Mico em extinção se reproduz em cativeiro

MeioAmbiente
Mico em extinção se reproduz
em
Um pequeno mico virou
estrela global no mês de
janeiro em uma matéria
ecológica do Jornal Hoje.
Cientistas do Parque Ecológico
de São Carlos, São Paulo,
anunciaram a primeira
reprodução em cativeiro do
animal. Trata-se de um
exemplar do Callithrix melanura,
ou sauim,capturado durante a
Operação Tapiti, realizada por
FURNAS durante o enchimento
do lago da Usina Hidrelétrica de
Manso, em Mato Grosso.
O Sauim é um animal
oficialmente ameaçado de
extinção no Brasil, de acordo
com portaria do IBAMA.
S
egundo Hamilton Garboggini, biólogo do Departamento de Meio Ambiente (DMA.T), dos 17 exemplares de
Callithrix melanura resgatados, cinco foram encaminhados ao Centro de
Primatologia, no Rio de Janeiro e três
para o Parque Ecológico de São
Carlos. Na região de Manso existem
cerca de 90 espécies de mamíferos
diversos, o que representa 17% das
espécies da mastofauna encontradas
no Brasil. Dentre eles, estão animais
típicos do Cerrado, do Pantanal e da
Floresta Amazônica, como por exemplo, o lobo guará, o tamanduá bandeira e a onça pintada.
A operação Tapiti foi o primeiro e
grande laboratório para a pesquisa ci10
• fev./ mar. 2003 • Linha Direta nº 294
cativeiro
entífica da fauna da região de Chapada
dos Guimarães. Pesquisadores de várias instituições do país e de Mato Grosso estudaram cuidadosamente cobras,
lagartos, macacos e aves em várias
linhas de trabalho, desde a catalogação das espécies até a identificação de
parasitas que atuam como vetores de
doenças para o homem. Participaram
do intercâmbio, instituições como o Instituto Osvaldo Cruz, Instituto Butantã,
Museu de Zoologia da Universidade de
São Paulo, Centro de
Primatologia, Universidade Nacional de
Brasília, Núcleo de
Ofidiologia de Mato
Grosso, Universidade
Federal de Mato Grosso
e Universidade de
Cuiabá – UNIC.
Na operação Tapiti,
durante o enchimento do
reservatório de Manso,
foram capturados
diversos animais
“FURNAS doou uma coleção com
cerca de 370 espécies, entre anfíbios, répteis, aves e mamíferos, recolhidos durante o enchimento do
reservatório para o acervo zoológico
do Departamento de Biologia da Universidade Federal de Mato Grosso.
Isto demonstra o compromisso da
Empresa com o conhecimento científico regional”, ressalta Norma Pinto
Villela, gerente do Departamento de
Meio Ambiente.
FOTOS ROBERTO ROSA