Anais do II Congresso de Ciência e Tecnologia da PUC Goiás Disponível em: http://pucgoias.edu.br/ucg/prope/pesquisa/anais/2016 ISSN: 2177-3327 PRODUÇÃO DE FORÇA MUSCULAR E O FENÔMENO DA PONTE CRUZADA RAFAEL RIBEIRO ALVES, BRUNO HADLEY GUEDES DA SILVA, JOÃO ANTÔNIO CORREIA RIBEIRO, ADEMIR SCHMIDT, LAIS TAMARA MIRANDA ALVES, ANDERSON MIGUEL DA CRUZ [email protected] Objetivo: A pesquisa teve o objetivo de compreender qual a relação do fenômeno denominado educação de ponte cruzada(EPC) envolvendo o sistema nervoso central no processo de produção de força muscular e como este pode influenciar na magnitude de força produzida durante a prática do treinamento de força. Método: Este estudo se caracteriza como uma pesquisa bibliográfica, transversal, vinculado a linha de pesquisa das Ciências do Esporte e da Saúde. As buscas foram realizadas nas Bases de Dados MEDLINE, HIGWIRE, PUBMED, Scielo, Periódicos CAPES e Banco de Dissertações e Teses. Foram selecionados os artigos publicados entre os anos de 2006 à 2016, salvo exceções pela credibilidade apresentada. Visto que, não houve diferenças nos processos de indexação nas bases de dados bibliográficos, a coleta foi realizada utilizando-se dos termos: " Adaptação neural e treinamento de força", " educação de ponte cruzada e treinamento de força" e " força muscular e educação de ponte cruzada” nos idiomas inglês, português e espanhol. Artigos que não correlacionavam a força muscular com a EPC, foram descartados. Resultados: Foram revisados 108 artigos, dos quais selecionamos 6, sendo possível a partir destes apresentar os resultados. O fenômeno EPC, ocorre em diferentes gêneros e faixas etárias, sendo o aumento da força muscular seguido de um aumento da atividade eletromiográfica do membro não treinado (Fimland, 2009; Adamson et al.,2008; Lee e Carroll, 2007). Carroll et al. (2006) encontrou correlação entre as particularidades do treinamento e a magnitude do aumento da força no membro não treinado. Na pesquisa de Magnus et al. (2010), foi constatado aplicabilidade do fenômeno com o objetivo de reduzir o decréscimo da força em membros imobilizados. Hendy, Spittle e Kidgell (2011) justificaram o aumento da força no membro não treinado através da interação entre os hemisférios cerebrais, bem como as fibras corticospinais ipsilaterais. Conclusão: Pode-se correlacionar a EPC com a produção de força muscular, através do aumento da atividade eletromiográfica do membro não treinado que está diretamente relacionada com o aumento do recrutamento de unidades motoras e consequentemente uma maior produção de força muscular. A interação entre hemisférios pode estimular neurônios não ativos e posteriormente aumentar o potencial do mesmos em enviar impulsos elétricos a fibra muscular, podendo também aumentar a magnitude de força produzida. Palavras-chave: Adaptação neural e treinamento de força. educação de ponte cruzada e treinamento de força. força muscular e educação de ponte cruzada.