Entenda o que é Acidente Vascular Encefálico AVE (Derrame

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Entenda o que é Acidente Vascular Encefálico AVE (Derrame Cerebral, ou AVC),
seus Sintomas e Fatores de Riscos.
Resumo
O Acidente Vascular Encefálico AVE pode ser isquêmico (quando se falta sangue no
local afetado) ou Hemorrágico (quando há um extravasamento de sangue no local
afetado). O AVE é uma das principais causas de morte no Brasil tanto em homens
quanto mulheres, segundo o Ministério da Saúde. Seus sintomas variam desde a
dificuldade de falar até mesmo a perda da consciência. Os fatores de riscos estão
relacionados a diabetes, hipertensão e etc.
Abstract
The cerebrovascular accident can be ischemic CVA (when affected area is lacking in
the blood) or hemorrhagic (when there is a blood leak in the affected area). The CVA
is a leading cause of death in Brazil in both men and women, according to the
Ministry of Health. Its symptoms range from difficulty speaking even loss of
consciousness. The risk factors are related to diabetes, hypertension, etc.
Referencial Teórico
Cerca de 70.000 brasileiros morrem por ano vítimas de acidente vascular encefálico
(AVE). Trata-se da principal causa de morte no país, tanto entre homens quanto
entre mulheres, segundo o Ministério da Saúde.
A doença é caracterizada pela falta de irrigação sanguínea numa parte do cérebro.
Sem sangue, os neurônios presentes na região afetada não têm acesso a nutrientes
e ao oxigênio — e podem morrer. "A gravidade do AVE depende da localização e do
tamanho da área afetada. Isso explica por que a doença causa desde sintomas
leves até sequelas definitivas ou óbito", diz Caio Focássio, cirurgião vascular da
Santa Casa de São Paulo.
O derrame costuma ser de dois tipos: isquêmico, correspondente a cerca de 80%
dos casos, e hemorrágico, responsável por aproximadamente 20% deles. No caso
do AVE isquêmico, ou AVE I, o agente é um coágulo, que, oriundo de diferentes
causas (como trombose, hipertensão e colesterol alto), obstrui um vaso que leva o
sangue do coração para o cérebro — uma artéria. Já o AVE hemorrágico, ou AVE H,
ocorre quando alguma artéria se rompe, desencadeando uma hemorragia cerebral.
Sintomas — Nas duas versões, os sintomas são os mesmos: dificuldade para falar,
dormência de um lado do corpo, fraqueza, visão dupla e desequilíbrio. Diante
desses sinais, é preciso levar o paciente ao pronto-socorro o mais rápido possível.
No hospital, a pessoa será submetida a exames de imagem — ressonância ou
tomografia — para diagnosticar o tipo do derrame. No caso do isquêmico, o
procedimento de desbloqueio da passagem sanguínea, chamado trombólise, pode
ser feito, em média, até quatro horas depois do acidente. Já o hemorrágico, mais
difícil de ser tratado, requer, a depender da gravidade, uma operação para drenar o
hematoma.
Fatores de risco — Segundo o estudo internacional Interstroke, realizado em 22
países, entre eles o Brasil, e publicado em 2010, 90% dos casos são associados a
fatores de risco evitáveis. São eles: hipertensão, diabetes, sedentarismo, colesterol
alto, obesidade, tabagismo, abuso de álcool, problemas cardiovasculares e dietas
ricas em gordura e em sal. Os outros 10% podem estar relacionados à genética,
idade (segundo a Associação Americana de AVE, a probabilidade de uma pessoa
ter um derrame dobra a cada década depois dos 55 anos) e etnia (negros e orientais
são mais predispostos à hipertensão, o que facilita o AVE).
Há pouca diferença entre os fatores de risco relacionados ao sexo. "Se a mulher não
é tabagista, usuária de anticoncepcionais e vítima de enxaquecas com aura, seu
risco não é mais elevado que o do homem", diz Antonio Cezar Galvão, neurologista
do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, em São Paulo.
A incidência da doença, porém, muda de acordo com o avanço da idade. "O AVC é
um pouco mais prevalente em homens até os 75 anos. Como as mulheres vivem
mais que os homens, e a idade é um fator de risco para a doença, elas apresentam
uma probabilidade mais elevada de ter derrame", explica Adriana Conforto,
neurologista chefe do Grupo de Doenças Cerebrovasculares do Hospital das
Clínicas, em São Paulo. O AVE afeta uma em cada cinco mulheres e um em cada
seis homens.
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