Diretoria de Administração Departamento de Administração Financeira Demonstrações Financeiras 30 de junho de 2004 BANCO CENTRAL DO BRASIL BALANÇO PATRIMONIAL - EM 30 DE JUNHO (Em milhares de reais) ATIVO 2004 2003 PASSIVO 2004 2003 511.588.524 489.888.682 472.234.481 458.902.947 EXTERNO (Nota 4) 188.601.593 161.442.149 EXTERNO (Nota 4) 130.539.218 125.707.267 Operações da Área Externa 188.636.594 161.473.773 Obrigações em Moedas Estrangeiras 106.956.682 109.318.912 14.289.646 12.513.503 CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO (35.001) (31.624) CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) INTERNO 322.986.931 328.446.533 Depósitos de Organismos Financeiros Internacionais Demais Contas Operações 301.487.711 300.026.364 INTERNO - Títulos Públicos Federais (Nota 5) - Títulos Vinculados a Garantias de Operações de Swap (Nota 5) 258.346.977 270.440.415 10.144.064 28.717.478 32.803.958 - Operações Compromissadas - Livre Movimentação (Nota 5) - Operações com Títulos - Compromissos de Revenda (Nota 5) - Operações com Derivativos (Nota 6) 9.292.890 3.874.852 341.695.263 333.195.680 Depósitos de Instituições Financeiras (Nota 10) 80.490.868 78.939.693 - Reservas Bancárias - Depósitos à Vista 21.346.651 25.039.366 - - Reservas Bancárias - Depósitos de Poupança 29.505.080 27.366.650 170.701 - - Reservas Bancárias - Depósitos Judiciais 21.926 825.586 8.336 14.521.164 - Reservas Bancárias - Depósitos a Prazo 25.701.608 23.951.393 - Reservas Bancárias - Exigibilidade Adicional 28.702.320 25.475.179 2.556.439 1.527.661 85 42.885 Outros Créditos 20.951.211 27.773.728 - Direcionamento de Recursos do SBPE - Créditos a Receber (Nota 7.a) 24.073.167 26.511.091 - Demais Contas - (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) (Nota 7.a) (5.246.344) (7.542.387) - (Recolhimento em Títulos Públicos Federais) (28.266.383) (40.000.218) 1.864.752 1.505.732 Outros Depósitos 138.910.357 130.010.089 425.132 913.361 - Depósitos à Ordem do Governo Federal (Nota 9.a) 138.874.187 129.975.699 (178.254) (160.745) 2.320.245 2.559.208 - Outras Operações - Recursos Administrados pela Centrus (Nota 8.a) - Títulos a Receber (Nota 7.b) - (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) (Nota 7.b) - Depósitos Vinculados em Garantia de Operações (Nota 11) 936.817 - 6.533.445 12.758 13.231 548.009 646.441 Outras Exigibilidades 120.623.265 122.501.696 - 598.050 - Notas do Banco Central - NBC (Nota 5) 24.313.747 36.900.500 - Créditos com o PSS (Nota 9.d) 297.845 - - Operações com Títulos - Compromissos de Recompra (Nota 5) 90.710.984 60.088.112 - Remuneração dos Depósitos do Governo Federal - a Transferir (Nota 9.b) 116.512 - - Operações com Derivativos (Nota 6) - Demais Contas 133.652 48.391 14.696.152 13.062.700 - (Depósitos Vinculados à Interposição de Recursos) (Nota 12.a) INVESTIMENTOS 13.913.572 12.290.251 - Sentenças Judiciais - Precatórios a Pagar (Nota 12.b) Quotas de Capital de Organismos Financ. Internacionais 13.913.572 12.290.251 - Demais Contas - Fundo Monetário Internacional-FMI 13.802.111 12.187.239 Outras Contas - Crédito a ser Coberto pelo Tesouro Nacional (Nota 9.c) - Demais Créditos Outras Contas - Acerto de Contribuições - Lei 9.650 (Nota 9.d) PERMANENTE - Demais Contas - (Recolhimento em Títulos Públicos Federais) 600.141 2.456.104 24.185.980 - Provisão para Ações Judiciais em Andamento (Nota 12.a) 2.505.928 111.461 103.012 - Outras Obrigações Registradas em Moeda Estrangeiras 782.580 772.449 - Acerto de Contribuições - Lei 9.650 (Nota 9.d) Bens Móveis 175.922 178.471 Bens Imóveis 700.661 774.285 60 60 (94.063) (180.367) (As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras) 440.274 468.369 36.700 33.093 1.670.773 1.744.202 27.778 243.307 - Remuneração dos Depósitos do Governo Federal, a Transferir (Nota 9.b) 512.476 452.107 - Valores a Pagar - Centrus (Nota 8.b) 860.960 768.199 - Provisão Para Passivo Atuarial (Nota 8.c) 171.798 184.409 95.484 68.402 46.645.619 38.798.575 - Demais Contas 7.404.576 5.249.860 Patrimônio 2.576.356 2.576.356 Reservas para Contingências 4.327.548 2.193.946 500.672 479.558 526.284.676 502.951.382 Reserva de Reavaliação 502.951.382 (406.063) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 14) 526.284.676 631.564 (406.063) 30.055 MEIO CIRCULANTE (Nota 13) TOTAL 34.384 (2.559.202) - Resultado a Transferir ao Tesouro Nacional (Nota 9.c) IMOBILIZADO (Depreciação Acumulada) (2.320.234) 565.591 - Banco de Compensações Internacionais - BIS Bens Intangíveis 36.159 1.058.498 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO Em milhares de reais 1º SEM/2004 1º SEM/2003 77.144.847 49.718.626 25.650.350 370 346.815 4.138 1.393.370 31.178 158.217.984 108.009.377 44.037.699 1.380 819.611 2.733.451 2.589.552 26.914 (75.679.191) (37.247.571) (23.002.294) (3.108.892) (11.624.118) (56.975) (507.101) (132.240) (131.941.980) (69.222.673) (49.221.146) (4.459.023) (21.805) (7.290.975) (1.153.351) (453.029) (119.978) RESULTADO OPERACIONAL 1.465.656 26.276.004 RECEITAS NÃO OPERACIONAIS Correção Cambial de Quotas Remun. dos Créditos Administrados pela Centrus (Nota 8.a) Repasse Recebido do Tesouro Nacional Acréscimo Patrimonial - Anulação de Despesa (Nota 8.a) Outras 2.118.929 1.173.199 246.662 279.558 220.027 199.483 1.468.413 944.099 173.423 262.758 88.133 RECEITAS OPERACIONAIS Operações - Mercado Aberto (Nota 5 e 6) Operações da Área Externa (Nota 4) Operações da Área Bancária Créditos e Títulos a Receber (Nota 7) Operações com o Tesouro Nacional (Nota 9) Reversão e Correção Cambial de Provisões (Nota 7.a) Outras DESPESAS OPERACIONAIS Operações - Mercado Aberto (Nota 5 e 6) Operações da Área Externa (Nota 4) Operações da Área Bancária (Nota 10) Créditos e Títulos a Receber (Nota 7) Operações com o Tesouro Nacional (Nota 9) Constituição e Correção Monetária/Cambial de Provisões Administrativas Outras DESPESAS NÃO OPERACIONAIS Correção Cambial de Quotas Encargos - Centrus (Nota 8.b) Provisão p/ Perdas Judiciais (Nota 12.a) Sentenças Judiciais - Precatórios (Nota 12.b) Dívida Ativa (Nota 7.a) Outras (788.885) (368.391) (80.155) (78.438) (13.781) (210.254) (37.866) (3.562.623) (3.279.420) (71.812) (90.588) (49.419) (53.379) (18.005) RESULTADO NÃO OPERACIONAL 1.330.044 (2.094.210) RESULTADO NO PERÍODO 2.795.700 24.181.794 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Em milhares de reais PATRIMÔNIO RESERVAS PARA CONTINGÊNCIAS RESERVA DE REAVALIAÇÃO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.576.356 2.193.946 479.558 5.249.860 Constituição - 1.784.140 14.166 1.798.306 Reversão/Baixa - - 2.576.356 3.978.086 489.660 7.044.102 Constituição - 349.462 20.878 370.340 Reversão/Baixa - - 2.576.356 4.327.548 Saldo em 30 de junho de 2003 Saldo em 31 de dezembro de 2003 Saldo em 30 de junho de 2004 (As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras) (4.064) (9.866) 500.672 (4.064) (9.866) 7.404.576 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 3 (Em milhares de Reais) Nota 1 – O BANCO E SUAS ATRIBUIÇÕES O Banco Central do Brasil, autarquia federal integrante do sistema financeiro nacional, foi criado em 31.12.1964, com a promulgação da Lei 4.595, e tem a missão de assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez do sistema financeiro nacional. Nota 2 – APRESENTAÇÃO As demonstrações contábeis são elaboradas de acordo com a legislação aplicável ao Banco Central, com destaque para: a Lei 4.595/64, que estabelece competência ao Conselho Monetário Nacional - CMN para decidir sobre os balanços e balancetes do Banco Central e sobre o seu sistema de contabilidade, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União; a Medida Provisória 2.179-36, de 24 de agosto de 2001 e a Lei Complementar 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), que definem a forma de destinação do resultado do Banco. Essas normas requerem que o Banco Central apresente demonstrações financeiras semestrais em 30 de junho e 31 de dezembro. Com o objetivo de compatibilizar a contabilidade do Banco Central às melhores práticas internacionais, o CMN determinou ampla revisão da política contábil do Banco, que se iniciou com as demonstrações financeiras de 30.6.2002, e deverá estar concluída com a publicação do primeiro conjunto de demonstrações comparativas em dezembro de 2006. Nota 3 – PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Regime contábil: O regime contábil para apropriação de receitas e despesas é o de competência. b) Atualização cambial de ativos e passivos em moeda estrangeira: Os direitos e as obrigações em moedas estrangeiras estão ajustados às taxas cambiais vigentes na data do balanço, sendo utilizadas as cotações de compra para o ativo e de venda para o passivo. As principais cotações em reais são: Em 30 de junho 2004 Compra Venda Dólar norte-americano Euro Iene DES Ouro (grama) 3,1067 3,7874 0,0285 4,5460 38,5437 3,1075 3,7952 0,0286 4,5654 38,7184 2003 Compra Venda 2,8712 3,3040 0,0239 4,0141 31,6518 2,8720 3,3111 0,0240 4,0313 31,7963 O DES − Direito Especial de Saque é a unidade contábil utilizada pelo Fundo Monetário Internacional − FMI e tem sua taxa referenciada em uma cesta de moedas que são livremente utilizáveis em transações internacionais, atualmente o euro (ECU), o iene (JPY), a libra esterlina (GBP) e o dólar norte-americano (USD). c) Avaliação das operações com títulos em moeda estrangeira e com ouro: São registradas pelo custo de aquisição e avaliadas diariamente com base em cotações divulgadas pelos principais provedores internacionais de informações. d) Avaliação de títulos públicos federais: A carteira de títulos do Banco está classificada em "títulos mantidos até o vencimento" e "títulos para negociação". Os títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo custo de aquisição corrigido e os títulos para negociação são avaliados pelo valor de mercado, segundo os seguintes critérios: - Letras do Tesouro Nacional – LTNs, Notas do Tesouro Nacional Séries B, D e F - NTN-B, NTN-D e NTN-F e Letras Financeiras do Tesouro - LFTs: avaliadas pelos preços observados no mercado secundário e divulgados pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto - Andima; - Créditos Securitizados - CVS: avaliados pela taxa média das negociações de CVSA ocorridas no período de 1° de dezembro de 2003 a 31 de maio de 2004. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 4 (Em milhares de Reais) As Notas do Banco Central - NBC estão registradas pelo custo corrigido. e) Avaliação de derivativos: As operações de Swap são avaliadas pelo valor de mercado, conforme cotação divulgada pela Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F. As operações de Forward são avaliadas pelas cotações divulgadas pelo Banco Central (Ptax). f) Avaliação de outros ativos: Os ativos financeiros sem adequada liquidez estão avaliados pelo fluxo ajustado a valor presente, sendo os indexados a índices de preços ou à Taxa Referencial - TR descontados pelas taxas praticadas no mercado secundário de títulos de emissão do Tesouro Nacional de características semelhantes, ponderadas pelas quantidades negociadas. g) Provisão para créditos de liquidação duvidosa: Os critérios para a constituição e ajuste de provisões são os seguintes: - quando o crédito for julgado de difícil recebimento, a provisão é constituída pelo valor correspondente à diferença entre o valor contábil e aquele considerado passível de ser recebido; - quando fato superveniente tornar o valor de mercado menor, a provisão é constituída pelo valor correspondente à diferença entre o valor contábil e o praticado em mercado. Assim, as provisões relativas aos créditos com as instituições em liquidação extrajudicial são constituídas em função da diferença entre o valor da operação e o valor dos ativos totais dessas instituições, avaliados sempre que possível pelo valor de mercado, levando-se em consideração os passivos preferenciais em relação à posição do Banco Central. h) Depreciação: Os imóveis estão registrados pelo valor da reavaliação efetuada, em 2003, por peritos de acordo com a nota NBR 5676 – Avaliação de Imóveis Urbanos da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas e tendo em vista a idade aparente dos imóveis (Nota 14). Os bens móveis estão registrados pelo custo de aquisição. A depreciação é efetuada pelo método linear de acordo com os seguintes critérios: I) bens móveis: - equipamentos para informática, veículos e ferramentas: taxa anual de 20%; - demais equipamentos, instalações e materiais permanentes: taxa anual de 10%; - acervo do museu e obras de arte não são depreciados; II) bens imóveis (exceto terrenos): depreciação de 100% do valor do imóvel em 62,5 anos com taxa anual calculada em função da vida útil remanescente. Nota 4 – OPERAÇÕES DA ÁREA EXTERNA O Banco Central, como depositário das reservas oficiais de ouro, de moeda estrangeira e de Direitos Especiais de Saque, atua no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, da estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo para isso comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operações de crédito no exterior. Na administração dessas reservas, o Banco Central busca minimizar a exposição cambial do governo brasileiro mediante a alocação de suas aplicações de forma a realizar um hedge da dívida externa soberana de curto prazo. A distribuição das moedas é variável e se situa ao redor de 55% em dólares norte-americanos, 35% em euros e 10% em ienes. Refletindo um perfil conservador, típico de banco central, as reservas internacionais são aplicadas em um portfólio de maturidade baixa, com duração de cerca de um ano. Os investimentos em money-market (depósitos a prazo fixo e em curtíssimo prazo) são realizados com vencimento de até seis meses e as operações com títulos possuem duração média de 1,8 ano. As operações de Forward - compra de moeda estrangeira com prazo de liquidação superior a dois dias são utilizadas pelo Banco Central como meio de implementação de hedge e, também, como meio de operacionalização da estratégia ativa das reservas, com observância das condições estabelecidas pela Diretoria Colegiada. As operações compromissadas - operações de venda de títulos com compromisso de recompra (repo) e de compra com compromisso de revenda (reverse repo) - são realizadas objetivando a obtenção de rendimento com o NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 5 (Em milhares de Reais) diferencial de taxas sobre papéis que estejam demandados pelo mercado. Os títulos da dívida externa brasileira são negociados pelo Banco Central do Brasil como alternativa de investimento às reservas internacionais e como instrumento de gestão do passivo externo da República. O gerenciamento de risco dessas aplicações está concentrado na avaliação e no controle dos seguintes segmentos: a) risco de mercado - a gerência ativa das reservas internacionais é monitorada diariamente utilizando-se o conceito de Valor em Risco (VaR). O modelo utilizado para cálculo do VaR baseia-se no RiskMetrics, desenvolvido originalmente pelo JPMorgan, com nível de confiança de 95%. A Diretoria Colegiada autoriza desvios em relação ao portfólio de referência dentro do limite de VaR definido, de forma a aproveitar eventuais oportunidades de mercado. São realizados backtestings trimestrais, quando da apresentação do resultado à Diretoria, de forma a verificar a adequabilidade do modelo; b) risco de crédito – as aplicações do Banco obedecem a uma política clara e objetiva de limites de classificação de risco das instituições e de concentração máxima por contraparte. O rating mínimo atualmente autorizado é "A", de acordo com a classificação da Agência Moody's, e o limite máximo por contraparte varia em função do porte da instituição, limitado a um valor pré-determinado pela Diretoria Colegiada. Operações contratadas com instituições cuja classificação de risco seja inferior a "A" são realizadas com base em autorização específica da Diretoria Colegiada; c) risco de liquidez - existem limites para o montante máximo que pode ser adquirido de determinada emissão, bem como para o montante máximo que cada emissão possa ter no portfólio total, de maneira a garantir que os papéis adquiridos possam ser comercializados no mercado secundário com baixo custo; d) risco operacional - o Banco Central possui sistemas informatizados que permitem o acompanhamento de todas as fases da operação, da contratação à liquidação financeira. Além disso, é feito um controle diário dos limites operacionais e a Diretoria Colegiada é informada automaticamente caso algum dos limites autorizados seja superado. As seguintes operações da área externa também estão registradas na contabilidade do Banco: a) as obrigações com o Fundo Monetário Internacional - FMI decorrentes de: saques efetuados pelo governo brasileiro no âmbito dos programas de assistência financeira acordados; de alocações de Direito Especial de Saque - DES, que refletem a utilização de valores disponibilizados pelo Fundo aos países membros; e de depósitos que o Organismo mantém no País, representativos da quota de participação do Brasil; b) os depósitos de outros organismos financeiros internacionais: correspondentes às disponibilidades mantidas no Brasil por organismos multilaterais (principalmente BIRD e BID) com o objetivo de custear suas despesas administrativas e operacionais no País; c) o Plano Brasileiro de Financiamento – PBF: correspondente à parcela da dívida externa brasileira renegociada com bancos privados internacionais (Acordo MYDFA - 1988) e aos depósitos pendentes de acordo bilateral no âmbito do Clube de Paris; d) as operações em moeda estrangeira referentes ao Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos CCR firmado entre o Banco Central e os bancos centrais dos países participantes (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela) e ao Ajuste BrasilHungria. As taxas de juros são as mesmas para as operações de ativo e passivo, sendo a Libor de 4 meses para o CCR e a Libor de 3 meses para o Ajuste Brasil-Hungria; e) os valores apresentados como excesso de posição comprada referem-se a depósitos constituídos pelos bancos, correspondentes ao valor que supera o limite autorizado para contratação de operações de câmbio e os registrados no item "Operações Contratadas - a Liquidar" referem-se às operações em que a liquidação normalmente ocorrerá dois dias após a data da contratação. No semestre, o resultado das operações da área externa foi positivo em R$2.648.056 principalmente em função da variação cambial (no 1º semestre de 2003 foi negativo em R$5.183.447). Os quadros a seguir apresentam os ativos e passivos externos agregados em função de prazo de vencimento, moedas, classificação de risco, país ou área geográfica e contraparte, cabendo ressaltar que os dados apresentados provêm de informações contábeis e gerenciais. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 6 (Em milhares de Reais) a) Operações segregadas por vencimento: Em 30 de junho ATIVO EXTERNO 0a7 8 a 30 Vencimento (Em dias) 31 a 60 61 a 90 Total 91 a 180 > 180 2004 2003 Disponibilidades 4.024.894 - - - - - 4.024.894 Ouro Monetário 534.288 - - - - - 534.288 437.003 - 83.639.096 62.507.872 - 14.000.457 5.349.524 - 68.877.788 56.531.796 Depósitos 31.403.762 - Curtíssimo Prazo 14.000.457 - Prazo Fixo 17.367.334 - Ouro 35.971 Títulos 2.927.901 - Notas 22.218.550 22.218.550 3.152.045 12.676.211 - 10.937.836 - 12.407.951 10.481.216 268.260 456.620 - - 6.402.737 6.402.737 390.411 - 3.148.683 760.851 626.552 73.547.445 80.017.802 77.016.457 - - - - - 63.043.206 63.043.206 57.015.615 Custo - - - - - 63.207.828 63.207.828 56.473.538 Ajuste a Valor de Mercado - - - - - (164.622) (164.622) 542.077 - - - - 390.411 5.584.980 5.975.391 11.812.790 Custo - - - - 389.865 5.388.919 5.778.784 11.512.925 Ajuste a Valor de Mercado - - - - 546 196.061 196.607 299.865 - Sob Gerenciamento Externo - - - - - 4.919.259 4.919.259 4.419.593 3.768.459 - Dívida Externa Brasileira - Operações Compromissadas Convênios em Moedas Estrangeiras Operações Forw ard Operações Contratadas a Liquidar Outras Total do Ativo Externo 2.927.901 1.659.988 3.152.045 2.119.779 1.970.601 - - 6.079.946 123.925 - 10.252 - 134.177 95.197 194.638 - - 5.945.006 10.345.247 14.210.114 7.837.827 14.210.114 - - - - - 46.089 - - 5.411 2.705 42.011 96.216 53.863 11.261.810 6.806.105 73.589.456 188.601.593 161.442.149 54.807.036 27.490.374 0a7 8 a 30 14.646.812 Em 30 de junho PASSIVO EXTERNO Fundo Monetário Internacional - FMI Vencimento (Em dias) 31 a 60 61 a 90 Total 91 a 180 > 180 2004 2003 - - 763.355 2.056.943 3.407.848 88.521.797 94.749.943 99.864.344 - - 757.267 2.056.943 3.401.760 73.028.386 79.244.356 86.173.773 - Depósitos - - - - - 13.863.472 13.863.472 12.241.887 - Alocações de DES - - 6.088 - 6.088 1.629.939 1.642.115 1.448.684 Dep. Outros Org. Financ.Internacionais - - - - - 426.174 426.174 271.616 Plano Brasileiro de Financiamento - - - 219.390 - 1.275.078 1.494.468 1.758.333 21.435 8.875 87.577 121.530 150.063 194.674 - - 5.873.926 10.469.468 1.456.976 - Programa de Assistência Financeira Convênios em Moedas Estrangeiras 3.643 Operações Forw ard 1.665.131 Excesso de Posição Comprada 4.346.771 Operações Compromissadas 6.006.907 Operações Contratadas a Liquidar Outras Total do Passivo Externo 14.222.761 37.577 26.282.790 2.064.518 3.152.857 5.217.375 1.949.603 - - - - 4.346.771 - - - - 9.159.764 3.769.392 - - - - 14.222.761 7.841.923 2.712.958 3.413 2.495.855 3.416.723 102.891 143.881 125.152 90.413.517 130.539.218 125.707.267 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 7 (Em milhares de Reais) b) Operações segregadas por moeda: Em 30 de junho Total Moeda ATIVO EXTERNO US-Dólar Disponibilidades Euro 199.441 Ouro Monetário 401 - Depósitos 47.660.799 Iene 31.394.670 10.550.560 3.449.897 37.110.239 27.944.773 - - Notas 3.822.776 3.822.776 - 58.749.827 21.262.232 Ouro Outras (*) - 3.112 19.723 - - Curtíssimo Prazo - Ouro 3.802.217 - - Prazo Fixo Títulos DES 2004 2003 4.024.894 3.148.683 - 534.288 - 534.288 437.003 - 760.851 - 83.639.096 62.507.872 - - - 14.000.457 5.349.524 - - - 68.877.788 56.531.796 - - 5.743 - 760.851 - - 760.851 626.552 - 80.017.802 77.016.457 43.628.270 19.414.936 - - - - 63.043.206 57.015.615 - Dívida Externa Brasileira 4.122.352 1.847.296 5.743 - - - 5.975.391 11.812.790 - Sob Gerenciamento Externo 4.919.259 - - - - - 4.919.259 4.419.593 - Operações Compromissadas 6.079.946 - - - - - 6.079.946 3.768.459 Convênios em Moedas Estrangeiras 134.177 Operações Forw ard 298.030 212.817 9.232.030 4.942.113 - - 35.971 - 8.309 5 - 41.998 12.895 33.009 96.216 53.863 116.282.613 57.812.238 61.721 1.344.005 197.643 188.601.593 161.442.149 Operações Contratadas a Liquidar Outras Total do Ativo Externo - 5.272.637 12.903.373 - - - - 161.522 134.177 95.197 5.945.006 10.345.247 14.210.114 7.837.827 (*) Inclui, principalmente, Franco Suíço, Coroa Norueguesa, Dólar Canadense, Dólar Australiano e Libra Esterlina. Em 30 de junho Total Moeda PASSIVO EXTERNO US-Dólar Fundo Monetário Internacional - FMI Euro Iene DES Ouro Outras (*) 2004 2003 - - - 94.749.943 - - 94.749.943 99.864.344 - Programa de Assistência Financeira - - - 79.244.356 - - 79.244.356 86.173.773 - Depósitos - - - 13.863.472 - - 13.863.472 12.241.887 - Alocações de DES - - - 1.642.115 - - 1.642.115 1.448.684 - - - - 47 426.174 271.616 - - - 11.079 1.494.468 1.758.333 Dep. Outros Org. Financ.Internacionais Plano Brasileiro de Financiamento 426.127 1.483.349 Convênios em Moedas Estrangeiras 40 121.530 - Operações Forw ard 4.253.914 Excesso de Posição Comprada 4.346.771 - Operações Compromissadas 9.159.764 - Operações Contratadas a Liquidar 9.234.407 Outras - 29.169.739 - - - - - - - - - - - - 35.971 257.824 4.952.383 143.877 Total do Passivo Externo - 1.173.114 - 6.125.537 - 257.824 - - 94.749.943 121.530 150.063 5.873.926 10.469.468 - 4.346.771 1.456.976 - 9.159.764 3.769.392 - 14.222.761 7.841.923 189.074 35.971 4 143.881 125.152 200.204 130.539.218 125.707.267 (*) Inclui, principalmente, Franco Suíço, Coroa Norueguesa, Dólar Canadense, Dólar Australiano e Libra Esterlina. c) Operações segregadas por moeda e vencimento: Em 30 de junho ATIVO 0a7 8 a 30 Vencim ento (Em dias) 31 a 60 61 a 90 Total 91 a 180 > 180 2004 2003 US-Dólar 35.426.096 15.448.058 6.322.863 3.977.138 2.438.565 52.669.893 116.282.613 105.677.237 Euro 13.009.965 8.770.769 5.722.505 6.125.259 3.311.918 20.871.822 57.812.238 36.720.244 3.271.547 2.282.702 656.192 1.055.622 14.788.391 Iene 5.631.567 DES 19.723 - Ouro 619.125 - 268.260 Outras (*) 100.560 - Total do Ativo Externo 54.807.036 27.490.374 5.743 12.903.373 - 41.998 61.721 1.070.638 456.620 - - 1.344.005 1.074.442 50.482 46.601 - - 197.643 2.111.197 14.646.812 11.261.810 188.601.593 161.442.149 - - 6.806.105 73.589.456 (*) Inclui, principalmente, Franco Suíço, Coroa Norueguesa, Dólar Canadense, Dólar Australiano e Libra Esterlina. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 8 (Em milhares de Reais) Em 30 de junho PASSIVO US-Dólar 0a7 8 a 30 Vencim ento (Em dias) 31 a 60 61 a 90 Total 91 a 180 20.582.172 4.977.242 1.428.506 292.384 8.875 Euro 5.471.661 240.133 384.390 29.319 - Iene 128.664 - 86.272 42.888 - 763.355 2.056.943 > 180 2004 1.880.560 29.169.739 17.763.313 34 6.125.537 5.667.073 257.824 317.732 94.749.943 99.861.917 - DES - - Ouro 35.971 - - - - - 35.971 Outras (*) 64.322 - 50.435 74.321 - 11.126 200.204 2.097.232 2.712.958 2.495.855 90.413.517 130.539.218 125.707.267 Total do Passivo Externo 26.282.790 5.217.375 3.407.848 2003 3.416.723 88.521.797 - (*) Inclui, principalmente, Franco Suíço, Coroa Norueguesa, Dólar Canadense, Dólar Australiano e Libra Esterlina. d) Operações segregadas por classificação de risco: Em 30 de junho ATIVO EXTERNO Aaa Disponibilidades 37.327 Ouro Monetário 9.026 Depósitos 8.784.633 Total Classificação de risco Aa2 Aa3 A1 Aa1 142.779 - 151.972 - 23.701.190 8.475.144 A2 Outras (*) 214 - 756 - - - 9.519.615 7.726.632 24.722.267 2004 2003 3.691.846 4.024.894 525.262 534.288 3.148.683 437.003 709.615 83.639.096 62.507.872 - Curtíssimo Prazo 2.428.555 5.921.796 1.698.666 1.553.350 621.340 1.621.415 155.335 14.000.457 5.349.524 - Prazo Fixo 6.356.078 17.635.209 6.776.478 7.966.265 7.105.292 22.484.186 554.280 68.877.788 56.531.796 - Ouro Títulos - Notas - Dívida Externa Brasileira - Sob Gerenciamento Externo - Operações Compromissadas Convênios em Moedas Estrangeiras 57.134.523 56.314.333 820.190 144.185 811.979 - - 616.666 3.683.594 - 5.735.712 4.933.064 1.213.262 - 582.547 - - 17 926.698 66 - - 2.125.184 Operações Contratadas a Liquidar 9.964.699 621.340 2.276.197 77.034.121 - - 1.441.905 Total do Ativo Externo - 2.470.266 1.103.913 - - 816.841 Operações Forw ard Outras - 811.962 - - 6.676.603 174 26.719.367 19.705.100 285.300 626.234 - - - - 13.488.723 8.352.866 5.153.165 362.470 1.171.851 31.993.056 5.975.391 5.975.391 760.851 626.552 80.017.802 77.016.457 63.043.206 57.015.615 5.975.391 11.812.790 - 4.919.259 4.419.593 - 6.079.946 3.768.459 134.177 134.177 95.197 5.945.006 10.345.247 176.027 14.210.114 7.837.827 96.042 96.216 53.863 11.308.360 188.601.593 161.442.149 - (*) Na categoria "Outras", além dos títulos do governo brasileiro, estão registrados, principalmente, Disponibilidades no Banco do Brasil e Depósitos a Prazo Fixo no Bladex. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 9 (Em milhares de Reais) e) Operações segregadas por país ou área geográfica: Em 30 de junho ATIVO EXTERNO EUA e Canadá Disponibilidades Ouro Monetário Depósitos 171.438 - Curtíssimo Prazo - Ouro 1.897 30.932 9.026 525.262 29.503.201 17.955.480 - - Notas - Dívida Externa Brasileira - Sob Gerenciamento Externo - Operações Compromissadas Convênios em Moedas Estrangeiras 2004 3.820.568 4.024.894 - - 2003 6.858.927 3.148.683 534.288 437.003 83.639.096 62.507.872 3.443.487 5.117.386 3.690.505 - 1.749.079 14.000.457 5.349.524 25.117.150 24.385.815 14.264.975 - 5.109.848 68.877.788 56.531.796 760.851 Títulos Outras (*) 59 29.321.488 - Prazo Fixo Total País ou área geográfica Área do Inglaterra Brasil Euro - - - 49.582.170 21.896.907 1.743.144 42.683.501 20.244.635 115.070 - - 818.723 - 5.975.391 1.628.074 760.851 626.552 80.017.802 77.016.457 - 63.043.206 57.015.615 - 5.975.391 11.812.790 820.190 - - 1.652.272 6.079.946 - 5.975.391 - 820.190 - - - - - - - 134.177 - 584.865 4.919.259 4.419.593 6.079.946 3.768.459 134.177 95.197 5.945.006 10.345.247 14.210.114 7.837.827 Operações Forw ard 3.377.294 459.453 1.523.394 Operações Contratadas a Liquidar 7.124.110 4.101.807 549.166 2.435.031 42.172 6 5 45.904 8.129 96.216 53.863 89.618.672 55.961.433 21.782.112 9.012.520 12.226.856 188.601.593 161.442.149 Outras Total do Ativo Externo - (*) A categoria "Outras" inclui, principalmente: Disponibilidades no Japão; Depósitos a Prazo Fixo na Dinamarca, Suécia, Suíça, Cayman e Noruega; Depósitos de Curtíssimo Prazo na Suécia e Suíça; e, Títulos sob Gerenciamento externo e Operações Forw ard na Suíça. Em 30 de junho PASSIVO EXTERNO Fundo Monetário Internacional - FMI EUA e Canadá 94.749.943 Total País ou área geográfica Área do Inglaterra Brasil Euro - - Outras (*) - - 2004 94.749.943 2003 99.864.344 - Programa de Assistência Financeira 79.244.356 - - - - 79.244.356 86.173.773 - Depósitos 13.863.472 - - - - 13.863.472 12.241.887 1.642.115 - - - - 1.642.115 1.448.684 - Alocações de DES Dep. Outros Org. Financ. Internacionais 426.174 - - - - 426.174 271.616 1.483.349 40 2 - 11.077 1.494.468 1.758.333 - - - - 121.530 121.530 150.063 3.342.048 455.595 1.505.259 - 571.024 5.873.926 10.469.468 - - - 4.346.771 - 4.346.771 1.456.976 Operações Compromissadas 9.159.764 - - - - 9.159.764 3.769.392 Operações Contratadas a Liquidar 9.386.617 4.109.765 550.307 176.072 - 14.222.761 7.841.923 133.548 296 755 937 8.345 143.881 125.152 118.681.443 4.565.696 2.056.323 4.523.780 711.976 130.539.218 125.707.267 Plano Brasileiro de Financiamento Convênios em Moedas Estrangeiras Operações Forw ard Excesso de Posição Comprada Outras Total do Passivo Externo (*) A categoria "Outras" inclui, principalmente, Operações Forw ard na Suíça. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 10 (Em milhares de Reais) f) Operações segregadas por contraparte: Em 30 de junho ATIVO EXTERNO Contraparte Instituições Outras (*) Países Tesouro Agências Supranacionais Instituições Financeiras Total 2004 2003 Disponibilidades 3.956.673 - - 37.088 31.133 4.024.894 Ouro Monetário 131.067 - - - 403.221 534.288 437.003 82.897.585 - - 337.388 83.639.096 62.507.872 - Curtíssimo Prazo 13.663.069 - - 337.388 14.000.457 5.349.524 - Prazo Fixo 68.473.665 - - - 68.877.788 56.531.796 760.851 - - - 760.851 626.552 Depósitos - Ouro Títulos 10.179.015 404.123 404.123 - 67.995.489 78.340 1.764.958 - 80.017.802 77.016.457 944.768 - 63.043.206 57.015.615 - 5.975.391 11.812.790 - 4.919.259 4.419.593 - 6.079.946 3.768.459 - Notas - 62.020.098 78.340 - Dívida Externa Brasileira - 5.975.391 - - - Sob Gerenciamento Externo 4.099.069 - - - Operações Compromissadas 6.079.946 - - - - - - - - Convênios em Moedas Estrangeiras - Operações Forw ard 5.830.886 Operações Contratadas a Liquidar 5.754.759 Outras 108.758.280 820.190 134.177 114.120 - 134.177 95.197 - 5.945.006 10.345.247 - 14.210.114 7.837.827 8.455.355 6 41.998 45.917 96.216 53.863 76.450.844 78.346 2.362.287 951.836 188.601.593 161.442.149 8.295 Total do Ativo Externo 3.148.683 (*) A categoria "Outras" inclui, principalmente, Ouro Monetário no Bacen e Depósitos a curtíssimo prazo no Federal Reserve - FED. Em 30 de junho PASSIVO EXTERNO Instituições Financeiras Fundo Monetário Internacional - FMI Contraparte Instituições Países Tesouro Agências Supranacionais Total Outras 2004 2003 - - - 94.749.943 - 94.749.943 99.864.344 - - - 79.244.356 - 79.244.356 86.173.773 - Depósitos - - - 13.863.472 - 13.863.472 12.241.887 - Alocações de DES - - - 1.642.115 - 1.642.115 1.448.684 - - - 426.174 - 426.174 271.616 1.483.391 - 11.077 - - 1.494.468 1.758.333 - - - - 121.530 121.530 150.063 Operações Forw ard 5.762.760 - - 111.166 - 5.873.926 10.469.468 Excesso de Posição Comprada 4.346.771 - - - - 4.346.771 1.456.976 - Programa de Assistência Financeira Dep. Outros Org. Financ. Internacionais Plano Brasileiro de Financiamento Convênios em Moedas Estrangeiras Operações Compromissadas 9.159.764 - - - - 9.159.764 3.769.392 Operações Contratadas a Liquidar 5.765.229 8.457.532 - - - 14.222.761 7.841.923 9.714 - - 65.260 68.907 143.881 125.152 26.527.629 8.457.532 11.077 95.352.543 190.437 130.539.218 125.707.267 Outras Total do Passivo Externo Nota 5 – TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS Na execução da política monetária, o Banco Central utiliza títulos públicos de emissão do Tesouro Nacional e de emissão própria. Ressalte-se que, desde 5 de maio de 2002, em observância à Lei de Responsabilidade Fiscal, o Banco Central não emite títulos de responsabilidade própria. Os principais títulos são: a) Letra do Tesouro Nacional - LTN: rendimento prefixado definido pelo deságio; b) Letra Financeira do Tesouro - LFT: rendimento pós-fixado definido pela taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - Selic (taxa Selic); c) Nota do Tesouro Nacional Série B – NTN-B: rendimento pós-fixado definido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA e com pagamentos de juros semestrais; d) Nota do Tesouro Nacional Série F - NTN-F: rendimento definido pelo deságio, com pagamento de juros semestrais; e) Nota do Tesouro Nacional Série D - NTN-D: atualizada pela cotação de venda do dólar norte-americano e juros, que são pagos semestralmente; NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 11 (Em milhares de Reais) f) Nota do Banco Central - Série Especial - NBC-E: atualizada pela cotação de venda do dólar norteamericano e juros, que são pagos semestralmente. Além dos títulos utilizados na execução da política monetária, em 30 de junho o Banco Central possuía os seguintes: a) Nota do Tesouro Nacional Série P - NTN-P: título nominativo e inalienável, atualizado pela TR e com juros de 6% a.a., pagos na data do resgate e prazo mínimo de quinze anos; b) Créditos Securitizados - CVS: dividem-se em CVSA, CVSB, CVSC e CVSD, sendo os CVSA e CVSC corrigidos pela TR + 6,17% a.a. e os CVSB e CVSD pela TR + 3,12% a.a., capitalizados mensalmente, com juros pagos mensalmente a partir de 1º de janeiro de 2005, e amortização do principal, também em pagamentos mensais, a partir de 1º de janeiro de 2009 até 1º de janeiro de 2027. Como instrumento de política monetária, o Banco Central realiza operações compromissadas, nas quais o Banco vende títulos de sua carteira, com compromisso de revenda assumido pelo comprador, conjugadas com operações de compra de outros títulos, com compromisso de recompra assumido pelo vendedor. As operações contratadas com a faculdade de livre movimentação de títulos, cuja taxa de rentabilidade é previamente estabelecida pelo Banco Central de comum acordo com as instituições financeiras, apresentavam, nas operações registradas em 30.6.2004, uma taxa média de 15,92% a.a. A seguir é apresentada a carteira de títulos segregada pelo prazo de vencimento e pela forma de avaliação. a) Títulos segregados por vencimento: Em 30 de junho até 6 Livres Vencimentos (em meses) de 7 a 18 de 19 a 30 de 31 a 42 Total acima de 42 2004 2003 69.143.043 56.476.263 44.572.218 15.894.705 13.898.075 199.984.304 209.728.092 LTN LFT LFT-B NTN-B NTN-D NTN-F NTN-P CVS 54.863.764 8.897.298 888.302 4.493.679 - 23.867.344 9.356.625 1.112.027 22.140.267 - 12.904.877 11.006.159 196.050 6.958.753 13.506.379 - 4.988.613 9.234 10.896.858 - 1.291.446 9.811.052 1.659.804 5.736 1.130.037 91.635.985 34.248.695 2.205.613 8.250.199 60.848.235 1.659.804 5.736 1.130.037 40.561.615 91.251.154 4.707.437 72.318.117 5.261 884.508 Vinculados à Recompra 17.981.803 45.515.256 27.669.572 - - 91.166.631 60.712.323 LTN LFT 3 17.981.800 32.803.960 12.711.296 27.669.572 - - 32.803.963 58.362.668 27.420.894 33.291.429 Garantias Op. de Sw ap 2.644.860 4.093.317 3.405.887 - - 10.144.064 28.717.478 LFT 2.644.860 4.093.317 3.405.887 - - 10.144.064 28.717.478 89.769.706 106.084.836 75.647.677 301.294.999 299.157.893 NBC-E 8.421.222 6.846.437 9.046.088 - - 24.313.747 36.900.500 Total do Passivo 8.421.222 6.846.437 9.046.088 - - 24.313.747 36.900.500 Total do Ativo 15.894.705 13.898.075 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 12 (Em milhares de Reais) b) Títulos segregados pela forma de avaliação: Em 30 de junho Custo 2004 Ganhos e Perdas Contabilidade não Realizados Custo 2003 Ganhos e Perdas Contabilidade não Realizados Para negociação 255.436.723 2.089.473 257.526.196 255.249.333 3.098.131 258.347.464 LTN LFT LFT-B NTN-B NTN-D NTN-F CVS 124.669.697 101.246.001 2.175.452 7.938.819 15.692.770 1.790.031 1.923.953 (229.749) 1.509.426 30.161 311.380 1.392.398 (130.227) (793.916) 124.439.948 102.755.427 2.205.613 8.250.199 17.085.168 1.659.804 1.130.037 67.942.498 151.021.161 4.621.849 29.894.345 1.769.480 40.011 2.238.900 85.588 1.618.604 (884.972) 67.982.509 153.260.061 4.707.437 31.512.949 884.508 Até o vencim ento 43.768.803 4.483.318 43.768.803 40.810.429 2.111.056 40.810.429 NTN-D NTN-P 43.763.067 5.736 4.483.318 - 43.763.067 5.736 40.805.168 5.261 2.111.056 - 40.805.168 5.261 A carteira de títulos de emissão do Tesouro está classificada em "para negociação" (avaliados a mercado) e "mantidos até o vencimento" (avaliados pelo custo de aquisição corrigido) (Nota 3.d). O resultado das operações com títulos no 1º semestre, considerando inclusive os ajustes a valor de mercado, foi positivo em R$12.758.117 (no 1º semestre de 2003 foi positivo em R$23.236.393). Nota 6 – OPERAÇÕES DE SWAP O Banco Central realiza, também como instrumento de políticas monetária e cambial, operações de swap referenciadas em taxas de juros e em variação cambial. Tais operações são registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuros - BM&F, sendo que, nas posições compradas, o Banco Central está ativo em taxa de juros, representada pela taxa dos Depósitos Interfinanceiros - DI, e passivo em variação cambial mais taxa de juros, representativa de cupom cambial. Inversamente, nas posições em que o Banco Central está vendido, está ativo em variação cambial mais cupom cambial e passivo em taxa de juros (DI). O Banco negocia três espécies de contratos: - SCC: contratos com ajuste financeiro diário e Preço Unitário - PU de US$50 mil; - SC2: contratos com ajuste financeiro na data de liquidação e PU de US$1 mil; - SC3: contratos com ajuste financeiro diário e PU de US$1 mil. Os quadros a seguir demonstram os valores referenciais dessas operações, por tipo de contrato e prazo de vencimento: NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 (Em milhares de Reais) Em 30 de junho Vencimento (em dias) SCC 0 - 180 Valor de referência Ajuste a Valor de Mercado 181 - 360 Valor de referência Ajuste a Valor de Mercado 361 - 720 Valor de referência Ajuste a Valor de Mercado > 720 Valor de referência Ajuste a Valor de Mercado Total Comprada SC2 fl. 13 Total SC3 2004 2003 12.450.640 - 2.900.544 154.068 983.516 - 16.334.700 154.068 40.167.380 (152.009) 15.107.634 - 245.240 44.380 154.663 - 15.507.537 44.380 31.302.918 44.129 9.758.848 - 1.156.707 152.491 386.737 - 11.302.292 152.491 21.756.896 244.010 12.116.072 - 683.515 212.367 638.971 - 13.438.558 212.367 14.965.055 243.275 49.433.194 5.549.312 2.163.887 57.146.393 108.571.654 Em 30 de junho Vencimento (em dias) 0 - 180 Valor de referência 361 - 720 Valor de referência Total Vendida SCC 4.823.950 4.823.950 Total 2004 2003 4.823.950 4.823.950 238.220 4.129.474 4.367.694 No 1º semestre, o resultado das operações de Swap foi negativo em R$287.062 (no 1º semestre de 2003 foi positivo em R$15.550.311). NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 14 (Em milhares de Reais) Nota 7 – CRÉDITOS E TÍTULOS A RECEBER a) Créditos a Receber Em 30 de junho 2004 Saldo 2003 Provisão Saldo Provisão 1) Instituições 23.003.042 (5.238.853) 25.668.316 (7.534.780) Banco Nacional - Em Liquidação Extrajudicial Banco Econômico - Em Liquidação Extrajudicial Banco Bamerindus - Em Liquidação Extrajudicial Banco Pontual - Em Liquidação Extrajudicial Banco Mercantil - Em Liquidação Extrajudicial Banco Banorte - Em Liquidação Extrajudicial Banco Crefisul - Em Falência Banco Banfort - Em Falência Outras 13.183.562 5.774.926 2.617.261 607.089 203.645 597.910 18.649 (3.641.719) (703.633) (607.089) (267.763) (18.649) 14.155.800 6.997.636 2.546.183 752.005 405.046 581.672 90.012 117.832 22.130 (5.282.391) (967.956) (752.005) (302.454) (90.012) (117.832) (22.130) 2) Dem ais Créditos 1.070.125 (7.491) 842.775 (7.607) FCVS - Custo - Ajuste a Valor de Mercado Outras operações 1.057.062 1.806.826 (749.764) 13.063 (7.491) 827.364 1.662.476 (835.112) 15.411 (7.607) TOTAL ( 1 + 2 ) 24.073.167 (5.246.344) 26.511.091 (7.542.387) Em consonância com os critérios de provisionamento descritos na Nota 3.g, o Banco Central promove acompanhamento contínuo sobre a qualidade dos ativos mantidos pelas instituições em liquidação, bem como negociações para viabilizar a conclusão dos processos de liquidação. Dessa forma, o saldo dos créditos a receber, líquido das provisões constituídas, representa a melhor estimativa de realização desses ativos. Em relação aos saldos apresentados no quadro demonstrativo, cabe ressaltar a ocorrência dos seguintes recebimentos nos 2º semestre de 2003: - Banco Econômico – Em Liquidação Extrajudicial – R$1.400.000; - Banco Nacional – Em Liquidação Extrajudicial – R$1.350.000; - Banco Mercantil – Em Liquidação Extrajudicial – R$210.000; e - Banco Pontual – Em Liquidação Extrajudicial – R$164.025. Os créditos com os Bancos Crefisul (R$91.816) e Banfort (R$120.193), em falência, foram baixados no 1º semestre de 2004, e inscritos em dívida ativa. As variações observadas na conta de provisão decorrem da valorização dos ativos mantidos por essas instituições, cujos índices de remuneração são superiores aos aplicados aos créditos do Banco Central (TR). Durante o mês de julho de 2004, foram recebidas as seguintes amortizações de dívidas de instituições em liquidação extrajudicial, sendo os pagamentos dos Bancos Econômico e Mercantil efetuados com recursos decorrentes de resgate de títulos públicos federais depositados no Banco Central (Nota 11): Data 06/jul 13/jul 14/jul Instituição Banco Econômico - Em liquidação extrajudicial Banco Nacional - Em liquidação extrajudicial Banco Mercantil - Em liquidação extrajudicial Valor 500.000 164.955 7.000 b) Títulos a Receber: Composto, principalmente, por notas promissórias recebidas em garantias de operações com instituições financeiras, sendo remuneradas pela TR, com amortizações mensais e vencimento final em 2004 e avaliados a valor presente de acordo com o disposto na Nota 3.f. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 15 (Em milhares de Reais) Em 30 de junho 2004 Saldo 2003 Provisão Saldo Provisão Notas Promissórias - Custo - Ajuste a Valor Presente Outros 237.485 240.134 (2.649) 187.647 (178.254) 743.167 794.380 (51.213) 170.194 (160.745) Total 425.132 (178.254) 913.361 (160.745) c) Resultado O resultado das operações com créditos e títulos a receber foi positivo em R$346.815 (no 1º semestre de 2003 foi positivo em R$797.806), que, acrescido da receita líquida decorrente da reversão de provisões, totaliza um resultado positivo de R$1.687.260 (positivo de R$ 2.222.251 no 1º semestre de 2003). Nota 8 – OPERAÇÕES COM A CENTRUS Com o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADIN 449 (Nota 9.d), os servidores do Banco Central foram enquadrados no Regime Jurídico Único - RJU, sendo tal medida retroativa a 11.12.1990. A Lei 9.650, que regulamentou tal medida, determinou que: a) a Fundação Banco Central de Previdência Privada - Centrus administrasse os recursos provenientes de contribuições patronais para a previdência privada, efetuadas pelo Banco até dezembro de 1990, referentes aos servidores alcançados pelo RJU. Tais recursos são corrigidos pela taxa média da rentabilidade dos ativos daquela Fundação (12,95% no 1° semestre de 2004 e 8,70% no 1º semestre de 2003) e estão registrados no ativo do Banco Central na rubrica "Recursos Administrados pela Centrus". No 1º semestre de 2004, a Centrus transferiu ao Banco Central fração patrimonial referente à reversão de provisão constituída para fazer face à contingência fiscal do exercício de 1996, no valor de R$217.073; b) o Banco Central integralizasse reservas matemáticas a fim de possibilitar à Centrus a assunção integral das aposentadorias e pensões efetivadas até dezembro de 1990, sob o Regime Geral de Previdência Social RGPS. Esse valor, constante no passivo do Banco Central em "Valores a Pagar - Centrus", vem sendo atualizado pelo IGP-M mais 6% ao ano e sua integralização está sendo feita em parcelas anuais e consecutivas de, no mínimo, um décimo do saldo original corrigido, mediante autorização na Lei de Orçamento Anual; c) o Banco permanecesse efetuando as contribuições patronais referentes aos aposentados sob o Regime Geral de Previdência Social – RGPS, o que levou ao registro de “Provisão para Passivo Atuarial”. Em 30.6.2004, essa provisão apresentava um saldo de R$171.798. De acordo com informações recebidas da Centrus, posterior ao fechamento do balanço, esta provisão deverá reduzir para aproximadamente R$94.000, em razão da redução da alíquota de contribuição, que passou de 15% para 7,5%. Foram utilizadas as seguintes premissas no cálculo: Taxa de juros Alíquota de contribuição do servidor inativo Alíquota de contribuição do patrocinador Tábuas atuariais Quantidade de servidores inativos 6% a.a. 7,5% a.a. 7,5% a.a. AT – 2000, IAPC e Álvaro Vindas 1.090 Nota 9 – OPERAÇÕES COM O TESOURO NACIONAL a) Depósitos à Ordem do Governo Federal: Por força do disposto no parágrafo 3° do art. 164 da Constituição Federal, as disponibilidades de caixa da União são depositadas no Banco Central e, de acordo com o art. 1° da MP 2.179-36 (ver nota 3), remuneradas pela taxa média aritmética ponderada da rentabilidade intrínseca dos títulos da dívida pública mobiliária federal interna de emissão do Tesouro Nacional em poder do Banco Central. Tal remuneração é calculada diariamente e capitalizada no último dia do decêndio posterior. No semestre a taxa de remuneração acumulou 9,45% (3,95% no 1º semestre de 2003). NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 16 (Em milhares de Reais) b) Remuneração dos Depósitos do Governo Federal, a Transferir: O saldo existente neste item refere-se à parcela de remuneração contabilizada no último decêndio de junho, transferido à conta "Depósitos à Ordem do Governo Federal" no último dia do decêndio seguinte. c) Crédito a ser Coberto pelo Tesouro Nacional / Resultado a Transferir ao Tesouro Nacional: De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e com a MP 2.179-36, o resultado positivo apurado pelo Banco Central, após a constituição ou reversão de reservas, constitui obrigação do Banco para com a União, devendo ser transferido até o 10º dia útil após a aprovação das demonstrações financeiras pelo CMN. Se negativo esse resultado constitui-se em crédito do Banco frente à União, devendo ser pago até o 10º dia útil do ano subseqüente ao da aprovação das demonstrações. Em ambas as situações, tais valores devem ser corrigidos pelos mesmos índices aplicados à conta "Depósitos à Ordem do Governo Federal", até a data da efetiva transferência ou cobertura. Em 30.6.2004, o saldo a ser transferido ao Tesouro Nacional, no valor de R$2.456.104, decorreu do resultado positivo do Banco, apurado no 1° semestre, já considerada a realização e constituição de reservas. Em relação aos saldos existentes em 2003, cabem as seguintes observações: - Crédito a ser Coberto pelo Tesouro Nacional (R$6.533.445) – refere-se ao resultado negativo apurado no 2° semestre de 2002 e coberto pelo Tesouro Nacional, em 16.1.2004, com a emissão de títulos públicos federais no valor de R$7.176.681 mil; - Resultado a Transferir ao Tesouro Nacional (R$24.185.980) – refere-se ao resultado positivo apurado no 1º semestre de 2003 e transferido ao Tesouro Nacional, em 4.9.2003, pelo valor de R$25.288.602 mil. d) Acerto de Contribuições - Lei 9.650: Em virtude do julgamento da ADIN 449 e conseqüente enquadramento dos servidores do Banco no RJU (Nota 8), todos os pagamentos e recolhimentos devidos pelo Banco Central ao Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS e à Secretaria da Receita Federal - SRF tiveram que ser revistos. Nesse sentido, a Lei 9650, de 27.5.1998, determinou, entre outras providências, que fosse efetuado acerto de contas entre o Banco Central, o INSS e a SRF, referentes às contribuições pessoais e patronais ao Plano de Seguridade Social do Servidor e ao INSS, e entre o Banco Central e seus servidores, no tocante às contribuições pessoais. Determinou também a devolução ao Banco dos depósitos efetuados ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS no período de 1991 a 1996. Em junho de 2002 foi editada a Medida Provisória 45 que regulamentou esse acerto de contas e incluiu a possibilidade de liberação aos servidores dos depósitos efetuados ao FGTS no período de 1991 a 1996. Tal medida também permitiu a utilização da correção monetária de planos econômicos sobre os saldos de FGTS para amortização dos valores devidos pelos servidores em decorrência da ação rescisória 8/94 - TRT - 10ª região (Plano Bresser). Em 13.11.2002 a MP 45 foi rejeitada pelo Congresso Nacional, tendo, entretanto, o acerto de contas entre o Banco, o INSS e a SRF e a maior parte dos acertos entre o Banco e seus servidores sido efetuada durante a sua vigência. Com o transcurso do prazo constitucional (17.3.2003) para publicação de decreto legislativo regulamentando a situação decorrente da rejeição da Medida, foram ratificados os valores, os índices e a forma de pagamento utilizados nos acertos de contas, o que possibilitou ao Banco a conclusão dos mesmos e a regularização dos saldos contábeis durante o 2º semestre de 2003. O quadro a seguir apresenta o resultado dos acertos de contas: Em 30 de junho ATIVO Acerto de Contribuições Lei 9650 Créditos com o PSS Créditos com a CEF (*) Créditos com servidores (*) 2004 297.845 35.784 59.056 2003 598.050 - PASSIVO Acerto de Contribuições Lei 9650 2004 - 2003 243.307 (*) Valores registrados na rubrica "Demais Contas" do grupo "Outras Contas" do Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo Interno. Sobre os saldos de 2004, cabem as seguintes explicações: a) o saldo credor frente ao PSS passou a ser compensado, desde janeiro de 2004, com os recolhimentos patronais devidos pelo Banco ao programa de previdência; b) dos créditos com a Caixa Econômica Federal - CEF, as parcelas referentes aos valores cedidos pelos servidores serão repassadas pela Caixa conforme cronograma estabelecido na Lei Complementar 110, enquanto o NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 17 (Em milhares de Reais) repasse da parcela dos depósitos do período 91/96, referente aos servidores que não assinaram o acordo na vigência da MP45, encontra-se sustado aguardando decisão judicial em ação movida pelo sindicato dos servidores; c) os créditos com servidores vêm sendo cobrados por via administrativa, conforme acerto de contas efetuado na vigência da MP45 ou acordo posterior, e os pagamentos vêm sendo feitos à vista ou parceladamente. Para aqueles que não efetuaram qualquer acordo, o Banco enviou notificação de cobrança, estando o processo em fase de recursos administrativos. e) Relacionamento Financeiro com o Tesouro Nacional: Em 30 de junho 2004 2003 Saldos Devedores 301.458.809 304.815.200 Notas do Tesouro Nacional - NTNs (Nota 5) Letras Financeiras do Tesouro - LFTs (Nota 5) Letras do Tesouro Nacional - LTNs (Nota 5) Créditos Securitizados - CVS (Nota 5) Fundo de Compensações de Variações Salariais - FCVS (Nota 7.a) Crédito a ser Coberto pelo Tesouro Nacional (Nota 9.c) Depósitos Judiciais em nome do Tesouro Nacional Remuneração dos Depósitos do Governo Federal, a Transferir (Nota 9.b) Acerto de Contribuições - Lei 9.650 (Nota 9.d) Créditos com o PSS (Nota 9.d) PND - Bancos Estaduais Créditos Sujeitos a Ressarcimento Impostos e Contribuições, a Recuperar 69.190.423 103.421.453 124.669.697 1.923.953 1.806.826 116.512 297.845 5.549 26.551 - 70.704.774 155.643.010 67.942.498 1.769.480 1.662.476 6.533.445 3.701 523.482 7.727 24.575 32 Saldos Credores 141.908.446 154.893.036 Depósitos à Ordem do Governo Federal (Nota 9.a) Resultado a Transferir ao Tesouro Nacional (Nota 9.c) Acerto de Contribuições - Lei 9.650 (Nota 9.d) Remuneração dos Depósitos do Governo Federal, a Transferir (Nota 9.b) Depósitos em Moedas Estrangeiras - Clube de Paris Recursos Vinculados à Administração das Garantias da Dívida Externa Depósitos Decorrentes de Decisão Judicial Disponível da Reserva Monetária Impostos e Contribuições, a Recolher 138.874.187 2.456.104 512.476 11.077 15.538 9.930 29.134 129.975.699 24.185.980 230.731 452.107 9.861 14.360 9.661 1 14.636 Obs.: Os valores acima não consideram eventuais ajustes a valor de mercado/presente e provisões. f) Fluxo Financeiro com o Tesouro Nacional: 1° sem /2004 Títulos Públicos Federais 1° sem /2003 8.471.578 (4.858.941) (65.767.430) (62.164.631) 70.096.922 52.698.722 4.142.086 4.606.968 Recolhim entos Diversos (16.624.216) (4.744.203) Remuneração das Disponibilidades (11.122.605) (4.744.203) Aquisição Resgate Juros Transferência do Resultado - 2º semestre/2003 Repasse da Lei de Orçam ento Fluxo Financeiro Líquido (5.501.611) 279.558 (7.873.080) 262.758 (9.340.386) Obs.: Inclui apenas as movimentações da conta Depósitos à Ordem do Governo Federal decorrentes das operações ativas e passivas do Banco Central. O resultado das operações com o Tesouro Nacional (disponibilidades e resultados do Banco) foi negativo em R$11.619.980 (no 1º semestre de 2003 foi negativo em R$4.557.524). NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 18 (Em milhares de Reais) Nota 10 – DEPÓSITOS DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Os depósitos de instituições financeiras no Banco Central constituem-se, principalmente, dos recolhimentos compulsórios, que têm como principal função limitar a capacidade de empréstimo por parte dessas instituições. Tais depósitos podem ser exigidos em espécie ou em títulos públicos federais, caso em que é gerado o registro em conta retificadora, uma vez que os títulos permanecem registrados no Selic em nome da instituição depositante, porém vinculados ao cumprimento das exigibilidades. Os principais depósitos exigidos atualmente são: a) sobre recursos à vista – recolhimento em espécie e sem remuneração, sua alíquota foi alterada de 60% para 45% em agosto de 2003; b) sobre depósitos de poupança – recolhimento em espécie, com alíquota de 20%, sendo remunerado com base na TR + 6,17% ao ano, para as modalidades de poupança livre, pecúlio e rural, e na TR + 3% ao ano, para a modalidade de poupança vinculada; c) sobre depósitos judiciais – recolhimento em títulos públicos registrados no Selic, extinto desde maio de 2004, mediante redução gradual do exigível (25% na posição de janeiro, 50% na de fevereiro e 75% na de março de 2004); d) sobre recursos a prazo – recolhimento em títulos públicos registrados no Selic, com alíquota de 15%; e) exigibilidade adicional – compulsório adicional sobre a soma dos recursos à vista (alíquota de 8%), a prazo (alíquota de 8%) e depósitos de poupança (alíquota de 10%), deduzidos R$100.000, com recolhimento em espécie e remunerado pela taxa Selic. A despesa com a remuneração dos depósitos de instituições financeiras totalizou R$3.108.892 (no 1º semestre de 2003 foi de R$4.459.023). Nota 11 – DEPÓSITOS VINCULADOS EM GARANTIA DE OPERAÇÕES Referem-se a recursos de instituições financeiras em liquidação extrajudicial, originários do recebimento de garantias de operações anteriores à decretação do regime de liquidação. Esses recursos permanecem depositados no Banco Central e são aplicados em títulos públicos para resguardar a manutenção de seu valor, o que leva ao registro em conta retificadora. A variação verificada no período decorreu da utilização, pelas instituições, de parte desses recursos na amortização de dívidas com o Banco Central (Nota 7.a). Nota 12 - PROVISÕES PARA AÇÕES JUDICIAIS EM ANDAMENTO E PRECATÓRIOS A PAGAR a) Provisão para Ações Judiciais Durante o exercício de 2003 o Banco Central efetuou a avaliação de todas as ações em que figurava como parte, a fim de permitir o registro das provisões para perdas judiciais. Essas provisões basearam-se na expectativa de perda e, para tanto, foi efetuada análise individual do risco de cada uma das ações em curso, incluindo aquelas pendentes de julgamento. O atual sistema de controle de ações judiciais do Banco Central está em fase de implantação, assim como a sua contabilidade está em processo de adaptação às normas internacionais, procedimentos esses que deverão estar concluídos até o encerramento deste ano. Em decorrência, no 1º semestre de 2004, o quantitativo de ações existentes não foi alterado, apenas corrigindo-se o valor das provisões de acordo com a variação do IPCA-E no período. O quadro a seguir mostra a distribuição das ações nas quais o Banco figura como parte, conforme a natureza da causa: NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 19 (Em milhares de Reais) Natureza da Causa Quantidade Planos Econômicos Servidores Públicos SFH Instituições em Regimes Especiais Sistema Financeiro Nacional Crédito Rural Cadastros (CCF, Cadin e outros) Consórcio Câmbio e Área Internacional Tributos e Contribuições Títulos Públicos Contratos Pessoal Contratado Ativos Financeiros Bens (Móveis e Imóveis) Crimes e Ilícitos Licitação Privatização Dívida Ativa Dívida Pública Subtotal 25.337 1.130 1.060 1.003 988 175 488 471 445 426 364 249 238 232 121 76 73 50 15 3 32.944 Execução Fiscal Total 2.124 35.068 Essas 35.068 ações foram classificadas em contingenciáveis (27.420), quando os pleitos envolvem repercussão financeira, e não contingenciáveis (7.648), aquelas sem repercussão financeira. As 27.420 ações contingenciáveis foram então avaliadas em função do "Valor" e "Risco" envolvidos, de acordo com os seguintes parâmetros objetivos: I) Valor: - de interesse - valor do pedido na fase inicial do processo; - de execução - valor do pedido no processo de execução; - devido - valor homologado pelo juízo ou aceito pelo Banco Central no processo de execução; II) Escala de risco de perda (decisões ocorridas no próprio processo, jurisprudência e precedentes em casos similares do Banco Central): - bastante provável (100%); - provável (75%); - possível (50%); - remoto (25%); - bastante remoto (0%). A provisão existente em 30.6.2004 (R$2.505.928) refere-se a 4.281 ações que envolvem risco de perda, em percentuais que variam de 25% a 100%, conforme o nível de risco, cabendo ainda as seguintes observações: I) Ações decorrentes de planos econômicos: - Plano Collor - Desbloqueio de Cruzados Novos - não são contingenciáveis; - Plano Collor - Índices de Correção - em função da similaridade dos processos e de decisões do STF (RE 206048, DJ de 19.10.2001 e Súmula STF 725) e do STJ (Resp 124864, DJ de 28.09.1998) favoráveis ao Banco, foram avaliados pela média histórica dos pagamentos efetuados, ponderada pelo risco vinculado ao estágio processual e jurisprudência dos Tribunais Superiores. Assim, as ações em fase de execução têm risco "bastante provável" (100% do valor devido/executável). Aqueles em fase de conhecimento, com decisão desfavorável ao Banco Central no STJ/STF, risco "provável" (75% do valor de interesse) e com decisão desfavorável ao Banco Central no TRF, risco "remoto" (25% do valor de interesse). Para as ações em outras fases processuais, o risco de perda é "bastante remoto" (0% de provisão); NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 20 (Em milhares de Reais) - Outros Planos Econômicos: avaliação individual do risco e valor; II) Servidores Públicos - avaliação individual do risco e valor; III) SFH - possuem risco "bastante remoto" uma vez que o Banco vem sendo considerado parte ilegítima desses processos, conforme histórico de decisões judiciais e jurisprudência dos tribunais; IV) Instituições em Regimes Especiais: - as ações movidas por ex-administradores pleiteando apenas o levantamento da indisponibilidade de bens não foram consideradas contingenciáveis; - as ações movidas por ex-administradores, investidores e clientes pleiteando indenizações foram avaliadas individualmente quanto ao risco e valor. Com relação aos Depósitos Vinculados à Interposição de Recursos, o saldo em 30.6.2004 (R$406.063) refere-se aos depósitos efetuados pelo Banco Central, à ordem do Juízo Processante, com vistas à interposição de recursos ou de ação rescisória em geral. b) Precatórios a Pagar Segundo dispõe o § 1° do art. 100 da Constituição Federal, as entidades de direito público devem incluir nos seus orçamentos dotação necessária à cobertura dos precatórios judiciários apresentados até 1° de julho de cada ano, para pagamento até o final do exercício seguinte. Com a edição da Emenda Constitucional 30, de 13 de setembro de 2000, os precatórios decorrentes de ações ajuizadas até 31.12.1999 serão liquidados pelo seu valor real, em moeda corrente, acrescido de juros legais, em prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de dez anos, ressalvados, entre outros, os créditos de natureza alimentícia e de pequeno valor. Em atenção ao disposto no art. 28 da Lei 10.524/2002 (Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO 2003) e no art. 24 da Lei 10.707/2003 (LDO 2004), as dotações aprovadas na lei orçamentária anual, destinadas ao pagamento de débitos oriundos de decisões judiciais transitadas em julgado, seriam integralmente descentralizadas aos tribunais, a quem caberia requisitar os recursos e efetuar os pagamentos diretamente. Tendo em vista que os recursos orçamentários e financeiros não transitam mais pelo Banco e que a responsabilidade pelo pagamento é dos tribunais requisitantes, o passivo referente aos precatórios a serem pagos em 2004 foram baixados no 1º semestre de 2004. O saldo existente em 30.6.2004 (R$440.274) refere-se aos precatórios provisionados até o exercício de 2004, para pagamento a partir de 2005. Nota 13 – MEIO CIRCULANTE O Meio Circulante representa o saldo de papel-moeda e moedas metálicas em circulação, em poder do público e das instituições financeiras, registrado pelo valor de emissão. A seguir é apresentada a distribuição de cédulas e moedas por denominações, em circulação: NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 21 (Em milhares de Reais) Em 30 de junho 2004 Em unidades Cédulas R$1,00 R$2,00 R$5,00 R$10,00 R$20,00 R$50,00 R$100,00 Moedas R$0,01 R$0,05 R$0,10 R$0,25 R$0,50 R$1,00 2003 Em R$ m il Em unidades Em R$ m il 2.570.507.022 45.440.779 2.297.879.928 37.670.084 676.671.891 237.857.710 216.477.096 640.047.677 135.144.690 646.563.205 17.744.753 676.672 475.715 1.082.386 6.400.477 2.702.894 32.328.160 1.774.475 714.172.727 158.471.568 194.670.339 612.782.868 72.998.679 528.011.210 16.772.537 714.173 316.943 973.352 6.127.829 1.459.973 26.400.560 1.677.254 9.202.242.589 1.204.149 8.322.866.816 1.127.915 3.019.206.602 2.081.546.490 2.205.648.361 877.929.675 776.158.152 241.753.309 30.192 104.077 220.565 219.483 388.079 241.753 2.833.729.485 1.853.135.213 1.933.950.110 739.632.802 667.603.166 294.816.040 28.337 92.657 193.395 184.908 333.802 294.816 Moedas Com em orativas TOTAL 691 576 46.645.619 38.798.575 O meio circulante apresentou, em junho de 2004, crescimento nominal de 20,2%, em comparação com a mesma data do ano anterior. Descontada a inflação medida pelo IPCA de 6,1%, verificou-se crescimento real de 13,4%. Esses números refletem o processo de retomada da atividade econômica, iniciado no 2° semestre de 2003, impulsionado pela redução da taxa de juros nos últimos 12 meses. O impacto dessa expansão sobre o meio circulante tende a se consolidar à medida que a recuperação do nível de emprego e da massa salarial se reflita em aumento de consumo. Nota 14 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO O Patrimônio Líquido é composto de: a) Patrimônio, que corresponde ao saldo registrado no ato da criação do Banco Central e aos resultados apurados pelo Banco até o exercício de 1987, atualizados monetariamente até dezembro de 1995; b) Reservas para Contingências, instituídas em consonância com o § 3° do art. 2º da MP 2.179-36, totalizam R$4.327.548, e têm o objetivo de reduzir o resgate de títulos da carteira do Banco e, em conseqüência, manter as condições adequadas à execução da política monetária; c) Reserva de Reavaliação, decorrente de reavaliação de bens do ativo imobilizado (Nota 3.h) e de sua realização. Nota 15 – LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – INFORMAÇÕES EXIGIDAS a) o impacto e o custo fiscal das operações - Lei de Responsabilidade Fiscal, § 2º do art. 7º: O parágrafo único do art. 8º da Lei 4.595/64, com a redação dada pelo Decreto-Lei 2.376/87, prevê que “os resultados obtidos pelo Banco Central do Brasil, consideradas as receitas e despesas de todas as suas operações, serão, a partir de 1° de janeiro de 1988, apurados pelo regime de competência e transferidos para o Tesouro Nacional, após compensados eventuais prejuízos de exercícios anteriores”. Esse dispositivo foi parcialmente alterado pela Lei de Responsabilidade Fiscal: “Art 7° O resultado positivo do Banco Central, apurado após a constituição ou reversão de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido até o décimo dia útil subseqüente à aprovação dos balanços semestrais. § 1° O resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro para com o Banco Central do Brasil e será consignado em dotação específica no orçamento." De acordo com o inciso II do art. 2º da Medida Provisória 2.179-36, esse resultado negativo deverá ser NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 22 (Em milhares de Reais) objeto de pagamento até o 10º dia útil do exercício subseqüente ao da aprovação do balanço pelo CMN. Assim, temos que: I - o resultado do Banco Central do Brasil considera as receitas e despesas de todas as suas operações; II - os resultados positivos são transferidos como receitas e os negativos são cobertos como despesas do Tesouro Nacional; III - tais resultados são contemplados no Orçamento Fiscal à conta do Tesouro Nacional. O Banco apresentou superávit de R$2.108.762 no 1º trimestre e de R$686.938 no 2º trimestre, totalizando um resultado positivo de R$2.795.700 no semestre que, após a constituição e realização de reservas, será transferido para o Tesouro Nacional até o 10º dia útil após sua aprovação pelo CMN. Em conformidade com o § 5º do art. 9º da Lei de Responsabilidade Fiscal, no prazo de noventa dias após o encerramento do semestre, o Banco Central apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas operações e os resultados demonstrados nos balanços. b) o custo da remuneração das disponibilidades do Tesouro Nacional - Lei de Responsabilidade Fiscal, § 3º do art. 7º: O custo correspondente à remuneração dos depósitos do Tesouro Nacional atingiu, no 1º trimestre de 2004, o montante de R$4.760.784 e no 2º trimestre R$6.718.206 (R$11.478.990 no semestre). c) o custo da manutenção das reservas cambiais - Lei de Responsabilidade Fiscal, § 3º do art. 7º: O custo da manutenção das reservas cambiais é calculado pela diferença entre a taxa de rentabilidade das reservas e a taxa média de captação apurada no passivo do Banco. Reservas Internacionais Saldo Médio (R$ m il) Rentabilidade (%) Custo Médio do Passivo Custo de Manutenção das Reservas Internacionais (%) (%) (R$ m il) 1º Trim estre 152.148.937 0,9 2,3 (1,4) (2.164.166) 2º Trim estre 160.284.623 5,4 3,8 1,6 2.596.130 1º Sem estre 156.216.780 6,5 6,2 0,3 431.964 No 2º trimestre, com um saldo médio diário de R$160.284.623, as reservas internacionais apresentaram rentabilidade positiva de 5,4%. Excluído o custo médio do passivo desta Autarquia, de 3,8%, o resultado líquido das reservas foi positivo em 1,6% (R$2.596.130). d) a rentabilidade da carteira de títulos, destacando os de emissão da União - Lei de Responsabilidade Fiscal, §3º do art. 7º: Receitas 1º Trim estre Títulos da União Títulos de Emissão Própria 2º Trim estre Títulos da União Títulos de Emissão Própria Total do Sem estre Despesas Resultado 13.040.068 (3.968.765) 9.071.303 12.661.906 378.162 (2.557.843) (1.410.922) 10.104.063 (1.032.760) 17.310.023 (7.569.489) 9.740.534 17.111.011 199.012 (4.897.593) (2.671.896) 12.213.418 (2.472.884) 30.350.091 (11.538.254) 18.811.837 Obs: A partir de junho de 2004, tendo em vista mudança no critério de classificação das operações, o item " Títulos da União" passa a incluir as receitas e despesas com as operações compromissadas de livre movimentação. No 2º trimestre, o resultado positivo é, em grande parte, explicado pelos seguintes fatores: NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EM 30 DE JUNHO DE 2004 fl. 23 (Em milhares de Reais) I - títulos da União − o resultado das operações com os títulos da União foi positivo em R$12.213.418, em função, principalmente, de atualização monetária e cambial; II - títulos de emissão própria – o resultado líquido com títulos de emissão própria foi negativo em R$2.472.884 e decorreu de atualização cambial e despesa com juros de NBC. Nota 16 – OUTRAS INFORMAÇÕES a) Situação financeira e atuarial: A Lei 8.112/90 prevê, no § 1º do seu art. 185, que as aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas pelos órgãos ou entidades aos quais se encontram vinculados os servidores. O Banco Central, no âmbito do projeto de adaptação às normas internacionais de contabilidade, vem estudando o tratamento contábil mais adequado a ser dado à matéria. Assim, a Diretoria do Banco Central do Brasil autorizou a contratação de empresa atuária, conforme concorrência Demap 001/2004, publicada na Seção 3, do Diário Oficial da União – DOU, de 15.7.2004, para calcular o valor real do passivo. A provisão correspondente será efetuada tão logo o montante da obrigação seja conhecido. b) Aprovação e Divulgação: As demonstrações financeiras do Banco Central foram aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional CMN, em 26.8.2004, e estão disponíveis na internet no endereço www.bcb.gov.br. Presidente: Diretores: HENRIQUE DE CAMPOS MEIRELLES AFONSO SANT’ANNA BEVILAQUA, ALEXANDRE SCHWARTSMAN, ANTONIO GUSTAVO MATOS DO VALE, EDUARDO HENRIQUE DE MELLO MOTTA LOYO, JOÃO ANTÔNIO FLEURY TEIXEIRA, LUIZ AUGUSTO DE OLIVEIRA CANDIOTA, PAULO SÉRGIO CAVALHEIRO, SÉRGIO DARCY DA SILVA ALVES. Chefe do Departamento de Administração Financeira: JEFFERSON MOREIRA Contador - CRC-DF 7333 Parecer dos auditores independentes Ao Presidente e aos Diretores do Banco Central do Brasil Brasília - DF 1. Examinamos o balanço patrimonial do Banco Central do Brasil levantado em 30 de junho de 2004 e as respectivas demonstrações do resultado e das mutações do patrimônio líquido, correspondentes ao semestre findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras das instituições financeiras em liquidação com as quais o Banco Central Brasil detém créditos a receber no montante de R$ 23.003.042 mil foram examinadas por outros auditores independentes. Para esses créditos foi constituída uma provisão para perdas na sua realização no valor de R$ 5.238.853 mil, com base nas normas contábeis vigentes aplicáveis ao Banco Central do Brasil. Essas normas requerem a apuração do ativo líquido dessas instituições após dedução dos passivos preferenciais, obtidos daquelas demonstrações financeiras. Nossa opinião quanto à suficiência da referida provisão para perdas baseia-se nas opiniões daqueles auditores sobre as demonstrações financeiras utilizadas como base para seu cálculo (Nota Explicativa nº 7a). 2. Exceto quanto ao mencionado no parágrafo 3, nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco Central do Brasil; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco Central do Brasil, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Conforme divulgado na Nota Explicativa nº 16(a), o Banco Central do Brasil é responsável pelo pagamento das aposentadorias aos servidores aposentados a partir de 1991, que não participam do plano de previdência da CENTRUS. Essa obrigação tem sido liquidada em bases mensais a partir da dotação orçamentária prevista no Orçamento Administrativo. O Banco Central do Brasil não procedeu ao registro contábil e ao levantamento desse passivo atuarial. 4. As demonstrações financeiras mencionadas no parágrafo 1 foram preparadas de acordo com as práticas contábeis descritas na Nota Explicativa nº 3, que não divergem significativamente das práticas contábeis adotadas no Brasil. Com a aprovação do Conselho Monetário Nacional e com o objetivo de se aproximar das melhores práticas internacionais, o Banco Central do Brasil desde o ano de 2002 vem adotando uma série de alterações nessas práticas contábeis, principalmente com relação a: (i) Apropriação integral de despesa relativa às obrigações de cobertura de reservas atuariais da CENTRUS - Nota Explicativa nº 8; (ii) Identificação e segregação da carteira de títulos a ser classifica no grupo “títulos mantidos até o vencimento”, com conseqüente adaptação de seu critério de avaliação para custo corrigido - 1 Nota Explicativa nº 5; e (iii) Registro contábil de provisão para contingências judiciais - Nota Explicativa nº 12. 5. Em nossa opinião, com base em nossos exames e no parecer de outros auditores independentes, conforme mencionado no parágrafo 1 e exceto pelos ajustes que possam resultar do assunto discutido no parágrafo 3, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Central do Brasil em 30 de junho de 2004, o resultado de suas operações e as mutações de seu patrimônio líquido, correspondentes ao semestre findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, complementadas pelas normas específicas aplicáveis ao Banco Central do Brasil, descritas na Nota Explicativa nº 3. 6. As demonstrações financeiras relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2003, apresentadas para fins de comparação, foram por nós examinadas e sobre elas emitimos um parecer com divisão de responsabilidade com outros auditores independentes em decorrência do mesmo assunto discutido no parágrafo 1, e com ressalvas, a respeito do assunto mencionado no parágrafo 3 e quanto à ausência do registro de provisão para contingências judiciais, que foi efetuado a partir da elaboração das demonstrações financeiras relativas ao semestre findo em 31 de dezembro de 2003, conforme descrito na Nota Explicativa nº 12. 11 de agosto de 2004 KPMG Auditores Independentes CRC SP014428/O-6-F-DF Francesco Luigi Celso Contador CRC SP175348/O-5-S-DF 2