incentivo a práticas de ecoturismo e turismo rural para o

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PLANEJAMENTO TERRITORIAL – PLANEJAMENTO EM ÁREAS RURAIS
INCENTIVO A PRÁTICAS DE ECOTURISMO E TURISMO RURAL PARA O
DESENVOLVIMENTO REGIONAL NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO
DO FEIJÃO, SÃO CARLOS – SP.
Alexandre da Silva Faustino1
Raimunda Gomes Silva Soares2
Nícolas Guerra Rodrigues Tão2
Mayara Herrmann Ruggiero2
Dayana Almeida3
Renata Bovo Peres4
Resumo
As práticas de turismo rural e ecoturismo quando bem articuladas podem ser utilizadas
como alternativa de desenvolvimento econômico para uma região e ainda promover a
conservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental, uma vez que são essenciais para
sua realização. Este trabalho construiu uma proposta de turismo rural e ecoturismo para o
proprietário de uma Unidade de Produção Agrícola do município de São Carlos – SP, tendo
como recorte a Bacia Hidrográfica do Ribeirão Feijão. Foi realizado um levantamento e uma
análise de potencialidades turísticas inseridas na região, construindo-se um roteiro turístico de
exploração, sendo elaborada uma proposta final de aproveitamento dos resultados obtidos
pelo proprietário. Acredita-se que a implementação da proposta apresentada possibilita o
desenvolvimento da região como um todo, além de fornecer uma nova fonte de renda para o
proprietário.
Palavras-chave: Roteiro turístico, Análise SWOT e Planejamento Ambiental Rural.
Abstract
The practices of rural and ecotourism when well articulated can be used as an
alternative to economic development for a region and encourage the preservation of historical,
cultural and environmental heritage, since they are essential to its realization. This work built
a proposal for rural and ecotourism to the owner of a Unit Agricultural Production in São
Carlos - SP, with the cutout of the Ribeirão Feijão Watershed. A survey and analysis of
inserted tourism potential in the region was carried out by constructing a sightseeing tour of
exploration, being drawn up a final proposal for use of the results by the owner. It is believed
1
Graduando em Gestão e Análise Ambiental, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Departamento de
Ciências Ambientais. E mail: [email protected];
2
Graduando em Gestão e Análise Ambiental, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Departamento de
Ciências Ambientais;
3
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de
São Carlos
4
Professora Adjunta no Departamento de Ciências Ambientais da Universidade Federal de São Carlos
(UFSCar), campus São Carlos-SP.
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
Florianópolis, Santa Catarina
1
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that the implementation of the presented proposal allows for the development of the region as
a whole, and provide a new source of income for the owner.
Keywords: Sightseeing tour, SWOT Analysys and Rural Environmental Planning.
INTRODUÇÃO
O contato com o ambiente natural é uma das estratégias mais eficientes de
conscientização ambiental, uma vez que tal processo é intrínseco, cabendo a cada um
desenvolvê-lo a partir de suas convicções. Esta ideia é ressaltada por Mendonça (2005) que
afirma que o contato com a natureza pode despertar um olhar individual mais consciente na
relação das pessoas com as outras e com o meio natural. A autora defende ainda que:
(...) o caráter educativo destas visitas ultrapassam as fronteiras da educação
ambiental, uma vez que são potencialmente ricas em experiências que promovem o
aprimoramento das relações dos indivíduos consigo mesmos e auxiliam a tornar
conscientes as relações que as pessoas têm umas com as outras e com o meio
natural. Por extensão, auxiliam no refinamento das relações com os ambientes em
que vivem, na modificação progressiva dos hábitos cotidianos e na ampliação de
suas visões de mundo. (MENDONÇA, 2005)
No entanto, a manutenção de áreas conservadas, condição necessária e esse tipo
de prática, se contrapõe à demanda econômica de extração de recursos naturais e produção de
alimentos. Faz-se necessário, portanto, o incentivo de atividades que atendam a demanda
econômica sendo condizentes com a preservação do meio ambiente. Neste sentido o
ecoturismo e turismo rural se apresentam como importantes alternativas, uma vez que os
mesmos têm em comum o fato de serem atividades feitas no ambiente natural em consonância
com a preservação dos recursos naturais.
De acordo com Lindberg e Hawkins (1999) apud Campos (2005) ecoturismo é a
satisfação do desejo de estar em contato com a natureza, explorando o potencial turístico da
região, buscando a conservação e o desenvolvimento, evitando o impacto negativo sobre a
ecologia, a cultura e a estética. Campos (2005) afirma ainda que o ecoturismo tem sido uma
alternativa de desenvolvimento sustentável inserida no âmbito das atividades de turismo,
sendo que para Wearing e Neil (2001) apud Campos (2005) o ecoturismo surgiu com o intuito
de oferecer uma opção de desenvolvimento sustentável para as comunidades, de forma a
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2
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proporcionar a conservação e a administração de regiões naturais, podendo inclusive ser uma
alternativa à extração indiscriminada de recursos naturais.
O turismo rural é destacado por Graziano da Silva, Vilarinho e Dale (1998) apud
Schneider e Fialho (2000) como uma atividade que une a exploração econômica a outros
eixos, como a valoração do meio ambiente e da cultura local, sendo esses fatores seus
principais atrativos. A peculiaridade dessa atividade está no fato de que a região em que o
mesmo é desenvolvido não necessita de atrativos naturais extraordinários, mas requer
atrativos culturais bem desenvolvidos, relacionados à arquitetura, gastronomia e o modo de
vida em si (SCHNEIDER e FIALHO, 2000).
Tanto o ecoturismo e o turismo rural se sobrepõem no sentido de serem
desenvolvidos no mesmo ambiente, além de possibilitarem a integração de atividades, sendo
possível realizar as duas práticas em uma mesma propriedade ou em uma mesma região. Esse
fato contribui para a formação de um leque maior de atividades que poderão ser
desenvolvidas, contribuindo assim para a atração de mais pessoas. Sendo assim é necessário
haver um planejamento espacial das atividades que serão desenvolvidas em determinado
local, inserindo-se, portanto a importância da utilização do Sistema de informações
Geográficas para o planejamento do ecoturismo e do turismo rural.
A vantagem da utilização do SIG no planejamento do turismo está na
possibilidade do gerenciamento de informações espaciais georreferenciadas, ou seja com
coordenadas geográficas representando sua localidade no ambiente real, que são organizadas
em camadas e conectadas a tabelas de atributos alfanuméricos que apresentam uma
capacidade de inter-relação espacial, sendo que a partir dessa interação será gerada uma nova
informação (LADWIG, 2012).
Dessa forma, é possível fazer o planejamento de diversos aspectos do turismo
rural e do ecoturismo a partir a utilização do SIG. Entre esses aspectos é possível destacar o
planejamento de trilhas, a localização de atrativos e de infraestrutura, a geração de mapas
temáticos que auxiliem os próprios turistas na localização, além da possibilidade de inserção
de diversas informações como relevo, hidrografia, vegetação, entre outros.
Ao se tratar da Bacia Hidrográfica do Ribeirão do Feijão, sabe-se que a mesma
caracteriza-se por propriedades rurais de pequeno e médio porte, com o desenvolvimento de
atividades basicamente agrícolas, ou seja, possuem uma grande dependência do sistema
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3
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produtivo agrícola. Dessa forma, Hanai (2009) observa que este fato causa um decréscimo nas
oportunidades profissionais e nas rendas obtidas a partir dessas atividades agrícolas, as quais
têm se mostrado insuficientes para a sustentação de tais propriedades.
Neste sentido o incentivo a práticas de ecoturismo e/ou turismo rural vem de
encontro à necessidade do desenvolvimento de novas formas de utilização do espaço rural da
bacia de maneira a possibilitar a geração de renda nesses núcleos agrícolas, criando e
movimentando uma economia local e, fomentando o desenvolvimento da região em que tais
propriedades estão inseridas. A proposição do turismo como uma alternativa para a região
pode ainda promover a convervação do ambiente natural uma vez que as atividades estejam
baseadas em princípios sustentáveis de uso. Sendo assim, é fundamental possibilitar
iniciativas que conciliem a conservação ambiental, a aproximação com o ambiente natural e a
geração de trabalho e renda para as comunidades locais, sendo tais iniciativas viabilizadas
pelo ecoturismo e o turismo rural (HANAI, 2009), tornando o tema central do presente
trabalho fundamental para o desenvolvimento da região.
OBJETIVO
Propor uma alternativa de atividade econômica voltada ao ecoturismo e ao
turismo rural que contribua com o desenvolvimento regional da Bacia do Ribeirão Feijão,
tendo como agente educador e articulador o Sítio São João.
METODOLOGIA
Caracterização da área de estudo
A UPA (Unidade de Produção Agrícola) em questão é chamada Sítio São João,
localizado no município de São Carlos, interior do estado de São Paulo (Figura 1). A UPA
tem como principal atividade a produção de hortaliças. Além disso, atualmente no Sítio São
João são realizadas visitas educativas por alunos da rede municipal de ensino para conhecer as
atividades desenvolvidas e os princípios de relação e proteção ambiental adotados, sendo que
o sítio também faz parte da OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público)
Iniciativa Verde que atua na recuperação florestal de áreas degradas na região.
O proprietário apresenta interesse em expandir a capacidade de visitas da
propriedade, e teve a iniciativa de construir estruturas de acomodação de hóspedes, mas as
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primeiras experiências não foram muito agradáveis ao proprietário por conta do público
envolvido. Apesar disso, ele ainda se mostra aberto à tal possibilidade, trabalhando com
grupos pequenos, de até 40 pessoas, e que compreenda um público mais selecionado. Para
atrair tal público é interessante que um projeto seja bem estruturado, e tenha sua divulgação
focada em grupos de interesse.
Figura 1 – Localização da UPA e uso e ocupação da propriedade (PETINARI et al., 2013).
Procedimento metodológicos
Primeiramente foi realizado um levantamento de potencialidades para o turismo
rural e ecoturismo existentes na região buscando informações com o proprietário do Sítio São
João de possíveis parceiros e provedores de atividades ou produtos que poderiam fomentar o
desenvolvimento regional e constar na proposta de roteiro turístico. Tais informações foram
coletadas e investigadas por meio de pesquisa, aprofundando-se sobre as atividades que esses
possíveis parceiros realizam. Para complementar o levantamento, realizaram-se pesquisas
sites de busca e levantamentos utilizando de imagens de satélite disponibilizadas na
ferramenta on-line Google Earth. Também realizou-se duas entrevistas abertas com um guia
turístico da região cadastrado pela EMBRATUR (Empresa Brasileira de Turismo) que
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forneceu diversas informações sobre as potencialidades da região5. As informações e
potencialidades levantas foram mapeadas no software MapInfo Professional 11.0 e ArcMap
10.1 para serem posteriormente processadas.
Após o levantamento das localidades potenciais foi necessário selecionar quais
locais poderiam de fato compor um roteiro turístico para a região, analisando a capacidade de
exploração das potencialidades, sendo que essa prática envolveu primeiramente a análise dos
pontos fortes e fracos de cada atividade utilizando da Análise SWOT (Strenghts, Weaknesses,
Opportunities and Threats). A partir dos resultados da análise, foram elencadas as atividades
que prioritariamente podiam fazer parte do roteiro final de Ecoturismo/Turismo Rural. Além
disso, através de uma planilha Check List, foi avaliado se as atividades contemplam um ou
mais dos seguintes princípios: (1) iniciativas que conciliem a conservação ambiental, (2)
aproximação com o ambiente natural e (3) geração de trabalho e renda para as comunidades
locais.
Com as atividades avaliadas, escolhidas e pontuadas, foi então estruturado o
roteiro turístico para a Bacia do Ribeirão Feijão que teve como princípios a disseminação de
práticas de Educação Ambiental, Ecoturismo e Turismo Rural, oferecendo-se o serviço de
guia no Sítio São João. Essa etapa envolveu um esforço criativo da equipe para a realização
de um Brainstorming, buscando elencar ideias e layouts para o roteiro. As ideias foram
discutidas até obter um esquema final de roteiro que foi produzido através do software Corel
Draw X7 e com o auxílio de software de ArcMap 10.1 para fornecer as informações de base.
Após a criação do roteiro proposto, foi organizada uma proposta de como o Sítio
São João poderá dispor desse material, sugestão de articulação com os proprietários,
frequência das visitas, necessidades de acomodação, materiais necessários, estratégia de
divulgação e recursos humanos necessários, com o intuito de fomentar a criação de um centro
de articulação de atividades de ecoturismo e turismo rural com sede no Sítio São João,
contemplando toda a bacia do Ribeirão do Feijão, verificando se o Sítio possui realmente
viabilidade técnica e estrutura necessária para a aplicação do projeto e fazendo sugestões para
resolver possíveis entraves técnicos.
5
Entrevista aberta realizada em junho de 2014 na residência do Sr. Alcides Chinaglia, guia turístico cadastrado
pela EMBRATUR que forneceu informações sobre o levantamento de localidades realizado, além de contribuir
com a sugestão de novos pontos junto a seu filho o Sr. Rodrigo Chinaglia, que conhece os atrativos de
ecoturismo da região.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Levantamento das atividades turísticas da região
O levantamento das localidades potenciais para o roteiro (Tabela 1) resultou na
identificação de 24 pontos na área de estudo, compreendendo várias atividades de ecoturismo
e turismo rural, de modo que em algumas localidades as duas modalidades de turismo foram
identificadas. Considerou-se que a distância apresentada entre as localidades e o Sítio São
João é adequada para que seu potencial seja aproveitado no roteiro turístico, pois não
inviabiliza o acesso.
Tabela 1 – Levantamento das localidades potenciais na área de estudo.
Localidade
Distância
Localidade
Distância
Aeródromo
15
Hospedaria de Cavalos do
Pinhal
12,2
Boia Cross no Ribeirão Reijão
9,5
Iate Clube São Carlos
12,2
Broa Golf Resort
14,2
Lagoa Condomínio Itaipu
22,9
Cachoeira do Broa
11,5
Museu de Peças Agrícolas
Carlos Botelho
12,5
Cachoeira do Ribeirão Feijão
10
Paredão de escalada
16
Captação de Água do SAAE do
Ribeirão Feijão
9
Pousadas Conde do Pinhal Posto Castelo
13,4
Caverninha
16,5
Rafting no Ribeirão Feijão
9,6
Crismara - Viveiro de Plantas
14,8
Represa do Broa
11,5
Ecovila Tibá
26
Restaurante Fazenda Yolanda
5,9
Estação Ecológica de Itirapina
21,5
Restaurante Rural Invernada
27,7
Fazenda Histórica Casa do
Pinhal - Hotel Fazenda Pinhal
2,5
Três Cachoeiras
19
Fazenda São José
14,8
Trilha de Bike
17
Obs.: Distância aproximada (em quilômetros) de cada localidade em relação ao Sítio São João.
Ao longo do processo de construção deste conjunto de localidades a área de
interesse inicial do projeto foi sendo modificada para abranger pontos próximos, de modo que
partiu-se da bacia hidrográfica do Ribeirão Feijão no município de São Carlos, porém o
produto final foi fortemente influenciado pelos atrativos da região.
A partir do levantamento dos pontos turísticos potenciais para aproveitamento no
roteiro foi elaborado um mapa com informações sobre a hidrografia e os principais acessos
para a região conforme a Figura 2.
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Figura 2 – Espacialização do levantamento de potencialidades da região.
Analise da capacidade de exploração das potencialidades turísticas
A partir do levantamento de atrativos existentes na região desenvolveu-se uma
análise SWOT (Strenghts, Weaknesses, Opportunities e Treaths) para selecionar localidades
que pudesse compor a proposta final de roteiro turístico (Tabela 2). O uso do SWOT permite
identificar os pontos internos (potencialidades e fraquezas) e externos (oportunidades e
ameaças) que interferem de forma positiva e negativa em cada potencialidade turística
elencada para a região.
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Tabela 2 – Análise SWOT do conjunto de localidades levantadas.
Localidade
Fraquezas
Oportunidades
Atividades oferecidas fogem da proposta de turismo
do roteiro.
Proximidade com outros atrativos; Conhecimento do
local pelos turistas; Interesse dos visitantes em
conhecer o local.
Aumento dos impactos ambientais negativos por
conta das visitas.
Trecho final do percurso inserido em propriedade
privada não havendo permissão do proprietário para
circulação de pessoas.
Existência de um público específico e interessado;
Possibilidade de integração com outras localidades
próximas que apresentam atividades similares.
Aumento dos impactos ambientais negativos e perda
da qualidade do local.
Boa infraestrutura para o recebimento de visitantes;
Fácil acesso e ambiente agradável; Presença de
restaurante e acomodações.
Alto custo para a realização das atividades.
Interesse por parte dos turistas para a realização das
atividades; Conhecimento do local pelos turistas.
Degradação ambiental e impactos negativos por
conta da grande quantidade de visitantes no local.
Cachoeira do Broa
Já possui um acesso estabelecido; Possibilidade de
contato com a natureza.
Grande quantidade de visitantes, principalmente na
represa, ocasionando a perda dos valores naturais
do local, e impactos ambientais negativos.
Interesse por parte dos visitantes de conhecer o
local; Conhecimento do local pelos turistas.
Aumento dos impactos ambientais negativos por
conta das visitas.
Cachoeira do Ribeirão
Feijão
Atividade que possibilita contato com o ambiente
natural.
Inserida em propriedade privada não havendo
permissão do proprietário para circulação de
pessoas.
Existência de um público específico e interessado;
Possibilidade de integração com outras localidades
próximas que apresentam atividades similares.
Pode não apresentar infraestrutura adequada para
receber os visitantes; Aumento dos impactos
ambientais negativos por conta das visitas.
Captação de Água do
SAAE do Ribeirão
Feijão
Permite explorar a importância da bacia e sua
conservação.
Não possui diversidade de atividades atrativas para
turistas.
Interesse do Sítio São João de explorar este local;
Proximidade com outros atrativos.
Ausência de infraestrutura para o atendimento da
demanda.
Apresenta um atrativo diferenciado; Possúi um
opublico frequentados; Já é um local conhecido na
região.
Permite o acesso de grupos limitados.
Inserida em uma região onde pode-se explorar a
importância da conservação ambiental.
Aumento dos impactos ambientais negativos por
conta das visitas.
Fornecimento de espécies de plantas nativas.
Ausência de infraestrutura para o recebimento de
atividades turísticas.
Interesse por parte dos turistas para conhecer os
trabalhos desenvolvidos no local e também para
adquirir as plantas.
Falta de infraestrutura para atender a demanda
turística.
Apresenta um atrativo diferenciado.
Oferece atividades similares à do Sítio São João.
Proximidade com outros atrativos.
Grande quantidade de visitantes pode vir a causar
impactos ambientais negativos.
Vegetação natural preservada; Atividades de
educação ambiental.
Limitações e restrições no recebimento de
visitantes.
Interesse por parte dos turistas de conhecer o local.
Grande quantidade de visitantes pode vir a causar
impactos ambientais negativos.
Falta de divulgação das atividades que são realizadas
no local.
Interesse por parte dos turistas de conhecer a
arquitetura e a história do local.
Perda da identidade cultural por conta de uma
quantidade muito grande de pessoas que possam a
vir frequentar o local, necessitando de um controle
das visitas.
Aeródromo
Potencialidades
Infraestrutura capaz de receber grupos; Apresenta
um atrativo diferenciado (coleção de aviões
históricos).
Apresenta um atrativo diferenciado; Considerado
Boia Cross no Ribeirão
um dos melhores locais para realização da atividade
Reijão
na região.
Broa Golf Resort
Caverninha
Crismara - Viveiro de
Plantas
Ecovila Tibá
Estação Ecológica de
Itirapina
Fazenda Histórica Casa Atrativos históricos e culturais na forma de
construções que foram mantidas em suas formas
do Pinhal - Hotel
originais.
Fazenda Pinhal
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Ameaças
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Manutenção de atividades rurais típicas; Apresenta
uma área conservada de cerrado, sendo uma
potencialidade para o desenvolvimento de
atividades de educação ambiental.
Falta de divulgação das atividades desenvolvidas no
local;
Interesse por parte dos turistas em conhecer as
atividades desenvolvidas no local, bem como as
áreas conservadas.
Grande quantidade de visitantes futuramente, o que
pode causar impactos negativos no local.
Ausência de infraestrutura para o recebimento de
atividades turísticas.
Interesse por parte dos turistas para conhecer o
local.
Impactos negativos que possam ser causados pelas
visitas; Ausência de infraestrutura para o
atendimento à demanda.
Presença de infraestrutura para atividades de lazer;
Possibilidade de contato com a natureza.
Grande quantidade de visitantes, principalmente na
represa, ocasionando a perda dos valores naturais
do local, e impactos ambientais negativos.
Interesse por parte dos visitantes de conhecer o
local; Conhecimento do local pelos turistas.
Aumento dos impactos ambientais negativos por
conta das visitas.
Possibilidade do contato com o ambiente natural.
Por ser um condomínio fechado a visitação é
dificultada; Falta de infraestrutura para o
recebimento de visitantes.
Interesse dos turistas de conhecer o local.
Aumento dos impactos ambientais negativos por
conta das visitas.
Acervo de peças agrícolas mostrando o
desenvolvimento da atividade rural na região.
Ausência de infraestrutura para o recebimento de
visitas, sendo que atualmente encontra-se fechado.
Interesse por parte dos turistas em conhecer o
museu.
Ausência de infraestrutura para o atendimento da
demanda.
Paredão de escalada
Está sendo qualificado por grupos de escalada para
receber visitantes.
Inserido em propriedade privada não havendo
permissão do proprietário para circulação de
pessoas.
Possui grupos interessados em utilizar o local.
Aumento dos impactos ambientais negativos por
conta das visitas.
Pousadas Conde do
Pinhal - Posto Castelo
Oferecimento de uma boa estrutura para o
recebimento de turistas; Ponto de apoio para os
interessados em conhecer a região.
Perda da identidade cultural da região por conta da
massificação das atividades do local.
Interesse por parte dos turistas em conhecer o local.
Incapacidade de atendimento da demanda.
Rafting no Ribeirão
Feijão
Com a integração no roteiro poderia ser expandido
até o sítio, tornando a atividade mais atrativa.
Atividade permite apenas trabalhar com grupos
menores.
Pode ser integrada com outros atrativos próximos.
Aumento significatico dos impactos ambientais
negativos sobre o rio por conta das visitas.
Represa do Broa
Presença de infraestrutura para atividades de lazer;
Possibilidade de contato com a natureza.
Grande quantidade de visitantes, principalmente na
represa, ocasionando a perda dos valores naturais
do local, e impactos ambientais negativos.
Interesse por parte dos visitantes de conhecer o
local; Conhecimento do local pelos turistas.
Aumento dos impactos ambientais negativos por
conta das visitas.
Restaurante Fazenda
Yolanda
Fornecimento de comidas típicas do ambiente rural;
Ambiente que permite o contato do turista com o
meio ambiente; Fornecimento de atrativos que
buscam mostrar o ambiente rural para os visitantes.
Grande quantidade de visitantes, podendo interferir
no relacionamento do turista com o ambiente.
Interesse por parte dos turistas de conhecer o local,
as comidas que são oferecidas e os outros atrativos.
Incapacidade do atendimento da demanda por
conta da estrutura do local.
Restaurante Rural
Invernada
Fornecimento de comidas típicas do ambiente rural;
Ambiente agradável: permite o contato com a
natureza; Fornecimento de outros atrativos além da
gastronomia, como passeios a cavalo.
Grande quantidade de visitantes, podendo interferir
no relacionamento do turista com o ambiente.
Interesse por parte dos turistas de conhecer o local
e as comidas que são servidas bem como os outros
atrativos que são oferecidos.
Incapacidade do atendimento da demanda por
conta da estrutura.
Fazenda São José
Hospedaria de Cavalos Possibilidade de apresentação de uma atividade
desenvolvida no ambiente rural.
do Pinhal
Iate Clube São Carlos
Lagoa Condomínio
Itaipu
Museu de Peças
Agrícolas Carlos
Botelho
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Sítio São João
Manutenção de atividades típicas do ambiente rural;
Existência de projetos de educação ambiental;
Presença de áreas conservadas e áreas de
restauração; Presença de infraestrutura para o
recebimento de turistas.
Falta de divulgação das atividades desenvolvidas;
Falta de pessoal para realizar o trabalho de turismo
no local.
Interesse por parte dos turistas em conhecer as
atividades desenvolvidas no local.
Crescimento desordenado das visitas podendo
ocasionar impactos negativos no local, necessitando
de um plano de controle de visitas.
Três Cachoeiras
Possibilita contato com o ambiente natural; É uma
localidade com três atrativos próximos um do outro.
Inseridas em propriedade privada não havendo
permissão do proprietário para circulação de
pessoas.
Pode ser integrada com outros atrativos próximos.
Aumento dos impactos ambientais negativos por
conta das visitas.
Consiste em um trativo diferenciado; Permite
explorar e conhecer a região.
Demanda maior infraestrutura para condução dos
grupos.
Pode ser utilizada para acessar diferentes
localidades do roteiro.
Aumento dos impactos ambientais negativos por
conta das visitas.
Trilha de Bike
Obs.: As informações utilizadas para basear esta análise forma obtidas a partir da homepage de cada local.
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A partir dos resultados da análise SOWT algumas localidades foram removidas
por motivos diversos, como estarem inseridas em propriedade particular sendo que o
proprietário não permite circulação de pessoas (Três Cachoeiras, Paredão de Escalada e
Lagoa do Condomínio Itaipu), não apresentarem a infraestrutura adequada para receber
visitantes (Viveiro Crismara e Trilha de Bike), ou não se adequarem à proposta do roteiro
turístico (Aeródromo e Campo de Golf). A localidade Represa do Broa também foi
removida, pois considerou-se que seus atrativos estão distribuídos pelas outras localidades
levantadas que se inserem na região da represa.
Com base nestes resultados foi feita a avaliação das localidades selecionadas
sobre o atendimento a alguns princípios do projeto como a presença de iniciativas que
conciliem a conservação ambiental, aproximação com o ambiente natural e geração de
trabalho e renda para as comunidades locais (Tabela 3).
Tabela 3 - Análise das localidades de acordo com os princípios da proposta.
Princípios
Localidade
Conservação ambiental
Boia Cross no Ribeirão Reijão
Aproximação com o
ambiente natural
Geração de trabalho e
renda para as comunidades
locais
X
X
Broa Golf Resort
N/A
N/A
X
Cachoeira do Broa
X
X
X
Cachoeira do Ribeirão Feijão
X
X
X
Captação de Água do SAAE do
Ribeirão Feijão
X
X
Caverninha
X
Ecovila Tibá
X
X
Estação Ecológica de Itirapina
X
X
Fazenda Histórica Casa do
Pinhal - Hotel Fazenda Pinhal
X
X
X
Fazenda São José
X
X
X
Hospedaria de Cavalos do
Pinhal
N/A
N/A
Iate Clube São Carlos
X
X
X
X
Museu de Peças Agrícolas
Carlos Botelho
N/A
N/A
X
Pousadas Conde do Pinhal Posto Castelo
N/A
N/A
X
X
X
Rafting no Ribeirão Feijão
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Restaurante Fazenda Yolanda
X
X
X
Restaurante Rural Invernada
X
X
X
Sítio São João
X
X
X
Obs.: X equivale a adequação ao princípio, N/A: indica que não foi possível, neste momento, uma a
avaliação do princípio.
Nesta análise considerou-se principalmente as características de cada local
como: disponibilidade de áreas naturais, oferta de atividades que proporcionem maior
contato com o ambiente natural e potencial empregatício. Trata-se de uma análise prévia
com base em informações coletadas por meio de pesquisa tanto bibliográfica como nas
entrevistas.
Não foi possível nesta etapa realizar observações in situ de cada localidade, o
que proporcionaria maior detalhamento das informações e acuidade na análise. Ressalta-se,
portanto, que esta é apenas uma caracterização prévia a fim de contribuir com a melhor
escolha dos possíveis locais a serem incluídos dentro de um ciclo de visitas.
Somando-se a isto é fundamental um reconhecimento em campo de cada área
para o estudo de quais tipos de atividades cada local pode oferecer, bem como as sugestões
de como iniciar um trabalho de adequação ambiental quando necessário das localidades
que assim o desejarem. Entende-se que tais medidas são investimentos com retorno
financeiro advindo da própria iniciativa uma vez que adota-se a bandeira da
sustentabilidade tanto como princípio quanto como marketing individual.
Proposta de roteiro para a região
Considerando-se as análises anteriores foi possível construir a proposta de
roteiro turístico para a região (Figura 3), criado para ser aproveitado como um material de
divulgação do Sítio São João, e possuindo um verso com apresentação do roteiro,
localização e contato do Sítio São João.
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Figura 3 – Proposta final do roteiro turístico.
Ressalta-se que ele constitui um conjunto de localidades que podem ser
aproveitadas, de modo que diversas propostas de aproveitamento podem ser elaboradas
selecionando-se apenas alguns pontos de interesse, por exemplo.
O Sítio São João como agente articulador
A partir do material criado, o Sítio São João funcionaria como um centro de
recebimento dos turistas e forneceria opções de atividades de acordo com o interesse de
cada pessoa. Dessa forma o roteiro proposto durante esse trabalho seria entregue para o
sítio que o disponibilizaria para as pessoas. Além disso, o Sítio seria responsável pelo
fornecimento de mapas e de guias turísticos para aqueles que se interessassem por tal
serviço.
A quantidade de pessoas que o sítio irá receber vai depender da estrutura
disponível para o atendimento da demanda, de forma a não causar superlotação e impactos
negativos nas dependências do local, sendo isso controlado a partir do agendamento das
visitas através de reserva de acomodações e compra de atividades. As atividades que
necessitam de acompanhamento de guias ou de recursos do sítio ou de outros locais (como
passeios a cavalo e visitas à nascente) seriam compradas pelos turistas, que teriam a opção
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de fechar um pacote de atividades no momento da realização da reserva ou decidir quais
atividades fazer durante a estadia e realizar o pagamento no fechamento da estadia. Outras
opções de atividades que seriam independentes de recursos do sítio como vistas a
restaurantes, por exemplo, não seriam cobradas, ficando a cargo do turista o transporte até
o local. Caso o turista necessite de transporte para esses locais o sítio poderá fornecer
cobrando uma taxa em cima desse serviço.
Para a realização desses serviços o sítio deverá investir em alguns recursos
básicos, e poderá futuramente investir em outros atrativos conforme a demanda for
surgindo. Dessa forma sugerem-se algumas atividades que poderão ser desenvolvidas e os
recursos necessários para tais atividades (Tabela 4).
Tabela 4 – Sugestões de utilização do roteiro pelo Sítio São João.
Atividade
Recursos Necessários
Necessidade de
Parcerias
Recursos Humanos
Acompanhamento de pessoas
a trilhas.
Kit de primeiros socorros;
Rádios de comunicação; Meio
de transporte (sugestão de
uma van); Equipamentos de
segurança (de acordo com a
trilha).
Guias turísticos treinados
(sugestão de três guias
disponíveis); Motorista.
Não
Passeios a cavalo
Meio de transporte
Motorista; Guia turístico.
Sim – sugestão de parcerias
com propriedades que tenham
cavalos disponíveis.
Transporte de pessoas a locais
comerciais (restaurantes)
Meio de transporte
Motorista;
Não
Trilhas de bicicleta
Kit de primeiros socorros;
Rádio de comunicação; Meio
de transporte; Equipamentos
de segurança.
Motorista; Guia Turístico.
Sim – sugestão de parcerias
com locais que possam
fornecer as bicicletas.
Acompanhamento de pessoas
a locais de lazer
Meio de transporte; Kit de
primeiros socorros.
Motorista; Guia Turístico.
Não
Passeios com o intuito de
conhecer a região
Meio de transporte;
Motorista; Guia Turístico.
Sim – sugestão de parcerias
com propriedades da região,
locais de visitação, etc.
Outro atrativo que o próprio sítio poderia disponibilizar seria a venda de
produtos produzidos no próprio sítio, bem como de produtos produzidos nas propriedades
ao redor, uma vez que as pessoas se interessam pela compra de produtos locais. Isso
também contribuiria com o desenvolvimento econômico da região, visto que envolveria
vários produtores da bacia hidrográfica.
Ações futuras do Sítio São João para implementar a proposta
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Criou-se um cronograma de etapas e ações (Tabela 5) a serem seguidas
futuramente uma vez que o sítio deseje implementar a proposta de roteiro turístico. Tendo
estas etapas traçadas torna-se mais concreta a possibilidade de efetivação da proposta.
Tabela 5 – Cronograma de implementação do projeto.
2
Períodos
3
4
5
6
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Levantamento de itens necessários
X
X
X
X
X
Aquisição do material
X
X
X
X
X
Montagem de um roteiro inicial mais
específico considerando as informações
da avaliação in situ e as parcerias
formadas
X
Elaboração do Material de divulgação
X
Divulgação em meios de comunicação
diversos
X
X
X
X
X
Etapas
Contato inicial com os
proprietários
Estabelecimento das parcerias
Avaliação in situ das localidades
parceiras no sentido de
levantamento das potencialidades
Aquisição do material e checagem
das condições e disponibilidade
de infraestrutura oferecidos pelo
sítio.
Recurso humano
Ações
1
Apresentação da proposta
X
Aplicação dos questionários junto aos
proprietários aqui elencados e outros
que manifestarem interesse
X
Avaliação das respostas e definição dos
possíveis parceiros
X
Estabelecimento da parceria via ajuste
de ofertas e valores iniciais
X
Levantamento das potencialidades de
cada local.
Check list das atividades oferecidas em
cada localidade.
Divulgação
Observação: Os períodos foram definidos conforme a quantidade de etapas distribuídas entre as metas, a
duração de cada período é prevista para 1 mês mas pode variar conforme a quantidade de propriedades
incluídas e a disponibilidade de recurso humano.
A implementação inicial da proposta pelo Sítio São João pode se dar pela
apresentação dessa proposta de atividades conjuntas aos proprietários dos locais aqui
elencados, e outros que se mostrarem interessados. É necessário que sejam definidas, junto
a cada proprietário, sua forma de participação, e elencados os atrativos turísticos com os
quais cada um pode contribuir. Uma vez estabelecidas as parcerias, inicia-se um trabalho
de divulgação com foco nas propriedades participantes, sem no entanto, deixar de trabalhar
dentro de um contexto de bacia, a fim de contribuir com o desenvolvimento da região
como um todo.
O estímulo econômico para esta parceria pode se dar tanto pela possibilidade
de maior fluxo de pessoas, quanto pela maior visibilidade de cada parceiro, uma vez que se
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parte de um trabalho mais intenso de divulgação. A ideia é de que roteiros sistematizados
que ofereçam maior diversidade de atividades sejam mais comerciáveis trazendo ganhos
econômicos a todos os locais envolvidos. A parceria pode ser concretizada na definição de
valores para cada item incluso dentro de um pacote turístico a ser oferecido pelo Sítio São
João.
A oferta de visitas se dá conforme a demanda e disponibilidade de
infraestrutura e recurso humano do Sítio São João. Quanto aos materiais necessários, estes
devem ser selecionados conforme o rol de atividades definidas junto aos participantes,
itens comuns a todas elas são o roteiro com as opções de recurso turístico, kit de primeiros
socorros, walkie talkie, e a programação definida.
Em relação à estratégia de divulgação, esta pode se iniciar pela Home Page do
Sítio São João, divulgação entre os parceiros de outras atividades como por exemplo as
escolas, anúncio em rádios e em jornais locais e cadastro junto aos órgãos públicos que
tratam das questões de turismo na região.
Com base nas etapas seguintes definidas no cronograma e nas próximas
estratégias que devem ser adotadas visando a implementação do projeto criou-se um
conjunto de indicadores para serem utilizados no monitoramento da evolução do projeto
que permitem saber se a proposta utilizada está sendo satisfatória e trazendo os resultados
esperados (Tabela 6).
Tabela 6 – Proposta de monitoramento dos resultados esperados.
Principais resultados obtidos
e/ou esperados
Avaliação/ Indicadores
Monitoramento
Levantamento das atividades turísticas da
região existentes e potenciais;
Atualização desta listagem
Comparação do Check-List das atividades
conforme aquisição de informações
existentes e potenciais descritas neste projeto
junto aos participantes, tanto
com observações em campo.
proprietários quanto turistas.
Estabelecimentos de parcerias
Número de propriedades parceiras
Análise da capacidade de exploração das
potencialidades turísticas da região e
sugestão de formas sustentáveis de
exploração dessas atividades
Diversidade das atividades turísticas
disponibilizadas; Quantidade de propriedades
que adotaram as sugestões de melhorias no
sentido de sustentabilidade indicadas.
Elaboração de um roteiro de ecoturismo e
outro de turismo rural
Roteiro
Utilização do roteiro aqui proposto, como
proposta geral de turismo.
Quantidade de grupos que utilizaram as
informações disponibilizadas.
Elaboração de proposta de atividades turística
Roteiros de atividades
a partir do roteiro elaborado.
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Variações no número de
propriedades parceiras.
Verificação in loco destas
melhorias; Levantamento das
propriedades que aderiram; Nível
de satisfação dos turistas obtidas
por meio de aplicação de
questionário específico.
Não há necessidade visto que este
é uma etapa única e com fim
determinado
Variação na quantidade de pacotes
vendidos referentes a áreas dentro
do roteiro.
Não há necessidade visto que este
é uma etapa única e com fim
determinado
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Promoção do Sítio São João como agente
articulador das atividades turísticas sugeridas.
Número de propriedade parceiras;
Quantidade de roteiros vendidos; Diversidade
de atividades oferecidas
Promoção do desenvolvimento regional a
partir de incentivo a atividades de ecoturismo
e turismo rural
Número de pacotes vendidos; Número de
pessoas contratadas; Número de
propriedades participantes; Salário médio dos
funcionários envolvidos nestas atividades;
Diversidade de atividades oferecidas
Variação no número de roteiros
vendidos e pessoas ou grupos
atendidos; Variação no número de
propriedades parceiras;
Levantamento do número de
pacotes vendidos, pessoas
contratadas, propriedades
participantes e salário médio dos
funcionários; Levantamento
comparativo dos uso e ocupação
do solo antes e depois da aplicação
do projeto.
CONCLUSÃO
O levantamento inicial de atrativos turísticos mostrou um grande potencial turístico
da região, indicando locais e atividades que mesmo a população da própria região
desconhece. Dessa forma, a região mostra-se viável para o investimento em atividades de
turismo rural e ecoturismo, visto que existe uma grande variedade de atrativos turísticos e
de atividades que podem ser realizadas, despertando o interesse de várias pessoas.
O produto final desse trabalho entrega um conjunto de localidades que já podem ser
exploradas, e mesmo as atividades que não entram no roteiro final podem ser estudadas
para uma futura integração ao roteiro.
A proposta para de fato ser implementada não precisa de um grande esforço inicial,
por conta da existência de estruturas prontas nos locais selecionados. Para o funcionamento
inicial basta o contato com um guia turístico que conheça a região e possa contribuir com a
implantação do roteiro formando uma parceria inicial.
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