UFPR MELHORAMENTO DE PLANTAS ANO 2010 MELHORAMENTO DE FRUTEIRAS DE CLIMA TEMPERADO Prof. Moeses Andrigo Danner Características gerais de espécies de propagação vegetativa Genótipos (potenciais genitores) possuem alto grau de heterozigose – seleção em F1; A propagação vegetativa é utilizada para fixar os genótipos permite explorar a heterose existente; Isso compensa o tempo maior necessário ao ciclo de espécies perenes (pessegueiro é de três anos). Características de espécies de propagação vegetativa Espécies com sementes (concomitantemente com a vegetativa) são melhoradas através de hibridação e seleção; Métodos de seleção muito semelhantes entre espécies diferenças devido modo de reprodução, período juvenil, etc. Características gerais de espécies de reprodução vegetativa Desvantagem - não aproveitamento de níveis intermediários da característica de interesse; Ex.: Plantas F1 que apresentam intermediária de resistência à doenças; nível Obtenção de F2 ou retrocruzamento indivíduos com maior nível de resistência. - MELHORAMENTO GENÉTICO DE PESSEGUEIRO Introdução • Expansão do cultivo devido incessante trabalho de melhoramento (CPACT e IAC); • Brasil é importador de pêssego e nectarina – mais de 16 milhões de dólares em 2008; • Cultivar pode ser modificado sem alterar o custo de implantação do pomar. Pessegueiro no PR Origem: China Classificação Botânica: Família: Rosácea Gênero: Prunus (L.) Espécie: Prunus persica (L.) Batsch vulgaris Valor econômico nucipersica Nectarinas (2n = 16 cromos. x = 8 cromos.). platicarpa Pêssegos chatos Biologia da reprodução São autoférteis; Altamente heterozigoto; A porcentagem de frutificação efetiva da espécie é muito alta. Evolução da flor Ação gênica – caract. monogênicas • polpa branca dominante sobre polpa amarela; • caroço solto dominante sobre aderente; • polpa fundente dominante sobre não-fundente; • película pubescente (pêssego) dominante sobre glabra (nectarina). Ação gênica – caract. poligênicas • Baixa necessidade em frio - Bassols (1973) herdado de maneira aditiva (12 genes); • Época de maturação - herdabilidade de 84% (Hansche et al., 1972); precocidade x qualidade; • Época de floração extremamente alta 0,98. - herdabilidade é Ação gênica – resist. doenças • Podridão-parda (Monilinia fructicola) – cv. Bolinha apresenta bons níveis de resistência, H = 0,64 (aditiva); • Ferrugem da folha (Tranzschelia discolor) - H = 0,64: cv. Cristal Taquari, transmitiu muito bem o caráter de resistência; • Bacteriose (Xanthomonas arbicola pv. pruni) Tropic Snow, Atenas, Conserva 985 (identificadas maior tolerância, na UTFPR). Podridão-parda – pós-colheita Ferrugem da folha Bacteriose Tendências atuais • Cultivares de dupla finalidade; • Firmeza de polpa; • Polpa alaranjada a vermelha; • Resistência a doenças. Escolha dos genitores • Baixa necessidade em frio (150 a 300 h) Precocinho, Turmalina, Cerrito, Atenas, Chimarrita, Eldorado, Leonense, Tropic Beauty, Tropic Snow, Premier, Ouro, Aurora 1, Conserva 1124 e Conserva 1125; • Muito baixa necessidade em frio (< 150 horas) genótipos do IAC-SP (Aurora 1 e Douradão). Escolha dos genitores • Qualidade de fruto • Polén Texas; • Eldorado e Chimarrita; • Tamanho de fruto - Cerrito, Santa Áurea, Cascata 805, Conserva 594, Conserva 844; • Chiripá – alto teor de SST; • Firmeza de polpa: Aurora 1, Ametista, BR-1 e Pialo. Escolha dos genitores • Resistência a podridão parda: Cultivar Bolinha e seleções de F2 desse cultivar; • Resistência à ferrugem: Cristal Taquari, Tropic Snow, Cascata 1070, Olímpia, Conserva 985; • Resistência à bacteriose: F2 de Tropic Snow, Cons. 952, Cons. 985 e Cons. 871 (identificada maior tolerância, na UTFPR Pato Branco). Escolha dos genitores • Produtividade • Eldorado, Maciel, Riograndense, Leonense, Chimarrita, Chula, Della Nona, Granito, BR-1, BR-2, BR-3, Cardeal, Pilcha, Maravilha e Marli, Conserva 844, Conserva 681. Cultivar Chimarrita Foto: Maria do Carmo Bassols Raseira. Representa cerca de 60% da produção de pêssegos na Zona I. Cultivar Rubimel Foto: Idemir Citadin. Cultivar Kampai Foto: Idemir Citadin. Antocianinas – Cascata 952 Métodos melhoramento pessegueiro Coleta e armazenamento de pólen Teste in vitro de viabilidade de pólen Emasculação Polinização Finalidade das hibridações • Atenas x Conserva 1125 (tamanho fruto x precocidade); • Conserva 1125 x Conserva 844 (precocidade x qualidade fruto); • Cascata 1063 x Aurora 1 (estabilidade produtiva x firmeza polpa). Atividades posteriores Colheita Germinação: Estratificação • Corte do endocarpo (caroço) ao meio; • Sementes (amêndoas): hipoclorito de sódio colocadas em sacos plásticos - papel filtro com fungicida - vedados com calor; • Câmara fria 5°C por 60 a 90 dias (início germinação) – plantio em sementeiras. Germinação: Embriocultura Cultivo em telado Plantio a campo Avaliação e Seleção (3° e 4° anos) Nomeação Ficha descritiva Enxertia Coleção Testes Lançamento Emasculação e polinização em fruteiras alógamas Ameixeira, pereira e macieira Normalmente pessegueiro; da mesma forma que no Genitor feminino auto-infértil - não há necessidade de emasculação (proteção das flores em ramos ou toda a planta).