sph0121 o auto do círio

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XVII Encontro de Iniciação Científica
XIII Mostra de Pós-graduação
VII Seminário de Extensão
IV Seminário de Docência Universitária
16 a 20 de outubro de 2012
INCLUSÃO VERDE: Ciência, Tecnologia e
Inovação para o Desenvolvimento Sustentável
SPH0121
O AUTO DO CÍRIO
FRANCISCO EDILBERTO BARBOSA MOREIRA
[email protected]
MESTRADO EM ARTES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
ORIENTADOR(A)
HELENA DO S. C. DA ROCHA
INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ
RESUMO
Nessa Cidade Todo Mundo É d'oxum, as matrizes e afro-brasileiras no espetáculo O Auto do
Círio em Belém do Pará, busca realizar um estudo sobre a participação das matrizes afro
brasileiras dentro do espetáculo apresentando como são realizados os processos criativos e
suas práticas de que forma essas manifestações contribuem enquanto identidade para a
formação estética do espetáculo, dialogando com o processos de criação, elaboração e
concepção das performances e visualidade dos artistas na encenação. Enquanto pensava em
escrever o texto, minha mente era tomada por imagens reais ou imaginárias pré-transformadas
em fantasias que passeavam em meu mundo particular de pensamentos sobre o tema
escolhido. Nessa cidade todo mundo é D´oxum, reflete bem o que aqui escrevo e afirmo
através de pesquisa a participação dos umbandistas e candomblecistas na identidade do
espetáculo. Busco revelar como é concebido os processos criativos pelos artistas não
praticante dessas religiões as performances e figurinos em homenagem aos orixás ou
caboclos? Que valor estes artistas atribuem à figura do espetáculo? Quais são os processos
criativos presentes na apresentação dos umbandistas e candomblecistas em relação à
homenagem a virgem de Nazaré maior símbolo de fé de nossa região? Para tal resposta usarei
como escolha metodológica o método etnográfico, através do qual serão determinados quais
os aspectos de maior relevância e contribuição à realização do trabalho. A coleta de dados
incluirá um levantamento bibliográfico, pesquisas em arquivos particulares e públicos.
Acompanhamento e participação diária nos ensaios e preparação do espetáculo assim como
entrevistas com artistas, espectadores e pessoas ligadas às religiões afro-brasileiras, para
posterior analise dos materiais obtidos. O Auto do Círio é um espetáculo de teatro de rua e tem
sua forma estrutural de cortejo como os autos medievais. Trás em seu roteiro dramático uma
dramaturgia não somente inscrita mais também uma dramaturgia não escrita, desenhada e
cravada nos corpos dos artistas que demonstra o respeito, o fortalecimento das identidades
culturais e as relações estabelecidas dos atores e expectadores e também o sincretismo
religioso e cultural dentro de sua estrutura de cortejo de rua. No inicio do espetáculo, sob então
direção do teatrólogo Amir Haddad, o espetáculo parte das experiências do autor em exercícios
já realizado em outras cidades do Brasil. Tendo as datas comemorativas como mote para a
encenação e somadas às experiências individuais dos artistas de cada cidade por onde
montou os espetáculos. O Auto do Círio como já dito é a homenagem dos artistas da cidade
através das mais diversas linguagens a virgem de Nazaré. A opção pela rua como espaço para
encenação se deu pela prática do então diretor Amir Haddad junto ao seu grupo de teatro no
Rio de Janeiro chamado Ta na Rua, ocupando os espaços públicos com sua poética e seu
teatro político.
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