HISTÓRICO E DEFINIÇÕES DE RAD Prof. Dr. Israel Marinho Pereira [email protected] Em 1977, ocorreu um protesto público em Belo Horizonte, contra a mineração Em 1977 ocorreu um protesto público em Belo Horizonte contra a mineração na Serra do Curral, MG. Em 1978, foi elaborado um relatório contendo recomendações para a recuperação de superfícies mineradas de bauxita, convênio UFV/Alcominas, em Poços de Caldas MG em Poços de Caldas, MG. Em 1980 foi produzido o Boletim Técnico Recuperação Conservacionista de Em 1980 foi produzido o Boletim Técnico Recuperação Conservacionista de Superfícies Mineradas: uma revisão de literatura, pela Sociedade de Investigação Florestal da UFV (SIF/UFV). 1987 iniciou‐se pesquisas no Centro Nacional de Pesquisas Ambientais da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (CNPAB/EMBRAPA) sobre espécies fixadoras de nitrogênio para revegetar áreas degradadas. (GRIFFITH, 2002) (GRIFFITH, 2002) Em 1988 a nova Constituição do Brasil exige a recuperação de áreas degradadas. 1989, por meio do Decreto n. 97.632/89, passou a ser exigida a elaboração de um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) para áreas de mineração. Em 1990 o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA, 1990) publica um manual de recuperação de áreas degradadas pela mineração. Em 1991 foi firmado um convênio entre a UFLA e a Centrais Elétricas de Minas Gerais (CEMIG) para estudar a recuperação de matas ciliares. ( ) d ã d l (GRIFFITH, 2002) Em 1992 aconteceu o I Simpósio Nacional sobre Recuperação de Áreas Degradadas (RAD) em Curitiba, PR. Em 1997 foi criada a Sociedade Brasileira de Recuperação de Áreas Degradadas (SOBRADE). Em 1998 a Companhia Geral de Minas (Poços de Caldas, MG) e a Samarco Mineração S.A. (Mariana, MG) obtiveram a Certificação ISO 14001 para mineração. i ã DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL NÚCLEO DE ESTUDO EM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – NERAD ) Sistema Nacional de Unidades de Conservação( Lei no.. 9.985, 18/07/2000 • Art. 2º Para os fins previstos nesta Lei, entende‐se por: – XIII ‐ RECUPERAÇÃO: • restituição tit i ã de d um ecossistema it ou de d uma população l ã silvestre il t degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original; DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL NÚCLEO DE ESTUDO EM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – NERAD ) DEFINIÇÕES 1. Recuperação ¾ o local é novamente hospitaleiro para organismos que eram originalmente presentes ou outros que se aproximam das populações originais (TOY e DANIELS,1998) ¾ Conjunto de ações planejadas e executadas por especialistas que visam proporcionar o restabelecimento t b l i t d da auto-sustentabilidade t t t bilid d e do d equilíbrio paisagístico semelhantes aos anteriormente existentes, em um sistema natural que perdeu essas características (GRIFFITH et al., 2000). Processo de Recuperação 1994 – Dois caminhos distintos para recuperação O estabelecimento de um “tapete O fechamento da área para regeneração Porém os resultados verificados apontaram Porém, os resultados verificados, apontaram verde” de espécies agressivas e de natural, com possibilidade de que essa estratégia não tem sustentabilidade enriquecimento ‐ estratégia baseada na rápido crescimento, como capim‐ no médio e longo prazo. o éd o e o go p a o sucessão ecológica; ã ló i gordura e braquiária; ou arbóreas. ¾ Restauração: quando as condições do local são exatamente iguais àquelas anteriores a intervenção; ou seja, a condição do local no momento da perturbação é reproduzida depois da ação (ABNT, 1989; TOY & DANIELS, DANIELS 1998). 1998) SNUC, 2000. Art. 2o Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: XIV - RESTAURAÇÃO: à restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada o mais próximo possível da sua condição ç original; g ; SER - (Society for Ecological Restoration International ) A restauração ecológica é o processo de auxílio ao restabelecimento de um ecossistema que foi degradado, danificado ou destruído. “Ajudar “Aj d a natureza se recompor, de d forma f que os processos sucessionais ocorram na área degradada, recompondo uma biodiversidade compatível com o clima regional e com as potencialidades locais do solo. (REIS, 2006). “Refere-se ao conjunto de tratamentos que visam a recuperar a forma original do ecossistema, ou seja, a sua estrutura original, dinâmica e interações biológicas, biológicas sendo recomendada para ecossistemas raros e ameaçados que demandam maior tempo e resultam em custos elevados.” (VIANA, 1990) Trazer novamente ao ambiente, espécies e interações existentes entre as mesmas. 1. O ecossistema restaurado contém um conjunto característico de espécies que ocorrem no ecossistema de referência, referência fornecendo uma estrutura apropriada de comunidade. 2. O ecossistema restaurado consiste de espécies p indígenas g até o máximo grau possível. Nos ecossistemas culturais restaurados, se permite a ocorrência de espécies exóticas domesticadas e de espécies ruderais não invasoras, além das arvenses, que presumidamente coevoluiram com elas. elas 3. Todos os grupos funcionais necessários para o desenvolvimento , estabilidade do ecossistema restaurado se encontram contínuo e,ou representados ou, caso não estejam presentes, os grupos ausentes possuem potencial para colonizar o ambiente por meios naturais. 4. O ambiente físico do ecossistema restaurado possui a capacidade 4 de suportar as populações reprodutivas das espécies necessárias para sua estabilidade contínua ou desenvolvimento ao longo da j desejada. j trajetória (SER, 2004) 5. O ecossistema restaurado aparentemente funciona de modo normal, de acordo com seu estado ecológico de desenvolvimento, desenvolvimento não existindo sinais de disfunção. 6. O ecossistema restaurado foi integrado adequadamente com a matriz ecológica ou a paisagem, com a qual interage através de fluxos e intercâmbios abióticos e bióticos. 7. As ameaças potenciais à saúde e à integridade do ecossistema restaurado foram eliminadas ou reduzidas ao máximo possível. 8. O ecossistema restaurado é suficientemente resiliente para suportar os eventos periódicos normais de estresse que ocorrem no ambiente local e que servem para manter a integridade do ecossistema. 9. O ecossistema restaurado é auto-sustentável, ao mesmo grau que seu ecossistema de referência, e possui o potencial para persistir i d fi id indefinidamente t sob b as condições di õ ambientais bi t i existentes. i t t (SER, 2004) Não é necessária a expressão total de todos esses atributos para demonstrar restauração. restauração Em vez disso, di somente é necessário á i que demonstrem d uma trajetória apropriada de desenvolvimento ecossistêmico orientada às metas ou referência desejadas. É possível que outros atributos ganhem relevância e devam ser acrescentados t d a esta t lista, li t à medida did que sejam j identificados como metas do projeto de restauração. (SER, 2004) Serve como modelo para planejar um projeto de restauração, e mais tarde, para sua avaliação. ¾ descrições ecológicas, listas de espécies e mapas do sítio do projeto antes de ser danificado; ¾ fotografias históricas e recentes, tanto aéreas como terrestres; ¾ remanescentes do sítio a ser restaurado, indicando as condições físicas anteriores t i e a biota; bi t ¾ descrições ecológicas e listas de espécies para ecossistemas semelhantes e intactos; ¾ espécimes de herbários e museus; pessoas familiarizadas com o sítio ¾ relatos históricos e testemunhos orais de p do projeto antes de ser alterado; ¾ evidências paleoecológicas, por exemplo pólen fossilizado, carvão vegetal, história dos anéis de crescimento das árvores e estrume de roedores. (SER, 2004) DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL NÚCLEO DE ESTUDO EM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – NERAD R bili ã de Reabilitação d áreas á degradadas d d d • Local alterado destinado a uma dada forma de uso de solo, ou seja, trata trata‐se se de reaproveitar a área para outra finalidade. (Embrapa, 2006) DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL NÚCLEO DE ESTUDO EM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – NERAD Reabilitação ç de áreas degradadas g ¾“É um recurso utilizado quando a melhor solução l ã for f o desenvolvimento d l i t de d uma atividade alternativa adequada ao uso humano e não aquela de reconstituir a g ç original.” g ((Sabesp, p 2003)) vegetação ¾Deve ser planejada de modo a não causar impactos negativos no ambiente. Usos que podem ser dados as áreas degradadas • Uso das cavas de extração de areia para p q cultivo de pescado em sistema de tanque‐ rede. Usos que podem ser dados as áreas degradadas • Aterro simples para atividade agrícola, p ç implantação de viveiros, etc; Usos que podem ser dados as áreas degradadas • Criação de áreas de lazer para as comunidades – áreas verdes, – parques esportivos, parques esportivos – lagos, etc. Medidas mitigado ras DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL NÚCLEO DE ESTUDO EM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – NERAD ) RECUPERAÇÃO DE EROSÕES ¾ Barramento de erosões É utilizado para controle e recuperação definitivo de erosões Consiste na diminuição da produção e barramento de sedimentos Transversais ao eixo longitudinal da erosão Utiliza-se elementos estruturais de madeira, tela metálica e geotextil. geotextil DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL NÚCLEO DE ESTUDO EM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – NERAD (Atividades Atividades impactantes DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL NÚCLEO DE ESTUDO EM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – NERAD $Efeito Efeito da eresão Sedimentação Assoreamento Erosão Recuperação de Erosões Recuperação de Erosões Esquema da seção transversal do sistema de barramento Visão de cima do sistema de barramento Esquema da seção longitudinal do sistema de barramento DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL NÚCLEO DE ESTUDO EM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – NERAD ) CONTROLE DE EROSÕES ¾ A preservação da cobertura vegetal do solo reduzem a energia do impacto das gotas de chuva na camada superficial do solo, solo melhoram as condições õ de infiltrabilidade reduzem a velocidade da escoamento superficial DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL NÚCLEO DE ESTUDO EM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – NERAD ) CONTROLE DE EROSÕES ¾ Construção de terraços utilizados p ç para a armazenamento e infiltração da água e diminuição da velocidade de escoamento superficial. p DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL NÚCLEO DE ESTUDO EM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS – NERAD ) Efeitos da Vegetação na Estabilidade de taludes FIM...