análise da qualidade ambiental das águas

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A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA AÇÃO
DE 9 A 12 DE OUTUBRO
ANÁLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL DAS ÁGUAS ARMAZENADAS
EM CISTERNAS NO SEMIÁRIDO CEARENSE: UMA ABORDAGEM
MULTIDISCIPLINAR
FRANCISCO BRUNO MONTE GOMES1
JUREMA DE SOUZA COSTA2
ANNA KELLY MOREIRA DA SILVA3
DAVIS PEREIRA DE PAULA4
Resumo: O Estado do Ceará tem enfrentado a pior seca dos últimos 50 anos, em que mais de 90%
dos municípios já decretaram situação de emergência, em que mais de 40% dos reservatórios
destinados ao abastecimento humano já estão usando no seu volume morto. Deste modo, se faz
relevante o uso de cisternas para armazenar água da chuva e dos carros-pipa para consumo humano
e usos secundários. Esse tipo de medida paliativa é bem disseminado no inteiro do Ceará, em
especial, nas áreas semiáridas, como é caso da cidade de Pelada (localizada no município de
Hidrolândia-CE). Logo, o presente estudo teve por objetivo analisar a qualidade ambiental das águas
retidas nas cisternas dessa cidade através de análises físico-químicas e microbiológicas de amostras
coletadas. Os resultados foram avaliados de acordo com os padrões de potabilidade determinados
pelo Ministério da Saúde (Portaria 2914, de 12 de dezembro de 2011).
Palavras-chave: Qualidade de água; contaminação; cisternas.
Abstract: The State of Ceará has faced the worst drought in 50 years, in which more than 90% of
municipalities have enacted emergency situation, they are more than 40% of the human supply for
reservoirs already using in its void volume. Thus, it is relevant the use of cisterns to store rainwater
and water trucks for human consumption and secondary uses. This kind of stopgap measure is quite
widespread throughout the Ceará, especially in semi-arid areas, as is the case of the city of Pelada (in
the municipality of Hidrolândia-CE). Therefore, this study aimed to analyze the environmental quality
of water retained in tanks that city through physical-chemical and microbiological analyzes of samples
collected. The results were evaluated according to the potability standards set by the Ministry of
Health (Decree 2914 of December 12, 2011).
Key-words: Water quality; contamination; tanks.
1
- Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual Vale do Acaraú. E-mail
de contato: [email protected].
2
Tecnóloga em Saneamento Ambiental pelo Instituto Federal do Ceará-Campus Sobral.
E-mail de contato: [email protected].
3
Docente do Instituto Federal do Ceará- Campus Sobral.
E-mail de contato: [email protected].
4
Docente do programa de pós-graduação em Geografia da Universidade Estadual Vale do Acaraú.
E-mail de contato: [email protected].
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1 – Introdução
A água é o bem mais precioso que a Terra fornece à humanidade, pois todos
os organismos necessitam de água para sobreviver. A água do planeta está em
constante movimentação, evaporando dos oceanos, rios e lagos. Transformado em
vapor e formando as nuvens na atmosfera. Quando o vapor condensa, a água volta
para a terra em forma de chuva, neve ou granizo.
Boa parte dessa água cai sobre a terra e escoa pela superfície, formando
lagos, rios e riachos que vão desaguar no mar. Outra parte que cai se infiltra no solo,
e pode ser absorvida pelas plantas ou vai reabastecer os lençóis freáticos que
alimentam nascentes e poços. E outra parte da água é utilizada pelo homem, para
determinado fim econômico como irrigação ou mesmo em redes de abastecimento
de água para o consumo (KITAMURA, 2004).
O uso mais nobre da água e se manifesta praticamente em todas as
atividades humanas como: água para beber (manutenção da vida), higiene pessoal
e das habitações, combate a incêndios, entre outros.
Quando a água não é tratada de forma correta, a água pode transmitir
doenças. Segundo Campos (2004), as doenças relacionadas com o uso da água
são aquelas que estão diretamente ligadas ao consumo ou com as impurezas que
nela contém.
Os principais causadores de transmissão dessas doenças são: através do
consumo da própria água e pelos insetos vetores que nela se reproduzem como
também doenças que são reproduzidas através de seu consumo quando esta se
encontra contaminada e pode ser transmitida de uma pessoa à outra, tendo como
exemplo: diarreia, cólera, disenteria bacilar, febre tifóide, hepatite, gastrenterites,
parasitoses.
O armazenamento de água em mananciais superficiais se dá pela ocorrência
de precipitação atmosférica, que ao atingir o solo, armazena a água em depressões
do terreno, nos lagos e represas, e/ou alimenta os cursos d‟água de uma bacia
hidrográfica, esse processo chama-se escoamento superficial e também o
armazenamento de mananciais subterrâneos é feito através da captação por poços
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rasos ou profundos. Porém, quando estes faltam, a outra opção para armazenar
água é o método de cisternas de placas (BRASIL, 2006).
A cisterna de placa é um grande depósito para guardar água. É equipada com
um sistema de calhas para aproveitar a água da chuva que escorre dos telhados das
casas e também pode ser abastecida por carros-pipas no período de seca, por ser
coberta, evita a evaporação da água e impede a contaminação causada por animais.
(BRASIL, 2004).
O abastecimento das cisternas com carros-pipa, embora possa minimizar o
problema da disponibilidade de água, pode se tornar uma fonte potencial de
contaminação por fatores ligada à origem da água, e pela vulnerabilidade a que a
água está exposta, durante o transporte e pelas condições de higiene e limpeza dos
carros. A utilização de cisternas para armazenar água para consumo humano tem
sido implantada e disseminada em todo o semiárido brasileiro, por intermédio de
programas governamentais e não governamentais (AMORIM; PORTO, 2001).
Neste sentido, esse estudo, teve como objetivo analisar a qualidade da água
das cisternas localizadas em Hidrolândia-CE, a fim de detectar o seu nível de
contaminação por meio de análises físico-química e microbiológicas, comparando os
resultados com os padrões de potabilidade (Portaria 2914, de 12 de dezembro de
2011 do Ministério da Saúde), avaliando a saúde pública da comunidade em
questão.
2 – Desenvolvimento
Caracterização da Área de Estudo
O município de Hidrolândia está localizado no noroeste do Estado do Ceará,
aproximadamente 251 km da capital Fortaleza, situada na macrorregião de
Sobral/Ibiapaba, mesorregião do noroeste cearense e microrregião de Santa
Quitéria (Figura 1).
Possui área de 966,57 km² e está a 195 m de altitude. Suas coordenadas
geográficas são 4º 24‟ 29” de latitude e 40º 26‟ 16” de longitude. Conta com uma
população de 19.325 habitantes e tem 3 grandes distritos: Irajá, Conceição e
Betânia. Porém, têm-se pequenos distritos, tais como Cachoeira e Pelada.
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Hidrolândia é banhada pela bacia hidrográfica do rio Acaraú, à qual pertence o
Açude Araras, sendo o órgão responsável pelo abastecimento da cidade à
Companhia de água e esgoto do Ceará - CAGECE.
Figura 01– Panorama da sede do município de Hidrolândia-CE.
Fonte: GOOGLE;AUTORES (2014).
O distrito de Pelada, área de estudo, fica a 5 km de Hidrolândia. O Distrito é
conhecido como Pelada devido um rio que corta a cidade a qual é dividida em
Pelada de baixo e Pelada de Cima. O nome veio por motivo que antigamente os
moradores tomavam banho pelados no rio. Pelada tem em tornos de 100 famílias
sendo um distrito carente, pois os moradores sofrem muito com a falta de água
potável. Uma melhoria foi à implantação das cisternas, pois é a única fonte de água
que o distrito possui.
Existem em torno de 54 cisternas no distrito, sendo que somente 3 são
abastecidas pelos carros-pipas, devido o custo ser alto. Em virtude disso, foram
analisadas a qualidade da água dessas três cisternas, a fim de contribuir para a
melhoria de saúde na comunidade.
Procedimentos metodológicos
Para realização da pesquisa foram feitas os seguintes procedimentos:

“Visitas „„in loco” na área, avaliando assim as características da região, em
que foi realizada a percepção ambiental da área;
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
Aplicação de questionários em que foram avaliados os seguintes tópicos:
quantas cisternas funcionam no local, quantas vezes o carro pipa abastece as
cisternas, quantas pessoas ou famílias são abastecidas por essas cisternas, a água
vem de onde, se a água e considerada de boa qualidade, de quanto em quanto
tempo e feita à limpeza da cisterna e como é feita, quais os usos da água, e se a
água passa por algum tipo de tratamento;

Coleta e análises da água das cisternas, avaliando assim a sua qualidade:
análises físico-química e microbiológica da água.
Coleta e Armazenamentos da Água das Cisternas
As coletas foram realizadas no período de janeiro a julho de 2014, com o
auxílio de garrafas de polietileno devidamente esterilizadas para análises físicoquímicas e uma garrafa de vidro para análises microbiológicas das amostras. Após a
coleta, as amostras foram armazenadas dentro do isopor com gelo e enviadas para
os Laboratórios de Análises Microbiológicas LAMAE e Laboratório de Analises
Físico-Químico LAEE no IFCE Campus Sobral.
Foram realizadas análises físico-químicas: cor, turbidez, temperatura, amônia,
nitrito, nitrato, sólidos dissolvidos totais, cloreto, cloro residual, como também
análises microbiológicas. Todas as análises seguiram as recomendações da APHA
2005. Vale ressaltar que os parâmetros escolhidos foram baseados na, Portaria
2914/11 do Ministério da Saúde já que o uso da água deste experimento é para
consumo humano.
3 – Resultados e Discussão
Após a visita “in loco” e observação da área, foram identificados três pontos
(P1, P2 e P3), como ilustrado nas figuras 02,03 e 04, amostras para monitoramento
(parâmetros físico-químicos e microbiológicos), pois, somente três cisternas estavam
em funcionamento, devido ao custo ser muito alto para colocar água em todas elas.
Foi observado que existem 54 cisternas no local. Através de perguntas realizadas a
população, foi possível identificar que o fornecimento de água, é feito 4 vezes por
mês no período da manhã.
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As cisternas são limpas de dois em dois meses, dependendo da quantidade
de água que tem dentro da cisterna, para que os moradores da comunidade Pelada
tenha água de boa qualidade.
Figura 02/03– Ponto de coleta 01 e 02 (P1/P2).
Fonte: AUTORES (2014).
Figura 04– Ponto de coleta 03 (P3).
Fonte: AUTORES (2014).
Resultados das amostras de água
Cor
A presença de cor na água é importante, pois dependendo do seu aspecto
pode fazer que o consumidor procure novas fontes de água com aparência mais
agradável, porém podendo trazer vários riscos a saúde. A Portaria 2914/11,
determina que o mesmo seja de 15 uH.
Observa-se que os pontos 01,02,03 se encontraram fora dos padrões de
potabilidade estabelecidos pela Portaria 2914/11. Este fato se deve por nesses dias
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o abastecimento das cisternas foram apenas da água do açude, e em outros dias as
cisternas foram abastecidas com a água do açude juntamente com a água da chuva.
Provavelmente as cisternas que foram abastecidas somente com a água do açude,
apresentaram cor acima do permitido pela legislação, pelo açude apresentar uma
grande quantidade de matéria orgânica no seu espelho d‟água.
E as cisternas que foram abastecidas com água do açude juntamente com a
água da chuva, a mesma dilui a água do açude e consequentemente diminuiu os
valores da cor se apresentando dentro dos padrões.
Turbidez
A turbidez pode servir de abrigo para os micro-organismos patogênicos e até
prejudicar na desinfecção. A Portaria 2914/11 fixa o valor da turbidez em 5 uT
(unidade de turbidez).
Todos os pontos analisados se encontram dentro dos padrões de potabilidade
estabelecidos pela Portaria. Fato este fundamental para o consumo humano sem
trazer nenhum risco à saúde da população.
Temperatura
A Portaria nº 2914/11 do Ministério da Saúde (MS) não especifica nenhum
valor como padrão para a temperatura, porém, segundo Azevedo Netto; Richter
(1991), a temperatura da água tem importância por sua influência sobre outras
propriedades, pois acelera reações químicas, reduz a solubilidade dos gases,
acentua a sensação de sabor e odor. Já para Brasil (2004), os ambientes aquáticos
brasileiros apresentam em geral temperaturas na faixa de 20 °C a 30 °C, pois a
temperatura consiste no fato de que afeta a taxa das reações químicas e biológicas
assim como a solubilidade dos gases desequilibrando o meio aquático. Observa-se
que todos os pontos apresentam temperatura inferior a 30º C.
pH
A água de baixo pH, isto é, ácida, é corrosiva. Águas de pH elevado, isto é,
alcalina, são incrustativas. A influência do pH sobre os ecossistemas aquáticos
naturais dá-se diretamente devido a seus efeitos sobre a fisiologia das diversas
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espécies. Também o efeito indireto é muito importante, podendo determinadas
condições de pH contribuir para a precipitação de elementos químicos tóxicos como
metais pesados; outras condições podem exercer efeitos sobre a solubilidade de
nutrientes.
A Portaria nº 2914/11 do Ministério da Saúde (MS) recomenda que o pH se
encontre entre 6 e 9,5. Os resultados obtidos mostraram que todos os pontos se
encontraram dentro dos limites estabelecidos pela Portaria.
Portanto os resultados foram mais alcalinos isso se deu devido à
características da água. Além disso, podem provocar incrustação nas tubulações e
paredes das cisternas e também podem afetar a vida aquática.
Amônia
Com relação à variável da Amônia todos os pontos se encontram dentro dos
padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria 2914/11, que determina que o
mesmo seja abaixo de 1,5mg NH3/L.
Num ambiente como amônia elevada, isso pode ser indicio do aumento da
carga orgânica, pode aumenta o nível de contaminação como a disseminação das
doenças de veiculação hídricas e também poderia afetar a biodiversidade do local, o
que não é o caso das amostras analisadas.
Nitrito
Com relação à variável de Nitrito os padrões de potabilidade estabelecidos
pela Portaria 2914/11, determinam que o mesmo seja abaixo de 1,0 mg NH3/L.
Observa-se que o ponto 1 na primeira coleta esta fora dos padrão de
potabilidade. Já os demais pontos se encontram dentro dos padrões. Este fato e
devido à presença de matéria orgânica uma vez que o excesso desse composto
afetam os glóbulos vermelhos do sangue, reduzindo a capacidade respiratória dos
organismos. O nitrito é o produto final de oxidação do nitrogênio podendo ocasionar
doenças e comprometendo a saúde humana.
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Nitrato
Com relação à variável de Nitrato todos os pontos se encontram dentro dos
padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria 2914/11, que determina que o
mesmo seja abaixo de 10mg N/L.
Águas com concentrações de nitratos predominantes indicam uma poluição
remota, porque os nitratos são o produto final de oxidação do nitrogênio.
Concentrações superiores a essa são indesejáveis ao uso doméstico devido a um
possível efeito tóxico sobre crianças novas por causar cianose. Metahemoglobina
("baby blue syndrome") e câncer gástrico (AZEVEDO NETTO; RICHTER, 1991).
Sólidos Dissolvidos Totais
Com relação à variável dos sólidos dissolvidos totais quase todos os pontos
se encontram dentro dos padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria
2914/11, que determina que o mesmo seja abaixo de 1000 mg/L. Já o ponto 3 na
quarta coleta esta fora dos padrões de potabilidade.
Possivelmente esse fato se deve ao transporte de sedimentos no período
chuvoso para dentro da cisterna, através da canalização. Uma vez que excesso de
sólidos dissolvidos pode levar a graves problemas de salinização. A presença de
sólidos dissolvidos relaciona-se também com a condutividade elétrica da água.
Dureza Total
Com relação a variável Dureza Total, todos os pontos se encontram dentro
dos padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria 2914/11, que determina que
o mesmo seja abaixo de 500 mg/L.
Para o abastecimento público de água para consumo humano a dureza alta
causa o excessivo uso de sabão nas lavagens domésticas, podendo causar
problema como aumento na incidência de cálculo renal em cidades abastecidas com
águas duras. Entretanto, os resultados apresentaram-se satisfatórios.
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Cloretos
Quanto aos Cloretos, todos os pontos amostrais apresentaram valores que se
encontram dentro dos padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria 2914/11,
que determina que o mesmo seja abaixo de 250 mg/L.
Concentrações superiores a 250mg/l implicam em sabor característico e
desagradável e também o cloreto existe normalmente nos dejetos animais.
Cloro Residual
A Portaria 2914/11 determina que o cloro residual seja de 0,2 mg/L de cloro
residual livre ou 2 mg/L de cloro residual combinado em toda a extensão do sistema
de distribuição (reservatório e rede). Os pontos analisados não se detectaram cloro,
ficando abaixo de 0,5, não podendo dizer exatamente o valor desses pontos.
Os valores limitam a remoção ou inativação dos microrganismos. Como nos
resultados não foi possível detectar o cloro, provavelmente a água das cisternas
tenha alguma presença de microrganismos, o que será discutido mais a frente.
Parâmetros Microbiológicos
Coliformes Termotolerantes
Com relação à variável de Coliforme Termotolerantes, somente os pontos 1
da primeira análises e o ponto 2 da sexta analises e o ponto 3 da primeira analises
estão dentro dos padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria 2914/11 do
MS, que determina que os mesmos sejam ausentes em 100 mL.
A presença destes coliformes termotolerantes deve-se ao fato de que o
exército recomenda duas pastilhazinhas de cloro para cada carro-pipa, para colocar
em cada cisterna.
O problema é que a quantidade de cloro usada não é suficiente, pois cada
pastilha consegue tratar 4,5 mil litros de água, mas no carro-pipa cabem 7 mil litros,
e nas cisternas são colocadas 16 mil litros de água (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2006).
Entretanto, o padrão microbiológico para o consumo humano deve ser
ausência de Escherichia Coli e de Coliformes Termotolerantes.
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3 – Conclusão
De acordo com os resultados foi possível observar que as variáveis pH,
Temperatura, Turbidez, Cloretos, Dureza Total, Amônia, Nitrato, apresentam-se
dentro dos padrões de potabilidade.
Já As variáveis, Cor, Sólidos Totais Dissolvidos, Nitrito e os Coliformes
Termotolerantes apresentam-se fora dos padrões de potabilidade, pois pode trazer
vários riscos de doenças a saúde da população.
Em relação ao Cloro Residual não foi possível a sua detecção. As variáveis
Coliformes Termotolerantes, turbidez e cloro se relacionam, de forma que, a turbidez
pode servir de abrigo para os micro-organismos e até prejudicar na desinfecção,
mostrando que o acondicionamento inadequado dessa água, em reservatórios sem
as condições básicas de higiene, e a provável falta de cuidados no transporte dessa
água nos carros-pipa, contribuiu para a contaminação da água.
Além disso, constatou-se ainda a Escherichia coli fora do padrão. Os
resultados demonstram uma necessidade urgente de conscientização da população
quanto à limpeza dos reservatórios para condicionamento da água, tanto dos carrospipa, quanto das cisternas.
Concluindo ainda que há a necessidade urgente de disponibilizar para a
população soluções de cloro ou hipoclorito para desinfecção da água, pois é de
fundamental importância para remoção dos coliformes termotolerantes.
4 – Referências Bibliográficas
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Águas de Cisternas: Estudo de Caso no Município de Petrolina - PE. Anais do 3º
Simpósio Brasileiro de Captação de Água de Chuva no Semi-Árido. Campina
Grande – PB, ABCMAC, 2001.
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Atualizada. São Paulo. Ed. Edigarbol Brusher, 1991.
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consumo humano. Brasília, 2004.
 BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual de Saneamento. 4. ed. rev.
Brasília, 408 p. 2006.
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Engenharia Ambiental do Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia da Pontifícia
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 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância e
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Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 212 p. –
(Série B. Textos Básicos de Saúde).
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