Perguntas-recentes - SK Imagens Odontológicas

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RX - RESPOSTAS DETALHADAS ÀS PERGUNTAS MAIS
FREQUENTES.
RX – Respostas detalhadas às perguntas mais freqüentes:
X-Rays: Detailed Answers frequently Asked Questions.
Compend. Contin. Educ. Dent. V. 16, n. 3, p. 393/398, Mar 1993
Kavas H. Thunthy
Professor de Radiologia Bucomaxilofacial do Departamento de Diagnóstico Bucal,
Medicina e Radiologia da Escola de Odontologia de Lousiana. New Orleans. Louisiana.
Resumo
Nos últimos anos, grupos de consumidores, ambientalistas, mídia noticiosa, agências
governamentais, e profissionais de saúde estão cada vez mais preocupados com o potencial de
risco das exposições aos Raios X. Como resultado, o uso dos raios X nos diagnósticos médicos e
odontológicos está sendo questionado. Os pacientes têm muitas perguntas sobre os raios X,
outros resolveram não mais se expor e confrontam o Cirurgião Dentista sobre o perigo da
radiação. Essa recusa de se expor à radiação se origina da má informação, do desconhecimento e
do medo. Pacientes bem informados discutirão e compreenderão a necessidade do uso do
diagnóstico por meio de raios X. O propósito deste artigo é discutir em detalhes, as perguntas
mais freqüentemente feitas pelos pacientes sobre raios X. Algumas dessas perguntas já oram
tratadas em outra publicação e este artigo serve como uma expansão daquele.
Unitermos: Exame radiográfico, Proteção, Normas.
 As radiografias dentárias são realmente necessárias?
Sim. Os processos mórbidos que envolvem os dentes e tecidos adjacentes nem sempre são
visíveis durante um exame clínico da cavidade bucal. Sem o uso de radiografias, essas condições
patológicas como lesões cariosas, cistos, tumores e perda óssea periodontal podem passar
desapercebidas por algum tempo. Mais tarde essas condições podem produzir dor e extenso
dano tecidual, que custará para o seu tratamento mais tempo e dinheiro. As radiografias são
executadas para o benefício do paciente, para que ele possa receber o tratamento apropriado nos
estágios iniciais do processo da doença. As doenças bucais não descobertas podem afetar
adversarmente a saúde geral do paciente ou até podem colocá-la em risco.
 Com que frequência os Cirurgiões Dentistas devem radiografar seus pacientes?
Um paciente deve ser radiografado para um diagnóstico apropriado, tratamento e
prevenção de doença.
1.- Exame radiográfico completo odontológico:
A decisão de fazer esse tipo de radiografia depende da avaliação do profissional feita sobre as
condições da cavidade bucal do paciente. Durante a visita inicial do paciente a um Cirurgião
Dentista, o exame clínico abrangente deve ser seguido de uma série completa de radiografias da
boca. Essa série de radiografias é feita por duas razões: determinar a condição dos dentes e
ossos, e estabelecer um parâmetro para alterações futuras. O Odontólogo não precisa repetir a
série de boca completa por vários anos, a menos que o paciente tenha um histórico de trauma,
cirurgia extensa ou tratamento ortodôntico, ou se um exame clínico exija que a série seja
repetida. Em tais casos, uma série de radiografias da boca completa pode Ter que ser repetido
após um intervalo de alguns meses ou alguns anos. A Academia Americana de Radiologia BucoMaxilofacial e a American Dental Association, não especificam o intervalo que deve haver antes
de repetir o conjunto radiográfico de boca completa. Esse exame é apropriado sempre que um
paciente apresenta-se com evidência clínica de doença dentária generalizada, ou com um
histórico de tratamento extenso.
2.- Exame parcial (algumas tomadas):
As radiografias devem ser executadas sempre que necessário por razões preventivas, em casos
de perda do dente, dor no dente, no osso maxilar ou para avaliar o progresso do tratamento
dentário.
3.- Radiografias interproximais dos dentes posteriores para pacientes em retorno:
Essas radiografias devem sempre ser tomadas quando um exame clínico exige. Para pacientes
em retorno, o intervalo entre refazer as radiografias depende da idade do Paciente, propensão à
cárie, e histórico da doença periodontal. O intervalo pode ser tanto de seis meses quanto de
trinta e seis meses. Para um paciente adulto que mantém boa higiene bucal, o intervalo médio
de tempo para retomada das radiografias proximais posteriores é de vinte e quatro a vinte e
quatro meses. Para o paciente com alto risco de cáries, ou com um histórico de doença
periodontal o intervalo médio é de seis a doze meses.
 As radiografias feitas anteriormente num outro Cirurgião Dentista podem ser
usadas, ou há a necessidade de pedir novas radiografias?
Sim, desde que essas radiografias feitas anteriormente sejam de boa qualidade para
diagnóstico. Além disso, o Cirurgião Dentista pode precisar fazer mais algumas, para determinar
as condições atuais da cavidade bucal. Se as radiografias anteriores são de má qualidade
diagnóstica, o profissional deve fazer uma nova série de radiografia da boca completa
independente do tempo que foram feitas.
 Pode-se usar uma radiografia panorâmica ao invés de uma série completa de
radiografias dentais?
As radiografias panorâmicas são úteis para determinar a condição geral da saúde bucal
de um paciente e para confirmar a presença de grandes lesões ósseas. Diferente das radiografias
intrabucais, as radiografias panorâmicas não revelam com clareza pequenas lesões como cárie,
perda óssea e aumento do espaço periodontal. Alguns Cirurgiões Dentistas usam uma
radiografia panorâmica apenas, enquanto outros preferem o uso de uma radiografia panorâmica
com radiografias interproximais ao invés de uma série da boca completa.
É legalmente inadequado substituir uma radiografia panorâmica por uma série da boca
toda. O que se segue é uma afirmação de Zinman, feita em 1977, onde o “Council of Dental
Devices and Materials”confiou na pesquisa dentária existente ao afirmar que tomogramas
(panorâmicas) eram diagnosticamente inferiores aos filmes periapicais. Em numerosos
processos legais, que envolveram fraturas, defeitos periodontais interproximais e cáries não
tinham sido diagnosticados com um filme tomográfico (panorâmico) mas foram detectados com
o uso de radiografias periapicais. É claro que fdada radiografia deve ter qualidade para
diagnóstico, independente do tipo de técnica usada.
 Se um paciente recebeu radiação X excessiva por alguma outra razão, deve o
Cirurgião Dentista evitar fazer novas radiografias? Em outras palavras,
radiografar um paciente depende de seu histórico radiográfico?
Não. Mesmo que um paciente possa ter recebido altas doses de raio X, por causa de uma
tomografia computadorizada, na região do tórax, abdômen, crânio, mãos ou pés, a decisão de
radiografar os dentes e maxilares está baseada na necessidade de diagnóstico e tratamento
dentário. Uma vez que espera-se que as radiografias dentárias forneçam informação para
diagnóstico, elas devem ser feitas independente do histórico radiográfico do paciente.
 Se um paciente recebeu radiação para terapia de câncer na área da cabeça e
pescoço, as radiografias dentais devem ser executadas?
Sim. Um paciente nessas condições é mais suscetível à infecção dentária. Portanto, as
radiografias de diagnóstico dentário são especialmente importantes para esses pacientes para
detectar e controlar a formação de cáries e infecção óssea. Na verdade, esses pacientes devem
ser radiografados com maior frequência que os outros pacientes.
 Com que frequência deve-se fazer radiografias em crianças?
O intervalo entre as radiografias deve ser determinado para cada criança baseado na sua
condição de saúde bucal. Em geral, as crianças são mais suscetíveis aos efeitos dos raios X que
os adultos e, portanto o número de radiografias feitas deve ser o mínimo possível. Algumas
crianças são mais suscetíveis á cárie dentário que outras, portanto, requerem freqüentes exames
radiográficos. Em uma criança, o exame radiográfico pode consistir de vistas oclusais e/ou
interproximais posteriores ou uma vista panorâmica e interproximais.
 Que quantidade de exposição recebem os órgãos reprodutores durante as
tomadas de radiografias dentárias? Se uma paciente está gravida ou suspeita
de gravidez, deve-se adiar a tomada de radiografias?
Se um avental de chumbo não for usado, os órgãos não protegidos recebem
aproximadamente 0,4 mRad (0,0004mGy) de dose de raio X de uma série de exame completa
de radiografias da boca. Os ovários não protegidos recebem aproximadamente 0,08 mRad
(0,0008mGy) de radiação. O uso de um avental de chumbo durante a exposição reduz essa
radiação a quase para homens e mulheres. Clinicamente, um avental de chumbo deve ser usado
em todos os pacientes todas as vezes mesmo quando a quantidade de radiação é minúscula.
Às vezes um Cirurgião Dentista pode determinar que uma mulher grávida necessita apenas de
tratamento eletivo, e pode decidir adiar as radiografias e o tratamento até o período pós-parto.
Embora a evidência científica indique que uma paciente grávida possa ser radiografada, a
pressão psicológica e a preocupação, muitas vezes forçam o adiamento do exame radiográfico.
 Que quantidade de exposição recebe a face do paciente nas tomadas
radiográficas? Podem os raios X odontológicos provar o câncer de pele.
Dependendo da técnica, equipamento, tipo de filmes e fatores de exposição, a pele do
paciente recebe aproximadamente 150 mR a 500 mR por tomada. Para produzir câncer de pele,
são necessárias exposições de milhares de roentgens. Isso não é possível com o uso de aparelhos
de raios X odontológicos que tem produções e doses muito baixas. O uso de um curto tempo de
exposição em uma pequena área evita qualquer possibilidade de dano à pele.
Não existe um único registro de caso de um paciente que tenha desenvolvido câncer de
pele usando radiografias dentárias para diagnóstico. A exposição de radiação durante um exame
de raio X é tão pequena que o risco que contribua com o câncer é extremamente pequeno. Há
casos documentados de profissionais que desenvolveram carcinomas em seus dedos. Estes
foram causados por repetidas exposições durante anos, nos dedos dos Cirurgiões Dentistas que
seguravam os filmes para os pacientes.
 Que quantidade de radiação X recebe a glândula tireóide nas radiografias
dentais? É necessário usar um protetor?
A exposição à radiação da glândula tireóide varia com o tipo do filme, técnica, e
equipamento usado. Em uma série da boca toda a glândula tireóide recebe de 35 mRad a
80mRad (0,35 mGY a 0,80 mGy). Essa quantidade é muito menor que aquela recebida pela
tireóide de radiação de fundo natural. Sob as recomendações radiográficas atuais, a quantidade
de radiação a essa área não é considerada grande o bastante para produzir efeitos danosos a esse
tecido.
Uma proteção da tireóide pode prevenir que a radiação externa alcance a glândula
tireóide, mas não pode evitar que a radiação X dispersa produzida pela face e pescoço do
paciente atinja a glândula tireóide. De acordo com o “BUHEAU OF RADIOLOGICAL HEALT” o
uso de uma proteção à tiróide com chumbo é recomendado mas não imprescindível. Embora a
evidência científica não exija o uso de um protetor de tireóide, a pressão do consumidor e seu
receio quanto aos possíveis danos, podem forçar o seu uso. Esta proteção da tireóide não deve
ser usada nas radiografias panorâmico e cefalométrica, porque protegeria partes da mandíbula e
invalidaria o exame radiográfico destas áreas.
 Que quantidade de raios X recebem os olhos nos exames radiográficos
dentários? Eles podem causar catarata?
Dependendo do tipo do filme, técnica e equipamento usado, o globo ocular recebe em
um exame completo (boca toda) de 0,002 Rad a 0,800 Rad (0,02 mGy a 8 mGy). Verificamos
que essa quantidade é muito pequena, especialmente quando comparada aos 200 a 500 Rad
necessários para o limiar de risco da catarata. Baseado na evidência científica disponível, as
baixas doses de radiação usadas no diagnóstico radiológico dentário não contribuem para o
desenvolvimento da catarata.
 Que quantidade de radiação um paciente recebe na radiografia panorâmica?
Na radiografia panorâmica o aparelho gira ao redor da cabeça do paciente, portanto, a
quantidade de exposição recebida é diferente para cada área da cabeça do paciente. Isso torna
difícil comparar com precisão a exposição recebida da radiografia panorâmica com a da série de
boca toda. Geralmente, a quantidade total de radiação recebida da radiografia panorâmica é
menor que uma série completa da boca toda.
 As radiografias pertencem ao paciente ou ao dentista?
Toda documentação do tratamento dentário, inclusive as radiografias são propriedade
do Cirurgião Dentista, porém, o paciente tem acesso aos registros. Uma cópia das radiografias
pode ser enviada a outro profissional ou pode ser dada ao paciente. Se, por alguma razão, o
Cirurgião Dentista tiver que enviar os originais a outro profissional então uma cópia
diagnosticamente aceitável deve ser retida no prontuário do paciente. A conta pode ser enviada
ao paciente ou ao outro profissional, ou pode fazer as cópias gratuitamente para não perder o
paciente.
 Por que os Cirurgiões Dentistas e Assistentes saem da sala quando o paciente
está sendo radiografado?
Quando um paciente é radiografado, ele recebe o benefício do diagnóstico e do
tratamento subsequente. Não existe razão lógica para a exposição desnecessária do Cirurgião
Dentista e da Assistente à radiação, sem qualquer benefício correspondente de diagnóstico ou
tratamento. Além disto, os Odontólogos e Assistentes são expostos várias vezes por dia, e
continuamente, à radiação dispersa, que pode ser prejudicial a eles. Portanto, é prudente que a
equipe odontológica evite a exposição desnecessária.
 Quando um paciente se recusa a tirar radiografias, o Cirurgião Dentista deve se
proteger legalmente com um documento assinado pelo paciente?
Um paciente não pode legalmente consentir num tratamento negligente. Este
procedimento é contrário à lógica e à saúde pública, e, portanto, uma nulidade legal que um
paciente concorde antecipadamente em não processar o Cirurgião Dentista por um mau
atendimento. Se as radiografias são para o diagnóstico ou terapêutica necessárias, a norma exige
que o profissional se recuse a fazer o tratamento se o paciente rejeita as radiografias que são
necessárias?
 Existe risco de AIDS por tirar radiografias odontológicas?
A radiografia dentária é um procedimento não invasivo, ou seja, a possibilidade do
sangue do paciente entrar em contato com a pessoa que faz a radiografia é minúscula, a menos
que os tecidos bucais estejam lesionados. Precauções adicionais como o uso de luvas,
esterelização dos instrumentos e outros procedimentos que controlem a infecção, tornam a
radiografia dentária um dos mais seguros procedimentos em odontologia.
CONCLUSÃO__________________________________________________
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Embora o risco de efeitos somáticos e genéticos do raio X para diagnóstico dental seja mínimo,
Cirurgiões Dentistas e Assistentes devem fazer uma abordagem preventiva. As radiografias
devem feitas após o exame clínico da cavidade bucal. É contra indicado o uso indiscriminado da
radiografia. As radiografias dentárias são essenciais para o benefício do paciente para
diagnosticar, tratar e prevenir doenças. Com um equipamento calibrado, técnicas inadequadas,
filmes mais sensíveis e o uso criterioso, o risco dos efeitos danosos das radiografias é quase
inexistente.
Uniterms: Radiographic examination; Protection; Rules.
ABSTRACT____________________________________________________
In the last few years, consumer groups, environmentalists, the news media, government
agencies, and members of the health professions have been increasingly concerned with the
potential risk of X-radiation exposures. As a result, the use of diagnostic medical and dental Xrays is being questioned. Patients, who either have a multitude of questions about x-rays, or who
have resolved not to be exposed to any more X-rays under any circumstances, confront dentists
about the danger of radiation. This refusal to be X-radiated stems from misinformation and fear.
Wellinformed patients will discuss and understand the need for the use of diagnostic X-rays.
The purpose of this article is to discuss, in detail, questions most frequently asked by patients
about X-rays.
Although the risk of somatic and genetic effects from diagnostic dental X-rays is minimal,
dentists and auxiliaries must take a conservative approach. Radiographs should be made after
clinical examination of the oral catity. The ad libitum use of X-rays is contraindicated. Dental
radiographs are essentail for the patient’s benefit to diagnose, treat and prevent diseases. With
safe equipment, modern techniques, fast films and judicious use, the risk of harmful effects from
dental X-rays is almost nonexistent.
Referências Bibliográficas:
1.- THUNTHY, K. H. X-rays: Answers to the most frequently asked questions. Journal of the
Louisiana Dental Association, v. 43, p.15-16,1984.
2.- EASTMAN KODAK COMPANY, Guidelines for prescribin dental radiographs. Publication
no. N-804 A8H017, 1988.
3.- ZINMAN, E.J. Dentists and the law. Dental Management v. 23, n.8, p.47, 1985.
Artigo traduzido e adaptado pelo Prof. Dr. Orivaldo TAVANO.
Professor Titular de Radiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru. Universidade de São
Paulo (Aposentado).
Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Radiologia da Universidade Camilo Castelo
Branco – UNICASTELO.
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