FACULDADE MARIA MILZA
BACHARELADO EM ODONTOLOGIA
MARÍLIA DANDARA BORGES DE SOUSA E SILVA OATU
AVALIAÇÃO NÍVEL DE ANSIEDADE NO CONTEXTO ODONTOLÓGICO EM
PACIENTES ADULTOS
GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2016
MARÍLIA DANDARA BORGES DE SOUSA E SILVA OATU
AVALIAÇÃO NÍVEL DE ANSIEDADE NO CONTEXTO ODONTOLÓGICO EM
PACIENTES ADULTOS
Monografia apresentada na Faculdade Maria
Milza, no curso de bacharelado em
odontologia, na disciplina de TCC II,
ministrada pela profª Andréa Jaqueira da
Silva Borges como requisito de avaliação
parcial do semestre de 2016.2.
:
Camilo Castro de Oliveira
Prof. Orientador
GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2016
Dados Internacionais de Catalogação
Oatu, Marília Dandara Borges de Sousa e Silva
A11a
Avaliação do nível de ansiedade no contexto odontológico em
pacientes adultos / Marília Dandara Borges de Sousa e Silva Oatu.
– Governador Mangabeira – Ba, 2016.
56 f.
Orientador: Prof. Camilo Castro de Oliveira
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) –
Faculdade Maria Milza, 2016.
1. Odontologia. 2. Ansiedade Odontológica. 3. Terapêutica
Odontológica I. Oliveira, Camilo Castro de. II. Título.
CDD 617
MARÍLIA DANDARA BORGES DE SOUSA E SILVA OATU
AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DE VARIÁVEIS SOBRE O NÍVEL DE ANSIEDADE
DENTAL EM ADULTOS
Aprovada em _____/_____/_____
BANCA DE APRESENTAÇÃO
_______________________________________________
Camilo Castro de Oliveira
Orientador/FAMAM
_______________________________________________
Membro Avaliador
_______________________________________________
Membro Avaliador
_______________________________________________
Dra Andréa Jaqueira da Silva Borges
Professora de TCC/FAMAM
GOVERNADOR MANGABEIRA – BA
2016
RESUMO
A ansiedade pode ser percecionada como um estado de desconforto físico e
psíquico caracterizado por ausência de tranquilidade, receio, excesso de agonia ou
aflição intensa; estando ligada à expectativa sobre algum evento. O caráter único do
meio oral e do tratamento dentário em si contribui para a antecipação do medo e
ansiedade adjacentes à dor; estes conceitos estão interligados, partilhando formas
de expressão. Portanto, fatores psicossociais influenciam a dor pós-operatória, o
que realça a importância de uma abordagem empática antes do início de
procedimentos odontológicos. Assim serão influenciadas tanto a conformidade e a
aderência a procedimentos operatórios como planos terapêuticos e preventivos
tendo em vista a saúde bucal do paciente. Diante do exposto, esta pesquisa teve por
objetivo geral avaliar os elementos relacionados com a ansiedade no contexto
odontológico de uma Clínica Escola de um município do Recôncavo Baiano, a partir
do uso do Índice de Ansiedade Dental e Medo (IDAF-4C) de Armfield, delineando os
seguintes objetivos específicos: verificar a frequência da ansiedade dental na
população estudada e relacionar a influência de variáveis como gênero, idade, grau
de escolaridade, motivo adjacente a consulta dental e existência ou não de história
dental negativa pregressa sobre a frequência da ansiedade odontológica na
população estudada. O estudo de natureza descritiva e abordagem quantitativa, a
ser realizado na Clínica Integrada de Odontologia da Faculdade Maria Milza –
CLIOF, a partir de uma amostra de conveniência investigará a ansiedade dental dos
pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, sem afecção sistêmica
comprovada e que cadastrados na clínica. Os mesmos responderam a um formulário
para a caracterização sociodemográfica da amostra e os questionamentos
referentes ao índice IDAF-4C com o objetivo de mesurar a ansiedade dental, os
resultados obtidos foram processados através do software SPSS, e submetidos à
analise dde agrupamento e análise discriminante. Este estudo seguiu conforme a
resolução do Conselho Nacional de Saúde 466/12 e se justificou em proporcionar
uma nova perspectiva aos cirurgiões-dentistas, por meio da utilização de um
instrumento para avaliação da ansiedade, o qual funcionou como indicativo de sua
presença, mediante a aplicação deste, durante a anamnese clínica. Outrossim,
permitiu aos pacientes que entendessem o medo odontológico como um fenômeno
que pode ser minimizado se devidamente compreendido. Essa pesquisa contribuiu
igualmente à sociedade científica na sua meta de preencher lacunas nesse ramo de
estudo, ao possibilitar informações que participou para a dissolução de questões
suscitadas tanto pela Odontologia quanto pela Psicologia. O estudo concluiu que •O
nível de ansiedade dos pacientes avaliados está mais relacionado a sua idade que a
outras variáveis. Entre os grupos existentes dentro da amostra estudada o de maior
faixa etária foi mais ansioso, embora o índice utilizado apontasse para um nível de
ansiedade moderado.
Palavras-Chave: Ansiedade Odontológica, Medo de Dentista, índice de Ansiedade
Dental e Medo.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Dendrograma – Relação entre as variáveis sociodemográficas, natureza
da história dental e Score do IDAF-4c.................................................................. 27
Figura 2 - Dendrograma de distribuição de casos com indicação dos grupos
identificados para a altura de corte considerada .................................................. 28
Figura 3 – Diagrama Centroide do Grupo Mulheres-Prevenção .......................... 31
Figura 4 - Diagrama Centroide do Grupo Mulheres-Dor ...................................... 32
Figura 5 - Diagrama Centroide do Grupo Homens ............................................... 33
Figura 6 - Diagrama Centroide do Grupo Mais Velhos......................................... 34
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Variáveis sociodemográficas, motivos da consulta e experiência com
procedimentos odontológicos dos pacientes da Cliof do segundo semestre de 2016 .. 24
Tabela 2 – Testes de igualdade de médias de grupo.................................................... 29
Tabela 3 – Valores médios das variáveis por grupo ...................................................... 29
Tabela 4 – Coeficientes de função de classificação ...................................................... 35
Tabela 5 – Valores correspondentes às respostas possíveis a cada variável nominal . 35
Tabela 6 – Funções de classificação obtidas pela análise discriminante para a
alocação das amostras nos grupos previamente formados .......................................... 36
Tabela 7 – Resultados do teste de validação da classificação..................................... 37
Tabela 8 – Alocação dos novos casos .......................................................................... 38
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10
2 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................... 12
2.1 A ANSIEDADE: DEFINIÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO ......................................... 12
2.2 MÉTODOS PARA MENSURAÇÃO DA ANSIEDADE ............................................. 13
2.3 PRINCIPAIS CAUSAS E IMPLICAÇÕES DA ANSIEDADE NA ASSISTÊNCIA
ODONTOLÓGICA ........................................................................................................ 14
2.4 TERAPÊUTICAS ODONTOLÓGICAS DE ABORDAGENS NO CONTEXTO DA
ANSIEDADE.................................................................................................................. 15
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................................. 19
3.1 TIPO DE ESTUDO .................................................................................................. 19
3.2 LOCAL DE ESTUDO ............................................................................................... 19
3.3 PARTICIPANTES DO ESTUDO .............................................................................. 20
3.4 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA .......................................... 20
3.5 ASPECTOS ÉTICOS............................................................................................... 21
3.6 ANÁLISE DOS DADOS ........................................................................................... 22
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................. 24
4.1 PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E NATUREZA DA HISTÓRIA DENTAL
PREGRESSA ................................................................................................................ 24
4.2 FORMAÇÃO DOS GRUPOS DE INDIVÍDUOS MAIS SEMELHANTES ................ 27
4.2.1 Caracterização dos Grupos Formados ................................................................. 29
4.2.2 Funções de Classificação dos Casos ................................................................... 35
4.2.3 Avaliação do grau de acerto na alocação dos casos por meio das funções de
classificação .................................................................................................................. 36
4.2.4 Alocação dos casos da amostra de teste através das funções de classificação .. 37
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 39
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 40
APÊNDICES ................................................................................................................. 45
APÊNDICE 1 – FORMULÁRIO DE CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA ...... 46
APÊNDICE 2 – INDICE DE ANSIEDADE DENTAL E MEDO – IDAF4C – VERSÃO
EM PORTUGUÊS ......................................................................................................... 47
APÊNDICE 3 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO................. 48
ANEXOS ....................................................................................................................... 49
ANEXO 1 – AUTORIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO CO-PARTICIPANTE .......................... 50
ANEXO 2 – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA ................................. 51
10
1 INTRODUÇÃO
A ansiedade dental é um fator determinante na adesão aos tratamentos
dentários e o ‘medo de dentista’ é um fenômeno bastante disseminado na população
em geral.
Em termos práticos, o conceito de ansiedade pode ser percecionado
como um estado de desconforto físico e psíquico caracterizado por ausência de
tranquilidade, receio, excesso de agonia ou aflição intensa; e está ligada à
expectativa sobre algum evento (ARMFIELD, 2010a).
Sigmund Freud (1926) classificou a ansiedade em três tipos: realística,
neurótica e moral. A realística seria o medo de fatores pertencentes ao mundo
externo; a ansiedade moral por sua vez decorreria do medo de ser punido, e a
ansiedade neurótica definiria o medo inconsciente, não se aplicando a um objeto
específico. Esta última ocorre devido a natureza perturbadora e assustadora de um
fenômeno em questão; sua consciência não possui estruturas no momento,
podendo, depois de analisada e devidamente classificada, se tornar realista ou
moral.
O caráter único do meio oral e do tratamento dentário em si contribui para a
antecipação do medo e ansiedade adjacentes a dor; estes conceitos estão
interligados, partilhando formas de expressão (MCNEIL et al., 2014).
Segundo
Aggarwal e Fortune (2014),fatores psicossociais podem influenciar a dor pósoperatória, o que realça a importância de uma abordagem empática antes do início
de procedimentos odontológicos.
Estes autores salientam ainda que o reconhecimento da variedade de
comportamentos associados a diferenças culturais deverá ser um componente
significativo no contexto da educação odontológica universitária. A apreensão deste
conhecimento também permitirá entender como tais comportamentos complexos
poderão ser tematizados com o intuito de aliviar a ansiedade e medo dental nos
pacientes. Deste modo serão influenciadas tanto a conformidade e a aderência a
procedimentos operatórios como planos terapêuticos e preventivos visando o
combate de doenças orais.
A ansiedade odontológica está relacionada com agentes estressores,
podendo ser estes o ambiente do consultório, o ruido da turbina e a situações
traumáticas pregressas que provocam certatensão emocional no sujeito.
sintomas
psicossomáticos
resultantes
abrangem:
palpitações,
Os
transpiração,
11
sintomas abdominais, tremores, boca seca, dilatação das pupilas, falta de ar, e
tontura.
As reações emocionais também incluem irritabilidade, dificuldade de
concentração, e fuga da condição ou objeto temido.
Tais efeitos interferem no
atendimento odontológico e na autopercepção do paciente ansioso sobre sua saúde
oral. A redução da ansiedade e medo é essencial para que o paciente busque
tratamento odontológico preventivo, assim melhorando a qualidade de vida
(MURRER; FRANSCISCO; ENDO, 2014).
Dentro desse espectro, o papel do profissional no manejo do paciente ansioso
é de fundamental importância para que se minimize a evasão aos cuidados
dentários. Tais fatos tornam o estudo dessa área de conhecimento pertinente a
todos os cirurgiões-dentistas a despeito do seu ramo de atuação clínica. Diante do
exposto, o estudo traz a seguinte questão de investigação: Como se comportam os
elementos relacionados com a ansiedade no contexto odontológico em adultos, a
partir da escala de ansiedade dental de Armfield?
Esta pesquisa teve por objetivo geral avaliar os elementos relacionados com a
ansiedade no contexto odontológico em uma Clínica Escola de um município do
Recôncavo Baiano, a partir do uso do Índice de Ansiedade Dental e Medo (IDAF-4C)
de Armfield, delineando os objetivos específicos: descrever o perfil sociodemográfico
e a natureza da história dental pregressa dos participantes; verificar a frequência da
ansiedade dental na população estudada e observar a relação das variáveis sexo,
idade, grau de escolaridade, motivo adjacente a consulta dental e existência ou não
de história dental negativa pregressa com o nível da ansiedade odontológica na
população estudada.
O presente trabalho se justificou por proporcionar uma nova perspectiva aos
cirurgiões-dentistas, por meio da utilização de um instrumento para avaliação da
ansiedade, o qual funcionou como indicativo de sua presença, mediante a aplicação
deste, durante a anamnese clínica. Outrossim, permitiu aos pacientes que
entendessem o medo odontológico como um fenômeno que pode ser minimizado se
devidamente compreendido. Essa pesquisa contribuiu à sociedade científica na sua
meta de preencher lacunas nesse ramo de estudo, ao possibilitar informações que
contribuíram para a dissolução de questões suscitadas tanto pela Odontologia
quanto pela Psicologia.
12
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A ANSIEDADE: DEFINIÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO
O conceito de medo do tratamento dentário constitui um fenômeno bem
disseminado entre pacientes e evoca problemas consideráveis na forma de lidar
com os mesmos. A ansiedade resultante pode ser definida como um estado
emocional de aversão, antecipando um estímulo receado pelo indivíduo numa
situação futura, com ou sem presença de uma ameaça física imediata (ARMFIELD,
2010a).
Em
termos
absolutos,
esta
é
uma
das
emoções
humanas
mais
preponderantes, cujos efeitos incidem sobre a consciencialização física e mental de
impotência em antecipação a presença de insídia iminente; também se reflete no
sentimento de condenação e perigo proveniente do interior do indivíduo, ambos
resultantes de apreciação cognitiva situacional; além de se expandir sobre dúvidas
insolucionáveis referentes a natureza da ameaça, da melhor forma emreduzí-la, e da
capacidade individual e subjetiva para efetivamente utilizar tais mecanismos de
defesa (WEINER, 2011).
Traz ainda que o modo de avaliação de uma situação por parte do sujeito
depende de dois conjuntos de fatores: os inerentes ao objeto de estímulo ou a
própria ocorrência e as variáveis interpessoais. Atendendo ao primeiro, é de notar
que alguns individuos estão condicionados de modo a reagir negativamente ao
tratamento
dentário e
Referentemente
ao
as inúmeras facetas associadas ao
segundo,
a
capacidade
de
lidar
procedimento.
com uma
situação
potencialmente nefasta determina o tipo de respostas evocadas por
tal
comportamento.
Estudos procuraram evidenciar a provável relação entre variáveis distintas e a
presença da ansiedade odontológica. Os autores Oliveira et al. (2010) concluíram
que existe uma correlação entre os níveis de ansiedade dos responsáveis e dos
pacientes pediátricos, visto que crianças não ansiosas eram acompanhadas por pais
igualmente não ansiosos. Dentre os pacientes avaliados por Pasini e Balestreri
(2011) aqueles que apresentavam história dental negativa pregressa foram
significativamente mais ansiosos.
13
Nesse contexto, sabe-se que muitos dos pacientes atendidos no ambiente
odontológico relatam algum nível de ansiedade, por isso métodos de mensuração e
avaliação da ansiedade são necessários para que o cirurgião-dentista possa
identificá-los.
2.2 MÉTODOS DE MENSURAÇÃO DA ANSIEDADE
A ansiedade é um dos aspectos mais negligenciados em torno do tratamento
dentário, o que resulta no aumento da dificuldade na realização de procedimentos
cirúrgicos que visam à restituição da saúde oral. O conhecimento extensivo deste
fenômeno e aplicação do mesmo torna possível uma alteração comportamental
positiva no paciente; sua ampliação para além do setor odontológico, abrangendo a
psique do indivíduo, providencia resultados mais consistentes no tratamento
(BODHANKAR et al., 2013).
É recomendado que os cirurgiões-dentistas utilizem ferramentas de rastreio
do medo do tratamento dentário de modo a identificar e compreender melhor este
fenômeno na sua população de pacientes e assistir na tomada de decisões relativas
a gestão de casos individuais(ARMFIELD,2011).O profissional de odontologia pode
mensurar os níveis de medo e ansiedade por meio de automonitorização, análise e
relatório ou administrando um teste.O uso de uma escala uniformizada irá detectar
procedimentos potencialmente causadores de medo e influenciar o comportamento
do paciente de maneira apropriada, usando uma abordagem cognitiva(SUHANI;
SUHANI; BADEA, 2016).
Indivíduos
extremamente
ansiosos
representam
uma
população
especialmente problemática aquando do tratamento e são também um desafio para
o corpo odontológico em termos da gestão dos seus casos pessoais. Não obstante
dos esforços sendo feitos para reduzir a incidência de fobia de tratamento dentario
entre pacientes mais jovens, que pela primeira vez visitam um dentista, é também
necessário um esforço concentrado para quebrar o que aparenta ser um ciclo
vicioso de odontofobia e desta maneira poder providenciar assistência a indivíduos
com histórico de padrões de evasão deste tipo de situações(ARMFIELD,2007).
A criação de uma escala de ansiedade dentária mais eficiente tem por base a
resolução
de
certos
problemas
característicos
de
escalas
existentes,
nomeadamente: a longa extensão, a mensuração de estímulos relacionados com o
14
medo em vez do medo em si e a validade da escala quanto a sua estrutura e
propósito (ARMFIELD, 2010a).
Munidos de uma ferramenta de identificação da ansiedade, os profissionais
de odontologia podem prevenir as consequências das crises ansiosas relacionadas
ao atendimento odontológico, com efeito na saúde oral do indivíduo.
2.3 IMPLICAÇÕES DA ANSIEDADE NA ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA
Um comportamento baseado no medo e ansiedade dentária poderá implicar
na fuga da consulta, ao não marcar uma avaliação odontológica, ou até mesmo ao
desmarcar ou faltar à mesma, o que trará inevitáveis consequências na prevenção, e
tratamento dentário, que refletirá indubitavelmente na saúde oral, assim como no
bem-estar psicológico, social e na qualidade de vida dos indivíduos, repercutindo-se
novamente na ansiedade dentária (SILVA, 2012). Pacientes ansiosos evitam
frequentemente o tratamento odontológico, a despeito do seu nível social ou
escolaridade (FERREIRA et al., 2004).
Niveis elevados de ansiedade dental podem levar o paciente a evitar
tratamento dental como também a alterar a sua percepção de dor (SANIKOP;
AGRAWAL; PATIL, 2011). A ansiedade odontológica é definida como determinante
da percepção de dor pelo paciente durante o atendimento, estando relacionada aos
procedimentos realizados e a utilização de elementos como agulha e brocas
(COSTA;RIBEIRO;CABRAL, 2012).
O medo e a ansiedade inicial de uma pessoa frente ao tratamento dentário
pode conduzir aevasão ou a procura irregular do mesmo. Esta situação pode se
traduzir em visitas dentárias irregulares com ênfase exclusiva em casos de
urgênciaou nem mesmo nestes eventos. Caso o tratamento necessário não for
providenciado, a saúde oral poderá ser afetada negativamente através,por
exemplo,do desenvolvimento de lesões cariosasnos dentes, assim como afecções
no periodonto(HAKEBERG; LUNDGREN, 2013).
Trazem também que desta forma, a deterioração da saúde oral progride na
sua expansão, de modo que o indivíduo toma consciência dos efeitos na sua
saúdegeral. A incapacidade de se mostrar disposto a consentir com o tratamento
dental,irá instaurar sentimentos de inferioridade e vergonha frente a situação, o que
para um individuo com ansiedade odontológicapoderá culminar no surgimento de
15
problemas sociais diários evidentes em relacionamentos tensos dentro do ambiente
de trabalho, com amigos ou em família. Com o tempo, este padrão de efeitos pode,
por sua vez, levar a uma maior e mais difundida ansiedade no contexto odontológico
e eventualmente a procura menos regular de tratamento dental ou a evasão total do
mesmo.
A quebra do ciclo de ansiedade e medo requer abordagem multidisciplinar. O
uso adequado de técnicas de controle e manejo pode melhorar o comportamento do
paciente, facilitando tanto a relação com o profissional quanto a exerção da sua
especialidade (ARMFIELD, 2011).
Em particular, a ansiedade dental é um fator de risco para a saúde oral,
qualidade do trabalho e da vida social dos pacientes. O problema segundo
Bodot(2015) é baseado no atendimento desses pacientes, a curto prazo, no
tratamento principalmente de urgência; e a longo prazo para a reabilitação total. Fazse necessária nesse contexto a observação terapêutica para o sucesso da cura ou
reabilitação .
A ansiedade compromete o sucesso dos tratamentos propostos e até mesmo
a manutenção da saúde oral, por isso a odontologia tem buscado formas de
minimizar a ansiedade, na tentativa de tornar o atendimento ambulatorial mais
agradável para o paciente facilitando a adesão do mesmo ao tratamento e ao
autocuidado.
2.4 TERAPÊUTICAS DE ABORDAGENS NO CONTEXTO DA ANSIEDADE
Neste contexto, os cirurgiões-dentistas terão de saber interpretar indícios e
reações que revelam temores, receios e fragilidades dos pacientes, estabelecendo
uma relação de empatia e de mútua confiança, com abordagens metodológicas e
farmacológicas apropriadas (SILVA, 2012).
Zanatta et al. (2014), ressaltam a importância em adotar uma abordagem de
intervenção e atenção biopsicossocial relativa à pesquisa médica, uma vez que este
procedimento preparatório facilita e melhora o contato profissional, humanizando a
relação paciente/cuidados de saúde prestados. O procedimento de informação facea-face prévio ao procedimento a ser realizado, poderá ser efetivamente empregado
a fim de reduzir reações de ansiedade em pacientes submetidos a situações
invasivas.
16
Da mesma forma Murrer, Franscisco e Endo (2014), salientam que o
aprimoramento do atendimento odontológico é pautado na relação profissionalpaciente, em que simples explicações, ao alcance do entendimento dos pacientes,
podem desmistificar o tratamento dentário, aumentando o grau de confiança e
diminuindo o nível de ansiedade.
A escolha de uma estratégia de grande efetividade é necessária para que se
evite o desenvolvimento do transtorno de ansiedade a partir de situações
traumáticas, estratégia esta que procure fortalecer tanto a resiliência emocional
como as capacidades cognitivas necessárias para o aumento da resistência aos
fatores desencadeantes de medo na sua forma mais extrema (WHO, 2004).
Dentre as técnicas que podem ser empregadas, a sedação surge de forma a
facilitar o profissional, bem como a diminuir os receios por parte do paciente. O uso
de óxido nitroso juntamente com o oxigênio é uma técnica muito simples, eficaz e
segura para auxiliar no tratamento de pacientes ansiosos e com medo durante a ida
ao consultório dentário. A sedação inalatória tem sido uma técnica fundamental na
gestão de medos e ansiedades há mais de 150 anos e permanece até hoje. O uso
dessa terapia poderá ser indicado para a maioria dos pacientes, como: crianças,
adultos, grávidas, idosos e pessoas com incapacidade mental (CAMARINHA, 2013).
A prescrição de ansiolíticos é uma das diversas formas de se tranquilizar o
paciente no pré-atendimento odontológico. Uma das formas que tem sido difundida e
amplamente utilizada devido a seu sucesso ao promover uma sedação consciente,
propiciando um atendimento mais tranquilo e adequado tanto para o paciente quanto
para o profissional. Devido as suas características, como: rápida indução do efeito,
curta duração e por causar amnésia anterógrada, o Midazolam é o mais indicado
para procedimentos odontológicos (FERREIRA et al., 2014).
A totalidade dos pacientes avaliados por Mendes (2012) evidenciou
positivamente a respeito dos efeitos dos métodos utilizados por este em estudo, a
saber: Maleato de Midazolam e sedação por inalação de oxido nitroso, independente
da dosagem ou combinação dessas substâncias. Ao amenizar os níveis de
ansiedade e medo durante o tratamento, um maior conforto e sensação de
segurança foram proporcionados ao paciente quando no momento de intervenção
odontológica.
A música pode ser uma intervenção não farmacológica útil, sendo preferível a
tratamentos farmacológicos para reduzira ansiedade odontológica, tanto em crianças
17
como em adultos. Entretanto diferentes níveis de ansiedade que os pacientes
apresentam deveriam diferenciar o tratamento que lhes é proporcionado, além de
especialmente
identificar
que
pacientes
não
poderiam
se
beneficiar
da
musicoterapia(NAVAIS, 2015).
O uso de substâncias fitoterápicas apesar de pouco difundido na prática
odontológica no Brasil pode ser outra via de controle da ansiedade. Soldatelli,
Ruschell e Isolan (2010), analisaram as propriedades relatadas por diversos autores
na literatura, concluindo que o extrato de Valeriana (Valeriana officinalis) pode ser
uma alternativa que daria mais conforto para o paciente em pré, trans e pósoperatório em relação aos benzodiazepínicos,quando se opta pelo uso de um
fármaco para controle de ansiedade.
O estudo de Gedney et al. (2004), demonstrou que a inalação de óleos
aromáticos (lavanda e alecrim)não produz efeitos analgésicos detectáveis;
contudo,muitos pacientes, ao fazer uma avaliação retrospectiva dos efeitos
induzidos pelo aroma, notaram alterações na intensidade da dor e do seu grau de
desconforto, o que por sua vez sugeriu que conseguissem discernir alguns
benefícios da intervenção, especialmente mediante uso de lavanda. É de concluir,
portanto, que a aromaterapia pode ser útil em ambientes de tratamento associados
com a dor e uma grande excitação afetiva, como a atenção dental ou o tratamento
ambulatorial.
Pacientes altamente ansiosos são muitas vezes incapazes de tolerar
procedimentos odontológicos minuciosos sem tratamento medicamentoso, sedação
ou anestesia geral. A hipnose é uma ferramenta subutilizada, mas poderosa e
benigna em odontologia por fornecer sedação efetiva, deixando o paciente em
controle total. Utilizada isoladamente ou em conjunto com sedação, é uma opção de
gerenciamento exclusivo para muitos pacientes lutando com os métodos atuais de
anestesia e sedação. Com o treinamento adequado e seleção apropriada do
paciente, pode acrescentar valor a metodologia profissional e ao conjunto de
habilidades (ALLISSON, 2015).
Em suma, é necessário um esforço conjunto bem como a adaptação
individual de métodos multidisciplinares visando derradeiramente o conforto e o
bem-estar do paciente. O fornecimento de soluções para a ansiedade no tratamento
odontológico e o acompanhamento deste aspecto emocional por parte do
18
profissional é um dever essencial, de relevância tão integral como o procedimento
técnico em si.
19
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3. 1 TIPO DE ESTUDO
O estudo foi de natureza descritiva de abordagem quantitativa, por pretender
buscar a influência de variáveis sobre a freqüência do fenômeno estudado na
população.
De acordo com Gil (2002) as pesquisas descritivas têm como objetivo
primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno
ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. Sabido o objetivo do
presente trabalho, nota-se que se tratou de um estudo descritivo que apresentou
corte transversal e possuiu uma abordagem quantitativa.
Dessa forma, a pesquisa se deu pelo levantamento de dados proporcionado
pela interrogação direta dos sujeitos do estudo por meio da aplicação de um
questionário.
No presente caso procedeu-se à solicitação de informações a um
grupo de indivíduos selecionados numa amostra de conveniência, participando
dessa forma todos os sujeitos aptos disponíveis a tal que estiveram presentes.
Sujeitando as informações obtidas acerca do problema estudado à análise
quantitativa, as conclusões correspondentes aos dados coletados foram obtidas
(GIL, 2002).
3. 2 LOCAL DE ESTUDO
A pesquisa se deu na cidade de Cruz das Almas, situada no Recôncavo Sul
da Bahia, distando 146 quilômetros de Salvador. De acordo com dados do IBGE em
estimativas para o ano de 2015, a população deste município está em torno de 64.
197 habitantes, apresentando uma densidade demográfica de 440,48 hab. /km².
A investigação foi realizada na Clínica Integrada de Odontologia da Faculdade
Maria Milza, situada na referida cidade, a qual presta serviços odontológicos através
da associação teórico-prática dos discentes do curso de Odontologia da FAMAM à
comunidade.
20
3. 3 PARTICIPANTES DO ESTUDO
Os participantes do estudo foram os utentes da Clínica Integrada de
Odontologia da Faculdade Maria Milza – CLIOF. O ambulatório da Clínica Escola
atende pacientes de idades variadas para os mais diversos procedimentos
odontológicos provenientes de encaminhamentos dos serviços de saúde das
cidades circunvizinhas, bem como de demanda espontânea.
Dessa forma, participaram dessa pesquisa os sujeitos que estiveram em
conformidade com os critérios de inclusão, sendo estes, (1) pacientes devidamente
cadastrados na CLIOF; (2) pacientes presentes no ambulatório para atendimento
clínico no momento da coleta de dados; (3) sujeitos que não apresentavam afecções
sistêmicas que impedem o atendimento a nível ambulatorial; (4) todos aqueles com
idade igual ou superior a 18 anos; (5) indivíduos alfabetizados, (6) aqueles que
consentiram em participar da pesquisa de forma livre e esclarecida. Foram excluídos
da investigação aqueles que não se enquadraram nos critérios de inclusão.
Uma vez que existiu a flutuação do marco amostral e não sendo possível
determinar que, para todos os indivíduos da população estudada, a probabilidade de
serem selecionados era não nula, foi adotada uma amostra por conveniência. Desta
forma, participou da pesquisa o maior número de indivíduos disponíveis e aptos a
tal.
3. 4 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE COLETA
Os
indivíduos
participantes
responderam
a
um
formulário
para
a
caracterização sociodemográfica da amostra e os questionamentos referentes ao
índice IDAF-4C com o objetivo de mensurar a ansiedade dental (Apêndice A).
No formulário a ser preenchido os participantes forneceram informações
referentes às variáveis independentes a serem obtidas. Sendo elas: sexo, idade,
grau de escolaridade, motivo adjacente a consulta dental e existência ou não de
história dental negativa pregressa.
Após a aplicação do formulário, os participantes responderam ao questionário
de ansiedade dental (Apêndice B). Consistindo de 3 módulos, cada um com 8 itens,
o IDAF-4C permite a analise de reações emocionais, comportamentais, fisiológicas e
cognitivas relacionadas com a ansiedade odontológica. Cada módulo utiliza uma
21
escala de Likert que por sua vez varia de 1-5, sendo que o nível 1 representa
discordância total e o nível 5 representa concordância total. Utilizando uma análise
exploratória, todos os itens demonstraram uma boa consistencia interna (Alfa de
Cronbach = 0. 94) e fiabilidade de teste-reteste a 4 mo (r = 0. 82) (ARMFIELD,
2010c).
O IDAF-4C é obtido por meio de um questionário contendo 8 perguntas
objetivas,no qual constam dois itens referentes a cada um dos componentes do
medo e ansiedade dental: emocional, comportamental, cognitivo e psicológico.
Cada uma das questões possui cinco possibilidades de resposta: “discordo”;
“concordo um pouco”; “concordo moderadamente”; “concordo bastante” e “concordo
totalmente”.
O questionário foi traduzido do inglês para o português pelo
pesquisador, depois traduzido ao inglês por três indivíduos diferentes que
desconheciam a finalidade do mesmo para que fosse comprovada a autenticidade.
A versão final em português foi aplicada à um estudante do primeiro período do
Curso de Odontologia para que fosse avaliada sua aplicabilidade.
As variáveis independentes foram aquelas obtidas através do formulário de
caracterização sociodemográfica da amostra e a variável dependente corresponde
ao índice de ansiedade dental adquirido através das questões objetivas do IDAF-4C.
Importa destacar que, no presente estudo, todos os procedimentos de coleta
de dados e processamento dos mesmos foram realizados por um único pesquisador.
3. 5 ASPECTOS ÉTICOS
A princípio, foi aberto processo de requerimento de Solicitação da
Coordenação do Curso de Odontologia para requerer a realização da pesquisa na
instituição coparticipante.
A permissão foi formalizada em uma Declaração de
Autorização da Instituição Coparticipante (Anexo A), redigida pela Coordenação da
Clinica de Odontologia Integrada da Famam para o desenvolvimento da pesquisa
em suas dependências.
Atendendo à resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, este
projeto foi cadastrado na Plataforma Brasil, a partir da qual foi encaminhado a um
Comitê de Ética em Pesquisa para avaliação dos aspectos éticos envolvidos. Após
parecer favorável (Anexo B), os objetivos da pesquisa foram apresentados aos
sujeitos participantes, assim como será assegurado o sigilo de identidade destes.
22
Então, foi solicitado aos que consentiram em participar do estudo que assinassem o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE (Apêndice C).
3. 6 ANÁLISE DOS DADOS
Primordialmente, foram tabulados todos os dados individuais segundo as
variáveis sociodemográficas, experiência com procedimentos odontológicos e motivo
da consulta, sendo atribuído um valor numérico para cada alternativa das variáveis
nominais, para posterior realização de análise da relação destas com os achados
relativos à escala de medo e ansiedade dental obtida do IDAF-4C aplicado à cada
participante.
No IDAF-4C, o respondente tem como opções as respostas “discordo”;
“concordo um pouco”; “concordo moderadamente”; “concordo bastante” e “concordo
totalmente”. O resultado de cada voluntário pode variar de 8 a 40. Desta maneira, o
resultado do índice foi obtido através do cálculo da mediana das pontuações obtidas
em cada item e é diretamente proporcional ao nível de ansiedade e medo
apresentado pelo respondente. Através da correspondência entre os valores obtidos
com os intervalos de classificação do grau de ansiedade proposto pelo autor do
índice, foi possível distribuir os níveis de ansiedade em: nenhuma à baixa (1 - 1. 49),
baixa à moderada (1. 50 – 2. 49), moderada à alta (2. 50 –3. 49) e alta à extrema (3.
5 - 5).
Os resultados obtidos a partir das respostas foram submetidos à analise de
Clustercom o auxílio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS)
24. 0 for Windows (IBM, 2015).O algoritmo aglomerativo utilizado foi o método de
Ward que utiliza a análise de variância para avaliar a distância entre os grupos.
Tomou-se como medida a distancia euclidiana, visto que demonstra relevância no
contexto da pesquisa, alem de ser recomendada para o método de Ward (CORRAR
et al 2007).
Uma vez gerado o dendrograma, procedeu-se ao estabelecimento de um
ponto de fusão, o qual serviu de referência para a formação dos grupos
posteriormente submetidos a analise discriminante. O objetivo desta análise foi
avaliar o grau de acerto na alocação das amostras nos diferentes grupos e obter
funções de classificação que possibilitassem o enquadramento de novas amostras.
A função de classificação é representada pela expressão:
23
Z = a + b1X1 + b2X2 + ... + bnXn
onde:
“Z” é a variável dependente categórica, que indica uma pontuação ou escore
discriminante; “a” é o intercepto da função quando Xn = 0;
“bn” é o coeficiente discriminante ou a capacidade que cada variável
independente tem em discriminar (o peso de cada uma na função);
“Xn” são os valores das variáveis independentes.
24
4 RESULTADOS
Participaram da pesquisa 136 indivíduos, tendo sido descartados os
questionários preenchidos de forma incorreta, com campos em branco ou marcação
dupla. Foram contabilizados 128 questionários válidos, dos quais 118 participaram
das análises estatísticas e 10 questionários foram reservados para o teste das
equações de alocação de Fischer obtidas.
4.1 PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E NATUREZA DA HISTÓRIA DENTAL
PREGRESSA
A Tabela 1 mostra a frequência das variáveis: sexo, idade, motivo da
consulta, experiência com procedimentos odontológicos; obtidas através do
formulário de caracterização aplicado (Anexo 2).
Tabela1 – Variáveis sociodemográficas, motivos da consulta e experiência com
procedimentos odontológicos dos pacientes da Cliof do segundo semestre de 2016.
Variável
Sexo
Masculino
Feminino
Frequência
Porcentagem
39
79
33,1%
66,9%
Idade
18-25
26-36
37-47
Acima de 48
29
31
30
28
24,6%
26,3%
25,4%
23,7%
Motivo da Consulta
Dor/Outro Sintoma
Prevenção
53
65
44,9%
55,1%
Experiência com
Procedimentos Odontológicos
Negativa
Positiva
Neutra
20
72
26
17%
61%
22%
Grau de Escolaridade
Fundamental Incompleto
Fundamental Completo
17
15
14,4%
12,7%
25
Médio Incompleto
Médio Completo
Superior Incompleto
Superior Completo
Total
18
37
15
16
118
15,3%
31,4%
12,7%
13,6%
100%
Fonte: Dados da pesquisa, 2016
Na população estudada os participantes de sexo feminino (79 indivíduos)
estavam em maior número que os de sexo masculino (39 indivíduos). Domingos et
al. (2014) e Sanchez e Drummond (2011) também encontraram a predominância do
sexo feminino na procura pelos serviços odontológicos de clinicas universitárias.
Isso provavelmente se deve às questões culturais e sociais, onde atendendo ao seu
papel no grupo familiar de cuidar da saúde das crianças e idosos a mulher os
acompanhe em consultas médico-odontológicas, sendo assim de esperar que a
mesma recorra com mais frequência aos serviços de saúde. Outro fator que pode
justificar o maior número de prontuários de mulheres é a questão da predominância
demográfica do gênero feminino na região estudada.
Classificados por faixa etária os participantes se apresentaram em proporções
próximas (18-25 anos – 24,6%, 26-36 anos – 26,3%, 37-47 anos – 25,4%, acima de
48 anos – 23,7%). Essa distribuição se deve provavelmente à variedade dos
serviços prestados pela Instituição onde se deu a pesquisa, que vão de
procedimentos preventivos e estéticos a cirúrgicos e reabilitadores. Sanchez e
Dummond (2011) constataram que a faixa etária que mais procurava o serviço de
urgência era a compreendida entre os 20 e os 44 anos, embora a busca por
atendimento de pacientes com idade de 45 à 75 anos também fosse significativa.
Quanto ao motivo da consulta, 53 dos 118 questionários apontavam dor ou
outro sintoma como o motivo para procura do atendimento, enquanto 65 apontavam
prevenção como motivo da consulta. Essa distribuição pode ser devido as consultas
de acompanhamento de tratamentos já realizados e à consultas por motivos
estéticos que não apresentam um sintoma físico. Domingos et al. (2014) observaram
que 10,10% dos pacientes procuravam o serviço para consulta de rotina, enquanto
51,52% dos pacientes indicavam dor ou incomodo. Os autores além desses
aspectos apresentavam outras alternativas a serem respondidas quanto à questão
“Motivo da Consulta”.Eram elas: Indicação Dentista Particular (2,02%), Indicação
Dentista Rede Pública (17,17%), Indicação Por Amigo (1,01%), Baixo Custo (8,59%)
e Outros (9,60%).
26
Os participantes da presente pesquisa responderam também à uma questão
sobre a sua experiência com procedimentos odontológicos. 17% responderam que a
mesma era negativa, 61% que era positiva e 22% indicaram que a experiência era
neutra. O fato de a maioria os participantes responderem positivamente em relação
à experiência pode se dever ao tratamento preventivo ou não invasivo que os
mesmos procuraram. Na ausência de uma experiência negativa é menor a
expectativa de que algo ruim possa acontecer durante o procedimento, sendo o
medo consequentemente menor. No estudo deSemenoff-Segundo (2016) quando os
respondentes foram questionados sobre o histórico das causas prévias do medo,
32,2% relacionava-se ao tratamento endodôntico, para a restauração e extração
23,3% cada e 21,2% relataram não conseguir identificar as causas.
Quanto ao grau de escolaridade dos participantes,os que completaram o nível
médio constituíam maioria (31,4%), enquanto os demais graus de escolaridade
apresentaram números próximos, sendo eles Fundamental Incompleto (14,4%),
Fundamental Completo (12,7%), Médio Incompleto (15,3%), Superior Incompleto
(12,7%) e Superior Completo (13,6%). Dos pacientes participantes da pesquisa de
Pereira et al (2013) 16,7% dos pacientes tinham cursado o 1º grau incompleto, 3,3%
o 1º grau completo, 10.0% cursaram o 2º grau incompleto, 46,7% possuíam 2º grau
completo, e11,7% tinham ensino superior incompleto.
Utilizando a análise hierárquica de Cluster para processar os dados obtidos
foi gerado um dendrograma que indica a proximidade entre as variáveis dispostas.
Na Figura 1 pode-se perceber a existência de uma relação entre o Motivo Da
Consulta com o Grau De Escolaridade do participante, ou seja, os pacientes que
compartilhavam o mesmo grau de escolaridade, em sua maioria, também deram a
mesma resposta quando perguntados sobre o motivo da consulta. Nota-se ainda a
relação existente entre o score do índice utilizado e a idade do respondente.
Portanto o nível de ansiedade apresentado pelo indivíduo, nesse estudo, está mais
relacionado à sua idade do que às outras variáveis pesquisadas. Encontrando uma
situação diferente na sua amostra, Pereira et al (2013), ao usar a escala Dental
Anxiety Scale, concluiu que a ansiedade não estava relacionada a fatores
socioculturais como o gênero, idade, renda familiar ou grau de escolaridade.
27
Figura 1 – Dendrograma: Relação entre as variáveis sociodemográficas, natureza da
história dental e Score do IDAF-4C
Fonte: Dados da pesquisa, 2016.
4.2 FORMAÇÃO DOS GRUPOS DE INDIVÍDUOS MAIS SEMELHANTES
Baseado na análise visual As delimitações foram estabelecidas para tal,
foram avaliados os pontos de alta mudança de nível, sendo admitida a altura de
corte 8,7 que permitiu a identificação de quatro grupos Na figura 2 nota-se que a
linha do ponto de fusão interceptando as quatro linhas de agrupamentos. O primeiro
grupo é composto por 41 indivíduos, o segundo grupo por 21 indivíduos, o terceiro
por 20 indivíduos e o quarto grupo formado por 36 indivíduos.
Figura 2 - Dendrograma de distribuição de casos com indicação dos grupos identificados para a altura de
corte considerada
8,7
29
A estatística Lambda de Wilks é uma medida inversa do grau de diferenciação
dos grupos - quanto mais próxima de 1 menor a diferenciação entre os grupos; ela
indica as variáveis que melhor discriminam os grupos formados. Na tabela 2 vê-se
que os todos os grupos diferem entre si em todas as variáveis pesquisadas, as
variáveis Motivo da Consulta e Sexo apresentaram melhor poder de discriminação
entre grupos devido ao menor valor para estatística de Wilks, enquanto o Score
IDAF-4C e a experiência Odontológica apresentaram menor poder discriminador.
Tabela 2 Testes de igualdade de médias de grupo
Lambda de
Wilks
Z
df1
df2
Sig.
Score Idaf-4c
,782
10,569
3
114
,000
Sexo
,344
72,584
3
114
,000
Idade
,702
16,108
3
114
,000
Motivo da consulta
,292
91,936
3
114
,000
Grau de escolaridade
,736
13,629
3
114
,000
Experiência Odontológica
,791
10,020
3
114
,000
Fonte: Dados da pesquisa, 2016.
4.2.1 Caracterização dos grupos
Após ser verificada a ausência de igualdades entre os grupos as médias das
variáveis foram obtidas e podem ser verificadas a seguir:
Tabela 3 – Valores médios das variáveis por grupo
Grupo
Média
1MULHERES
PREVENÇÃO
Score IDAF-4C
Sexo
Idade
Motivo da consulta
Grau de escolaridade
Experiência Odontológica
1,366
2,000
35,415
2,000
3,756
2,146
Desvio
Padrão
,4747
,0000
13,3716
,0000
1,3187
,5728
N válido (de lista)
Não
ponderado
Ponderado
41
41
41
41
41
41
41,000
41,000
41,000
41,000
41,000
41,000
30
2 MULHERES
DOR
3 HOMENS
4 MAIS VELHOS
Total
Score IDAF-4C
Sexo
Idade
Motivo da consulta
Grau de escolaridade
Experiência Odontológica
Score IDAF-4C
Sexo
Idade
Motivo da consulta
Grau de escolaridade
Experiência Odontológica
Score IDAF-4C
Sexo
Idade
Motivo da consulta
Grau de escolaridade
Experiência Odontológica
Score IDAF-4C
1,952
2,000
30,857
1,190
4,476
2,476
1,025
1,000
29,000
1,850
4,250
2,100
2,181
1,472
47,472
1,083
2,417
1,667
1,661
1,2540
,0000
8,7880
,4024
1,0305
,5118
,1118
,0000
9,5917
,3663
1,3328
,3078
1,1029
,5063
10,6784
,2803
1,5743
,6761
,9538
21
21
21
21
21
21
20
20
20
20
20
20
36
36
36
36
36
36
118
21,000
21,000
21,000
21,000
21,000
21,000
20,000
20,000
20,000
20,000
20,000
20,000
36,000
36,000
36,000
36,000
36,000
36,000
118,000
Sexo
1,669
,4724
118
118,000
Idade
37,195
13,2544
118
118,000
Motivo da consulta
1,551
,4995
118
118,000
Grau de escolaridade
Experiência Odontológica
3,559
2,051
1,5664
,6249
118
118
118,000
118,000
Fonte: Dados da pesquisa, 2016.
O grupo 1, rotulado como “Mulheres-Prevenção”, é formado exclusivamente
por mulheres, que com 41 indivíduos abrange 34,7% da amostragem total. Todos os
casos do grupo responderam “prevenção” quando questionados sobre o motivo da
consulta. A idade média do grupo é de 35,4 anos, e o grau de escolaridade é Médio
Completo. A experiência com procedimentos odontológicos é positiva. E a
ansiedade relatada pelos indivíduos do grupo é de nenhuma à baixa, com score
IDAF-4C de 1,366 .
31
Figura 3 - Diagrama Centroide do Grupo Mulheres-Prevenção
Fonte: Dados da pesquisa, 2016.
Na figura 2 temos o diagrama centróide do grupo, nele cada caso é
representado por um circulo e a centróide de grupo (posição onde o caso teria
exatamente o valor que representa a média para cada variável) por um quadrado.
Vê-se no diagrama a proximidade dos casos da centróide do grupo, com apenas um
caso mais distante, demonstrando que cada caso individualmente se assemelha à
média do grupo.
O grupo 2 intitulado “Mulheres-Dor”, também é formado apenas por mulheres,
com 21 indivíduos (17,8% da amostra estudada). A maioria dos casos indicou
Dor/Outro Sintoma como o motivo da consulta e a idade média do grupo é de 30,8
anos. A experiência odontológica é de positiva à neutra e a escolaridade média é de
Terceiro Grau Incompleto. O score IDAF-4C médio do grupo 1,952 indica ansiedade
de baixa à moderada. Na figura 3 vê-se que os casos estão um pouco dispersos em
relação à centróide do grupo, com dois casos especialmente mais afastados.
32
Figura 4 - Diagrama Centroide do Grupo Mulheres-Dor
Fonte: Dados da pesquisa, 2016.
O grupo 3, rotulado como “Homens” é o menos ansioso, com score do IDAF4C 1,025 é formado por 20 participantes (17% da amostra pesquisada), todos do
sexo masculino. A idade média dos indivíduos é de 29 anos, sendo assim o grupo
mais jovem. A maioria dos respondentes indicou prevenção, como motivo da
consulta, e o grau de escolaridade é predominantemente Ensino Médio completo.
Experiência odontológica positiva foi a mais referida entre os participantes. A figura 4
ilustra a disposição dos casos em relação a centróide do grupo, no qual apenas três
casos encontram-se mais distanciados.
33
FIGURA 5 – Diagrama centroide do grupo “Homens”
Fonte: Dados da pesquisa, 2016.
O grupo 4, intitulado como “Mais Velhos” é formado por 36 indivíduos (30,5%
da amostra) de ambos os sexos. A idade média é de 47,4 anos e o motivo de
consulta mais referido foi “Dor/Outro Sintoma”. É o grupo com o grau de
escolaridade mais baixo, Fundamental Completo. E os participantes tem tanto
experiência negativa quanto positiva em relação aos procedimentos odontológicos.
O grupo “Mais velhos” é o grupo mais ansioso, seu score IDAF-4C 2,181 indica um
nível moderado de ansiedade. Na figura 6 o diagrama centroide do grupo revela a
dispersão dos casos em relação à centroide, na qual quatro casos estão em maior
distância
34
Figura 6 - Diagrama centroide do grupo “Mais Velhos”
Fonte: Dados da pesquisa, 2016.
A média do score IDAF-4C da população estudada foi de 1,661, apontando
para ansiedade de baixa à moderada. O grupo “Homens” apresenta um score menor
e o grupo “Mais velhos” um score maior. Os demais grupos apresentam valores
próximos à média. Apenas o último grupo se aproxima da proporção dos sexos da
população total. A idade média da amostra é de 37 anos, apenas o grupo “Mais
Velhos” apresenta número acima deste. Os grupos “Mulheres-Prevenção”,
“Mulheres-Dor” e “Homens” apresentam grau de escolaridade maior que a média
total da população pesquisada, Médio Incompleto, o grupo “Mais Velhos” apresenta
um nível de instrução menor. Nenhum dos grupos se aproxima da proporção dos
motivos da consulta da amostra. A experiência positiva com procedimentos
odontológicos é predominante na população total estudada assim como em todos os
grupos exceto “Mais Velhos” no qual a experiência se divide entre negativa e
positiva.
35
4.2.2 Funções de classificação dos casos
Para a classificação de cada amostra em um determinado grupo foram
geradas as funções de classificação, denominadas funções discriminantes lineares
de Fisher, a partir dos coeficientes de função de classificação (Tabela 4) utilizando
um valor numérico para cada possibilidade de resposta das variáveis nominais
pesquisadas (Tabela 5). Estas funções permitem que um caso seja alocado no
grupo após a substituição do valor das variáveis na equação de cada um deles
(tabela 5). O maior score obtido indica a que grupo pertence o caso em análise.
Tabela 4 - Coeficientes de função de classificação
Grupo
1,0
Score IDAF-4C
2,0
3,0
4,0
2,471
4,300
1,119
4,365
Sexo
38,780
38,415
22,942
28,531
Idade
,195
,162
,168
,333
31,839
19,207
27,888
16,385
,910
1,482
1,487
,573
12,753
13,762
10,150
9,302
-92,213
-78,627
-55,874
-52,161
Motivo da Consulta
Grau de Escolaridade
Experiência Odontológica
(Constante)
Fonte: Dados da pesquisa, 2016.
Tabela 5 – Valores correspondentes às respostas possíveis a cada variável nominal
Variável
Alternativa
Valor
Atribuído
Sexo
Masculino
1
Feminino
2
Dor/Outro Sintoma
1
Prevenção
2
Motivo da Consulta
Grau de
escolaridade
Fonte: Dados da pesquisa,2016.
Fundamental Incompleto
1
Fundamental Completo
2
Médio Incompleto
3
Superior Incompleto
4
Médio Completo
5
Superior Completo
6
36
Tabela 6 - Funções de classificação obtidas pela análise discriminante para a
alocação das amostras nos grupos previamente formados
Grupo
Função
1 MulheresPrevenção
2 MulheresDor
3 Homens
4 Mais Velhos
Y1= -92,213 +2,471.SC +38,780.SE +0,195.ID +31,839.MC +0,910.GE +12,753.EO
Y2= -78,627 +4,300.SC +38,415.SE +0,162.ID +19,207.MC +1,482.GE +13,762.EO
Y3 = -55,874 +1,119.SC +22,942.SE +0,168.ID +27,888.MC +1,487.GE +10,150.EO
Y4=- 52,161 +4,365.SC +28,531.SE +0,333.ID +16,385.MC +0,573.GE +9,302.EO
SC – Score IDAF-4C; SE – Sexo; ID – Idade; MC – Motivo da Consulta; GE – Grau
de Escolaridade; EO – Experiência Odontológica
Fonte: Dados da pesquisa, 2016.
4.2.3 Avaliação do grau de acerto na alocação dos casos por meio das funções de
classificação
A amostra original foi dividida aleatoriamente em dois grupos, um para que as
funções de alocação fossem geradas (a amostra de análise com 118 casos) e o
outro para valida-las (a amostra de teste, 10 casos).O teste de validação aplicado
sobre as amostras de análise indicam que a precisão da classificação dada pela
análise visual do dendrograma, e o teste de validação que se aplica sobre as
amostras de teste indica se a função serve para classificar uma amostra que não
participou de sua construção. A tabela 7 mostra os resultados do teste de validação
aplicado sobre os quatro grupos da amostra de análise.
A precisão de classificação de 93,2% é considerada muito alta (CORRAR et
al., 2007); assim, uma média de 93,2% dos foram agrupados em conjuntos que de
fato são distintos entre si, em função do nível de ansiedade, sexo, idade, motivo da
consulta, grau de escolaridade e experiência com procedimentos odontológicos;
apenas uma pequena porcentagem, em média 6,8%, poderia estar compondo
grupos diferentes daqueles onde foram inicialmente alocadas. Nesse teste todos os
casos do grupo 1 (Mulheres-Prevenção) foram corretamente alocados, no grupo 2
(Mulheres-dor) 4 dos 21 casos estariam presentes no grupo 1, 2 dos casos do grupo
3 (Homens) pertenceriam ao grupo 4 (Mais Velhos) enquanto 2 casos do grupo 4
poderia compor o grupo 3.
37
As amostras referentes à validação cruzada correspondem ao teste de
Lachembruch, em que cada caso das amostras originais são retirados e uma nova
função é gerada e aplicada sobre ele para verificar a capacidade de classificação.
No teste com validação cruzada todos os casos do grupo 1 foram bem alocados na
análise de agrupamento, do segundo grupo quatro casos pertenceriam ao grupo 1 e
um caso pertenceria ao grupo 4, dois casos do grupo 3 também estariam melhor
alocados neste último grupo do qual um caso pertenceria ao grupo 2 e dois casos
pertenceriam ao grupo 3. O teste com validação cruzada revela uma precisão de
classificação considerada muito alta, com 91,5% dos casos bem alocados.
Tabela 7 – Resultados do teste de validação da classificação
Original
a
Com validaçãocruzadabc
Grupo
1 - MP
2 - MD
3-H
4 - MV
1 - MP
2 - MD
3-H
4 - MV
Associação ao grupo prevista
1,0
2,0
3,0
4,0
41
0
0
0
4
17
0
0
0
0
18
2
0
0
2
34
41
0
0
0
4
16
0
1
0
0
18
2
0
1
2
33
Total
41
21
20
36
41
21
20
36
a. 93,2% de casos agrupados originais classificados corretamente.
b. A validação cruzada é feita apenas para os casos da análise. Na validação cruzada, cada caso
é classificado pelas funções derivadas de todos os casos diferentes desse caso.
c. 91,5% de casos agrupados com validação cruzada classificados corretamente.
Fonte: Dados da pesquisa, 2016.
A precisão de classificação revelada pelos testes de validação aplicados leva a crer
que as funções de classificação são úteis para alocar um caso novo, que não
participou de sua construção.
4.2.4 Alocação dos casos da amostra de teste através das funções de classificação
Além de avaliar o grau de acerto na distribuição das amostras entre os grupos
formados, as funções de classificação de Fisher são usadas também para
determinar a que grupo um novo caso tem maior probabilidade de pertencer (Corrar
et al. 2007). Dez casos foram selecionados de forma aleatória dentre os 128
questionários válidos obtidos, as quatro funções obtidas através da análise
discriminante dos grupos formados foram aplicadas aos dados contidos nesses
38
questionários e estão dispostas na tabela 8. Das quatro funções a que obteve o
maior valor final é a correspondente ao grupo ao qual pertenceria o novo caso.
Desta forma ao Grupo “Mulheres-Prevenção” pertenceriam os casos T3, T7 e T8; o
casos T4 pertenceria ao grupo “Homens”, e os casos T1, T2, T5, T6, T9 E T10
estariam compondo o grupo “Mais velhos”. Nenhum dos casos teste se enquadraria
no grupo M
Tabela 8 – Alocação dos novos casos
Resultado da função de alocação
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
Caso T1
2,599
6,687
16,062
18,803
Caso T2
25,496
39,317
32,318
44,051
Caso T3
108,736
108,345
94,195
97,9
Caso T4
68,264
64,756
72,518
65,21
Caso T5
3,771
10,703
13,646
23,053
Caso T6
55,497
59,670
48,419
60,998
Caso T7
89,611
85,193
79,367
78,478
Caso T8
98,268
92,181
87,503
80,567
Caso T9
40,014
43,968
37,828
45,003
Caso T10
93,122
87,781
80,481
86,504
Fonte: Dados da pesquisa, 2016.
39
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O nível de ansiedade dos pacientes avaliados está mais relacionado ao fator
idade que a outras variáveis. Entre os grupos existentes dentro da amostra
estudada o de maior faixa etária foi o mais ansioso, embora o índice utilizado
apontasse para um nível de ansiedade moderado.
As funções de classificação geradas através da analise discriminante foram
capazes de alocar novos pacientes nos grupos previamente identificados. Esse
instrumento pode ser útil no que diz respeito ao desenvolvimento de abordagens
especificas para cada grupo da amostra.
Seriam importantes novas análises na população atendida pela mesma
instituição para avaliar melhor as mudanças na dinâmica de grupos nela
encontrados como seu tamanho e características.
Considerando as limitações inerentes ao presente estudo, são necessárias
novas pesquisas no âmbito da ansiedade tanto para uma melhor compreensão de
fatores de risco adjacentes como para que se avalie a eficiência dos métodos de
abordagem.
40
REFERÊNCIAS
AGGARWAL, Vishal R. ; FORTUNE Farida. Cultural Issues in Dental Education. In:
MOSTOFSKY, David I. ; FORTUNE, Farida (ed. ). Behavioral dentistry. 2 ed.
Iowa: John Wiley & Sons, 2013, p 3-10.
ALLISON, Nicola. Hypnosis in modern dentistry: Challenging misconceptions.
Faculty Dental Journal, S.L., v. 6, n. 4, p. 172-175, out. 2015. Disponível em
<http://publishing.rcseng.ac.uk/doi/abs/10.1308/rcsfdj.2015.172>. Acesso em: 11 out.
2016.
ARMFIELD, Jason M. Australian population norms for the Index of Dental Anxiety
and Fear (IDAF‐ 4C). Australian Dental Journal, v. 56, n. 1, p. 16-22, 2011.
Disponível em: http://onlinelibrary. wiley. com/doi/10. 1111/j. 1834-7819. 2010.
01279. x/epdf. Acesso em: 07 abr. 2016.
ARMFIELD, Jason M. How do we measure dental fear and what are we measuring
anyway. Oral Health Prev Dent, [s. l. ], v. 8, n. 2, p. 107-115, 2010a. Disponível
em:https://www. researchgate.
net/profile/Jason_Armfield/publication/44853191_How_Do_We_Measure_Dental_Fe
ar_and_What_Are_We_Measuring_Anyway/links/09e415136ba8aae5a3000000.
pdf/download?version=vs. Acesso em: 05 abr. 2016.
ARMFIELD, Jason M. The extent and nature of dental fear and phobia in Australia.
Australian dental journal, v. 55, n. 4, p. 368-377, 2010b.
ARMFIELD, Jason M. Reliability and validity of the Index of Dental Anxiety and
Fear (IDAF-4C+) in a Australian adult sample. Adelaide: Australian Research
Centre For Population Oral Health, 2010c. 30 slides, color. Disponível em:
<https://www. adelaide. edu. au/arcpoh/downloads/publications/presentations/2010dental-fear-scale-jason. pdf>. Acesso em: 12 abr. 2016.
ARMFIELD, Jason M. ; STEWART, Judy F. ; SPENCER, A. John. The vicious cycle
of dental fear: exploring the interplay between oral health, service utilization and
dental fear. BMC Oral health, v. 7, n. 1, 2007. Disponível em: http://download.
springer. com/static/pdf/615/art%253A10. 1186%252F1472-6831-7-1.
pdf?originUrl=http%3A%2F%2Fbmcoralhealth. biomedcentral.
com%2Farticle%2F10. 1186%2F1472-6831-71&token2=exp=1464557607~acl=%2Fstatic%2Fpdf%2F615%2Fart%25253A10.
1186%25252F1472-6831-7-1.
pdf*~hmac=b9d46dc168029d7f273e8140c1a4f57d2757c3071301f10feb1634aa5d1b
ec89. Acesso em: 20 abr. 2016.
BODHANKAR, Amol et al. Review on Anxiety: Its influence in Dental office, causes,
recognition, prevention and management. IOSR - Journal Of Dental And Medical
Sciences, [s. l. ], v. 9, n. 1, p. 80-84, jul. /ago. 2013, Disponível em: <http://www.
iosrjournals. org/iosr-jdms/papers/Vol9-issue1/S0918084. pdf?id=4528>. Acesso
em: 15 abr. 2016.
BODOT, Lucile. ÉVALUATION DE L'ANXIÉTÉ VIS À VIS DES SOINS DENTAIRES
AU CHU DE TOULOUSE EN 2015. 2015. 115f. Tese de Doutorado. Faculté de
41
Chirurgie Dentaire. Université de Toulouse III – Paul Sabatier, Toulouse. Disponível
em:http://thesesante. ups-tlse. fr/940/1/2015TOU33033. pdf. Acesso em: 06 abr.
2016.
CAMARINHA, Carlos Jorge Laranjo Souto. Sedação Consciente em Medicina
Dentária. 2013. 55f. Dissertação. Faculdade Ciências da Saúde. Universidade
Fernando Pessoa, Porto. Disponível em: http://bdigital. ufp.
pt/bitstream/10284/4450/1/PPG_14612. pdf. Acesso em: 07 abr. 2016.
CARTER, Ava Elizabeth et al. Pathways of fear and anxiety in dentistry: A review.
World J Clin Cases, [s. l. ], v. 2, n. 11, p. 642-53, 2014. Disponível em:
https://www. researchgate.
net/profile/Emad_Alshwaimi/publication/268786540_Pathways_of_fear_and_anxiety_
in_dentistry_A_review/links/54dc3dd90cf28d3de65f1783. pdf/download?version=vs .
Acesso em 07 abr. 2016.
CORRAR, et al. Análise multivariada: para os cursos de administração, ciências
contábeis e economia. São Paulo: Atlas, 2007.541p.
COSTA, Ruth Suzanne Maximo da; RIBEIRO, Suelen do Nascimento; CABRAL,
Etenildo Dantas. Fatores determinantes de experiência dolorosa durante
atendimento odontológico. Revista Dor, São Paulo, v. 4, n. 13, p. 365-379, out.
/dez. 2012. Disponível em: <http://www. scielo. br/pdf/rdor/v13n4/11. pdf>. Acesso
em: 10 abr. 2016
DOMINGOS, Patricia dos Santos Aleixo; ROSSATO, Emersom Mocheti; BELLINI,
Afonso. Levantamento do Perfil Social, Demográfico e Econômico de Pacientes
Atendidos na Clínica de Odontologia do Centro Universitário de Araraquara–Uniara.
ReBraM, v. 17, n. 1, p. 37-50, jul. 2014. Disponível em:
<http://revistarebram.com/index.php/revistauniara/article/view/3>. Acesso em: 11 out.
2016
FERREIRA, Cláudio Maniglia et al. Ansiedade odontológica: nível, prevalência e
comportamento. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, [s. l. ] v. 17, n. 2, p.
51-55, 2004. Disponível em:http://ojs. unifor. br/index.
php/RBPS/article/viewFile/676/2046. Acesso em: 07 abr. 2016.
FERREIRA, Jessica Leny Gomes et al. O uso de ansiolítico no pré-atendimento em
Odontologia: revisão de literatura. Rev. odontol. Univ. Cid. São Paulo (Online),
v. 26, n. 3, set. /dez. 2014. Disponível em:http://arquivos.
cruzeirodosuleducacional. edu.
br/principal/old/revista_odontologia/pdf/setembro_dezembro_2014/Odonto_03_2014.
pdf#page=45. Acesso em: 06 abr. 2016.
FREUD, Sigmund (1926[1925]). Inibições, Sintomas e Ansiedade. In:FREUD, S.
Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund
Freud. v. 20. Rio de Janeiro: Imago, 1990, p. 98-108. Disponível em: http://www.
psicanaliseflorianopolis. com/images/stories/downloads/Vol. 20. rtf. Acesso em: 10
abr. 2016.
42
GEDNEY, Jeffrey J. ; GLOVER, Toni L. ; FILLINGIM, Roger B. Sensory and
affective pain discrimination after inhalation of essential oils. Psychosomatic
Medicine, [s. l. ], v. 66, n. 4, p. 599-606, 2004. Disponível em:http://67-20-110-78.
unifiedlayer. com/wp-content/uploads/2014/04/Sensory_and_Affective_Pain. pdf.
Acesso em: 07 abr. 2016.
GIL, Antônio Carlos. COMO ELABORAR PROJETOS DE PESQUISA. São Paulo:
Atlas, 2002. 61 p.
HAKEBERG, Magnus; LUNDGREN, Jesper. Symptoms, Clinical Characteristics and
Consequences. In: ÖST, Lars-göran (ed. ); SKARET, Erik (ed. ). Cognitive
Behaviour Therapy for Dental Phobia and Anxiety. West Sussex: John Wiley &
Sons, 2013. Cap. 1. p. 3-20.
IBM Corp. Released 2015. IBM SPSS Statistics for Windows, Version 24. 0.
Armonk, NY: IBM Corp.
MCNEIL, Daniel W et al. Environmental, Emotional, and Cognitive Determinants of
Dental Pain. In: MOSTOFSKY, David I. ; FORTUNE, Farida (ed. ). Behavioral
dentistry. 2 ed. Iowa: John Wiley & Sons, 2013, p 3-10.
MENDES, Francisco Alício. Análise qualitativa da sedação consciente em
pacientes odontofóbicos. 2012. 91 f. Tese (Doutorado) - Curso de Ciências
Odontológicas, Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo, São Paulo,
2012. Disponível em: <www. teses. usp. br/teses/disponiveis/23/23148/tde13042013-120808/>. Acesso em: 12 abr. 2016.
MURRER, Rodrigo Dutra; FRANCISCO, Simone Scandiuzzi; ENDO, Mônica Missaé.
Ansiedade e medo no atendimento odontológico de urgência. Revista
Odontológica do Brasil Central, [s. l. ], v. 23, n. 67, p. 196-201, 2015. Disponível
em: http://www. robrac. org. br/seer/index. php/ROBRAC/article/viewFile/829/760.
Acesso em: 05 abr. 2016.
NAVAIS, Marta Sanjuán. Intervenciones musicales para la ansiedad odontológica
en pacientes pediátricos y adultos. ENE, Revista de Enfermería, Santa Cruz de La
Palma. v. 9, n. 2, 2015. Disponível em: http://scielo. isciii. es/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S1988-348X2015000200011. Acesso em: 05 abr. 2016.
Paginação irregular.
OLIVEIRA, Rodrigo Simões de et al. Correlação entre o nível de ansiedade em
crianças frente ao tratamento odontológico. International Journal Of
Dentistry, Recife, v. 4, n. 9, p. 193-197, out. /dez. 2010. Disponível em:
<https://www. ufpe. br/ijd/index. php/exemplo/article/viewArticle/279>. Acesso em:
11 abr. 2016.
PASINI, Bruna; BALESTRERI, Manuela. Influência das variáveis gênero,
escolaridade e faixa etária sobre o nível de ansiedade ao tratamento
odontológico: Estudo com adultos em situação não clínica. 2011. 52 f. TCC
(Graduação) - Curso de Odontologia, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2011.
43
Disponível em: https://www. google. com.
br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjV
we2c0_3MAhWK6SYKHdHUDC0QFggfMAE&url=http%3A%2F%2Fsiaibib01. univali.
br%2Fpdf%2FBruna%2520Pasini%2C%2520Manuela%2520Balestreri.
pdf&usg=AFQjCNGuJ8RXvB_P1cDTtjqpbfGsvAGQw&sig2=tosJHth7BMXA74DCAAP9Hw. Acesso em: 10 abr.
2016.
PEREIRA, Victor Zaccara et al. Avaliação dos Níveis de Ansiedade em Pacientes
Submetidos ao Tratamento Odontológico. Revista Brasileira de Ciências da
Saúde, v. 17, n. 1, p. 55-64, 2013. Disponivel em
<http://www.biblionline.ufpb.br/ojs2/index.php/rbcs/article/view/15985>Acesso em: 11
out. 2016.
SANCHEZ, Heriberto Fiuza; DRUMOND, Marisa Maia. Atendimento de urgências em
uma Faculdade de Odontologia de Minas Gerais: perfil do paciente e resolutividade.
RGO. Revista Gaúcha de Odontologia (Online), v. 59, n. 1, p. 79-86, jan./mar.
2011. Disponível em:
<http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S198186372011000100012>. Acesso em: 11 out. 2016
SANIKOP, Sheetal; AGRAWAL, Pallavi; PATIL, Suvarna. Relationship between
dental anxiety and pain perception during scaling. Journal Of Oral
Science, Karnataka, v. 53, n. 3, p. 341-348, jul. 2011. Disponível em:
https://www. jstage. jst. go. jp/article/josnusd/53/3/53_3_341/_pdf. Acesso em: 05
abr. 2016.
SEMENOFF-SEGUNDO, Alex et al. Experiência do paciente em relação ao medo
frente ao atendimento odontológico. Revista Odontológica do Brasil Central, v. 25,
n. 72, 2016. Disponivel em:
<http://www.robrac.org.br/seer/index.php/ROBRAC/article/view/1030>. Acesso em:
11 out. 2016
SILVA, Ana Catarina Macedo da. Medo e ansiedade dentária: Uma realidade.
2012. 112f. Dissertação. Faculdade Ciências da Saúde. Universidade Fernando
Pessoa, Porto. Disponível em:http://bdigital. ufp.
pt/bitstream/10284/3705/1/Medo%20e%20Ansiedade%20Dent%C3%A1ria%20%20Uma%20Realidade. pdf. Acesso em: 05 abr. 2016.
SOLDATELLI, Mariana Varaschin; RUSCHEL, Karoline; ISOLAN, Tânia Maria
Pereira. Valeriana officinalis: uma alternativa para o controle da ansiedade
odontológica? Stomatos, Canoas, v. 16, n. 30, p. 89-97, jun. 2010. Disponível
em: www. periodicos. ulbra. br/index. php/stomatos/article/download/580/425.
Acesso em: 05 abr. 2016.
44
SUHANI, Raluca Diana; SUHANI, Mihai Flaviu; BADEA, Mindra Eugenia. Dental
anxiety and fear among a young population with hearing impairment. Clujul
Medical, [s. l. ], v. 89, n. 1, p. 143-149, 2 fev. 2016. Clujul Medical. Disponível em:
http://www. ncbi. nlm. nih. gov/pmc/articles/PMC4777458/pdf/cm-89-143. pdf.
Acesso em: 05 abr. 2016.
WEINER, Arthur A. The basic principles of fear, anxiety, and phobia: past and
present. In: ______. The fearful dental patient: A guide to understanding and
managing. Iowa: Wiley-Blackwell, 2011, p 3-25. .
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Prevention of mental disorders: effective
interventions and policy options. Geneva, 2004. Disponível em: http://www. who.
int/mental_health/evidence/en/prevention_of_mental_disorders_sr. pdf. Acesso em:
16 abr. 2016.
ZANATTA, Juliana et al. Efeito da informação prévia face-a-face sobre a ansiedade
de pacientes submetidos à exodontia. Revista Brasileira de Terapia
Comportamental e Cognitiva, Piracicaba, v. 17, n. 1, p. 11-22, jan. /abr. 2014.
Disponível em: http://www. usp. br/rbtcc/index. php/RBTCC/article/view/732/430.
Acesso em: 05 abr. 2016.
CORRAR, et al. Análise multivariada: para os cursos de administração, ciências
contábeis e economia. São Paulo: Atlas, 2007.541p.
45
APÊNDICES
46
APÊNDICE A
FORMULÁRIO DE CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA
Sexo:
[ ] Masculino
[ ] Feminino
Idade: ____
Motivo da consulta:
[ ]Dor/Outro Sintoma [ ]Prevenção
Grau De Escolaridade:
[ ] Ensino Fundamental Incompleto
[ ] Ensino Fundamental Completo
[ ] Ensino Medio Incompleto
[ ] Ensino Medio Completo
[ ] Ensino Superior Incompleto
[ ] Ensino Superior Completo
Experiência com Procedimentos Odontológicos:
[ ]Negativa[ ]Positiva [ ]Neutra
47
APÊNDICE B
INDICE DE MEDO E ANSIEDADE DENTAL - IDAF-4C
Quanto você concorda com as Discordo Concordo Concordo
seguintes afirmações?
um
moderada
pouco
mente
Me sinto ansioso antes de ir ao
dentista
Geralmente evito ir ao dentista
por considerar a experiência
desagradável ou aflitiva
Fico nervoso ou irritadiço por
causa de uma consulta próxima
Penso que algo muito mau
aconteceria se eu visitasse um
dentista
Me sinto receoso ou com medo
ao visitar um dentista
O meu coração acelera ao visitar
um dentista
Procuro adiar a ida ao dentista
sempre que possível
Penso em tudo o que pode
acontecer de ruim antes da ida ao
dentista
Concordo
bastante
Concordo
totalmente
48
APÊNDICE C
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
(conforme Resolução CNS no 466/2012)
Eu, ______________________________________, estou sendo convidado a
participar do estudo intitulado “AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ANSIEDADE NO
CONTEXTO ODONTOLÓGICO EM PACIENTES ADULTOS”, que tem como objetivo
avaliar os elementos indicativos da ansiedade no contexto odontológico de uma
Clínica Escola de um município do Recôncavo Baiano, a partir do uso do Índice de
Ansiedade Dental e Medo (IDAF-4C) de Armfield. Sabendo que muitos indivíduos
apresentam elementos indicativos de sua presença e conhecendo as consequências
da mesma, acredita-se que a pesquisa seja importante por pretender estudar a
ansiedade no ambiente odontológico e possibilitar aos cirurgiões-dentistas que
entendam melhor esse fenômeno e busquem métodos de abordagem para
aperfeiçoar o exercício da odontologia. A minha participação no referido estudo será
de responder às perguntas presentes num questionário a ser aplicado na Clínica
Integrada de Odontologia da FAMAM em Cruz das Almas-BA.
Fui orientado de que a participação nesta pesquisa trará como benefício a
possibilidade de conhecer o medo odontológico como um fenômeno que pode ser
minimizado se devidamente compreendido. Recebi orientação também sobre o
possível desconforto em responder a alguma questão do questionário a ser aplicado.
Para que esse desconforto seja reduzido, responderei à entrevista, prioritariamente,
na presença da pesquisadora.
Estou ciente de que minha privacidade será respeitada, ou seja, meu nome
ou qualquer outro dado ou elemento que possa, de qualquer forma, me identificar,
será mantido em sigilo. O pesquisador se responsabilizará pela guarda e
confidencialidade dos dados, bem como a não exposição dos dados de pesquisa.
É assegurada a assistência durante toda pesquisa, bem como me é garantido
o livre acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e
suas consequências, enfim, tudo o que eu queira saber antes, durante e depois da
minha participação. Também fui informado de que posso me recusar a participar do
estudo, ou retirar meu consentimento a qualquer momento, sem precisar justificar, e
que, por desejar sair da pesquisa, não sofrerei qualquer prejuízo à assistência
recebida.
No entanto, caso eu tenha qualquer despesa decorrente da participação na
pesquisa, haverá ressarcimento dos valores gastos.
De igual maneira, caso ocorra algum dano decorrente da minha participação
no estudo, serei devidamente indenizado, conforme determina a lei.
Fui informado (a) de que duas vias deste termo de consentimento livre e
esclarecido serão assinadas na página final, por mim, pelo (a) pesquisador (a)
responsável (Camilo Castro de Oliveira); receberei uma delas e a outra será
arquivada pelo pesquisador.
Os pesquisadores envolvidos com o referido projeto são Camilo Castro de
Oliveira e Marília Dandara Borges de Sousa e Silva Oatu, respectivamente, prof.
Orientador e aluna do Curso Bacharelado em Odontologia, Faculdade Maria Milza.
Poderei manter contato com eles pelos telefones (75) 982234540 e (71) 992787911;
dúvidas também poderão ser esclarecidas junto ao Comitê de Ética em Pesquisa
49
com Seres Humanos da FAMAM, pelo telefone (75) 36382549, localizado na
Rodovia BR, 101, Km 215- Zona Rural, Sungaia, município de Governador
Mangabeira – BA.
Após realização da análise os instrumentos de coleta de dados com os registros
de informações dos participantes da pesquisa serão arquivados pelos pesquisadores
responsáveis, por 5 anos. Os participantes terão acesso aos resultados da pesquisa,
assim como os resultados da pesquisa serão tornados públicos, por meio de revistas
e periódicos.
Declaro que li e entendi todas as informações presentes neste Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, tive a oportunidade de discutir as informações
deste termo e me sinto a vontade em participar da pesquisa. Todas as minhas
perguntas foram respondidas e eu estou satisfeito com as respostas.
Cruz das Almas, .......... de ............................ de 2016.
______________________________________________
Nome e assinatura do (a) participante da pesquisa
_________________________________________
Camilo Castro de Oliveira – Pesquisador Responsável
50
ANEXOS
FACULDADE MARIA MILZA FAMAM/BA
PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP
DADOS DO PROJETO DE PESQUISA
Título da Pesquisa: AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ANSIEDADE NO CONTEXTO ODONTOLÓGICO EM
PACIENTES ADULTOS
Pesquisador: Larissa Rolim Borges Paluch
Área Temática:
Versão: 1
CAAE: 61669116.4.0000.5025
Instituição Proponente: FACULDADE MARIA MILZA
Patrocinador Principal: Financiamento Próprio
DADOS DO PARECER
Número do Parecer: 1.816.508
Apresentação do Projeto:
Esta pesquisa se justifica por que a ansiedade odontológica está relacionada com agentes estressores,
podendo ser estes o ambiente do consultório, o ruido da turbina e a situações traumáticas pregressas que
provocam certa tensão emocional no sujeito. Os sintomas psicossomáticos resultantes abrangem:
palpitações, transpiração, sintomas abdominais, tremores, boca seca, dilatação das pupilas, falta de ar, e
tontura. As reações emocionais também incluem irritabilidade, dificuldade de concentração, e fuga da
condição ou objeto temido. Tais efeitos interferem no atendimento odontológico e na autopercepção do
paciente ansioso sobre sua saúde oral. A redução da ansiedade e medo é essencial para que o paciente
busque tratamento odontológico preventivo, assim melhorando a qualidade de vida.
A validade social desta pesquisa está relacionada com o fato de que a ansiedade odontológica traz a
deterioração da saúde oral que progride na sua expansão, de modo que o indivíduo toma consciência dos
efeitos na sua saúde geral. A incapacidade de se mostrar disposto a consentir com o tratamento dental
pode instaurar sentimentos de inferioridade e vergonha frente a situação, o que para um individuo com
odontofobia poderá culminar no surgimento de problemas sociais diários evidentes em relacionamentos
tensos dentro do ambiente de trabalho, com amigos ou em família. Com o tempo, este padrão de efeitos
pode por sua vez levar a uma maior e mais
Endereço: Rodovia BR. 101, Km 215 - Zona Rural, Sungaia
Bairro: Zona Rural
CEP: 44.350-000
UF: BA
Município: GOVERNADOR MANGABEIRA
Telefone: (75)3638-2549
E-mail: [email protected]
Página 01 de 06
FACULDADE MARIA MILZA FAMAM/BA
Continuação do Parecer: 1.816.508
difundida ansiedade no contexto odontológico e eventualmente a procura menos regular de tratamento
dental ou a evasão total do mesmo.
Enquanto a validade cientifica está relacionada com a contribuição à sociedade científica na sua meta de
preencher lacunas nesse ramo de estudo, ao possibilitar informações que contribuam para a dissolução de
questões suscitadas tanto pela Odontologia quanto pela Psicologia. E ainda mais, contribuirá para a
formação acadêmica de um Bacharelando em Odontologia.
O suporte bibliográfico é adequado para o desenvolvimento da pesquisa.
O tema desta investigação é
coerente com a formação e atuação da pesquisadora responsável, e se refere a uma pesquisa tecnicamente
viável para o cenário em que está inserida. A investigação se refere a uma pesquisa de natureza descritiva
de abordagem quantitativa. A pesquisa se dará na cidade de Cruz das Almas. A investigação será realizada
na Clínica Integrada de Odontologia da Faculdade Maria Milza, situada na referida cidade, a qual presta
serviços odontológicos através da associação teórica-prática dos discentes do curso de Odontologia da
FAMAM à comunidade. Os participantes do estudo serão os utentes da Clínica Integrada de Odontologia da
Faculdade Maria Milza – CLIOF. Dessa forma, participarão dessa pesquisa os pacientes que estiverem em
conformidade com os critérios de inclusão, sendo estes, (1) pacientes devidamente cadastrados na CLIOF;
(2) pacientes presentes no ambulatório para atendimento clínico no momento da coleta de dados; (3)
pacientes que não apresentem afecções sistêmicas que impeçam o atendimento a nível ambulatorial; (4)
todos aqueles com idade igual ou superior a 18 anos; (5) indivíduos alfabetizados, (6) aqueles que
consentirem em participar da pesquisa de forma livre e esclarecida. Serão excluídos da investigação
aqueles que não se enquadrarem nos critérios de inclusão. Os indivíduos participantes responderão a um
formulário para a caracterização sociodemográfico da amostra e os questionamentos referentes ao índice
IDAF-4C com o objetivo de mesurar a ansiedade dental. No formulário a ser preenchido os participantes
fornecerão informações referentes às variáveis independentes a serem obtidas. Sendo elas: sexo, idade,
grau de escolaridade, motivo adjacente a consulta dental e existência ou não de história dental negativa
pregressa. Após a aplicação do formulário, os participantes responderão ao questionário de ansiedade
dental. Consistindo de 3 módulos, cada um com 8 itens, o IDAF-4C permite a analise de reações
emocionais, comportamentais, fisiológicas e cognitivas relacionadas com a ansiedade odontológica. Cada
módulo utiliza uma escala de Likert que por sua vez varia de 1-5, sendo que o nível 1 representa
discordância total e o nível 5 representa concordância total. Utilizando uma análise exploratória, todos os
itens demonstraram uma boa consistencia interna (Alfa de Cronbach = 0. 94) e fiabilidade de teste-reteste a
4 mo (r = 0. 82). O IDAF-4C é obtido por meio de um questionário
Endereço: Rodovia BR. 101, Km 215 - Zona Rural, Sungaia
Bairro: Zona Rural
CEP: 44.350-000
UF: BA
Município: GOVERNADOR MANGABEIRA
Telefone: (75)3638-2549
E-mail: [email protected]
Página 02 de 06
FACULDADE MARIA MILZA FAMAM/BA
Continuação do Parecer: 1.816.508
contendo 8 perguntas objetivas,no qual constam dois itens referentes a cada um dos componentes do medo
e ansiedade dental: emocional, comportamental, cognitivo e psicológico. Cada uma das questões possui
cinco possibilidades de resposta: “discordo”; “concordo um pouco”; “concordo moderadamente”; “concordo
bastante” e “concordo totalmente”. O questionário foi traduzido do inglês pelo pesquisador, depois traduzido
ao inglês por três indivíduos diferentes que desconheciam a finalidade do mesmo para que fosse
comprovada a autenticidade. A versão final em português foi aplicada à um estudante do primeiro período
do Curso de Odontologia para que fosse avaliada sua aplicabilidade. As variáveis independentes são
aquelas obtidas através do formulário de caracterização sociodemográfico da amostra e a variável
dependente corresponde ao índice de ansiedade dental adquirido através das questões objetivas do IDAF4C. Importa destacar que, no presente estudo, todos os procedimentos de coleta de dados e processamento
dos mesmos serão realizados por um único pesquisador. Serão agrupados todos os dados individuais
segundo as variáveis independentes, a saber, sociodemográficas, para posterior realização de análise da
relação destas com as variáveis dependentes, dos achados relativos à escala de medo e ansiedade dental
obtida do IDAF-4C. No IDAF-4C, o paciente tem como opções as respostas “discordo”; “concordo um
pouco”; “concordo moderadamente”; “concordo bastante” e “concordo totalmente”. O resultado de cada
voluntário pode variar de 8 a 40. Desta maneira, o resultado do índice é obtido através da média aritmética
simples das pontuações obtidas em cada item e é diretamente proporcional ao nível de ansiedade e medo
apresentado pelo respondente. Esses valores permitem classificar a ansiedade em: nenhuma à baixa (1 - 1.
49), baixa à moderada (1. 50 – 2. 49), moderada à alta (2. 50 –3. 49) e alta à extrema (3. 5 - 5). Os
resultados obtidos a partir das respostas serão analisados estatisticamente com o auxílio do programa
Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 24. 0 for Windows.
Objetivo da Pesquisa:
OBJETIVO GERAL
Avaliar os elementos indicativos da ansiedade no contexto odontológico em uma Clínica Escola de um
município do Recôncavo Baiano, a partir do uso do Índice de Ansiedade Dental e Medo (IDAF-4C) de
Armfield.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
Verificar a frequência da ansiedade dental na população estudada;
Relacionar a influência de variáveis como sexo, idade, grau de escolaridade, motivo adjacente a
Endereço: Rodovia BR. 101, Km 215 - Zona Rural, Sungaia
Bairro: Zona Rural
CEP: 44.350-000
UF: BA
Município: GOVERNADOR MANGABEIRA
Telefone: (75)3638-2549
E-mail: [email protected]
Página 03 de 06
FACULDADE MARIA MILZA FAMAM/BA
Continuação do Parecer: 1.816.508
consulta dental;
Averiguar a existência ou não de história dental negativa pregressa sobre a frequência da ansiedade
odontológica na população estudada.
Avaliação dos Riscos e Benefícios:
Os participantes que aceitarem participar da pesquisa estarão expostos ao risco de constrangimento
durante o preenchimento do formulário e/ou cansaço ou stress. Caso isso ocorra os participantes poderão
dar uma pausa nas resposta e descansar; após o restabelecimento do estado emocional, poderá, se quiser,
voltar a responder. Caso os participantes ainda se sintam constrangidos ou incomodados para responder
alguma questão a coleta de dados será interrompida imediatamente.
Os que aceitarem participar da pesquisa irão contribuir de maneira significativa para que se conheçam os
elementos indicativos da ansiedade no contexto odontológico. Os benefícios advindos deste estudo referemse, também, ao aumento do conhecimento cientifico para a área de odontologia.
Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:
A ansiedade pode ser percecionada como um estado de desconforto físico e psíquico caracterizado por
ausência de tranquilidade, receio, excesso de agonia ou aflição intensa; estando ligada à expectativa sobre
algum evento. O caráter único do meio oral e do tratamento dentário em si contribui para a antecipação do
medo e ansiedade adjacentes à dor; estes conceitos estão interligados, partilhando formas de expressão.
Portanto, fatores psicossociais influenciam a dor pós-operatória, o que realça a importância de uma
abordagem empática antes do início de procedimentos odontológicos. Assim serão influenciadas tanto a
conformidade e a aderência a procedimentos operatórios como planos terapêuticos e preventivos tendo em
vista a saúde bucal do paciente. A ansiedade odontológica está relacionada com agentes estressores
inerentes ao tratamento dental e a situações traumáticas pregressas que provocam tensão emocional no
sujeito resultando em sintomas psicossomáticos abrangentes que interferem no atendimento odontológico e
na autopercepção do paciente ansioso sobre sua saúde oral. Dessa maneira a redução da ansiedade e
medo é essencial para que o paciente busque tratamento odontológico, assim melhorando a qualidade de
vida.
Endereço: Rodovia BR. 101, Km 215 - Zona Rural, Sungaia
Bairro: Zona Rural
CEP: 44.350-000
UF: BA
Município: GOVERNADOR MANGABEIRA
Telefone: (75)3638-2549
E-mail: [email protected]
Página 04 de 06
FACULDADE MARIA MILZA FAMAM/BA
Continuação do Parecer: 1.816.508
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
Os documentos que compõem um protocolo de pesquisa e necessários para analise dos aspectos éticos
da proposta se encontram em consonância com a Resolução 466/12 do CNS.
Recomendações:
Não há.
Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:
Não há.
Considerações Finais a critério do CEP:
A Resolução 466/12 da Conep/CNS/MS apresenta no parágrafo XI – DO PESQUISADOR RESPONSAVEL
e no subparágrafo XI.2 – Cabe ao Pesquisador e no item d) elaborar e apresentar os relatórios parciais e
final. Por isso, esclarece-se que “Após a defesa da monografia, deve-se salva-la em arquivo PDF e enviá-la
à Plataforma Brasil.
Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:
Tipo Documento
Arquivo
Postagem
Autor
Situação
Informações Básicas
do Projeto
Projeto Detalhado /
Brochura
Investigador
Declaração de
Instituição e
Infraestrutura
TCLE / Termos de
Assentimento /
Justificativa de
Ausência
Folha de Rosto
PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_P
ROJETO_813835.pdf
ANSIEDADEODONTOLOGICO.docx
25/10/2016
19:31:54
25/10/2016
19:31:24
Larissa Rolim Borges
Paluch
Aceito
termodeautoriza.jpg
25/10/2016
19:30:29
Larissa Rolim Borges
Paluch
Aceito
TCLE.docx
25/10/2016
19:29:09
Larissa Rolim Borges
Paluch
Aceito
folhaDeRosto.pdf
25/10/2016
19:28:13
Larissa Rolim Borges
Paluch
Aceito
Aceito
Situação do Parecer:
Aprovado
Necessita Apreciação da CONEP:
Não
Endereço: Rodovia BR. 101, Km 215 - Zona Rural, Sungaia
Bairro: Zona Rural
CEP: 44.350-000
UF: BA
Município: GOVERNADOR MANGABEIRA
Telefone: (75)3638-2549
E-mail: [email protected]
Página 05 de 06
FACULDADE MARIA MILZA FAMAM/BA
Continuação do Parecer: 1.816.508
GOVERNADOR MANGABEIRA, 10 de Novembro de 2016
Assinado por:
Robson Rui Cotrim Duete
(Coordenador)
Endereço: Rodovia BR. 101, Km 215 - Zona Rural, Sungaia
Bairro: Zona Rural
CEP: 44.350-000
UF: BA
Município: GOVERNADOR MANGABEIRA
Telefone: (75)3638-2549
E-mail: [email protected]
Página 06 de 06