54º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 54º Congresso Brasileiro de Genética • 16 a 19 de setembro de 2008 Bahia Othon Palace Hotel • Salvador • BA • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2 Fatores sócio-demográficos e freqüência de micronúcleos Alvarengo, MC; Acosta, IB, Garcias, GL1; Martino-Roth, MG1 Laboratório de Genética, Centro de Ciências da Vida e da Saúde, Universidade Católica de Pelotas, Pelotas, RS [email protected] Palavras-chave: micronúcleos, fatores sócio-demográficos, anomalias nucleares, fumo, álcool, idade A saúde dos indivíduos é influenciada por fatores s como idade, sexo, hábito alcoólico, fumo, hereditário e ambiental, nas quais ele vive. Populações que vivem em centros industrializados são expostas intensivamente a substâncias químicas que podem causar mutações, câncer e defeitos congênitos. No sexo feminino têm sido verificadas mais alterações celulares de que no sexo masculino, assim como se acredita que o aumento da idade esteja relacionado com uma freqüência maior das células com micronúcleos. Neste trabalho avaliaram-se indivíduos sem exposição ocupacional a agentes genotóxico, e a influência dos fatores sócio-demográficos na freqüência de alterações celulares. Observou-se uma amostra de 227 trabalhadores não expostos sendo que 93 indivíduos do sexo feminino e 134 do sexo masculino, residentes na cidade de Pelotas, RS. Foram coletadas células da mucosa oral de cada trabalhador. O material coletado foi fixado, centrifugado e corado com Shiff-fast-green. A análise foi realizada em microscópico ótico com 1.000 vezes de aumento e avaliadas 2.000 células de cada indivíduo. Os dados foram armazenados no programa SPSS “for Windows”, versão 10.0 e analisados pelo teste de Mann-Whitney U com probabilidade de 5%. Avaliaram-se o número de células com micronúcleos (CMN), binucleadas (CBN), núcleos ligados (CNL) e o total de anomalias (TA). O fumo e o hábito de beber álcool não aumentaram as anomalias nucleares. Entre os fumantes, o hábito de beber não influenciou os resultados. A idade dos indivíduos analisados foi classificada em faixas 1 (de 15 a 30 anos), 2 (de 31 a 50 anos) e faixa 3 (de 51 a 74). Observou-se que os indivíduos da faixa 3 apresentaram menos CNL do que a faixa 1.(p=0,003). O tempo de trabalho também foi dividido em faixas 1(de 0 a 10 anos), 2 (de 11 a 25 anos) e faixa 3 (de 26 a 50 anos). Detectou-se que a faixa 1 apresentou mais CNL do que a faixa 2 (p=0,036), que a faixa 3 apresentou mais CBN do que a faixa 1 (p=0,021) e que a faixa 3 apresentou mais CBN do que a faixa 2 (p=0,033). Os fatores avaliados neste trabalho mostraram que a idade e o tempo de trabalho têm alterado as anomalias nucleares, detectando que os jovens estão se expondo mais do que os indivíduos mais velhos e que os demais fatores sócio-demográficos não alteraram as anomalias avaliadas neste trabalho. Apoio Financeiro: BIC-UCPEL. 39