê é apresentada na tabela 2. Tabela 2: Matriz de confusão para cada algoritmo de treinamento Graduação Evasão AODE Grad. Evasão 505 86 122 327 J48 Grad. 500 119 Evasão 91 330 Perceptron Grad. Evasão 449 142 106 343 Comitê Grad. Evasão 499 92 110 339 A precisão dos algoritmos também foi avaliada utilizando o gráfico Característica de Operação do Receptor ou curva ROC, sigla do termo em língua inglesa para Receiver Operating Characteristic, que indica o desempenho de cada classificador (WITTEN; FRANK, 2005). A curva mostra a relação entre verdadeiros positivos (eixo Y) e falsos positivos (eixo X), expressos como um percentual da massa de dados. Arcos mais acentuados (mais próximos ao ponto x,y igual a 0% ,100%) são evidência de classificações mais precisas. 148 A curva ROC obtida para cada algoritmo é apresentada na figura 12, abaixo. Figura 6: Curva ROC expressa para o treinamento Curva ROC - massa de treinamento dividida em ⅔ | ⅓ 100 90 80 AODE 70 J48 60 50 Multilayer Perceptron 40 Máquina de Comitê 30 20 10 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Após o treinamento, os 8.437 registros de predição foram analisados utilizando os modelos gerados no treinamento. O resultado dos três algoritmos foi então combinado em uma máquina de comitê que calculou a média aritmética dos percentuais de probabilidade para graduação ou evasão. O resultado foi reavaliado, e a predição final foi gerada para cada aluno. Estudantes para quem a predição foi ambígua (probabilidades iguais para evasão ou graduação) foram considerados como alunos que irão graduar. A tabela 3 apresenta um exemplo do relatório de resultados. Tabela 3: Predições da máquina de comitê para os alunos matriculados Identificador do Estudante Curso 185 186 189 Jornalismo Psicologia Direito Predições por Comitê Graduação Evasão 2.6% 97.4% 1.6% 98.4% 57.4% 42.6% Predição Evasão Evasão Graduação 149 O relatório final indica a situação futura predita para cada aluno matriculado, com a probabilidade para cada resultado possível (graduação ou evasão). Essa informação permite aos gestores institucionais decidirem se desejam investir em uma política de retenção de estudantes com alta probabilidade de evasão ou investir em alunos com baixa probabilidade de evasão, onde, em tese, o esforço para reter esses alunos seria menor. O modelo utilizado previu que 3.250 dos 8.437 alunos estudados iriam evadir, correspondendo a 38,5% dos alunos. Apesar de menor que a taxa nacional média de evasão de 44,7% conforme dados do INEP (2009), o percentual é compatível com as taxas de evasão históricas da instituição. Para os demais 5.187 alunos, o modelo prediz que irão graduar normalmente. Uma análise preliminar dos resultados reais das predições foi realizada ao final do segundo semestre letivo de 2012. Essa análise mostra que, dos 8.437 os alunos estudados, 3.192 haviam graduado ou evadido. A análise da situação acadêmica destes 3.192 alunos mostra uma precisão real geral de 76,2% para evasões e graduações. O modelo se mostrou mais preciso na predição de alunos com viés de graduação, com 85,6% de acerto e 14,4% de erro, e menos preciso para alunos com viés de evasão, com 66,9% de acerto e 33,1% de erro. 150 11 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Os estudos de caso realizados apresentam exemplos claros dos potenciais benefícios do uso da TI associada à inteligência organizacional para auxiliar a gestão de IES. A criação de produtos de informação que auxiliem os gestores institucionais a avaliar a situação real de suas instituições contraposta aos objetivos estabelecidos permite a esses gestores tomarem, rapidamente, decisões para reorientar qualquer desvio percebido. Sistemas de coleta de dados, uma vez implantados, também permitem às organizações reduzir o tempo gasto para completar seus ciclos de autoavaliação. Com isso, IES tem ainda mais oportunidades para reorientar suas práticas e melhorar a qualidade dos serviços prestados, com ênfase no ensino, e, por consequência, sua conceituação nos processo avaliativos do MEC. 11.1 PASSOS TECNOLÓGICOS NECESSÁRIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE BI O desenvolvimento do estudo de caso demonstra que, para alcançar resultados satisfatórios através da implantação da Inteligência Organizacional apoiada pela TI, é necessário que as IES desenvolvam a maturidade organizacional mínima necessária para fazer pleno uso desses sistemas de informação. Essa maturidade é fruto de fatores tecnológicos, culturais e cronológicos. Do ponto de vista tecnológico, IES necessitam adquirir (ou desenvolver) um leque de sistemas de informação suficiente para permear amplamente suas operações. Além disso, esses sistemas precisam estar integrados, viabilizando o cruzamento de dados necessários para a produção de conhecimento. Quanto mais integrados os sistemas, mais cruzamentos são possíveis, ampliando a efetividade de sistemas de apoio à decisão. Esses sistemas incluem sistemas de gestão acadêmica, como as soluções de empresas renomadas no setor como Pearson, Blackboard, Totvs e Grupo Positivo, sistemas de gestão empresarial, como os oferecidos pela SAS, Microsoft e Totvs, entre outros, e sistemas de gestão de bibliotecas como Pergamum, OpenBiblio, e Librarium. Outros tipos de sistema podem contribuir para alimentar sistemas de 151 inteligência, como sistemas de gestão de laboratórios, sistemas de workflow, atendimento, controle de acesso, etc. Do ponto de vista cultural, IES precisam desenvolver uma cultura organizacional onde seus colaboradores entendam o papel estratégico das tecnologias de informação para a organização, e interajam com essas tecnologias como parte integrante de suas atividades, alimentando esses sistemas com informações precisas e de qualidade. Da mesma forma, gestores precisam enxergar os sistemas de informação e seu uso não somente como um ritual a ser cumprido, ou como ferramentas caras que ajudam a desenvolver suas atividades operacionais. Ao contrário, precisam vêlas como antenas, coletores de informações valiosas, que espelham a realidade vivida pela organização e orientam a tomada de decisão precisa, e auxiliam o desenvolvimento de ações inovadoras, que elevem a IES a patamares acima de suas competidoras. O desenvolvimento dessas inovações pode ser grandemente potencializado se a instituição abraçar o compartilhamento de informações e um modelo participativo de tomada de decisão como parte integrante de suas atividades, aumentando o aproveitamento do capital intelectual em suas organizações. Finalmente, é necessário que IES usem seus sistemas de informação ao longo do tempo. O uso diário, sistemático e contínuo dos sistemas de informação produz abundância de dados, e essa crescente massa de dados é a essência que dá forma, substância e riqueza aos sistemas de informação em geral, e de BI em particular. Quanto mais história estiver contida em um sistema de inteligência, mais ricos serão seus produtos. Esses fatores dependem de investimentos. Investimentos em equipamentos (hardware), programas (software), profissionais qualificadas para operar e manter a infraestrutura de TI necessária, treinamento de colaboradores, manutenção e atualização de tecnologias, e muitas outras despesas. Além disso, os ciclos de aquisição e implantação de tecnologias e o tempo necessário para que produzam resultados é, frequentemente, longo, e exigem um sólido compromisso da gestão da 152 instituição para que mantenham esses investimentos no longo prazo. Quanto maior o compromisso da instituição, melhores serão os resultados alcançados. No contexto do estudo de caso realizado, a IES possui muitos desses traços. É uma instituição inovadora do ponto de vista da utilização da informática para auxiliar as atividades operacionais. Esta postura inovadora também levou a instituição a construir uma infraestrutura ampla de TI, com a capacidade necessária para armazenar volumes significativos de dados. Essa infraestrutura, somada ao volume de dados transacionais contidos no sistema, são hoje a fonte que permite o desenvolvimento dos produtos de inteligência demonstrados neste trabalho. Apesar das inovações tecnológicas significativas, muitos vícios culturais permanecem, e fatores importantes para que esses vícios sejam curados não são explorados amplamente. Por exemplo, faltam políticas de treinamento e capacitação do corpo de colaboradores, visando prepara-los para o uso das tecnologias de informação. Essa falta de treinamento resulta ora na má utilização dos sistemas disponíveis, ora na subutilização desses sistemas, ora no uso ineficiente desses recursos, resultando em um grande volume de dados de baixa qualidade. Além de demandar recursos significativos de tempo expertise de técnicos especializados para transformar dados de baixa qualidade em dados usáveis, a ineficiência no uso dos recursos informacionais causam outros prejuízos para a IES. Uma política de treinamento e capacitação contínua permitiria a IES realizar aumentos importantes na produtividade dos seus funcionários, e acelerar retorno no investimento realizado na aquisição de sistemas de informação. 11.2 O USO DA BI NO APOIO AO PROCESSO DE AVALIAÇÃO A avaliação das necessidades de informação e a seleção de produtos de informação que seriam utilizados no estudo de caso demonstraram claramente que certos tipos de informação são mais facilmente produzidos e consumidos por sistemas de BI que outros. Consequentemente, o roteiro de avaliação do SINAES apresenta certos indicadores para os quais as soluções de BI baseadas em sistemas informatizados se mostram mais apropriados que outros. 153 Dentre os indicadores para os quais a TI se destaca estão aqueles que possuem métricas quantitativas claramente definidas nos instrumentos de avaliação. Entre esses se encontram os indicadores das dimensões 5, 9 e 10 do instrumento de avaliação externa do SINAES (BRASIL, MEC, 2010), como os indicadores 5.2, 5.3, 5.5, 5.6, 9.2, 9.3 e 10.3. Ao contrário do instrumento de avaliação externa do SINAES, muitas vezes vago na definição dos critérios de qualidade aplicados, o roteiro de avaliação de cursos (BRASIL, MEC, 2012) possui uma concepção que utiliza métricas de qualidade muito mais claras para seus indicadores, servindo de complemento importante para o desenvolvimento de visualizações para o apoio à decisão. Dentre esses indicadores destacam-se os indicadores dimensão 2 do instrumento, como os indicadores 2.3, 2.4, 2.5, 2.6, 2.7, 2.8, 2.9, 2.10, 2.11, 2.12, 2.13, 2.15, 2.16, 2.17, 2.18, 2.19, 2.20, além de indicadores de infraestrutura com os itens 3.6, 3.7, e 3.8. Outros indicadores, particularmente aqueles que se beneficiam de medidas quantitativas, como, por exemplo, os indicadores de infraestrutura do roteiro de avaliação dos cursos (BRASIL, MEC, 2012) 3.4 e 3.5, entre outros. Por outro lado, indicadores cujas medidas de qualidade são mais abstratas, como os indicadores 1.2, 2.2, 2.3 e 2.7 do instrumento de avaliação da instituição do SINAES (BRASIL, MEC, 2010), por exemplo, apresentam um maior desafio para a estruturação de soluções informatizadas de inteligência de negócio. É importante lembrar, no entanto, que a inteligência organizacional não se limita à coleta e apresentação de relatórios baseados em dados quantitativos, nem tampouco ao uso de sistemas de BI ou de visualização. A IO é um processo de coleta, análise e tomada de decisão que orienta a organização em direção a seus objetivos, sistematicamente e continuamente. Desse ponto de vista, dados coletados para alimentar sistemas de BI são somente parte de um processo muito mais amplo, e inclui informações provindas de fontes além dos sistemas de informação da instituição, que devem incluir, por exemplo, documentos impressos, atas de reunião, diários de classe e manuais, além dos sistemas de BI. A IO é o processo pelo qual a instituição compõe uma visão do todo, e os sistemas de BI podem ser ter um importante papel nesse processo. 154 11.3 AUMENTANDO OS CONCEITOS DA IES PELO USO DA IO O estudo realizado demonstra que a IO somada à TI podem contribuir para a melhoria dos conceitos da instituição. Especificamente, a IO provê à instituição um processo pelo qual ela pode perceber sua real situação, que é auxiliada e enriquecida pelo uso da TI. As entrevistas realizadas e o estudo de caso apresentado mostram claramente que os resultados alcançados através do uso da IO somada à TI podem ser melhorados pela adoção de três práticas importantes: a inclusão, no PDI, de objetivos claros e métricas de avaliação para os planos da instituição, a implantação de um processo contínuo de avaliação e análise do PDI com base nos resultados das avaliações da instituição e o envolvimento dos profissionais que fazem parte da instituição, particularmente seus docentes, na análise das informações e no desenvolvimento de propostas de melhoria, incluindo processos, regras e planos. A definição de objetivos claros para a instituição no PDI, em conjunto com as métricas de avaliação dos resultados alcançados, são críticos para a instituição. Objetivos comunicam aos colaboradores da IES o rumo desejado da instituição, reduzindo incertezas, orientando e tornando mais eficientes o trabalho da instituição como um todo, uma vez que todos os esforços são realizados em direção a objetivos comuns. Além disso, conforme identificado nas entrevistas, esses objetivos prédeclarados apresentam ao avaliador a medida mínima de sucesso para a instituição (conceito 3). Diante desses objetivos, instituições que apresentam resultados superiores aos estabelecidos podem alcançar conceitos mais elevados. Quanto menos claros e específicos os objetivos estabelecidos no PDI, mais difícil a avaliação, que se torna mais sujeita à subjetividade do avaliador. Objetivos claros permitem aos profissionais de inteligência e TI construírem visualizações que incluam esses objetivos como parte das informações apresentadas, tornando ainda mais evidente o progresso da instituição frente aos seus objetivos. Aliados a técnicas de projeção de resultados, como linhas de tendência e outras técnicas semelhantes, o gestor pode perceber se está caminhando para não alcançar seus objetivos, alcançá-los ou excedê-los, que, do ponto de vista da avaliação do SINAES é a situação desejada. 155 Outra prática importante para as IES é a implantação de ciclos contínuos e frequentes de autoavaliação. Processos de sensoriamento e percepção bem implantados e auxiliados pela TI aceleram a coleta e análise de dados, e permitem ciclos mais frequentes de avaliação. Com isso, IES podem realizar um maior número de ajustes em sua conduta, seus planos ou objetivos. Esses ajustes, quando bem concebidos e implantados, podem garantir que a IES alcance a conceituação almejada. Finalmente, IES reúnem em seu quadro de funcionários profissionais altamente capacitados em diversas áreas do conhecimento. Esse capital intelectual, se efetivamente combinado em prol de objetivos comuns, possui um imenso potencial para inovação. IES necessitam encontrar meios de somar esse capital intelectual à gestão da IES, e com isso encontrar novos e criativos meios de trabalhar os problemas cotidianos, e, com isso, revelar as inovações que podem levar ao desenvolvimento das vantagens competitivas que lhes destacarão no mercado de serviços educacionais. Aqui também as TICs têm um papel central, pois podem conectar as pessoas de diversas formas, distribuindo entre os interessados tanto as visualizações, relatórios e dashboards produzidos pelos sistemas de BI, quanto análises, observações ou opiniões desses indivíduos. Da intersecção dessas avaliações nascem as ideias que levam às inovações. 156 12 CONCLUSÃO Instituições de ensino superior brasileiras, particularmente aquelas do setor privado, vêm sofrendo constantes pressões competitivas de várias origens, como o aumento do número de competidores, mudanças nas demandas de qualidade mínima das agências governamentais reguladoras ou pressões internas, como o problema crônico da evasão. Para que possam se destacar nesse ambiente competitivo hostil, IES precisam aprimorar suas operações, tanto em seu modelo de gestão quanto na maneira com que se relacionam com seus clientes. A partir do conhecimento mais profundo de sua operação, e das necessidades e desejos de sua clientela, que são seus alunos, a IES pode melhorar processos, criar produtos e desenvolver laços com seus alunos que vão além do relacionamento mercantil. Para que conheçam melhor seus clientes as IES precisam de informação. O ciclo de inteligência de Choo (2002) apresenta uma estrutura na qual IES podem construir seus processos de inteligência, que envolve a coleta, análise dos dados, a tomada de decisão e a ação, pautadas nas estruturas e regras da instituição. Em IES de médio e grande porte a execução do ciclo de inteligência seria praticamente inviável sem o auxilio da TI. A TI permite à instituição capturar e processar o grande volume de dados gerados pela sua operação diária, e sumarizar esses dados de forma que possam ser utilizados eficientemente para a tomada de decisão. A TI também oferece às IES ferramentas que auxiliam e enriquecem a capacidade do gestor de perceber e compreender sua situação atual. Entre essas ferramentas estão os sistemas de BI e a mineração de dados. Sistemas de BI permitem à organização entender sua situação em um contexto histórico, com visualizações, gráficos e relatórios que oferecem uma interação rica e diferenciada com o dado. Essas interações oferecem oportunidades ao gestor de desenvolver insights que seriam mais dificilmente desenvolvidos pela análise de relatórios tradicionais. 157 A mineração de dados é outra ferramenta de inteligência que promove a compreensão da realidade da instituição, por meio da descoberta de padrões em grandes volumes de dados, que seriam dificilmente percebidas sem o uso desse recurso. A mineração de dados trás à instituição, entre outros benefícios, a capacidade de realizar projeções futuras, permitindo ações no presente que venham a mitigar desvios de curso prognosticados. Esta dissertação demonstrou, de maneira pragmática, como o ciclo de inteligência pode ser utilizado por instituições de ensino superior privadas de médio porte, que tenham por objetivo melhorar sua qualidade de ensino por meio do uso da informação apoiada por ferramentas de TI. Tomando por base as exigências do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) do MEC, a dissertação mostra, por meio das análises realizadas e dos estudos de caso apresentados, passos concretos que a instituição pode tomar para implantar o ciclo de inteligência Choo (2002) e utilizar ferramentas de BI e KDD para compreender sua situação presente, prognosticar situações futuras, e tomar decisões que orientem seu curso em direção aos objetivos estabelecidos em seu planejamento estratégico. Espera-se que a implantação de um processo de inteligência bem concebido, pautado nas regras estabelecidas pelas agências reguladoras, aliado ao uso de ferramentas de TI tragam melhorias na qualidade do ensino e na conceituação da instituição. Essas melhorias passam, necessariamente, por ciclos mais curtos de autoavaliação, auxiliado por ferramentas que permitam o rápido processamento, análise e compreensão da situação da instituição. IES capazes de implantar essas mudanças poderão, finalmente, realizar os benefícios almejados. 158 REFERÊNCIAS ACKERMAN, Mark S. Augmenting the Organizational Memory: A Field Study of Answer Garden. Proceedings of the 1994 ACM conference on Computer supported cooperative work, p.243-252, Chapel Hill, 1994. AKGÜN, Ali E.; BYRNE, John; KESKIN, Halit. Organizational Intelligence: a structuration view. Journal of Organizational Change Management, Bingley, v. 20, n. 3, p. 272-289, 2007. BALANIUK, R.; PRADO, H. A.; GUADAGNIN, R.; FERNEDA, E.; COBBE, P.R. Predicting Evasion Candidates in Higher Education Institutions. Lecture Notes in Computer Science, v. 6918, p. 143-151, 2011 BEAL, Adriana. Gestão Estratégica da Informação. São Paulo: Atlas, 2004. BERGAMO, F.; FARAH, O. E.; GIULIANI, A. C.: A Lealdade e a Educação Superior: ferramenta estratégica para a retenção de clientes. Revista Gerenciais, v. 6, n. 1 p 55-62 , São Paulo, 2007 BOUCKAERT, R. R.; et al. Weka Manual for Version 3-6-2. 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