É uma paralisia flácida de instalação aguda secundária ao envolvimento do Sistema Nervoso Periférico (SNP)” A forma mais comum da SGB é a polineuropatia inflamatória desmielinizante aguda, que é uma doença auto-imune do SNP acometendo a bainha de mielina. Imagem: http://angelsnutriclin.blogspot.com/2008/12/sindrome-de-guillain-barr-voc-sabeo.html Imagem: http://exercisemenu.com/exercisedoc/2011/02/how-to-perform-a-physicalexam-for-guillain-barre-syndrome/ http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Bainha+De+Mielina&lang=3 E está associada ao aumento das proteínas no líquido cefalorraquidiano (LCR) e celularidade preservada (disssociação proteinocitológica) Imagem: http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=prote%C3%ADnas+do+l %C3%ADquido+c%C3%A9falorraquidiano&lang=3 Incidência anual de 1-4 casos por 100 mil habitantes Acomete indivíduos de qualquer idade porém com picos de maior incidência entre idades de 20 e 40 anos. Estudos epidemiológicos não detectam variações sazonais Infecções virais (citomegalovirus, virus Epstein Barr) Infecções (Campylobacter jejuni) Imunizações Linfomas LES bacterianas Evolução subaguda A maioria dos pacientes percebe inicialmente a doença através de parestesias nas extremidades distais dos membros inferiores e, em seguida, superiores Dor neuropática lombar ou nas pernas pode ser vista em pelo menos 50% dos casos Fraqueza progressiva é o sinal mais perceptível ao paciente, ocorrendo: membros inferiores, braços, tronco, cabeça e pescoço Fraqueza motora progressiva que envolve todo sistema nervos periferico incluindo músculos respiratorios A progressão da fraqueza pode ocorrer por um período de até 4 semanas • 2 a 3% recorrência • 2 a 5% óbito • 20% seqüela residual no período de um ano • 5% muito incapacitados • A progressão pode envolver paralisia total ou parcial O objetivo básico do tratamento é interferir nas respostas imunitárias que produzem disfunções e danos estruturais ao SNP, evitando seqüelas e complicações • Disautonomia • Insuficiência respiratória e suas conseqüências • Plasmaférese • Imunoglobulina humana hiperimune endovenosa (IgIV) • Iniciado o mais precoce possível a partir do diagnóstico: O tempo ideal é a primeira semana • Apoio psicólogico • Suporte familiar • Cuidados de enfermagem • Fisioterapia motora e respiratória • Prevenção de trombose venosa profunda e embolia pulmonar • Suporte nutricional • Proteção gástrica • Prevenção de arritmias cardíacas • Hipotensão arterial • Profilaxia de infecção urinária • Alívio da dor É importante saber identificar as alterações respiratórias que indicam a necessidade de intervenção, no sentido de prevenir situações emergenciais, que possam por em risco a vida do paciente com a SGB.” “Dispnéia em repouso é uma queixa grave”. Paresia ou paralisia do diafrágma, da musculatura intercostal e da musculatura invervada por nervos cranianos (IX, X, XI, XII) • Insuficiência para eliminar secreções • perda da capacidade para suspirar • hipoventilação (mais atelectasia) • comunicação arteriovenosa • hipoventilação franca • hipercapnia • Estabilidade das condições hemodinâmicas • Respiração espontânea com gasometria normal I. Mantém respirações efetivas e uma limpeza das vias aéreas eficaz; a)mantem sons respiratórios normais a ausculta; b)demonstra melhoras graduais na função respiratoria. II. Evidencia mobilidade crescente; a)recupera o uso das extremidades; b)participa do programa de reabilitação; c)não demonstra contraturas e evidencia atrofia muscular mínima. IV. Recebe nutrição e hidratação adequadas; a)consome uma dieta adequada para atender as necessidades nutricionais; b)deglute sem aspiração. V. Demonstra a recuperação da fala; a)consegue comunicar as necessidades por estratégias alternativas; b) pratica exercicios recomendados VI. Demonstra a redução do medo e da ansiedade; VII. Ausência de complicações; a) respira espontaneamente; b)tem capacidade vital dentro dos limites normais; c)apresenta gases arteriais e oximetria de pulso normais ACIDENTE VASCULAR ENCEFÂLICO (AVE) AVE ISQUÊMICO AVE HEMORRÂGICO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO O acidente vascular encefálico ou cerebral é a interrupção súbita do suprimento de sangue com nutrientes e oxigênio para o cérebro; A falta ou restrição de irrigação sanguínea ao cérebro pode provocar lesão celular e alterações nas funções neurológicas (motora, sensitiva, mental, perceptiva, da linguagem), o quadro neurológico destas alterações variam muito em função do local e extensão exata da lesão. O FLUXO DE SANGUE PARA O CÉREBRO O Cérebro recebe 15% do fluxo do corpo; Por não apresentar reserva de energia ou nutrientes, o cérebro necessita de suprimento sanguíneo constante. Se o fluxo de sangue é obstruído, as células deixam de funcionar adequadamente, as funções do cérebro são afetadas, as células nervosas são lesadas, o que pode resultar em graves consequências. Há dois tipos de AVE, o isquêmico e o hemorrágico. AVE ISQUÊMICO Representa até 84% dos casos; Resulta da obstrução de vasos sanguíneos, normalmente artérias que suprem o cérebro, localizados nas proximidades ou dentro do crânio, causando um infarto cerebral, por falta de irrigação sanguínea. Vaso cerebral obstruído Infarto cerebral AVE ISQUÊMICO A etiologia pode ser trombótica, quando deriva de arteriosclerose das artérias cerebrais (ocorre comumente na bifurcação das artérias carótidas no pescoço); Ou causada por embolia, que é a obstrução de um vaso por fragmentos de trombos ou gordura de outras partes do corpo. Arteriosclerose em vaso cerebral AVE HEMORRÁGICO É o resultado de uma hemorragia dentro do crânio, no cérebro ou em volta dele; Ocorre em 16% dos casos; Embora menos comum apresenta maior mortalidade; Há dois tipos de derrame hemorrágico, intracerebral e a hemorragia subaracnóidea. Vaso cerebral rompido Aneurisma cerebral Hemorragia intracerebral AVE HEMORRÁGICO Hemorragia intracerebral Hemorragia Intracerebral: Sangramento no tecido cerebral, causado por hipertensão ou defeitos nos vasos sanguíneos; Hemorragia Subaracnóidea: Sangramento no espaço em volta do cérebro, causado normalmente por ruptura de um aneurisma cerebral. Aneurisma cerebral CLIENTES ACOMETIDOS Representam até 70% das doenças neurológicas em idosos, sendo mais comum em pacientes com hipertensão arterial e diabetes mal controladas. No entanto, pode ocorrer em pessoas de todas as idades. FATORES DE RISCO NÃO MODIFICÁVEIS História familiar Doença cardíaca, hipertensão e diabete Idade Chance de derrame duplica após os 55 anos Gênero A incidência é muito maior em homens que em mulheres Raça Incidência aumentada na raça negra SINTOMAS Perda de sensibilidade; Perda de força muscular na metade do corpo (hemiplegia); Perda da consciência; Formigamentos; Dor de cabeça intensa e súbita; Náuseas e vómitos; Perda da coordenação motora e equilíbrio; Incapacidade para falar; Divergência súbita dos olhos para uma direção; Dificuldades para respirar, estupor e coma. SEQUELAS Demência, ocorrendo com frequência alterações de memória, raciocínio e atenção; Alterações comportamentais, depressão e limitação física para atividades de vida diária; 20% precisam de ajuda para caminharem; 70% têm alterações na capacidade de falar. ATIVIDADE FÍSICA Deve-se consultar o médico antes de iniciar qualquer atividade física; 30 a 60 minutos de caminhada 3 a 4 vezes por semana reduz a chance de você sofrer um AVE. HIPERTENSÃO ARTERIAL É o principal fator associado aos casos de AVE; Causa os dois tipos de derrame: o isquêmico e o hemorrágico; Dieta balanceada, manutenção do peso e exercícios ajudam a controlar a pressão arterial; O uso de medicamentos é seguro e eficiente. DIABETES MELLITUS Diabetes e outros distúrbios metabólicos aumentam as chances de ocorrer um AVE; Controle da glicemia e acompanhamento médico são recomendados. TABAGISMO Não fumar tem grande importância na prevenção do AVE; O hábito de fumar cigarros dobra o risco de uma pessoa ter um AVE; Orientação médica pode ajudar a abandonar o tabagismo; BEBIDAS ALCOÓLICAS A interrupção do uso de bebidas alcoólicas diminui o risco de AVE; Orientação médica e grupos de apoio podem ser necessários em alguns casos; OBESIDADE A obesidade tanto central quanto geral aumentam as chances de AVE; Ganho acelerado de peso também tem um efeito significativo no desencadeamento de derrame cerebral; COLESTEROL O controle dos níveis de colesterol é importante para evitar o surgimento ou a progressão de arteriosclerose, fator desencadeante de AVE isquêmico; Dieta adequada e até medicações específicas podem ser necessárias; MEDICAMENTOS Indicados para grupos específicos que apresentam doenças cardíacas ou derrames prévios; O uso de medicações como o ácido acetilsalicílico resulta em redução na recorrência dos AVE isquêmicos, pois diminui a formação de trombos. CIRURGIA Em casos de estenose de carótidas está indicada uma operação chamada endarterectomia, com o objetivo de ampliar a luz do vaso e aumentar o fluxo de sangue para o cérebro; Outra opção de tratamento é a colocação de uma mola dilatadora dentro da artéria (stent); As duas técnicas são seguras e eficientes. AVE É UMA EMERGÊNCIA Apresentando algum dos sintomas já citados, você deve procurar o hospital com urgência; Em casos de AVE isquêmicos, com menos de três horas, existe tratamento que pode prevenir muitas sequelas; Em caso de ruptura de aneurisma cerebral (AVE hemorrágico) o tratamento neurocirúrgico é de extrema urgência. Meningites são processos agudos que comprometem as leptomeninges (piamáter e aracnóide), ocasionando reação inflamatória do espaço subaracnóide e das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal, sendo esta reação detectada no líquido céfalo-raquidiano (LCR). Os principais agentes das meningites são bactérias e vírus. Colonização da nasofaringe Translocação para a corrente sanguínea Sobrevida intravascular do microorganismo Bacteremia Invasão do SNC e Multiplicação no LCR Desencadeamento da doença Obnubilação Torpor Coma Para pesquisar o sinal de Kernig, com o paciente em decúbito dorsal, o examinador flete a coxa do paciente sobre o quadril em 90 graus e em seguida procura estender a perna sobre a coxa. Se há irritação radicular nota-se contratura dos músculos posteriores da coxa que causa dor e impede a conclusão da manobra. Para pesquisar o sinal de Brudzinski, o examinador tenta elevar a cabeça do paciente fletindo-a sobre o peito. O paciente flete involuntariamente as coxas. Exame diagnóstico Indicação Frequência LCR Quimiocitológico: citologia, proteína e glicose Látex para pneumococo, meningococos (A, B e C) e H. influenzae B Bacterioscopia Cultura com antibiograma Suspeita diagnóstica Início, antes de iniciar antibioticoterapia. · Se quadro clínico evolutivo for desfavorável e quadro laboratorial não permite diagnóstico etiológico (viral ou bacteriano), na ausência de antibioticoterapia, repetir após 12 a 24 hs. · Não repetir se evolução clínica for favorável. · Se < 2 meses, fazer controle com 48 a 72 horas e por ocasião da alta. Hemograma Hemocultura Suspeita de doença bacteriana e na presença de petéquias ou sufusões hemorrágicas · Antes de iniciar antibioticoterapia PCR Suspeita de quadro infeccioso grave ·Se necessário Exame diagnóstico Indicação Frequência Glicemia e proteinas séricas · Suspeita diagnóstica – para comparar com resultados do LCR · Antes da coleta de LCR Gasometria arterial · Suspeita de distúrbios ácidobásicos · Suspeita de comprometimento pulmonar Se necessário Sódio, potássio e cloro Suspeita de distúrbios metabólicos (desidratação, insuficiência adrenal, secreção inapropriada de hormônio antidiurético) Uréia e cretinina Suspeita de comprometimento da função renal Se necessário Tomografia de crânio Suspeita de complicações: crises convulsivas / sinais neurológicos localizotórios / midríase . Se necessário Se necessário Tipo de intervenção terapêutica Indicação / frequência / duração Meningite Viral sem Desidratação (estado geral preservado) Antitérmico Analgésico Orientar reavaliação médica em 24 a 36 horas. Meningite Viral com Desidratação • Hidratatação: SF ou SF/SG5% - 20 a 50 ml/kg, EV, em 1 hora, se necessário. • Alta hospitalar quando com boa aceitação alimentar e melhora dos sintomas. • Orientar reavaliação médica em 24 a 36 horas. Meningite Bacteriana Sem desidratação • Internação • Dexametasona - 0,15 mg/kg/dose, EV, 6/6hs, 48 horas. Iniciar antes 1ª dose de antibioticoterapia, se criança > 6 semanas de vida • Antibioticoterapia na dependência da faixa etária • Duração da antibioticoterapia: depende de agente, evolução e faixa etária. Etiologia Indeterminada > 3 meses • Ceftriaxona – 100 mg/kg/dia, IM ou EV, 12/12horas ou 1x/dia, 10 a 14 dias. • Reavaliar com resultado da cultura e antibiograma Etiologia Indeterminada em paciente imunodeficiente Ampicilina – 300 a 400 mg/kg/dia, EV, 6/6horas, associado a • Ceftriaxona – 100 mg/kg/dia, IM ou EV, 12/12horas ou 1x/dia, 10 a 14 dias e •Se necessário associar com vancomicina • Reavaliar com resultado da cultura e antibiograma Meningocócica Pneumocócica H. influenzae B • Penicilina cristalina – 100.000 U/Kg/dia, EV, 4/4 hs, por 7 dias e, se não fez uso prévio, usar uma dose de Ceftriaxona – 100 mg/Kg, IM ou EV, no 7º dia. • Penicilina cristalina – 300.000 a 400.000 U/Kg/dia, EV, 4/4 hs, por 14 a 21 dias. • Se for resistente a oxacilina mas sensível a ampicilina, usar Ceftriaxona – 100 mg/Kg/dia, EV ou IM, por 14 a 21 dias. • Se for resistente a oxacilina e a ampicilina, usar Vancomicina – 60 mg/Kg/dia, EV, 6/6 hs, por 14 a 21 dias. • Ceftriaxona – 100 mg/kg/dia, EV, 12/12 hs até Isolamento respiratório para gotículas : 1. Quarto privativo ou coorte de pacientes com o mesmo agente etiológico. Distância mínima entre dois pacientes > 1 metro. . 2. Máscara se houver aproximação ao paciente, numa distancia < um metro. São recomendadas para todas as vezes que os profissionais, visitantes e acompanhantes entrarem no quarto. 3. Transporte dos pacientes deve ser limitado ao mínimo indispensável. Quando for necessário, o paciente deve usar máscara. 1. Assegurar a qualidade da assistência de enfermagem. 2. Diminuir o tempo de hospitalização. 3. Garantir ao paciente o tratamento adequado. 4. Promover conforto e segurança ao paciente. 5. Trabalhar junto à equipe de saúde, buscando melhora do quadro clínico. 1. Acomodar confortavelmente o indivíduo 2. Administrar medicação analgésica; 3. Auxiliar no diagnóstico laboratorial (coleta do LCR); 4. Observar sinais de complicações (aumento da dor alteração no nível de consciência); 5. Instalar hidratação venosa e atentar para o gotejamento; 6. Monitorizar os SSVV; 7. Auxiliar nas atividades de autocuidado; 8. Realizar controle hídrico; 9. Observar sinais de desidratação; 10.Manter pele hidratada; 11.Orientar a família quanto a patologia (transmissão, tratamento, profilaxia); 12.Fazer notificação compulsória as autoridades sanitárias; 13.Participar de programas de controle epidemiológico da meningite; 14.Realizar educação para a saúde através de palestras a comunidade. 15.Prevenir complicações associadas à imobilidade, tais como pneumonia e ulceras por pressão. 1. Estabilidade hemodinâmica; 2. Diminuição ou desaparecimento da dor; 3. Programa de reabilitação; 4. Diminuição da ansiedade relacionada à doença; 5. Compreensão do paciente e família sobre o processo da doença, seus efeitos e tratamento. 1.Veronesi,R;Focaccia,R.Tratado de infectologia.2ed.SãoPaulo:Atheneu,2004. 2. Brunner e Suddarth. Tratado de Enfermagem Médico-Cirurgica. Decima Primeira Edição. Vol. 4. Guanabara Koogan. P. 1940-1942. Rio de Janeiro, 2009. 3.Ray A.H.H. Enfermagem Médico-Cirúrgica. Segunda Edição. Guanabara Koogan. P. 311.Rio de Janeiro, 1998. 4) CVE – Manual de Vigilância Epidemiológica: Doença Meningocócica – Normas e Instruções; 1995. 5) Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória.-. Meningite Meningocócica; junho 2001. 6) FarhatCK: .Meningites Bacterianas. In: Farhat CK, Carvalho ES, Carvalho LHFR, Succi RCM (Eds): Infectologia Pediátrica. Ed Atheneu, 1999: 89-104. 7) Gilbert DN, Moellering Jr RC, Sande MA: The Sanfort - Guia para Terapia Antimicrobiana, 20ª ed. Ed.Publ.Cient, 1999: 4-6. 8) Hidalgo NTR, Barbosa HÁ, Silva CR, Gonçalves MI: Meningites: Manual de Instruções. CVE, revisão janeiro de 2001. 9) Kirsch EA, Barton PR, Kitchen L et al: Pathophysiology, treatment and outcome of meningoccemia: a review and recent experience. Ped Infect Dis J, 15: 967-79; 1996. 10) McIntyre PB, Berkey CS, King SM et al: Dexamethasone as Adjunctive Therapy in Bacterial Meningitis. 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