SENTIDO DA FILOSOFIA NA FORMAÇÃO DO

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ISSN online: 2359 2893
SENTIDO DA FILOSOFIA NA FORMAÇÃO DO EDUCADOR
Maria José Albuquerque da Silva1
RESUMO: A filosofia é um conhecimento racional e interpretativo da realidade, referenciada na visão de
totalidade e na recusa às explicações preestabelecidas e especulativas do real. Sem negar sua contribuição
na formação política, moral e ética dos educadores como mediadores entre o conhecimento e os
educandos, o texto aborda a relação entre filosofia e educação a partir de autores como Marx e Engels
(1996), Chauí (2010), Aranha e Martins (2009), Saviani (2009) e Severino (2007), com o objetivo de
evidenciar sentidos, significados e conceitos fundamentais à formação humana crítico-reflexiva, por meio
da qual o homem se reconhece como ser histórico e cultural, um ser de pensamento e de ação com
interesse na transformação e emancipação.
Palavras-chave: Formação humana; Pensamento crítico-reflexivo; Emancipação.
ABSTRACT: The philosophy is a rational and interpretive knowledge of reality, referenced in the view
of all and refuses to preset and speculative explanations of reality. Without denyinghis contribution in
political, moral and ethicaleducatorsas mediatorsbetween knowledgeandthe learners, the paper examines
the relationshipbetween philosophyand educationfromauthors such asMarxandEngels(1996),
Chauí(2010), andSpiderMartins(2009), Saviani(2009) andSeverino(2007), aiming tohighlightsenses,
meaningsand conceptstocritical and reflectivehuman,wherebymanis recognizedas a historicalandcultural,
a
being
ofthought
and
actionwith
an
interest
intransformationand
emancipation.
Keywords: Human formation. Critical and reflective thinking. Emancipation.
A filosofia desde a Antiguidade Clássica
A influência da cultura e da filosofia grega no mundo ocidental, desde o seu
nascedouro por volta do fim do século VII a.C. e início do século VI a.C. até os dias
atuais é, sem dúvida, marcante e vigorosa, cuja força explicativa das relações sociais
continua latente. Pode-se dizer que esse legado surgiu quando alguns homens,
espantados e insatisfeitos com a realidade e movidos pelo desejo de saber,passaram a
indagar as explicações dadas pela tradição e pelas fontes de origem divina, que vão cada
vez mais perdendo sua força explicativa, sem conseguir convencer ou satisfazer aos que
ansiavam conhecer a verdade sobre o mundo pela via racional. Mas, quem eram estes
Doutora em Educação. Atualmente é Professora Adjunta na Faculdade de Educação (FACED) da
Universidade Federal do Ceará (UFC).
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homens que se iluminavam com a razão e buscavam o saber e o conhecimento sobre a
natureza e sociedade? Tendo em vista que os escravos (que representavam a maioria da
população), as mulheres, as crianças e os estrangeiros não detinham o direito de
participar e decidir sobre a vida social e política e o destino da cidade, tal tarefa
cabiaaos
pensadores
e filósofos
comohomens
livres
e cidadãos
da
pólis.
Estesbuscaramdescobrir as origens,o porquê das coisas, as finalidades da existência
natural e social.
Em meio às inúmeras perguntas- por que os seres nascem e morrem? Por que
tudo muda? Por que o que parecia uno se multiplica em tantos outros? Por que as coisas
se tornam opostas ao que eram? De onde vêm os seres e para onde vão? Por que tudo se
transforma?- os homensvão descobrindo que a verdade do mundoe dos humanos não era
algo secreto e misterioso, e que podia ser conhecida por todos através das operações
mentais de raciocínio. Os filósofos se dão conta, então, de que a verdadenão pertence a
ninguém, ela está diante de todos como algo a ser procurado e encontrado, sobretudo,
por aqueles quea desejarem, que tiverem olhos para vê-la e coragem para buscá-la.
(CHAUÍ, 2010)
Dessa forma, os homensdesejososde saber a verdade sobre a realidade são os
filósofos, cujas atividades investigativas serão desenvolvidas num mundo em que o
trabalho manual encontra-se separado do trabalho intelectual, e onde a atividade de
contemplação, de cultivoda mente e de atitude crítica e reflexiva diante do saberé
privilégio de uma minoria, em detrimento da grande maioria da população, praticamente
destituída de qualquer direito social e político. Osescravos, por exemplo, realizavam as
atividades manuaise eramexcluídosde quaisquer direitos, sejam civis, políticos ou
sociais, inclusive,o exercício da consciência crítica sobre a sua própriarealidade, até
porque isso poderia desencadear o questionamento do modelo social vigente – o sistema
escravista, o que nada agradaria aos governantes e poderososque se deleitavama se
apraziam no poder.Os filósofos, no entanto, podiam desfrutar odireito do livre pensar,
de refletir sobre a natureza e sobre a sociedade, de levantar indagações sobre a
existência natural e social, desde que isso, evidentemente, não colocasse em xeque a
ordem vigente.
É nesse contexto de reflexão e pensamento crítico que se dá a separação entre fé
também passa, gradativamente, a se perguntar sobre as leis que regulam as relações
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o mundo de modo racional. Ao se indagar sobre as leis que regem o Cosmos, ele
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e razão, entre consciência mítica e filosófica. Por este caminho, o homem quer entender
humanas e sociais, a vida na pólis. Assim, mais do que contemplar o Universo e mais do
que ouvir a verdade divina, o homem busca, por meio da filosofia, compreender o
mundo natural e social, e ambiciona interpretá-los, questioná-los (CHAUÍ, 2010).
Percebe-se, assim, que o ato de filosofar sempre se constituiuem atividade
“perigosa”, como bem ressaltam Aranha e Martins (2009), ainda que se revele como
atitude meramente teórica, abstrata, e mesmo quando o filosofar não possui um caráter
pragmático e utilitário, sem qualquer “pragmaticidade”, conforme expressão usada por
Severino (2007). Nos dias atuais, esse “perigo” continua vivo, pois a possibilidade de
desvelamento do real não é nada interessante para os que têm interesse emmanter a
realidade velada eprofundamente marcada pelas desigualdades e as injustiças sociais,
edemarcada pelas históricas lutas de classes entre ricos e pobres, dominantes e
dominados, possuidores e expropriados, proprietários e não proprietários, em cuja
situação de desvantagem se encontraas classes sociais desprovidas dos meios de
produção e dos bens materiais.
O pensamento crítico e reflexivo, portanto, não obstante os benefícios que
promove
àqueles
que
o
exercem
em
termos
de
esclarecimento
e
discernimento,trazconsequências ameaçadoras aos detentores do poder econômico,
político, social, cultural e ideológico. Controlar as mentes e as ações das classes
subalternas e dos pensadores que as defendemé, nesse sentido, garantia de manutenção
do status quo para as classes dirigentes. Assinalemos, para realçar o assunto, uma
passagem citada por Aranha e Martins (2009, p. 17): “sempre há os que ignoram os
filósofos. Mas, não é o caso dos ditadores: estes os fazem calar, pela censura, porque
bem sabem quanto eles ameaçam seu poder”.
É interessante notar que, mesmo tendo se passado mais de dois mil e quinhentos
anosmuita coisa permanece como antes, sobretudo, quando se constataa imperiosa
necessidade que as classes dominantes têm de assegurar o domínio sobre o corpo e a
consciência dos dominados, mantendo-os na condição de alienação e de subserviência
física e mental,cuja subjetividade e modo de atuação do sujeito sãoexplícitas e/ou
sutilmente “moldadas” de forma que aceitem resignadamente as privações materiais e
asvidas miseráveis que possuem como se fosse apenas umasina a cumprir por
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lógica, Marx e Engels (1996, p. 37) advertempara não perdermos o centro da questão,
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determinação divina, e não como resultado da produção da vida material. Sob essa
pois “não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a
consciência”.
Assim,se por um lado representougrande avanço o fato do homemnão mais se
satisfazercom as explicações sobrenaturais para as questões da vida material –o que o
tornava prisioneiro de um destino traçado por forças divinas -,e, ao se descobrir como
um ser de razão ousa buscarse libertar dos grilhões das superstições e do medo e se
propõe a construir seu próprio destino pela via racional e filosófica, por outro lado, essa
mesma possibilidade de reflexão crítica acaba se tornando restrita a uma pequena
parcela da população. Nesse sentido, atrajetória do pensamento crítico em sentido
universalcarrega um significadodialeticamente contraditório: ao mesmo tempo em que
pode ser reprimido também pode ser libertado. Isso significa que se somos capazes de
promover a repressão e a opressão, também podemos atuar no sentido de promover a
libertação, a emancipação humana.
Sob essa perspectiva, qual seria o sentido da filosofia? Dentre os muitos sentidos
atribuídos à filosofiapode-se dizer que essa forma de conhecimento ajuda a desmitificar
o mundo, a desvelá-lo na medida em que se assumea condição de pensar consciente e
intencionalmente sobre a realidade reflexivamente, detalhadamente, minuciosamente,
sistematicamente, até que se consiga compreender que não se deve aceitar “o destino
como sina” e a ele seconformar como parte de uma “verdade revelada por um ser
divino”. E, nesse movimento dialético da consciência, é possível avançar de uma
consciência de classe em-sià consciência de classe para-si, o que significasair da visão
fenomênica, aparente e individual do real para uma visão do real enquanto tal, como de
fato o é, numa dimensão de totalidade e numa perspectiva de conjunto e de coletividade.
Trata-se, pois, dedesnaturalizar a realidade material, e de descobrirmos que
somos agentes capazes de pensar a nossa própria existência. Ao entender o porquê das
coisas, ao compreendê-las melhor, ao interpretá-las, podemos nos colocar na posição de
sujeitos com capacidade de agir e transformar a realidade histórica e social, sem apelo
àsinterferências divinas e sobrenaturais. Esses são, pois, algunsdos sentidos e
significados que se pode atribuir à filosofia como forma de conhecimento do mundo
questão constitui o ponto de partida da filosofia, mas tal atitude não é habitual e nem
espontânea à existência humana. É justamente quando, no transcurso da vida normal,
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Saviani (2009) ao indagar “o que leva o homem a filosofar?”argumenta que tal
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pela via reflexiva, interpretativa e transformadora.
algo interfere no processo alterando a sequência normal da vida, que o homem se vê
obrigado a procurar descobrir o que é esse algo, que o autor (idem) denomina de
problema. Como objeto da filosofia, os problemas levam o homem a enfrentá-los, como
uma situação de impasse, como uma necessidade que se impõe objetivamente e é
assumida subjetivamente. E o autor (idem, p. 19) complementa:
O afrontamento, pelo homem, dos problemas que a realidade
apresenta eis aí o que é a filosofia. Isto significa, então, que a filosofia
não se caracteriza por um conteúdo específico, mas ela é,
fundamentalmente, uma atitude; uma atitude que o homem toma
perante a realidade. Ao desafio da realidade, representado pelo
problema, o homem responde com a reflexão.
Há que se destacarque a reflexão filosófica atende a três requisitos importantes:
a radicalidade (é preciso que se vá com profundidade até a raiz do problema), o rigor
(deve-se proceder segundo métodos determinados sistematicamente), e a visão de
conjunto (o problema não poder ser examinado parcialmente, mas a partir da totalidade,
relacionado a todos os aspectos e fatores envolvidos). (SAVIANI, 2009)
Luckesi (1994), por sua vez, afirma que a filosofia é uma força que sustenta, que
fundamenta um modo de agir. “É uma arma na luta pela vida e pela emancipação
humana”, acrescenta o autor (idem, p. 26).
É partindo de significados, sentidos e de conceitos oriundos do pensamento
clássico da Grécia, que podemos perceber que a filosofia é um campo de conhecimento
que se detém a refletir sobre a realidade buscando analisá-la criticamente e com
profundidade. Mas, de que forma tal reflexão influencia e traz implicações à formação
do educador? Veremos sobre isso a seguir.
A atitude filosófica do educador
Ao compararmos no Brasil os diversos períodos da sua trajetória histórica, desde
de mobilização política e social, embora isso se configure mais no âmbito dos discursos,
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momentos mais promissoresquanto ao direito à liberdade de pensamento, de expressão e
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os tempos coloniais até os dias atuais, podemos constatar que estamos vivendo
das garantias legais e constitucionais e menos nas ações concretas nos movimentos
sociais mais amplos.
Em face desse quadro, éevidente supor que a reflexão filosóficaconstitui parte
importantedas atividades e do trabalho de educadores como agentes formadores de
humanos, que ajudam a elaborar opiniões, contribuem para alicerçar valores e para o
desenvolvimento de atitudes e comportamentos em alunos e alunas ao longo de décadas
de exercício na profissão, atingindo, nesse percurso, um número bastante significativo
de pessoas, cujas ações e práticas serão difundidas na sociedade conforme o que
aprendem nas instituições educativas.
Não bastassem, no entanto,as nossas responsabilidades em relação à formação
humana para a vida social, cultural e política persiste questionamentos tais como: nós
educadores estamosnos ocupando, efetivamente, com o exercício livre e consciente de
pensar e refletir criticamente a realidade, de problematizá-la nesses tempos de crises e
incertezas sobre o sentido da vida e das condições de existência material? Estamos de
fato lançando mão da reflexão filosófica como um caminho rico de possibilidades para
despertar e fomentar o senso críticoem nossos alunos e alunas epropiciar a
conscientização das reais contradições e antagonismos de classes existentes que
perpassam a vida econômica, social, cultural, política e educacional atual? Em outras
palavras, temos a consciência suficientemente despertada e desenvolvida para
assumirmos o papel de multiplicadores da reflexão filosófica crítica?
Essas questões são instigantes e merecem uma análise que ofereçamais do
queuma resposta única, simplificada e individualizada da atividade educacional. É
necessário
que
encontremos
caminhos
para
uma
ação
coerente,
sistematizada,organizada e consistente, respaldada em conhecimentos que são essenciais
para um agir interativo, dialógico e solidário;e sustentado na noção de coletividade,
capaz de fundamentar o nosso percurso pedagógico, o nosso fazer como educadores
atuandode forma consciente e reflexivamente nos espaços escolares e não escolares.
Considerando que os sentidos e significados de nossas práticas dependem
dasconcepções e convicções que formulamos sobre o processo educativo e pedagógico,
que esse agir não se nutra apenasno pensar pelo pensar, mas quese paute, com
determinação e consciência de classe,no pensar para a ação coletiva, alcançando o real
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educação e de escola, para uma atuação comprometida com a mudança da realidade,
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é importante quetenhamos clareza e visão ampla de mundo, de sociedade, de homem, de
sentido da práxis humana como ação eminentemente transformadora, que transcende o
pensar pelo pensar e o agir pelo agir, que associaa teoria com a prática, com vistas a
combater a coisificação do homem e, ao mesmo tempo, construir uma sociedade
humanizada e humanizadora -o foco central da reflexão filosófica crítica e
emancipatória.
O comprometimento com a transformação social revela que estamos nos
ocupando com o exercício livre e consciente do pensar criticamente a realidade, e o
fazemos muitas vezes, de forma isolada e descontextualizada das problemáticas centrais
que atravessam a sociedade vigente. Contudo, devemos insistir para ampliar o alcance
do pensamento e do agir emancipatório para além da ação individualizada e solitária,
porque esse tipo de fazer é pouco enriquecedor considerando as muitas possibilidades
que delineiam os caminhos que devemos percorrer no processo de formação humana.
Considerações finais
O interesse em destacar o papel da reflexão filosófica e do pensamento crítico na
formação do educador reside no valor da filosofia como atitude de indagação e de
negação do conhecimento como verdade absoluta e acabada, como atitude de coragem e
desejo de saber mais, de querer conhecer a realidade sem disfarces e sem véus. Nesse
sentido, coloca-se aos educadores o desafio de não se resignar fatidicamente à condição
de simples reprodutores de saberes e informações; mas, ao contrário, é imprescindível
assumir a tarefa de atuarcomo agentes criadores de conhecimentos, capazes de
socializar e interagir humanamente no mundo pensando em modificá-lo radicalmente e
rigorosamente.
Assim, se não dispomos como docentes eformadores de professores,de uma
consciência suficientemente desenvolvida para desempenharmos o papel de
multiplicadores da reflexão filosófica crítica, então, está mais do que na hora de
encontrarmos os caminhosque nos conduzem nessa direção, a fim de não perdermos a
paraaprenderem a pensar por si próprias com base na criticidade e na reflexão filosófica
visando à ação consciente. Ou assumimos esse modelo de formação e o levamos a
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essa jornada de educar as gerações atuais e as gerações do futuro, e de educá-las
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oportunidade histórica de contribuir para a sólida formação daqueles que irão continuar
efeito, ou continuaremos favorecendo e perpetuandoa deformação do humano, ou seja,
oferecendo tão-somente uma formação desqualificada, sem a necessária compreensão e
interpretação crítica para fazermos as mudanças que queremos ver no mundo. O que não
podemos é continuar ignorando ou desprezando a filosofia como uma força pulsante,
viva, originada dos seres criadores que somos como espécie única na terra e que dispõe
da capacidade de pensar e de agir diante dasinúmeras possibilidades e caminhos
existentes.
Referências
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à
filosofia. 4.ed. São Paulo: Moderna, 2009.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia.14. ed. São Paulo: Ática, 2010.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. 24. reimpressão. São Paulo: Cortez, 2010.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Ideologia alemã: Feuerbach. Tradução de José Carlos Bruni
e Marco Aurélio Nogueira. 10. ed. São Paulo: HUCITEC, 1996.
SAVIANI, Dermeval. Educação:do senso comum à consciência filosófica. 18. ed. Campinas:
Autores Associados, 2009.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
Recebido em 23 de abril de 2014
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Aceito em 09 de julho de 2014
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