literatura de melão de são caetano

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LITERATURA DE MELÃO DE SÃO CAETANO
Nome Científico: Momordica charantia L.
Sinônimos Científicos: Curcumis argyi H. Lev., Momordica chinensis Spreng,
Momordica elegans Salisb., Momordica indica L., Momordica sinensis Spreng, Sicyos
fauriei H. Lév.
Nomes Populares: Melão-de-são-caetano, erva-das-lavadeiras, erva-de-lavadeira,
erva-de-são-caetano, erva-de-são-vicente, fruto-de-cobra, fruto-de-negro, melãode-são-vicente, melãozinho, fruta-de-sabia.
Família Botânica: Cucurbitaceae
Parte Utilizada: Parte Aérea, folhas e ramos
Descrição:
Os nomes botânicos de Momordica charantia L. e Momordica charantia var. máxima
Williams & Bg. Constam de publicação da Universidade de Melbourne, na Austrália,
para designar as duas formas mais frequentes desta espécie caracterizadas pelo
tamanho dos frutos. Os frutos da variedade máxima medem cerca de 20cm de
comprimento por 5cm de diâmetro, sendo a variedade mais comum nos países
asiáticos onde recebem as denominações de ampalaya, karela, pepino-chinês,
bitter melon, entre outras. Seus frutos já se encontram a venda no mercado de
hortigranjeiros de São Paulo depois da recente introdução da planta no Brasil. Os
frutos da variedade typica medem cerca de 5cm por 3cm, sendo a forma mais
frequentes na América do Sul, onde é designada pelos nomes populares de melãode-são-caetano no Brasil e cundeamor nos países de língua castelhana. A forma
típica é uma trepadeira anual e subespontânea, com caule muito longo e fino, de
folhas recortadas com 5 a 7 lóbulos denteados, de 4 e 7 cm de comprimento, com
flores solitárias de corola amarelo-clara, em ambas as formas os frutos são
pendentes do tipo cápsula deiscente, cujas sementes são envolvidas por um arilo
vermelho-vivo, mucilaginoso e adocicado.
O nome latin Momordica significa “mordida”, referindo-se às bordas da folha que
parecem que foram mordidas. É uma planta revolucionária pela sua versatilidade
como alimento e em aplicações terapêuticas.
Naturell Indústria e Comércio Ltda.
Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição
CEP: 09991 000 - Diadema – SP
LITERATURA DE MELÃO DE SÃO CAETANO
Constituintes
Químicos
Principais:
Momordicinas,
momordicina
II,
momordicosídeos, licopeno, charantina, vicina, p-p-insulina, triterpenos, proteínas,
esteroides, alcaloides, charina, criptoxantina, cucurbitinas, cucurbitacinas,
cucurbitanos, cicloartenóis, diosgenina, ácido elaeosteárico, eritrodiol, ácido
galacturônico, ácido hidroxitriptaminas, karounidiols, lanosterol, ácido láurico, ácido
linoleico, ácido linolênico, momorcharasideos, momorcharinas, momordenol,
momordolo, multiflorenol, ácido miristico, nerolidol, ácido oleanólico, ácido oleico,
ácido oxálico, pentadecanos, peptídeos, ácido petroselínico, polipeptídeos,
proteínas,
proteína
ribosoma-inativador,
ácido
rosmarínico,
rubixantina,
espinasterol, glicosídeo esteroidal, estigmasta-diols, estigmasterol, taraxerol,
trehalose, inibidor tripsina, uracil, vacina, v-insulina, verbascosídeo, zeatina,
zeatina ribosídeo, zeaxantina, zeinoxantina.
Indicação e Usos:
A literatura etnofarmacológica brasileira registra o emprego de suas folhas no
tratamento caseiro de verminose, hemorroidas inflamadas e diarreias simples ou
sanguinolentas, por via oral e aplicação da ramagem verde batida com água, no
banho, para eliminar carrapatos de animais domésticos e afungentar as pulgas,
bem como misturada com água e sabão para lavagem de roupa no meio rural. A
planta asiática tem sido intensamente estudada em seus países de origem com
sucesso quanto às suas propriedades como antidiabético, antitumoral pelas
momordicinas e os momordicosídios e antiviral para AIDS pela tricosantina,
substância proteica inibidora da replicação do vírus. Em contraposição, a
composição química e propriedades farmacológicas da variedade sulamericana têm
sido pouco estudadas no Brasil, embora já tenha sido evidenciada a presença de
momordicina II na forma típica. As duas podem ser distinguidas pela natureza
química de suas lectinas. O amplo emprego desta planta na medicina popular e as
numerosas informações científicas sobre a variedade asiática são motivos para que
sejam desenvolvidos estudos da variedade brasileira.
O fruto imaturo do melão amargo é valorizado pelo seu sabor amargo, é
geralmente consumido fresco (inteiro ou em fatias), mas pode também ser feito
como pickles, conservado em salmoura. São embalados em caixas com 5
quilogramas do produto e vendidos em Melbourne e em Sydney como uma planta
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medicinal. Os frutos possuem sementes vermelhas brilhantes devido a um índice
elevado de licopeno que pode ser usado como corante natural em alimentos. Por
muito tempo foi utilizado na medicina tradicional para muitos tratamentos.
Recentemente, muitos fitoquímicos foram identificados e demonstrados
clinicamente, apresentando várias atividades medicinais tais como antibiótico,
antimutagênico, antioxidante, antileucêmico, antiviral, anti-diabético, antitumor,
aperitivo,
afrodisíaco,
adstringente,
carminativo,
citotoxico,
depurativo,
hipotensivo, hipoglicêmico, imuno-modulador, inseticida, lactagogo, laxativo,
purgativo, refrigerante, estomáquico, tônico, vermífugo.
Estocagem e validade:
Deve ser estocado hermeticamente fechado, ao abrigo da luz solar direta e do
calor. Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.


Poderá ocorrer formação de precipitado e/ou turbidez durante a estocagem,
sem alterar as propriedades.
Alterações da cor são esperadas por modificações dos compostos coloridos
das plantas.
Toxicidade:
Estudos clínicos “in vivo” tem demonstrado existir uma relativa baixa toxicidade de
todas as partes do melão-de-são-caetano quando ingeridos oralmente. Entretanto,
toxicidade e morte de animais têm sido demonstradas em laboratórios quando os
extratos são injetados via intravenosa, como o fruto e a semente demonstrando
grande toxicidade comparada com as folhas e as partes aéreas da planta.
Contraindicações: É contraindicado para gestantes, lactantes e crianças. As
sementes contém compostos tóxicos, não devem ser ingeridas em grandes
quantidades.
Revisão de Interação: Nenhuma interação foi encontrada.
Referências Bibliográficas:
1. LORENZI, Harri; ABREU MATOS, F.J. Plantas Medicinais no Brasil
Nativas e Exóticas. Instituto Plantarum, 2ª Edição, Nova Odessa – SP Brasil, 2008.
2. MELÃO
DE
SÃO
CAETANO.
Disponível
em:
<http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Momordica_charanti
a.htm>
3. RIGOTTI, M.. Melão-de-são-caetano (momordica charantia L.) uma planta
com potencial para a economia agrária e saúde alternativa. Disponível em:
<http://www.esalq.usp.br/siesalq/pm/melaosaocaetano_rigotti.pdf>
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