Movimento Brasil Competitivo - Sistema de Gestão da Qualidade

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o Brasil Competitivo - Sistema de Gestão da Qualidade, Competitividade e Prod
A segunda invasão chinesa: alta tecnologia
Exportações hi-tech de fabricantes da China, de US$ 343,9 bilhões, já superam as de EUA e Alemanha
A era do produto barato de qualidade duvidosa da China acabou. Em apenas cinco anos, os produtos manufaturados
de alta tecnologia se tornaram o principal item da pauta de exportação chinesa. Mais ainda, de grande exportador de
produtos de baixa intensidade tecnológica, o gigante asiático transformou-se no maior exportador mundial de produtos
hi-tech, desbancando os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão, países que tradicionalmente exportam esse tipo de
produto.
Essas são as principais conclusões de uma pesquisa inédita da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp). "É uma falácia dizer que os produtos chineses são cópias baratas dos fabricados em outros
países", diz José Ricardo Roriz Coelho, diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da entidade,
que coordenou o trabalho. "A China tem produtos bons, menos bons e ruins, como qualquer país do mundo, mas
a maioria já é de alta tecnologia".
No Brasil, as importações de produtos chineses saltaram de US$ 1,3 bilhão, em 1997, para US$ 12,6 bilhões, em 2007,
o que levou a um déficit comercial com a China de US$ 1,9 bilhão no ano passado. Nos seis anos anteriores, o
resultado havia sido favorável ao Brasil. De janeiro a julho de 2008, o rombo já atingiu US$ 964,4 milhões.
A China já ultrapassou os Estados Unidos como o maior exportador de produtos de alta tecnologia em 2006. Naquele
ano, os chineses exportaram US$ 343,9 bilhões em produtos de alta tecnologia; ante US$ 323,8 bilhões dos EUA,
segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Comtrade, o banco de dados
de estatísticas sobre o comércio internacional das Nações Unidas. Em seguida vêm a Alemanha (US$ 214,3 bilhões) e
o Japão (US$ 156,4 bilhões).
As exportações brasileiras de alta tecnologia não passaram de US$ 9,7 bilhões. A despeito do aumento do preço das
commodities agrícolas e minerais nos últimos anos, o valor médio por quilo das vendas externas brasileiras empacou,
enquanto o do asiáticos decolou, indicando aumento de participação de produtos mais sofisticados. O valor médio por
quilo das exportações chinesas, que em 2000 era igual ao do Brasil (US$ 0,27), saltou para US$ 0,87 em 2007. O do
Brasil subiu apenas para US$ 0,33 o quilo.
O principal responsável pela deterioração do saldo comercial do País com a China foi o resultado negativo da indústria
de transformação, cujo déficit atingiu US$ 9,69 bilhões em 2007, quase o dobro do registrado no ano anterior (US$ 5,85
bilhões). "Além do esforço comercial da China para atuar nos mercados globais, a valorização do real ante o dólar
contribuiu decisivamente para esse resultado", diz Roriz Coelho.
Segundo ele, a alta tecnologia passou a ser predominante na pauta de importação brasileira de produtos chineses,
assim como ocorreu nas exportações da China para o resto do mundo. A importação desses produtos pelo País
cresceu de R$ 400 milhões para US$ 3,9 bilhões no espaço de dez anos.
"O ambiente de negócios no Brasil ainda é muito menos favorável à produção do que na China", alega o
diretor da Fiesp. Como exemplo, ele cita que o consumo do governo brasileiro é 42% maior que o da China, o que
tende a influenciar negativamente a carga tributária e a taxa de juros. "Isso, somado ao grande spread (diferença
entre o custo de captação e o dos empréstimos) do setor bancário nacional, representa desestímulo aos
investimentos". Na China, os investimentos representam 41,5% do Produto Interno Bruto (PIB), mais que o dobro
da taxa brasileira (17,6%).
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Os indicadores de ciência e tecnologia também revelam uma estratégia de investimento crescente na China. Os gastos
em P&D subiram de 0,64% do PIB para 1,33% entre 997 e 2005. No Brasil, a evolução foi de 0,7% para 0,83% do PIB.
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