RELATO DE CASO EM TAMANDUÁ BANDEIRA (Myrmecophaga

RELATO DE CASO EM TAMANDUÁ BANDEIRA (Myrmecophaga
tridactyla Linnaeus, 1758) COM LESÃO CAUSADA POR
DISPAROS DE ARMA DE PRESSÃO COM CHUMBINHO E
AMPUTAÇÃO DE CAUDA POR OBJETO PERFURO CORTANTE
Lays Fernanda Adami Damasceno1, Maria Stella Fernandes Villela1, Diego
Alaska Almeida1, Adriana Biudes Chiquetto Caseri1, Carlos Daniel Dan De
Nardo1; Rodrigo Storti Pereira2, Tatiana Morosini de Andrade Cruvinel2
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Discente Centro Universitário de Rio Preto, São José do Rio Preto, SP.
Docente Centro Universitário de Rio Preto, São José do Rio Preto, SP.
O Tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla) está na lista de espécies
vulneráveis a extinção. A degradação e a redução dos habitats são apontadas
como as principais causas da perda populacional, mas a caça, o atropelamento
em estradas e os incêndios florestais também contribuem para colocá-lo na
lista de espécies ameaçadas de extinção. Por ser um animal lento ao
locomover-se, com audição e visão limitadas oferece pouca resistência aos
caçadores. Em alguns casos a pele de animais abatidos é usada na confecção
de tapetes e outros artefatos de couro. O Setor de Atendimento ClínicoCirúrgico de Animais Selvagens (SACCAS) foi criado para atender animais
selvagens decorrentes de ações humanas ou naturais. O presente trabalho
relata o tratamento de um tamanduá bandeira fêmea, adulta que foi
encaminhada ao SACCAS em decorrência de uma denúncia à Policia
Ambiental de São José do Rio Preto, vindo de Tanabi –SP de que o animal
estava numa residência na zona rural, com a cauda amputada. Ao exame
clínico do paciente, a mesma estava caquética e desidratada e constatou que a
cauda estava amputada por perfuro cortante. Constatou-se que no exame
radiográfico que o animal foi atingido por tiros de chumbinho, um deles
localizado na região intra-abdominal e o outro sugerível de estar na inserção da
cúpula diafragmática. O paciente foi submetido à fluidoterapia, e
antibioticoterapia utilizou-se Cefalotina (30mg/kg) e Enrofloxacina 2,5%
(4mg/kg). Na analgesia foi administrado Cloridrato de Tramadol (2mg/kg) e
para a quimioterapia foi utilizado metronidazol na dose de 50mg/kg durante três
dias. O animal não apresentou melhora clínica e não se alimentou durante o
período de internação, vindo a óbito quatro dias.
Palavras-chave: Myrmecophaga tridactyla, Sepse e Maus tratos.