ANAT II - sistema esquelético

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SISTEMA OSTEO – ARTICULAR V
ESQUELETO APENDICULAR: MEMBRO SUPERIOR
SUMÁRIO
1 – Cintura escapular
1.1 – Escápula ou omoplata: Bordos medial, lateral e superior. Incisura escapular. Faces costal (anterior) e dorsal. Ãngulos
inferior, superior e lateral. Cavidade glenóide. Espinha. Incisura espinoglenóide. Acrómio. Apófise coracóide.
1.2 – Clavícula: corpo, extremidade acromial ou lateral e extremidade esternal ou medial.
2 - Úmero
•
Extremidade proximal: cabeça do úmero, colos anatómico e cirúrgico, tubérculos maior e menor e sulco intertubercular.
•
Corpo: bordos anterior, lateral e medial; faces ântero-lateral, ântero-medial e posterior; tuberosidade deltóide.
•
Extremidade distal: pequena cabeça, tróclea, fossa radial, fossa coronóide, fossa olecraniana, epicôndilos medial e lateral e
cristas supracondilianas medial e lateral.
3 – Rádio
•
Extremidade proximal: cabeça, colo, tuberosidade do rádio
•
Corpo: Bordos interósseo (medial), anterior e posterior. Faces anterior, posterior e lateral
•
Extremidade distal: apófise estilóide, face articular carpiana e incisura cubital
4 Cúbito
•
Extremidade proximal: Olecrânio, apófise coronóide, incisura troclear e incisura radial
•
Corpo: bordos interósseo (lateral), anterior e posterior; faces anterior, posterior e medial
•
Extremidade distal: apófise estilóide
5 – Carpo
•
Fileira proximal: escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme
•
Fileira distal: trapézio, trapezóide, grande osso e unciforme
•
Sulco cárpico. Túnel cárpico
6 – Metacarpo: cinco ossos metacarpianos
7 – Falanges: proximais, médias e distais.
Bibliografia:
1
- Williams PL, Warwick R. Gray’s Anatomy. 38th
Edition. Edinburgh: Churchill Livingstone; 1995. p. 613 - 662.
2 - Netter FH. Atlas de Anatomia Humana. Segunda Edición. East Hanover. Novartis; 1999.
SISTEMA OSTEO – ARTICULAR V
ESQUELETO APENDICULAR: MEMBRO SUPERIOR
I – CINTURA ESCAPULAR
A cintura escapular é formada pela escápula (omoplata) posteriormente e a clavícula anteriormente e tem como objectivo inserir
o membro superior ao tronco.
1 – Omoplata ou Escápula
A omoplata ou escápula é um osso achatado, com forma triangular, situado de cada lado, dorsalmente à parede póstero-lateral
do tórax, numa região entre a segunda e sétima costelas. Tem faces dorsal e costal (ventral), bordos superior, lateral e medial, ângulos
inferior (vértice), superior e lateral e três apófises: a espinha, o acrómio e a apófise coracóide. Próximo do ângulo lateral há uma
constrição marcadaque constitui o colo da escápula.
A face costal é lisa, ligeiramente côncava e está voltda para a frente e medialmente, encostada às costelas.
A face dorsal está voltada para trás e lateralmente. Apresenta uma projecção em forma de prateleira, a espinha da escápula,
que a divide em duas áreas escavadas: uma área superior, menor, constituindo a fossa supra-espinhosa juntamente com a face
superior da espinha e uma área inferior, maior, constituindo a fossa infra-espinhosa juntamente com a face inferior da espinha. A
espinha da escápula é uma prateleira com forma triangular, mais larga lateralmente que medialmente, dirige-se para cima e lateralmente
desde o bordo medial da escápula, com um bordo lateral livre, um bordo anterior aderido à face dorsal da escápula e um bordo posterior
saliente designado crista da espinha. Entre o bordo lateral e livre da espinha da escápula e o colo da escápula está a incisura
espinoglenóide que permita a comunicação entre as fossas supra e infra-espinhosa.
O acrómio é uma saliência óssea achatada, com faces superior e inferior que se projecta para a frente quase em ângulo recto,
desde a extremidade lateral da espinha da escápula, de tal forma que o bordo posterior da espinha da escápula torna-se contínuo com o
bordo lateral do acrómio num ponto designado ângulo acromial. Este ângulo é um ponto de referência palpável através da pele. O
bordo medial do acrómio tem uma pequena faceta articular para articular com a extremidade lateral da clavícula. O acrómio tem ainda
faces superior e inferior.
A periferia da escápula é delimitada pelos bordos medial, lateral e superior. O ângulo inferior ou vértice, é perfeitamente
palpável através da pele, está voltado para baixo e constitui a porção mais inferior do osso, estando situado ao nível da sétima costela.
Do ângulo inferior parte o bordo medial, para cima e medialmente até ao ângulo superior, colocado entre o bordo medial e o bordo
superior do osso. Do ângulo superior parte o bordo superior, dirigindo-se lateralmente até atingir o ângulo lateral, apresentando próximo
do ângulo lateral, uma concavidade para cima, a incisura supra-escapular. Do ângulo inferior parte também o bordo lateral, para cima
e lateralmente para atingir o ângulo lateral. O ângulo lateral está colocado entre o bordo superior e o bordo lateral e é truncado
constituindo a cabeça do osso. Na sua superfície livre encontra-se a cavidade glenóide, uma escavação com faceta articular piriforme,
sendo a porção inferior mais larga. Esta faceta que articula com a cabeça do úmero para formarem a articulação do ombro.
Imediatamente adjacente à orla da cavidade glenóide há uma ligeira constrição, o colo da escápula. Imediatamente acima da cavidade
glenóide há uma pequena área rugosa que invade a raiz da apófise coracóide e que se designa tubérculo supraglenóide. Próximo do
ângulo lateral, imediatamente abaixo da cavidade glenóide, o bordo lateral alarga para formar uma área rugosa designada tubérculo
infraglenóide.
A apófise coracóide é uma saliência óssea em forma de gancho que se projecta para diante a partir da porção superior da
cabeça da escápula. O tubérculo supraglenóide marca a raiz da apófise coracóide, local onde esta apófise se une à parte superior da
cavidade glenóide.
2 - Clavícula
É um osso que se estende quase horizontalmente desde o manúbrio do esterno até ao acrómio da escápula. Funciona como
uma escora que dá apoio permitindo oscilar o membro superior, transmitindo parte do seu peso ao esqueleto axial. A extremidade
acromial ou lateral da clavícula é achatada e tem uma pequena faceta oval para articular com o bordo medial do acrómio formando a
articulação acromioclavicular. A extremidade esternal ou medial é arredondada e está dirigida ligeiramente para baixo, para a frente e
medialmente, para articular com a incisura clavicular do manúbrio do esterno, constituindo a articulação esternoclavicular, facilmente
palpável através da pele. O corpo da clavícula é achatado no seu terço lateral com faces superior e inferior limitadas por bordos
anterior e posterior, enquanto que nos dois terços mediais o corpo da clavícula tem forma cilíndrica ou prismática, possuindo faces
anterior, posterior, inferior e superior.
II - BRAÇO
1 – Úmero
O úmero é um osso longo e é o osso mais longo do membro superior. Tem duas extremidades alargadas (epífises), proximal e
distal e, entre elas, um corpo quase cilíndrico (diáfise).
Na extremidade proximal do úmero há uma estrutura proeminente, em forma de meia esfera, a cabeça do úmero voltada para
medial, para posterior e para cima, para articular com a cavidade glenóide da escápula. O colo anatómico é uma ligeira constrição do
osso, à volta da cabeça do úmero. Na face anterior da extremidade proximal do úmero, imediatamente abaixo do colo anatómico, há
uma saliência, o tubérculo menor. O tubérculo maior ocupa a parte lateral da extremidade superior do úmero e é o ponto ósseo mais
lateral da região do ombro, dando ao ombro a sua forma arredondada. Entre os dois tubérculos aparece um sulco longitudinal, o sulco
intertubercular, cujo bordo medial é a margem lateral do tubérculo menor. O ponto de junção entre a extremidade proximal do úmero e
o seu corpo designa-se colo cirúrgico.
Em corte transversal, o corpo do úmero é triangular proximalmente mas achatado, no sentido ântero-posterior, na sua porção
distal. De forma grosseira, o corpo do úmero apresenta três faces e três bordos. O bordo anterior parte do tubérculo maior e forma a
margem lateral do sulco intertubercular. O bordo lateral é cortante na porção inferior, mas nos dois terços superiores é pouco evidente,
próximo do centro o bordo é interrompido por um sulco que cruza o osso obliquamente passando para baixo e para diante, o sulco para
o nervo radial. O bordo medial do corpo do úmero tem início proximalmente no bordo medial do sulco intertubercular e torna-se muito
evidente na metade inferior do corpo. A face antero-lateral do corpo do úmero situa-se entre os bordos anterior e lateral e um pouco
acima do seu centro está marcado pela tuberosidade deltóide, o local de inserção do músculo deltóide. A face anteromedial é limitada
pelos bordos anterior e medial. No terço superior forma o soalho do sulco intertubercular. A face posterior situa-se entre os bordos
medial e lateral.
A extremidade distal do úmero é um côndilo modificado, alargado transversalmente, com uma porção articular e uma porção
não articular. A porção articular, articula com o rádio e o cúbito para constituirem a articulação do cotovelo e está dividida em duas
partes: a pequena cabeça e a tróclea. A pequena cabeça é uma projecção distal, convexa e arredondada, formada pelas superfícies
anterior e inferior da porção lateral da extremidade distal do úmero e que articula com a cabeça do rádio. A tróclea é uma superfície
sulcada em forma de roldana que cobre as superfícies anterior, inferior e posterior da extremidade distal do úmero e que articula com o
cúbito. A porção não articular apresenta duas saliências proeminentes, uma para lateral, o epicôndilo lateral e outra para medial, o
epicôndilo medial. Proximalmente ao epicôndilo lateral está a crista supracondiliana lateral que continua proximalmente como bordo
lateral do corpo do úmero, da mesma forma, proximalmente ao epicôndilo medial está a crista supracondiliana medial que continua
proximalmente como bordo medial do corpo do úmero. Na superfície posterior da extremidade distal do úmero, logo acima da tróclea, há
uma profunda depressão, a fossa olecraneana que contem o olecrânio do cúbito, quando o cotovelo está em extensão. Na superfície
anterior da extremidade distal do úmero há duas escavações, uma logo acima da tróclea, a fossa coronóide, outra logo acima da
pequena cabeça e lateralmente à fossa coronóide, a fossa radial. As fossas coronóide e radial alojam, respectivamente, a apófise
coronóide do cúbito e a a cabeça do rádio, quando se faz a flexão completa ao nível da articulação do cotovelo.
III - ANTEBRAÇO
O esqueleto do antebraço é constituído por dois ossos longos colocados paralelamente um ao outro, o rádio e o cúbito, sendo o
primeiro o mais lateral.
1 – Rádio
A porção mais proximal da extremidade proximal do rádio tem forma de disco, constituindo a cabeça do rádio, com a
superfície superior ligeiramente côncava para articular com a pequena cabeça do úmero e cujo bordo circunferencial saliente, articula
com a incisura radial do cúbito. A constrição óssea abaixo da cabeça constitui o colo do rádio. Abaixo da parte medial do colo está a
tuberosidade do rádio.
O corpo do rádio é ligeiramente curvo com convexidade lateral, em secção transversa é triangular, apresentando três bordos e
três faces. No bordo medial designado bordo interósseo insere-se a membrana interóssea nos três quartos inferiores e é bem visível
abaixo da tuberosidade. O bordo anterior é visível nas porções superior e inferior mas indefinido na parte central do corpo, inicia-se
abaixo da parte ântero-lateral da tuberosidade do rádio e dirige-se para baixo e lateralmente. O bordo posterior é claramente visível na
porção central, dirige-se para cima e medialmente, em direcção à parte póstero-inferior da tuberosidade do rádio. A face anterior fica
entre os bordos interósseo e o bordo anterior. A face posterior fica entre os bordos interósseo e posterior. A face lateral fica entre os
bordos anterior e posterior.
A extremidade distal do rádio é a parte mais larga do osso. A face lateral do rádio projecta-se para baixo para formar a apófise
estilóide do rádio. A face articular carpiana é formada por duas áreas articulares separadas por uma crista: a área articular lateral é
triangular para articular com o osso escafóide e a medial é quadrangular para articular com o osso semilunar. A face anterior é
proeminente. A face medial apresenta a incisura cubital que articula com a extremidade distal do cúbito. A face posterior é marcada
pelo tubérculo dorsal, palpável através da pele.
2 - Cúbito
É o osso paralelo e medial ao rádio. A parte superior é caracterizada pela sua forma em gancho com concavidade dirigida para
a frente. De proximal para distal o osso diminui em secção.
A extremidade proximal do cúbito apresenta duas projecções, o olecrânio e a apófise coronóide e duas áreas articulares, a
incisura troclear para articular com o úmero e a incisura radial para articular com o rádio. O olecrânio é uma projecção para proximal,
constitui a parte mais superior do osso e está dobrado para a frente formando um bico ou ponta que se projecta na fossa olecraneana do
úmero quando o cotovelo está em extensão. A face posterior do olecrânio é triangular, palpável na face posterior do cotovelo e a sua
face anterior é lisa e articular, constituindo a parte superior da incisura troclear. A apófise coronóide tem forma de prateleira e projectase para diante imediatamente abaixo do olecrânio. A face superior da apófise coracóide forma a parte inferior da incisura troclear e a sua
face lateral apresenta a incisura radial para articular com a porção medial da circunferência da cabeça do rádio, inferiormente a esta
incisura há uma escavação para alojar a tuberosidade do rádio durante os movimentos de pronação e supinação. Na porção mais distal
da face anterior da apófise coronóide apresenta uma saliência óssea rugosa, a tuberosidade do cúbito.
O corpo do cúbito é triangular em secção nos três quartos superiores e quase cilíndrico no quarto inferior, apresentando três
faces e três bordos. O bordo interósseo é a margem lateral do osso e forma uma crista nos dois quartos centrais do osso. O bordo
anterior começa medialmente à tuberosidade do cúbito e inclina-se medialmente para trás e para baixo até à base da apófise estilóide.
O bordo posterior começa no ápice da face posterior do olecrânio e dirige-se para baixo e lateralmente. A face anterior fica entre os
bordos interósseo e anterior, a face posterior fica entre os bordos interósseo e posterior e a face medial fica entre os bordos anterior e
posterior. A extremidade distal do cúbito é ligeiramente alargada e compreende uma cabeça e uma apófise estilóide. A cabeça forma
uma superfície elevada na porção medial da face posterior do pulso, quando o membro está em pronação, apresenta uma superfície
articular convexa, cuja porção lateral articula com a incisura cubital do rádio e cuja face inferior é lisa e está separada do carpo pelo
disco articular. A apófise estilóide é uma projecção curta e arredondada, da parte postero-medial da extremidade inferior do cúbito.
IV - PUNHO
1 - Carpo
O carpo é constituído por oito ossos curtos colocados em duas fileiras, uma proximal e outra distal. Na fileira proximal do
carpo, de lateral para medial, estão: o escafóide, o semilunar, o piramidal e o pisiforme. Na fileira distal do carpo, de lateral para
medial, estão: o trapézio, o trapezóide, o grande osso e o unciforme.
Na fileira proximal do carpo, o osso pisiforme está colocado na face palmar do osso piramidal e, por isso, só é visível na face
palmar do pulso. Os outros ossos da fileira proximal colocam-se em arco convexo para proximal, onde articulam com o rádio e o disco da
articulação rádio-carpiana ou do punho. A concavidade distal do arco forma um recesso onde se projectam as partes proximais do
grande osso e do unciforme.
A face dorsal do carpo é levemente convexa de lado a lado, mas a face palmar tem uma profunda concavidade formando o
sulco cárpico. O bordo medial deste sulco é formado pelo osso pisiforme e gancho do osso unciforme e o bordo lateral é formado pelo
tubérculo do osso escafóide e pelo tubérculo do trapézio. O sulco cárpico é convertido num túnel cárpico osteofibroso por uma
membrana fibrosa inserida às margens ósseas lateral e medial.
V – MÃO E DEDOS DA MÃO
1 - Metacarpo
O metacarpo é um conjunto de cinco ossos metacarpianos convencionalmente numerados de 1 a 5, de lateral
(correspondente ao dedo polegar) para medial.
São ossos longos em miniatura, cada um possui duas extremidades arredondadas, uma proximal e outra distal e um corpo
cilíndrico entre elas. A extremidade proximal de cada osso metacarpiano articula com a fileira distal dos ossos do carpo e com os
metacarpianos vizinhos, exceptuando o primeiro osso metacarpiano que está isolado. A extremidade distal de cada osso metacarpiano
articulam com a falange proximal do dedo correspondente.
2 - Falanges
As falanges são minúsculos ossos longos que constituem o esqueleto dos dedos. Cada dedo tem três falanges, excepto o
polegar que tem apenas duas: a falange proximal, a falange média e a falange distal. Cada falange tem uma extremidade proximal,
uma extremidade distal e um corpo entre elas. Cada falange proximal articula pela extremidade proximal com a extremidade distal do
respectivo osso metacarpiano, a extremidade distal articula com a extremidade proximal da falange média, cuja extremidade distal
articula com a extremidade proximal da falange distal.
Bibliografia:
1
- Williams PL, Warwick R. Gray’s Anatomy. 38th
Edition. Edinburgh: Churchill Livingstone; 1995. p. 613 - 662.
2 - Netter FH. Atlas de Anatomia Humana. Segunda Edición. East Hanover. Novartis; 1999.
SISTEMA OSTEO – ARTICULAR VI
ESQUELETO APENDICULAR: MEMBRO INFERIOR
SUMÁRIO
1 – Pelve óssea ou esquelética: ossos ilíacos, sacro, cóccix. Pelve maior e pelve menor. Promontório sagrado e linha terminal.
Incisuras ciáticas. Ligamentos sacrotuberoso e sacroespinhoso. Buracos ciático maior e menor.
2 – Osso ilíaco
•
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•
•
•
Íleo. Crista ilíaca. Faces glútea, ilíaca e sacropélvica. Linha arqueada. Faceta articular para o sacro. Bordo anterior com
espinhas ilíacas ântero-superior e ântero-inferior. Bordo posterior com espinhas ilíacas póstero-superior e póstero-inferior.
Grande incisura ciática.
Púbis. Corpo. Crista púbica. Sínfise púbica. Ramo superior do púbis. Linha pectínea. Ramo inferior do púbis.
Ísquio. Corpo do ísqueo. Tuberosidade isquiática. Espinha isquiática. Ramo do ísqueo. Ângulo subpúbico.
Acetábulo com faceta semilunar
Buraco obturado
3 - Fémur
•
•
•
Extremidade proximal. Cabeça do fémur. Colo do fémur. Trocanter maior, Trocanter menor, Linha intertrocanteriana. Crista
intertrocanteriana.
Corpo. Faces anterior, medial e lateral. Linha áspera. Face poplítea.
Extremidade distal. Côndilos medial e lateral. Face articular: faces rotuliana e tibial. Fossa intercondiliana. Epicôndilos medial
e lateral.
4 - Rótula
5 - Tíbia
•
•
•
Extremidade proximal. Côndilos medial e lateral. Área intercondiliana. Eminência intercondiliana. Faceta peronial.
Tuberosidade da tíbia.
Corpo. Bordo interósseo. Faces medial, lateral e posterior
Extremidade inferior. Maléolo medial. Incisura peronial. Face articular.
6 - Perónio
•
•
•
Extremidade proximal. Faceta articular para a tíbia.
Corpo. Bordo interósseo. Faces medial, lateral e posterior.
Extremidade distal. Maléolo lateral
7 – Tarso: Calcâneo com face articular para o astrágalo. Astrágalo com faceta articular (tróclea). Cubóide. Cuneiforme lateral.
Cuneiforme intermédio. Cuneiforme medial. Navicular.
8 – Metatarso: cinco ossos metatarsianos
9 – Falanges proximal, média e distal.
Bibliografia:
1
- Williams PL, Warwick R. Gray’s Anatomy. 38th
Edition. Edinburgh: Churchill Livingstone; 1995. p. 662 - 736.
2 - Netter FH. Atlas de Anatomia Humana. Segunda Edición. East Hanover. Novartis; 1999.
3 – Scott JR, DiSaia PJ, Hammond CB, Spellacy WN. Danforth`s Obstetrics & Gynecology. 8th Edition. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 1999.
SISTEMA OSTEO – ARTICULAR VI
ESQUELETO APENDICULAR: O MEMBRO INFERIOR
I - PELVE ÒSSEA
1 – Osso Ilíaco
O osso ilíaco ou osso coxal tem forma irregular, com uma constrição no seu centro e expandido em cima e em baixo. A
sua superfície lateral, na zona de constrição, apresenta uma profunda escavação denominada acetábulo onde articula com a cabeça
do fémur. Abaixo e à frente do acetábulo há um grande orifício, o buraco obturado. Acima do acetábulo o osso forma uma placa larga
e expandida em forma de leque, com um longo bordo superior designado crista ilíaca.
Os dois ossos ilíacos articulam um com o outro, anteriormente na linha média, para formarem a pelve óssea. Cada osso
ilíaco é constituído por três partes: o íleo, o ísquio e o púbis. A união destas três partes de osso tem lugar no acetábulo.
1.1 – Íleo
O íleo é a porção superior do osso ilíaco e tem duas extremidades e três superfícies. A extremidade inferior é a mais
estreita e forma a parte superior do acetábulo. A extremidade superior é expandida terminando num extenso bordo superior, a crista
ilíaca, para além dos bordos anterior e posterior. Apresenta ainda três faces: a glútea, a ilíaca e a sacropélvica.
A face glútea é a face lateral do íleo, ficando voltada para lateral e posterior. Está limitada em cima pela crista ilíaca, em
baixo pelo bordo superior do acetábulo, à frente pelo bordo anterior e atrás pelo bordo posterior. A face glútea está marcada por três
leves cristas: as linhas glúteas posterior, anterior e inferior.
A face ilíaca é a parte anterior e superior da face interna ou medial do íleo. É escavada, por isso designa-se por fossa
ilíaca e limitada em cima pela crista ilíaca, à frente pelo bordo anterior e atrás pelo bordo medial que a separa da face sacropélvica.
A face sacropélvica é a porção póstero-inferior da face interna ou medial do íleo, limitada atrás pelo bordo posterior, à
frente e em cima pelo bordo medial e em cima e atrás pela crista ilíaca. Está subdividida em três áreas: a tuberosidade ilíaca, situada
sob o segmento dorsal da crista ilíaca, a face auricular, imediatamente abaixo da tuberosidade ilíaca, que articula com a face lateral
do sacro e a face pélvica que está situada sob a face auricular e está separada da face ilíaca pela linha arqueada.
A crista ilíaca é o bordo superior do íleo apresentando convexidade para cima, suas extremidades anterior e
posterior projectam-se para formarem, respectivamente, as espinhas ilíacas ântero-superior e póstero-superior, das quais a
antero-superior é palpável através da pele, na extremidade lateral da prega inguinal. Morfologicamente a crista consiste num
segmento ventral mais longo (2/3 anteriores) e um segmento dorsal mais curto (1/3 posterior). O segmento ventral é delimitado
pelos lábios interno e externo que englobam uma zona intermédia, 5 centímetros atrás e acima da espinha ilíaca antero-superior,
aperece uma projecção no lábio externo que constitui o tubérculo da crista. O segmento dorsal é formado por duas superfícies
inclinadas separadas por uma crista bem marcada que termina na espinha ilíaca póstero-superior.
O bordo anterior do íleo dirige-se para baixo desde a espinha ilíaca ântero-superior até ao acetábulo, é
anteriormente côncavo em cima, em baixo forma uma projecção designada espinha ilíaca ântero-inferior, situada logo acima da
parte anterior do acetábulo.
O bordo posterior começa na espinha ilíaca póstero-superior, dirige-se para baixo e para a frente, formando uma
pequena incisura com concavidade posterior, da extremidade inferior desta incisura projecta-se para baixo e para trás formando a
espinha ilíaca póstero-inferior, de seguida dirige-se para diante e depois para baixo e para trás para se continuar com o bordo
posterior do ísquio. Deste modo forma uma profunda incisura de concavidade posterior, a grande incisura ciática ou isquiática.
O bordo medial separa a face ilíaca da face sacropélvica e continua para diante e para baixo para formar a linha
arqueada, cuja continuação anterior desemboca na eminência ileopúbica, uma elevação que marca a união entre íleo e púbis.
1.2 - Púbis
O púbis é a porção anterior e inferior do osso ilíaco articulando no plano mediano com o púbis do osso ilíaco lado
oposto através da sínfise púbica. É constituído por um corpo colocado ânteromedialmente de onde partem dois ramos, o ramo
posterior que se projecta para cima e para trás e um ramo inferior que se dirige para trás e para baixo.
O corpo do púbis tem uma face anterior voltada para baixo e para a frente, uma face posterior voltada para trás e
para cima e uma face sinfisiária que vai formar a sínfise púbica. O corpo tem ainda um bordo superior, a crista púbica com
uma extremidade lateral arredondada, o tubérculo púbico.
O ramo superior do púbis parte da porção superior e lateral do corpo e dirige-se para trás, para cima e
lateralmente, por cima do buraco obturado, para alcançar o acetábulo. É triangular em secção tendo três faces e três bordos. O
bordo mais anterior designa-se crista obturadora. O bordo póstero-superior constitui a linha pectínea que continua no corpo do
púbis como crista púbica. O bordo inferior situa-se póstero-inferiormente. A face pectínea está voltada para diante e para cima
estendendo-se do tubérculo púbico até à eminência iliopúbica, limitada anteriormente pela crista obturadora e posteriormente
pela linha pectínea. A face pélvica está voltada para trás e para cima, limitada em cima pela linha pectínea e em baixo pelo
bordo inferior. A face obturadora está voltada para baixo e para trás e é limitada à frente pela crista obturadora e atrás pelo bordo
inferior. O ramo inferior do púbis parte da porção inferior e lateral do corpo e dirige-se para trás, para baixo e lateralmente para
se unir com o ramo do ísquio no lado medial do buraco obturado. A face anterior ou externa é contínua em cima com a face
anterior do corpo do púbis, limitada lateralmente pela margem do buraco obturado e medialmente pelo bordo anterior. A face
posterior ou interna é contínua em cima com a face posterior do corpo.
1.3 - Ísquio
O ísquio é a parte mais posterior e inferior do osso ilíaco e tem um corpo e um ramo.
O corpo tem extremidades superior e inferior e faces femural, dorsal e pélvica. A extremidade superior do corpo
do ísquio forma a porção inferior e posterior do acetábulo. A extremidade inferior dá origem ao ramo. O bordo posterior do
corpo do ísquio é a continuação distal do bordo posterior do íleo, a partir da grande incisura ciática. Este bordo tem uma projecção
posterior, a espinha isquiática, abaixo da qual o bordo delimita uma pequena concavidade para posterior designada, pequena
incisura ciática ou isquiática. A face femoral do corpo do ísquio está voltada para baixo, para a frente e lateralmente, limitada à
frente pela margem do buraco obturado. A face dorsal do corpo do ísquio está voltada para trás, para cima e lateralmente, em
cima continua-se com a face glútea do íleo e em baixo a face é marcada pela porção superior da tuberosidade isquiática. A face
pélvica é a face interna do corpo do ísquio, voltada para a cavidade pélvica.
O ramo do ísquio tem faces anterior e posterior que se continuam com as correspondentes faces do ramo inferior
do púbis, a face anterior está voltada para diante e para baixo e a face posterior está voltada para trás e para cima. O bordo
superior ajuda a formar o buraco obturado e o bordo inferior é livre e junto com o bordo medial do ramo inferior do púbis forma o
limite lateral do ângulo subpúbico.
1.4 - Acetábulo
É uma cavidade em forma de meia esfera situada na face lateral do osso ilíaco, próximo do seu centro. Está rodeado
por uma margem, com uma falha em baixo que constitui a incisura acetabular. O soalho da cavidade não é articular e designase fossa acetabular. Os lados da cavidade constituem uma superfície articular, a faceta semilunar. É nesta faixa em forma de
ferradura que a cabeça do fémur se move dentro da articulação da anca.
1.5 – Buraco obturado
É uma grande fenda no osso ilíaco, abaixo e ligeiramente à frente do acetábulo, entre o púbis e o ísquio. Está limitado
em cima pela face obturadora do ramo superior do púbis, medialmente pelo corpo e ramo inferior do púbis e, em baixo pelo ramo
do ísquio e lateralmente pelo bordo anterior do corpo do ísquio. O buraco é obturado por uma membrana fibrosa, a membrana
obturadora que se insere nas suas margens excepto em cima onde há comunicação entre a pelve e a coxa.
3 – Pelve Esquelética ou Óssea
É o anel formado pelos dois ossos ilíacos anterolateralmente, articulados entre si anteriormente, na linha mediana e o
sacro e cóccix posteromedialmente. A pelve esquelética é dividida, arbitrariamente em duas porções: a pelve maior e a pelve
menor, através de um plano oblíquo que passa no promontório sagrado atrás, e na linha terminal lateralmente e à frente. A linha
terminal é formada pela linha arqueada (a porção antero-inferior do bordo medial do íleo do osso ilíaco), a linha pectínea (o bordo
superior do ramo do púbis) e a crista do púbis (o bordo superior do corpo do púbis).
A pelve maior é constituída pela porção expandida, o íleo de cada um dos ossos ilíacos, acima da linha terminal e da
base do sacro. A pelve maior é componente esquelético que faz parte da cavidade abdominal.
A pelve menor delimita uma verdadeira bacia, quando os tecidos moles do soalho pélvico ocupam o seu lugar.
Anatomicamente é a continução caudal e mais estreita da pelve maior, formando um anel completo, embora com paredes
irregulares e, obviamente, de grande importância em obstetrícia. Sendo um anel esquelético, apresenta orifícios superior e
inferior, respectivamente, a abertura pélvica superior ou estreito superior, normalmente ocupada pels vísceras e a abertura
pélvica inferior ou estreito inferior, em grande parte obliterada pelos músculos do soalho pélvico.
A abertura pélvica superior ou estreito superior da pelve menor, tem contorno oval, o seu limite, designado orla
pélvica engloba o promontório sagrado posteriormente e a linha terminal de cada lado. Pela sua importância obstétrica, são
definidos diâmetros. O diâmetro antero-posterior ou verdadeiro conjugado, entre o ponto médio do promontório sagrado e o
bordo superior da sínfise púbica, não pode ser avaliado clinicamente, mas pode ser estimado a partir do conjugado diagonal,
entre o ponto médio do promontório sagrado e o bordo inferior da sínfise púbica. O verdadeiro conjugado tem menos 1,5 a 2
centímetros do que o conjugado diagonal. O diâmetro transverso é a distância máxima entre pontos similares em lados opostos
da orla pélvica. O diâmetro oblíquo é medido desde a eminência ileopúbica à articulação sacro-ilíaca do lado oposto.
A abertura pélvica inferior ou estreito inferior, é um perímetro formado por três arcos: o anterior ou arco púbico,
entre os ramos isquiopúbicos convergentes e um arco lateral ou incisura ciática, de cada lado, entre o sacro e o cóccix
posteriormente e a tuberosidade do ísquio lateralmente. Cada incisura ciática é dividida pelos ligamentos sacrotuberoso e
sacroespinhoso em dois buracos: o buraco ciático maior e o buraco ciático menor. Tendo em conta estes ligamentos, a abertura
pélvica inferior é rombóide, limitada anteriormente pelos ramos isquiopúbicos e posteriormente pelos ligamentos sacrotuberosos
com o cóccix no meio. Apresenta o diâmetro ânteroposterior entre o ápice do cóccix (entre o ápice do sacro, do ponto de vista
obstétrico) e o bordo inferior da sínfise púbica, o diâmetro transverso ou bituberoso entre as tuberosidades isquiáticas e o
diâmetro oblíquo, do ponto médio do ligamento sacrotuberoso de um lado à junção isquiopúbica do lado oposto.
A cavidade da pelve menor está limitada pelo corpo e ramos do púbis à frente, pelas faces pélvicas, côncavas do
sacro e cóccix, posteriormente e, de cada lado, é formada pelas faces pélvicas do íleo e do ísquio. O plano de menor dimensão
da cavidade pélvica passa pelas espinhas isquiáticas.
II - COXA
1 – Fémur
É o osso mais longo e mais forte do corpo humano. Como qualquer osso longo tem um corpo cilíndrico e duas
extremidades ou epífises, a proximal e a distal.
A extremidade proximal do fémur apresenta a cabeça do fémur que tem forma de meia esfera dirigida para cima,
medialmente e ligeiramente para a frente para articular com o acetábulo do osso ilíaco, formando a articulação da anca. A
superfície articular é lisa e tem no seu centro a fosseta da cabeça do fémur para o ligamento da cabeça. A cabeça liga-se ao
corpo do fémur, através de uma porção mais estreita designada colo do fémur. O trocânter maior é uma projecção grande e
quadrangular da porção superior e lateral da junção entre colo e corpo. O trocânter menor é uma projecção cónica dirigida para
trás, situada na porção inferior e medial da junção entre colo e corpo. Entre os dois trocanteres está a linha intertrocanteriana na
face anterior da extremidade proximal do fémur e a crista intertrocanteriana na face posterior da mesma.
O terço médio do corpo do fémur é triangular em secção transversal, com três bordos: posterior, medial e lateral e
três faces: lateral, medial e anterior. O bordo posterior é formado por uma crista rugosa, a linha áspera, colocada
longitudinalmente ao longo do corpo do fémur quando observado numa visão posterior. A face lateral está dirigida para trás e
lateralmente e está limitada à frente pelo bordo lateral e atrás pelo bordo posterior. A face anterior está colocada entre os bordos
medial e lateral. A face medial está dirigida para trás e medialmente limitada à frente pelo bordo medial e atrás pelo bordo
posterior. Proximalmente, a linha áspera bifurca em duas linhas, a medial é designada linha espiral e a lateral é designada
tuberosidade glútea. Desta forma, o terço superior do corpo do fémur apresenta uma quarta face, a face posterior, entre a linha
espiral e a tuberosidade glútea. Distalmente, a linha áspera também bifurca dando origem às linhas supracondilianas medial e
lateral, assim, o terço inferior do corpo do fémur possui também uma quarta face, a face posterior ou face poplítea do fémur,
colocada entre a e as linhas supracondilianas lateral e medial.
A extremidade distal do fémur consiste em duas massas ósseas, projectadas para baixo, constituindo os côndilos
medial e lateral do fémur, apresentando a superfície convexa, articular. Anteriormente os dois côndilos estão unidos pela face
rotuliana e atrás estão separados pela fossa intercondiliana. O ponto mais proeminente da porção lateral do côndilo lateral
constitui o epicondilo lateral eponto mais proeminente da face medial do côndilo medial constitui o epicondilo medial.
2 - Rótula
É um pequeno osso, classificado como sesamóide, colocado à frente da articulação do joelho embebido no tendão
do músculo quadricípite femural. É um osso achatado com faces anterior e posterior, três bordos e um ápice. A face posterior
apresenta na porção superior uma área oval, articular dividida em duas facetas por uma crista vertical. Esta área articular fica em
contacto com a face rotuliana do fémur. O ápice da rótula fica dirigido para baixo.
PERNA
1 – Tíbia
A tíbia é o osso medial e o mais forte da perna. O seu corpo é prismático em secção e tem extremidades proximal e
distal expandidas. A extremidade inferior é consideravelmente menor que a extremidade superior.
A extremidade proximal é expandida particularmente no eixo transverso e compreende duas massas ósseas
proeminentes, o côndilo medial e o côndilo lateral, para além de uma projecção mais pequena, a tuberosidade tibial. Os
côndilos projectam-se para cima, cada um deles apresenta uma superfície superior articular e ligeiramente côncava e estão
separados entre si pela área intercondiliana. O côndilo lateral tem na sua face lateral a faceta peronial voltada para trás e para
baixo, para articular com a extremidade proximal do perónio. A superfície superior do côndilo lateral está revestida por uma faceta
articular, quase circular com uma escavação central para o côndilo lateral do fémur e o seu bordo medial estende-se para cima
cobrindo uma elevação, o tubérculo intercondiliano lateral. O côndilo medial tem uma superfície superior articular oval e
côncava, cujo bordo lateral se projecta para cima para cobrir uma elevação designada tubérculo intercondiliano medial. A área
intercondiliana é uma superfície rugosa entre os dois côndilos da tíbia. É mais estreita no centro onde recebe o nome de
eminência intercondiliana. As porções medial e lateral da eminência projectam-se para cima formando os tubérculos
intercondilianos medial e lateral, respectivamente. Da face anterior da extremidade proximal da tíbia projecta-se para diante uma
rugosidade, designada tuberosidade da tíbia.
O corpo da tíbia é triangular em secção possuindo faces medial, lateral e posterior e bordos anterior, interósseo
e medial. O bordo anterior começa na tuberosidade da tíbia e dirige-se para baixo e para medial até ao maléolo medial. O bordo
medial começa abaixo do côndilo medial e dirige-se para baixo para atingir o maléolo medial posteriormente. O bordo interósseo
começa abaixo da faceta peronial e dirige-se para baixo para atingir o bordo anterior da incisura peronial da extremidade distal. A
face medial está entre os bordos medial e anterior. A face lateral está entre os bordos anterior e interósseo. A face posterior está
atrás entre os bordos medial e interósseo.
A extremidade distal é ligeiramente expandida e projecta-se medialmente para baixo para formar o maléolo
medial. A face anterior é lisa e continua-se em cima com a face lateral do corpo. A face medial continua-se em cima com a face
medial do corpo e em baixo com a face medial do maléolo. A face posterior continua-se em cima com a face posterior do corpo e
é sulcada. A face lateral apresenta a incisura peronial onde encaixa o perónio. A face inferior é lisa para articular com o tarso. O
maléolo medial é uma projecção para baixo da porção medial da extremidade inferior e tem uma faceta articular inferiormente.
2 – Perónio
É o osso lateral da perna e é mais fino que a tíbia. Possui uma extremidade proximal ou cabeça, um corpo e uma
extremidade distal ou maléolo lateral.
A extremidade proximal apresenta-se ligeiramente expandida, constituindo a cabeça do perónio com uma faceta
articular que articula com a face inferior do côndilo lateral da tíbia.
O corpo do perónio possui três bordos e três faces. O bordo anterior começa na face anterior da cabeça e dirigese para baixo para alcançar a porção logo acima do maléolo lateral. O bordo interósseo situa-se medialmente ao bordo anterior,
estando estes dois bordos muito próximos na porção superior do corpo. O bordo posterior dirige-se para baixo até ao maléolo
lateral, a partir da face posterior da cabeça. A face lateral é limitada pelos bordos anterior e posterior. A face medial é limitada
pelos bordos anterior e interósseo. A face posterior está colocada entre os bordos interósseo e posterior.
A extremidade distal projecta-se para baixo constituindo o maléolo lateral, cuja face medial tem uma faceta
articular que articula com a face lateral do astrágalo.
PÉ
1 – Tarso
Os sete ossos do tarso constituem a metade posterior do esqueleto do pé. A fileira proximal é constituída pelo
astrágalo e o calcâneo. A fileira distal contém quatro ossos responsáveis pela formação de um arco transverso, dorsalmente
convexo, de medial para lateral colocam-se os seguintes ossos: o cuneiforme medial, o cuneiforme intermédio, o cuneiforme
lateral, o cubóide. Medialmente o osso navicular interpõe-se entre a face distal do astrágalo e as faces proximais dos três ossos
cuneiformes. Lateralmente a face distal do calcâneo articula directamente com a face proximal do cubóide.
O astrágalo situa-se acima do calcâneo dirigindo-se para a frente e medialmente. Sua face plantar articula com as
faces dorsal e medial do calcâneo. Sua face distal articula com o osso navicular. A face dorsal apresenta uma grande superfície
articular, a tróclea do astrágalo que articula com a face inferior da extremidade distal da tíbia, face lateral do maléolo medial (tíbia)
e a face medial do maléolo lateral (perónio). As faces medial e lateral articulam, respectivamente, com os maléolos medial e
lateral.
O calcâneo tem uma grande projecção posterior para formar o calcanhar. Sua face dorsal tem três facetas
articulares para o astrágalo e destas a média continua-se na face medial do calcâneo. A face anterior ou distal articula com o osso
cubóide. Um sulco na face dorsal do calcâneo juntamente com um sulco na face plantar do astrágalo formam um canal, o seio do
tarso.
2 - Metatarso
O metatarso é constituído por cinco ossos metatarsianos numerados de 1 a 5 de medial para lateral. Cada osso tem
uma extremidade proximal, ou posterior, ou base com facetas tarsianas para articularem com a fileira distal do tarso e facetas
metatarsianas para articularem com os ossos metatarsianos adjacentes.
3 – Falanges do Pé
Há duas falanges (proximal e distal) no hálux ou grande dedo do pé e três falanges (proximal, média e distal) em cada
um dos outros dedos do pé.
Bibliografia:
1
- Williams PL, Warwick R. Gray’s Anatomy. 38th
Edition. Edinburgh: Churchill Livingstone; 1995. p. 662 - 736.
2 - Netter FH. Atlas de Anatomia Humana. Segunda Edición. East Hanover. Novartis; 1999.
3 – Scott JR, DiSaia PJ, Hammond CB, Spellacy WN. Danforth`s Obstetrics & Gynecology. 8th Edition. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 1999.
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