A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM E DA FAMILIA NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM TRANSTORNO MENTAL: REVISÃO INTEGRATIVA Jhulia de Aguiar Carvalho¹ Karla Aparecida Fonceca Pereira¹ Mayara Masolini Rafalsky¹ Luciano Antonio Rodrigues² Historicamente, as políticas públicas de saúde mental têm se constituído de modo que o Estado passa a assumir o papel na reestruturação da atenção ao portador de transtorno mental. A desinstitucionalização da psiquiatria e a integração do paciente com transtorno mental em sua família tornou-se um importante papel das equipes de Saúde da Família no processo de reintegração social. Objetivando-se identificar a importância da integração da família e sociedade no processo de desinstitucionalização de pacientes com transtornos mentais. Trata-se de uma revisão integrativa de caráter exploratório e descritivo da literatura das bases de dados: LILACS, MEDLINE e BDENF, com os descritores do BIREME: transtornos mentais, saúde da família e enfermagem familiar. tendo como questão norteadora a assistência da equipe de enfermagem / apoio familiar - Qual a importância de ambos no tratamento de pacientes com Transtornos Mentais?. Os critérios de inclusão foram: periódicos nacionais e internacionais, em língua portuguesa e inglesa, no período compreendido entre 2009 a 2012. Realizando os marcadores de filtragem convergindo para os seguintes assuntos: transtornos mentais, família, saúde da família, saúde mental, relações familiares, enfermagem familiar, ajustamento social e desinstitucionalização. Foram identificados 36 artigos, os quais foram feitas leituras flutuantes dos resumos. Selecionados 9 artigos para a revisão integrativa; estes foram lidos na íntegra e responderam a questão norteadora do estudo. Todos foram catalogados em títulos, autores, ano, objetivos, resultados e recomendações/conclusão; realizado a análise integrativa. Identificado que todo o estigma social que possui os sujeitos transtornados mentalmente vem sendo quebrado nos últimos anos, principalmente no Brasil, no pós reforma psiquiátrica. Nos artigos revisados foi observado a aceitação dos familiares e um grande acolhimento do pacientes com transtorno mental na desinstitucionalização. Percebido a importância do trabalho de enfermeiros e agentes comunitários de saúde no processo orientação da família no contexto da realidade vivenciada. Ressaltado a importância da rede de saúde mental, a qual abarca as instituições sociais como, Estratégia de Saúde da Família e (ESF) e os Centros de Apoio Psicossocial (CAPS), estes mencionados pelas famílias, como um importante precursor na melhoria da convivência de familiares e pacientes, após participarem de reuniões e receberem esclarecimentos sobre os transtornos mentais. Fazendo-se saber que a família se constitui na base da sociedade e é no grupo familiar que experimentamos sentimentos e vivências em cuidar do outro, por isso os familiares sofrem na interação com os pacientes, apesar da sobrecarga psíquica enfrentada pela maioria das famílias, elas estão dispostas a contribuir no processo de reabilitação psicossocial. ¹ Acadêmicas de Enfermagem – Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC ² Mestre em Gestão Integrada do Território. Professor do Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC.