ó – criar por meio de símbolos são modos básicos de funcionamento humano, assim como a percepção através dos órgãos do sentido e através do pensamento (WHITMONT, 1995p. 17). Na psicologia analítica, os alicerces são as relações do sujeito com a coletividade, presente na camada mais profunda do inconsciente. O desenvolvimento social, cultural e histórico do sujeito está entrelaçado com os mitos e religiosidades empunhado pelo homem desde o período pré-histórico, cujas crenças e costumes foram passados para gerações responsáveis pelo surgimento das primeiras civilizações. A sociedade é constituída pelos antigos mitos e crenças que apenas se renovam, mas não perdem seu caráter arcaico fincado no inconsciente coletivo. Uma camada mais ou menos superficial do inconsciente é indubitavelmente pessoal. Nós a denominamos inconsciente pessoal. Este, porém repousa sobre uma camada mais profunda, que já não tem sua origem em experiências ou aquisições pessoais, sendo inata. Esta camada mais profunda é o que chamamos inconsciente coletivo. Eu optei pelo termo ―coletivo‖ pelo fato de o inconsciente não ser de natureza individual, mas universal; isto é, contrariamente à psique pessoal ele possui conteúdos e modos de comportamento, os quais são ‗ cum grano salis‘ os mesmos em toda parte e em todos os indivíduos. Em outras palavras, são idênticos em todos os seres humanos, constituindo, portanto um substrato psíquico comum de natureza psíquica suprapessoal que existe em cada indivíduo (JUNG, 2000, p.15). A principal descoberta do pensador suíço foi de reconhecer que além do inconsciente pessoal, há também uma camada mais profunda da psique que é chamado de inconsciente coletivo, cujos conteúdos são os arquétipos. Algumas temáticas que envolvem a vida do sujeito repetiam-se nos mitos de diversas culturas. Em épocas passadas - apesar de existirem opiniões discordantes e tendências de pensamento aristotélicas - não se achava demasiado difícil compreender o pensamento de PLATÃO, de que a ideia é preexistente e supra-ordenada aos fenômenos em geral. ―Arquétipo‖ nada mais é do que uma expressão já existente na Antiguidade, sinônimo de ―ideia‖ no sentido platônico (JUNG, 2000, p.87). É dos arquétipos que se formam os símbolos. A habilidade do psiquismo humano de atribuir significados simbólicos que representam, o desconhecido pelo próprio processo cognitivo do sujeito, essa linguagem simbólica é a fundamental expressão do inconsciente para consciência. Segundo Jung o termo símbolo significa: [...] um nome ou mesmo uma imagem que nos pode ser familiar na vida cotidiana, embora possua conotações especiais além do seu significado 381