Reestruturação

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AULA 6
GEOGRAFIA URBANA
Reestruturação
urbano
industrial
Indutor: Reestruturação produtiva em São Paulo:
Crescimento maior do INTERIOR (perda de peso relativo da metrópole no
crescimento industrial). Dados Valor de Produção Industrial (Fonte: Lencioni,
1994, p. 199)
Anos
RMSP
Interior
1970
70,7%
29,3%
1980
58,6%
41,3%
1985
56,5%
43,5%
Lencioni (1994):
• Industrialização do interior é próxima da Grande SP (150 km raio)
• Desconcentração industrial que reforça a expansão da metrópole (sob nova
forma: fragmentada, difusa, descontínua).
• Reforço do poder da metrópole: decisão e controle do processo de
valorização do capital estão ainda concentrados.
Baixada Santista, Vale Paraíba, Campinas, Sorocaba, Rio Claro e Piracicaba
(MACROMETROPOLE PAULISTA)
Def. institucional de Macrometrópole (Emplasa): formada por 3 regiões metropolitanas
e 2 aglomerados urbanos (Jundiaí e Piracicaba)
Outras questões importantes:
Município de São Paulo: desindustrialização é relativa a
fragmentos (Mooca, Água Branca, Ipiranga)
Industrialização ainda é importante na metrópole de São Paulo.
Ex: setor automobilístico e químico no ABC.
PIB Municipal (Indústria) – 2009:
1) São Paulo: 66,8 bilhões (17% do PIB total)
2) São Bernardo: 10 bilhões (34,6% do PIB total)
3) Campinas: 6 bilhões (19% do PIB total)
Induzido: mudanças no crescimento urbano (dados de população)
a) Desaceleração do crescimento NO CONJUNTO da metrópole
(médias são menores no tempo. As taxas dos municípios que
crescem mais também diminuem)
1960 p/ 1970: 20% (Diadema)
1970 p/ 1980: 18% (Embu)
1980 p/ 1990: 12% (Santana do Parnaíba )
1990 p/ 2000: 8% (Vargem Paulista )
2000 p/ 2010: 4% (Santana do Parnaíba )
Evolução da taxa de crescimento populacional na metrópole de SP (taxa anual
média na metrópole)
De 1960 para 1970:
5,44%
De 1970 para 1980:
4,46 %
De 1980 para 1991:
1,88%
De 1991 para 2000:
1,65%
De 2000 para 2010:
1,03%
DINÂMICA INTERNA (onde ainda há crescimento)
Dois tipos diferentes – Crescimento de população nos
municípios (FRANJA URBANA)
1) Tipo acontece nos municípios com as mais altas taxas
2000- 2010 ( entre 2 e 3%):
Santana do Parnaíba: 3,82%
Cotia: 3,05
Mairiporã: 3,02%
Vargem Paulista: 2,78%
Arujá: 2,38%
Fruto de processo duplo: expansão de condomínios
horizontais (generalização do fenômeno é mais atual) para
classes média e alta
E
Periferização dos mais pobres
2) Tipo acontece nos municípios com crescimento maior que
a média (entre 1 e 2%)
Cajamar: 2,36%
Taboão: 2,15%
Pirapora do Bom Jesus: 2,41%
Ferraz de Vasconcelos: 1,69%
Itaquaquecetuba: 1,66%
Mogi das Cruzes: 1,62%
Caieiras: 1,97%
Francisco Morato: 1,98%
Mesmo processo: periferização em função da expulsão pela
valorização imobiliária (peso do aluguel)
Crescimento maior da população nas franjas metropolitanas
Fonte: www.emplasa.sp.gov.br
Dinâmica urbana - Município de São Paulo: crescimento maior dos bairros mais
afastados e mais pobres. Aumento da pobreza urbana e migração constante.
Dados Censo 2010:
Crescimento maior na cidade de SP:
1) Mercado imobiliário elite: Morumbi, Vila Andrade
(Panambi)
2) Periferização: zonas norte (Jaraguá) e leste
(Guaianases e São Miguel)
3) Bairros centrais e antigos (áreas industriais): Vila
Leopoldina, Bom Retiro e Cambuci
Apesar disso: zona sul é ainda a maior concentração de população (os 5
maiores distritos em população somam 1,5 milhão de pessoas)
Grajaú, Jardim Ângela, Jardim São Luís, Cidade Ademar
Novas periferias mais distantes
Novas periferias mais distantes
Resultado: Tecido urbano fragmentado. Metrópole difusa e espraiada.
Tecido urbano – Lefebvre:
Estas palavras, o “tecido urbano”, não
designam, de maneira restrita, o domínio
edificado nas cidades, mas o conjunto das
manifestações do predomínio da cidades
sobre o campo. Nessa acepção, uma
segunda residência, uma rodovia, um
supermercado em pleno campo, fazem
parte do tecido urbano.
Revolução Urbana, p.17
Crescimento difuso nas franjas da metrópole.
Vargem Paulista – tecido urbano da metrópole. Chácaras de produção
agrícola convivendo com loteamentos espalhados pelo município.
Vargem Paulista. Rod. Raposo Tavares e os condomínios industriais com
incentivos municipais.
Tecido urbano fragmentado e
difuso na metrópole. Franja da
metrópole contem usos desiguais.
Tamboré 3, Santana do Parnaíba.
Loteamento para classes mais
abastadas.
Santana do Parnaíba dos pobres
(UIT Cidade São Pedro)
Tecido urbano fragmentado.
Itapecerica da Serra. Bairro Branca Flor: bairro popular.
Condomínio “fechado”
Mancha urbana compacta, extravasamento da zona sul de São Paulo.
Nova tendência urbanização
Mancha urbana com limites difusos e fragmentada nas bordas
F. Ascher (metápolis): ultrapassa a ideia de metrópole e contem
nova forma:
• metropolização como fenômeno que supera a metrópole
• Dinâmica metropolitana marcada pelas migrações pendulares:
Bacias de emprego X bacias de moradia
• Países centrais (Europa): tendência reforçada pelos transportes
coletivos rápidos (TGV)
• Crescimento: radio-concêntrico, linear ou por “metástase”
• Efeito túnel: espaços vazios gerados pela rede de transportes
rápidos (TGV ou aeroportos)
Bibliografia
Lencioni, S. Reestruturação urbano-industrial no estado de São
Paulo: a região da metrópole desconcentrada.
Ascher, F. Metapolis. Acerca do futuro das cidades
Lefebvre, H. Revolução urbana
Harvey, D. A condição pós moderna
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