Rio quer deixar de emitir 11 milhões de toneladas de gases-estufa  O Rio de Janeiro tem agora uma meta clara de redução na emissão de gases-estufa: até 2030 terá que ter deixado de emitir 11 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera - medida que engloba todos os gases-estufa e não só o CO2. Isso significa todas as emissões do setor de transportes do Estado e é o dobro das emissões atuais do setor energético.A medida está em um decreto assinado ontem pelo governador Sergio Cabral e que estabelece metas de redução de emissões por setor e uma meta geral para o Rio. A meta estadual tem por base a intensidade de carbono. É uma relação entre toneladas de carbono que são emitidas e o Produto Interno Bruto do Estado, em reais. O objetivo é que essa intensidade de carbono seja menor, em 2030, do que era em 2005. "Isso não é pouca coisa", diz Suzana Kahn, subsecretária de Economia Verde da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA). "Até pelo fato de que o Rio tende a crescer economicamente, com os novos projetos que já estão contratados", continua Suzana. "A economia terá que se descolar do aumento de emissões."A intensidade de carbono do Estado, hoje, é de 0,23 toneladas de CO2 por mil reais. O mesmo padrão, em São Paulo é 0,14 tCO2 /mil R$. O dado de Brasil é 0,72 tCO2 /mil R$. Essa medida indica o quanto uma economia produz menos carbono do que outra. "No Rio de Janeiro estão chegando os grandes empreedimentos emissores, os grandes investimentos", diz Suzana Kahn. Ela se refere aos novos investimentos no polo siderúrgico de Sepetiba, nos projetos de mineração do norte fluminense, na maior exploração de petróleo, nos portos e futuras termelétricas. Pág. 1/1