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CONCEITO DE HIGIENE ........................................................................................................ 4
CONCEITO DE PROFILAXIA ................................................................................................. 4
CONCEITO DE SAÚDE X DOENÇA ...................................................................................... 4
EXPOSIÇÃO AO RISCO .......................................................................................................... 4
MAPA DE RISCO ..................................................................................................................... 6
Como elaborar um Mapa de Risco: ............................................................... 7
PRECAUÇÃO PADRÃO .......................................................................................................... 9
HIGIENE PESSOAL ................................................................................................................. 9
PRECAUÇÕES DE CONTATO................................................................................................ 9
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA AEROSSÓIS ...................................................... 10
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA GOTÍCULAS ..................................................... 10
CONTROLE AMBIENTAL E EQUIPAMENTOS ................................................................. 11
ROUPAS E CAMPOS DE USO NO PACIENTES ................................................................. 12
OBJETOS PERFURO-CORTANTES ..................................................................................... 12
LAVAGEM DAS MÃOS ........................................................................................................ 14
Técnica de Higienização das mãos: ............................................................ 15
PROTEÇÃO E DESCONTAMINAÇÃO: BARREIRAS DE PROTEÇÃO ........................... 18
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) .................................................... 18
Luvas........................................................................................................... 19
Tipos de luvas e indicação de uso .............................................................. 19
Jaleco e gorro ............................................................................................. 20
Protetor Facial e Ocular .............................................................................. 21
PROTETOR RESPIRATÓRIO ................................................................................................ 21
RETIRADA DOS EPI’S .......................................................................................................... 22
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCS) .................................................... 23
PROCESSOS DE LIMPEZA HOSPITALAR ......................................................................... 23
ÁREAS HOSPITALARES ...................................................................................................... 24
LIXO HOSPITALAR............................................................................................................... 25
ACIDENTE DE TRABALHO RELACIONADO AO MANEJO DO LIXO .......................... 26
2
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CONCEITO DE HIGIENE
Higiene é Conjunto de técnicas e conhecimentos utilizados para evitar
doenças e prolongar a vida. Todo profissional de enfermagem deve ter como
responsabilidade promover a higiene de seus pacientes, promoverem também a
adoção nas suas diferentes fases da vida (recém-nascido, pré-escolar, adolescência,
adulto e terceira idade), incentivando sempre ao auto-cuidado, respeitando a
privacidade e a vontade do paciente para que não cause constrangimento e
desrespeite a vontade do cliente. Higiene Oral: Promoção e manutenção da higiene
da boca e dos dentes são fundamentais para a saúde e conforto do seu paciente.
Certas condições patológicas provocam irritação e lesões da mucosa oral, estes casos
requerem uma maior freqüência da higiene oral, esta compreende: Limpeza dos
dentes, gengivas, bochechas, língua e lábios. Higiene Corporal: Chamada também
como higiene individual, conjunto de técnicas e conhecimentos utilizados para evitar
doenças e realizar a manutenção do cuidado corpóreo do indivíduo. Higiene
Coletiva: Conjunto de técnicas e conhecimentos utilizados por uma coletividade a fim
de evitar doenças e prolongar a vida de todos em comum.
CONCEITO DE PROFILAXIA
Profilaxia é Conjunto de medidas que têm por finalidade prevenir ou atenuar
as doenças, suas complicações e conseqüências. São medidas diversas que incluem
desde procedimento simples como lavar as mãos até mais complexos ou que incluem
usos de antibióticos e medicamentos, variando de acordo com a doença a se
prevenir.
CONCEITO DE SAÚDE X DOENÇA
Segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde, saúde é um estado
completo de bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças. E
doença é a falta ou perturbação da saúde, levando a um distúrbio funcional, um
desequilíbrio do organismo.
EXPOSIÇÃO AO RISCO
As atividades em estabelecimentos de saúde expõem os trabalhadores não só
aos riscos comuns a outros grupos profissionais, como também a riscos específicos da
sua atividade. Segundo a Portaria do Ministério do Trabalho nº 3214 de 08/06/1978,
o agente de risco consiste em “qualquer componente de natureza física, química,
4
biológica que possa comprometer a saúde do Homem, dos animais, do ambiente ou
qualidade dos trabalhos desenvolvidos”.
O risco elevado proporciona a possibilidade de acidentes além de funcionar
como limitador da saúde dos usuários, contribuindo, ainda que indiretamente, para o
surgimento de doenças (CARDOSO, 2005). Segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), risco é considerado “Um acontecimento fortuito, independente da
vontade humana, provocada por uma força externa agindo rapidamente,
manifestando-se por um dano corporal ou mental”.
Os riscos são classificados em cinco principais grupos, são eles:
Riscos físicos: relacionado às diversas formas de energia, como ruídos,
vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, frio, calor, pressões anormais e
umidade.
Riscos biológicos: associado ao manuseio ou contato com materiais biológicos
e/ou animais infectados com patógenos capazes de produzir efeitos nocivos sobre
seres humanos, animais e meio ambiente. Exemplo: vírus, bactérias, parasitas,
rickettsias, fungos e bacilos.
Frente ao grande risco à saúde que os agentes biológicos conferem ao
homem, animais e plantas, o Ministério da Saúde, por meio da Comissão de
Biossegurança em Saúde (CBS), classificou tais agentes em classes de 1 a 4, incluindo
a classe de risco especial. Os critérios de classificação têm como base aspectos, tais
como: virulência, modo de transmissão, estabilidade do agente, concentração e
volume, origem do material potencialmente infeccioso, disponibilidade de medidas
profiláticas eficazes, disponibilidade tratamento eficaz, dose infectante, tipo de ensaio
e fatores referentes ao trabalhador (BRASIL, 2006a).
As diferentes classes são, a saber:

Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a coletividade): inclui os agentes
biológicos conhecidos por não causarem doenças em pessoas ou animais
adultos sadios. Exemplo: Lactobacillus sp. • Classe de risco 2 (moderado risco
individual e limitado risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos
que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de
propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado,
e para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes. Exemplo:
Schistosoma mansoni.

Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade):
inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via
5
respiratória e que causam patologias humanas ou animais, potencialmente
letais, para as quais existem usualmente medidas de tratamento e/ou de
prevenção. Representam risco se disseminados na comunidade e no meio
ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Exemplo: Bacillus
anthracis.

Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): inclui os agentes
biológicos com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de
transmissão desconhecida. Até o momento não há nenhuma medida
profilática ou terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por estes.
Causam doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade
de disseminação na comunidade e no meio ambiente. Esta classe inclui
principalmente os vírus. Exemplo: Vírus Ebola.

Classe de risco especial (alto risco de causar doença animal grave e de
disseminação no meio ambiente): inclui agentes biológicos de doença animal
não existentes no País e que, embora não sejam obrigatoriamente patógenos
de importância para o homem, podem gerar graves perdas econômicas e/ou
na produção de alimentos.
MAPA DE RISCO
O mapa de risco consiste em uma representação gráfica dos fatores existentes
no local de trabalho, capazes de interferir na saúde do trabalhador, como os
acidentes e doenças de trabalho.
A partir de uma planta baixa do local de trabalho, são levantados todos os
tipos de riscos, simbolizados por círculos de tamanhos diferentes, de acordo como
grau de perigo: pequeno (diâmetro de 2,5cm); médio (diâmetro de 5cm); e grande
(diâmetro de 10cm) e agrupados por cores correspondentes ao tipo de agente
químico (figura 1). O mapa deve ser colocado em um local visível para alertar aos
trabalhadores sobre os perigos existentes na área e, quando no mesmo local houver
incidência de mais de um risco de igual gravidade, deve-se utilizar o mesmo circulo,
dividindo-o em partes, pintando-as com cor correspondente ao risco.
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Figura 1 Cores usadas no Mapa de Risco e Tabela de Gravidade. Fonte: www.google.com.br
Como elaborar um Mapa de Risco:
As etapas da Elaboração do Mapa de risco são:
1. Conhecer os setores/seções da empresa (o que é e como produz. Para
quem e quanto produz?);
2. Fazer fluxograma (desenho de todos os setores da empresa e das etapas de
produção);
3. Listar todas as matérias-primas e os demais insumos (equipamentos, tipo de
alimentação das máquinas etc) envolvidos no processo produtivo;
4. Listar todos os riscos existentes, setor por setor, etapa por etapa (se forem
muitos, priorizarem aqueles de que os trabalhadores mais se queixam e que
geram doenças ocupacionais ou do trabalho, comprovadas ou não).
Riscos ergonômicos: qualquer fator que possa interferir nas características
psicológicas e fisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua
saúde. Exemplo: monotonia, posturas incorretas, ritmo de trabalho intenso, fadiga,
preocupação, trabalhos físicos pesados e repetitivos.
Riscos de acidentes / mecânicos: risco de ocorrência de um caso negativo do
qual resulta uma lesão pessoal ou dano material. Os acidentes mais comuns são as
queimaduras cortes e perfurações. Exemplo: arranjo físico inadequado, máquinas e
equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação
inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento
inadequado, animais peçonhentos e ausência de sinalização.
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Riscos químicos: exposição de agentes ou substâncias químicas na forma
líquida, gasosa ou particulada, presentes nos ambientes ou processos de trabalho,
que consigam atingir o organismo através via respiratória, por contato ou absorção
da pele ou ingestão. Exemplo: poeiras minerais, poeiras vegetais, poeiras alcalinas,
fumos metálicos, névoas, neblinas, gases, vapores e produtos químicos diversos.
Os rótulos devem conter informações necessárias para que o produto seja
manuseado com toda a segurança possível, conforme descrito no Quadro 1. Não se
recomenda a reutilização de frasco de um produto para guardar algum outro
diferente, ou até mesmo colocar outra etiqueta sobre a original, podendo causar
algum tipo de acidente.
Como os profissionais da saúde manipulam várias substâncias e compostos
químicos, os efeitos tóxicos, carcinogênicos, teratogênicos e mutagênicos devem ser
sempre cuidadosamente calculados e evitados. Tais atitudes impedem a maioria dos
acidentes decorrentes de descuido, descaso, pressa e condições precárias de
trabalho.
Quadro 1 Símbolos de Risco e suas respectivas definições. Fonte: www.google.com.br
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PRECAUÇÃO PADRÃO
As precauções padrão são um conjunto de medidas, utilizadas para dimunir os
riscos de transmissão de micro-organismos nos hospitais e constituem-se basicamente
em:
HIGIENE PESSOAL
Com relação à higiene pessoal, alguns cuidados devem ser tomados, como por
exemplo:

Cabelos: os cabelos longos devem ser mantidos presos durante os
trabalhos;

Unhas: as unhas devem ser mantidas limpas e curtas, não ultrapassando a
ponto dos dedos;

Calçados: usam-se exclusivamente sapatos fechados e de preferência
impermeáveis e do tipo antiderrapante. Se houver muita umidade no local,
usar botas de borracha.

Lentes de contato: recomenda-se a não utilização de lentes de contato em
atividades com substâncias químicas, uma vez que podem sofrer ação de
vapores ou reter substâncias que provoque irritação ou lesão nos olhos. Se
for necessária a utilização das lentes de contato, estas não podem ser
manuseadas durante o trabalho e necessitam de proteção com o uso de
óculos de segurança.

Jóias e adereços: recomenda-se a utilização do mínimo possível,
principalmente anéis que contenham reentrâncias, incrustações de pedras,
bem como pulseiras e colares que possam tocar a superfícies de trabalho,
vidrarias ou pacientes.
PRECAUÇÕES DE CONTATO
Está indicada para situações em que exista possibilidade de transmissão de
agentes infecciosos por contato direto ou indireto. Isto é, contato entre pacientes,
contato através do profissional de saúde (mãos) ou contato por meio de artigos.
Quarto: Privativo ou comum para o mesmo microrganismo.
Luvas: É obrigatório o uso de luvas para qualquer contato com o paciente.
Trocas as luvas entre dois procedimentos diferentes no mesmo paciente. Descartar as
luvas no próprio quarto e lavar as mãos imediatamente com anti-séptico degermante
(clorexidina).
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Avental: Usar sempre que houver possibilidade de contato das roupas do
profissional com o paciente, com seu leito ou com material infectante. Se o paciente
apresentar diarréia, ileostomia, colostomia ou ferida com secreção não contida por
curativo, o avental passa a ser obrigatório ao entrar no quarto. Cada profissional deve
utilizar um avental individual, que será dispensado ao final do plantão, ou antes, se
houver sujeira visível.
Transporte do paciente: Deverá ser evitado. Quando necessário o material
infectante deverá estar contido com curativo, avental ou lençol, para evitar
contaminação de superfícies. O profissional deverá seguir as precauções de contato
durante todo o trajeto, para qualquer contato com o paciente.
Artigos e equipamentos: São todos de uso exclusivo para o paciente, incluindo
termômetro, estetoscópio e esfigmomanômetro. Devem ser limpos e desinfetados (ou
esterilizados) após a alta.
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA AEROSSÓIS
A transmissão por aerossóis é diferente da transmissão por gotículas. Algumas
partículas eliminadas durante a respiração, fala ou tosse se resseca e fica suspensa no
ar, podendo permanecer durante horas e atingir ambientes diferentes, inclusive
quartos adjacentes (são carreados por corrente de ar). Destinam-se às situações de
suspeita ou confirmação de tuberculose pulmonar ou laríngea, sarampo, varicela e
herpes zoster disseminado ou em imunossuprimido.
Quarto privativo: Obrigatório, com porta fechada. Preferencialmente deverá
dispor de sistema de ventilação com pressão negativa e 6 trocas de ar por hora, com
uso de filtro HEPA (central ou portátil).
Máscara: É obrigatório o uso de máscara específica (PFF2 ou tipo N95) com
capacidade de filtrar partículas.
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA GOTÍCULAS
A transmissão por gotículas ocorre através do contato próximo com o
paciente. Gotículas de tamanho considerado grande (>5m) são eliminadas durante a
fala, respiração, tosse, e procedimentos como aspiração. Atingem até um metro de
distância, e rapidamente se depositam no chão, cessando a transmissão. Portanto, a
transmissão não ocorre em distâncias maiores, nem por períodos prolongados.
Exemplos de doenças transmitidas por gotículas: Doença Meningocócica e Rubéola.
Destinam-se para situações em que existam pacientes sob suspeita ou confirmação
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da transmissão de microrganismos por via aérea (exceto para M. tuberculosis laríngea
e pulmonar, sarampo, varicela e herpes-zóster disseminada ou em imunossuprimido).
Quarto privativo: Obrigatório, privativo ou comum para o mesmo
microrganismo, mantendo porta fechada.
Máscara: É obrigatório o uso de máscara comum (tipo cirúrgica), durante o
período de transmissibilidade de cada doença em particular, para todas as pessoas
que entrarem no quarto. Deverá ser desprezada ao sair do quarto.
Transporte do paciente: Deverá ser evitado. Quando necessário o paciente
deverá sair do quarto utilizando máscara comum.
Artigos e equipamentos: Deverão ser exclusivos ao paciente ou comum aos
pacientes acometidos com o mesmo microrganismo.
CONTROLE AMBIENTAL E EQUIPAMENTOS
A implantação de procedimentos rotineiros e adequados para a limpeza e a
desinfecção das superfícies ambientais: camas, equipamentos de cabeceiras e outras
superfícies tocadas frequentemente dentro de ambientes hospitalares é de suma
importância no combate a infecções hospitalares e á possibilidade de infecção pelo
profissional da saúde.
Com relação ao paciente, algumas medidas relevantes devem ser tomadas.
Pacientes com micro-organismos altamente transmissíveis e/ou epidemiologicamente
importantes devem ser colocadas em quartos privativos com banheiro e pias
próprios. Quando tal instalação estiver disponível, estes pacientes devem ser alocados
com companheiros de quarto infectados com o mesmo micro-organismo e com
possibilidade mínima de infecção.
Já com relação aos equipamentos utilizados em unidades de saúde, a rotina
de limpeza e de desinfecção de superfícies do ambiente e de equipamentos deve ser
freqüente. Botões, alças de equipamentos, teclados, mouses e monitores que estão
sujeitos a contato direto devem ser protegidos filme plástico (PVC), papel alumínio ou
outros materiais próprios a este fim. Tal procedimento impede a aderência da
sujidade, por facilitar a desinfecção.
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ROUPAS E CAMPOS DE USO NO PACIENTES
Os instrumentos e materiais sujos com sangue, fluidos corporais, secreções e
excreções devem ser manuseados de modo a prevenir a contaminação da pele e das
mucosas (olhos, nariz e boca), das roupas, e a transferência de microorganismos para
pacientes e para o ambiente.
O transporte e a manipulação destes utensílios devem ser feitos em sacos
plásticos e os serviços que utilizam rouparia e campos reutilizáveis devem ter um
sistema de lavanderia, própria ou terceirizada, que garanta a desinfecção desta
roupas.
OBJETOS PERFURO-CORTANTES
Os objetos perfuro-cortantes devem ser manipulados com cuidado e
segurança, a fim de evitar, acidentes, e sempre descartados em caixas apropriadas,
rígidas e impermeáveis, colocadas próximo à área em que os materiais são usados. As
recomendações para manipulação de tais objetos são:

Nunca recapar agulhas ou scalp;

Nunca remover agulhas das seringas;

Não dobrar agulhas;

Não manipular os recipientes com perfuro-cortantes;

Transportar seringas e agulhas reutilizáveis para a área de limpeza e de
esterilização sempre em caixa de inox ou bandeja;
Local de Descarte de perfuro-cortante:

Todo material perfuro-cortante (agulhas, seringas, laminas de bisturi, vidraria
quebrada, entre outros), mesmo que esterilizado, deve ser desprezado em
recipientes resistentes à perfuração e com tampa, exemplo em figura 2;

Os recipientes específicos para descarte de materiais não devem ser
preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser
colocados sempre próximos do local onde é realizado o procedimento.

Mostre todos os materiais considerados perfuro-cortantes e informe a
necessidade de serem descartados imediatamente após o uso;

O local adequado para os descartes de infectantes perfuro-cortantes deve ser
em recipientes estanques, rígidos, com tampa e identificados (tipo
DESCARTEX), localizados no local de sua geração;
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
O funcionário deve ser informado como montar o recipiente rígido (tipo
DESCARPACK) e qual o melhor local para colocá-lo (não deixá-lo no chão, em
local úmido ou passível de respingo), figura 3;
Figura 2 Caixa de descarte de perfuro-cortante e sua descrição. Fonte: www.google.com.br
Figura 3 Montagem caixa de perfuro-cortante. Fonte: www.google.com.br
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Vale ressaltar que todos os profissionais de saúde devem estar vacinados
contra hepatite B e contra tétano, ambas as vacinas disponíveis na rede pública de
saúde.
LAVAGEM DAS MÃOS
A importância das mãos na transmissão de infecção hospitalar é
mundialmente conhecida, tornando-se sua higienização um procedimento essencial
para a prevenção de infecções (NOGUERAS et al., 2001). Mesmo utilizando-se luvas
para manipular materiais potencialmente infectantes e substâncias químicas, a
necessidade de lavagem das mãos regularmente e de forma correta, não é
dispensável.
A
lavagem
das
mãos
é
pratica
prioritária
e
pode
reduzir
consideravelmente os casos de infecção.
O objetivo é remover mecanicamente a sujidade e a maioria da flora transitória
da pele. Assim, em boa parte dos casos, lavar bem as mãos com água e sabão é
suficiente para a descontaminação. Já em situações de maior risco é recomendada a
utilização de sabão germicida.
As torneiras, preferencialmente, devem ser acionadas com o pé ou outro tipo
de acionamento automático. Caso não estejam disponíveis, usa-se papel toalha para
fechar a torneira, a fim de evitar a contaminação das mãos lavadas.
A OMS preconiza a higienização das mãos em cinco momentos importantes, a
saber:
14
Figura 4 Cinco momentos higienização das mãos. Fonte: OMS
A higienização das mãos também é recomendada ao iniciar o turno de
trabalho; sempre depois de ir ao banheiro; antes de beber e comer e ao final das
atividades.
Técnicas Assépticas Anti-sepsia: Segundo o Ministério da Saúde, é o conjunto
de meios empregados para impedir a proliferação microbiana. Utiliza-se este termo
quando se emprega o uso de soluções germicidas e hipoalergênicas na pele e
mucosas. As principais são: PVPI (polivinilpirrolidona iodo) ou povidine, Clorohexidina (clorexidina), Álcool iodado 2%, água oxigenada 10volumes, nitrato de
prata 1%, Violeta Genciana e tintura de iodo.
Assepsia: Processo pelo qual se consegue afastar os germes patogênicos de
determinado local ou objeto.
Degermação: Remoção ou redução do número de bactérias na pele por meio
de limpeza mecânica (escova com sabão ou detergentes), feita quando se lavam as
mãos.
Técnica de Higienização das mãos:
A higienização das mãos, tanto com água e sabão quanto agente antisséptico,
reduz a infecção. De acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, o tempo
gasto para a higienização das mãos deve ser de cinco minutos. O profissional de
saúde deve fazer deste procedimento um hábito, seguindo sempre recomendações e
etapas descritas na figura 5 para higienização com água e sabão e figura 6 para
higienização com antisséptico:
15
Figura 5 Higienização das mãos com água e sabão. Fonte: www.google.com.br
16
Figura 6 Higienização das Mãos com Álcool a 70%. Fonte: www.google.com.br
17
Outras Recomendações:

Ficar em posição confortável, sem tocar na pia, e abrir a torneira, de
preferência com a mão não dominante (destro, com a esquerda; e canhoto,
com a mão direita);

Ensaboar as mãos e friccioná-las por cerca de 15 segundos, em todas as
suas faces, espaços interdigitais, articulações, unhas e extremidades dos
dedos;

Enxaguar as mãos, retirando totalmente a espuma e os resíduos de sabão;

Enxugar com papel-toalha descartável.
PROTEÇÃO E DESCONTAMINAÇÃO: BARREIRAS DE PROTEÇÃO
Todo local de trabalho, inclusive o laboratório e unidades hospitalares, deve
apresentar barreiras de contenção de danos e um programa de segurança a fim de
resguardas a integridade do profissional, proteger o meio ambiente de resíduos
tóxicos e garantir o controle de qualidade do trabalho executado (SILVA, 1996).
As barreiras de proteção são dividas em:

Barreiras primárias: consistem nos equipamentos de segurança e
equipamentos de proteção individual e coletiva.

Barreiras secundárias: estão relacionados à construção do laboratório,
localização e instalação físicas com a finalidade de gerar uma barreira de
proteção para as pessoas dentro e fora do local de trabalho. Os tipos de
barreiras secundárias dependem do risco de transmissão dos agentes
específicos manipulados que podem ser exemplificados como: a localização
distante do acesso público, a presença de sistemas de ventilação,
especializados em assegurar o fluxo de ar unidirecionado e sistemas de
tratamento de ar para a descontaminação ou remoção do ar liberado
(BRASIL, 2006c).
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
O uso de EPIs no Brasil é regulamentado pela Norma Regulamentadora NR-6
da Portaria nº 3214 de 1978, do Ministério do Trabalho. O uso desses equipamentos
deve ocorrer sempre que houver risco de contato com material contaminado e em
procedimentos que utilize agentes potencialmente perigosos como sangue, fluidos
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corporais, secreções ou excreções, visando à proteção da saúde e à integridade física
do trabalhador.
Luvas
As luvas servem para promover uma barreira de proteção e seu uso reduz a
possibilidade de transmissão de microorganismos que possam estar presentes nas
mãos dos profissionais. Tal equipamento de proteção individual deve ser usado em
procedimentos que envolvam sangue, fluidos corporais, secreções, excreções,
membranas mucosas, pele não integra e durante a manipulação de artigos
contaminados. Não é recomendada a circulação pelo ambiente de trabalho, usando
luvas, exceto durante o transporte de material contaminado. Outro cuidado a ser
tomado é quanto ao contato com diferentes pacientes, fazendo-se necessário a troca
de luvas entre o contato de pessoas distintas, com o objetivo de diminuir a
possibilidade de transmissão cruzada de infecções e microorganismos.
Tipos de luvas e indicação de uso
As luvas são fabricadas em diferentes materiais para atender as diversas
atividades e promover a melhor proteção possível. Os principais tipos de luvas são:

Luvas de Látex: utilizadas em trabalhos que envolvem contato com
membranas, mucosas e lesões, no atendimento a pacientes e para
procedimentos e diagnóstico. Podendo ser divididas em (Quadro 2):
Luvas Estéreis (Cirúrgicas)
Luvas Não Estéreis (Procedimento)
Quadro 2 Ilustração dos tipos de luvas de Látex. Fonte:
www.google.com.br

Luvas de cloreto de vinila (PVC):
especialmente recomendadas para o
19
manuseio de determinados produtos químicos que irritam a pele ou
causam deteriorização das luvas de procedimento (figura 7);
Figura 7 Luva de vinil. Fonte:
www.google.com.br
Jaleco e gorro
O jaleco (ou avental) tem como função prevenir a contaminação das roupas e
proteger a pele dos profissionais durante a exposição à matéria orgânica ou química,
reduzindo a transmissão de microorganismos. Este equipamento de proteção deve
ser usado dentro da área técnica, mesmo quando não se esteja executando algum
trabalho.
O tipo de jaleco é selecionado de acordo com a atividade e quantidade de
material a ser manipulado. Entretanto, recomenda-se o uso de jalecos de mangas
longas e com elástico na extremidade confeccionando em tecido de algodão ou
misto não inflamável, com fechamento frontal de botões ou preferencialmente de
pressão
e
comprimento
abaixo
dos
joelhos.
O
jaleco
deve
ser
usado
permanentemente fechado e lavado sempre que sujar, ou no mínimo, uma vez por
semana. A lavagem domiciliar dos jalecos deve ser precedida de desinfecção,
utilizando solução de hipoclorito de sódio a 0,02% por um período de 30 minutos.
Para profissionais que trabalham com amostras potencialmente contaminadas
com agentes biológicos classe 3 (mycobacterium tuberculosis ou histoplasma
capsulatum), deve ser utilizado um jaleco exclusivo para a área restrita de manuseio
destes agentes e descontaminação do avental feito em autoclave antes da lavagem
normal.
É proibido o uso de jalecos em elevadores, copas, refeitórios, toaletes e outros
locais públicos, seu uso em áreas comuns só é permitido para o transporte de
materiais biológicos, químicos, estéreis ou resíduos.
O gorro estará indicado principalmente para profissionais que trabalham com
procedimentos que envolvem dispersão de aerossóis, projeção de partículas e
proteção de pacientes quanto o atendimento envolver procedimentos cirúrgicos.
20
Protetor Facial e Ocular
Esses equipamentos devem ser usados durante procedimentos e cuidados que
possam gerar respingos de material. Servem para proteger a mucosa dos olhos, nariz
e boca e impedir a transmissão por contato de patógenos.
Existem diferentes tipos de máscaras com maior ou menos capacidade de
retenção de partículas. A seleção é feita, considerando o agente biológico com o qual
se vai trabalhar. As mascaras cirúrgicas devem ter um filtro bacteriano de até 5µ de
diâmetro, de uso único e durante procedimentos de longa duração, sua troca deverá
ocorrer quando úmidas ou submetidas a respingos visíveis. Já os profissionais que
trabalham com amostras potencialmente contaminadas com agentes classe 3
utilizam máscaras com sistema de filtração que retenha no mínimo 95% das partículas
menores que 0,3µ.
Após o uso, os protetores ocular e facial (figura 9) devem ser desinfectados
com hipoclorito 0,1%, evitando a utilização de álcool que prejudica o material de
fabricação, e acondicionados de
forma adequada.
Figura 9 Protetor ocular e facial. Fonte: www.google.com.br
PROTETOR RESPIRATÓRIO
Trata-se de um dispositivo com sistema de filtro a ser utilizado em áreas de alta
contaminação com aerossóis de material biológico e manipulação de substâncias
21
químicas com alto teor de evaporação, promovendo a integridade do aparelho
respiratório.
Esse equipamento é indicado ao entrar em quarto de isolamento de pacientes
com tuberculose pulmonar, sarampo ou varicela, e outras doenças transmitidas por
via aérea.
O protetor respiratório é de uso individual, intrasferível e reutilizável, com vida
útil variável de acordo com o tipo de contaminante, concentração, freqüência
respiratória do usuário e umidade do ambiente.
Máscara
Máscara
Máscara
Respiratória Para
Descartável N95
Cirúrgica
2 Filtros
Máscara
Descartável PFF1
RETIRADA
DOS EPI’S
Descartável
Máscara
Descartável PFF2
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Para uma maior segurança, a vestimenta e retirada dos equipamentos
descritos anteriormente, devem seguir uma ordem correta. Esse procedimento evita
não só a autocontaminação com também a disseminação por toda a vestimenta.
Quadro 3 Sequência de Vestimenta e Retirada de EPI's.
Sequência de Vestimenta de EPI’s
Sequência de Retirada de EPI’s
1ª Vestir o Jaleco
1ª Retirar as luvas
2ª Máscara ou respirador
2ª Óculos de segurança ou protetor facial
3ª óculos de segurança ou Protetor Facial
3ª Jaleco
4ª Luvas
4ª Máscara ou Respirador
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCS)
Os equipamentos de proteção coletivo (EPCs) são destinados à proteção do
trabalhador, dos companheiros e técnicos de setores próximos, do meio ambiente e
do produto ou pesquisa desenvolvida com a finalidade de minimizar a exposição dos
trabalhadores aos riscos e, em casos de acidentes, reduzir suas conseqüências
(TEIXEIRA, 1996).
Entre os equipamentos de proteção coletiva estão (figura 10):

Chuveiro de emergência: chuveiro para banhos em caso de acidentes com
produtos químicos e fogo. Deve ser colocado em local de fácil acesso e é
acionado por alavancas de mãos cotovelos ou joelhos.

Lava-olhos: utilizado para lavação dos olhos em casos de respingos ou
salpicos acidentais.

Cabines de segurança biológica – CSB: equipamentos projetados com
sistemas de filtração de ar para que se possa ter uma área de trabalho
segura para os diversos tipos de ensaios desenvolvidos no laboratório.
PROC
ESSOS
DE LIMPEZA HOSPITALAR
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A limpeza do hospital começou a ser realizada a partir da relação de sujeira X
infecção, os processos infecciosos se dão pela má ou a ausência de limpeza nos
hospitais. A limpeza hospitalar é considerada como a limpeza de superfícies fixas e
equipamentos permanentes das diversas áreas hospitalares o que inclui pisos,
paredes, janelas, mobiliários, equipamentos, instalações sanitárias, ar condicionado e
caixas d’água. São realizados 3 tipos de limpeza dentro de uma unidade hospitalar:
Diária: realizada diariamente com água e sabão com fricção mecânica após
retirada total do lixo. Concorrente: é aquela realizada nas dependências do paciente,
onde se retira papéis, arruma a mesinha, recolhe a roupa suja, utiliza-se pano seco ou
pano úmido com sabão e posteriormente álcool 70% em todos o mobiliário do
paciente.
Terminal: realizada após a alta do paciente ou óbito, utiliza-se água, sabão e
desinfetante em chão, paredes e mobiliário. As soluções usadas para essa desinfecção
são o álcool a 70% (friccionado pelo menos 3 vezes) e hipoclorito de sódio (água
sanitária) que deverá agir por pelo menos 10 minutos sobre a superfície ou
equipamento.
ÁREAS HOSPITALARES
Área crítica: Aquela que possui maior risco de infecção pelas atividades
desenvolvidas e pela presença de pacientes graves, ex: Centro cirúrgico, UTI.
Área semi-critica: São ocupadas por pacientes com doenças infecciosas de
baixa transmissibilidade e doenças não-infecciosas com enfermarias e ambulatórios
oferecem menor risco de contaminação para o cliente.
Área não critica: Áreas onde não são ocupadas por pacientes e não realizam
procedimentos como as áreas administrativas e de circulação estas, não oferecem
risco nenhum de contaminação. Substâncias de desinfecção e esterilização
Esterilização - Destruição total de agentes infecciosos, microorganismos e esporos.
Líquidos – Artigos termossensíveis são imersos na solução em recipientes de plástico
ou vidro colocando uma compressa no fundo para não haver contato com outros
artigos, garantir a ventilação do local (para não haver intoxicação), respeitar o tempo
de imersão segundo as informações dos fabricantes mantendo o recipiente fechado
enxaguar abundantemente com água esterilizada de acordo com a técnica asséptica,
secar com compressa estéril, acondicionar o artigo em invólucro adequado.
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Glutaraldeído a 2% para artigos como enxertos de acrílico, cateteres, drenos,
tubos de polietileno, nylon, tubos de silicone, PVC, metálicos (10hs para esterilização).
Formaldeído a 8% ou 10% mesmos artigos do glutaraldeído (18hs para esterilização).
Gasosos
–
Realizado
com
gases
altamente
tóxicos
em
ambientes
especializados. Óxido de etileno EtO indicado para esterilização de marca-passos,
próteses e instrumentos de hemodinâmica, acessório de respiradores, materiais com
fibra ótica de laparoscopia, astroscopia, ventriculoscopia e coledoscopia.
Desinfecção – Processo de destruição de microrganismo em sua forma
vegetativa, mediante a aplicação de agentes físicos e químicos em materiais
inanimados. Usado na presença de material orgânico e contaminação.
Tipos de artigos: Críticos: São aqueles que penetram através da pele e mucosas
atingindo os tecidos subepiteliais e o sistema vascular. Ex.: Instrumentos de corte ou
de ponta, pinças, afastadores, próteses ou fios, cateteres venosos, drenos, roupas
utilizadas em atos cirúrgicos.
Semi-críticos: São aqueles que entram em contato com somente com a pele
não íntegra ou com mucosas íntegras. Ex.: Equipamentos de anestesia e assistência
ventilatória,
cateteres
vesicais,
traquéias
e
sondas
gástricas,
endoscópios
medicamentos orais e inaláveis pratos, talheres e alimentos.
Não-críticos: São os que entram em contato com a pele íntegra e ainda os que
não entram em contato direto com o paciente. Ex.: termômetros, mesas e aparelhos
de Raio X, incubadoras, microscópios cirúrgicos, telefones e mobiliário geral, artigos
de higiene do paciente.
LIXO HOSPITALAR
A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece regras
nacionais sobre o acondicionamento e tratamento do lixo hospitalar gerado de
acordo com a classificação do lixo (RDC 33/03). Essa classificação é a seguinte:
Grupo A: São aqueles lixos potencialmente infectantes. Ex.: bolsa de sangue.
Grupo B: Lixo químico, aqueles que contenham substâncias químicas
capazes de causar dano à saúde. Ex.: medicamentos para câncer, reagentes para
laboratórios.
Grupo C: São os artigos radioativos, materiais que contenham radioatividade
acima do padrão. Ex.: césio 137.
Grupo D: Resíduos comuns, qualquer lixo que não tenha sido contaminado.
Ex.: gesso, luvas, gazes, papel.
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ACIDENTE DE TRABALHO RELACIONADO AO MANEJO DO LIXO
Todo lixo deve ser armazenado e descartado em recipiente próprio de acordo
com sua classificação e o uso de EPI é indispensável a fim de evitar possíveis acidentes
de trabalho.
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