Giseli Silva Fonseca Elizabeth Andozzio Vida Incontinência Urinária de Esforço Em pacientes com Síndrome Pós Poliomelite: Uma Investigação teórica. Monografia apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, para obtenção do título de Especialista em Intervenções Fisioterapêuticas em Doenças Neuromusculares. São Paulo 2006 Giseli Silva Fonseca Elizabeth Andozzio Vida Incontinência Urinária de Esforço Em pacientes com Síndrome Pós Poliomelite: Uma Investigação teórica. São Paulo 2006 Giseli Silva Fonseca Elizabeth Andozzio Vida Incontinência Urinária de Esforço Em pacientes com Síndrome Pós Poliomelite: Uma Investigação teórica. Monografia apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, para obtenção do título de Especialista em Intervenções Fisioterapêuticas em Doenças Neuromusculares. Orientador: Dra. Sissy Veloso Fontes. São Paulo 2006 Fonseca, Giseli Silva; Elizabeth Andozzio, Incontinência Urinária de Esforço em pacientes com Síndrome Pós Poliomielite: Um investigação teórica. – São Paulo, 2006. V.42f Monografia – Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Curso de Especialização em Intervenção Fisioterapêutica nas Doenças Neuromusculares. 1. Síndrome Pós Poliomielite 2. Incontinência Urinária de Esforço UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA DISCIPLINA DE NEUROLOGIA SETOR DE DOENÇAS NEUROMUSCULARES Responsável pelo setor de Doenças Neuromusculares: Prof. Dr. Acary Souza Bulle Oliveira Coordenadores do Curso de Especialização em Intervenção Fisioterapêutica em Doença Neuromuscular: Ms. Francis Meire Fávero Dra. Sissy Veloso Fontes Giseli Silva Fonseca Elizabeth Andozzio Vida Incontinência Urinária de Esforço Em pacientes com Síndrome Pós Poliomelite: Uma Investigação teórica. Presidente da Banca: Prof. Dr. : Ms. Francis Meire Fávero Banca Examinadora: Prof. Dr. : Ebe Monteiro Aprovado em: 01/ 03/2007 vii DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho ás nossas famílias, por terem sempre acreditado, apoiado e confiado em nosso potencial e á todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento desta pesquisa. viii AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por proporcionar a paz e a sabedoria entre nós, em frente as adversidades encontrada na execução deste trabalho. E a todas as pessoas que sempre nos receberam de braços abertos e nos proporcionaram todo o apoio que precisávamos para desenvolver esta pesquisa. Dentre os colaboradores que são dignos de agradecimentos estão; a secretaria da Pós graduação do setor de neuromuscular e os pacientes que se dispuseram seu tempo para responder os questionários. Não podemos esquecer de agradecer a Profª. Sissy Veloso Fontes uma pessoa notável que foi de grande importância para a realização deste. E finalmente pedir desculpas e agradecer a todos os nossos familiares e amigos que souberam compreender o motivo de nossa ausência. ix LISTAS DE ABREVIATURAS AME Atrofia Muscular Espinhal DNM Doença do Neurônio Motor ICS Sociedade Internacional de Continência IU Incontinência Urinária IUE Incontinência Urinária de Esforço OMS Organização Mundial da Saúde SNC Sistema Nervoso Central SPP Síndrome Pós Pólio LISTA DE QUADROS Quadro 5.1 Incontinência Urinária e Pós Pólio................................................ 18 Quadro 5.2.1 Síndrome Pós Poliomielite: Aspectos Neurológicos.................. 20 Quadro 5.2.2 Efeitos tardios da Poliomielite..................................................... 21 Quadro 5.2.3 Informar dados técnicos cientifico sobre a síndrome pós poliomielite........................................................................................................ 22 Quadro 5.2.4 Reabilitação em sequelados de pós pólio................................... 23 Quadro 5.3.1 Valor da Avaliação propedêutica objetiva e subjetiva no diagnóstico IU feminina..................................................................................... 24 Quadro 5.3.2 Valor da queixa clinica e exame físico no diagnóstico da Incontinência Urinária ...................................................................................... 25 Quadro 5.3.3 Validação do questionário de qualidade de vida (King’s Health Questionnaire) em mulheres brasileiras com incontinência urinária............... 26 Quadro 5.3.4 Diagnóstico Clínico e Subsidiário da Incontinência Urinária....... 27 Quadro 5.3.5 Incontinência urinária entre mulheres climatéricas brasileiras: inquérito domiciliar............................................................................................ 29 Quadro 5.3.6 Incontinência Urinária de esforço.............................................. 30 Quadro 5.3.7 Incontinência urinária: a dimensão do problema na visão de mulheres idosas................................................................................................ 31 Quadro 5.3.8 Procura de Serviço Médico por Mulheres com Incontinência Urinária............................................................................................................ 33 xi RESUMO O objetivo deste estudo foi verificar a existência de artigos científicos que relatam pacientes com síndrome pos poliomielite com incontinência urinária de esforço. Assim como analisar parâmetros sobre Incontinência Urinária que, possivelmente, possam afetar os pacientes de síndrome pós poliomielite. Utilizou-se de revisão bibliográfica incluindo estudos publicados nos anos de 1966 a 2007 encontrados nas bases de dados MEDLINE, PUBMED, LILACS e SCIELO, utilizando as seguintes palavras chaves: poliomielite, síndrome pós poliomielite, incontinência urinária, incontinência urinária de esforço e avaliação. Foi encontrado somente um documento cientifico sobre pacientes com síndrome pós poliomielite com incontinência urinária de esforço, porém existem evidências científicas da importância de estudos sobre o assunto. Unitermos; Síndrome Pós Poliomielite e Incontinência Urinária de Esforço ABSTRACT The aim of the present study was to identify the existence of scientific papers that report patients with post pólio syndrome and stress urinary incontinence. And also analyse parameters of urinary incontinence that possibly could affect patients with post polio syndrome. We searched the MEDLINE, PUBMED, LILACS and SCIELO from 1966 to 2007 using the following keywords: poliomyelitis, post polio syndrome, urinary incontience, stress urinary incontinece and trial. We found just one scientific paper about patients with post polio syndrome and effort urinary incontinence, nevertheless exist scientific evidences of the importance of researchers in this subject. Keywords: post polio syndrome and stress urinary incontinence. SUMÁRIO Dedicatória .......................................................................................................... vii Agradecimentos .................................................................................................. viii Listas de Abreviaturas ........................................................................................... ix Lista de Quadros ................................................................................................... x Resumo ................................................................................................................... xi 1. Introdução .......................................................................................................... 01 2. Objetivos ........................................................................................................... 03 3. Revisão da literatura .......................................................................................... 04 3.1 O que é Síndrome Pós-Pólio ................................................................. 04 3.1.1 Histórico .............................................................................................. 06 2. Definição de SPP ..................................................................................... 07 3.1.2 O que é Incontinência Urinária ............................................................ 09 3.2.1 Incontinência Urinária de Esforço ....................................................... 12 3.2.2 Fisiopatologia da Incontinência Urinária de Esforço ........................... 13 3.2.3 Sinais e Sintomas da Incontinência Urinária de Esforço ..................... 14 3.2.4 Classificação da Incontinência Urinária de Esforço ............................. 15 4. Método ................................................................................................................. 17 5. Resultados .......................................................................................................... 18 5.1 Incontinência Urinária e Pós Pólio .................................................................... 18 5.2 Síndrome Pós Poliomielite ............................................................................... 20 5.3 Incontinência Urinária ..................................................................................... 24 6. Discussão ........................................................................................................ .. 34 7. Conclusões ...................................................................................................... 38 8. Referência Bibliográfica ....................................................................................... 39 1. INTRODUÇÃO No século passado a população de todos o mundo sofreu uma das maiores calamidades públicas que se tem visto a Poliomielite. Ela foi a causa do fim de muitas vidas e não obstante deixou crianças e adultos com incapacidades físicas, muitas vezes bastante graves, perturbando suas vidas e de suas famílias. Ocorreu uma grande epidemia, atingindo o mundo como um todo, sem perdoar ricos e pobres, brancos ou negros. Atualmente, a Poliomielite é considerada uma doença do passado pó muitas pessoas, porém alguns indivíduos afetados anteriormente, voltaram a ter um conjunto de novos e repetidos sintomas caracterizando a Síndrome Pós-Pólio. A Síndrome Pós-Pólio é um conjunto de sintomas e manifestações neuromusculares que resultam em uma nova perda funcional em indivíduos que tiveram um histórico de poliomielite aguda. Esta perda funcional pode ocorrer após um longo período de estabilidade de 10 a 40 anos. O quadro clinico da Síndrome Pós-Pólio é caracterizado por fadiga, nova fraqueza muscular, nova atrofia, dores musculares e articulares, intolerância ao frio, dificuldades respiratória e de deglutição, distúrbios do sono. Entre as teorias desenvolvidas para explicar a Síndrome Pós-Pólio, a mais aceita propõe a adaptação compensatório após a falência e morte da unidade motora após a poliomielite aguda. (Ribeiro et al.,2005). A incontinência urinária sempre foi um problema altamente constrangedor para o individuo, revelando conseqüências desagradáveis em relação á higiene, sendo considerado um problema psicossocial que perturba tanto os doentes, em especial os idosos, quanto os familiares e amigos de convivência. Esta incapacidade de controlar a urina, apresentada pelos pacientes, é uma situação desconfortável e no mínimo constrangedora e que resulta normalmente em decréscimo de qualidade de vida no âmbito pessoal, quanto no social. O problema da falta de controle de micção pode ser tão grave, que chega ao ponto do individuo se notar com roupas úmidas ou mesmo molhada, odor desagradável em seu corpo e mesmo lesões cutâneas, sem contar com os aspectos negativos psico-sociológicos, de se deparar nesta situação. O grande problema relaciona-se na crença de muitos pacientes, que a incontinência urinária seja uma doença decorrente do envelhecimento, que ocorra naturalmente, não indo em busca de ajuda ou tratamento. Com isto tem-se notado que estes indivíduos estão se afastando do convívio social para evitar possíveis constrangimentos. (Silva, M.M. e Pires, M.M.,2006). 2. OBJETIVOS Objetivo primário: Verificar a existência de artigos científicos que identifiquem pacientes com a Síndrome Pós Poliomielite com Incontinência Urinária de Esforço. Objetivo secundário: Analisar parâmetros sobre Incontinência Urinária de Esforço que, possivelmente, possam afetar os pacientes de Síndrome Pós Poliomielite. 3.REVISÃO DE LITERATURA 3.1 O que é Síndrome Pós-Pólio. A Síndrome Pós-Pólio é um conjunto de sintomas e manifestações neuromusculares que resultam em uma nova perda funcional em indivíduos que tiveram um histórico de poliomielite aguda. (Ribeiro et al.,2005). Desta maneira para se compreender melhor a SPP deve-se conhecer a poliomielite. A poliomielite é uma doença viral que se apresenta, tipicamente, sob a forma bifásica, com cefaléia, febre e sintomas gastrintestinais seguidos, dias mais tarde, de comprometimento dos neurônios motores da medula espinhal, ocasionando paralisia, geralmente predominando nos membros inferiores sob a forma assimétrica e desproporcional. (OLIVEIRA, 2002). A poliomielite não é apenas uma doença das células do corno anterior da medula, também uma doença neuronal difusa envolvendo, habitualmente, a forma reticular no trono cerebral. Regiões dentro do sistema nervoso de pacientes com poliomielite tiveram significante destruição neuronal não somente nos neurônios motores do corno anterior da medula, mas, também em áreas sensórias como as do corno posterior e gânglios da raiz dorsal, como também na área do córtex pré-frontal, hipotálamo, tálamo, núcleo e cerebelo, vários núcleos dos nervos cranianos, formação reticular, e tronco cerebral (BODIAN,1949). A transmissão, da poliomielite esta pode ser direta de pessoa a pessoa, através de secreção nasofaríngeas de pessoas infectadas, 1 a 2 semanas após a infecção; ou de forma indireta através de objetos, alimentos, água etc., contaminados com fezes de doentes ou portadores, 1 a 6 semanas após a infecção (CVE 2000). Sendo que o período de incubação pode variar de 2 a 30 dias, em geral é de 7 dias (CVE 2000). Importante ressaltar que, somente 1% dos infectados é que desenvolvem a forma paralítica (ABRASP,2004). As manifestações clinicas podem agrupar-se em três grandes formas: abortiva, meníngea e paralítica, cada uma delas relacionadas com fases evolutivas distintas da patologia viral. 1) Forma abortiva – Também conhecida como doença menor (trivial, discreta), apresenta um quadro clinico de inicio brusco apresentando febre baixa, mal-estar, cefaléia e náuseas, pode haver vomito, diarréia, sensibilidade abdominal difusa e dor de garganta. O diagnóstico pode ser quando há contato com um caso agudo na ultima quinzena, ou quando há caso nos círculos familiar e escolar. O diagnóstico definitivo só é possível em laboratório virológico. O quadro clínico tem uma duração de 48 a 72 horas, com uma evolução totalmente benigna (CVE 2000). 2) Forma Meníngea – È também chamada de forma não paralítica. O inicio é brusco como na forma abortiva, entretanto, todos os sinais são mais acentuados, como febre elevada. A criança apresenta fáceis angustiada e olhos brilhante. Se mobilizada queixa-se de dor, apresenta um misto de excitação e sonolência; quando sentada adota a forma trípode para não estender os extensores da coluna e os ísquios tibiais. Apresentam os sinais de Kernig e Brudzinsky positivos, reflexos normais (CVE 2000). Os sinais meníngeos podem durar de uma a duas semanas, porém, a febre diminui entre o terceiro e o quinto dia. Não deixa seqüelas. 3) Forma Paralítica – A forma paralítica aguda é classificada em dois tipos: 1-sem risco de vida (forma espinhal comum); 2-com risco de vida (forma bulbar e respiratória), descritas a seguir. A infecção causada pelo poliovírus pode ser dividida em duas formas conhecidas como doença menor e doença maior: A doença menor ocorre de um a três dias antes do inicio da paralisia, com complicações gastrintestinais como náusea e vômito, cãibras abdominais, dor, diarréia, manifestações sistêmicas como, dor de garganta, mal estar, e dor de cabeça (HORSTMAN,1963). A doença maior inclui todas as formas de doença do sistema nervoso central (SNC) causada pelo poliovírus, incluindo meningite asséptica ou poliomielite não paralítica, encefalite, poliomielite bulbar, e poliomielite paralítica, isoladas ou combinadas. Pode ocorrer imediatamente após a doença menor ou após três ou quatro dias, mas também pode ocorrer sem a doença menor. Para o pacientes com meningite asséptica, é comum ocorrer a rigidez de nuca, dor na região lombar, fotofobia, e dor de cabeça antes do inicio da pólio paralítica. A encefalite precede a paralisia e raramente ocorre sozinha. Pode se manifestar com tremor, agitação e disfunção autonômica (JUBELT, 1987). A disfunção autonômica é reconhecida por labilidade de hipertensão, hipotensão, tarquicardia, arritmia e sudorose excessiva. Pode também apresentar sinais de comprometimento de neurônio motor superior (NMS) como espasticidade, hiperreflexia e sinal de Babinski (JUBELT, 1987). Freqüentemente ocorre dor muscular, cãibras, fasciculação e raramente ocorre dor radicular sem paralisia, mas onde esta ocorre, geralmente precede a paralisia em 24 a 48 horas. A doença paralítica é devido a uma infecção de polivírus no neurônio motor. As células do corno anterior da medula e outros neurônios motores são seletivamente vulneráveis a infecção do poliovírus (BODIAN, 1972; HASIOMOTO, 1984; DAL CANTO, 1986). A infecção do polivírus resulta em uma distribuição e paralisa extensa e variável. (HORSTMANN, 1963). 3.1.1 Histórico Referida na Bíblia e registrada há 3000 anos, foi na península escandinava o berço do reaparecimento e disseminação da virose em epígrafe, conhecida por doença de Heine-Medin, paralisia infantil aguda ou simplesmente pólio. Foi igualmente nesta região e cercanais que se desenvolveram os estudos sobre a suposta nova infecção epidêmica, graças aos trabalhos de Von Heine, a respeito dos aspectos clínicos do mal: Medin, com relação á epidemologia, e de Reinecker&Cornil, sobre a histopatologia da enfermidade. (COSTA, 1991). No inicio do século XX, enquanto o higienismo e a bacteriologia conquistavam vitórias sobre as doenças infecciosa, a poliomielite desafiou médicos e cientistas, pois, a doença alem de não se enquadrar no modelo higienista que associava sujeira pobreza á doença. (ROGERS, 1996). Os primeiros relatos de poliomielite no Brasil ocorreram no inicio de 1911, em São Paulo, do qual foi identificado pelo Dr. Luiz Hoppe – Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e no Rio de Janeiro pelo Dr. Oswaldo Oliveira no Hospital Misericórdia (ABRASPP, 2004). Após as primeiras epidemias no Rio de Janeiro e Americana-SP, surtos de certa magnitude foram registrado apenas a partir das décadas de 1930 e 1940, do qual se alastrou vertiginosamente ate meados da década de 1960 (ABRASPP, 2004). Em 1955, com a criação da vacina Salk e a Sabin (1961), a poliomielite (ou a paralisia infantil) foi erradicada de quase todos os países do mundo. (DIAS, et al.,2002). A OMS ( Organização Mundial da Saúde) estima existirem 12 milhões de pessoas em todo o mundo com algum grau de limitação física causada pela poliomielite. (DIAS, et.al.,2002). Nos finais da décadas de 1970, os sobreviventes da poliomielite começaram a sofrer de novos problemas, tais como fadiga, dor e fraqueza geral. Em meados da décadas de 1980, os agentes de saúde reconheceram esse novos problemas como sendo reais, e não “apenas imaginados pelos pacientes”. Desde essa altura têm sido conduzido, pelos institutos de investigação e centros médicos, estudos sobre este fenômeno chamado de “síndrome pós-pólio”. (DIAS, et al., 2002). 3.1.2 Definição de SPP. A Síndrome Pós-Pólio (SPP) é uma doença classificada como Doença do Neurônio Motor (DNM), isto se deve ao seu quadro clinico e alterações histológicas que estão associados à disfunção dos neurônios motores inferiores. Ela se enquadra no grupo das neuropatias motoras, formado pela doença do neurônio motor (ELA), a poliomielite aguda e a atrofia muscular espinhal (AME). A Síndrome Pós-Polio (SPP) é definida como uma desordem do sistema nervoso que pode se manifestar após, em média, 15 anos ou mais, em indivíduos, que tiveram poliomielite previamente. A SPP é caracterizada pela presença de um novo quadro sintomatológico composto por: fadiga e fraqueza muscular e progressiva, dores musculares e nas articulações, que cursa com uma diminuição da capacidade funcional do individuo realizar suas atividades rotineiras ou ainda no surgimento de novas incapacidades, alem disso, é comum que alguns pacientes desenvolvam, ainda, dificuldade de deglutição e respiração. A SPP ao contrário da poliomielite, não é uma doença de notificação compulsória no mundo, e, por isso, não faz parte do sistema de vigilância epidemiológica (DDTHA/CVE/CCD/SES-SP, 2006). Assim a incidência e a prevalência da SPP são ainda desconhecidas tanto no Brasil quanto no mundo. Porém a Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula haver aproximadamente 12 milhões de pessoas em todo o mundo apresentando seqüelas físicas deixadas pela poliomielite. O diagnóstico clinico da SPP é feito por exclusão. Existem doenças que podem apresentar quadro semelhante, como algumas doenças neurológicas, ortopédicas ou psiquiátricas e atrasar o fechamento do diagnóstico. Entretanto, foi descrito alguns critérios para conduzir e confirmar o diagnóstico: 1) confirmação de poliomielite paralítica com evidência de perda de neurônio motor – por meio de história de doença paralítica aguda, sinais residuais de atrofia e fraqueza muscular ao exame neurológico e sinais de desenervação na eletroneuromiografia; 2) período de recuperação funcional, parcial ou completa, seguido por um intervalo (15 anos ou mais, em média 40 anos) de função neurológica estável; 3) inicio de novas complicações neurológicas: uma nova e persistente atrofia e fraqueza muscular; 4) os sintomas persistem por mais de um ano; 5) exclusão de outras condições que poderiam causar os novos sinais e sintomas. Há várias hipóteses para a causa da SPP, porém a mais aceita é a de que não é causada por uma nova atividade do polivírus, mas sim pelo uso excessivo dos neurônios motores ao longo dos anos. Os vírus pode danificar até 50% dos neurônios motores do corno anterior da medula, matando pelo menos 50% deles. Com a morte destes neurônios os músculos de sua área de atuação ficam sem inervação, provocando paralisia e atrofia. Embora danificados, os neurônios remanescentes compensam o dano enviado ramificações para ativar esses músculos órfãos. Com isso, a função neuromuscular é recuperada parcial ou totalmente, dependendo do número de neurônios envolvidos na “adoção”. Um único neurônio pode lançar derivações para conectar cinco a 10 vezes mais neurônios do que fazia originalmente. Assim um neurônio inerva um número muito maior de fibras neuromusculares do que normalmente faria, restabelecendo a função motora. Porém, sobrecarregado após muitos anos de estabilidade funcional, começa a se degenerar, surgindo o novo quadro sintomatológico (DDTHA/CVE/CCD/SES-SP, 2006). 3.2 O que é Incontinência Urinária. A Sociedade Internacional de Continência (ICS), recentemente, publicou novas definições para as disfunções do trato urinário, que são: Incontinência Urinária (IU), como a queixa de perda involuntária de urina; incontinência urinária de esforço (IUE), como a queixa de perda involuntária de urina sincrônica ao esforço, espirro ou tosse; incontinência de urgência, como a queixa de perda involuntária de urina associada ou imediatamente precedida por urgência miccional; incontinência urinária mista, como a queixa de perda involuntária de urina associada com urgência e também com o esforço, espirro ou tosse (FELDNER et.al.;2006). A Sociedade Internacional de Continência define Incontinência Urinária (IU) como sendo a perda involuntária de urina objetivamente demonstrável, causando problema social ou higiênico, acomete 15 a 30% das mulheres (ZCHI et. Al.,2003). A Sociedade Internacional de Continência definia a incontinência urinária como “a perda involuntária de urina, que determina um desconforto social ou higiênico, podendo ser demonstrável de modo objetivo” (RIBEIRO e HADD, 1997;WALL, 1998;BARACHO, 2002). No entanto, recentemente, a Sociedade Internacional de Continência retirou o fragmento da definição que se refere a um problema social, por considerá-lo inadequado para definir o sintoma e decidiu definir a qualidade de vida como assunto independente da incontinência urinária. Desse modo, segundo a nova definição, a incontinência urinária é caracterizada por qualquer perda involuntária de urina (GÈO et. al.,2004). A incontinência urinária pode ser definida de forma simples como o comprometimento nos mecanismos de armazenamento e de esvaziamento de urina. Tal comprometimento tem se mostrado freqüente no sexo feminino, no entanto não deve ser considerado como um processo natural do envelhecimento. O extravasamento indesejável de urina é classificado como uma das queixa médicas mais antigas. Atualmente a estatística demonstra a continuidade desse sintoma, afetando cerca de 13 milhões de homens e mulheres nos Estados Unidos. A prevalência nas mulheres é duas vezes maior que nos homens, afetando todos os grupos etários com uma porcentagem de 15 a 30% (GUCCIONE,2002). Alguns fatores, descritos a seguir, tem ligação com a ocorrência de sintomas da IU, segue os mais importantes: gravidez, parto, idade avançada, queda do estrógeno na menopausa, incapacidades física e mental, e algumas doenças comuns em idosos como o Acidente Vascular Cerebral e o Mal de Parkinson, além de medicamentos e cirurgias que podem desencadear diminuição de tônus da musculatura pélvica e até mesmo gerar danos nervosos. Sua classificação, atualmente, é feita a partir dos sintomas específicos referidos pelos indivíduos acometidos, como incontinência total, por estresse, de transbordamento, funcional e mista. O tratamento da IU pode ser cirúrgico ou não cirúrgico. O tratamento cirúrgico envolve uma série de técnicas, que não serão abordadas. O tratamento não cirúrgico tem sido escolhido primeiramente por médicos e pacientes, com o uso de medicamentos e fisioterapia, podendo ser feito de forma combinada ou isoladamente.(SILVA & SANTOS,2005). O diagnóstico é fundamental na IU, visto que existem duas formas mais freqüentes de perda urinária, a incontinência de esforço pela deficiência esfincteriana ou pela hipermobilidade da uretra e a incontinência de urgência secundária á instabilidade do detrusor. Isto tem que estar bastante diferenciado e definido antes de se propor o tratamento ao paciente, principalmente quando há indicação cirúrgica. Na anamnese deve conter itens como início dos sintomas, gravidade, duração, condições associadas, entre outros. Apesar desta coleta de dados fornecer informações importantes, é necessário a realização do exame físico, uma vez que os sintomas urinários apresentados pelo indivíduos podem ser iguais mesmo quando as causas são diferentes. O exame físico visa caracterizar e reproduzir a incontinência, excluindo distúrbios neurológicos e outras doenças pélvicas, além de avaliar o suporte pélvico. Isto constitui um segmento da avaliação uroginecológica total do paciente. (FELDNER et. al,2002). No Brasil e no mundo são milhões de pessoas, atingidas por este problema que tanto interfere na qualidade de vida. Estima-se que cerca de 5% da população brasileira sofra de perda de urina, de acordo com dados atuais. Porém, acredita-se que o número total de pessoas afetadas pela IU seja ainda maior do que o apresentado nas pesquisas, pois, a maioria dos indivíduos sente-se envergonhados frente aos profissionais de saúde e acabam negando as informações. (MENDONÇA et al.,2006). Estima-se que a prevalência da IU entre a população acima dos 60 anos de idade, esteja entre 15% e 30% e que tende a aumentar com a idade. A prevalência da IU varia conforme as variáveis estudadas. Existem parâmetros que são considerados e que levam a resultados divergentes, que são a gravidade dos sintomas, a idade e o sexo. De acordo com Baracho (2002), mesmo apresentando alta incidência, ainda, há um grande número de mulheres que não buscam auxílio médico. Muitas mulheres não consideram a perda urinária como um problema, o que pode ser confirmado em pesquisa realizada nos Países Baixos e Estados Unidos, quando as mulheres utilizamse de recursos como protetores, no entanto, não buscam tratamento. Pouco se sabe da incidência desta doença, mas estima-se que nos idosos, seja cerca de 10% para os homens e de 20% para as mulheres (SILVA & PIRES, 2006). Contrapondo ás mulheres que não tomam consciência de estarem apresentando um problema, encontramos mulheres que sofrem com a incontinência urinária. As mulheres sentem a desordem física e esta acarreta alterações emocionais, podendo levar ao isolamento, perda de auto-estima e depressão. A incontinência urinária não é um diagnóstico, mas sim um sintoma (WALL, 1998). Os idosos formam o grupo com maior probabilidade para sofrer de incontinência urinária. O impacto causado pelo envelhecimento está relacionado á diminuição da complacência uretral de contratilidade do destrusor (WALL,1998;GUCCIONE,2002). Além disso, a idade tende a diminuir o suporte do colo vesical, o comprimento da uretra e a competência do assoalho pélvico que oferece suporte suplementar á uretra (BARACHO,2002). Desse modo, há coexistência de fatores exteriores ao trato urinário, que afetam a continência e que são mais freqüentes nos idosos (FREITAS,MENKE e RIVOIRE,2002). Para Retzky e Roger (1995), a deficiência do estrogênio também pode ser um fator predisponente da incontinência urinária, uma vez que o trato urinário inferior é rico em receptores de estrogênio. A ação do estrogênio provoca o aumento do fluxo sanguíneo, e como conseqüência, promove uma melhor coaptação da mucosa uretral, aumentando sua pressão e promovendo a continência. A diminuição do estrogêneo na menopausa pode atuar contribuindo para a incontinência urinária neste período. Outros fatores podem ser citados como contribuintes para a incontinência urinária. O tabagismo pode ser referido pelos danos causados pela sustentação frente á tosse crônica, pelas contrações induzidas pela nicotina no músculo detrusor e pelas alterações na síntese e qualidade do colágeno (RETZKY e ROGERS,1995). Além do tabagismo, as cirurgias ginecológicas, constipação, levantamento constante de peso, deficiência hormonal, fatores neurológicos, defeitos congênitos ou adquiridos, bem como a obesidade que não provoca diretamente a incontinência, todavia, aumenta a pressão intra-abdominal pelo aumento do volume da parede abdominal. 3.2.1 Incontinência Urinária de Esforço. A incontinência urinária de esforço, também referida como verdadeira ou genuína, é por definição “toda a perda de urina através do meato externo da uretra, quando a pressão intravesical excede a pressão máxima de fechamento uretral, na ausência de contração do músculo destrusor’ (GIRÂO,1997). A causa mais freqüente de perda involuntária de urina é a incontinência urinária de esforço. Cerca de 45% da população feminina apresenta algum tipo de incontinência urinária e calcula-se que 50% destas apresentem a incontinência urinária de esforço (FREITAS et al.,2002). A prevalência da incontinência urinária de esforço aumentam com a idade e paridade de forma independente, e outros fatores podem contribuir para o agravamento do caso, dentre eles a obesidade, ascite, alteração hormonal e cirurgias anteriores (RIBEIRO & ROSSI,2002). Na maioria das vezes, mesmo com a grande incidência, este distúrbios só se torna conhecido pelos profissionais da saúde quando a incontinência urinária de esforço se torna um desconforto á mulher (RIBEIRO & HADDAD,1997). A incontinência urinária provoca alterações na qualidade de vida desses pacientes, observando-se relatos de aumento da ocorrência de depressão e disfunção sexual (BARATA & CARVALHAL,1999). 3.2.2 Fisiopatologia da Incontinência Urinária de Esforço. O aumento da pressão intra-abdominal e conseqüente aumento da pressão intravesical podem ser ocasionados por manobras como tossir, espirar, levantar peso, subir escadas e caminhar entre outros. Nessas situações de estresse, o aumento da pressão intra-abdominal deve ser simultâneo e proporcional ao da pressão de fechamento uretral. No momento em que não há o equilíbrio entre duas pressões, intraabdominal e de fechamento uretral, ocorre a perda de urina involuntária. Desse modo, a perda involuntária de urina pode ocorrer sob duas circunstâncias: na presença de diminuição da pressão na via de saída (uretra) ou aumento da pressão intravesical. O processo patológico da incontinência urinária de esforço pode ser considerado como uma diminuição da pressão de resistência, ou seja, de fechamento uretral numa situação em que a pressão vesical se apresenta normal. A redução do mecanismo de resistência pode ser provocada por fatores como alterações anatômicas, alteração das pressões de coaptação e da complacência da via de saída ou defeitos no esfíncter intrínseco da uretra (WEI,RAZ e YOUNG,1999). Segundo Palma e Riccetto (1999), a incontinência urinária de esforço ocorre em duas situações. Na primeira, a uretra preserva a função do esfíncter. Durante o repouso a pressão uretral é maior que a pressão da bexiga. Contudo, nos momentos de esforços ocorre um aumento da pressão abdominal que não é transmitido de maneira similar para uretra e bexiga, permitindo que a pressão vesical torna-se maior que a uretral, incidindo na perda urinária. A situação descrita é dominada incontinência urinária de esforço anatômica. Numa segunda situação. Ocorre lesão do mecanismo esfincteriano da uretra. A pressão uretral é invariavelmente baixa e a escape urinário acontece aos esforços mínimos. Geralmente a hipermobilidade do colo vesical não esta presente em virtude da fibrose instalada na uretra. Esse mecanismo é caracterizado como incontinência urinária de esforço esfincteriana e pode ser decorrente dentre outras, de cirurgias prévias, traumas, mielodisplasias e hipoestrogenismo (PALMA & RICCETTO,1999). O déficit de estrogênio promove a diminuição da vascularização periuretral, a atrofia muscular, ligamentar e da submucosa (BARACHO,2002). A coaptação da mucosa uretral eumenta a força de resistência ao esvaziamento através do mecanismo de adesão das pregas mucosas, enquanto o ingurgitamento do suprimento vascular aumenta a aproximação da parede uretral. Dese modo, tem se responsabilizado a ausência de pulsações uretrais pela incontinência urinária de esforço em um pequeno número de pacientes. Essa afirmação é apoiada pela ação do estrogênio no aumento do lúmen vascular uretral e suas pulsações (WEI,RAZ e YOUNG,1999). De acordo com BARACHO (2002), nas mulheres nulíparas, a incontinência urinárias de esforço deve ser decorrente a fraqueza anatômica decorrente da evolução da posição horizontal para vertical, enquanto que a paridade é um fator agravante para o enfraquecimento pélvico. Outros fatores são citados como importante na contribuição da incontinência urinária de esforço: idade avançada, cirurgias prévias, levantamento freqüente de peso, sedentarismo, constipação, infecções do trato urinário, obesidade e tabagismo. 3.2.3 Sinais e Sintomas da Incontinência Urinária de Esforço. O sinal a incontinência urinária de esforço faz menção á demonstração física da perda de urina durante as situações de esforço e conseqüente aumento de pressão intra-abdominal durante o exame da paciente (WALL,1998). A queixa da paciente sobre o extravasamento de urina nos momentos de aumento de pressão intra-abdominal, caracteriza o sintoma da incontinência urinária de esforço. A paciente deve ser submetida a um diagnóstico preciso, pois a queixa sugere o provável problema, no entanto este deve ser confirmado de forma objetiva. (RIBEIRO & HADDAD,1997). Gonçalves e Kobata (1997) descrevem outras queixas relacionadas á incontinência urinária que são freqüentes, o prurido vulvar por dematite amoniacal e intenso odor de urina. 3.2.4 Classificação da Incontinência Urinária de Esforço. A incontinência urinária de esforço pode ser classificada de várias forma, levando em consideração a intensidade do estresse para ocorrer a perda, a quantidade de urina perdida ou até os ângulos de inclinação uretral e uretrovesical posterior (GIRÂO,1997). Girão (1997), Ribeiro e Haddad (1197), mencionam a classificação de incontinência urinária de esforço, baseada nos parâmetros clínicos e videourodinâmicos do estudo relizados por Blaivas e Olsson em 1998. Desse modo a incontinência de esforço foi divididas em tipos 0, I, IIa, IIb e III, com as seguintes características: -Tipo 0: a paciente apresenta a história e queixa típica de incontinência urinária de esforço, sem demonstração objetiva de perda urinária durante a avaliação clínica e urodinâmica. -Tipo I: o colo vesical permanece fechado em repouso, situado acima da borda inferior da sínfise púbica. No momento do esforço, o colo vesical se abre e desce, com um valor inferior a 2 cm. A perda urinária sincrônica ao esforço é observada. -Tipo IIa: no repouso, semelhante ao tipo I, porém no momento de esforço o colo vesical abre e desce mais que 2 cm, abaixo da borda inferior da sínfise púbica. A perda urinária ocorre com o aumento da pressão abdominal. -Tipo IIb: o colo vescial permanece fechado no momento do repouso. Ao esforço pode ou não descer, mas a uretra proximal se abre e ocorre a perda urinária. -Tipo III: o colo vesical e a uretra proximal encontram-se abertos estando em repouso ou ao esforço, sugerindo lesão esfincteriana. A perda urinária é demonstrável objetivamente, conseqüente a gravidade ou a pequenos aumentos da pressão intravesical. 4.Método Para verificar a existência de artigos científicos que relatam a existência de portadores da Síndrome Pós Poliomielite com Incontinência Urinária de Esforço. Assim como analisar parâmetros sobre Incontinência Urinária, que possivelmente possam afetar os portadores de síndrome pós poliomielite. Utilizou-se de revisão bibliográfica incluindo estudos publicados nos anos de 1996 a 2007 encontrados nas bases de dados MEDLINE, PUBMED, LILACS e SCIELO que utilizaram descritores na língua portuguesa (poliomielite, Síndrome Pós Poliomielite, incontinência urinária, incontinência urinária de esforço avaliação). A estratégia de busca utilizada tanto na MEDLINE, LILACS quanto SCIELO foi: descritor de assunto= “PLIOMIELITE” AND/ OR INCONTINENCIA URINÀRIA POLIOMIELITE AND/ OR “AVALIAÇÃO”. Na PUBMED foi stress incontinece urinay, post pólio poliomyelitis. Após a revisão bibliográfica foram excluídos os estudos de incontinência urinária que analisaram métodos de tratamento, incontinência urinária infantil. 5. Resultados 5.1 Incontinência Urinária e Síndrome Pós Pólio. Autores Johnson,V.Y.; Hubbard, D.; Vodermark, J.S Título Urologic manifestations of postpolio syndrome. ( Manifestações urológicas na síndrome pós-pólio). Fonte J Wound Ostomy Continence Nurs;23(4):218-23,1996 Jul. Objetivo Determinar e caracterizar a prevalência de disfunções urológicas entre pessoas com histórico de pólio Método Foi realizado um estudo randomizado entre os sobreviventes da poliomielite que tardiamente apresentaram sintomas neurológicos que podem ser atribuídos como SPP. Inicialmente foi enviado um questionário minucioso sobre SPP e sintomas urológicos a pacientes com histórico de pólio, dos questionários que foram respondidos; estes foram selecionados n=330 aleatoriamente. E destes selecionados foram realizados entrevistas por telefone analisadas quanto á prevalência e severidade SPP e tipos de disfunção urológica. E separados esses pacientes em dois grupos: pacientes com SPP e aqueles com poliomielite. Conclusão Entre 330 entrevistados, 306 reportaram sintomas urológicos e 24 declaram que nunca tiveram nenhum tipo de sintomas urológicos. A prevalência de sintomas urológicos em paciente com ou sem a manifestação da SPP são similares, porém os casos mais severos de incontinência urinária estão entre os pacientes com SPP. A incontinência urinaria de esforço ocorreu 36,3% dos sobreviventes da poliomielite. O estudo mostra 16 mulheres com SPP realizaram cirurgia para IU, dos quais somente 60,5% obtiveram sucesso. Sintomas que estão atribuídos á deficiência do detrusor (infecção urinária, sensação incompleta de esvaziamento da bexiga) foram fatores que prevaleceram em ambos os grupos, porém a prevalência é baixa dentre os entrevistados. Não sendo possível avaliar exatamente a instabilidade do destrusor com o grupo sem o estudo urodinâmico. Mas além da clínica e do estudo urodinâmico se faz necessário definir a natureza e a magnitude desta disfunção. 5.2 Síndrome Pós Poliomielite. 5.2.1 Quadro – Síndrome Pós Poliomielite: Aspectos Neurológicos. Autores Oliveira, A.S.B; Maynard F.M Título Síndrome Pós Poliomielite: Aspectos Neurológicos Fonte Ver Neurociência 10(1):31-34; 2002 Objetivo Abordagem sobre SPP e seus aspectos neurilógicos. Método Descrito Conclusão A SPP é uma doença neurológica considerada dentro do capítulo dos efeitos tardios da pólio, caracterizada por nova fraqueza muscular e ou fadigabilidade muscular anormal em indivíduos que tiveram poliomielite aguda, muitos anos antes. A prevalência da SPP, depende dos critérios diagnósticos, é variada podendo apresentar até 70% dos sobreviventes de poliomielite paralítica aguda. A reabilitação da fraqueza muscular em pacientes com SPP é fundamental, mas deve ser feita com muito cuidado. O uso excessivo do músculo acarreta nova atrofia e fraqueza muscular. A prescrição de órteses e de outros aparelhos, incluindo-se até cadeira de rodas propicia ajuda. 5.2.2 Quadro – Efeitos tardios da Poliomielite. Autores Dias; J.M.B. Título Efeitos tardios da Poliomielite Fonte Ver Neurociência 10(1): 35-37; 2002 Objetivo Abordagem dos efeitos tardios da pólio Método Revisão Conclusão Os efeitos tardios da pólio, ou o sinônimo “seqüela da pós-pólio’, são novos problemas específicos de saúde cujas ocorrências estão relacionadas com os comprometimentos residuais que a própria poliomielite ocasiona. Pode se incluir com sintomas da SPP: uma fadiga fora de vulgar ( quer um cansaço muscular súbito, quer uma sensação generalizada de exaustão); novo enfraquecimento dos músculos ( quer dos que foram originalmente afetados, quer daqueles que não foram afetados); dores nos músculos e/ ou nas articulações; perturbações do sono; dificuldade de respiração e deglutição; diminuição da capacidade de tolerância de temperaturas baixas; redução da capacidade de efetuar atividades diárias (andar, tomar banho, etc). Estes sintomas gerais não devendo ser apenas considerados conseqüências do envelhecimento, podem produzir diversos graus de incapacidade, e a evolução destes pode manifestar um caráter insidioso. Estudo revelam para o fato de os anos de vida em que uma pessoa infectada viveu com o vírus da poliomielite representarem um fator de risco equivalente ao fator envelhecimento. Aparentemente, as pessoas inicialmente atingidas pelo vírus da paralisia infantil, e que se recuperam grande parte de suas capacidades funcionais, apresentam nessa fase de suas vidas mais problemas do que aqueles tiveram uma infecção inicial menos severa. 5.2.3 Quadro – Informar dados técnicos científico sobre a síndrome pós poliomielite. Autores DDTHA/CVE/CCD/SES-SP Título Síndrome Pós Poliomielite. Fonte Rev Saúde Pública 40 (5):941-5; 2006. Objetivo Informar dados técnico científico sobre a síndrome pós poliomielite. Método Texto técnico científico sobre a síndrome pós poliomielite. Conclusão A SPP é uma desordem do sistema nervoso que se manifesta em indivíduos que tiveram poliomielite, após, em média, 15 anos ou mais. Ela apresenta um novo quadro sintomatológico: fraqueza muscular progressiva, fadiga, dores musculares e nas articulações, resultando em uma diminuição da capacidade funcional e/ ou no surgimento de novas incapacidades. Alguns pacientes desenvolvem, ainda, dificuldade de deglutição e respiração. A incidência e prevalência da SPP são desconhecidas no mundo e no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima a existência de 12 milhões de pessoas em todo o mundo com algum grau de limitação física causada pela poliomielite. A SPP, ao contrário da poliomielite, não é uma doença de notificação compulsória no mundo, e, por isso, não faz parte do sistema de vigilância epidemiológica. Ou seja, a SPP se trata de uma síndrome não transmissível assim a identificação do caso não requer investigações epidemiológicas, porque não se propagará para outras pessoas, ainda que represente um grande e sério transtorno para os indivíduos que forma vítimas da pólio. Para a vigilância epidemiológica, o monitoramento de casos permitirá compreender melhor a evolução dos quadros de poliomielite e trazer conhecimento complementar à doença. 5.2.4 Quadro – Reabilitação em sequelados de pós pólio. Autores Khan,F. Título Rehabilitation for postpolio seqüelas. Fonte Australaian Family Physican 8 (33):621-23;24. Objetivo Resumo, conceito, diagnóstico e fisiopatologia da síndrome pós pólio e suas deficiências. Método Revisão da Literatura. Conclusão A clínica de pacientes com SPP, inclui fadiga, dores articulares e musculares e uma nova fraqueza muscular. O diagnóstico pode ser dificultado particularmente em pacientes não paralíticos que tiveram a poliomielite. As incapacidades acarretadas pela SPP talvez possam não ser óbvias a serem observadas, mas afeta qualitativamente a vida de pacientes com SPP. Anteriormente o tratamento da reabilitação era focado e determinado na deficiência. O tratamento em SPP foi modificado já que o excesso de atividade física pode desencadear uma nova fraqueza muscular. A maioria das deficiências em SPP pode ter uma intervenção de reabilitação, desde que seja respeitado os limites de cada paciente. 5.3 Quadros de Incontinência Urinária. 5.3.1 Quadro Valor da Avaliação propedêutica objetiva e subjetiva no diagnóstico da incontinência urinária feminina. Autor Moreira, E.C.H; Amaro, J.L. Título Valor da Avaliação Propedêutica Objetiva e Subjetiva no Diagnóstico da Incontinência Urinária Feminina. Correlação com a Força Muscular do Assoalho Pélvico. Fonte RBGO, 22 (9):597,2000. Objetivo Comparar o valor da avaliação propedêutica objetiva e subjetiva no diagnóstico da incontinência urinária, assim como avaliar a influência da força muscular do assoalho pélvico. Método Foram estudadas 101 mulheres distribuídas em dois grupos, sendo o grupo 1 (n=51), com perda urinária e grupo 2 (n=50), sem perda urinária. Foram estudados os seguintes parâmetros: 1- avaliação clínica; 2- teste do absorvente; 3- avaliação visual, funcional e objetiva dos músculos do assoalho pélvico Conclusão Os resultados obtidos nos permitiram concluir que: a média do índice de massa corporal no G1 foi de 28% e no G2 foi de 24% demonstrando que a obesidade é um fator predisponente na incontinência urinária (p<0,05). O número de micções diário em média foi no G1 de 6,47%, e de 5,96 no G2 (p<0,05). Notamos que 25% das mulheres do G1 foram capazes de interromper o jato urinário contra 80% do G2 (p<0,05). A avaliação objetiva e funcional da força muscular nas mulheres incontinentes revelou um déficit significativo na força muscular e na percepção do assoalho pélvico quando comparado ao grupo de mulheres continentes. Observou-se comparando os resultados da avaliação subjetiva e objetiva, uma concordância entre estas duas modalidades de avaliação em 57% dos casos e em 41% os dados são superestimados pela avaliação subjetiva. A força muscular do assoalho pélvico foi deficitária nas mulheres incontinentes. 5.3.2 Quadro – Valor da queixa clinica e exame físico no diagnóstica da Incontinência Urinária. Autor Feldner Jr, P.C; Bezerra, L.R,P.S.; Girão, M.J.B.C.; Castro, R.A.; Sartori, M.G.F., Baracat, E.C.; Lima, G.R. Título Valor da Queixa Clinica e Exame Físico no Diagnóstico da Incontinência Urinária. Fonte RBGO, 24(2):87-91, 2002. Objetivo Analisar a prevalência das queixas clinicas uroginecológicas correlacionando-as com diagnóstico definitivo após o exame urodinâmico e comparar o sinal clínico de perda urinária com o estudo urodinâmico. Método Foram analisadas, retrospectivamente, 114 pacientes atendidas no período de junho de 2000 a janeiro de 2001. Todas as pacientes foram avaliadas por meio de anamnese padronizada, exame físico e estudo urodinâmico, sendo classificadas de acordo com o queixa clinica, presença do sinal de perda urinária durante o exame ginecológico e diagnóstico urodinâmico. Utilizou-se a análise estatística dos dados amostrais, por meio da determinação interna de um teste diagnóstico, para calcular a sensibilidade, especificidade e os valores preditivos positivo e negativo do sinal clínico. Conclusão A história clínica associada ao exame físico tem importância no manejo da incontinência urinária; porém, não devem ser utilizados como único rastreamento método na diagnóstico. identificação de Seu valor pacientes recai sobre o que requerem investigação posterior. Os testes objetivos estão disponíveis e devem ser utilizados em conjunto com os dados clínicos, permitindo um diagnóstico preciso e uma terapia apropriada. 5.3.3 Quadro – Validação do questionário de qualidade de vida (King’s Health Questionnaire) em mulheres brasileiras com incontinência urinária. Autor Fonseca, E.S.M.; Camargo, A.L.M.; Castro, R.A.; Sartori, M.G.F,; Fonseca, M.C.M.; Lima, G.R.; Girão, M.J.B.C. Título Validação do questionário de qualidade de vida (King’s Health Questionnaire) em mulheres brasileiras com incontinência urinária. Fonte Ver Brás Ginecol Obstet,; 27(5): 235-42, 2005. Objetivo Traduzir e validar o King’s Health Questionnarie (KHQ) para mulheres brasileiras com incontinência urinária. Método 134 pacientes com incontinência urinária, confirmada pelo estudo urodinâmico, foram recrutadas em ambulatório de Uroginecologia. Inicialmente, traduzimos o questionário KHQ para a língua portuguesa (do Brasil) de acordo com critérios internacionais. Devido ás diferenças da língua, fizemos a adaptação cultural, estrutural, conceitual e semântica do KHQ, para que as pacientes compreendessem as questões. Todas as pacientes respoderam duas vezes o KHQ, com intervalo de 30 minutos de uma entrevista para a outra. Depois de 7 a 14 dias, a aplicação do questionário foi repetida numa segunda visita. Conclusão O KHQ foi adaptado ao idioma português e para a cultura brasileira, mostrando grande confiabilidade e validade, devendo ser incluído e utilizado em qualquer estudo brasileiro de incontinência urinária. 5.3.4 Quadro – Diagnóstico Clínico e Subsidiário da Incontinência Urinária. Autor Feldner Jr, P.C.; Sartori, M.G.F.; Lima, G.R.; Baracat, E.C.; Girão, M.J.B.C. Título Diagnóstico Clínico e Subsidiário da Incontinência Urinária. Fonte Ver Brás Ginecol Obstet; 28(1): 54-62, 2006. Objetivo Revisar os métodos utilizados o para diagnóstico clinico e subsidiário da incontinência urinária. Método Avaliação da história clínica, questionário de vida, exame físico, diário miccional, teste do absorvente e estudo urodinâmico. O estudo urodinâmico sendo como uma extensão da história e do exame físico para melhor avaliar a etiologia das queixas das pacientes. Conclusão A avaliação inadequada e o diagnóstico incorreto da etiologia da incontinência urinária têm múltiplas conseqüências, sendo as mais sérias cirurgias inapropriadas ou mesmo desnecessárias. Igualmente estressante para a paciente é a demora pelo uso de medicamentos que não surtem os efeitos desejados. Procedimentos cirúrgico sucessivos são vistos como tendo menores índice de sucesso, além de maior risco cirúrgico e de complicações pós-operatórias. Outro fator importante, no dias atuais, são os custos financeiros e humanos, além das implicações médico-legais de procedimento cirúrgico desnecessário ou mesmo incorreto. Diante de quadro de hiperatividade vesical no pós-operatório, não há como de definir se esta hiperatividade já existe antes do procedimento cirúrgico ou surgiu após o mesmo, se não foi realizada a avaliação urodinâmica prévia. Ainda mais grave, se havia indicação cirúrgica para o caso e se a mesma foi a mais adequada. O objetivo da avaliação uroginecológica é identificar as causas específicas dos sintomas das pacientes. O diagnóstico final é o resultado da contínua interação entre a paciente e o examinador, sendo de importância fundamental a interpretação dos dados e a separação de informações relativas aos artefatos. Baseando-se nestes dados, acreditamos que a história clínica associada ao exame físico tem grande importância no manejo da incontinência urinária. Porém, não devem ser utilizados como único método diagnóstico, principalmente quando se tem em mente a possibilidade de tratamento cirúrgico. Seu valor recai sobre o rastreamento na identificação de pacientes que requerem investigação posterior. Os testes objetivos estão disponíveis e devem ser utilizados em conjunto com os dados clínicos, permitindo um diagnóstico preciso e terapia apropriada. 5.3.5 Quadro – Incontinência urinária entre mulheres climatéricas brasileiras: inquérito domiciliar. Autor Guarisi, T; Neto, A.P.M.P.; Osis, M.J.; Paiva, L. H. C.P.; Faúde, A. Título Incontinência urinária entre mulheres climatéricas brasileiras: inquérito domiciliar. Fonte Ver. Saúde Púbica; 35(5):428-35, 2001 Objetivo Por inquérito populacional domiciliar, investigar a prevalência de incontinência urinária de esforço e os fatores a ela associados em mulheres climatéricas. Método Realizou-se análise secundária de dados de um inquérito populacional domiciliar sobre o climatério e a menopausa em mulheres do município de Campinas, SP, Brasil. Foram selecionadas, por meio de estudo descritivo e exploratório de corte transversal, por processo de amostragem, 456 mulheres, na faixa etária de 45 a 60 anos de idade. Exploraram-se a queixa de incontinência urinária e os fatores de risco possivelmente relacionados – idade, estrado socioeconômico, escolaridade, cor, pariedade tabagismo, índice de massa corpórea, cirurgias ginecológicas anteriores, estado menoupausal e uso de terapia de reposição hormonal. Os dados foram coletados por entrevistas domiciliares, com questionários estruturados e pré-testado, adaptados pelos autores e fornecidos pela Fundação Internacional de Saúde, pela Sociedade Internacional de Menoupausa e pela Sociedade Norte-Americana de Menopausa. A análise dos dados foi realizada por razão de prevalência (IC 95%). Conclusão Das mulheres entrevistadas, 35% referiram perda urinária aos esforços. Nenhum dos fatores sociodemográficos estudados se mostrou associado ao risco de incontinência urinária. Também a paridade não alterou significativamente esse risco. Outros fatores como cirurgias ginecológicas anteriores, índice de massa corpórea e tabagismo não se mostraram associados à prevalência de incontinência urinária. O estado menopausal e o uso de terapia de reposição hormonal não modificaram o risco de IU de esforço. 5.3.7 Quadro – Incontinência urinária: a dimensão do problema na visão de mulheres idosas. Autor Jahn, A.do C. Título Incontinência urinária: a dimensão do problema na visão de mulheres idosas / Urinary incontinence: the dimension of the problem in the view of elderly women. Fonte Ribeirão Preto; s.n; 116; 1997. Objetivo Caracterizar um grupo de mulheres idosas com incontinência urinária; caracterizar o tipo de incontinência relatada pelas idosas; descrever como as mulheres convivem com a incontinência urinária. Método A amostra desse estudo foi composta de 13 mulheres, cuja idade variou de 62 a 81 anos idade, que haviam realizado uma avaliação urodinâmica no período de julho de 1996 a julho de 1997. Para coletar os dados utilizou-se a história oral e uma entrevista estruturada. Os dados foram analisados segundo os pressuposto da análise temática de conteúdo de BARDIN, 1991. Conclusão Em relação aos tipos de incontinência urinária mais comumente relatadas foi a de esforço e a urge incontinência. Constatou-se que a incontinência urinária é considerada pelas mulheres como uma condição normal e resultante do processo de envelhecimento.Os conteúdos das histórias possibilitaram a identificação de três temas principais relacionados as conseqüências físicas, econômicas e psicossociais. Todas as mulheres relataram usar uma associação de três ou mais medidas de auto-cuidado, sendo que 76,9 por cento faziam uso de protetor higiênico. O baixo poder aquisitivo das idosas dificulta a busca de melhoria nas medidas para o auto-cuidado. Verificou-se que a incontinência urinária interfere no convívio social e familiar das mulheres, contribuindo para que ocorra o afastamento das atividades fora do lar, pela perda da confiança em si, vergonha e medo de apresentar um episódio de perda de urina em público. Os achados do estudo apontam para a necessidade de iniciativas diversificadas, a exemplo, educativas, a fim de melhorar as informações das pacientes, incontinência urinária. família e comunidade sobre a 5.3.8 Quadro – Procura de Serviço Médico por Mulheres com Incontinência Urinária. Autores Guaris, T.; Neto, A.M.P,; Osis, M.J.; Paiva, L.H.C.P.; Faúdes, A. Título Procura de Serviço Médico por Mulheres com Incontinência Urinária. Fonte Rev. Brás. Ginecol. V.23 n.7 Rio de Janeiro ago, 2001. Objetivo Avaliar a porcentagem de mulheres de 45 a 60 anos que queixa de perda urinária que solicitam tratamento médico, possíveis fatores associados à decisão de consultar e motivos para não fazê-lo. Método Realizou-se análise secundária de dados de um inquérito domiciliar sobre o climatério e a menopausa entre mulheres. Por meio de estudo descritivo e exploratório de corte transversal de base populacional, foram selecionadas, por processo de amostragem, 456 mulheres, na faixa etária de 45-60 anos de idade. Avaliaram-se a idade à menopausa e seus fatores associados, prevalência de sintomas climatéricos, uso de serviço médico, auto-percepção do estado de saúde e características socioculturais, demográficas e econômica. Exploraram-se a queixa de perda urinária aos esforços e a procura por atendimento médico em virtude dessa queixa, bem como os fatores que interferiram nessa procura. Os dados foram coletados por meio de entrevistas domiciliares, com questionários estruturados e pré-testados, fornecidos pela Fundação Internacional de Saúde/ Sociedade Internacional de Menopausa e pela Sociedade Norte-Americana de Menopausa, adaptados pelos autores. A análise dos dados foi realizada pelo teste exato de Fisher. Conclusão Das pacientes entrevistadas, 35% queixaram-se de perda urinária aos esforços, sempre ou ás vezes; no entanto somente 59% das mulheres com queixa procuraram ajuda médica. O principal motivo apontado como responsável pela não-procura foi o fato de acharem que os sintomas não mereciam atenção médica. Sendo assim grande parte das mulheres com incontinência urinária não relatava a queixa ao médico se não forem objetivamente questionadas. 6. DISCUSSÃO Autor(es) Conclusões Jhonson, V.Y.; Os entrevistados com SPP tiveram uma prevalência significante com Hubbard, D. os sintomas urológicos. A incontinência urinária de esforço ocorreu Vordemark, J.S. 36,3% dos sobreviventes da pólio. Dezesseis mulheres com SPP que realizaram cirurgia para IU, dos quais somente 60,5% obtiveram sucesso. Disfunções urinária são comuns em pessoas com SPP, além da clinica e o estudo urodinâmico são necessários definir a natureza e a magnitude desta disfunção. Moreira, E.C.H.; Comparando os resultados da avaliação subjetiva e objetiva, uma Amaro, J.L. concordância entre estas duas modalidades de avaliação em 57% dos casos e em 41% os dados são superestimados pela avaliação subjetiva. Feldner , Jr.; A história clinica associada ao exame físico tem importância no P.C.; et.al manejo da incontinência urinária; porém, não devem ser utilizados como único critério para o diagnóstico. Os testes objetivos estão disponíveis e devem ser utilizados em conjunto com os dados clínicos. Fonseca, O KHQ mostra grande confiabilidade e validade, devendo ser E.S.M.; et al. incluído e utilizado em qualquer estudo brasileiro de incontinência urinária. Feldner , Jr.; A história clínica associada ao exame físico tem grande importância P.C.; et.al na avaliação da incontinência urinária. Porém, não devem ser utilizados como único método diagnóstico. Os testes objetivos estão disponíveis e devem ser utilizados em conjunto com os dados clínicos, permitindo um diagnóstico preciso e terapia apropriada. Guaris, T.; et.al Apesar de a prevalência de incontinência urinária em mulheres climatéricas ter sido alta, não se mostrou associada aos fatores socioeconômicos e reprodutivos abordados. Carrerete, F.B.; A incontinência urinária de esforço é definida como a perda Damião, B.; involuntária de urina através da uretra causada por um aumento de Inocêncio, F.C, pressão abdominal e na ausência de atividade do detrusor. Sendo o Carneiro K.S único exame capaz de comprovar a ausência de atividade do destrusor: estudo urodinâmico. Outros parâmetros necessários são: o diário miccional, história clinica, exame físico e o exame neurológico. Jahn, A. do C. Constatou-se que a incontinência urinária é considerada pelas mulheres como uma condição normal e resultante do processo de envelhecimento. Verificou-se que a incontinência urinária interfere no convívio social e familiar das mulheres contribuindo para que ocorra o afastamento das atividades fora do lar, pela perda de confiança em si, vergonha e medo de apresentar um episódio de perda de urina em público. Guaris, T.; et.al Grande parte das mulheres com incontinência urinária não relata a queixa ao médico se não forem objetivamente questionadas. Oliveira, A.S.B.: A SPP é uma doença neurológica considerada dos efeitos tardios da Mayanard F.M. pólio, caracterizada por nova fraqueza muscular e ou fadigabilidade muscular anormal em indivíduos que tiveram poliomielite aguada, muitos anos antes. A reabilitação da fraqueza muscular em pacientes com SPP é fundamental, mas deve ser feita com muito cuidado. O uso excessivo do músculo acarreta nova atrofia e fraqueza muscular. Dias, J.M.B. Aparentemente, as pessoas inicialmente atingidas pelo vírus da paralisia infantil, e que se recuperam grande parte de suas capacidades funcionais, apresentam nessa fase de sua vidas mais problemas do que aqueles que tiveram uma infecção inicial menos severa. DDTHA/CVE/ A incidência e prevalência da SPP são desconhecidas no mundo e CCD/SES-SP no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima a existência de 12 milhões de pessoas em todo o mundo com algum grau de limitação física causada pela poliomielite. Khan,F. As incapacidades acarretadas pela SPP talvez possam não ser óbvias ao serem observadas, mas afeta qualitativamente a vida dos pacientes com SPP. A maioria das deficiências em SPP pode ter uma intervenção de reabilitação, desde que seja respeitado os limites de cada paciente. Infelizmente a incidência e a prevalência da síndrome pós pólio são desconhecidas, estimando-se a cerca de 12 milhões de pessoas no mundo com algum grau de deficiência decorrente da poliomielite e síndrome pós pólio (DDTHA/CVE/CCD/SED-SP, 2006). Um estudo realizado por Guarise et al 2001, relatou que de 456 mulheres, 35% apresentavam incontinência urinária de esforço. A hipótese de pacientes com SPP desenvolverem a IUE é revelada por Johson et al, 1996; do qual afirma que em seu grupo de estudo com 330 entrevistados portadores de SPP e pólio, 36,3% sofrem de IUE. Outro dado importante é que desta amostra, 306 pacientes reportaram algum tipo de disfunção urológica. Os sintomas de IU são associados pelos pacientes como efeitos do envelhecimento não procurando ajuda médica e acarretando-lhes problemas psicossociais (John et al., 1997; Guarise et al., 2001). Deste modo podendo estar ocorrendo o mesmo com os pacientes com SPP ou pólio associando os sintomas de IU à sua patologia de base. O diagnóstico de IU é feito pela história clinica, exame físico, aplicação de questionário de qualidade de vida, em relação a isso todos os autores são unânimes em enfatizar a necessidade do estudo urodinâmico para o diagnóstico diferencial da IUE (Carrerete et al., 1999; Feldener et al., 2006; Feldner et al., 2002 e Fonseca et al., 2005), assim permitindo um diagnóstico preciso e uma terapia adequada. A síndrome pós pólio como a incontinência urinária de esforço apresenta uma característica incomum: a fraqueza muscular, do qual não foi identificado se a SPP promove ou não a IU. Entretanto Johson et al., 1996, reporta que a prevalência de IU em pacientes com SPP e sem SPP são similares, no entanto os casos mais severos estão entre os pacientes com SPP. 7. CONCLUSÂO Dentro dos objetivos proposto neste estudo, foi achado um único artigo cientifico que relata que portadores de SPP são acometidos pela incontinência urinária de esforço. Os parâmetros investigados ressaltam a necessidade de um estudo minucioso. O que ocorre é que grande parte dos pacientes, que são acometidos pela incontinência urinária, não procuram ajuda médica. E mesmo quando procuram não sentem-se a vontade para relatar suas queixas urológicas ao médico se não forem questionados objetivamente. Constatou-se que a negligência do paciente a procura de um tratamento, ocorre por considerar os sintomas da IU como processo de envelhecimento. E as conseqüências destes sintomas interferem no convívio social, familiar, contribuindo para que ocorra o afastamento das atividades fora do lar, pela perda de confiança em si, vergonha e medo de apresentar um episódio de perda de urina em público. Deste modo, é importante que se providenciem iniciativas diversificadas, no âmbito educativo, informativo e social, a fim de melhorar as informações das pacientes, família e comunidade sobre a incontinência urinária de esforço e que estas tomem consciência e busquem diagnóstico e tratamento adequado. Assim propiciando uma melhora de qualidade de vida aos portadores da SPP. 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS BARACAT, F. & MONTELLATO, N. Tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço. BARACHO E. Fisioterapia aplicada á obstetrícia: aspectos de ginecologia e neonatologia. 3. ed. Rio de Janeiro: 1995. BARATA, H.S.; CARVALHAL, G.F. Urologia – princípios e práticas. Porto Alegre: Artmed, 1999. BEREK, J. 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